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Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 1 LÍNGUA PORTUGUESA Modulo de Exercícios: transitividade verbal Prof. Sidney Martins Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 2 Este documento possui recursos de interatividade através da navegação por marcadores, portanto, acesse a barra de marcadores do seu leitor de PDF e navegue de maneira RÁPIDA e DESCOMPLICADA pelo conteúdo. Veja o exemplo abaixo: APRESENTAÇÃO Fala galera!! Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada!! Sou o professor Sidney Martins, falando diretamente dos estúdios do Focus Concursos, uma potência na preparação para concursos públicos em todo Brasil. Falando um pouco da minha trajetória, sou graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em Língua Portuguesa pelo Liceu Literário português. Trabalho há mais de 14 anos na preparação de alunos para concursos públicos. Sou servidor da Prefeitura do Rio de janeiro - RJ Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Apresentação ........................................................................................................................2 Questão 1) .............................................................................................................................3 Questão 2) .............................................................................................................................4 Questão 3) .............................................................................................................................6 Questão 4) .............................................................................................................................7 Questão 6) ...........................................................................................................................10 Questão 7) ...........................................................................................................................11 Vamos colocar em prática o conteúdo referente à transitividade verbal por meio de exercícios de fixação. O intuito dessa prática é massificar a diferença entre objeto direto e objeto indireto, lembrando que que o objeto direto não requer preposição e o objeto indireto, requer, lembrando, também, que a diferença entre o objeto direto preposicionado e objeto indireto é que, para o segundo, a preposição é obrigatória, enquanto que, para o primeiro, é facultativa. Tenha em mãos suas anotações, caderno, lápis e borracha, e principalmente, a disposição para resolver as questões antes de ler os comentários e checar o gabarito. Mãos à obra. QUESTÃO 1) Classifique os termos integrantes usando os seguintes códigos: a) Obj. direto b) Obj. direto preposicionado c) Obj. indireto ( ) Adoramos nossas sogras. ( ) Eduardo Paes cumpriu com a palavra. ( ) Convidaram-me para uma grande festa. Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 4 ( ) As mulheres desconfiam dos homens. ( ) Sabe-se que Brutus traiu a Nero. ( ) Obedeço aos meus superiores. Comentários: No contexto da primeira frase, quem adora, adora alguém, então o verbo é transitivo direto (A) “Adoramos nossas sogras”. No contexto da segunda frase, quem cumpre, cumpre alguma coisa, então o verbo é transitivo direto, seguido, neste caso, de preposição, portanto o termo integrante será classificado como objeto direto preposicionado (B) “Eduardo Paes cumpriu com a palavra”. No contexto da terceira frase, quem convida, convida alguém para alguma coisa. Nesse caso, o verbo “convidar” é um verbo transitivo direto e indireto. Convidaram (quem?) -me (para que?) para uma grande festa. O pronome substantivado “me” é o objeto direto e “uma grande festa” é o objeto indireto. (A) Convidaram-me para uma grande festa. No contexto da quarta frase “desconfiar” é um verbo transitivo indireto, porque quem desconfia, desconfia de algo ou de alguém. Assim, o termo integrante “homens” é um objeto indireto (C) “As mulheres desconfiam dos homens”. No contexto da quinta frase, quem trai, trai alguém, então estamos diante de um verbo transitivo direto, seguido de preposição facultativa (um “a” diante de um substantivo masculino certamente não seria um artigo), assim, “Nero” é um objeto direto preposicionado, e o gabarito para questão é a letra (B) “Sabe-se que Brutus traiu a Nero”. No contexto da quinta e última frase o verbo “obedecer” é um verbo transitivo indireto, pois quem obedece, obedece a alguém, por isso a expressão “meus superiores” é um objeto indireto, (C) “Obedeço aos meus superiores”. GABARITO: A; B; A; C; B; C QUESTÃO 2) Classifique os termos integrantes usando os seguintes códigos: a) Obj. direto b) Obj. direto preposicionado Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 5 c) Obj. indireto ( ) Não temas da morte. ( ) Não concordaram com o projeto. ( ) Fazer samba lá na Vila é um brinquedo. ( ) O policial sacou do revólver. ( ) Amarás a Deus sobre todas as coisas. É essencial estar atento ao verbo “temer” porque ele pode ter três classificações. Ele pode ser transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo. VTD Não temas a morte. VTI Não temas da morte. VI Não temas. O verbo temer é classificado pela estrutura uma vez que seu sentido, independente da classificação, permanece o mesmo. O simples ato de mudar a estrutura da frase irá influenciar a classificação do verbo. Uma observação que faço em relação à classificação como verbo transitivo indireto é que muitos podem questionar o porquê de ele não se tratar de um verbo transitivo direto preposicionado. A resposta é simplesmente porque, dado sua recorrência, já foi registrado nos dicionários como verbo intransitivo. Portanto, gabarito letra (C) “Não temas da morte”. Em seguida, no contexto da segunda frase quem não concorda, não concorda com alguma coisa, assim, o verbo é transitivo indireto, e o termo integrante é objeto indireto, logo, gabarito letra (C) “Não concordaram com o projeto”. No contexto da terceira frase, quem faz, faz alguma coisa. Assim “fazer” é um verbo transitivo que pede um objeto direto, neste caso “samba”, portanto o gabarito é a letra (A) ‘Fazer samba lá na Vila é um brinquedo”. No contexto da quarta frase, quem saca, saca alguma coisa, então, novamente estamos diante de um verbo transitivo Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 6 direto, neste caso seguido de preposição, e de um objeto direto, o gabarito é a letra (B) “O policial sacou do revólver”. Para finalizar, no contexto da quinta frase temos o mesmo. Quem ama, ama alguém, então temos um VTD (amarás) e um OD (a Deus), mas nesse caso, temos também uma preposição, “a”, logo o gabarito é a letra (B) “Amarás a Deus sobre todas as coisas”. Uma observação: preste atenção que em casos em que temos um objeto direto preposicionado, o uso facultativo do pronome pode não causar prejuízo gramatical à frase, porém resultará em uma alteração de sentido. Por exemplo, as frases “Sidney comeu o bolo” e “Sidney comeu do bolo”, são gramaticalmente equivalentes, mas possuem sentido diferente. Em contrapartida, há casos em que não resultará em prejuízo algum, seja gramatical ou semântico, como é o caso da última frase trabalhada na questão “amarás a Deus sobre todas as coisas” e “amarás Deus sobre todas as coisas”. O conceito do verbo amar continua o mesmo, então não alterará de modo algum o sentido. GABARITO: C; C; A; B; B QUESTÃO 3) Tendo em vista a transitividade verbal e seus respectivos complementos, analise os termos em evidência de acordo com o código (OD) e/ou (OI): a) Entregamoso livro ao professor. b) Necessitamos de sua ajuda. c) Não concordo com suas ideias. d) Gostamos muito do passeio. e) Aprecio a brisa da manhã. Comentários: A primeira frase é composta por duas estruturas. Quem entrega, entrega alguma coisa a alguém, então se trata de um verbo transitivo direto e indireto. Assim, o termo integrante “o livro” é o objeto direto e “ao professor” o objeto indireto. Na segunda questão, quem necessita, necessita de alguma coisa, assim o verbo “necessita” é Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 7 transitivo indireto e “de sua ajuda” é objeto indireto. No contexto da questão de letra (c), quem concorda, concorda com alguma coisa, logo, verbo transitivo indireto, seguido do objeto indireto “com suas ideias”. Na letra (d), quem gosta, gosta de alguma coisa, novamente verbo transitivo indireto, e objeto direto “do passeio” precedido por um adjunto adverbial de intensidade. Por último, na quinta questão o verbo “aprecio” é um verbo transitivo direto, e a “brisa” é o objeto direto, seguido do adjunto adnominal “da manhã”. VTDI OD OI a) Entregamos o livro ao professor. VTI OI b) Necessitamos de sua ajuda. VTI OI c) Não concordo com suas ideias. VTD a. adv OI d) Gostamos muito do passeio. VTD OD adj. adn. e) Aprecio a brisa da manhã. QUESTÃO 4) Analise sintaticamente os termos em destaque, atribuindo-lhes a devida classificação: a) Ontem, pedi-lhe um favor. b) Entregamos as encomendas aos clientes. c) Não o cumprimentamos, pois saímos mais cedo. d) Devemos respeitar os mais velhos. Comentários: Letra a) Para classificar o termo “lhe” primeiro observamos o verbo inserido neste contexto, que se trata de um VTDI. Quem pede (VTDEI), pede algo (OD) a alguém (OI), ou seja, pede (VTDI) um favor (OD) para ele ou para ela (OI), logo o termo “lhe” é objeto indireto. Letra b) Quem entrega, entrega algo a alguém. Neste contexto, entregamos (VTDI) as encomendas (OD) aos clientes (OI). Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 8 Letra c) No contexto dessa frase quem cumprimenta, cumprimenta alguém, logo, é um VTD, e consequentemente “o” é o objeto direto. Letra d) Nesta questão temos uma locução verbal composta pelo verbo auxiliar “devemos” e o verbo principal “respeitar”. Saliento, ainda, que além da posição dos elementos que compõem a locução ser verbo auxiliar e verbo principal, respectivamente, o verbo auxiliar é o único que conjuga quando seguido de um verbo principal. Já o verbo principal, ele é apresentado seguindo as formas nominais do verbo que são gerúndio, particípio e infinitivo. À luz dessa consideração, o verbo respeitar na letra (d) é um VTD, e “os mais velhos “é o OD. Cuidado para não confundir as regências do verbo respeitar (VTD) e do verbo obedecer (VTI). Quem respeita, respeita alguém, e quem obedece, obedece a alguém. É muito comum fazer analogia entre os dois verbos, dado a proximidade da matriz semântica, mas é importante lembrar para a prova que, em essência, “respeitar” é um verbo transitivo direto, e “obedecer” é um verbo transitivo indireto que exige preposição. Ainda, não pense ser possível dizer “Devemos respeitar aos mais velhos” e dizer que “devemos” nesse contexto se trata de um objeto direto preposicionado. Lembre-se, não são todos os verbos transitivos diretos que aceitam preposição facultativa. A construção do objeto direto preposicionado ocorre por dois fatores: para dar ênfase, e para alterar o sentido no intuito de evitar ambiguidade. Desse modo, não há como dizer que o verbo “respeitar”, por sua proximidade semântica com o verbo obedecer, possa admitir preposição, uma vez que dizer “devemos respeitar os mais velhos” e “devemos respeitar aos mais velhos” não confere diferença alguma, não há ênfase e não há ambiguidade. Questão 5) E agora, José? A festa acabou A luz apagou O povo sumiu A noite esfriou... (Carlos Drummond de Andrade) Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 9 a) Os verbos são todos transitivos diretos e estão no pretérito imperfeito. b) Os verbos são todos transitivos diretos, embora o objeto direto não esteja expresso; e os verbos estão no pretérito perfeito. c) O primeiro e o segundo verbo são transitivos diretos e os dois últimos são transitivos indiretos e estão no pretérito mais-que-perfeito. d) Todos os verbos destacados são intransitivos e estão no pretérito perfeito. Note que temos quatro verbos em destaque acabou, apagou, sumiu, esfriou. O enunciado da questão quer saber qual a transitividade e o tempo verbal. Primeiramente vamos a analisar a transitividade dos verbos: nenhum deles é seguido por complemento, e é possível entendê-los todos. Não há necessidade de complemento verbal nas frases do poema para que façam sentido, portanto, estamos diante de verbos intransitivos. Com essa constatação nós já eliminados três possíveis alternativas. Quanto ao tempo dos verbos, todos falam de um passado completo e acabado, sem qualquer continuidade, então, estamos diante de verbos no tempo pretérito perfeito. GABARITO: D Texto para as questões 6 e 7 Nas horas de serviço, conseguia distrair-me. Os livros enormes de lombos de couro e folhas rotas, os ofícios, a companhia do telefone e o tique-taque das máquinas de escrever em arrastão para longe da terra. O que lá fora é bom, útil, verdadeiro ou belo não tem aqui nenhuma significação. Tudo é diferente. Respiramos um ar onde voam partículas de papel e de tinta e trabalhamos quais às escuras. A voz do diretor é doce, ranzinza e regulamentar. Se um funcionário comete uma falta, o diretor mostra o parágrafo e o artigo adequados ao caso. Sucede que o funcionário se defende apontando outro artigo. Aí o diretor perturba- se e descontenta-se: compreende que o serviço não vai bem, mas encolhe-se diante do regulamento e admira e receia o empregado que soube encapar-se nele. Movemo- nos como peças de um relógio cansado. As nossas rodas velhas, de dentes gastos, entrosam-se mal às outras rodas velhas, de dentes gastos. O que tem um valor cá dentro são as coisas vagarosas, sonolentas. Se o maquinismo parasse, não daríamos por isto: continuaríamos com o bico da pena sobre a folha machucada e rota, o cigarro apagado entre os dedos amarelos. Deixaríamos de pestanejar, mas ignoraríamos Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 10 extinção dos movimentos escassos. Os rumores extremos chegam-nos amortecidos. Que barulho, que revolução será capaz de perturbar esta serenidade? QUESTÃO 6) A oração “que o funcionário se defende apontando outro artigo (l.8), exerce, no período, a função de complemento da forma verbal “sucede” (l.8). Comentários: Se o enunciado da questão diz que a oração é complemento verbal de determinado verbo, ele está dizendo que aquela estrutura é objeto, seja ele direto ou indireto. Agora, o verbo suceder pode ser um verbo intransitivo regido pela preposição a, e pode ser um verbo intransitivo. Ele será um VTI (a) quando indicar uma “troca”, e será um VI quando indicar uma “ocorrência”. Observe os seguintes exemplos: O filho sucedeu ao pai na empresa. S VTI(A) OI A. ADV. DE LUGAR Neste caso, a frase transmite a ideia de troca, ou seja, uma troca de lugar efetuada entre pai e filho. Agora, no sentido de ocorrer, o verbo vai ser transitivo indireto. Isto posto, vamos voltar à estrutura. Sucede que o funcionário se defende apontando outro artigo. Um truque que pode ser utilizado para sabermos qual a função do verbo sucede é pegar toda a estrutura que a segue e substituirpela palavra “isso”, se couber, significa que estamos diante de uma oração subordinada substantiva, encabeçada pela conjunção integrante. O que sucede? Que o filho se defende apontando outro artigo. O que sucede? Isso. S Isso sucede S V Língua Portuguesa | Sidney Martins Apresentação www.focusconcursos.com.br | 11 Se for possível fazer essa jogada, significa que a palavra “isso” exerce a função sintática de sujeito, logo, aquilo que está sendo substituído pela palavra “isso” é uma oração subordinada substantiva subjetiva, encabeçada pela conjunção integrante “que”. Oras, subjetiva porque exerce a função de sujeito. Em vista disso, essa estrutura não se trata de um complemento verbal, mas sim de um sujeito, portanto, a questão está errada. GABARITO: FALSA QUESTÃO 7) No trecho “Os rumores externos chegam-nos amortecidos” (l. 16), a palavra “amortecidos” qualifica o complemento indireto “nos”. Comentários: O que chegam adormecidos são os rumores externos e não “nós”. Assim a palavra “adormecidos” qualifica na verdade o sujeito, e não o complemento direto “nos”. Então não funciona como um predicativo do objeto, mas sim como um predicativo do sujeito. Portanto a questão está errada. GABARITO: FALSA Chegamos ao final de mais uma aula do modulo de exercícios. Lembre-se “não espere o incentivo dos outros, o primeiro a acreditar no seu sonho tem que ser você!”. Você já deve ter percebido que muitas vezes uma pessoa com grande potencial pode ser frequentemente incentivada a correr atrás de algum objetivo, mas enquanto não partir dela, incentivar a si própria, ela não se move. Mas quando ela vai atrás de um objetivo, tem sucesso na certa, porque não basta estudo e potencial, é preciso ter confiança e acreditar em si mesmo. Espero ter contribuído significativamente para aquisição do conhecimento. Ide em paz e até uma próxima! Apresentação
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