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Apostila Módulo I- Aula 01- Resíduos Sólidos (1)

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CURSO BÁSICO SOBRE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DE BIOGÁS DE ATERRO SANITÁRIO 
Módulo 1 - Conceitos Básicos 
Aula 1 – Resíduos Sólidos 
1 
 
 
 
 
CURSO BÁSICO SOBRE 
APROVEITAMENTO 
ENERGÉTICO DE BIOGÁS 
DE ATERRO SANITÁRIO 
 
MÓDULO I: Conceitos Básicos 
 
AULA 1: Resíduos Sólidos 
 
 
 
 
Proponente e Cooperadas
Executoras
CURSO BÁSICO SOBRE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DE BIOGÁS DE ATERRO SANITÁRIO 
Módulo 1 - Conceitos Básicos 
Aula 1 – Resíduos Sólidos 
2 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3 
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................................. 4 
2.1. Definição ........................................................................................................................... 4 
2.2. Classificação dos Resíduos Sólidos ................................................................................. 4 
2.2.1. Classificação quanto à periculosidade ....................................................................... 4 
2.2.2. Classificação quanto à origem do resíduo ................................................................. 5 
2.2.3. Classificação de acordo com a composição química do resíduo ............................... 7 
2.3. Caracterização dos Resíduos .......................................................................................... 7 
2.3.1. Características físicas ................................................................................................ 7 
2.3.2. Características químicas ............................................................................................ 9 
2.3.3. Características biológicas ........................................................................................ 11 
2.4. Destinação dos Resíduos Sólidos Urbanos .................................................................... 11 
2.4.1. Pré-tratamento ......................................................................................................... 11 
2.4.2. Tratamento .............................................................................................................. 12 
2.4.3. Disposição Final ...................................................................................................... 14 
2.5. Projeção das quantidades de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................... 17 
 
 
CURSO BÁSICO SOBRE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DE BIOGÁS DE ATERRO SANITÁRIO 
Módulo 1 - Conceitos Básicos 
Aula 1 – Resíduos Sólidos 
3 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Uma das grandes preocupações atuais em termos ambientais é a crescente geração de 
resíduos sólidos urbanos (RSU), devido ao aumento populacional, à rápida industrialização e ao 
crescimento do consumo. Além disso, o padrão de consumo e o estilo de vida contemporâneo, 
disseminado pelo capital, contribuem para a crescente geração de resíduos. 
A produção de RSU nas cidades brasileiras ocorre diariamente e, segundo Santos et al. 
(2013), há uma tendência de crescimento na geração de resíduos sólidos no país devido ao 
aumento populacional. Por outro lado, a evolução das políticas públicas relacionadas ao tema 
impulsionou a publicação da Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos 
(PNRS). Dentre os objetivos dessa política estão a não geração, redução, reutilização, reciclagem, 
tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos (MINISTÉRIO DO 
MEIO AMBIENTE, 2010). 
A quantidade e composição dos resíduos variam de acordo com a população, seus 
diferentes extratos sociais, economia e grau de urbanização (PRANDINI, JARDIM e D’ALMEIDA, 
1995). Assim, a caracterização dos RSU gerados no município é fundamental para qualquer 
definição posterior de gerenciamento, pois permite identificar a quantidade e qualidade dos 
resíduos gerados, assim como as tendências futuras, auxiliando no cálculo da capacidade e tipo 
de equipamento de coleta, tratamento e destinação final (LIMA, 2004). 
 
CURSO BÁSICO SOBRE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DE BIOGÁS DE ATERRO SANITÁRIO 
Módulo 1 - Conceitos Básicos 
Aula 1 – Resíduos Sólidos 
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2. RESÍDUOS SÓLIDOS 
2.1. Definição 
Os resíduos sólidos podem ser definidos como aqueles em estado sólido e semissólido, 
provenientes de atividades de procedência doméstica, industrial, de serviços, de varrição, 
comercial, agrícola e hospitalar. Os lodos originários de sistemas de tratamento de água, aqueles 
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, assim como determinados 
líquidos, cujas características tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou 
corpos d’água, ou exijam, para tanto, soluções econômica e tecnicamente inexequíveis em face 
da melhor tecnologia disponível, também são considerados resíduos sólidos (ABNT-NBR 10.004/ 
2004). 
Outra definição para resíduos sólidos é dada na Política Nacional de Resíduos Sólidos 
(BRASIL, 2010), que considera resíduo sólido como qualquer material, substância, objeto ou bem 
descartado oriundo de atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se 
propõe a proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido. Nessa 
definição também estão incluídos os gases contidos em recipientes, além dos líquidos com as 
dadas particularidades constantes na norma da 10.004 da ABNT. 
 
2.2. Classificação dos Resíduos Sólidos 
A classificação dos resíduos sólidos é muito importante para a escolha da estratégia de 
gerenciamento mais viável e eles podem ser classificados de acordo com a sua periculosidade e 
sua origem (BARROS, 2013), além disso, podem também ser classificados segundo a 
composição química do resíduo (UNESP, 2001). 
 
2.2.1. Classificação quanto à periculosidade 
A periculosidade pode ser definida como a característica apresentada pelo resíduo em 
função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, que podem representar 
potencial de risco à saúde pública e ao meio ambiente (ABNT, 2004). 
De acordo com sua periculosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como 
Classe I (resíduos perigosos), Classe II (resíduos não perigosos), que, por sua vez, se subdivide 
em Classe II A (não inertes) e Classe II B (inertes). 
De acordo com a Figura 1, para a classificação do resíduo de acordo com a sua 
periculosidade, uma amostra deve ser coletada respeitando a NBR 10.007. Caso essa amostra 
possua uma das cinco características de periculosidade, como inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade, toxicidade ou patogenicidade, ela é classificada como Classe I (resíduo perigoso). Se 
a amostra não possuir alguma característica de periculosidade, ela não deve ser diretamente 
considerada não perigosa (Classe II). Neste caso, deve ser realizado o ensaio de lixiviação de 
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acordo com a NBR 10.005. Caso a amostra submetida ao ensaio apresente valores dos 
parâmetros analisados superiores ao limite proposto pela NBR 10.004, ela é considerada Classe I. 
Caso contrário ela pertence à Classe II (não perigosos) e deve ser subclassificada, em Classe II A 
(não inertes) ou Classe II B (inertes). Para isso, a amostra deve ser submetida ao ensaio de 
solubilização e caso haja constituintes solubilizados em concentrações superiores aos limites de 
potabilidade da água, a amostra será considerada pertencente à Classe II A. Se a concentração 
dos constituintes solubilizados for inferior aos limites de potabilidade da água, a amostra será 
considerada pertencente à Classe II B. 
 
 
Figura 1: Classificação dos resíduos sólidos de acordo com a sua periculosidade 
 
2.2.2. Classificação quanto à origem do resíduo 
A classificação do resíduo sólido quantoà sua origem foi proposta pela Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). De acordo com a Tabela 1, os resíduos podem ser 
classificados em onze categorias segundo sua origem: domiciliar, de limpeza urbana, resíduo 
sólido urbano, de estabelecimento comercial, de serviço público de saneamento básico, industrial, 
de serviço de saúde, de construção civil, agrossilvopastoril, de serviço de transporte e mineração. 
 
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Tabela 1: Classificação dos resíduos sólidos de acordo com a sua origem (BRASIL, 2010) 
Classificação Origem Exemplo 
Resíduo Domiciliar Originados da vida diária nas residências 
Restos de comida, cascas de alimentos, jornais, revistas, garrafas, 
embalagens em geral, papel higiênico 
Resíduo de Limpeza Urbana 
Aqueles originados nos diversos serviços de 
limpeza pública urbana 
 
Resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, limpeza 
de galerias, de córregos e de terrenos, restos de podas de 
árvores, corpos de animais, etc 
Resíduo Sólido Urbano 
É o somatório dos resíduos domiciliares com o 
de limpeza urbana 
- 
Resíduo de estabelecimento 
comercial e/ou prestador de 
serviço 
Originados nos diversos estabelecimentos 
comerciais 
Papel, plásticos, embalagens diversas, papéis-toalha, papel 
higiênico, etc. 
Resíduo do serviço público de 
saneamento básico 
Resíduos de Estação de Tratamento de Esgoto, 
de Estação de Tratamento de Água 
Principalmente lodo resultante do tratamento de esgoto e da água 
Resíduo Industrial 
Originados nas atividades dos diversos ramos da 
indústria, nessa categoria incluem-se grande 
maioria do lixo considerado tóxico 
Cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, 
papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros e 
cerâmicas, etc 
Resíduo de Serviço de Saúde 
Resíduos produzidos em serviços de saúde, tais 
como hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, 
etc 
Constituídos de seringas, gazes, órgãos removidos, meios de 
culturas e cobaias, remédios com validade vencida, filmes 
fotográficos de raio X 
Resíduo de Construção Civil 
São os resíduos gerados nas construções, 
reformas, reparos e demolições 
Constituem-se de demolições e restos de obras, solos de 
escavações diversas, etc. Trata-se, geralmente, de materiais 
inertes, passíveis de reaproveitamento 
Resíduos Agrossilvopastoril 
Resíduos sólidos das atividades agrícolas e da 
silvicultura 
Embalagens de defensivos agrícolas, restos de criatórios 
intensivos (produtos veterinários, restos de processamento, 
estrume, etc.), bagaço de cana, laranja, etc 
Resíduo do serviço de transporte 
Proveniente de atividades de transporte, como 
portos, aeroportos e terminais rodoviários. 
Constituem-se de materiais de higiene e asseio pessoal, que 
podem veicular doenças provenientes de outros países. 
Resíduo de Mineração 
Resíduos resultantes dos processos de 
mineração em geral 
São constituídos pelos resíduos gerados na atividade de pesquisa, 
extração ou beneficiamento de minérios 
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2.2.3. Classificação de acordo com a composição química do resíduo 
Esta classificação representa uma das formas mais simples e compreende resíduos 
orgânicos e inorgânicos. Os resíduos orgânicos são oriundos dos seres vivos, animais e vegetais 
e neles podem-se incluir restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, papéis, 
madeiras. Já os inorgânicos são os materiais que não possuem origem biológica, ou que foi 
produzida através de meios humanos, como plásticos, metais e ligas, vidros etc (UNESP 2001). 
 
2.3. Caracterização dos Resíduos 
De acordo com Barros (2013) e com o Instituto para a Democratização de Informações 
sobre Saneamento Básico e Meio Ambiente (2012), os resíduos podem ser caracterizados de 
acordo com propriedades físicas, químicas e biológicas (Tabela 2). 
 
Tabela 2: Parâmetros utilizados para caracterização física, química e biológica dos resíduos sólidos 
Características Parâmetros 
Características físicas 
Geração per capita, composição gravimétrica, peso específico 
aparente teor de umidade e compressividade 
Características químicas 
Poder calorífico, potencial hidrogeniônico (pH), composição 
química, relação carbono/nitrogênio e sólidos totais fixos e voláteis 
Características biológicas Aspectos microbiológicos. 
 
A caracterização dos resíduos sólidos urbanos gerados em um município é importante para 
qualquer decisão de gerenciamento, pois permite identificar a quantidade e qualidade dos 
resíduos gerados, assim como as tendências futuras, auxiliando no cálculo da capacidade e tipo 
de equipamento de coleta, tratamento e destinação final (LIMA, 2004). 
 
2.3.1. Características físicas 
De acordo com Bidone e Povinelli (1999), o conhecimento das características físicas está 
associado ao dimensionamento e escolha das unidades de tratamento e disposição final. As 
características físicas mais importantes dos resíduos sólidos são geração per capita, composição 
gravimétrica, peso específico aparente, teor de umidade e compressividade (MONTEIRO et al., 
2001). 
 
a) Geração per capita 
A geração per capita é determinada pelo quociente entre a massa total de todos os resíduos 
produzidos no município em um intervalo de um dia e o número total de habitantes do município, 
tendo como base os dados de população, sendo expressa em kg.hab-1.dia-1. 
Este parâmetro é importante, pois funciona como orientação para o planejamento de 
instalações e equipamentos que farão parte componente do serviço de coleta e transporte de 
RESÍDUOS INORGÂNICOS 
Sã o os mãteriãis que nã o 
possuem origem biolo gicã 
ou que forãm produzidos 
ãtrãve s de meios humãnos, 
como plã sticos, metãis e 
ligãs, vidros etc. 
. 
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resíduos (BIDONE e POVINELLI, 1999). Em 1950, no Brasil, a geração per capita era de 0,5 
kg.hab1.dia-1 e 50 anos depois aumentou para 0,7 kg.hab-1.dia-1 (JARDIM, 2000). 
 
b) Composição gravimétrica 
A composição gravimétrica identifica o percentual de cada componente do resíduo em 
relação ao peso total da amostra analisada e permite identificar a quantidade e a qualidade dos 
resíduos gerados pelos municípios. Geralmente, os componentes dos resíduos sólidos urbanos 
estão distribuídos em matéria orgânica, papel, papelão, trapos, plástico, metais, vidro, borracha, 
madeira e outros. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2012), entre 1995 e 2008, apenas 93 dos 
5.570 municípios brasileiros tinham realizado estudos para determinação da composição 
gravimétrica dos RSU. Este tipo de caracterização é importante, pois representa um indicativo 
para o aproveitamento das frações recicláveis e da matéria orgânica, para comercialização e para 
a produção de composto orgânico, respectivamente. (BIDONE e POVINELLI, 1999). 
Na Tabela 3 está um exemplo de composição gravimétrica do município de Itanhandu, 
localizado no estado de Minas Gerais. 
 
Tabela 3: Composição gravimétrica dos RSU município de Itanhandu-MG. 
Material Porcentagem (%) 
Matéria orgânica 64,3 % 
Plástico mole 10,7 % 
Papel e papelão 8,0 % 
Plástico duro 6,7 % 
Trapos 5,0 % 
Vidro 2,4 % 
Metais ferrosos 1,1 % 
Metais não ferrosos 0,7 % 
Outros materiais (madeira, couro e borracha) 1,1 % 
 
c) Peso específico 
O peso específico aparente do resíduo sólido urbano representa o peso do resíduo solto em 
função do volume ocupado sem compactação (MONTEIRO et al., 2001). Este parâmetro é 
fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Na Tabela 4 estão alguns 
valores de referência para diferentes tipos de resíduossólidos. 
 
Tabela 4: Valores de referência de peso específico aparente de diversos resíduos 
Tipo Peso Específico 
Resíduo sólido domiciliar 230 kg/m
3
 
Resíduo sólido de serviços de saúde 280 kg/m
3
 
Resíduo sólido de construção civil 1.300 kg/m
3
 
Monteiro et al. (2001) 
 
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d) Teor de Umidade 
De acordo com Barros (2013), a umidade representa a quantidade de água presente no 
resíduo e é medida em percentual do seu peso. Este parâmetro sofre alterações em função das 
estações do ano e também da incidência de chuvas. Além de possuir papel fundamental na 
velocidade de degradação dos resíduos em um aterro sanitário (BARROS, 2013), ele influencia 
diretamente o poder calorífico e o peso específico aparente do resíduos, entretanto concorre de 
forma indireta para o dimensionamento de incineradores e usinas de compostagem. Além disso, a 
umidade está diretamente associada ao cálculo da produção de chorume e ao correto 
dimensionamento do sistema de coleta de percolados. Para os RSU, a umidade pode variar em 
torno de 40 a 60% (MONTEIRO et al., 2001). 
 
e) Compressividade 
A compressividade representa o grau de compactação ou a redução do volume que uma 
massa de RSU pode receber. A compressividade é muito importante para o dimensionamento de 
veículos coletores, estações de transferência com compactação e caçambas compactadoras 
estacionárias. Contrariamente, a empolação, que também deve ser considerada nas operações de 
aterro sanitário, traduz a tendência da massa de RSU à expansão quando é extinta a pressão que 
a compacta, sem, no entanto, voltar ao volume anterior. (BARROS, 2013). 
 
2.3.2. Características químicas 
A caracterização química é importante, pois a partir dela é possível avaliar a viabilidade do 
seu processamento e o posterior potencial de aproveitamento energético do RSU. Poder 
calorífico, potencial hidrogeniônico (pH), composição química, relação carbono/nitrogênio (C/N) e 
sólidos totais, fixos e voláteis representam os principais parâmetros para a caracterização química 
do RSU (MONTEIRO et al,. 2001). 
 
a) Poder calorífico 
O poder calorífico indica a capacidade potencial de um material desprender determinada 
quantidade de calor quando submetido à queima. O poder calorífico médio do RSU situa na faixa 
de 5.000 kcal/kg e esse parâmetro importante para o dimensionamento das instalações de todos 
os processos de tratamento térmico de RSU, como incineração, pirólise e outros (MONTEIRO et 
al, 2001). 
 
b) Potencial hidrogeniônico (pH) 
O potencial hidrogeniônico do resíduo traduz a sua acidez ou a basicidade. As reações 
microbiológicas de degradação dos resíduos dependem de um pH ideal, que em geral, situa-se na 
faixa de 5 a 7. Na degradação anaeróbia dos RSU, o pH também está associado à capacidade 
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tampão do meio, a qual é o potencial de manter os valores de pH do meio, mesmo sujeito a 
variações (BARROS, 2013). 
 
c) Composição Química 
A composição química refere-se à determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica, 
carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e 
gorduras (MONTEIRO, 2001). A determinação destes parâmetros é de fundamental importância 
para os processos biológicos, pois compreende as análises de macro e micro nutrientes, que são 
fundamentais para o metabolismo dos micro-organismos durante a degradação da matéria 
orgânica (BARROS, 2013). 
 
d) Proporção carbono/nitrogênio (C:N) 
Fazem parte da composição dos resíduos o carbono e o nitrogênio, os quais são 
metabolizados em frações diferentes e a relação entre eles indica o grau de decomposição da 
matéria orgânica nos processos de tratamento ou disposição final. 
Os resíduos sólidos urbanos apresentam a relação C:N em torno de 50:1, entretanto, no 
aproveitamento energético dos resíduos, existem proporções ótimas, as quais devem estar na 
ordem de 20:1 a 35:1. Nesse sentido alguns autores propõem a suplementação de nitrogênio, a 
fim de corrigir a relação e, com isso, acelerar a reação de decomposição (BARROS, 2013; 
MONTEIRO et al. 2001; BIDONE e POVINELLI, 1999). 
 
e) Sólidos Totais Fixos e Voláteis 
De acordo com Tavares (2007), os sólidos totais indicam o total de matéria presente no 
resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação de uma amostra a uma temperatura pré-
estabelecida durante um tempo fixado. O valor deste parâmetro geral é dado pela soma dos 
sólidos totais fixos com os sólidos totais voláteis. A proporção média entre sólidos totais fixos e 
voláteis indica uma maior concentração de material orgânico em relação aos inorgânicos, uma vez 
que os valores de sólidos totais fixos representam, em sua grande maioria, substâncias 
inorgânicas e os voláteis representam os orgânicos (REMEDIO, MANCINI e ZANIN, 2002). 
A determinação da concentração de sólidos voláteis é importante para o acompanhamento 
das alterações de propriedades físicas, químicas e biológicas dos resíduos sólidos urbanos 
(CARDIN, 2008). Esse parâmetro é responsável pela ação biológica na decomposição, 
transformação e produção de lixiviado e biogás e, conforme Leite (2008), concentrações de 
sólidos voláteis superiores a 60% apontam a presença significativa de material passível de 
degradação. 
 
 
 
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2.3.3. Características biológicas 
As características biológicas dos resíduos são representadas pelas suas populações 
microbianas e os agentes patogênicos presentes no RSU. O conhecimento das características 
biológicas dos resíduos tem sido muito utilizado no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de 
retardadores ou aceleradores da decomposição da matéria orgânica (BARROS, 2013). 
 
2.4. Destinação dos Resíduos Sólidos Urbanos 
Os RSU podem ter várias destinações, e isso depende muito da sua tipologia e origem. Há 
materiais, que mesmo após o seu descarte ainda podem ser reutilizados, e nesse caso são 
captados em processos de pré-tratamentos, como a reciclagem e a logística reversa. Caso o 
material descartado não seja passível de reaproveitamento, ele pode ser encaminhado a 
tratamentos que minimizam os impactos de seu descarte inadequado no meio ambiente e ainda 
podem gerar benefícios, como a compostagem, a incineração, a pirólise e o co-processamento. 
Se nenhum processo anterior pode ser aplicado, então se tem os rejeitos, que segundo a 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), são os resíduos que, posteriormente ao 
esgotamento de todas as possibilidades de tratamento e recuperação por meio de processos 
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não ofereçam outra possibilidade, senão a 
disposição final ambientalmente adequada. No Brasil, a solução sanitária viável é o 
encaminhamento dos rejeitos para aterro sanitário, entretanto eles são enviados também para 
aterro controlado ou para o lixão. 
 
2.4.1. Pré-tratamento 
Os resíduos sólidos urbanos, antes da sua destinação final, podem passar por processos de 
pré-tratamentos que incluem a reciclagem e a logística reversa (GERES, 2011). 
 
a) Reciclagem 
Reciclagem é a atividade de recuperação e revalorização da matéria-prima descartada, que 
se transforma em um novo produto, retornando ao ciclo de produção. A reciclagem permite a 
redução do volume de resíduos disposto em aterro sanitário ou enviado a outros tipos de 
tratamentos finais, viabilizando, desta maneira, a redução de matéria-prima necessária aos 
processos produtivos industriais. 
A reciclagem reduz, de forma importante, o impacto sobre o meio ambiente, pois diminuias 
retiradas de matéria-prima da natureza, gera economia de água e energia, reduz a disposição 
inadequada de resíduos e representa fonte de renda para os catadores. 
É reciclável todo o resíduo descartado que constitui interesse de transformação de partes ou 
o seu todo. Esses materiais poderão retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou 
produtos diferentes dos originais, como por exemplo folhas e aparas de papel, jornais, revistas, 
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caixas, papelão, PET, recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos, esquadrias, 
arame, todos os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, embalagens em geral e outros. 
Entretanto, reciclagem e reaproveitamento não são sinônimos, uma vez que a primeira 
transforma o material capturado em algo novo, inserindo-o em um novo ciclo de produção. 
Enquanto que o reaproveitamento é a reutilização de um material e dispensa o reprocessamento, 
ou seja, o item não é transformado em um novo produto, mas pode ser reaproveitado em diversas 
outras possibilidades de uso, combatendo o desperdício (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 
2012; TERA AMBIENTAL, 2015). 
 
b) Logística Reversa 
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), a logística reversa 
é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de 
ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e o retorno dos resíduos sólidos ao 
setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo de vida e em outros ciclos produtivos, ou 
outra destinação final ambientalmente adequada. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2012), representam produtos com sistemas 
de logística reversa: pneus inservíveis, embalagens de agrotóxicos, lubrificantes usados e suas 
embalagens plásticas, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e 
de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes e resíduos de medicamentos. 
 
2.4.2. Tratamento 
O tratamento dos RSU pode ser feito através da compostagem, incineração, pirólise e co-
processamento. 
 
a) Compostagem 
Os resíduos orgânicos presentes nos RSU são passíveis de reciclagem por meio do 
processo de compostagem, um método barato, quando comparado a outras formas de tratamento, 
e eficaz na diminuição da quantidade de material a ser aterrado (LIMA, 2004). 
A compostagem representa um processo natural no qual os micro-organismos, como fungos 
e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. Pode ser definida como um 
processo aeróbio e controlado de reciclagem da matéria orgânica presente nos resíduos sólidos 
urbanos. A decomposição biológica e estabilização da matéria resultam em composto orgânico, 
cuja utilização no solo normalmente não oferece riscos ao meio ambiente (GERES, 2011). 
O uso da compostagem em residências é indicado por ser de fácil aplicação, com baixo 
custo financeiro e enorme ganho ecológico, e ainda por ser um processo limpo e sem cheiro 
quando realizado da forma correta. A Figura 2 traz um esquema da compostagem dividido em três 
fases, desde a entrada dos resíduos orgânicos, passando pela sua degradação e o produto final. 
 
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Fonte: Franco (2014) 
Figura 2: Classificação dos resíduos sólidos de acordo com a sua periculosidade 
 
b) Incineração: 
O processo de incineração compreende a combustão dos resíduos em alta temperatura em 
unidades especialmente projetadas, denominadas incineradores, na qual materiais à base de 
carbono são decompostos, gerando calor. 
O seu objetivo é efetuar a queima total, controlada, do resíduo em temperatura de 800 a 
1.200º C, transformando-o em material inerte, diminuindo, assim, seu peso e volume. Os resíduos 
da incineração são os gases, cinzas e escórias, cujos impactos ambientais associados devem ser 
cuidadosamente controlados e evitados, conforme procedimentos normativos específicos para 
este tipo de unidade de tratamento. A incineração é utilizada, principalmente, para resíduos de 
serviços de saúde (GERES, 2011). Na Figura 3, as vantagens e desvantagens da utilização da 
incineração como tratamento de resíduos, 
 
Vantagens 
 
Desvantagens 
Redução drástica de massa e 
volume a ser descartado 
Custo elevado de instalação e 
operação 
Recuperação de energia 
Exigências de mão-de-obra 
qualificada 
Redução do impacto ambiental Presença de materiais nos resíduos 
que geram compostos tóxicos e 
corrosivos 
Esterilização dos resíduos 
Fonte: Carmo Júnior (2005) 
Figura 3: Vantagens e desvantagens da utilização da incineração no tratamento de resíduos 
 
c) Pirólise: 
A pirólise, por definição, consiste na degradação térmica de hidrocarbonetos na ausência de 
oxigênio, ou seja, realiza a destruição térmica de materiais orgânicos. Esse processo difere-se da 
incineração pelo fato de ser realizado na ausência total ou parcial de um agente oxidante e 
absorve calor. 
 
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d) Co-processamento: 
O co-processamento é uma tecnologia utilizada, principalmente, em países da Europa, nos 
Estados Unidos e também no Japão. No Brasil, o co-processamento é utilizado desde o início da 
década de 90, no qual é realizada a queima de resíduos e de passivos ambientais (efluentes, 
óleos, solo contaminado, etc.) em fornos de cimento (GERES, 2011). 
De acordo com Imbelloni (2008), no co-processamento é realizada a destruição térmica de 
resíduos em fornos e, seu diferencial em relação as demais técnicas de queima está no 
aproveitamento do resíduo como potencial energético ou substituto de matéria-prima na indústria 
cimenteira, sem qualquer alteração na qualidade do produto final. 
 
2.4.3. Disposição Final 
De acordo com Machado (2013), as formas mais conhecidas de disposição final de resíduos 
são o aterro sanitário, aterro controlado e lixão a céu aberto. No Brasil, 58,4% dos resíduos 
sólidos urbanos produzidos em 2014 tiveram destinação adequada, sendo encaminhados para 
aterros sanitários, enquanto que 24,2% foram para aterros controlados e 17,4% para lixões. De 
acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 
(ABRELPE), em 2014, de 5.570 municípios brasileiros, 2.236 destinam seus RSU para aterro 
sanitário, 1.775 para aterros controlados e 1.559 para lixões. 
 
a) Aterro Sanitário 
Segundo ABNT (1987) apud Brito Filho (2005), aterro sanitário é uma técnica de disposição 
de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, 
minimizando os impactos ambientais. O aterro sanitário (Figura 4) é a forma de dispor o lixo sobre 
o solo, compactando-o com trator, reduzindo-o ao menor volume permissível e recobrindo-o com 
camada de terra compactada, na frequência necessária de forma que ocupe a menor área 
possível. 
Nos aterros sanitários somente devem ser depositados os rejeitos dos resíduos sólidos, 
sendo respeitada a ordem prioritária de gestão, a qual engloba a não geração, redução, 
reutilização, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos 
rejeitos (GERES, 2011). Os rejeitos são aqueles resíduos que, posteriormente ao esgotamento de 
todas as possibilidades de tratamento e recuperação por meio de processos tecnológicos 
disponíveis e economicamente viáveis, não ofereçam outra possibilidade, a não ser a disposição 
final ambientalmente adequada (BARROS, 2013). 
Nos aterros sanitários (Figura 4) alguns itens são obrigatórios, como a impermeabilização do 
solo, para que o chorume não atinja os lençóis freáticos, existência de um sistemade coleta e 
tratamento dos líquidos percolados resultante da decomposição da matéria orgânica, além de um 
sistema de coleta e tratamento dos gases do aterro e também cobertura diária dos resíduos 
evitando contaminação do ar e atração de animais. 
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Fonte: Pólita Gonçalves (2015) 
Figura 4: Esquema ilustrativo de um aterro sanitário 
 
A Lei nº 12.305/10 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi criada a 
fim de enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais do manejo de resíduos 
sólidos sem prévio e adequado planejamento técnico. Esta política propõe a prática de hábitos de 
consumo sustentável e contém instrumentos variados para propiciar o incentivo à reciclagem e à 
reutilização dos resíduos sólidos, bem como a destinação ambientalmente adequada dos dejetos. 
(ASSOCIAÇÃO O ECO, 2014). 
Segundo Silva (2013), a melhor forma de destinação final dos resíduos sólidos urbanos 
(RSU) é a sua disposição em aterros sanitários. Neste contexto, a adoção da PNRS, então, 
estabeleceu uma meta ambiciosa e desafiadora em seu Artigo 54, o qual dá o prazo de quatro 
anos para que os municípios façam a disposição final ambientalmente adequada dos seus 
rejeitos, ou seja, propõe o fim dos lixões até meados de 2014. Porém, muitos municípios não se 
adequaram a nova proposta e, em julho de 2015, foi aprovada uma emenda que confere prazos 
diferenciados para a adequação à nova lei. Os prazos mais longos foram concedidos para 
municípios com população inferior a 50 mil habitantes e mais curtos para as capitais de estados e 
municípios integrantes de região metropolitana ou de região integrada de desenvolvimento de 
acordo com a Tabela 5. 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 5: Novos prazos para a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos 
Município Prazo 
Capitais de Estados ou municípios de Região Metropolitana ou Região 
Integrada de Desenvolvimento 
Até 31 de julho de 2018 
Municípios com mais de 100 mil habitantes* ou Municípios cuja mancha 
urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 quilômetros da 
fronteira com outros países limítrofes 
Até 31 de julho de 2019 
Municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes* Até 31 de julho de 2020 
Municípios com população inferior a 50 mil habitantes* Até 31 de julho de 2021 
*com base no censo de 2010 
b) Aterro Controlado 
O aterro controlado (Figura 5) é uma forma de disposição que produz poluição localizada e 
normalmente não possui impermeabilização de base, o que acaba por comprometer a qualidade 
das águas subterrâneas. Além disso, não emprega processos de tratamento de chorume ou de 
dispersão dos gases gerados. De maneira geral, esse método é preferível ao lixão, entretanto é 
inferior ao aterro sanitário devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de 
operação. 
 
 
Fonte: Pólita Gonçalves (2015) 
Figura 5: Esquema ilustrativo de um aterro controlado 
 
c) Lixão 
O lixão (Figura 6) é uma forma incorreta de disposição final de resíduos sólidos urbanos, o 
qual se caracteriza pela descarga direta de RSU no solo, sem medidas de proteção ao meio 
ambiente ou à saúde pública. Esse tipo de destinação está associado à proliferação de vetores de 
doenças, como moscas, mosquitos, baratas e ratos, geração de maus odores, poluição do solo e 
das águas superficiais e subterrâneas através do chorume, comprometendo os recursos hídricos. 
Acrescenta-se a esta situação o total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos nestes 
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locais, verificando-se até mesmo a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das 
indústrias (BRITO FILHO, 2005). 
 
 
Fonte: Pólita Gonçalves (2015) 
Figura 6: Esquema ilustrativo de um lixão 
 
2.5. Projeção das quantidades de Resíduos Sólidos Urbanos 
O conhecimento das tendências futuras dos RSU é importante para o planejamento 
adequado de empreendimentos cujo material de interesse seja o RSU, como aterros sanitários por 
exemplo. Estas informações são essenciais para o cálculo da capacidade máxima de resíduos, 
tipos de equipamentos de coleta, entre outros além de contribuir para o planejamento e 
desenvolvimento de estratégias de gerenciamento dos resíduos (DASKALOPOULOS et al., 1998). 
As etapas para a elaboração da projeção da geração de RSU de um determinado local estão na 
Figura 7. 
 
 
Figura 7: Etapas para a elaboração da projeção da geração de RSU 
 
COMO FAZER A PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSU?
Det er minação do 
l ocal de est udo
PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSU
OBTENÇÃO DE DADOS 
POPULACIONAIS
ESCOLHA DO MODELO 
DE CRESCIMENTO 
POPULACIONAL e 
PROJEÇÃO 
POPULACIONAL PARA O 
PERÍODO DESEJADO
OBTENÇÃO DE DADOS DA 
GERAÇÃO ANUAL DE 
RESÍDUOS
CÁLCULO DA GERAÇÃO 
PER CAPITA DE RSU
CÁLCULO DA GERAÇÃO 
DIÁRIA DE RSU
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Saiba mais... 
Entenda cada etapa da projeção da geração de RSU acessando a 
apresentação da aula 
 
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Questões de Fixação 
 
1- Qual a definição dada aos resíduos sólidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos? 
2- Quais os três parâmetros utilizados para a classificação dos Resíduos Sólidos? 
3- Faça a associação das colunas de acordo com a classificação dos resíduos pela sua 
periculosidade: 
A- Classe I 
B- Classe II 
C- Classe IIA 
D- Classe IIB 
( ) Resíduo Não Perigoso 
( ) Resíduo Não Inerte 
( ) Resíduo Perigoso 
( ) Resíduo Inerte 
 
4- Complete a tabela abaixo com os principais parâmetros de caracterização dos resíduos: 
 
Características Físicas Características Químicas Características Biológicas 
 
 
 
 
 
 
5- Para cada destino possível para o resíduo, assinale PT para pré-tratamento, T para 
tratamento e DF para destinação final 
( ) Logística Reversa ( ) Compostagem ( ) Aterro Controlado 
( ) Incineração ( ) Aterro Sanitário ( ) Co-processamento 
( )Lixão ( ) Reciclagem ( ) Pirólise 
 
6- Quais as etapas para a projeção da geração de resíduos? 
 
 
 
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