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ASPECTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL - AULA 4

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ASPECTOS DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
SISTEMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E 
AS AÇÕES ESPECÍFICAS DE CONTROLE CONCENTRADO
O objetivo deste estudo é apresentar o sistema de controle judicial, político, misto, os 
modelos de controle difuso e concentrado. Ainda se pretende tratar da Cláusula de 
Reserva de Plenário e da Súmula Vinculante n⁰ 10, que são importantes para o nosso 
estudo. Finalmente, trataremos das ações específicas de controle de constitucionalidade 
concentrado, assim o acadêmico conseguirá ter uma visão do funcionamento delas junto 
ao judiciário.
 SISTEMA DE CONTROLE 
Em cada país temos uma forma de controle diferente, 
pois cada nação tem a possibilidade de escolher a sua 
forma de controle constitucional, e tudo dependerá da 
escolha do legislador constituinte. Assim, com tal 
informação, temos os seguintes sistemas de controle: 
o controle judicial, o controle político e o controle 
misto. “Se a Constituição outorgar a competência para 
declarar a inconstitucionalidade das leis ao Poder 
Judiciário, teremos o sistema judicial (ou 
jurisdicional)” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 738).
 SISTEMA DE CONTROLE 
“O sistema jurisdicional nasceu nos Estados 
Unidos da América e foi o primeiro Estado a 
reconhecer a competência dos juízes e tribunais; 
Judiciário para, nos casos concretos submetidos 
à apreciação, declarar a inconstitucionalidade 
das leis” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 738). 
 SISTEMA DE CONTROLE 
 “De regra, nos Estados que adotam controle 
político, a fiscalização da supremacia 
constitucional é realizada por órgão 
especialmente constituído para esse fim, 
distinto dos demais Poderes do Estado” (PAULO; 
ALEXANDRINO, 2017, p. 738). Podemos exemplificar 
tal situação com a França, onde a fiscalização 
da constitucionalidade é realizada e de encargo 
do Conselho Constitucional, um órgão que se 
encontra equidistante das demais estruturas.
 SISTEMA DE CONTROLE 
“No Brasil, o controle de constitucionalidade 
realizado nas Casas Legislativas, pelas 
Comissões de Constituição e Justiça, é exemplo 
de controle político. Também é controle político 
de constitucionalidade o veto do Chefe do Poder 
Executivo a projeto de lei, com fundamento em 
inconstitucionalidade da proposição legislativa 
(veto jurídico)” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 
738). 
 SISTEMA DE CONTROLE 
“Ademais, poderá também a Constituição outorgar 
a competência para a fiscalização de algumas 
normas a um órgão político, consubstanciando o 
denominado controle de constitucionalidade 
misto” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 738).
Temos como exemplo o caso da Suíça, onde as leis 
nacionais são reguladas na forma do sistema de 
controle político e as leis locais são reguladas 
pelo Poder Judiciário. 
 SISTEMA DE CONTROLE 
 “A maioria das Constituições contemporâneas tem 
adotado o sistema judicial para a fiscalização 
da validade das leis, inclusive a Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988” 
(PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 739).
Na figura trazida por Paulo e Alexandrino (2017, 
p. 739) temos a divisão do sistema de controle e 
uma breve explanação sobre o que elucidará suas 
ideias sobre o tema:
 MODELOS DE CONTROLE 
Na maioria das constituições existe a previsão 
de dois momentos de controle: um seria o 
controle difuso, ou também chamado de jurisdição 
constitucional difusa, com origem nos Estados 
Unidos da América, e o outro, o controle 
concentrado, também chamado de jurisdição 
concentrada), com origem na Áustria.
 MODELOS DE CONTROLE 
“Ocorre o controle difuso (ou aberto) quando a 
competência para fiscalizar a validade das leis 
é outorgada a todos os componentes do Poder 
Judiciário, vale dizer: qualquer órgão do Poder 
Judiciário, juiz ou tribunal, poderá declarar a 
inconstitucionalidade das leis” (PAULO; 
ALEXANDRINO, 2017, p. 740).
 MODELOS DE CONTROLE 
“O modelo difuso de fiscalização surgiu nos 
Estados Unidos da América, a partir do célebre 
caso Marbury v. Madison, em 1803, quando a 
Suprema Corte Americana, sob o comando do 
Chie/Justice John Marshall, firmou o 
entendimento de que o Poder Judiciário poderia 
deixar de aplicar uma lei aos casos concretos a 
ele submetidos, por entendê-la inconstitucional” 
(PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 740)
 MODELOS DE CONTROLE 
Após a situação narrada o sistema foi expandido 
para diversos ordenamentos constitucionais. Assim, 
tem-se a imagem de que o Poder Judiciário, os 
juízes e os tribunais só precisam apor as 
situações e as leis que avaliem ajustada a 
Constituição. “Temos o sistema concentrado (ou 
reservado) quando a competência para realizar o 
controle de constitucionalidade é outorgada 
somente a um órgão de natureza jurisdicional (ou, 
excepcionalmente, a um número limitado de órgãos)” 
(PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 740). 
 MODELOS DE CONTROLE 
No sistema, o órgão competente poderá desempenhar, 
concomitantemente, as atribuições de jurisdição e de 
controle de constitucionalidade das leis, ou ainda, tão 
somente o controle da constitucionalidade. O modelo 
concentrado teve sua origem na Áustria, em 1920, sob a 
influência do jurista Hans Kelsen. Para Kelsen, a 
fiscalização da validade das leis representava tarefa 
especial, autônoma, que não deveria ser conferida a todos 
os membros do Poder do Judiciário, já encarregados de 
exercerem a jurisdição, mas somente a uma Corte 
Constitucional, que deveria desempenhar exclusivamente a 
função (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 740). 
 MODELOS DE CONTROLE 
Na época tem-se que se constituiu o Tribunal 
Constitucional Austríaco, que tinha a competência 
específica de efetivar o controle de constitucionalidade 
das leis. “Na visão de Kelsen, a função precípua do 
controle concentrado não seria a solução de casos 
concretos, mas sim a anulação genérica da lei incompatível 
com as normas constitucionais” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, 
p. 740).
Na figura trazida por Paulo e Alexandrino (2017, p. 742) 
temos um resumo dos modelos de controles difuso e 
concentrado, para que tenhamos uma compreensão melhor 
sobre o conteúdo tratado até o momento.
 MODELOS DE CONTROLE 
“É preciso entender que o controle ou é concentrado ou 
é difuso. São modelos que não podem ser simplesmente 
conjugados entre si. Não se pode falar em modelo misto 
aqui” (TAVARES, 2012, p. 252). “A mistura, união de 
ambos, é uma contradição, pois ou um grande número 
(eventualmente todos, como no Brasil) de órgãos 
judiciais pode fazer o controle, e ele será difuso, ou 
apenas um específico órgão (STF), caso em que será 
concentrado” (TAVARES, 2012, p. 252).
Assim, passamos a uma análise mais pormenorizada dos 
Controles de Constitucionalidade Difuso e Concentrado.
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Segundo Novelino (2015, p. 183), “a Constituição 
brasileira adota o controle jurisdicional misto (ou 
combinado) de constitucionalidade, exercido nos 
modelos difuso (sistema norte-americano) e 
concentrado (sistema austríaco ou europeu)”.
“Consagrado no sistema constitucional brasileiro 
desde a primeira Constituição Republicana (1891), o 
controle difuso (ou aberto) pode ser exercido, 
incidentalmente, por qualquer juiz ou tribunal dentro 
do âmbito de sua competência” (NOVELINO, 2015, p. 
183).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“A finalidade principal do controle difuso-concreto é a 
proteção de direitos subjetivos (processo 
constitucional subjetivo)” (NOVELINO, 2015, p. 183). A 
espécie de controle de constitucionalidade surge sempre 
a partir de um caso concreto levado à apreciação do 
Poder Judiciário, por iniciativa de qualquer pessoa 
cujo direito tenha sido supostamente violado. “O 
parâmetro invocado poderá ser qualquer norma 
formalmente constitucional, mesmo quando já revogada, 
desde que vigente ao tempo da ocorrência do fato 
(tempus regit actum)” (NOVELINO, 2015, p. 187). 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
 “Como objeto, admite-se qualquer ato emanado dos poderes 
públicos. Não existe restrição quanto à natureza do ato 
questionado (primárioou secundário; normativo ou não 
normativo) ou quanto ao âmbito de sua emanação (federal, 
estadual ou municipal)” (NOVELINO, 2015, p. 188). Na 
situação, não se leva em consideração se o ato impugnado 
ficou efetivamente abolido, se seus efeitos já se 
concretizaram ou ainda se ele é ou não anterior à 
Constituição em vigor. O interessante é observar se 
existiu ou não a infração de um direito pessoal advindo do 
antagonismo entre um ato do poder público e a Constituição 
em vigor no instante em que o episódio aconteceu.
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
⇨ Cláusula de Reserva de Plenário: Prevê a Constituição 
Federal de 1988 que somente pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público (BRASIL, 1988). Assim, para ser declarada a 
inconstitucionalidade existe a necessidade do voto da 
maioria absoluta dos membros do plenário ou, onde 
houver, do órgão especial. Dirigida apenas aos 
tribunais, a regra constitucional não se aplica aos 
juízes singulares, nem às turmas recursais dos juizados 
especiais. 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“A Segunda Turma do STF, invocando norma regimental, 
entendeu ser dispensada a observância da cláusula da 
reserva de plenário pelos órgãos fracionários daquele 
Tribunal nos casos de julgamento de Recurso 
Extraordinário” (NOVELINO, 2015, p. 188).
“A regra full bench (tribunal completo) se aplica tanto 
ao controle difuso quanto ao concentrado, sendo que 
neste o quórum de maioria absoluta deverá ser observado 
também na hipótese de declaração de 
constitucionalidade” (NOVELINO, 2015, p. 188, grifo 
nosso).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Dispõe o art. 23, parágrafo único da Lei 
n⁰9.868/1999, que:
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da 
disposição ou da norma impugnada se num ou noutro 
sentido se tiverem manifestado pelo menos seis 
ministros, quer se trate de ação direta de 
inconstitucionalidade ou de ação declaratória de 
constitucionalidade. (...)
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
(...) Parágrafo único. Se não for alcançada a 
maioria necessária à declaração de 
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, 
estando ausentes ministros em número que possa 
influir no julgamento, este será suspenso a fim de 
aguardar-se o comparecimento dos ministros 
ausentes até que se atinja o número necessário 
para prolação da decisão num ou noutro sentido.
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“No controle difuso (incidental) o 
pronunciamento do plenário ou do órgão especial 
deve se restringir à análise da 
inconstitucionalidade da lei em tese 
(antecedente), sendo o julgamento do caso 
concreto feito pelo órgão fracionário 
(consequente), vinculado àquele pronunciamento” 
(NOVELINO, 2015, p. 188). 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Prevê o art. 949, parágrafo único do Código de 
Processo Civil de 2015, que:
Os órgãos fracionários dos tribunais não 
submeterão ao plenário ou ao órgão especial a 
arguição de inconstitucionalidade quando já houver 
pronunciamento ou do plenário do Supremo Tribunal 
Federal sobre a questão (BRASIL, 2015).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“Existindo pronunciamento anterior sobre a 
constitucionalidade da norma por parte do Supremo 
Tribunal Federal, guardião da Constituição 
incumbido de dar a última palavra em termos de 
interpretação constitucional, a adoção do mesmo 
entendimento pelo órgão fracionário prestigia a 
força normativa da Constituição” (NOVELINO, 2015, 
p. 188). 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
No caso de pronunciamento anterior do próprio 
tribunal, por ser a análise da constitucionalidade 
feita sempre em abstrato (incidente processual de 
natureza objetiva), o entendimento adotado pelo 
plenário (ou órgão especial) deve valer não apenas 
para o caso concreto em que surgiu o incidente, 
mas também como paradigma (leading case) para 
todos os demais processos da competência do 
tribunal (NOVELINO, 2015, p. 188). 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Segundo Novelino (2015, p. 189), a cláusula da 
reserva de plenário somente é exigida nas 
hipóteses de declaração da inconstitucionalidade 
da lei ou ato normativo.
Não é necessária sua observância, portanto, nas 
seguintes hipóteses:
I) reconhecimento da constitucionalidade 
(princípio da presunção de constitucionalidade das 
leis);
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
II) nos casos em que o tribunal utiliza a interpretação 
conforme a Constituição, mesmo havendo exclusão de um 
determinado sentido ou âmbito de abrangência da norma; 
III) no caso de normas pré-constitucionais, por não se 
tratar de inconstitucionalidade, e sim de não recepção. No 
caso, apesar de haver precedente, neste sentido, foi 
reconhecida a existência de Repercussão Geral, sendo o 
tema submetido à reapreciação da Corte. Por se tratar de 
uma regra de competência funcional, a inobservância da 
cláusula da reserva de plenário fora das hipóteses 
supramencionadas acarreta a nulidade absoluta da decisão 
proferida pelo órgão fracionário (NOVELINO, 2014, p. 189).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Súmula Vinculante 10: O Supremo Tribunal Federal 
aprovou a Súmula Vinculante n⁰ 10 com o seguinte 
teor: “Viola a cláusula de reserva de plenário a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que, 
embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público, afasta sua incidência no todo ou em 
parte” (BRASIL, 2008).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“O Tribunal optou pela expressão ‘lei ou ato 
normativo’, conforme prevê o texto constitucional, 
em substituição ao termo ‘norma’, constante na 
redação original do enunciado da súmula” 
(NOVELINO, 2015, p. 189). “Ao mencionar o 
afastamento da incidência ‘no todo ou em parte’, o 
enunciado deixa clara a necessidade de submeter a 
questão ao plenário quando do reconhecimento da 
inconstitucionalidade, não apenas de toda a lei, 
mas também de alguns de seus dispositivos [...]” 
(NOVELINO, 2015, p. 189).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
 A edição da Súmula Vinculante n⁰ 10 teve por 
intenção “afastar qualquer dúvida acerca da 
necessidade de os órgãos fracionários de tribunais 
submeterem a análise da constitucionalidade de uma 
norma ao plenário ou órgão especial” (NOVELINO, 2015, 
p. 189). O STF considera “declaratório de 
inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o 
explicitar – afasta a incidência da norma ordinária 
pertinente à lide, para decidi-la sob critérios 
diversos alegadamente extraídos da Constituição” 
(NOVELINO, 2015, p. 189). 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
“A análise da jurisprudência praticada no âmbito 
dos tribunais revela a frequente utilização de 
artifícios por parte de órgãos fracionários com o 
intuito de subtração da incidência da cláusula 
constitucional full bench” (NOVELINO, 2015, p. 
189, grifo nosso). “A não aplicação de uma norma 
constitucional a um caso concreto em razão de suas 
circunstâncias específicas não pode ser comparada 
a um juízo de inconstitucionalidade” (NOVELINO, 
2015, p. 189).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
A edição da súmula não teve escopo diante da 
exigência da cláusula nas situações em que o 
tribunal encurta a aplicação de uma norma a um 
certo número de casos, apartando a sua incidência. 
“Por não admitir a declaração de nulidade parcial 
sem redução de texto no controle difuso, o STF vem 
adotando o entendimento de que a decisão que 
atribui ou exclui um determinado sentido confere à 
lei uma interpretação conforme a Constituição” 
(NOVELINO, 2015, p.189).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO
Não se aplicaria a cláusula da reserva de plenário, 
pois a inconstitucionalidade seria uma interpretação 
inconciliável com o texto constitucional, e não na lei 
ou no ato normativo. “Com o advento da súmula, 
poder-se-iasupor uma mudança de orientação 
jurisprudencial, no sentido de ser exigida a 
observância da cláusula também para os casos nos quais 
uma hipótese de aplicação é excluída” (NOVELINO, 2015, 
p. 189). Por fim, vale registrar que o dispositivo do 
Código de Processo Civil citado anteriormente não foi 
extinto com a edição do novo enunciado de súmula.
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
“O controle concentrado de constitucionalidade surgiu 
na Constituição da Áustria de 1920, fruto da criação 
intelectual de Hans Kelsen (sistema austríaco). Por 
ser a principal modalidade de controle adotada pelos 
países da Europa, costuma ser identificada também 
como sistema europeu” (NOVELINO, 2015, p. 195).
“No direito brasileiro, a Emenda Constitucional 
16/1965 foi a responsável por introduzir o controle 
concentrado na Constituição de 1946” (NOVELINO, 2015, 
p. 195).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
“O controle concentrado exercido abstratamente tem 
por finalidade precípua a defesa da ordem 
constitucional objetiva, razão pela qual o 
processo constitucional objetivo pode ser 
instaurado independentemente da existência de uma 
lide ou de lesões concretas a direitos subjetivos” 
(NOVELINO, 2015, p. 195).
Ressaltamos que não quer dizer que os amparos aos 
direitos não são relevantes no controle abstrato, 
contudo não são o foco principal.
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
Temos, na Constituição Federal de 1988, quatro 
mecanismos de controle concentrado-abstrato de 
constitucionalidade:
a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), a 
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), a 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
(ADPF) e a Ação Direta de Inconstitucionalidade 
por Omissão (ADO).
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
“Por se tratar de controle concentrado, a 
competência para processar e julgar todas essas 
ações, quando o parâmetro for norma da 
Constituição da República, é reservada ao Supremo 
Tribunal Federal” (NOVELINO, 2015, p. 195).
Assim, temos, ainda, a figura explicativa de Paulo 
e Alexandrino (2017, p. 886), que destaca as 
situações e os meios de controle 
concentrado-abstrato nos âmbitos federal, estadual 
e municipal.
 VIAS DE AÇÃO
As vias de ação levam a uma forma que poderá 
impugnar uma lei diante do Poder Judiciário que, 
após instigado, fará a fiscalização da legislação. 
O questionamento é: como pode a lei ser contestada 
pelo Poder Judiciário?
Temos, em nosso ordenamento, a princípio, duas 
formas de exercício do controle de 
constitucionalidade das leis: a via incidental, 
chamada de defesa ou de exceção, e a via 
principal, chamada de abstrata ou de ação direta.
 VIAS DE AÇÃO
“O exercício da via incidental dá-se diante de 
uma controvérsia concreta submetida à 
apreciação do Poder Judiciário, em que uma das 
partes requer reconhecimento da 
inconstitucionalidade de uma lei, afastando a 
sua aplicação ao caso concreto de seu 
interesse” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 741).
 VIAS DE AÇÃO
“A apreciação da constitucionalidade não é o 
objeto principal do pedido, mas um incidente do 
processo, um pedido acessório. Assim, a eventual 
declaração da inconstitucionalidade é dita 
incidental, incidenter tantum (o provimento 
judicial principal será o reconhecimento do 
direito pleiteado pela parte, decorrente do 
afastamento da lei àquele caso levado ao juízo)” 
(PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 741, grifo nosso). 
 VIAS DE AÇÃO
“É o modelo norte-americano de fiscalização da 
validade das leis, em que todos os juízes e 
tribunais do Poder Judiciário realizam o 
controle de constitucionalidade durante a 
apreciação dos casos concretos que são 
apresentados” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 
741).
 VIAS DE AÇÃO
Segundo o modelo americano, no pedido realizado ao Judiciário 
não pode ser contida a declaração de inconstitucionalidade da 
lei, mas sim, tem-se o interesse de um direito seu, contudo, 
de forma incidental, faz a arguição de inconstitucionalidade. 
Uma vez instigado o juiz, este deve decidir primeiro a 
situação. Desse modo, o controle incidental pode ser exercido 
perante qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário, em 
qualquer processo judicial, seja qual for a sua natureza 
(penal, civil etc.), sempre que alguém, na busca do 
reconhecimento de determinado direito concreto, suscitar um 
incidente de inconstitucionalidade, isto é, alegar, no curso 
do caso concreto, que determinada lei, concernente à matéria, 
é inconstitucional (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 741). 
 VIAS DE AÇÃO
Assim, tem-se a modalidade de controle de 
constitucionalidade incidental, que se fundamenta na 
situação de que todos os casos reais devem ser 
decididos de acordo com a Constituição.
“Pela via principal, o pedido do autor da ação é a 
própria questão de constitucionalidade do ato 
normativo. O autor requer, por meio de uma ação 
judicial especial, uma decisão sobre a 
constitucionalidade, com o fim de resguardar a harmonia 
do ordenamento jurídico” (PAULO; ALEXANDRINO, 2017, p. 
741).
AÇÕES ESPECÍFICAS DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
Na Constituição Federal temos várias espécies de 
controle concentrado: a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade Genérica; a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade Interventiva; a Ação Direta 
de Inconstitucionalidade por Omissão; a Ação 
Declaratória de Constitucionalidade e a Arguição 
de Descumprimento de Preceito Fundamental.
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
É de competência do Supremo Tribunal Federal (STF) 
processar e julgar as ações diretas de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual. O impetrante do pleito 
suscita ao STF que observe a lei ou ato normativo 
federal ou estadual, no intuito de conseguir o 
cancelamento da lei. O procedimento fundamenta-se 
para garantir a segurança das relações jurídicas, 
uma vez que essas relações não podem ser 
fundamentadas em leis ou atos inconstitucionais.
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Hans Kelsen, citado por Moraes (2017, p. 531), 
criador do controle concentrado de 
constitucionalidade, justificou a escolha de um 
único órgão para exercer o controle, salientando 
que: “se a Constituição conferisse a toda e 
qualquer pessoa competência para decidir a 
questão, dificilmente poderia surgir uma lei que 
vinculasse os súditos do Direito e os órgãos 
jurídicos. Devendo evitar uma situação, a 
Constituição apenas pode conferir competência para 
um determinado órgão jurídico”.
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Entende-se que se o controle da 
constitucionalidade das leis é reservado a um 
único tribunal, este pode deter competência para 
“anular a validade da lei reconhecida como 
inconstitucional não só em relação a um caso 
concreto, mas em relação a todos os casos a que a 
lei se refira. Até o momento, porém, a lei é 
válida e deve ser aplicada por todos os órgãos 
aplicadores do Direito” (MORAES, 2017, p. 531).
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Por meio do controle, procura-se obter a 
“declaração de inconstitucionalidade da lei ou do 
ato normativo em tese, independentemente da 
existência de um caso concreto, visando-se à 
obtenção da invalidação da lei, a fim de 
garantir-se a segurança das relações jurídicas, 
que não podem ser baseadas em normas 
inconstitucionais” (MORAES, 2017, p. 531). 
Passamos a uma análise específica de cada uma das 
ações e observando suas características principais 
e fundamento legal.
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
 Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica (ADI 
GENÉRICA): A Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Genérica encontra-se prevista na Constituição Federal 
de 1988:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I 
- Processar e julgar, originariamente: a) a ação direta 
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal 
(BRASIL, 1988).AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
A Ação Direta de Inconstitucionalidade tem 
“natureza dúplice, pois sua decisão de mérito 
acarreta os mesmos efeitos, seja pela procedência 
(inconstitucionalidade), seja pela improcedência 
(constitucionalidade), desde que haja maioria 
absoluta dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal” (MORAES, 2017, p. 532).
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
São competentes para interpor a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade as pessoas elencadas no art. 103 e 
seus incisos da Constituição Federal de 1988:
Art. 103. Podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da 
República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da 
Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia 
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
 V - o Governador de Estado ou do Distrito 
Federal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; VIII - partido político com representação no 
Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional (BRASIL, 1988).
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
 Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADI 
INTERVENTIVA): Art. 36. A decretação da intervenção 
dependerá: [...]
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador Geral da República, na 
hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução 
de lei federal (BRASIL, 1988).
A Constituição Federal prevê que a organização 
político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, Estados, Distrito Federal e os 
municípios, todos autônomos.
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Segundo Moraes (2017, p. 589), podemos afirmar que uma das 
hipóteses de decretação da intervenção federal da União 
nos Estados e no Distrito Federal fundamenta-se na defesa 
da observância dos chamados princípios sensíveis:
Forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; direitos da pessoa humana; autonomia 
municipal; prestação de contas da administração pública, 
direta e indireta e aplicação do mínimo exigido da receita 
resultante de impostos estaduais, compreendida e 
proveniente de receitas de transferência, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos 
de saúde (MORAES, 2017, p. 589).
 Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) Art. 103. 
[...] § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de 
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada 
ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para 
fazê-lo em trinta dias (BRASIL, 1988).
“O objetivo pretendido pelo legislador constituinte de 1988, com 
a previsão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, 
foi conceder plena eficácia às normas constitucionais, que 
dependessem de complementação infraconstitucional” (MORAES, 2017, 
p. 553). Assim, é possível o ingresso da ação no momento em que o 
poder público se priva do exercício de uma obrigação que a 
Constituição designou a ele. 
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Na conduta negativa consiste a inconstitucionalidade. 
A constituição determinou que o Poder Público tivesse 
uma conduta positiva, com a finalidade de garantir a 
aplicabilidade e eficácia da norma constitucional. O 
Poder Público omitiu-se, tendo, pois, uma conduta 
negativa (MORAES, 2017).
“A incompatibilidade entre a conduta positiva exigida 
pela constituição e a conduta negativa do Poder 
Público omisso configura-se na chamada 
inconstitucionalidade por omissão” (RAMOS, 1992, p. 
100).
AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
 Art. 102. [...] a) a ação direta de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal 
ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal 
(BRASIL, 1988).
“A emenda constitucional nº 3, de 1993, introduziu, 
em nosso ordenamento jurídico constitucional, uma 
nova espécie dentro do controle de 
constitucionalidade, que posteriormente sofreu 
alterações com a EC nº 45/03: a ação declaratória de 
constitucionalidade” (MORAES, 2017, p. 555).
AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE
 “Foi alterado o art. 102, I, a, e foram criados o § 2º ao 
art. 102 e o § 4º ao art. 103, da Constituição Federal, 
sendo que, no último caso, houve revogação pela EC nº 
45/04 (MORAES, 2017, p. 555)”. Assim, o Supremo Tribunal 
Federal tem a competência de processar e julgar, de forma 
originária, a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal. A ação declaratória de 
constitucionalidade, que consiste em típico processo 
objetivo destinado a afastar a insegurança jurídica ou o 
estado de incerteza sobre a validade de lei ou ato 
normativo federal, busca preservar a ordem jurídica 
constitucional (MORAES, 2017).
AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE
 Art. 102. [...] § 1.º A arguição de 
descumprimento de preceito fundamental, decorrente 
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo 
Tribunal Federal, na forma da lei (BRASIL, 1988).
“A Constituição Federal determina que a arguição 
de descumprimento de preceito fundamental 
decorrente da Constituição será apreciada pelo 
Supremo Tribunal Federal, na forma da lei” 
(MORAES, 2017, p. 558). 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
“Trata-se, portanto, de norma constitucional de 
eficácia limitada, que depende de edição de lei, 
estabelecendo a forma pela qual será apreciada a 
arguição de descumprimento de preceito fundamental 
decorrente da Constituição” (MORAES, 2017, p. 558).
“O Congresso Nacional editou a Lei nº 9.882, de 3 de 
dezembro de 1999, em complementação ao art. 102, § 
1º, da Constituição Federal, tornando-a integrante de 
nosso controle concentrado de constitucionalidade” 
(MORAES, 2017, p. 558).
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
 Arguição de descumprimento de preceito 
fundamental (preventiva e repressiva): Caberá, 
preventivamente, arguição de descumprimento de 
preceito fundamental perante o Supremo Tribunal 
Federal com o objetivo de evitar lesões a 
princípios, direitos e garantias fundamentais 
previstos na Constituição Federal, ou, 
repressivamente, para repará-las, quando causadas 
pela conduta comissiva ou omissiva de qualquer um 
dos poderes públicos (MORAES, 2017).
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
Podemos dizer que, na hipótese, o nosso ordenamento 
jurídico foi menos generoso que o argentino, pois 
somente possibilita a arguição quando se pretende 
evitar ou cessar lesão, decorrente de ato praticado 
pelo Poder Público a preceito fundamental previsto na 
Constituição, diferentemente do direito de Amparo 
argentino, que é admissível contra toda ação ou omissão 
de autoridades públicas ou de particulares. De forma 
atual ou iminente, estas lesionam, restringem, alteram 
ou ameaçam, com arbitrariedade ou ilegalidade, direitos 
e garantias reconhecidos pela Constituição, pelos 
tratados e leis (GOZAÍNI, 1995). 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
O Supremo Tribunal Federal poderá, ainda, de forma 
rápida, geral e obrigatória (em face da possibilidade 
de liminar e da existência de efeitos erga omnes e 
vinculantes) evitar ou fazer cessar condutas do poder 
público que estejam colocando em risco os preceitos 
fundamentais da República, e, em especial, a dignidade 
da pessoa humana e os direitos e garantias fundamentais 
(MORAES, 2017). Após a observação das ações cabíveis de 
controle de constitucionalidade concentrado, a figura 
fornecida por Lenza (2012, p. 286) exemplifica, de 
forma transparente, a Ação, o Fundamento Constitucional 
e a sua Regulamentação.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTODE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF)
Assim, terminamos nossos estudos das ações possíveis 
de controle de constitucionalidade. Esperamos que você 
tenha compreendido a importância dos conteúdos 
tratados e do Direito Constitucional.

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