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5. MAX WEBER

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Sociedade Cultura e Educação.
Weber: a racionalização e a burocratização da sociedade
*
PORQUE ANALISAR WEBER?
	As questões que levantou são relevantes ainda na atualidade.
	É considerado um dos grandes teóricos sociais da modernidade.
	Sua tese é de fundamental importância para o reconhecimento da origem do capitalismo como sistema histórico.
A CIÊNCIA
	Toda abordagem do real é parcial.
	A realidade é inesgotável e infinita.
	O conhecimento da realidade é parcial e fragmentário.
	Dom da eterna juventude – Ciência sempre será superada, sempre surgirão novas visões e descobertas.
	A realidade é caótica – nós e que atribuímos significação a partir de nossos interesses e valores.
	A ciência pode falar do que é não do que vai acontecer – não cria a capacidade de prever o que vai acontecer no máximo indicar algumas tendências.
	 Explicações multicausais => um fenômeno tem inúmeras causas => contra o determinismo econômico, a priorização de uma causa: o econômico
 SOCIOLOGIA
	Relação indivíduo e sociedade: A sociologia, na interpretação de Weber, é uma ciência que tem por objeto compreender claramente a conduta humana e fornecer explicação causal de sua origem e resultados. A compreensão social deve envolver a análise dos efeitos que o ser humano procura conseguir. Busca entender a ação social tendo, portanto, como unidade de análise básica os indivíduos e suas condutas. Para a interpretação compreensiva as formações sociais são o entrelaçamento de pessoas individuais.
	Dentro da sociologia, Weber dedica-se ao estudo dos indivíduos na sociedade. Concentra a explicação na ação dos atores individuais (Micro-Sociologia).
SOCIOLOGIA
	Weber vai orientar toda a sua produção sociológica com base no primado do sujeito. 
	Critica a idéia de que toda realidade social só poder ser explicada mediante a descoberta de um sistema de leis inerentes ao funcionamento da sociedade (crítica de Weber ao positivismo).
JUÍZO DE FATO E JUÍZO DE VALOR
	Juízo de Fato – próprio da análise científica, a qual, não cabe função doutrinária.
	O sociólogo deve evitar tomar posições doutrinárias.
	O sociólogo só pode emitir juízos de fato, ou seja, mostrar rigorosamente o desenvolvimento de um determinado fenômeno, sem procurar julgá-los, ou, tomar posição sobre o problema”.
	Juízo de valor – próprias da esfera ética, religiosa e política, não incorporam julgamentos científicos.
O OBJETO
	O objeto da sociologia é compreender o sentido da ação. Deste modo, a compreensão da ação social implica a apreensão do seu sentido, isto é, do sentido que é dado à ação pelo próprio indivíduo. Uma ação é compreensível e passível de interpretação quando é possível apreender seu sentido. Naturalmente, nem toda ação que ocorre no mundo é social, algumas ações são de fato apenas condutas reativas, pois não estão orientadas pela conduta dos outros. Outras ações são irracionais, pois nem mesmo o próprio indivíduo é capaz de explicar o sentido subjetivo da sua ação. Estas ações estão fora do domínio da sociologia.
	 
	
AÇÃO SOCIAL
	A ação social orienta-se pelas ações dos outros, que podem ser outros individualizados ou indeterminados. Nem todo contato entre os homens é social, ele deve envolver uma ação com sentido dirigido a outrem.
	Tipos de ação social analisados por Weber. Exatamente porque os limites entre ação racional e irracional são difíceis de serem estabelecidos é que Weber utiliza o racionalismo como recurso metodológico. Em Weber, os tipos de ação estão apresentados em uma hierarquia de acordo com o grau de racionalidade da ação. Os tipos são: Ação social referente a fins, ação social referente a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
	 
 RELAÇÃO SOCIAL 
	Weber chama de relação social a conduta de vários agentes reciprocamente orientada, logo, sendo característica fundamental a existência de reciprocidade na ação. A relação social pode ter caráter transitório ou permanente e o conteúdo significativo da relação pode variar e pode ser pactuado. 
 TIPOS PUROS E TIPO IDEAL
	Os chamados tipos puros ou tipos ideais são um recurso metodológico que consiste na elaboração de categorias que tendem a acentuar e expor de forma mais intensa ou extrema as características do objeto em análise, assim a taxonomia criada não se encontra na realidade em sua forma pura.
DOMINAÇÃO
	A discussão que Weber propõe a respeito da dominação na sociedade pode ser de muito interesse para pensarmos como a dominação ocorre em diversas instâncias, desde o Estado até empresas e outras instituições sociais como escola e família.
	O ponto de partida que orienta sua análise da dominação é os indivíduos e a ação social. Poder é diferente de dominação.
PODER E DOMINAÇÃO.
	O poder é probabilidade de impor sua própria vontade, em uma relação social, mesmo contra a resistência do outro(s). O fundamento para este exercício de poder é muito amplo e variado, pois pode ser o resultado de arranjos e qualidades do agente que o coloca em situação de conseguir impor sua vontade. 
	O conceito de dominação é mais preciso e significa a probabilidade de encontrar obediência entre pessoas a um determinado mandato ou ordem. Este conceito implica uma pretensão de legitimidade na relação de dominação, pois se de um lado há um dominador que manda em determinadas pessoas, de outro, há pessoas que aceitam este mandato por considerá-lo legítimo. Sobre o que repousa o fundamento da legitimidade da dominação exercid 
TIPOS PUROS DE DOMINAÇÃO
	Legal ou racional. Neste caso há uma crença na legalidade dos ordenamentos estabelecidos no direito de mando daquele que exerce a autoridade. A burocracia é o tipo mais puro, mas nenhuma dominação é exclusivamente burocrática. A burocracia não é o único tipo de dominação legal, também o são funcionários designados por eleição, sorteio, turno (rodízio), administração pelos parlamentos, comitês e órgãos colegiados, desde que sua competência esteja fundada sobre regras estatuídas e que o domínio esteja em acordo com o tipo de administração legal.
	Tradicional. Ocorre em virtude da crença nas tradições que regeram desde há muito tempo as relações e também o reconhecimento da legitimidade daqueles que são indicados por esta tradição para exercer a autoridade. O tipo puro é do tipo é a patriarcal . No quadro administrativo há os dependentes pessoais do senhor (familiares ou funcionários domésticos) ou de parentes e de amigos pessoais (favoritos), ou de pessoas que lhe estejam ligadas por um vínculo de fidelidade (vassalos, príncipes tributários). Não há o conceito burocrático de competência, mas de fidelidade pessoal do servidor.
	Carismática. A autoridade carismática baseia-se na crença no profeta, ou no reconhecimento que encontram o herói e o demagogo. A expressão Carisma é aplicada neste sentido sem juízos de valor, tanto se aplica a pessoas boas, quanto más. O quadro administrativo é escolhido segundo carisma e vocação pessoal, e não devido à sua qualificação (funcionário), ou à sua dependência pessoal (patriarcal), ou à sua posição/privilégio (estamental). A administração (se assim se pode dizer) carece de regras, sejam estatuídas ou tradicionais, caracteriza-se pelo irracional (revelações, decisões particulares)
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” 
	Concentra-se no MODO DE VIDA
	Ao capitalismo, são criadas pelas forças da tradição (Igreja Católica), formas de resistência para seu desenvolvimento (a igreja condena o juro – pecado -, é a favor de uma vida mais simples – votos de pobreza, prega como recompensa a vida após a morte, a acumulação de riquezas só para igreja, entre outros).
	Analisa então a importância do protestantismo para mudar esse modo de vida. Há algo no estilo de vida daqueles que professam o Protestantismo que favorece o espírito do capitalismo (as pessoas podem acumular riqueza, não condena os juros, a busca constante de formação acadêmica, galgam novos postos de trabalho, engajados nas atividades econômicas, entre outros).“Coma ou durma bem” Neste caso o protestante prefere comer bem, e o católico, dormir sossegado.” p.39
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, analisa a influência do protestantismo no desenvolvimento do Sistema Capitalista. 
	Vinculação entre o puritanismo e a gênese do capitalismo.
	Puritanismo: Protestantes. Rigorosos na aplicação de princípios morais.
	Contra os argumento baseados em uma determinação econômica unidirecional para explicar a origem da sociedade burguesa, reconhecerá a importância exercida pelo protestantismo na construção do ethos (aquilo que é característico e predominante nas atitudes e sentimentos dos indivíduos de um povo, grupo ou comunidade, e que marca suas realizações ou manifestações culturais), mundano e materialista do próprio capitalismo.
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	O racionalismo econômico moderno que permite, orienta e justifica a acumulação de lucros encontrará na ética racional do protestantismo ascético sua base de sustentação normativa. 
	A origem do capitalismo pode assim ser reconhecida a partir de um deslocamento moral puritana para dentro da própria racionalidade econômica, e não como um elemento externo à mesma.
	A Ética protestante fornece o fundamento da ação daqueles que acumulam capital e não princípios morais externos (Igreja Católica) dirigidos a corrigir os abusos e os vícios que podem se derivar da acumulação de riquezas.
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	A afinidade entre o puritanismo e o capitalismo permite compreender a mentalidade empreendedora, laboriosa, esforçada; em suma, o espírito de acumulação do homem burguês, como parte indissociável de um estilo de vida ascético. 
	Ascetismo: Exercício prático que leva à efetiva realização da virtude, ou seja, a qualidade própria para que se produzam certos efeitos à plenitude da vida moral.
	Weber atribui à construção sócio-histórica do ethos empresarial um papel de destaque na gênese do capitalismo e, consequentemente, da própria modernidade.
	“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, foi considerado no final do último século, o livro do século XX.
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	Weber não vê perspectiva de superação do capitalismo como via Marx. 
 A economia capitalista moderna é um imenso cosmos no qual o indivíduo nasce, e que se lhe afigura, ao menos como indivíduo, como uma ordem de coisas inalterável, na qual ele tem de viver. Ela força o indivíduo, à medida que esse esteja envolvido no sistema de relações de mercado, a se conformar às regras de comportamento capitalistas. O fabricante que se opuser por longo tempo a essas normas será inevitavelmente eliminado do cenário econômico, tanto quanto um trabalhador que não possa ou não queira se adaptar às regras, que será jogado na rua, sem emprego. (WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p 48).
	Regras são criadas pelos indivíduos e podem ser também mudadas. Pensar por exemplo a escravidão e hoje a lei sobre racismo.
	Weber é um liberal em desespero, que chegou inclusive a ficar internado.
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	Seu prognóstico e sua análise da sociedade industrial estavam corretos:
	Mundo racionalizado – abandono das concepções mágicas e tradicionais como justificativas para o comportamento.
	Diferenciação das esferas (público – privado)
	Individualização e autonomização
 A organização industrial racional, voltada para um mercado regular e não para as oportunidades especulativas de lucro, tanto políticas como irracionais, não é, contudo, a única peculiaridade do capitalismo ocidental. A moderna organização racional das empresas capitalísticas não teria sido possível sem dois outros fatores importantes em seu desenvolvimento: a separação dos negócios da moradia da família, fato que domina completamente a vida econômica e, estritamente ligada a isso, uma contabilidade racional. (WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p. 27)
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
 De fato, o próprio Estado, tomado como uma associação política com uma constituição racionalmente redigida, leis racionalmente ordenadas e uma administração coordenada por regras racionais ou leis, administrado por funcionários treinados, é conhecido, nessa combinação de características, apenas no Ocidente, a despeito de todas as outras que dele se aproximam. (WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p. 23-24)
 O capitalismo, porém identifica-se com a busca do lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa permanentemente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção (WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p. 24)
“A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”
	Sua profecia mais sombria não se confirmou:
	Mundo mecanizado
	Mundo desencantado
	Mundo de burocratas sem espírito
	Mundo da jaula de ferro
 Ninguém sabe quem viverá, no futuro, nesta prisão ou se, no final deste tremendo desenvolvimento surgirão profetas inteiramente novos, ou se haverá um grande ressurgimento de velhas idéias e ideais ou se, no lugar disso tudo, uma petrificação mecanizada ornamentada com um tipo de convulsiva auto-significância. Neste último estágio de desenvolvimento cultural, seus integrantes poderão de fato ser chamados de “especialistas sem espírito, sensualistas sem coração; nulidades que imaginam ter atingido um nível de civilização nunca antes alcançado”. (WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p. 131)
EXPLICAÇÃO – CONSEQUÊNCIAS NÃO ESPERADAS
	1. Tecnologias de comunicação: mais individualizadas e menos vulneráveis aos controles centralizados.
	2. Multiplicaram-se os agentes políticos da utopia democrática, ultrapassando as fronteiras do trabalho, propriedade e classe.
	3. As mulheres libertaram-se do enclave familiar.
	4. Novas identidades, autoconstruídas e menos determinadas pelo trabalho, religião e opção política.
	5. Individualismo e auto-estima forte preparam o homem para respeitar o outro e tomar parte em empreendimentos cooperativos.

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