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Peças Praticas para Delegado (gran cursos 2019)- aula-03-prisao-preventiva

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Representação pela Prisão Preventiva – Lei Maria da Penha
PEÇAS PRÁTICAS
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REPRESENTAÇÃO PELA PRISÃO PREVENTIVA – LEI MARIA DA PENHA 
PRISÃO PREVENTIVA
• A prisão preventiva é uma forma de prisão provisória, razão pela qual essa 
medida só é aplicada em último caso, pois se trata de uma medida excep-
cional.
• O instituto da prisão preventiva está previsto nos artigos 311 a 316 do 
Código do Processo Penal.
• Críticas: o atual uso desgovernado da prisão preventiva representa uma 
crise de legitimidade do sistema penal.
• A prisão é utilizada, em alguns casos, somente com intuito midiático.
• Para que seja possível a decretação da prisão preventiva, se fazem neces-
sários dois pressupostos imprescindíveis para uma prisão processual de 
natureza cautelar, sendo eles o fumus boni iuris e o periculum in mora.
• O fumus boni iuris refere-se à prova material inequívoca do delito, bem 
como os indícios suficientes de sua autoria.
• Trata-se da conhecida expressão fumus boni iuris, sendo imprescindível a 
demonstração da viabilidade da acusação.
• Não se admite a prisão preventiva quando improvável, à luz do in dubio pro 
societate, a existência do crime ou a autoria imputada ao agente.
• Note-se que, durante a investigação criminal e ação penal, não se exige 
prova plena, sendo suficiente a existência de meros indícios.
• Basta a probabilidade de o réu ou indiciado/investigado ter sido o autor do 
fato delituoso.
• Não se pode exigir para a prisão preventiva a certeza idêntica que se exige 
para a condenação.
• O in dubio pro reo vale ao ter o juiz que absolver ou condenar o réu.
• No tocante ao periculum in mora é preciso muita atenção por parte do 
magistrado antes de decretar a prisão preventiva, pois a demora na decre-
tação da prisão em questão pode causar lesões irreversíveis a determina-
dos Direitos.
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Hipóteses no periculum in libertatis para fundamentar a prisão preventiva: 
• GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA: visa privar temporariamente o acusado 
da sua liberdade para que não pratique mais crimes, caso permaneça solto, 
crimes esses que poderiam acarretar danos irreversíveis para a sociedade;
• GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA não é clamor social, pois se assim o 
for não há que se falar em prisão cautelar, ou seja, prisão preventiva;
• O clamor popular não autoriza, por si só, a custódia cautelar. Sem pericu-
lum in mora não há prisão preventiva;
• O clamor popular nada mais é do que uma alteração emocional coletiva 
provocada pela repercussão de um crime;
• A gravidade da imputação, a brutalidade de um delito que provoca como-
ção no meio social, não pode por si só justificar a prisão preventiva;
• GARANTIR A ORDEM PÚBLICA SIGNIFICA IMPEDIR NOVOS CRIMES 
DURANTE O PROCESSO. 
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, a prisão pre-
ventiva pode ser decretada:
• De ofício;
• A requerimento da Ministério Público ou de seu assistente;
• Mediante representação da autoridade policial.
HIPÓTESES DE CABIMENTO (periculum in libertatis) 
1. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA: quando há liberdade perigosa. Se 
colocar o agente em liberdade, a sociedade estará em risco;
2. CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL: quando o agente ameaça 
testemunhas, destrói provas etc.;
3. PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL: quando o réu ameaça 
fugir;
4. GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA;
5. LEI MARIA DA PENHA: para garantir a eficácia das medidas protetivas em 
caso de violência doméstica ou familiar contra a mulher;
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A prisão preventiva não tem prazo previsto na lei. Pode perdurar durante o 
processo enquanto as condições estiverem presentes.
Direto do concurso
1. (PEÇA PRÁTICA/ÚLTIMO CONCURSO/DPF) Almir foi preso em flagrante 
no aeroporto Antônio Carlos Jobim, na cidade do Rio de Janeiro– RJ, após 
adentrar em território nacional com duas malas repletas de roupas, relógios 
e eletroeletrônicos não declarados à Receita Federal do Brasil e cujo impos-
to de importação não fora devidamente recolhido. Os produtos foram apre-
endidos e Almir, encaminhado à delegacia da Polícia Federal. Na posse do 
conduzido, foram apreendidos os seguintes objetos: i) diversas passagens 
aéreas Rio-Miami-Rio em nome de Geraldo e Gabriel; ii) caderno de notas 
com nome de diversos funcionários do aeroporto; e iii) inúmeras notas fiscais 
de produtos adquiridos no estrangeiro, que somavam mais de R$ 60.000,00. 
Durante seu depoimento extrajudicial, na presença de seu advogado, João, 
Almir afirmou que as roupas e joias não haviam sido adquiridas no exterior, 
que os eletroeletrônicos realmente eram importados, mas estariam dentro 
da cota de isenção de imposto de importação e que Geraldo e Gabriel eram 
apenas seus amigos. Após pagar fiança arbitrada pela autoridade policial, 
Almir foi solto e, dentro do prazo legal, recorreu administrativamente do 
auto de infração de apreensão das mercadorias e de arbitramento do 
imposto devido, recurso ainda pendente de julgamento pelo órgão Fa-
zendário.
Instaurado inquérito policial, Almir1 foi formalmente indiciado. Dando conti-
nuidade às investigações, o delegado de polícia requereu ao juiz criminal 
competente a interceptação telefônica do indiciado, o que foi deferido 
pelo prazo de quinze dias. O conteúdo das interceptações apontou que 
Geraldo2 e Gabriel3 combinaram que viajariam aos Estados Unidos da Amé-
rica para comprar mercadorias, que seriam revendidas no Brasil por preços 
inferiores aos de mercado, sendo o preço das passagens aéreas e os lucros 
das vendas repartidos por todos. Constatou-se que as viagens ocorreram 
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durante os últimos três anos e que os envolvidos não pagavam o respec-
tivo imposto, dissimulando a importação das mercadorias. Com a venda 
das mercadorias, o trio teria arrecadado mais de R$ 12.000.000,00, e 
Geraldo adquirido um imóvel na rua Vieira Souto, no bairro de Ipanema, 
na cidade do Rio de Janeiro – RJ, utilizando os ganhos com a infração 
penal, muito embora tenha constado do instrumento de aquisição do 
bem o nome de seu filho, Cléber.
 Além disso, em conversa travada entre Geraldo e João, seu advogado, ve-
rificou-se que os documentos e arquivos digitais contábeis do grupo es-
tariam arquivados no escritório do causídico, onde seriam destruídos 
por Gabriel em poucos dias. Verificou-se, ainda, que o pagamento dos 
honorários de João era realizado mediante a entrega de parte das mercado-
rias importadas. Apurou-se, também, que os indiciados contavam com a co-
laboração de Paulo, que, na qualidade de funcionário da Receita Federal 
do Brasil, os auxiliava a burlar a fiscalização fazendária, e que, como 
retribuição, participava no lucro do grupo com a venda das mercado-
rias, sendo o pagamento da propina de responsabilidade de João. Sur-
giram indícios, ainda, da participação de outras pessoas no grupo, inclusive 
de funcionários públicos, bem como de utilização de empresas-fantasmas 
no esquema criminoso, o que, diante do fim do prazo das interceptações 
telefônicas, não pôde ser suficientemente apurado.
Em seguida, os autos do inquérito policial foram conclusos ao delegado 
da Polícia Federal para análise.
Em face da situação hipotética acima apresentada, redija, na condição de 
delegado responsável pela investigação do caso concreto, a peça profissio-
nal a ele adequada, direcionando-a à autoridade competente. Exponha a 
fundamentaçãojurídica pertinente, tipifique os crimes cometidos e requeira o 
que entender de direito, no que se refere às investigações.
Comentário
O QUE O CANDIDATO DEVE ESCREVER NO RASCUNHO DA PROVA DA 
PEÇA PRÁTICA?
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ESTRUTURA
• Endereçamento. Representação ao juízo federal da Seção Judiciária do 
Rio de Janeiro;
• Preâmbulo. O seu decorado, com alterações de acordo com a questão;
• Resumo dos fatos e das diligências;
• Da autoria e materialidade (provas materiais);
• Crimes ocorridos: tipificar todos: descaminho, associação criminosa, lava-
gem de dinheiro, corrupção ativa.
• Do direito:
 – Necessidade/utilidade das medidas;
 – Identificação dos pressupostos justificadores das medidas;
 – Demonstrar a conveniência e oportunidade;
• Indicar o fundamento legal da medida requerida. Prorrogação das 
interceptações telefônicas*. Medida de Indisponibilidade de bens*. 
Busca e Apreensão em escritório de advocacia*. Prisão temporária ou 
preventiva *.
• Fumus comissi delicti (FUMUS BONI IURIS);
• Periculum in libertatis (PERICULUM IN MORA);
• Da conclusão
• Representar pela...
• Solicitação de medidas especiais ou prorrogação de prazo, se fosse o caso
• Data, local, Delegado de Polícia Federal
O CESPE ainda colocou no espelho de correção:
• Jurisprudência do STF e do STJ quanto à impossibilidade de realização 
de investigações para apuração de crime contra a ordem tributária, sem o 
indispensável lançamento definitivo do crédito tributário (Citar Súmula Vin-
culante 24/STF);
• Dica: tendo espaço, mencione outras coisas periféricas relacionadas ao 
tema;
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• Altamente questionável essa exigência do CESPE, mas, em vez de ficar 
com raiva, aprenda a lição;
• Atire para outras direções em busca de acertar o máximo do espelho de 
correções da prova;
• Tem que memorizar a fundamentação de cada medida;
• Muitas peças práticas são na verdade questões discursivas travestidas;
• O examinador quer que o candidato enfrente temas como tipificação con-
trovertida de crimes (contrabando x descaminho);
• Sempre pega bem mencionar jurisprudência e informativos, mesmo que 
não se recorde o número exato;
• Outro ponto: mencione a legislação de regência dos crimes;
• Tem alguma súmula vinculante relacionada a peça prática, mencione;
• Tem alguma jurisprudência relacionada remotamente ao assunto, men-
cione na sua prova.
PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTO LEGAL DA MEDIDA
Art. 13 do CPP. “Incumbirá ainda à autoridade policial: (...) IV- representar acerca 
da prisão preventiva”.
Art. 311 do CPP. “Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, 
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, 
ou a requerimento do Ministério Público (...) ou por representação da autoridade 
policial”.
FUNDAMENTO LEGAL
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pú-
blica, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime 
e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares (art. 282, § 4º). 
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O candidato deverá pedir a prisão preventiva:
1. Quando a prisão for para proteger testemunha, ou o suspeito esteja des-
truindo provas.
2. No caso da Lei Maria da Penha, quando as medidas protetivas não forem 
suficientes para proteger a ofendida.
Na prisão preventiva é necessário referir: 
• fumus boni iuris – prova da existência de crime e indícios suficientes de 
autoria.
• periculum in mora – garantia da ordem pública, conveniência da instrução 
criminal, garantia de aplicação da lei penal, garantia da ordem econômica. 
CABIMENTO
Art. 313 do Código de Processo Penal (CPP) 
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 
4 (quatro) anos;
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em jul-
gado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal;
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, crian-
ça, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência;
PREÂMBULO DE PRISÃO PREVENTIVA GERAL (POLÍCIA CIVIL) 
“A Polícia Civil do estado do ______, por meio do seu Delegado de Polí-
cia Civil, ao final assinado, no uso de suas atribuições, que lhe são conferidas, 
dentre outros dispositivos, pelos arts. 13, IV, 282, §2° e 311, todos do CPP, bem 
como no art. 2°, §1°, da Lei 12.830/2013, bem assim pela (citar a lei que regu-
lamenta as atribuições da polícia civil do estado para o qual está prestando 
concurso), vem, mui respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, repre-
sentar pela decretação da prisão preventiva de (citar o nome do investigado/
indiciado), pelos fundamentos de fato e de direito que a seguir passa a expor”. 
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• A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz no curso de inquérito poli-
cial ou no processo;
• Pode ser decretada de ofício (apenas no curso do processo) ou atendendo 
a representação do delegado de polícia ou requerimento do querelante, do 
assistente de acusação ou Ministério Público (tanto no curso do inquérito, 
quanto no processo);
• Os requisitos da prisão preventiva estão na parte final do artigo 312:
 – Prova da existência do crime;
 – Indícios suficientes de autoria;
 – No parágrafo único do artigo 312 (em caso de descumprimento de qual-
quer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares). 
Os requisitos da preventiva estão na parte final do artigo 312:
• No artigo 313 do CPP (o crime apurado deve ser doloso e punido com pena 
máxima superior a quatro anos; em caso de reincidência em crime doloso; 
no caso de violência doméstica; quando houver dúvida sobre a identidade 
civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para 
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade 
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da 
medida);
• Os requisitos do parágrafo único do artigo 312 e do artigo 313 do CPP são 
alternativos. 
Fundamentos da prisão preventiva
• Os fundamentos da preventiva estão no artigo 312 do CPP (basta a pre-
sença de um dos fundamentos para a decretação da prisão preventiva):
1. garantia da ordem pública;
2. conveniência da instrução criminal;
3. assegurar aplicação da lei penal;
4. garantia da ordem econômica.
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Atenção!
Nunca se decretará prisão preventiva quando o acusado/investigado tiver 
praticado o crime sob o manto de uma excludente de ilicitude (314 do CPP) 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar 
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições 
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 – CódigoPenal. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011)
• A prisão preventiva será revogada se não mais persistirem os motivos que a 
ensejaram e pode ser decretada de novo a qualquer tempo, desde que pre-
sentes requisitos e pelo menos um dos fundamentos (artigo 316 do CPP). 
Representação por prisão preventiva
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _________
OFÍCIO Nº____________
INQUÉRITO POLICIAL Nº_________________
A Polícia Civil do Estado de _________, por meio do delegado de polícia civil 
que esta subscreve, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, com 
base nos artigos 311, 312 e 313 do CPP, vem, muito respeitosamente, represen-
tar pela PRISÃO PREVENTIVA em desfavor de FULANO (QUALIFICAR) pelo 
motivos de fato e de direito a seguir expostos.
1 – DOS FATOS
2 – DA PRISÃO PREVENTIVA
Douto julgador, no caso em tela, restam confirmados os requisitos da prisão 
preventiva presentes nos artigos 312 e 313 do CPP.
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Primeiramente, é clara a presença do fumus comissi delicti, sem a qual a 
segregação cautelar não poderia ser decretada.
Especificamente, demonstra-se a autoria e materialidade conforme as provas 
colhidas nos autos.......
Vale ressaltar que não se trata aqui de qualquer crime, mas do delito de homi-
cídio doloso (deve ser doloso acima de 4 anos de pena, reincidente em crime 
doloso) que obedece aos requisito do artigo 313 do CPP.
Ademais, devido à sua conduta, a prisão preventiva de FULANO DE TAL é 
necessária para a garantia da (garantia da ordem pública, da ordem econô-
mica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplica-
ção da lei penal), com fundamento no artigo 312 do CPP.
 Ainda, sabe-se que a prisão é a última medida que deve ser tomada.
No entanto, neste caso em específico, a segregação mostra-se necessária 
e mais adequada do que as outras medidas cautelares diversas da prisão, con-
forme artigo 319 do CPP.
3 – DO PEDIDO
Ante o exposto, o Delegado de Polícia Civil REPRESENTA, após a manifes-
tação do Ministério Público, pela PRISÃO PREVENTIVA e respectiva expedição 
de mandado de prisão em desfavor de FULANO DE TAL (QUALIFICAR).
Nestes termos, pede deferimento
__________________
Delegado de polícia civil
matrícula
DIFERENÇA DE PREVENTIVA E TEMPORÁRIA
• A prisão temporária é regulamentada pela Lei n. 7.960/1989;
• Com prazo de duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, ela 
ocorre durante a fase de investigação do inquérito policial;
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• É utilizada para que a polícia ou o Ministério Público colete provas para, 
depois, pedir a prisão preventiva do suspeito em questão;
• Em geral, é decretada para assegurar o sucesso de uma determinada dili-
gência;
• Pela Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária é cabível:
 – quando for imprescindível para as investigações do inquérito policial;
 – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade; quando houver funda-
das razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, 
de autoria ou participação do indiciado nos crimes de homicídio, seques-
tro, roubo, estupro, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, 
entre outros. 
• A prisão preventiva, por sua vez, consta no terceiro capítulo do Código de 
Processo Penal;
• A prisão preventiva é sem prazo pré-definido, pode ser decretada em qual-
quer fase da investigação policial ou da ação penal, quando houver indícios 
que liguem o suspeito ao delito.;
• Ela é pedida para proteger o inquérito policial ou processo, a ordem pública 
ou econômica ou a aplicação da lei;
• A prisão temporária tem prazo certo, a preventiva não;
• A prisão temporária apenas no inquérito policial, findo o inquérito, não cabe 
mais prisão temporária.
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Bruno Cabral.
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