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Astronomia e Gravitação Avaliações A avaliação do rendimento escolar do aluno é constituída pelos seguintes instrumentos: Grau A|B: uma prova (peso: 50%) e dois trabalhos (tarefa pré – aula (peso: 20%) e tarefa extraclasse (peso: 30%)). O resultado desta avaliação é formalizado nos Graus A e B. O GA consolida os resultados de avaliações realizadas até a metade do período letivo e corresponde a 33% do Grau Final. O GB consolida os resultados de avaliações realizadas até a antepenúltima semana do período letivo, envolve a integralidade das competências desenvolvidas no semestre e corresponde a 67% do Grau Final. Obtidos estes dois Graus, aplica-se a seguinte fórmula para o cálculo do Grau Final: (GA x 0,33) + (GB x 0,67) = GF O aluno é considerado aprovado numa disciplina ou atividade acadêmica quando obtiver GF igual ou superior a 6,0 e um mínimo de 75% de frequência. Salientamos que a realização do GA e GB sem a frequência mínima obrigatória implica em nulidade do ato e não há época especial para realização do GA e GB. Caso o aluno não obtenha a média necessário para aprovação (𝐺𝐹 ≥ 6,0) será oferecido uma prova de substituição, Grau C. Astronomia e Gravitação Aula 1: Introdução ao Stellarium Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Astronomia https://www.youtube.com/watch?v=0JfksHOJX5U&list=PL786495B96AB0CC3C https://www.youtube.com/watch?v=0JfksHOJX5U&list=PL786495B96AB0CC3C Stellarium Stellarium é um software livre de astronomia para visualização do céu nos moldes de um planetário. É um dos softwares mais completos que existem para observação de corpos celestes, tendo um catálogo com mais de 850 milhões de estrelas, com informações sobre praticamente todas elas. Além disso, também é possível observar/explorar planetas, nebulosas, luas e constelações todas em suas posições reais e com grande precisão. Para mais informações e download acesse a página: https://stellarium.org/pt_BR/ https://stellarium.org/pt_BR/ Tarefa ExtraClasse TE1 Estudaremos a variação das posições do Sol de acordo com as diferentes épocas do ano para a latitude de Porto Alegre. Algumas definições de interesse: - O azimute ("Az" no programa) é o ângulo medido sobre o horizonte do ponto cardeal do norte para o objeto de interesse, na direção norte-leste-sul-oeste, toma valores de 0o a 360o. - O nascer é a saída do astro em questão e o ocaso é o oposto. Nascer e Ocaso ocorrem em pontos simétricos do horizonte em relação à linha Norte-Sul (o meridiano). A soma dos azimutes do nascer e ocaso é de 360o. - A altura ("Alt" no programa) é o ângulo medido a partir do horizonte para o zênite (designa o ponto (imaginário) interceptado por um eixo vertical (imaginário) traçado a partir da cabeça de um observador (localizado sobre a superfície terrestre) e que se prolonga até a esfera celeste) para o objeto de interesse, portanto, é medido perpendicularmente ao horizonte. Para os objetos que você vê no céu vale de 0o a 90o. Para aqueles que estão sob o horizonte vai -90o a 0o. - A culminação superior de um astro ocorre quando sua altura no horizonte é o máximo (azimute = 180o). A culminação inferior é quando a altura é mínima (azimute = 0o). Neste caso, o objeto é abaixo do horizonte e não pode ser visto, a menos que seja circumpolar. - Com a tecla "Z", a grade de azimutes e alturas é desenhada. Com a "," (vírgula), a eclíptica é desenhada, que é a trajetória aparente da Sol no céu. E com o ";" (ponto e vírgula), o meridiano é desenhado. Tarefa ExtraClasse Configurar Stellarium para a localização de Porto Alegre nas seguintes datas (ano 2020) e preencha a seguinte tabela: Astronomia e Gravitação Aula 2: Localização da Terra no Universo Vida Fora da Terra Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Vida https://www.youtube.com/watch?v=XPacx0kLDX8&list=PL786495B96AB0CC3C&index=30&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=XPacx0kLDX8&list=PL786495B96AB0CC3C&index=30&t=0s Localização da Terra no Universo UniversoAglomerado de Virgem Grupo Local Via Láctea Sistema Solar Terra Esta imagem do Hubble, mostra uma grande variedade de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas. As pequenas galáxias avermelhadas, aproximadamente 100, são algumas das galáxias mais distantes fotografadas por um telescópio óptico (aproximadamente 13.4 bilhões de anos luz). Universo [Estimativa] ≈ 𝟏𝟑 bilhões lyr Filamentos Grupo Local: É composto por cerca de 50 galáxias que inclui a Via Láctea. Aglomerado de Virgem: Abrange entre 1300 a 2000 galáxias. Su p er ag lo m er ad o Lo ca l Teia Cósmica Grupo < Aglomerado < Superaglomerado Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno Sol Sol Sirius Pólux Arcturus Lista de Alguns Símbolos Astronômicos Para mais símbolos veja https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolos_astron%C3%B4micos_para_objetos_do_Sistema_Solar https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolos_astron%C3%B4micos_para_objetos_do_Sistema_Solar Exercícios 1 – O Sol possui um raio 𝑅⨀ ≃ 7 × 10 5 𝑘𝑚 e massa 𝑀⨀ ≃ 2 × 10 30 𝑘𝑔. Sirius A é uma estrela do tipo anã branca de raio 1.2 × 106 𝑘𝑚 e massa 4.1 × 1030 𝑘𝑔. Determine o raio e a massa de Sirius A em termos do Sol. 2 – O diâmetros equatoriais da Terra e de Júpiter são, respectivamente, 12756 𝑘𝑚 e 142984 𝑘𝑚. Em termos da Terra, estime o volume e área superficial de Júpiter (por simplicidade suponha os astros como esferas). Vida Fora da Terra Terra Necessário Calor Interno Velocidade Alta Trânsito Microlente M as sa d a Es tr el a R el at iv a ao S o l Raio da Órbita Relativa a Terra Planeta Terrestre Seco Planeta Terra (Similar) Planeta Gasoso Té cn ic a Exoplanetas Zona Habitável ( Vida da Forma que Conhecemos) Região de Habitabilidade - temperatura adequada para existência de água líquida; - fontes de energia para manutenção do metabolismo; - zona estável com durabilidade para desenvolvimento da vida. Zo n a H ab it áv el ( D in âm ic a d a Zo n a) Estrelas ( condições ) - a estrela não pode ser nem muito jovem nem muito velha; - a estrela não pode ser nem muito massiva nem muito pouco massiva; - a estrela deve permitir que seus planetas tenham órbitas estáveis; - a estrela deve ter metalicidade alta. Viajem Interestelar Ônibus Espacial Velocidade: 17 400 mi/h Tempo: 168 000 anos Terra – Proxima Centauri Voyager Velocidade: 38 600 mi/h Tempo: 80 000 anos Projeto Starshot Velocidade: 45 000 000 mi/h Tempo: 20 anos Exercício 3 - A Grande Nuvem de Magalhães é a galáxia mais próxima da via láctea, está a uma distância de 160 000 anos-luz, aproximadamente. Utilizando uma tecnologia futurista tal como a suposta no projeto Starshot (nanocrafts que viajam a uma velocidade de 20% a velocidade da luz) qual seria o tempo necessário para visitar esta galáxia vizinha? A equação de Drake É uma equação desenvolvida pelo astrofísico Frank Drake que tem a proposta de estimar o potencial número de civilizações alienígenas em nossa galáxia. 𝑁 = 𝑅∗ × 𝑓𝑝 × 𝑛𝑒 × 𝑓𝑙 × 𝑓𝑖 × 𝑓𝑐 × 𝐿 Como Funciona? Taxa de formação de estrelas na Galáxia. fração provável de estrelas que têm planetas. número de planetas ou luas com condições parecidas com as da Terra por estrela que tem planetas. fração provável de planetas que abrigam vida. fração provável de planetas que desenvolveram vida inteligente. fração de espécies inteligentes que podem e querem se comunicar. tempo de vida de tal civilização. número de civilizações em nossa Galáxia capazes de se comunicar. Exercício 4 – Dados recentes sugerem que os parâmetros das equação de Drake assumam os seguintes valores 𝑅∗ 𝑓𝑝 𝑛𝑒 𝑓𝑙 𝑓𝑖 𝑓𝑐 𝐿 A NASA calcula que nascem 7 estrelas por ano. Observação de estrelas indicam que 20- 60% possuem planetas. Usando o Sistema Solar como referência2 planetas tem condições de abrigar vida. A estimativa do número de planetas onde a vida evolui é menor do que 0,13 (baseado na evolução da vida na Terra). A vida inteligente é extremamente rara (baseado que de todas as espécies na Terra uma única é inteligente) Observando da Terra nossos sinais são fracos e difíceis de obter. Baseado na evolução da civilização humana o valor de tempo de vida é de bilhões de anos. 7 0,5 2 0,13 0,01 0,1 10 000 De acordo com os números acima qual é número de civilizações que potencialmente podemos nos comunicar? Dado que a Via Láctea é composta de 200 - 400 bilhões de estrelas, comente o resultado anterior. Tarefa ExtraClasse TE2 Uma estimativa baseada na equação de Drake sugere que o número de civilizações tecnológicas em nossa galáxia é 𝑁 = 630. Um problema interessante trata de calcular a distância média entre essas civilizações. a) Por simplicidade, suponha que a nossa galáxia é um cilindro de raio 𝑟 e altura ℎ e que as civilizações estão homogeneamente distribuídas, demonstre que a distância média 𝑑 entre as civilizações é dada por 𝑑 = 3 𝜋𝑟2ℎ 𝑁 . b) Assumindo que a nossa galáxia é um cilindro de raio 𝑟 = 50 000 anos-luz e altura ℎ = 1000 anos-luz, calcule 𝑑. c) Em 1974 a mensagem de Arecibo (veja figura abaixo) foi enviada ao espaço com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre, informações sobre o planeta Terra e a civilização humana, pelo SETI com o uso do radiotelescópio porto-riquenho Arecibo. Supondo que a civilização mais próxima da terra esteja a uma distância d, determine em que ano nossos vizinhos receberam a mensagem? Astronomia e Gravitação Aula 3: Esfera Celeste Movimento Diurno dos Astros Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Quadrantes https://www.youtube.com/watch?v=voExjoNKE1o&list=PL786495B96AB0CC3C&index=19&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=voExjoNKE1o&list=PL786495B96AB0CC3C&index=19&t=0s Esfera Celeste Qualquer pessoa ao observar o céu de um local descampado percebe que está no centro de um grande hemisfério celeste. Esse tipo de visualização do céu contribuiu para a concepção do geocentrismo. O céu na Astronomia é idealizado como uma grande esfera, a esfera celeste. Eixos • Vertical do Lugar • Eixo de Rotação Planos • Horizonte • Equador Celeste • Meridiano Pontos • Zênite e Nadir • Norte e Sul • Leste e Oeste • Polos Celestes Definições Importantes Horizonte: plano tangente à Terra no lugar em que se encontra o observador. Considera-se que o Horizonte é um círculo máximo da esfera celeste, ou seja, que passa pelo centro da esfera, dividindo a esfera celeste em dois hemisférios, o das estrelas visíveis e o das invisíveis, naquele momento e naquele lugar. Zênite: ponto no qual a vertical do lugar (perpendicular ao horizonte) intercepta a esfera celeste, acima da cabeça do observador. A vertical do lugar é definida por um fio a prumo. Nadir: ponto diametralmente oposto ao Zênite. Equador Celeste: círculo máximo em que o prolongamento do equador da Terra intercepta a esfera celeste. Polo Celeste Norte: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério norte. Polo Celeste Sul: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério sul. Meridiano: Circulo entre os polos celestes. Paralelo: Qualquer circulo da esfera celeste paralelo ao equador celeste. Medidas no céu Distância entre objetos celestes são frequentemente expressos em ângulos. O horizonte todo mede 360°, enquanto o ângulo do horizonte ao zênite (o ponto exatamente acima da cabeça) mede 90°. Estimativa com base na mão Relações entre medidas angulares e de tempo (observação) 1 ℎ = 15° 1 𝑚 = 15′ 1 𝑠 = 15′′ Nota [unidades angulares]: 1° = 60′ = 3600′′ 𝑡1 𝑡2 2 - A figura indica a posição do Sol em instantes diferentes de tempo ( 𝑡2 > 𝑡1 ). Estime o tempo decorrido entre as observações. Exercícios A B 𝑑𝐴𝐵1 – Baseado na figura, estime a distancia angular 𝑑𝐴𝐵. Sistema de Coordenadas Geográficas Meridiano Meridiano de Greenwich Paralelo Sistema de mapeamento da Terra por meio das coordenadas geográficas que expressa qualquer posição horizontal no planeta mediante duas das três coordenadas existentes num sistema esférico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra. Os astros nascem no leste e se põem no oeste (movimento diurno dos astros). Nota: Estrelas que descrevem uma circunferência completa no céu são denominadas de circumpolares. Movimento dos Astros Nascer Ocaso Nascer e Ocaso: São os instantes em que o astro aparece e desaparece no horizonte, respectivamente. Passagem Meridiana: É o instante em que o astro atinge máxima altura ou mínima distância zenital. Efeito da Latitude do Observador Polo Norte (latitude 90°) Circulo Polar Ártico (latitude 66.5°) Latitude 40° Trópico de Câncer (latitude 23.5°) Equador (latitude 0°) Trópico de Capricórnio (latitude -23.5°) PNC PNCZ PNC Z PNC Z Z Z Z PNC PSC PSC Posições do Sol Eclíptica Solstício (Junho) Solstício (Dezembro) Polo Sul Celestial Polo Norte Celestial Equinócio (Março) Equinócio (Setembro) Ponto Áries (Ponto Vernal) Ponto Libra A eclíptica é a projeção sobre a esfera celeste da trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra. O Ponto Áries é o ponto do equador ocupado pelo Sol no equinócio de março (quando o Sol cruza o equador celeste vindo do hemisfério sul). O Ponto Libra é diametralmente oposto ao ponto . Efeito da Latitude do Observador Polo Norte (latitude 90°) Circulo Polar Ártico (latitude 66.5°) Latitude 40° Trópico de Câncer (latitude 23.5°) Equador (latitude 0°) Trópico de Capricórnio (latitude -23.5°) PNC PNCZ PNC Z PNC Z Z Z Z PNC PSC PSC Analema Solar é a figura traçada pelo Sol no céu ao longo do ano numa determinada hora. Imagem entre os anos de 2013 – 2014 em Buenos Aires, Argentina. Trajetória do Sol de inverno no hemisfério norte durante o solstício de dezembro. É o caminho mais curto em relação ao ano acima do horizonte, sua variação é mais baixo no céu. Imagem de Dezembro de 2005 sobre a costa do Tirreno de Santa Severa em Fiumicino, Itália. Nascer do Sol Ao longo do ano o Sol nasce em posições diferentes no horizonte. O Sol não nasce exatamente no leste, exceto nos equinócios. Exercícios 5 – Na Terra, a região entre as latitudes -23.5° (trópico de Capricórnio) e +23.5° (trópico de Câncer ) é chamada de região tropical. Nesta região o Sol passa pelo zênite quantas vezes por ano? Nos trópicos de Câncer e Capricórnio a afirmação anterior continua válida? Justifique. 6 – A linha de latitude -66.5° é chamada de círculo polar Antártico. Para latitudes mais ao sul do círculo polar Antártico quantas horas o Sol permanece acima do horizonte no verão e no inverno? Tarefa ExtraClasse TE3 A estrela Polaris, alfa da constelação de Ursa Menor, é denominada de estrela polar. Ela recebe este nome porque permanece sempre fixa no firmamento num ponto coincidente com o polo celeste norte. a) De acordo com a Figura A, qual é a latitude do lugar? b) Suponha que a Figura B represente o registro da constelação em dois instantes de tempo, 𝑡𝐴 e 𝑡𝐵. Qual é o sentido de rotação (horário ou anti-horário)? Posteriormente, estime o tempo decorrido entre os registros. Astronomia e Gravitação Aula 4: Estações do Ano Insolação Solar Calendário Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Terra https://www.youtube.com/watch?v=FWj9BZISBoY&list=PL786495B96AB0CC3C&index=22&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=FWj9BZISBoY&list=PL786495B96AB0CC3C&index=22&t=0s Estações do Ano As estações do ano são consequência da translação da Terra da em torno do Sol e a inclinação do plano orbital da Terra em relação ao equador. 22 de Dezembro 22 de Junho21 de Março 23 de Setembro SolstícioEquinócioO hemisfério que está mais voltado para o Sol se aquece mais e produz o verão. Solstícios - Junho (o sol incide diretamente no trópico de câncer). - Dezembro (o sol índice diretamente no trópico de capricórnio). Equinócios O sol incide diretamente no equador. Nota: A medida que se afasta do equador as estações ficam mais acentuadas. Insolação Solar Equador Atmosfera Declinação 𝛿 Latitude 𝜙 Nota: A declinação de um astro é o arco do meridiano do astro compreendido entre o plano do equador celeste e o astro. Ângulo Zenital 𝜃𝑧 Constante Solar: Quantidade de energia por unidade de área e de tempo que atinge perpendicularmente o topo da atmosfera da Terra. 𝐸𝑧: Energia média que chega perpendicularmente à superfície da Terra, (Fatores: Rotação da Terra [25%] e Reflexão da Atmosfera [61%]). Constante Solar 1350𝑊/𝑚2 𝐸𝑧 208 𝑊/𝑚2 Área 𝐴 Sol Zênite Elevação 𝜃 Ângulo Zenital 𝜃𝑣 Nota - Ângulo Zenital 𝜃𝑣 = ± 𝛿 − 𝜙 O sinal + vale se a culminação é feita ao norte do zênite e o sinal − se a culminação é feita ao sul do zênite . - Elevação 𝜃 = 90° − 𝜃𝑣 Norte Sul Polo Norte Celestial Latitude 𝜙 Equador Celeste Insolação Solar [Instante da Passagem Meridiana Superior] Declinação 𝛿 Insolação Solar: Quantidade de energia por unidade de área e de tempo que atinge a superfície da Terra em um determinado local. Considerando 𝐼𝑧 a insolação quando o Sol está a pino e 𝐼 a insolação quando o Sol está a uma altura 𝜃, temos 𝐼 = 𝐼𝑧 sin 𝜃 Exercícios 1 – Para Porto Alegre ( latitude ≈ 30𝑜 S), determine: a) A elevação do Sol na sua passagem meridiana nos solstício e equinócios. b) Determine a razão entre a insolação máxima entre os solstícios. 2 – Repita o exercício anterior para a cidade de Seattle ( latitude ≈ 47.6𝑜 N) Duração do Dia e da Noite Duração do dia 𝑇𝑑 em que 𝜙 é a latitude do lugar e a declinação 𝛿 é dada aproximadamente por onde 𝑛 se refere ao número de dia de interesse do ano ( 01/01 (𝑛 = 1) e 31/12 (𝑛 = 365 ou 𝑛 = 366 (bissexto)) ). Nota [Duração da Noite] 𝑇𝑁 = 24 − 𝑇𝑑 Nota: Apesar de não considerar as variações do tempo astronômico, sobretudo com relação à elipsidade da órbita terrestre que não subdivide as estações no ano em períodos perfeitamente iguais, a equação é uma boa aproximação para o cálculo da duração dos dias e das noites em qualquer localidade e data na Terra. Há de se ponderar, contudo, que a equação não é precisa para obter as datas de equinócios e de solstícios: no hemisfério sul a fórmula prevê o equinócio de outono com 3 dias de atraso, o solstício de inverno com 6 dias de atraso, o equinócio de primavera com 10 dias de atraso e o solstício de verão com 9 dias de atraso. 3 – Para a cidade de Porto Alegre (latitude: ≈ 30𝑜 S e longitude: ≈ 51.23𝑜 O) em relação ao dia 29 de abril, calcule: a) A duração do dia e da noite [formato: h/min/s] b) O horário do nascer e do pôr do Sol. Exercícios 4 – Repita o exercício anterior para a cidade de Seattle ( latitude ≈ 47.6𝑜 N, longitude 122.2𝑜 O) Ano e Calendário N S Zodíaco Eclíptica Ponto Vernal Precessão do Eixo (≈ 26000 anos) Ano Sideral: é o tempo necessário para a Terra dar uma volta em torno do Sol tomando como referência uma estrela fixa. Tem duração de 365.2563 dias solares. Ano Tropical: é o tempo necessário para a Terra dar uma volta em torno do Sol tomando como referência o ponto em que o Sol se encontra no equinócio de março, chamado ponto Áries (ponto Gama/Vernal). Tem duração de 365.2422 dias solares. Nota: 1 dia solar = 24 horas. Nosso calendário é baseado no ano tropical. Ano tropical = 365 dias + 1 dia a cada 4 anos – 1 dia a cada 100 anos + 1 dia a cada 400 anos – 1 dia a cada 3300 anos. Nota: O calendário que usamos atualmente é Calendário Gregoriano, que foi estabelecido em 1578, pelo papa Gregório XIII, sob orientação do astrônomo Clavius. Este calendário usa um ano de 365.2425 dias. Exercícios 5 – De quantos segundos é a diferença entre o ano tropical e ano registrado pelo calendário Gregoriano? Quantos anos são necessário para a retirada de um dia? 6 – Um dia sideral corresponde a quanto tempo, formato: h:min:s? Tarefa ExtraClasse TE4 Em relação a cidade do Novo México – Estados Unidos (latitude ≈ 34𝑜 𝑁), determine o nascer e o ocaso do Sol (sem considerar o efeito longitude) no dia 20 de janeiro. Astronomia e Gravitação Aula 5: Constelações Distâncias Astronômicas Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Constelações https://www.youtube.com/watch?v=jD9wwYaxTgU&list=PL786495B96AB0CC3C&inde x=28 https://www.youtube.com/watch?v=jD9wwYaxTgU&list=PL786495B96AB0CC3C&index=28 Unidades de Distâncias Astronômicas 1 𝐴𝑈 1 𝑝 𝑐 Unidade Astronômica [𝐴𝑈] Distância média entre a Terra e o Sol. Utilizada para medir a órbita dos planetas e de outros corpos celestes. Nota: 1 𝐴𝑈 ≅ 1.5 × 108 𝑘𝑚 Anos-Luz [𝑙𝑦] Distância percorrida pela luz no vácuo num ano. Utilizada para distancias interestrelares. Nota: 1 𝑙𝑦 ≅ 9.5 × 1012 𝑘𝑚 Parsec [𝑝𝑐] Distância de um objeto cujo a paralaxe anual média vale um segundo de arco. Utilizada para distancias interestrelares. Nota: 1 𝑝𝑐 ≅ 3.1 × 1013 𝑘𝑚 Terra Sol Exercícios 1 - A distância média entre a Terra e Marte é de 78 milhões de quilômetros. Determine esta distancia em unidades astronômicas. 2 - A galáxia de Andrômeda é a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea, distante da Terra 2.54 milhões de anos-luz. Qual é o valor desta distancia em parsec? Medida de Distâncias Astronômicas Paralaxe É a diferença na posição aparente de um objeto visto por observadores em locais distintos. Nota: Quando mais distante o objeto menor a paralaxe. 2𝑝 2𝑝 𝑑 2𝑟 Da geometria 𝑑 = 𝑟 tan 𝑝 Paralaxe: Heliocêntrica (Anual) e Geocêntrica (Diurna) Janeiro Julho Sol Terra 1 𝐴𝑈 𝑑 𝑝 H el io cê n tr ic a A paralaxe heliocêntrica é usada para medir a distância das estrelas mais próximas. À medida que a Terra gira em torno do Sol, podemos medir a direção de uma estrela em relação às estrelas de fundo quando a Terra está de um lado do Sol, e tornamos a fazer a medida seis meses mais tarde, quando a Terra está do outro lado do Sol. G e o cê n tr ic a 𝑑 𝑅𝑇 𝑝 2𝑝 Visto de A Visto de B Objeto A paralaxe geocêntrica usa com linha de base o diâmetro da Terra para medir a distância até a Lua e alguns planetas. Exercícios 3 – Sabendo que Saturno está a 10 AU do Sol, qual é a paralaxe diurna de Saturno? 4 – Baseado na figura abaixo Responda: Qual estrela possui maior paralaxe? Qual é a sua distância em parsecs? Constelações Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação. As constelações nos ajudam a separar o céu em porções menores, mas identificá-las é em geral muito difícil. Esfera Celeste Simulação no Stellarium As estrelas de uma constelação só estão aparentemente próximas na esfera celeste, pois na verdade estão a distâncias reais diferentes. Distância [ly] O Zodíaco é uma faixa do céu limitada por dois paralelos de latitude celeste: um situado a 8° ao norte e o outro a 8° ao sul da eclíptica (linha central do Zodíaco). Nessa faixa (constituída por 24 constelações), passam sempre o Sol, a Lua e os planetas. Ao longo do ano o Sol se desloca pela eclíptica atravessando as chamadas constelações zodiacais. Terra Sol Gêmeos Touro Áries Peixes Aquário Capricórnio Sagitário Escorpião Virgem Libra Leão Câncer Signos Tradicionais Eclíptica Astronomia Astrologia Fev. Jan. Dez. Nov. Out. Set. Ago. Jul. Jun. Maio Abr. Mar. Solstício (Verão) Equinócio (Outono) Solstício (Inverno) Equinócio (Primavera) Verão Outono Inverno Primavera Aquário Capricórnio Sagitário Escorpião OfiúcoLibra Virgem Leão Gêmeos Touro Câncer Áries Peixes Comparação entre os Mapas Astrológico e Astronômico (Zodiaco) Nota: Estações em relação ao hemisfério sul. Nota: As datas acontecem um dia mais tarde a cada 70 anos, devido à precessão dos equinócios. Exercícios 5 - Associe as estações do ano no hemisfério norte as constelações zodiacais. 6 – No equinócio de primavera no hemisfério sul qual constelação zodiacal é interceptada pelo Sol (por simplicidade assuma os signos tradicionais)? Qual é a constelação zodiacal visível no leste ao amanhecer? Qual é a constelação zodiacal visível no oeste ao anoitecer? Tarefa ExtraClasse TE5 A estrela de Barnard, situada na constelação de Ofiúco, é a terceira estrela mais próxima da Terra – veja figura. A sua distância pode ser estimada empregando o método da paralaxe heliocêntrica. a) No que consiste este método? b) Utilizando este técnica um astrônomo fez os seguintes registros de Barnard (imagem abaixo). Baseado na imagem anterior, responda: (i) Qual é a possível data do registro B? (ii) Estime a distância de Barnard a Terra (em parsecs). c) Devido aos efeitos da atmosfera terrestre, ângulos inferiores a 0.01′′ são muito difíceis de serem estimados utilizando o método de paralaxe heliocêntrica. Neste sentido, qual é a distância da estrela mais longínqua, em parsecs, que podemos estimar utilizando está técnica? Astronomia e Gravitação Aula 6: Sistema Solar Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Sol https://www.youtube.com/watch?v=ZEiJLhtkfGM&list=PL786495B96AB0CC3C&index=21&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=ZEiJLhtkfGM&list=PL786495B96AB0CC3C&index=21&t=0s Sistema Solar Constituição: • Estrela • Planetas (Principais, Anões, Secundários) • Asteroides • Meteoroides O Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos os corpos celestes que estão sob seu domínio gravitacional. • Cometas • Gases e Poeira Estrela (Sol) Estrutura 𝑹⨀ ≅ 𝟔. 𝟗𝟔 × 𝟏𝟎 𝟓 𝒌𝒎 𝑴⨀ ≅ 𝟏. 𝟗𝟖 × 𝟏𝟎 𝟑𝟎 𝒌𝒈 Alguns Fatos - Detém 99.8% da massa do Sistema Solar. - Temperatura da superfície ~ 6000 °C. - Orbita o centro da Via Láctea a uma distância de ~25 mil anos-luz (completa uma órbita ~ 200 milhões de anos [ano galáctico]). (1) Núcleo: A parte que produz energia em quantidade significativa via fusão nuclear. (2) Zona de Radiação: Região que transfere calor do centro para fora via radiação. (3) Zona de Convecção: Região que transporta calor para a superfície via convecção. (4) Fotosfera: Corresponde a superfície visível. (5) Cromosfera: Camada irregular entre a fotosfera e a coroa. (6) Coroa: Envoltório luminoso do Sol. (7) Mancha solar: Região onde ocorre redução de temperatura e pressão das massas gasosas. (8) Grânulos: Criados pelas células de convecção do plasma. (9) Proeminência solar: Estruturas em forma de laço que se destacam da superfície. Exercícios 1 - Sabendo que diâmetro equatorial e massa da Terra corresponde, respectivamente, a 𝐷⨁ = 12756.2 𝑘𝑚 e 𝑀⨁ = 5.97 × 10 24 𝑘𝑔 estime o diâmetro equatorial e a massa Sol em termos da Terra. Planetas P ri n ci p ai s A n õ e s Dominante em sua órbita NÃO dominante em sua órbita Planetas Principais Planetas Anões Telúrico (Terrestre) Joviano (Gasoso) [a] Medidas relativas a Terra 𝐷⨁ = 12756.2 𝑘𝑚 𝑀⨁ = 5.97 × 10 24 𝑘𝑔 Sí m b o lo s P la n et a Se cu n d ár io ( Sa té lit es N at u ra is ) Um satélite natural é um corpo celeste que orbita um planeta ou outro corpo maior. Exercícios 2 – Faça um esboço gráfico do período orbital versus raio orbital para os planetas principais do sistema solar. Posteriormente, interprete-o. Cinturão de Asteroides A cintura de asteroides é uma região do Sistema Solar compreendida entre as órbitas de Marte e Júpiter. Abriga múltiplos objetos irregulares denominados asteroides. Os entulhos originados nas colisões podem formar meteoroides que finalmente alcancem a atmosfera terrestre. Uma percentagem maior de 99,8% dos 30 000 meteoritos achados até a data na Terra acredita-se que foi originada no cinturão de asteroides. Troianos são corpos astronômicos, tais como asteroides e satélites, que dividem e orbitam a uma determinada distância de uma órbita com um planeta ou satélite maior, mas não colidem com o último. Nota Meteoroides: Fragmento de matéria interplanetária, cuja dimensão é bastante menor que um asteroide e bastante maior que uma molécula. Meteoro: Passagem de um meteoroide na atmosfera terrestre. Meteorito: Meteoroide quando este cai na superfície terrestre. Cinturão de Kuiper Plutão Netuno Área do sistema solar que se estende desde a órbita de Netuno (a 30 UA do Sol) até 50 UA do Sol. Os objetos do cinturão de Kuiper são comumente chamados de KBO (Kuiper belt object). Nuvem de Oort Cinturão de Kuiper Cinturão de Asteroides Nuvem de Oort Terra Plutão ∼ 105 𝐴𝑈 Hipotética nuvem esférica situada no limite do Sistema Solar, constituída por inúmeros objetos celestes, tais como cometas e asteroides. Estes corpos celestes orbitam em volta do Sol apesar de se situarem muito longe deste. Exercícios 3 – O Sol está distante de sua estrela mais próxima, Proxima Centauri, aproximadamente 4.22 anos-luz de distância. A nuvem de Oort ocupa que fração desta distância? Cometas Cometa é um corpo celeste que possui uma rota elíptica excêntrica ao redor do Sol (muito longa); característico por possuir uma atmosfera nebulosa ao redor do núcleo (coma) e uma "cauda" feita de gases, gelo e poeira que se forma quando se aproxima muito do Sol. Sol Órbita 1 Cometa 2 3 1 Coma 2 Cauda Ionizada 3 Cauda de Poeira Nota: Cometas de curto/longo período são formados no cinturão de Kuiper/Nuvem de Oort. C h u va d e M et eo ro s C o m et a H al e- B o p p Formação do Sistema Solar Teoria Nebular Nuvem de gás e poeira. Colapso da nuvem sobre si mesma (explosão de uma supernova vizinha). Porção menor da nuvem original. Disco plano em rotação. Fusão Nuclear Nascimento do Sol A matéria se aglomera em grandes objetos. Nascimento dos planetas, asteroides e cometas. Material rochoso(gasoso) próximo(distante) ao Sol. Cometas e asteroides são os materiais restantes da formação. Tarefa ExtraClasse TE6 O esquema abaixo apresenta uma escala de distância no Sistema Solar a partir do Sol. a) Indique na figura a localização dos seguintes objetos: - Mercúrio (M) - Terra (T) - Cinturão de Asteroides (CA) - Júpiter (J) - Netuno (N) - O intervalo associado ao cinturão de Kuiper (CK) - A fronteira final da nuvem de Oort (NO) b) Qual é o planeta do Sistema Solar mais próxima da Terra? Neste planeta quantos dias terrestres são um ano? E quantas horas terrestres possui um dia? Astronomia e Gravitação Aula 7: Estrelas Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Estrelas https://www.youtube.com/watch?v=oAVszrKt4Tw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=7&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=oAVszrKt4Tw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=7&t=0s Definição Escala 1:400 000 000 000 Sol Siriu s A Pó lu x A ld eb ran Estrela d a P isto la B etelgeu se A n tares V V C ep h eiA Estrelas são esferas auto gravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transformação de elementos através de reações nucleares, isto é, da fusão nuclear de hidrogênio em hélio e, posteriormente, em elementos mais pesados. Propriedades • Massa 0.08𝑀⨀ < M < 100𝑀⨀ • Temperatura 0.4T⨀ < T < 8.5T⨀ • Raio 10−2R⨀ < R < 10 3R⨀ • Luminosidade 10−4L⨀ < L < 10 6L⨀ Nota [Luminosidade] Quantidade de energia que um corpo irradia em uma unidade de tempo. Ela é tipicamente expressa em unidades de watts ou em termos da Luminosidade solar, L⨀. Magnitude Aparente (Brilho) A magnitude aparente (m) de um corpo celeste é um número que mede o seu brilho como visto por um observador na Terra. Quanto maisbrilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). Sol (-26.7) Lua Cheia (-12.5) Vênus (-4.4) Binóculos (10) [Limite] Olho Nu (6) [Limite] Telescópio 1m (19) [Limite] Telescópio Hubble (30) [Limite] M ag n it u d e A p ar en te 𝓂 Magnitude Aparente x 2.5 Opaco x 2.5 Opaco x 2.5 Opaco x 2.5 Opaco x 2.5 Opaco Nota: A magnitude absoluta está associada ao brilho de uma estrela distante 10 𝑝𝑐 do observador. ℳ⨀ = 4.8 Lista das Estrelas mais Brilhantes Simulação no Stellarium Exercício 1 – Estime quantas vezes Sirius é mais brilhante do Aldebaran. Comportamento de Corpo Negro A fotosfera contém fótons de luz em equilíbrio térmico e alguns escapam para o espaço aproximadamente como um corpo negro. Nota [Corpo Negro] - Corpo que absorve toda a radiação que incide sobre ele. - Toda a radiação emitida por um corpo negro é devido a sua temperatura. - Regido pelas leis de Stefan-Boltzmann, Planck e Wien.Estrela (secção transversal) Lei de Stefan-Boltzmann A luminosidade na superfície da estrela é diretamente proporcional a quarta potência da temperatura. Lei de Planck A estrela emiti fótons com uma distribuição de comprimento de onda dados pela lei de Planck. Lei de Wien O comprimento de onda em que uma estrela tem o pico de radiação é inversamente proporcional a temperatura. Luz Visível Lei de Planck SolIn te n si d ad e Comprimento de Onda [𝑛𝑚] Luz Visível 𝜆 𝐼 Classificação de Temperatura [Cor X Temperatura] Nota: Cada classe (M - O) se subdivide em 10 (0 - 9) sendo 0 a mais quente e 9 a mais fria. • A temperatura de uma estrela é estimada com base no comprimento de onda do pico da distribuição de intensidade luminosa. Lei de Wein 𝜆𝑝 ∝ 1 𝑇 • Estrelas grandes são mais brilhantes a uma mesma temperatura que estrelas pequenas. Lei de Stefan-Boltzman 𝐿 ∝ 𝑅2𝑇4 Nota [Sol] 𝜆𝑝 ⨀ ≅ 500 𝑛𝑚 𝐿⨀ ≅ 3.8 × 10 26 𝑊 𝑇⨀ ≅ 5800 𝐾 𝑅⨀ ≅ 6.96 × 10 8 𝑚 Exercício 2 – A figura apresenta a distribuição espectral de uma determinada estrela. a) Estime a temperatura da superfície da estrela em relação ao Sol. b) Dado que a luminosidade da estrela 𝐿 = 104𝐿⨀, determine o raio da estrela em relação ao Sol. Espectro Estelar Prisma Comprimento de Onda In te n si d ad e Linha Espectral de Absorção Nota [Espectro] Intensidade da luz em diferentes comprimentos de onda. Fonte Nuvem 1 2 3 1 – Espectro Contínuo O corpo opaco e quente (corpo negro) emite um espectro contínuo. 2 – Espectro de Emissão Um gás transparente produz um espectro de linhas de emissão brilhantes. O número e a posição das linhas depende das composição química do gás. 3 - Espectro de Absorção Se um espectro contínuo passar por um gás a temperatura mais baixa, o gás frio causa a presença de linhas escuras (absorção). O Número e posição destas linhas depende do elementos químicos presentes no gás. Le is d e K ir ch h o ff Classificação em Luminosidade [Espectro de Absorção X Tamanho] Sol Anã Branca Gigante Azul 𝜆 [𝑛𝑚] Visível A largura das linhas de absorção depende fortemente da gravidade superficial. Estrela Grande → Linha de Absorção Estreita Estrela Pequena → Linha de Absorção Larga 𝜆 [𝑛𝑚] 𝐹 Classe 0 (Hipergigantes) Classes Ia e Ib (Supergigantes) Classes II e III (Gigantes) Classe IV (Subgigante) Classe V (Anãs) Classe VI (Subanãs) Classe VII (Anãs Brancas) Estrelas (Frequência) Clas. Temperatura Cor Aparente Azul Azul (Claro) Branca/Azul Branca Amarelo (Claro) Amarelo Laranja Linhas de Hidrogênio Fraca Médio Forte Médio Fraca Muito Fraca Muito Fraca Hidrogênio Tipo Espectrais Exercício 3 – A figura ao lado destaca as estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul. Baseado na figura qual é a estimativa da temperatura na superfície da estrela Beta Crucis? Qual é a sua classificação? Em relação ao espectro de absorção o que podemos afirmar da intensidade das linhas de hidrogênio? Diagrama HR Relação entre luminosidade e Temperatura Lu m in o si d ad e Temperatura (Superfície) Correlações entre Massa e Tamanho ℳ Método da Paralaxe Espectroscópica • Do espectro estima-se a temperatura superficial e a classe luminosa. • No diagrama HR (partindo do tipo espectral) obtenha-se a magnitude absoluta. • Comparando as magnitudes absoluta e aparente (medida experimentalmente) determina-se a distância da estrela (em parsecs) utilizando o módulo de distância 𝑑 = 10(𝓂−ℳ+5)/5 Nota: Devido aos efeitos relativísticos este método limita-se a distâncias ≲ 10 000 𝑝𝑐 (estrelas no interior da Via Láctea). Exercício 4 - O diagrama ao lado representa a distribuição espectral da estrela 13 scorpii localizada na constelação de escorpião. Dado que a sua classe luminosa é V e que sua magnitude aparente 𝓂 = 4.58 , utilize o método da paralaxe espectroscópica para estimar a sua distância da Terra. 13 scorpii Evolução Estelar Evolução das Estrelas (Diagrama HR) Estrela na Sequência Principal A posição e o tempo que uma estrela permanecerá na sequência principal (estrela em equilíbrio) dependem criticamente de sua massa (caso não faça parte de um sistema múltiplo). Posição: 𝐿 ∝ 𝑀3 Tempo: 𝑡𝑆𝑃 ∝ 1 𝑀2 Nota: 𝑀⨀ ≅ 2 × 10 30 𝑘𝑔 𝑡𝑆𝑃 ⨀ ≅ 1010𝑎𝑛𝑜𝑠 Exercício 5 – Uma estrela inicia seu processo de queima de hidrogênio (𝐻 → 𝐻𝑒) com uma massa 𝑀 = 20𝑀⨀ . Qual é a classe espectral que ela pertence? Por quanto tempo ela permanecerá neste estado? Tarefa ExtraClasse TE7 Três Marias é o nome popular dado a um asterismo de três estrelas que formam o cinturão da constelação de Orion. As estrelas, facilmente identificáveis no céu pelo brilho e por estarem alinhadas, têm o nome de Mintaka, Alnilan e Alnitak. Alnilan (Epsilon de Orionis) é a quarta estrela mais brilhante da constelação. De acordo com uma analise espectral ela pertence a classe espectral 𝐼𝑎 e seu pico na distribuição ocorre num comprimento de onda 116 𝑛𝑚 , aproximadamente. Além disso, um estudo da sua luminosidade aponta que ela é 375 000 vezes mais potente que o Sol. Em relação a Alnilan, responda: a) Qual é a temperatura efetiva da estrela (em relação ao Sol)? E a cor aparente? b) Calcule o raio da estrela (em raio solar)? c) Supondo que a sua relação massa-luminosidade seja semelhante as das estrelas da sequência principal, estime sua massa (em massa solar). d) Determine o seu tempo de vida (em relação ao tempo de vida do Sol). e) Indique as possíveis fases de evolução da estrela (do nascimento a morte). Astronomia e Gravitação Aula 8: Galáxias Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Galáxias https://www.youtube.com/watch?v=6iFEYS_Fxfw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=9&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=6iFEYS_Fxfw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=9&t=0s Definição Grande sistema, gravitacionalmente ligado, que consiste de estrelas, remanescentes de estrelas, um meio interestelar de gás e poeira, e um importante mas insuficientemente conhecido componente apelidado de matéria escura. Nota [Descoberta] Entre 1923 e 1929 Hubble encontra estrelas cefeidas em Andrômeda e outras “nebulosas”; usa a relação período- luminosidade dessas estrelas para determinar as distâncias das nebulosas a que elas pertencem; encontra valores maiores que os limites da nossa galáxia, comprovando tratarem-se de outras galáxias. Galáxia de Andrômeda Tipos de Galáxias (Hubble) Elípticas Espirais Espirais Barradas Espirais Classificação de Hubble Irregulares Irregulares Elípticas Espirais Espirais (S): Galáxias que apresentam um clara estrutura espiral em volta de um núcleo. Em termos de estrutura possuem: núcleo, disco, halo, braços espirais e enxames globulares. Notas • S0 (Lenticular): Galáxias que têm núcleo, disco e halo, mas não têm traços de estrutura espiral. • SB (Espirais Barradas): Os braços espirais partem de uma barra formada de estrelas. Braço Espiral Enxame Globular HaloDisco Núcleo Galáxia Lenticular Subdivisão Elípticas (E): Galáxias que apresentam forma esférica e não têm estrutura em forma de espiral. Sua estrutura é constituída por: núcleo, halo e enxames globulares. Elas são subdividas de acordo com o seu grau de “achatamento” 𝑛: 𝑛 = 10 1 − 𝑏 𝑎 em que 𝑎 é o tamanho do eixo maior; 𝑏 é o tamanho do eixo menor. Núcleo Halo Enxame Globular 𝑎 𝑏 Elipse Irregulares: Galáxias que são privadas de qualquer simetria circular ou rotacional, apresentando uma estrutura caótica ou irregular. Diferente dos tipos anteriores de galáxias, carecem de uma estrutura definida. P ri n ci p ai s C ar ac te rí st ic a d as G al áx ia s 𝑀⨀ 𝐿⨀ Enxame Globular Observações • O disco de galáxias espirais é fino, denso e gira rapidamente. • A maioria da massa das galáxias é devido a matéria escura. • As estrelas do halo são mais velhas e têm metalicidades menores do que as estrelas do disco. • Aglomerados globulares são tipicamente velhos e pobres em metais. • As galáxias apresentam as mais variadas formas e tamanhos. • A maioria das galáxias contém buracos negros supermassivos em seu centro. Exercícios 1 - Dadas as galáxias Classifique-as de acordo com a classificação de Hubble. Formação e Evolução das Galáxias Monolítico: Propõe que as galáxias se formaram e evoluíram isoladamente pelo colapso de grandes nuvens de gás; galáxias elípticas se formaram a partir de nuvens densas, com pouca rotação, e alta taxa de formação estelar; galáxias espirais se formaram a partir de nuvens menos densas, com maior rotação, e menor taxa de formação estelar. Hierárquico: Propõe que as galáxias se formaram e evoluíram através de encontros sucessivos de nuvens menores. Seriam assim formados sistemas puramente discoidais, que evoluiriam a galáxias espirais, se sofressem poucas interações entre si, ou a elípticas, no caso de os encontros e fusões serem muito frequentes. Neste modelo, o fator determinante para a evolução da galáxia é o meio em que ela se encontra. Monolítico Hierárquico Uma vez que a separação entre as galáxias não é muito grande (em relação as suas dimensões) os encontros entre galáxias são comuns. As interações deformam as galáxias, gerando peculiaridades (forma, tamanho e composição distintas das listadas por Hubble). Fusões: Interações entre galáxias de mesmo porte. A fusão de duas espirais pode gerar uma galáxia elíptica. Canibalismo: Interações entre galáxias de portes muito distintos, em que a maior acaba “engolindo” a menor. Interações entre Galáxias Imagem profunda do Universo (𝑑 ≃ 13 𝐺𝑙𝑦) Constatações • Muitas galáxias pequenas e irregulares. • As galáxias mais próximas são maiores e regulares. Consideração • As interações entre as galáxias é um componente importante na sua evolução. Fusão Galáxias Irregulares Buraco Negro (Centro) Fusão Seyfert Quasar Buraco Negro (Supermassivo) Rádio Galáxia Galáxia Elíptica Galáxia Espiral Sequência Evolucionária (Possível) Canibalismo Núcleo (Superluminoso) Distância entre Galáxias Ef ei to D o p p le r Terra Galáxia Repouso Afastando Aproximando Espectro Linha espectral se desloca para o vermelho (redshift). Linha espectral se desloca para o azul (blueshift). Redshift (𝑧) 𝑧 = 𝜆O 𝜆E − 1 em que 𝜆E é o comprimento de onda emitido, 𝜆O é o comprimento de onda observado. A maioria das galáxias apresenta desvios para vermelho em seu espectro, o que indica que elas estão se afastando de nós (têm velocidade de recessão 𝑉). Do efeito Doppler relativístico temos 𝑉 𝑐 = 1 + 𝑧 2 − 1 1 + 𝑧 2 + 1 em que 𝑐 ≅ 300 000 𝑘𝑚/𝑠. Lei de Hubble A linha reta mostra que as velocidades são proporcionais à distância 𝑉 = 𝐻0𝑟 A declividade da reta dá o valor da constante de proporcionalidade, chamada constante de Hubble 𝐻0 ≅ 71 𝑘𝑚/𝑠/𝑀𝑝𝑐 Resulta que a distância de uma galáxia a Terra é determinada por 𝑟 = 𝑐 𝐻0 1 + 𝑧 2 − 1 1 + 𝑧 2 + 1 Exercícios 2 - O espectro de uma galáxia mostra a linha K do cálcio, cujo comprimento de onda de repouso é 3934 ሶ𝐴 , em 11802 ሶ𝐴 . Calcule a distância da galáxia a Terra. Sistema de Galáxias Galáxias tendem a se agrupar em aglomerados. A Via Láctea faz parte de um aglomerado pequeno chamado Grupo Local, com cerca de 50 galáxias, entre as quais Andrômeda e a própria Via Láctea são as duas maiores. O aglomerado rico mais próximo do Grupo Local é o aglomerado de Virgem, que tem mais de 2.000 membros e atrai gravitacionalmente as galáxias do Grupo Local. O Grupo Local, o aglomerado de Virgem e outros aglomerados próximos constituem o Superaglomerado Local. Distribuição de galáxias no espaço, conforme observações. Cada ponto nesta figura representa uma galáxia, na direção de um polo da Galáxia. A Grande Parede é a banda de galáxias que se estende de lado a lado quase no meio da parte superior da figura. Via Láctea O Grupo Local é o grupo composto por mais de 54 galáxias que inclui nossa Galáxia, a Via Láctea, sendo a maioria delas galáxias anãs, com o centro gravitacional localizado entre a Via Láctea e a Galáxia de Andrômeda. As galáxias do Grupo Local cobrem uns 10 milhões de anos-luz de diâmetro e tem uma aparência binária. A massa total do grupo é da ordem de 1012 de massas solares. Os dois membros mais massivos do grupo são a Via Láctea e a Galáxia de Andrômeda. Grupo Local Superaglomerado de Virgem O superaglomerado de Virgem, chamado também de superaglomerado local, é um superaglomerado de galáxias. Nele está contido o Grupo Local de Galáxias com nossa galáxia, a Via Láctea. Este superaglomerado contém cerca de 100 grupos e aglomerados de galáxias, e é dominado pelo Aglomerado de Virgem localizado perto do centro. O Grupo Local de Galáxias está localizado perto da borda do Aglomerado de Virgem pelo qual é atraído. Os superaglomerados se distribuem em enormes cadeias como se fossem filamentos de uma grande estrutura. Superaglomerados Teia Cósmica (Estrutura do Universo) A figura corresponde a simulação computacional contendo 500 mil galáxias. Tarefa ExtraClasse TE8 O Grupo do Escultor é um grupo de galáxias perto do polo sul galáctico. O grupo é o mais próximo do grupo Local. A galáxia do escultor (NGC 253) é uma galáxia deste grupo, veja figura. Baseado nas informações da figura, responda: a) De acordo com a classificação de Hubble, qual é o seu tipo? b) Determine, aproximadamente, a sua distância até a Terra (em parsecs). c) Calcule seu raio (em anos luz). d) Estime a massa da galáxia em massas solares. Dica: 𝐺 ≅ 6.67 × 10−11 𝑚3𝑘𝑔−1𝑠−2 Astronomia e Gravitação Aula 9: Lei da Gravitação Universal Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Kepler https://www.youtube.com/watch?v=6jXN_1Xt20M&list=PL786495B96AB0CC3C&index=13&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=6jXN_1Xt20M&list=PL786495B96AB0CC3C&index=13&t=0s Lei da Gravitação Universal Força Gravitacional (distribuição uniforme de massa) Intensidade 𝐹 • Diretamente proporcional ao produto das massas. • Inversamente proporcional ao quadrado da distância. 𝐹 = 𝐺 𝑚1𝑚2 𝑟2 em que 𝐺 = 6.67 × 10−11 𝑁𝑚2/𝑘𝑔2 é a constante gravitacional. Orientação Ԧ𝐹 • Radial 𝐹 ∝ 1 𝑟2 ℎ Ԧ𝑣 1 - Um satélite que tem uma massa de 300 𝑘𝑔 move-se em uma órbita circular de 5 × 107𝑚 acima da superfície da Terra. NOTA: 𝑅⨁ ≅ 6 × 10 6 𝑚 e 𝑀⨁ ≅ 6 × 10 24 𝑘𝑔 a) Qual é a intensidade da força gravitacional sobre o satélite? R.: 𝐹 ≅ 38.3 𝑁 b) Calcule a magnitude da velocidade do satélite. R.: v ≅ 2.6 𝑘𝑚/𝑠 c) Determine o período do satélite. R.: T ≅ 36.5 ℎ 2 - Três esferas uniformes de massa de 2 𝑘𝑔, 4 𝑘𝑔 e 6 𝑘𝑔 são colocadas nos cantos de um triângulo retângulo, como na Figura. Determine o vetor força gravitacional resultante no objeto de 4 𝑘𝑔, assumindo que as esferas estão isoladas do resto do Universo. R.: Ԧ𝐹4 ≅ −10Ԧ𝑖 + 5.9Ԧ𝑗 × 10 −11 𝑁 Exercícios 3 – Duas partículas de massa 𝑚1 e 𝑚2 distam𝑑 entre si, veja figura. a) Mostre que a posição 𝑥 que uma terceira partícula deve ser colocada para que a força gravitacional sobre ele seja nula é dada por 𝑥 = 𝑑 𝑚2 𝑚1 2 + 1 b) Interprete a relação anterior para os seguintes casos: - 𝑚2 ≫ 𝑚1 - 𝑚2 = 𝑚1 - 𝑚2 ≪ 𝑚1 c) Faça o gráfico de 𝑥 versus 𝑚2/𝑚1. 𝑚1 𝑚2 𝑑 𝑥 Leis de Kepler Partindo da lei da gravitação universal podemos determinar as leis de Kepler. Periélio Afélio Sol Primeira Lei (Lei das Órbitas) Os planetas descrevem órbitas elípticas, com o sol num dos focos. 𝑟 = 𝑎 1 − 𝑒2 1 + 𝑒 cos 𝜃 Segunda Lei (Lei das Áreas) O raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos iguais. 𝐴 = 𝐿 2𝑀 𝑡 Terceira Lei (Lei dos Períodos) Os quadrados dos períodos de revolução são proporcionais aos cubos das distâncias médias do Sol aos planetas. 𝑇2 = 4𝜋2 𝐺𝑀 𝑟3 Exercícios 4 - A lua Europa orbita Júpiter com um período de 3.55 𝑑 num raio orbital médio de 6.7 × 108 𝑚. a) Assumindo que a órbita é circular, estime a massa de Júpiter. R.: MJ ≅ 1.9 × 10 27 𝑘𝑔 b) Outro satélite de Júpiter, Calisto, possui um período orbital de 16.7 dias. Calcule o raio de sua órbita (supondo circular). R.: rC ≅ 1.89 × 10 9 𝑚 Sol Cometa 5 – O cometa Halley possui um período de 75.6 anos. a) Sabendo que no periélio ele dista o Sol a 0.570 𝐴𝑈, determine o quão distante está o afélio. NOTA: 1 𝐴𝑈 ≅ 1.5 × 1011 𝑚 e 𝑀⨀ ≅ 1.99 × 10 30 𝑘𝑔 R.: 𝑥 ≅ 35.2 𝐴𝑈 b) Qual é a razão entre as velocidades no afélio e periélio? DICA: Use a conservação do momento angular. R.: 𝑣𝑝/𝑣𝑎 ≅ 61.8 6 – Use a lei da gravitação universal para deduzir a terceira lei de Kepler (utilize uma órbita circular, por simplicidade). Tarefa ExtraClasse TE9 Um sistema binário de estrelas é composto por duas estrelas de massa iguais que descrevem uma órbita circular com velocidade Ԧ𝑣 e período 𝑇, veja figura. Baseado na dinâmica do movimento circular, demonstre que a massa de cada estrela pode ser determinada pela expressão 𝑀 = 2𝑣3𝑇 𝜋𝐺 . Astronomia e Gravitação Aula 10: Campo Gravitacional Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Heliocentrismo https://www.youtube.com/watch?v=ZzSEIdjwOE4&list=PL786495B96AB0CC3C&index =10&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=ZzSEIdjwOE4&list=PL786495B96AB0CC3C&index=10&t=0s Campo Gravitacional [Partícula] 𝑚 Ԧ𝑔 Campo Gravitacional Ԧ𝑔 = Ԧ𝐹 𝑚 Partícula 𝑔 = 𝐺𝑀 𝑟2 𝑀 Sistema de Partículas Ԧ𝑔 = 𝑖 Ԧ𝑔𝑖 Ԧ𝐹 Exercícios 1 - A figura ao lado representa as diferentes camadas da atmosfera terrestre. Calcule a magnitude da aceleração da gravidade nas seguintes posições: a) Limite inferior da Troposfera 𝑅. : 9.81 𝑚/𝑠2 b) Limite superior da Termosfera 𝑅. : 8.43 𝑚/𝑠2 NOTA: 𝑅⨁ ≅ 6.37 × 10 6 𝑚 e 𝑀⨁ ≅ 5.97 × 10 24 𝑘𝑔. αA αB ≅ 𝑀⨀≅ 𝑀⨀ 3 - Alpha Centauri, também conhecida como Rigil Kentaurus, consiste de três estrelas unidas gravitacionalmente: o par Alpha Centauri A (αA) e Alpha Centauri B (αB), duas estrelas brilhantes e próximas no céu, e uma pequena mais afastada, Proxima Centauri. Utilize as informações da figura ao lado para determine o vetor gravidade no ponto 𝑃, suponha apenas a presença das duas estrelas. αA αB 2𝑎 𝑥 𝑝 𝑅. : Ԧ𝑔 = − 2𝐺𝑀⨀𝑥𝑝 𝑥𝑝 2+𝑎2 3 2 Ԧ𝑖 𝑟 [km] 0 𝑟𝑇𝐿 = 384 405 𝑀𝑇 ≅ 5.97 × 10 24 𝑘𝑔 𝑀𝐿 ≅ 7.36 × 10 22 𝑘𝑔 Terra Lua 𝑃1 𝑃2 𝑟𝑇𝐿 2 3 2 𝑟𝑇𝐿 2 – O esquema abaixo representa o sistema Terra-Lua. Baseado nos elementos da figura, responda: a) Determine a intensidade da aceleração gravitacional nos pontos 𝑃1 e 𝑃2. 𝑅. : 𝑔𝑃1 ≅ −0.01 𝑚/𝑠 2 𝑔𝑃2 ≅ −0.001 𝑚/𝑠 2 b) Calcule a posição 𝑥 em que a aceleração da gravidade é nula. 𝑅. : 𝑥 ≅ 345 989 𝑘𝑚 Campo Gravitacional [Corpo Extenso] Exercícios 𝑔 = න𝑑𝑔 = 𝐺න 𝑑𝑀 𝑟2 Campo Gravitacional Nota 𝜌 = 𝑑𝑀 𝑑𝑉 4 – A densidade de uma esfera é dada por 𝜌 = 𝐶/𝑟. A esfera tem um raio de 5 𝑚 e massa 1011 𝑘𝑔. a) Determine a constante 𝐶. b) Obtenha a expressão da magnitude do campo gravitacional para (i) 𝑟 ≥ 5 𝑚 e (ii) 𝑟 < 5 𝑚. Densidade Volumétrica Objeto com Simetria Esférica 𝑔 = 𝐺 𝑟2 න𝑑𝑀 𝑅. : 𝐶 ≅ 6.44 𝑘𝑔/𝑚2 𝑅. : 𝑔 = ൞ 2.70 × 10−9, 𝑟 < 5 6.75 × 10−8 𝑟2 , 𝑟 ≥ 5 5 - A figura ao lado indica o comportamento da intensidade do campo gravitacional para um objeto esférico de massa 𝑀 e raio 𝑅 com uma distribuição de massa homogênea. Mostre que a magnitude do campo gravitacional em função da distância radial 𝑟 é dada por 𝑔 = 𝐺𝑀 𝑅3 𝑟, 0 ≤ 𝑟 < 𝑅 𝐺𝑀 𝑟2 , 𝑟 ≥ 𝑅 6 – Uma barra fina de massa 𝑀 e comprimento 𝐿 centrada na origem está disposta ao longo do eixo 𝑥. Obtenha a magnitude do campo gravitacional num ponto 𝑥 > 𝐿/2. 𝑅. : 𝑔 = 𝐺𝑀 𝑥2 − 𝐿 2 2 Tarefa ExtraClasse TE10 Três objetos de massa iguais 𝑚 = 1011 𝑘𝑔 estão localizados nos três cantos de um quadrado de lado 𝓁 = 2 𝑚, conforme figura. Determine a intensidade do campo gravitacional no ponto 𝑂. Astronomia e Gravitação Aula 11: Energia Potencial Gravitacional Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Yuri Gagarin https://www.youtube.com/watch?v=BUQP3-WR6SI&list=PL786495B96AB0CC3C&index=27&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=BUQP3-WR6SI&list=PL786495B96AB0CC3C&index=27&t=0s Energia Potencial Gravitacional Energia associada ao campo gravitacional O trabalho do campo gravitacional sobre uma partícula de massa 𝑚 movendo de A para B é 𝑊 = න Ԧ𝐹𝑔 ∙ 𝑑 Ԧ𝑟 = −𝐺𝑀𝑚 1 𝑟𝑓 − 1 𝑟𝑖 No limite em que 𝑟𝑖 → +∞, obtemos 𝑈(𝑟) = − 𝐺𝑀𝑚 𝑟 que é denominada de energia potencial gravitacional. Nota [Próxima a Superfície] 𝑈 = 𝐺𝑀𝑚 𝑟𝑓 − 𝑟𝑖 𝑟𝑓 𝑟𝑖 ≅ 𝑚 𝐺𝑀 𝑅2 ℎ = 𝑚𝑔ℎ Acima o gráfico da energia potencial gravitacional 𝑈 versus a distância radial 𝑟. O conceito por ser estendido para muitas partículas Energia da Órbita e Velocidade de Escape Um objeto de massa 𝑚 move-se numa orbita circular em torno de um objeto de massa 𝑀, 𝑀 ≫ 𝑚. Da energia mecânica e dinâmica do movimento, temos Energia da Órbita Velocidade da Órbita 𝐸 = 1 2 𝑚𝑣2 − 𝐺𝑀𝑚 𝑟 𝐺𝑀𝑚 𝑟2 = 𝑚 𝑣2 𝑟 𝐸 = − 𝐺𝑀𝑚 2𝑟 Um objeto de massa 𝑚 é lançado verticalmente para cima, a partir da superfície, com velocidade 𝑣𝑖 e atinge uma altura ℎ. Da conservação de energia Velocidade de Escape [𝑟𝑚𝑎𝑥 → +∞] 1 2 𝑚𝑣2 − 𝐺𝑀𝑚 𝑅 = − 𝐺𝑀𝑚 𝑟𝑚𝑎𝑥 𝑣𝐸 = 2𝐺𝑀 𝑅 𝑣𝐶 = 𝐺𝑀 𝑟 Classificação da Órbitas 𝐸 < 0 𝑣 < 𝑣𝐸 sistema ligado órbitas fechadas (elipse) 𝐸 ≥ 0 𝑣 ≥ 𝑣𝐸 sistema não ligado órbitas abertas (parábola/hipérbole ) Exercícios 1 – A partir da superfície da Terra, determine a velocidade de lançamento de um objeto para escapar da influência gravitacional. 𝑅. : 𝑣𝐸 ≅ 11.2 𝑘𝑚/𝑠 2 – Um satélite geoestacionário parece estar parado, para um observador na Terra, porque ele gira sobre um ponto do equador com um período igual ao de rotação da Terra. Determine a altura ℎ do satélite em relação a superfície da Terra. 𝑅. : ℎ ≅ 35903 𝑘𝑚 ℎ 3 – Um meteorito de massa 𝑚 = 2 × 107 𝑘𝑔 se dirige desde do espaço exterior até a Terra. Sua velocidade a uma distância 𝑟0 = 3.8 × 10 7𝑚 do centro da Terra é 𝑣0 = 30 𝑘𝑚/𝑠. Determine: a) A velocidade que atinge a superfície da Terra (suponha a Terra imóvel ). 𝑅. : 𝑣𝑚 ≅ 31690 𝑚/𝑠 b) A velocidade do conjunto Terra-meteorito após a colisão. 𝑅. : 𝑣𝑆 ≅ 10 −13 𝑚/𝑠 c) A energia cinética do meteorito transformada em energia interna do sistema. 𝑅. : 𝐸 ≅ 1016 𝐽 NOTA: A bomba atômica Little Boy largada em Hiroshima em 6 de Agosto de 1945, explodiu com uma energia de aproximadamente 15 𝑘𝑡 de TNT (63 × 1012 𝐽 ). 𝑀𝑇 ≅ 5.98 × 10 24 𝑘𝑔 𝑒 𝑅 ≅ 6.37 × 106 𝑚. 4 - Em astrodinâmica, a órbita de transferência de Hohmann é uma órbita elíptica usada para transferir um veículo entre duas órbitas circulares de diferentes altitudes no mesmo plano geométrico. Usaremos esta órbita para estudar a viajemde uma sonda da Terra a Marte. a) Note que a órbita de Hohmann é elíptica com um dos focos no Sol, seu periélio é a distância da Terra ao Sol e o afélio a distância dos Sol a Marte. Determine o semieixo maior da órbita e sua excentricidade. 𝑅. : 𝑎 ≅ 1.89 × 1011 𝑚, 𝑒 ≅ 0.21 b) Partindo do periélio quanto tempo leva a sonda para atingir o afélio? 𝑅. : ≅ 259 𝑑𝑖𝑎𝑠 c) Determine as velocidades da Terra e Marte em suas órbitas. 𝑅. : 𝑣𝑇 ≅ 29772 𝑚/𝑠 e 𝑣𝑀 ≅ 24067 𝑚/𝑠 d) Baseado nas conservações da energia e momento angular, determine a velocidade da sonda no periélio e no afélio na orbita de Hohmann (desconsidere a interação com os planetas). 𝑅. : 𝑣𝑝 ≅ 32743 𝑚/𝑠, 𝑣𝑎 ≅ 21398 𝑚/𝑠 e) Determine as velocidades que a sonda deve ser lançada para viajar: (i) Terra-Marte e (ii) Marte-Terra. 𝑅. : 𝑣𝑇𝑀 ≅ 2971𝑚/𝑠, 𝑣𝑀𝑇 ≅ −2670 𝑚/𝑠 f) Determine as posições dos planetas nas viagens: (i) Terra-Marte e (ii) Marte-Terra. 𝑅. : 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 −𝑀𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑒 44.7° 𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑒 − 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 76.1° 𝑎𝑡𝑟á𝑠 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑒 g) Estime o tempo total da viagem (ida e volta) Terra-Marte. 𝑅. : ≅ 963 𝑑𝑖𝑎𝑠 NOTA: 𝑟𝑇 ≅ 1.49 × 10 11 𝑚 , 𝑟𝑀 ≅ 2.28 × 10 11 𝑚 e 𝑀𝑆 ≅ 1.98 × 10 30 𝑘𝑔 Terra Marte Sonda Órbita de Hohmann Órbita da Terra Órbita de Marte Sol 𝑀 𝑥0 𝑚0 5 – Uma barra fina de massa 𝑀 (distribuição uniforme) e comprimento 𝐿 centrada na origem está disposta ao longo do eixo 𝑥. a) Mostre que a energia potencial gravitacional compartilhada por um elemento 𝑑𝑚 da barra e uma partícula de massa 𝑚0 localizado no eixo 𝑥 em 𝑥0 > 𝐿/2 é dada por 𝑑𝑈 = − 𝐺𝑀𝑚0 𝐿(𝑥0 − 𝑥) 𝑑𝑥 onde 𝑈 = 0 em 𝑥0 → +∞. b) Baseado no resultado anterior, demonstre que 𝑈 = − 𝐺𝑀𝑚0 𝐿 ln 𝑥0 + 𝐿 2 𝑥0 − 𝐿 2 c) Dado que 𝐹 = − 𝑑𝑈 𝑑𝑥0 conclua que 𝐹 = − 𝐺𝑀𝑚0 𝑥0 2 − 𝐿2/4 Tarefa ExtraClasse TE11 Um buraco é perfurado da superfície da Terra até o seu centro, como na figura. Ignore a rotação da Terra e quaisquer efeitos devidos à resistência do ar e modele a Terra como uma esfera uniforme. a) Mostre que o trabalho necessário para levar uma partícula de massa 𝑚 desde o centro da Terra até a sua superfície é dado por 𝑊 = 𝑚𝑔𝑅𝐸 2 . em que 𝑔 é a magnitude da aceleração da gravidade na superfície da Terra e 𝑅𝐸 é o raio da Terra. b) Demonstre que se a partícula é abandonada do repouso na superfície da Terra ela atingirá o centro como uma velocidade igual a 𝑣 = 𝑔𝑅𝐸 . c) Conclua que a velocidade de escape da partícula lançada a partir do centro da Terra é 𝑣𝐸 = 3𝑔𝑅𝐸 . Astronomia e Gravitação Aula 12: Cosmologia Newtoniana Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Universo https://www.youtube.com/watch?v=Rv2ingzE_lY&list=PL786495B96AB0CC3C&index=23&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=Rv2ingzE_lY&list=PL786495B96AB0CC3C&index=23&t=0s Cosmologia Ciência que estuda composição, estrutura e evolução do universo. Estrutura: Como é organizado o Universo. Evolução: Dinâmica de formação do Universo. Composição: Do que é feito o universo. Princípio Cosmológico O princípio cosmológico é uma das principais hipóteses da cosmologia moderna, baseada em um número crescente de evidências observacionais, que afirmam que: Em escalas espaciais suficientemente grandes, o Universo é homogêneo e isotrópico. Nota: O princípio cosmológico só é válido em escalas maiores do que 100 𝑀𝑝𝑐. Homogêneo Não Isotrópico Não Homogêneo Isotrópico Homogêneo Isotrópico A Forma do Universo 𝑅(𝑡) 𝑀 Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 Vamos considerar um universo homogêneo, isotrópico e infinito preenchido de “poeira” ( matéria não- relativística, onde a pressão 𝑝 é desprezível frente à densidade de 𝜌) que expande a uma velocidade Ԧ𝑣. Massa da Esfera 𝑀 = 4 3 𝜋𝜌 𝑡 𝑅 𝑡 3 Teorema de Birkhoff: O efeito da gravidade numa partícula na superfície da esfera devido à matéria fora da esfera é nulo. 𝑚 𝜌(𝑡) Condição Inicial (𝑡 = 𝑡0) 𝑅0 𝜌0 𝑀 Raio 𝑅 𝑡0 = 𝑅0 Densidade 𝜌 𝑡0 = 𝜌0 Conservação da Massa Universo no instante 𝑡 = 𝑡0. Universo no instante 𝑡. 𝑀 = 4 3 𝜋𝜌 𝑡 𝑅 𝑡 3 = 4 3 𝜋𝜌0𝑅0 3 Energia (galáxia de massa 𝑚) 𝐸 = 1 2 𝑚𝑣2 − 𝐺𝑀𝑚 𝑅 Conservação de Energia (𝐸 = 𝑐𝑡𝑒) 1 2 𝑣2 − 4 3 𝜋𝐺𝑝0 𝑅0 3 𝑅 = 𝐸 𝑚 = 𝐾 Dinâmica do Universo Newtoniano ൞ 1 2 ሶ𝑅2 − 4 3 𝜋𝐺𝜌0 𝑅0 3 𝑅 = 𝐾 𝑅 𝑡0 = 𝑅0 𝐾 = 0 𝐾 < 0 𝐾 > 0 Curvatura do Espaço Plano (𝐾 = 0) Aberto (𝐾 > 0) Fechado (𝐾 < 0) Hoje Exercícios 1 – De acordo com a cosmologia Newtoniana, dependendo das condições iniciais, a energia total pode ser negativa. Neste caso o universo é fechado e expande até atingir um raio 𝑅𝑐. Conclua que este raio é 𝑅𝑐 = 4𝜋𝐺𝜌0𝑅0 3 3|𝐾| 𝑅𝑐 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 2 – Seja o Universo Newtoniano plano (𝐾 = 0). Baseado na energia da expansão da esfera e na Lei de Hubble, demonstre que a densidade crítica e a idade do Universo são dadas, respectivamente, por 𝜌𝑐 = 3𝐻0 2 8𝜋𝐺 ≅ 1.1 × 10−26 𝑘𝑔 𝑚3 𝑡0 = 2 3𝐻0 ≅ 1010 𝑎𝑛𝑜𝑠 Matéria e Energia no Universo Fluído Cosmológico Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 Ԧ𝑣 (𝑃, 𝑉, 𝑇) Vamos supor que o Universo em expansão se comporta como um fluido. Primeira Lei da Termodinâmica 𝑑𝐸 + 𝑃𝑑𝑉 = 𝑇𝑑𝑆 Para um processo reversível (𝑑𝑆 = 0) com uma densidade de energia 𝜌 e dado que diferentes formas de energia tem diferentes relações entre a densidade de energia e a pressão (equação de estado: 𝜔 = 𝑃/𝜌), obtemos 𝑑𝜌 𝑑𝑡 + 1 𝑉 𝑑𝑉 𝑑𝑡 1 + 𝜔 𝜌 = 0 por simplicidade, 𝑉 = 4𝜋𝑅3/3 e ሶ𝑅/𝑅 = 𝐻0 o que resulta em 𝑅 𝑑𝜌 𝑑𝑅 + 3 1 + 𝜔 𝜌 = 0. Por fim, dado que 𝜌 𝑅0 = 𝜌0 temos 𝜌 = 𝜌0 𝑅 𝑅0 −3(1+𝜔) 𝑅 𝝎 Matéria 0 Radiação 1/3 Equação de Estado (Matéria no Universo) 0 0 ln 𝑅 𝑅0 ln 𝜌 𝜌0 𝑡0𝜔 = 0 (Matéria) 𝜔 = 1/3 (Radiação) Evolução das Densidades de Energia Hoje Passado Presente𝑡0 Exercícios 3 – Na ausência de matéria/radiação qual é o valor de 𝜔? O que pode representar este resultado? R.: 𝜔 = −1. Vácuo Quântico 4 – Quando se trata da expansão do Universo, podemos pensar que as coordenadas espaciais das galáxias estão fixas e que apenas os espaços entres elas aumentam. Com isso, podemos introduzir o novo sistema de coordenadas 𝑅 𝑡 = 𝑎 𝑡 𝑥 em que 𝑅(𝑡) é a distância real, 𝑥 é a distância co-móvel e 𝑎(𝑡) é conhecida como fator de escala. Usando a dinâmica do Universo Newtoniano, conclui-se que no universo primitivo plano, dominado pela radiação, vale 𝑎 𝑡 = 𝑎0 𝑡 𝑡0 𝑎(𝑡) tempo Baseado no resultado anterior e na solução do fluido cosmológico, demonstre que no Universo dominado pela radiação a dinâmica da densidade é governada por (admita um universo plano) 𝜌 = 𝜌0 𝑡0 𝑡 2 Tarefa ExtraClasse TE12 Seja um Universo composto por uma mistura de matérias comum 𝑚 e escura Λ. Para decidirmos o melhor modelo que descreve o universo é necessário introduzir o parâmetro de densidade. Denominado por Ω𝑖, este parâmetro é a razão entre a densidade real do universo 𝜌𝑖 e a sua densidade crítica 𝜌𝑐, ou seja, Ω𝑖 = 𝜌𝑖/𝜌𝑐 em que o índice 𝑖 se refere ao tipo de matéria que o universo é composto. Para o nosso universo, as relações entre os parâmetros de densidade, em especial Ω𝑚 + ΩΛ, governam tanto a geometria como a evolução. O gráfico abaixo mostra quatro possíveis cenários, 𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷, para dinâmica do universo para diferentes valores de Ω𝑚 e ΩΛ. Em relação a figura responda: a) De que forma os diferentes cenários sustentam a ideia do Big Bang? b) De acordo com a lei de Hubble 𝐻 = ሶ𝑅/𝑅 em que 𝑅 está associado ao tamanho do universo. Nos dias de hoje, 𝑡0, o valor é 𝐻 = 𝐻0 ≅ 71 𝑘𝑚/𝑠/𝑀𝑝𝑐. Podemos afirmar que 𝐻 é uma constante ao longo do tempo nos diferentes cenários? Justifique. c) Todos os universos possuem a mesma idade? Caso negativo, indique o mais jovem e o mais velho bem como uma estimativa da sua idade nos dias de hoje. d) Dos universos indicadosqual(is) é(são) aberto(s)? e fechado(s)? e) Qual é papel da matéria escura na dinâmica de evolução do universo? Astronomia e Gravitação Aula 13: Teoria Geral da Relatividade Alexsandro Marian Carvalho Escola Politécnica UNISINOS Pré - Aula Vídeo ABC da Astronomia | Buracos Negros https://www.youtube.com/watch?v=F-3huw0yUHw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=31&t=0s https://www.youtube.com/watch?v=F-3huw0yUHw&list=PL786495B96AB0CC3C&index=31&t=0s Postulados • As leis da natureza tem a mesma forma para observadores em qualquer referencial, acelerado ou não. NOTA [Consequência]: Aceleração e velocidade são relativas. • Nas proximidades de qualquer ponto, um campo gravitacional é equivalente a um referência acelerado na ausência de efeitos gravitacionais (princípio da equivalência). NOTA [Consequência]: Relações entre as massas inercial 𝑚𝑖 e gravitacional 𝑚𝑔 𝑚𝑖 = 𝑚𝑔 Ԧ𝑣1 Ԧ𝑎1 Ԧ𝑣2 Ԧ𝑎2 𝑂1 𝑂2 Ԧ𝑎 = − Ԧ𝑔 Ԧ𝑔 𝑂 Solo 𝑂 Tempo no Campo Gravitacional Solo Ԧ𝑔 ℎ 𝑂 𝑂′ 𝐹 Recinto em queda livre no campo gravitacional. No instante 𝑡0 = 0, em que se inicia a queda a partir do repouso, é emitido um raio de luz monocromático der frequência 𝑓0 por uma fonte 𝐹 no chão do recinto, verticalmente em direção ao teto, que se encontra a uma altura ℎ do chão (supostamente transparente). De acordo com o efeito Doppler a frequência da luz medida em 𝑂 é 𝑓 = 1 − 𝑉 𝑐 𝑓0 em que 𝑉 é a velocidade em que a fonte está se afastando do observador e 𝑐 e a velocidade da luz. Dado que 𝑉 = 𝑔𝑡 e do princípio da equivalência (t = ℎ/𝑐), temos Δ𝑡 = 1 − 𝐺𝑀 𝑟𝑐2 Δt0 Sendo assim, o campo gravitacional afeta a marcha de um relógio (“anda mais devagar”). Exercícios Solo 1 - Uma fonte luminosa cai em queda livre. No instante 𝑡0 = 0, em que se inicia a queda a partir do repouso, é emitido simultaneamente dois raios de luz monocromático de frequência 𝑓0 por uma fonte, veja figura. a) Demonstre que a frequência observada pelos observadores 𝐴 e 𝐵, indicados na figura ao lado, são respectivamente 𝑓𝐴 = 1 + 𝐺𝑀 𝑐2𝑅 𝑓0 𝑓𝐵= 1 − 𝐺𝑀 𝑐2𝑅 𝑓0 em que 𝐺 é a constante gravitacional, 𝑀 é a massa do planeta, 𝑅 é o raio do planeta e 𝑐 é a velocidade da luz no vácuo. b) Qual é o significado dos resultados anteriores? 𝑓0 𝑓0 Curvatura do Espaço-Tempo De acordo com os estudos da relatividade restrita, a métrica do espaço-tempo (também chamada de métrica de Minkowsky) é dada por Δ𝑠 2 = Δ𝑥 2 + Δ𝑦 2 − 𝑐2 Δ𝑡 2 Entretanto, num referencial onde existe campo gravitacional temos que Δ𝑡 2 ≅ 1 − 2𝐺𝑀 𝑟𝑐2 Δt0 2 visto que a energia potencial de uma 𝑚 é geralmente uma fração muito pequena da energia total 𝐸 = 𝑚𝑐2, ou seja, 𝑚 𝑈 /𝐸 = 𝑈 /𝑐2 ≪ 1. Decorre que num referencial onde existe um campo gravitacional Δ𝑠 2 = Δ𝑥 2 + Δ𝑦 2 − 𝑐2 Δ𝑡0 2 1 − 2𝐺𝑀 𝑟𝑐2 ou seja, a presença de um campo gravitacional modifica a geometria do espaço-tempo. 2 – Em 1916, Schwarzschild obteve uma solução exata para as equações de Einstein da Teoria da Relatividade Geral e mostrou que a métrica de Minkowski para um referencial onde existe um campo gravitacional em coordenadas polares no limite infinitesimal (denominada de métrica de Schwarzschild) é dado por d𝑠 2 = dr 2 𝛾 𝑟 2 + 𝑟2 𝑑𝜃 2 − 𝛾 𝑟 2𝑐2 𝑑𝑡 2 onde 𝛾 𝑟 = 1 − 2𝐺𝑀/(𝑟𝑐2), 𝐺 é a constante gravitacional, 𝑟 distância da massa 𝑀 e 𝑐 é a velocidade da luz no vácuo. a) Como o campo gravitacional influencia a posição radial 𝑟? E o tempo? b) No limite de 𝑟 → ∞, mostre que a métrica será dada por d𝑠 2 = dr 2 + 𝑟2 𝑑𝜃 2 − 𝑐2 𝑑𝑡 2 Como podemos interpretar este resultado? c) Demonstre que o coeficiente de dr 2 na métrica de Schwarzschild tem uma singularidade em 𝑟𝑠 = 2𝐺𝑀/𝑐 2, conhecido como raio de Schwarzschild. Nota: Em 1939, Oppenheimer e Snyder mostraram que uma estrela de massa maior que o triplo da massa do Sol apresenta um colapso gravitacional: seu raio vai diminuindo até atingir 𝑟𝑠 e tornar-se < 𝑟𝑠, formando um buraco negro. Buraco Negro O raio de Schwarzschild está diretamente associado ao horizonte de eventos (fronteira teórica ao redor de um buraco negro a partir da qual nada, inclusive a luz, pode escapar. Exercício Algumas Predições da Relatividade Geral Deflexão da Luz A figura ao lado mostra a luz de uma estrela distante que passa próxima ao Sol. Devido a presença do campo gravitacional o caminho percorrido da luz sofre uma deflexão que de acordo com a teoria geral da relatividade é de 𝛼 = 4𝐺𝑀 𝑐2𝑅 Lentes Gravitacionais A lente refrativa comum dobra a luz, causando muitos raios que de outra forma não teriam atingido o olho do observador. Sua origem aparente é a imagem formada pela lente. Observe que a imagem não é do mesmo tamanho que o objeto (ampliação) e, embora não seja mostrada aqui, a forma da lente pode fazer com que a forma da imagem seja diferente daquela do objeto. A Lente gravitacional tem os mesmos efeitos na luz de galáxias distantes vistas na Terra. Δ𝜙 Precessão do Periélio Considere um sistema planetário simples, como mostrado na figura. De acordo com a teoria geral da relatividade a órbita não é um elipse; a curvatura do espaço tempo próxima a estrela causa uma precessão do periélio. Assim, depois de completar um órbita, o planeta retorna ao periélio 𝑟𝑚𝑖𝑛 mas numa nova posição 𝜙. Assim a equação da órbita (coordenadas polares) é dada por 𝑟 = 𝑟𝑚𝑖𝑛 1 + 𝑒 1 + 𝑒 cos(𝜙 − Δ𝜙) em que 𝑒 é a excentricidade da elipse e Δ𝜙 = 6𝜋𝐺𝑀 𝑐2𝑟𝑚𝑖𝑛(1 + 𝑒) .Ondas Gravitacionais A formulação da relatividade geral de Einstein, em 1916, previu explicitamente a existência de radiação gravitacional. Ele mostrou que, assim como cargas elétricas aceleradas geram campos eletromagnéticos dependentes do tempo no espaço - ou seja, massas aceleradas de ondas eletromagnéticas criariam campos gravitacionais dependentes do tempo no espaço - isto é, ondas gravitacionais - que se propagam de sua fonte à velocidade da luz. As ondas gravitacionais estão propagando ondas ou distorções do espaço-tempo. A Figura ilustra a radiação gravitacional emitida por dois buracos negros que se fundem, distorcendo o “tecido” do plano espaço-tempo. Exercícios 3 - a) Calcule a deflexão da luz 𝛼 quando ela passa próxima ao Sol. Resposta: 𝛼 = 1.75′′. a) Uma estrela 𝑋 possui uma massa que é o dobro da solar e um raio que a quarta parte do raio solar. Determine 𝛼𝑋. Resposta: 𝛼𝑋 = 14 ′′. 4 – Uma determina estrela possui uma massa 10 vezes a massa do Sol. Ela é orbitada por um planeta cuja orbita possui excentricidade 0.5 e a sua distância no periélio até a estrela é igual a 108 𝑚. Determine o efeito da precessão no periélio para uma revolução do planeta em torno de sua estrela. Resposta: Δ𝜙 ≅ 39.6′′. Tarefa ExtraClasse TE13 A luz da estrela 𝑆 na figura passa a distância 𝑏 de uma galáxia 𝐿, onde é defletida por um ângulo 𝛼 e então alcança o observador 𝑂, que vê uma imagem da estrela em 𝐼. A galáxia (de massa 𝑀) está a uma distância 𝑑𝐿 do observador, e a estrela está a uma distância 𝑑𝑆 do observador. Por simplicidade, no que segue, assuma que a deflexão gravitacional ocorre num único ponto. b) Resolva a equação anterior para 𝜃 e mostre que existem duas imagens cuja localização difere por Δ𝜃 = 𝛽2 + 4𝜃𝐸 2 onde 𝜃𝐸 = 4𝐺𝑀(𝑑𝑆 − 𝑑𝐿)/(𝑐 2𝑑𝐿𝑑𝑆) é o ângulo de Einstein. Este é um exemplo de lente gravitacional, um efeito da relatividade geral que foi observado para objetos distantes que aparecem em múltiplas imagens quando sua luz percorre um caminho através do espaço-tempo que é curvado por uma galáxia intermediária. c) Quando a estrela, a galáxia e o observador se encontram ao longo de uma única linha, aparece algo diferente de duas imagens. Dada a simetria da figura quando 𝛽 = 0, o que você espera ser observado neste caso? a) Para pequenos ângulos, baseado na geometria da figura, mostre que 𝜃𝑑𝑆 = 𝛽𝑑𝑆 + 4𝐺𝑀 𝜃𝑑𝐿𝑐 2 𝑑𝑆 − 𝑑𝐿 Dicas: 𝛾 ≪ 1 → tan 𝛾 ≅ 𝛾. Considere 𝛼 como a deflexão daluz prevista pela relatividade geral.
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