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caso 1 processo penal II

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região 
de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns 
solavancos e tortura físico psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a 
autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em
beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou 
um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial 
instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho 
como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo 
cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o 
propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione
a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
Resposta:A forma expressa do art. 5ª, LVI, da CF/88 e do ar t. 157 do C PP, que proíbem a 
utilização das provas ilícitas no processo , não devem ser interpretadas de forma rígida, pois só 
na situação e no caso concreto é que se de limitará a importância dos bens jurídicos envolvidos, 
so pesando-os, para que de s ta forma, se possa chegar ao fim almejado mediante a mais clara e 
cristalina justiça
Segundo o Princípio da Proporcionalidade, as provas ilegítimas quando for em usadas em 
benefício do réu, será perfeitamente possível a sua aceitação no processo. Nesse sentido , elas d e 
vem ser aceitas quando o bem jurídico alcançado for maior que o direito violado. Esta teoria visa 
atribuir valor às provas, sendo que na medida em que se garante um direito, muitas vezes é 
preciso restringir outro . Este princípio permite uma ponderação entre direitos e bens violados e 
assegurados, pois, mediante ele , é que se pode obter um direito verdadeiramente justo. 
Exercício Suplementar
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando lhe sérias 
lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a 
prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram
o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na 
audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de 
fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas 
alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa 
não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em 
legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada 
dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, 
assinale a afirmativa correta.
Resposta:(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz 
ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.

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