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Classificação das pesquisas científicas

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3.1 Por que classificamos as pesquisas?
O termo "classificar" significa agrupar, de acordo com características específicas.
Então, por que classificamos as pesquisas científicas?
Primeiramente, precisamos compreender que a classificação oportuniza uma melhor organização dos fatos e, como resultado, o seu entendimento. Assim, essa premissa também é importante para as pesquisas.  Com base em um sistema de classificação, é possível identificar semelhanças e diferenças entre as mais variadas modalidades de pesquisa. Por consequência, um pesquisador terá acesso a um conjunto de elementos que possibilitará a tomada de decisões sobre a sua aplicabilidade na solução dos problemas propostos para uma investigação (GIL, 2018).
As pesquisas se diferenciam entre si, a partir do enfoque dado pelos seus autores. Nesse sentido, existem diversos interesses, condições de realização, campos, metodologias, objetivos, objetos de estudo etc. (MARCONI; LAKATOS, 2018). Em decorrência desse cenário, a previsão e a provisão de recursos necessários (humanos, materiais e financeiros) são variadas. No entanto, quando um pesquisador rotula, ou seja, aplica um sistema de classificação em seu projeto de pesquisa, amplia-se a possibilidade de conferir maior racionalidade às etapas de execução. Por consequência, o estudo poderá ser desenvolvido em um menor período, com a utilização adequada e maximizada de recursos e com a obtenção de resultados mais satisfatórios (GIL, 2018).
3.2 Como podemos classificar as pesquisas?
As características das pesquisas científicas variam de acordo a área de estudo e a forma de aplicação. Essa multiplicidade traz como consequência a dificuldade de estruturar um sistema simples e único de classificação, que aborde todas as variações que precisam ser consideradas (COOPER; SCHINDLER, 2016).
Embora as pesquisas possam ser classificadas de diferentes maneiras, é relevante definir, previamente, os critérios de classificação adotados (GIL, 2018). Neste curso, exploraremos o seguinte sistema de classificação (Figura 1):
O primeiro critério, proposto na Figura 1, trata-se da classificação segundo as finalidades da pesquisa. Lembre-se que ele já foi estudado no tópico 2.3 do Módulo 2.
3.2.1 Classificação segundo a área de conhecimento
Um dos critérios para a classificação das pesquisas está embasado nas áreas de conhecimento (GIL, 2018).
No Brasil, adota-se a categorização elaborada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Essa instituição, criada em 1951 e vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, tem como principais atribuições fomentar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação e promover a formação de recursos humanos qualificados para a pesquisa.
Conheça mais informações sobre o CNPq, por meio do conteúdo disponível no vídeo:
Play Video
O sistema de classificação proposto pelo CNPq é uma importante ferramenta para a definição de políticas de pesquisa e para a concessão de financiamentos (GIL, 2018). 
Inicialmente, as pesquisas são classificadas, pelo CNPq, em sete grandes áreas ou especialidades de conhecimento:
· Ciências Agrárias
· Ciências Biológicas
· Ciências da Saúde
· Ciências Exatas e da Terra
· Engenharias
· Ciências Humanas
· Ciências Sociais Aplicadas
· Linguística, Letras e Artes
As grandes áreas ou especialidades são subdivididas em áreas, que representam conjuntos de conhecimentos inter-relacionados, reunidos conforme a natureza dos objetos de investigação com vistas ao ensino, pesquisa e aplicações práticas. Essas áreas, por sua vez, são subdivididas em subáreas, estruturadas em função dos objetos de estudo e dos procedimentos metodológicos. Finalmente, as subáreas são divididas em especialidades, que correspondem à caracterização temática das atividades de pesquisa e ensino (GIL, 2018).
Acesse aqui a tabela de áreas de conhecimento, que apresenta as subdivisões descritas anteriormente.
Vamos identificar, conforme a tabela proposta pelo CNPq, como ocorre esse processo de classificação e subdivisões, por meio do exemplo disponível da Figura 1:
Aproveite o exemplo apresentado na Figura 1 e busque na tabela de áreas de conhecimento do CNPq a classificação das pesquisas, de acordo com a sua área de interesse.
3.2.2 Classificação segundo os objetivos gerais
De acordo com os objetivos gerais, as pesquisas podem ser classificadas como exploratórias, descritivas e explicativas.
As pesquisas exploratórias visam a proporcionar maior familiaridade com o problema, para torná-lo mais explícito e/ou para construir hipóteses (GIL 2018). Geralmente, são desenvolvidas quando os dados sobre o tema, o problema ou o contexto de pesquisa são insuficientes ou pouco sistematizados.
Essa tipologia de pesquisa pode ser considerada, em muitas situações, a primeira fase de um processo de investigação mais longo, no qual o estudioso irá examinar um conjunto de fenômenos, buscando situações ainda desconhecidas e que possam embasar um estudo mais elaborado (WAZLAWICK, 2014). Em suma, a pesquisa exploratória, na maioria das situações, constitui uma etapa preliminar ou preparatória para outro tipo de pesquisa (ANDRADE, 2018). Por conseguinte, seu planejamento tende a ser flexível, para que se identifique os mais variados aspectos relacionados ao fenômeno estudado. Geralmente, o levantamento bibliográfico, as entrevistas com pessoas que tiveram experiência prática com o assunto e a análise de exemplos que estimulem a compreensão são as formas aplicadas para coletar os dados nesse tipo de pesquisa (GIL, 2018).
As pesquisas descritivas buscam obter dados consistentes sobre determinada realidade, sem a existência de inferência do pesquisador ou de tentativas de obter teorias que expliquem os fenômenos (WAZLAWICK, 2014). Portanto, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, ou seja, estudados sem uma manipulação mais direta do pesquisador (ANDRADE, 2018).
Essa tipologia de investigação visa à descrição das características de determinada população ou fenômeno, além de possibilitar a identificação de possíveis relações entre variáveis (GIL, 2018). Também caracteriza-se pelo levantamento de dados e pela aplicação de questionários e entrevistas (WAZLAWICK, 2014). Alguns exemplos de pesquisas descritivas são (ANDRADE, 2018; GIL, 2018):
· a análise das características de um grupo, tais como a distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc.;
· o estudo do nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade registrado etc.; 
· as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade; 
· pesquisas mercadológicas e comerciais, tais como aceitação de novas marcas, novos produtos ou embalagens;
· pesquisas de opinião, socioeconômicas e psicossociais.
As pesquisas explicativas visam a analisar os dados observados e identificar as suas causas ou explicações, os seja, os fatores que determinam esses dados (WAZLAWICK, 2014). Nesse sentido, o propósito geral é o estudo dos fenômenos privilegiando a avaliação das suas causas. As pesquisas explicativas são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, porque a sua finalidade é explicar a razão e o porquê das coisas (GIL, 2018). Portanto, são consideradas uma tipologia de pesquisa mais complexa (WAZLAWICK, 2014) e delicada, em decorrência do risco mais elevado de cometer erros (GIL, 2018).
Basicamente, o conhecimento científico é produzido a partir dos resultados dos estudos explicativos. No entanto, as pesquisas exploratórias e descritivas também são importantes, porque, geralmente, constituem as etapas prévias para que seja possível obter explicações científicas. Portanto, uma pesquisa explicativa pode ser uma continuação de outra descritiva, uma vez que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno necessita que este esteja descrito e detalhado de forma adequada.Acesse aqui um quadro comparativo com as características das pesquisas exploratórias, descritivas e explicativas.
3.2.3 Classificação segundo a abordagem metodológica
De acordo com a abordagem metodológica e a natureza dos dados, as pesquisas podem ser classificadas como qualitativas, quantitativas ou mistas.
As pesquisas qualitativas caracterizam-se pelo uso de dados qualitativos, objetivando estudar a experiência das pessoas e ambientes sociais complexos, de acordo com a perspectiva dos próprios atores sociais (GIL, 2019). Nesse sentido, a pesquisa qualitativa abrange um conjunto de práticas interpretativas e materiais que permitem que um estudioso analise os fatos em seus contextos naturais e que entenda ou interprete os fenômenos em termos dos sentidos que as pessoas lhe atribuem (DENZIN; LINCOLN, 2017). Além disso, nessa tipologia de pesquisa, a verdade não é comprovada de forma numérica ou estatística, mas a partir de uma análise detalhada, abrangente, consistente e coerente dos fatos e significados sociais (MICHEL, 2015). A pesquisa qualitativa se estabelece como um método exploratório, que permite identificar variáveis que não podem ser medidas facilmente ou elencadas com base em informações predeterminadas na literatura (CRESWELL, 2014).
Dentre as práticas vinculadas à pesquisa qualitativa, pode-se citar as notas de campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações e anotações pessoais (DENZIN; LINCOLN, 2017). Portanto, o pesquisador necessita, efetivamente, participar, compreender e interpretar os fenômenos pesquisados (MICHEL, 2015).
As pesquisas quantitativas caracterizam-se pelo uso de números e medidas estatísticas para a descrição de populações e fenômenos e a verificação da existência de relação entre variáveis (GIL, 2019). O enfoque quantitativo parte do pressuposto de que problemas, opiniões e informações serão entendidos mais claramente se traduzidos em números e, por conseguinte, quantificados (MICHEL, 2015). Nesse sentido, é possível, por meio da abordagem quantitativa, mensurar as relações entre variáveis, em termos de associação ou causa e efeito, ou avaliar o resultado de algum sistema (ROESCH, 2013). Logo, na pesquisa quantitativa, o pesquisador tem a possibilidade de descrever, explicar e predizer fenômenos (MICHEL, 2015).
Acesse aqui um quadro comparativo com as características das pesquisas quantitativas e qualitativas.
Além disso, assista ao vídeo que detalhada cada uma dessas abordagem.
Embora as abordagens qualitativas e quantitativas tenham características distintas, elas não são excludentes (MICHEL, 2015). Pelo contrário, elas são complementares. Um dado estatístico pode proporcionar maior robustez a uma análise qualitativa. Da mesma forma, uma análise qualitativa e crítica de um dado pode auxiliar na confiabilidade dos resultados estatísticos obtidos (MICHEL, 2015). Como exemplo, pode-se citar uma pesquisa qualitativa precedendo a fase de desenvolvimento de um questionário ou de testagem das hipóteses em um estudo (ROESCH, 2013).
As pesquisas que aplicam tanto procedimentos quantitativos quanto qualitativos são chamadas de pesquisas de métodos mistos (GIL, 2019).
3.2.4 Classificação segundo os métodos empregados
A avaliação da qualidade dos resultados de uma pesquisa depende da identificação de como os dados foram obtidos, analisados e interpretados. Considerando que os ambientes em que ocorre a pesquisa são diversificados e que essa multiplicidade também ocorre em relação aos métodos e técnicas utilizadas para coleta e análise dos dados, torna-se difícil estabelecer um sistema de classificação que contemple todos esses elementos (GIL, 2018). 
Uma possibilidade de aplicação de critério de classificação, nesse contexto, é analisar o delineamento da pesquisa (GIL, 2018). O delineamento estabelece a estrutura conceitual na qual o estudo é conduzido, determinando os parâmetros para a coleta, mensuração e análise dos dados, além do planejamento e da operacionalização geral da investigação (KOTHARI, 2004). Espera-se, a partir do delineamento e da concepção da pesquisa, obter as informações e os procedimentos necessários para resolver o problema proposto (MALHOTRA, 2019).
Podemos verificar os mais variados delineamentos de pesquisa, não sendo possível criar um sistema que contemple essa multiplicidade. Tendo isso em vista, neste curso, vamos adotar o sistema e as definições propostas por Gil (2018), que estabeleceu uma sistemática baseada no ambiente de pesquisa, na abordagem teórica e nas técnicas de coleta e análise de dados.
3.2.4.1 Pesquisa bibliográfica e documental
Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida a partir de materiais já publicados, impressos ou não, tais como livros, revistas, jornais, teses, dissertações, anais de eventos e artigos científicos. A partir dessa tipologia de pesquisa, é possível fornecer a fundamentação teórica para uma investigação, identificar o estágio atual de determinado conhecimento, analisar os diversos posicionamentos sobre determinado assunto e acessar informações sobre uma gama ampla de fenômenos. No entanto, um pesquisador deve observar criteriosamente os materiais utilizados em uma investigação bibliográfica, atentando para as condições de coleta e análise dos dados e possíveis incoerências ou contradições dos estudos utilizados.
Algumas fontes de materiais para a realização de pesquisas bibliográficas são o Catálogo de Teses e Dissertações e o Portal de Periódicos, ambos gerenciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
Pesquisa documental: assim como a pesquisa bibliográfica, também se utiliza de dados já existentes. No entanto, a principal diferença está na natureza das fontes. Na pesquisa documental, ocorre uma multiplicidade em relação à utilização de documentos, valendo-se de fontes elaboradas com finalidades diversas, tais como documentos institucionais, de empresas, órgãos públicos e outras organizações; documentos pessoais, como cartas e diários; material elaborado para fins de divulgação, como fôlderes , catálogos e convites; documentos jurídicos, como certidões, escrituras, testamentos e inventários; documentos iconográficos, como fotografias, quadros e imagens; e registros estatísticos. 
Como parâmetros, as fontes documentais são baseadas em materiais internos às organizações e as fontes bibliográficas são obtidas em bibliotecas ou bases de dados.
3.2.4.2 Pesquisa experimental
Pesquisa experimental: nessa tipologia, o pesquisador determina um objeto de estudo, seleciona as variáveis capazes de influenciá-lo e define as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Logo, o pesquisador atua ativamente, em detrimento de uma observação passiva. No modelo tradicional de pesquisa experimental, o pesquisador manipula, no mínimo, um fator que julgue responsável pela ocorrência do fenômeno que está sendo estudado.
O vídeo apresentado na sequência detalha e exemplifica a pesquisa experimental:
3.2.4.3 Ensaio clínico, estudo de coorte e caso-controle
Ensaio clínico: nessa tipologia, adotada no campo da saúde, o investigador aplica um tratamento (intervenção) e observa os efeitos. Seu objetivo principal é responder questões relacionadas à eficácia de novas drogas ou tratamentos, caracterizando-se como estudos experimentais ou quase-experimentais. 
Veja mais informações sobre os ensaios clínicos, por meio do conteúdo disponível no vídeo:
Estudo de coorte: muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde, essa tipologia de estudo observacional refere-se a um grupo de pessoas que têm uma ou várias características comuns, formando uma amostra a ser acompanhada por determinado período de tempo, com o objetivo de se observar e analisar os acontecimentos. Nesse sentido, os estudos de coorte podem ser prospectivos ou retrospectivos. 
Veja uma explicação mais detalhada sobre essa tipologia de estudo no seguinte vídeo:
Estudo caso-controle: muito utilizado nas ciências da saúde, essa tipologia refere-se aos estudos que objetivam identificar situações que sedesenvolveram naturalmente e atuar sobre elas, como se estivessem submetidas a controles. Os estudos de caso-controle se diferenciam dos estudos de coorte e dos ensaios clínicos, pois são retrospectivos, ou seja, partem de um consequente (uma doença, por exemplo) para o antecedente (fator de risco).
Assista ao vídeo apresentado na sequência. Ele traz um exemplo de estudo de caso-controle.
3.2.4.4 Levantamento
Levantamento: muito utilizado nas ciências sociais, caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se pretende conhecer. Portanto, é útil para estudos que buscam identificar opiniões e atitudes dos indivíduos. Após a coleta dos dados, que ocorre, geralmente, pela aplicação de questionários, realiza-se uma análise quantitativa.
Veja dois exemplos de artigos científicos, na área de Ciências Sociais Aplicadas, que utilizaram a pesquisa por levantamento:
3.2.4.5 Estudo de caso
Estudo de caso: refere-se ao estudo profundo e exaustivo de um ou poucos casos, com o objetivo de conhecê-los de maneira ampla e detalhada. São muito utilizados em pesquisas relacionadas às ciências sociais, com alguns propósitos, tais como explorar situações da vida real, nas quais os limites não estão claramente definidos; preservar o caráter único do objeto estudado; descrever a situação do contexto no qual está sendo desenvolvida a investigação; formular hipóteses; desenvolver teorias; e explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações complexas.
Veja dois exemplos de artigos científicos, na área de Ciências Sociais Aplicadas, que foram desenvolvidos a partir de estudos de caso:
3.2.4.6 Pesquisa-ação e pesquisa participante
Pesquisa-ação: nessa tipologia de pesquisa, busca-se diagnosticar um problema em uma situação específica, visando a alcançar algum resultado prático. Portanto, ocorre uma associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, no qual os pesquisadores e participantes são envolvidos de maneira cooperativa e participativa.
Assista ao vídeo e amplie o seu conhecimento sobre esse método de pesquisa:
esquisa participante: trata-se de um modelo de pesquisa no qual a população não é considerada passiva, envolvendo-se no planejamento e na condução da investigação. Além disso, envolvem-se na determinação do problema proposto, com o suporte de especialistas, e na busca de soluções adequadas.
Veja mais informações sobre a pesquisa participante, por meio do conteúdo disponível no vídeo:
3.2.4.7 Grounded theory, pesquisa fenomenológica e etnográfica
Grounded theory: também chamada de teoria fundamentada em dados, visa a facilitar a explicação da realidade social a partir da construção de teorias indutivas, baseadas na análise sistemática dos dados. Nesse sentido, a partir de procedimentos diversos, reúne um volume de dados referente ao fenômeno estudado. Na sequência, após compará-los, codificá-los e extrair suas regularidades, finaliza-se o processo com as teorias que emergiram da análise. 
Veja o exemplo de um artigo científico que discute a aplicação da grounded theory na área da educação.
Pesquisa fenomenológica: refere-se a uma descrição de experiências vividas da consciência, a partir da exposição de suas características empíricas e da consideração no plano da realidade essencial. Portanto, a partir da sua realização, busca-se descrever e interpretar os fenômenos, através da consciência do sujeito. 
Amplie os seus conhecimentos sobre a pesquisa fenomenológica, por meio do seguinte vídeo:
Pesquisa etnográfica: é o tipo de pesquisa tradicionalmente aplicada para descrever os elementos de uma cultura específica, tais como comportamentos, crenças e valores. Suas informações, coletadas mediante trabalho de campo e por meio de entrevistas em profundidade, análise de documentos e observação participante, servem para estudar organizações e sociedades complexas.
Assista ao vídeo para compreender, com maior detalhamento, as características da pesquisa etnográfica:
3.2.5 Classificação segundo a dimensão de tempo
De acordo com a dimensão de tempo, as pesquisas podem ser classificadas como transversais ou longitudinais.
As pesquisas transversais envolvem a coleta de informações de uma amostra de elementos da população uma única vez (MALHOTRA, 2019), representando uma fotografia de determinado momento (COOPER; SCHINDLER, 2016).
As pesquisas longitudinais envolvem uma amostra fixa de elementos da população medida repetidamente. Portanto, a amostra permanece a mesma ao longo do tempo, possibilitando o acompanhamento de possíveis mudanças (COOPER; SCHINDLER, 2016; MALHOTRA, 2019). Apesar de as pesquisas longitudinais serem relevantes, por permitirem a comparação e acompanhamento de situações e a avaliação histórica dos dados, elas demandam maior orçamento e disponibilidade de tempo (COOPER; SCHINDLER, 2016).
Assista ao vídeo que explica as principais características das pesquisas transversais e longitudinais.
3.3 Sistema de classificação das pesquisas
Veja o quadro que resume o sistema de classificação das pesquisas que estudamos no curso.
 
3.1 Por que classificamos as pesquisas?
 
O termo "classificar" significa agrupar, de acordo com características 
específicas.
 
 
Então, por que
 
classificamos as pesquisas científicas
?
 
 
Primeiramente, precisamos compreender que a classificação oportuniza 
uma melhor organização dos fatos e, como resultado, o seu entendimento. 
Assim, essa premissa também é importante para as pesquisas.
 
 
Com base em 
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entificar semelhanças e diferenças 
entre as mais variadas modalidades de pesquisa. Por consequência, um 
pesquisador terá acesso a um conjunto de elementos que possibilitará a 
tomada de decisões sobre a sua aplicabilidade na solução dos problemas 
propostos 
para uma investigação (GIL, 2018).
 
As pesquisas se diferenciam entre si, a partir do enfoque dado pelos seus 
autores. Nesse sentido, existem diversos interesses, condições de realização, 
campos, metodologias, objetivos, objetos de estudo etc. (MARCONI; 
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ATOS, 2018). Em decorrência desse cenário, a previsão e a provisão de 
recursos necessários (humanos, materiais e financeiros) são variadas. No 
entanto, quando um pesquisador rotula, ou seja, aplica um sistema de 
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se a possibilidade 
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conferir maior racionalidade às etapas de execução. Por consequência, 
o estudo poderá ser desenvolvido em um menor período, com a utilização 
adequada e maximizada de recursos e com a obtenção de resultados mais 
satisfatórios (GIL
, 2018).
 
 
3.2 Como podemos classificar as pesquisas?
 
As características das pesquisas científicas variam de acordo a área de 
estudo e a forma de aplicação. Essa multiplicidade traz como consequência 
a dificuldade de estruturar um sistema simples e único de
 
classificação, que 
aborde todas as variações que precisam ser consideradas (COOPER; 
SCHINDLER, 2016).
 
 
Embora as pesquisas possam ser classificadas de diferentes maneiras, é 
relevante definir, previamente, os critérios de classificação adotados (GIL, 
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8). Neste curso, exploraremos o seguinte sistema de classificação (Figura 
1):
 
 
 
3.1 Por que classificamos as pesquisas? 
O termo "classificar" significa agrupar, de acordo com características 
específicas. 
 
Então, por que classificamos as pesquisas científicas? 
 
Primeiramente, precisamos compreender que a classificação oportuniza 
uma melhor organização dos fatos e, como resultado, o seu entendimento. 
Assim, essa premissa também é importante para as pesquisas. Com base em 
um sistema de classificação, é possível identificar semelhanças e diferenças 
entre as mais variadas modalidades de pesquisa. Por consequência, um 
pesquisador terá acesso a um conjunto de elementos que possibilitará a 
tomada de decisões sobre a sua aplicabilidade na solução dos problemas 
propostos para uma investigação (GIL, 2018). 
As pesquisas se diferenciam entre si,a partir do enfoque dado pelos seus 
autores. Nesse sentido, existem diversos interesses, condições de realização, 
campos, metodologias, objetivos, objetos de estudo etc. (MARCONI; 
LAKATOS, 2018). Em decorrência desse cenário, a previsão e a provisão de 
recursos necessários (humanos, materiais e financeiros) são variadas. No 
entanto, quando um pesquisador rotula, ou seja, aplica um sistema de 
classificação em seu projeto de pesquisa, amplia-se a possibilidade 
de conferir maior racionalidade às etapas de execução. Por consequência, 
o estudo poderá ser desenvolvido em um menor período, com a utilização 
adequada e maximizada de recursos e com a obtenção de resultados mais 
satisfatórios (GIL, 2018). 
 
3.2 Como podemos classificar as pesquisas? 
As características das pesquisas científicas variam de acordo a área de 
estudo e a forma de aplicação. Essa multiplicidade traz como consequência 
a dificuldade de estruturar um sistema simples e único de classificação, que 
aborde todas as variações que precisam ser consideradas (COOPER; 
SCHINDLER, 2016). 
 
Embora as pesquisas possam ser classificadas de diferentes maneiras, é 
relevante definir, previamente, os critérios de classificação adotados (GIL, 
2018). Neste curso, exploraremos o seguinte sistema de classificação (Figura 
1):

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