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A IMPORTANCIA DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NO CURSO DE ADMINISTRACAO

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ 
FACULDADE CEARENSE 
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ JOSENILDO DE SOUSA TEMOTEO 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NO CURSO DE 
ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2014 
 
JOSÉ JOSENILDO DE SOUSA TEMOTEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NO CURSO DE 
ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE 
 
 
 
 
Monografia submetida à aprovação da 
Coordenação do Curso de Administração de 
Empresas do Centro Superior do Ceará, como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Administração. 
 
Orientadora: Professora Ms. Rosangela Soares de 
Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2014 
 
JOSÉ JOSENILDO DE SOUSA TEMOTEO 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NO CURSO DE 
ADMINISTRAÇÃO DAS IES PRIVADO NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE. 
 
 
 
Monografia como pré-requisito para obtenção do 
título de Bacharelado em Administração de 
Empresas, outorgado pela Faculdade Cearense – 
FAC, tendo sido aprovada pela banca 
examinadora composta pelos professores. 
Data da aprovação: _____/_____/________ 
 
 
 
 
 
___________________________________________________________________________
Rosangela Soares de Oliveira, Ms. 
Orientadora 
 
 
 
___________________________________________________________________________
Membro 
 
 
 
___________________________________________________________________________
Membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, aos meus pais Irene Sousa e José Alves, 
aos meus familiares, a todos meus amigos (as) 
que estiveram ao meu lado nessa caminhada e aos 
meus professores. 
 
AGRADECIMENTO 
 
 Primeiramente agradeço a Deus por estar sempre comigo me proporcionando saúde, 
força, coragem, determinação e principalmente humildade para alcançar meus objetivos, entre 
eles a finalização desse trabalho. A Ele toda honra e toda glória. 
 Aos meus queridos pais Maria Irene e José Alves por todo seu amor, carinho, 
paciência, dedicação e esforço comigo, por acreditarem em mim e apoiarem sempre meus 
projetos de vida. 
 Aos meus familiares e amigos que com sua paciência e confiança me ajudaram e 
incentivaram à conclusão desse trabalho. 
 À minha orientadora professora e mestre Rosangela Soares de Oliveira pela sua 
dedicação, atenção, apoio e orientação precisa durante todo o desenvolvimento desse trabalho. 
 A todos os professores do curso de Administração da Faculdade Cearense que 
contribuíram de forma espetacular para minha formação acadêmica e profissional, a eles meus 
sinceros votos de agradecimento. 
 A todos meus amigos e amigas de caminhada acadêmica que durante esses quatro anos 
conviveram comigo buscando sempre ultrapassar todos os obstáculos de forma humilde. 
 A todos que contribuíram com o desenvolvimento desse trabalho e que gentilmente 
cederam parte do seu tempo para responder ao questionário. 
 E por fim a todos que de forma indireta ou direta contribuíram para conclusão desse 
trabalho e consequentemente para conclusão do meu curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Existe o risco que você não pode jamais 
correr, e existe o risco que você não pode 
deixar de correr.” 
(Peter Drucker) 
 
RESUMO 
 
 
 
O âmbito acadêmico brasileiro está cada vez mais marcado pela presença do ensino de 
empreendedorismo. Essa crescente evolução é benéfica para o país, pois os empreendedores nos dias 
atuais são vistos como fortes agentes propulsores para o desenvolvimento econômico, principalmente 
em países que estão em desenvolvimento como é o caso do Brasil. O objetivo principal desse trabalho 
é compreender a importância do ensino de empreendedorismo em uma IES privada no Curso de 
Administração e analisar o valor que é dado em relação ao ensino de empreendedorismo na mesma. 
Os meios utilizados para alcançar esse objetivo foram, inicialmente, pesquisa bibliográfica utilizando 
informações de autores que já abordaram a respeito do assunto, em seguida realizou-se uma pesquisa 
de campo utilizando como ferramenta para coleta dos dados um questionário aplicado a 23 acadêmicos 
da turma de Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1 da IES X, no período de 07 a 09/04/2014. 
Através da pesquisa foram identificadas várias informações relevantes, entre elas, a percepção dos 
acadêmicos sobre a importância do ensino de empreendedorismo para sua formação acadêmica, como 
também a visão dos acadêmicos em relação ao valor que está sendo dado no ensino de 
empreendedorismo na IES. 
 
 
Palavras Chaves: Empreendedorismo, Ensino de Empreendedorismo, Curso de 
Administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRATC 
 
 
The Brazilian academic context is increasingly marked by the presence of teaching entrepreneurship. 
This growing trend is beneficial for the country as entrepreneurs nowadays are seen as strong 
propellants for economic development, especially in countries that are in development that is the case 
of Brazil. The main objective of this study is to understand the importance of entrepreneurship 
education in a private IES in the course of Directors and analyze the value that is given in relation to 
the teaching of entrepreneurship in it. The means to achieve this goal were initially bibliographic 
research using information from authors who have addressed on the subject then carried out a field 
survey using as a tool for data collection a questionnaire administered to 23 students in the class of 
managing New Developments 2014.1 IES X, in the period from 07 to 09.04.2014. Through research 
various relevant information were identified, among them the perception of academics of the 
importance of teaching entrepreneurship to their academic training, but also the view of academics in 
relation to the value that is being given to the teaching of entrepreneurship in IES . 
 
 
Keywords: Entrepreneurship, Teaching Entrepreneurship, Management Course 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
QUADROS 
 
Quadro 01- Perfil do graduando dos cursos de administração ................................................. 19 
Quadro 02 – Evolução Histórica do Ensino de Administração no Brasil ................................ 21 
Quadro 03 – Cursos com maiores números de matriculados ................................................... 23 
Quadro 04 – Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor a 
partir da Idade Média ................................................................................................................ 24 
Quadro 05 – Ensino Tradicional e aprendizado de empreendedorismo ................................... 31 
 
FIGURAS 
 
Figura 01 As competências duráveis do administrador ............................................................ 20 
Figura 02 Os ingredientes de um negócio bem-sucedido ......................................................... 28 
 
GRÁFICO 
 
Gráfico 01 Evolução da matrícula na educação superior de graduação no Brasil ................... 22 
Gráfico 02 Sexo ........................................................................................................................ 36 
Gráfico 03 Faixa Etária.............................................................................................................37 
Gráfico 04 Atuação ................................................................................................................... 37 
Gráfico 05 Empreendedorismo como área de atuação para acadêmicos de administração ou 
administradores ......................................................................................................................... 38 
Gráfico 06 Empreendedorismo como ferramenta propulsora do desenvolvimento da economia 
do nosso país ............................................................................................................................. 39 
Gráfico 07 Visão positiva da IES X em relação ao ensino de empreendedorismo .................. 39 
Gráfico 08 Realização de eventos acadêmicos pela IES X relacionadas ao tema 
empreendedorismo.................................................................................................................... 40 
Gráfico 09 Professores da IES X que levam para sala de aula atividades relacionadas ao tema 
empreendedorismo.................................................................................................................... 40 
Gráfico 10 Percepção dos entrevistados em relação a se os alunos da IES X mostram-se 
atraídos pela possibilidade de serem empreendedores ............................................................ 41 
 
Gráfico 11 Considerações dos entrevistados em relação à formação empreendedora dada pela 
IES X ao seu corpo acadêmico ................................................................................................ 41 
Gráfico 12 Percepção dos entrevistados em relação à importância do ensino de 
empreendedorismo para sua formação acadêmica .................................................................. 42 
Gráfico 13 Percepção dos entrevistados em relação à metodologia utilizada pela IES X para o 
ensino de empreendedorismo .................................................................................................. 42 
Gráfico 14 Motivos que levam a maioria dos entrevistados considerarem que a metodologia 
da IES X em relação ao ensino de empreendedorismo não é satisfatória ............................... 43 
Gráfico 15 O valor do ensino de empreendedorismo no curso de administração para os 
entrevistados ............................................................................................................................ 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
 
ANPAD Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração 
CAPES Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
CFA Conselho Federal de Administração 
CRA Conselhos Regionais da Administração 
DASP Departamento de Administração do Serviço Público 
EAESP Escola de Administração de Empresas de São Paulo 
EBAP Escola Brasileira de Administração Pública 
ESAN Escola Superior de Administração de Negócios 
FEA-USP Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo 
FGV Fundação Getúlio Vargas 
GEM Global Entrepreneurship Monitor 
IES Instituição de Ensino Superior 
IBQP Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade 
IDORT Instituto de Organização Racional do Trabalho 
POCCC Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15 
2.1 Administração: Definições e Suas Teorias ......................................................................... 15 
2.1.1 Perfil, Funções e Habilidades de um Administrador ....................................................... 18 
2.1.2 Evolução do Ensino de Administração no Brasil ............................................................ 20 
2.2 Empreendedorismo: Definições e Histórico ....................................................................... 23 
2.2.1 Tipos de Empreendedores ............................................................................................... 25 
2.2.2 Perfil de um Empreendedor de Sucesso .......................................................................... 27 
2.2.3 O Ensino de Empreendedorismo ..................................................................................... 29 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 32 
3.1 Estratégia Metodológica ..................................................................................................... 32 
3.2 Tipo de Pesquisa ................................................................................................................. 32 
3.3 População e amostra da pesquisa ....................................................................................... 33 
3.4 Método de coleta de dados ................................................................................................. 34 
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 35 
5 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ........................ 36 
5.1 Conhecendo objeto de estudo ............................................................................................. 36 
5.2 Caracterização do valor dado ao ensino de empreendedorismo na IES ............................. 38 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 45 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 47 
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ACADÊMICOS DA TURMA DE GESTÃO DE 
NOVOS EMPREENDIMENTOS ......................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O assunto empreendedorismo está cada vez mais ganhando espaço em nossa sociedade 
e no âmbito acadêmico. Disciplinas, eventos e atividades diversas relacionadas ao tema estão 
presentes no cotidiano de muitos acadêmicos. Segundo Flores, Hoelgebaum e Silveira (2008, 
p. 4) “Em vários países já se percebe a presença do empreendedorismo nos currículos 
escolares, o que reflete a visão de que a educação é passo primordial para o desenvolvimento 
dos futuros empreendedores”. 
 Para Baron e Shane (2007) a área de empreendedorismo é eclética por natureza: tem 
origem em muitas disciplinas mais antigas e bem formadas, como a economia, a psicologia, a 
administração e a sociologia. 
 
[...] definição de empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender 
como surgem as oportunidades para criar novos produtos ou serviços, novos 
mercados, processo de produção, formas de organizar as tecnologias existentes ou 
matérias-primas e como são descobertas por pessoas específicas, que então usam 
vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las. (BARON; SHANE, 2007, p.10) 
 
 Desde 1999 o programa Global Entrepreneurship Monitor - GEM realiza avaliação em 
alguns países do mundo relacionado ao desenvolvimento do empreendedorismo. Tal avaliação 
era realizada inicialmente em 10 países atualmente cerca de 100 países participam desta 
avaliação. 
 O Brasil começou a participar dessa avaliação a partir de 2002. Todo ano, com base 
nessa avaliação, o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade - IBQP juntamente com o 
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e Fundação Getúlio 
Vargas - FGV elaboram um relatório com os resultados dessa avaliação. 
 A última pesquisa realizadano ano de 2012 pela GEM mostrou que o grau de 
escolaridade dos empreendedores iniciantes está aumentando em relação aos empreendedores 
estabelecidos. 
 Analisando os dados em nível nacional e relacionando-os aos níveis de escolaridade de 
curso superior percebe-se uma diferença de 4,03% no nível de escolaridade de curso superior 
incompleto no qual os empreendedores iniciantes representam 10,3%, enquanto os 
empreendedores estabelecidos são de 6%. 
 Já analisando o nível de escolaridade do curso superior completo percebe-se uma 
diferença de 3% no qual os empreendedores iniciantes possuem 11,5% enquanto os 
empreendedores estabelecidos apresentam 8,9%. 
13 
 
 Nessa perceptiva pode-se considerar que os novos empreendedores que estão entrando 
no mercado buscam primeiro a capacitação para poderem visualizar as oportunidades mais 
vantajosas e se conseguirem manter vivos no âmbito dos negócios que se encontram cada vez 
mais competitivos. 
 Segundo Flores, Hoelgebaum e Silveira (2008, p. 1) “O empreendedorismo tem tido 
um valor crescente no mundo em virtude das inúmeras mudanças que vêm ocorrendo, 
principalmente, nas relações de trabalho e na questão de emprego e renda. A formação de 
empreendedores tornou-se questão importante”. 
A IES possui a missão de educar, formar e realizar pesquisas, a fim de contribuir para 
o desenvolvimento cultural, social e econômico da sociedade, promovendo, gerando e 
difundido conhecimento em um contexto de pluralismo e diversidade cultural. 
 
“As IES têm, como principal função, prover o mercado de profissionais capacitados 
e sintonizados com o cenário atual. Sendo assim, destaca-se o esforço caracterizado 
pelas reformulações curriculares, identificado na maioria das IES, a fim de adequar a 
formação do profissional de administração à nova realidade”. (DUTRA E 
PEIXOTO, 2001, p. 8) 
 
Analisar o valor dado pelo corpo acadêmico de IES privada ao fenômeno 
empreendedorismo, que é importante para o desenvolvimento econômico e social do nosso 
país, é determinante para compreender se os universitários estão sendo estimulados a 
desempenharem um papel empreendedor em nossa sociedade. 
 
“Hoje, ser empreendedor é quase um imperativo, significando dizer que visão de 
futuro e talento individual é elemento propulsor das novas idéias. No entanto, para o 
sucesso de empreendimentos inovadores, é preciso análise, planejamento 
estratégico-operacional e capacidade de desenvolvimento, tanto fora da organização, 
quando se inicia um novo empreendimento, quanto dentro da organização, quando o 
funcionário começa a ter visão de dono do negócio. É necessário, ainda, que os 
empreendedores se convertam em multiplicadores de conhecimento, tendo como 
objeto a criação de empresas e de novos postos de trabalho. (FLORES, 
HOELGEBAUM E SILVEIRA, 2008, p. 2)” 
 
 Assim é possível identificar a seguinte problemática: Qual a importância do ensino 
de empreendedorismo para os acadêmicos da turma de empreendedorismo da 
Faculdade Cearense uma IES privada situado no município de Fortaleza/CE? 
O objetivo principal deste trabalho monográfico é compreender a importância do 
ensino de empreendedorismo em uma IES privada no curso de Administração e analisar o 
valor que é dado em relação ao ensino de empreendedorismo na mesma. De modo mais 
14 
 
específico, os objetivos propostos são: entender o contexto social econômico que abrange o 
tema empreendedorismo no âmbito do campo acadêmico; analisar a presença de atividades 
relacionadas ao tema empreendedorismo no curso de Administração de Empresas; analisar a 
percepção dos acadêmicos da turma de empreendedorismo de uma IES privada em relação à 
importância que está sendo dada ao ensino do empreendedorismo no curso de Administração 
de Empresas. 
 O fenômeno empreendedorismo contribui para o desenvolvimento econômico e social 
do nosso país, analisar a importância do ensino de empreendedorismo em uma IES é 
determinante para compreender se os universitários estão sendo estimulados a 
desempenharem um papel empreendedor em nossa sociedade. 
 O intuito desde trabalho é proporcionar informações relevantes sobre o ensino de 
empreendedorismo como conceito, características, benefícios e outros. 
 A estrutura do trabalho está divida em cinco capítulos: o primeiro capítulo destina-se à 
introdução que apresenta a problemática, justificativa, objetivo geral e específico. 
 O segundo capítulo denominado referencial teórico encontra-se dividido em duas 
subseções, a primeira relacionada ao tema Administração, relatando suas definições, teorias, 
perfis, funções e habilidades de um administrador e a evolução do ensino de Administração 
no Brasil. 
 A segunda subseção é relacionada ao tema Empreendedorismo abrangendo seus 
conceitos, contexto histórico, tipos de empreendedores, perfis de um empreendedor de 
sucesso e o ensino de empreendedorismo. 
 O terceiro capítulo refere-se à metodologia. Neste serão apresentados os 
procedimentos utilizados na realização dessa pesquisa, indicando o tipo de pesquisa, como a 
pesquisa foi realizada e o instrumento utilizado para a coleta de dados. 
 O quarto capítulo destina-se ao estudo de caso no qual é explanado sobre o local da 
realização do estudo de caso. 
 O quinto capítulo refere-se à análise dos dados e interpretação dos resultados de forma 
a apresentar as informações coletadas e tabuladas, mostrando as considerações sobre os 
resultados encontrados. 
 As considerações finais destinam-se a apresentar conexões da teoria com os resultados 
obtidos na pesquisa de campo. 
 Finalmente, as referências bibliográficas serão apresentadas de forma a identificar os 
autores e publicações que proporcionaram embasamento para a concretização dessa pesquisa. 
 
15 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 A seguinte seção apresentará o referencial teórico empregado nesse trabalho. Este se 
encontra dividido em duas subseções. A primeira está relacionada ao tema Administração, 
relatando suas definições, teorias, perfis, funções e habilidades de um administrador e a 
evolução do ensino de administração no Brasil. A segunda subseção está relacionada ao tema 
empreendedorismo abrangendo seus conceitos, contexto histórico, tipos de empreendedores, 
perfis de um empreendedor de sucesso e o ensino de empreendedorismo. 
 
2.1 Administração: Definições e Suas Teorias 
 
 Segundo Chiavenato (2004) a palavra administração vem do latim, no qual, ad se 
refere à direção, tendência para e minister se refere à subordinação ou obediência, significa 
aquele que realiza uma função sob comando de outro. 
 Chiavenato (2004) menciona que administração em seu contexto histórico é recente e 
somente no século XX começou ganhar mais espaço. De acordo com Maximiano (2004 p. 
33): “Administração é uma palavra antiga, associada a outras que se relacionam com o 
processo de tomar decisões sobre recursos e objetivos”. 
 Segundo Chiavenato (2008a) administração pode ser conceituada como o processo de 
planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação das competências e o uso de recursos 
organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. 
 De acordo com Silva (2004 p.6): “Administração é um conjunto de atividades 
dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais 
objetivos ou metas organizacionais”. 
 Para Maximiano (2004 p.34) “A administração é um processo dinâmico de tomar 
decisões e realizar ações que compreende cinco processos principais interligados: 
planejamento, organização, liderança (e outros processos da gestão de pessoas), execução e 
controle”. 
 Pode se observar que as funções planejar, organizar, dirigir e controlar estão presentes 
nos conceitos de administração desses pensadores e para um melhor entendimento é preciso 
compreender cada uma delas. 
 Segundo Lacombre e Heilborn (2008)o planejar é ação de pensar antecipadamente nas 
decisões que possam influenciar ou serem colocadas em prática no futuro. 
16 
 
 Para Chiavenato (2008a p.13): “O planejamento produz estratégias que se baseiam em 
objetivos e nos procedimentos específicos para alcançá-los. Planejar envolve solução de 
problemas e tomada de decisões quanto à alternativa para o futuro”. 
 De acordo com Chiavenato (2008a p.13): “A organização visa estabelecer a infra-
estrutura e os recursos necessários para possibilitar a implementação do planejamento, o que 
reflete como a empresa tenta cumprir os planos.”. Já para Lacombre e Heilborn (2008) o 
organizar é o processo de identificar, separar e remanejar de forma correta o trabalho. 
 Chiavenato (2008a) define dirigir como o processo de influenciar e orientar as 
atividades relacionadas às tarefas dos diversos indivíduos da equipe ou da organização, como 
um todo. 
 Segundo Silva (2004) controle é a função que se delega ao comparar o desempenho 
atual com os padrões predeterminados. Para Chiavenato (2008a, p.14) “O controle representa 
o acompanhamento, monitoração e avaliação do desempenho organizacional para verificar se 
as ações estão acontecendo de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido”. 
 Diante dos conceitos de administração abordados pode-se compreender que as funções 
administrativas estão ligadas diretamente à administração. Segundo Chiavenato (2008a, p.14) 
“No conjunto, as quatro funções administrativas – planejamento, organização, direção e 
controle – formam o processo administrativo”. 
 Inicialmente para se compreender as escolas de administração se faz necessário 
entender o significado da palavra teoria no âmbito da administração. Segundo Maximiano 
(2004) as teorias da administração são ideias práticas que ajudam a entender e administrar 
organizações. Para Lacombe e Heilborn (2008, p. 37): “As teorias organizacionais podem ser 
entendidas como um conjunto de princípios e prescrições que visam facilitar a realização dos 
objetivos das organizações”. 
 Segundo Lacombe e Heilborn (2008) as teorias organizacionais nasceram há muito 
tempo atrás, desde as primeiras organizações que tiverem que lidar com problemas e definir 
objetivos. As mesmas vêm evoluindo constantemente no decorrer do tempo, porém uma nova 
teoria não elimina a outra e sim complementa a mesma, incluindo novos ângulos e ampliando 
a visão dos administradores. 
 De acordo com Maximiamo (2004) as teorias administrativas estão organizadas em 
escolas que podem possuir ênfase principalmente em três aspectos, mecanicistas, 
comportamentais e sistêmicos. 
 Segundo Lacombe e Heilborn (2008) os aspectos mecanicistas envolvem as teorias 
que priorizam os aspectos técnicos como tarefas, normas, estrutura organizacional, 
17 
 
responsabilidade dos administradores e hierarquia. Já as teorias que envolvem os aspectos 
comportamentais são as com ênfase nas pessoas que constituem a organização como a 
motivação e o comportamento. As teorias que enfatizam as relações entre as partes da 
organização e a sua interação com o ambiente externo, no qual, está inserida são de aspecto 
sistêmico. 
 Segundo Chiavenato (2004) as escolas da administração começaram através da 
Administração Cientifica de Taylor, em seguida com preocupação na estrutura surge à escola 
Clássica com Fayol e a Teoria da Burocracia com Weber, dando continuidade. Agora com 
ênfase nas pessoas surge a Teoria das Relações Humanas. Em seguida com ênfase no 
ambiente surge a Teoria dos Sistemas que é completada com a Teoria da Contingência. 
 De acordo com Lacombe e Heilborn (2008) a primeira Escola foi da Administração 
Científica através do engenheiro Frederick Winslow Taylor, baseada na divisão do trabalho. 
Buscava a elevação da eficiência da produção por meio da racionalização do trabalho, 
evitando o desperdício. Taylor possuiu alguns seguidores na sua linha de raciocínio como: 
Henry Gantt, Frank e Lilian Gilbreth, Henry Ford e outros. 
 
“Taylor e seus seguidores tiveram o mérito de assimilar, sistematizar e disseminar 
um conjunto de princípios que vinha ao encontro de uma necessidade e, por isso, 
foram recebidos com grande entusiasmo, apesar de algumas críticas importantes. 
Estudos de tempos e movimentos, descrições de cargos, organização e métodos, 
engenharia de eficiência e racionalização do trabalho foram algumas idéias que a 
ação de Taylor colocou na ordem do dia. (MAXIMIANO, 2004 p. 56)” 
 
 Segundo Maximiano (2004) Henry Ford também deu várias contribuições 
fundamentais para Escola da Administração Cientifica como a produção em massa, a 
intercambialidade das peças e a linha de montagem responsável pela expansão industrial em 
todo o mundo. 
 Para Lacombe e Heilborn (2008), a escola clássica é mais voltada para estrutura 
organizacional, na qual, possui ênfase na maneira correta de se estabelecer a estrutura 
organizacional e as responsabilidades dos administradores. 
 O pioneiro dessa escola foi o engenheiro Henri Fayol o mesmo separou as funções do 
administrador das funções de seus subordinados, além de estabelecer as funções básicas da 
administração: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. 
 Nessa mesma ocasião surgiu a teoria da burocracia de Max Weber, de acordo com 
Maximiano (2004 p. 60): “Weber descreveu as organizações burocráticas como máquinas 
totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de racionais”. 
18 
 
“A burocracia enfatiza a formalização (obediência e normas, rotinas, regras e 
regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos superiores 
e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e 
profissionalização e competência técnica dos funcionários. (LACOMBRE; 
HEILBORN, 2008 p.49)” 
 
 Segundo Maximiano (2004) o enfoque comportamental tem como principal 
componente a Escola das Relações Humanas que possui seu primórdio nos famosos 
experimentos realizados pelo psicólogo Elton Mayo em Hawthorne que, apresentou em seus 
resultados o que seria indispensável dar mais ênfase aos aspectos humanos das organizações. 
 Para Lacombe e Heilborn (2008) abordagem comportamental é a forma ideal de 
administrar, no qual, prioriza a importância de compreender e conhecer os subordinados e 
suas necessidades, de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio deles. 
 De acordo com Maximiano (2004) a abordagem sistêmica possui o enfoque na ideia 
de elementos que interagem entre si e que consequentemente formam conjuntos para realizar 
objetivos. Seu principal idealizador foi o biólogo Ludwing Von Bertalanffy com a Teoria dos 
Sistemas. 
 Após verificar os conceitos e teorias da administração em nosso contexto histórico, 
pode-se dar continuidade analisando o perfil, funções e habilidades de um administrador. 
 
2.1.1 – Perfil, Funções e Habilidade de um Administrador 
 
 Diante das mudanças constantes no mundo organizacional faz-se necessário 
compreender o perfil, funções e habilidades de um administrador para melhor atuar no mundo 
dos negócios. 
 Segundo Lacombe e Heilborn (2008) o perfil do administrador no contexto atual 
possui diversos papéis: a obtenção de resultados por meio das pessoas é um desses papéis. O 
mesmo precisa alcançar seus resultados através das pessoas que estão inseridas em sua 
equipe. 
 Outro papel do administrador segundo Lacombe e Heilborn (2008) é dar prioridade 
aos resultados econômicos: o mesmo toma decisões e realiza ações constantemente no seu 
dia a dia, tais decisões e ações precisam, em caráter de prioridade, estar alinhadas com o 
desempenho satisfatório econômico da empresa. 
 Para Lacombe e Heilborn (2008) o administrador precisa de experiência, conhecer as 
ferramentas administrativas e seus princípios, habilidade de lidar com as pessoas e um alto 
grau de responsabilidade.19 
 
 
PERFIL DO GRADUANDO DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO 
1. Internalização de valores de responsabilidade social, justiça e ética profissional. 
2. Formação humanística e visão global que o habilite a compreender o meio social, 
político, econômico e cultural no qual está inserido e a tomar decisões em um mundo 
diversificado e interdependente. 
3. Formação técnica e científica para atuar na administração das organizações, além de 
desenvolver atividades específicas da prática profissional em consonância com as 
demandas mundiais, nacionais e regionais. 
4. Competência para empreender, analisando criticamente as organizações, antecipando 
e promovendo suas transformações. 
5. Capacidade de atuar em equipes multidisciplinares. 
6. Capacidade de compreensão da necessidade do contínuo aperfeiçoamento profissional 
e do desenvolvimento da autoconfiança. 
Quadro 01 – Perfil do graduando dos cursos de administração. 
Fonte: Lacombe e Heilborn (2008, p. 5) - ADAPTADO 
 
 O administrador possui a responsabilidade de identificar os objetivos da sua unidade 
organizacional, definir formas de atingir tais objetivos e buscar os recursos necessários para o 
alcance dos objetivos. De acordo com Lacombe e Heilborn (2008) para existência de uma 
organização formal é necessário que o administrador execute as seguintes funções: planejar, 
organizar, prover recursos humanos, liderar, coordenar e controlar. 
 Segundo Chiavenato (2004) a partir do momento em que o administrador vai elevando 
seu nível de conhecimento, experiência e hierarquia na organização, consequentemente 
aumenta a proporção da necessidade pelas habilidades as quais se vão alterando, começando 
com habilidade técnica, passando para habilidade humana até chegar à habilidade conceitual. 
 Além dessas habilidades segundo Chiavenato (2004) para o administrador ser bem-
sucedido, o mesmo precisa desenvolver três competências duráveis: CONHECIMENTO, que 
é o acervo de informações, conceitos, idéias, experiências e aprendizagem do administrador; 
PERSPECTIVA, a capacidade de colocar o conhecimento em ação; ATITUDE, o 
desempenho pessoal do administrador frente ás situações com que se defronta no cotidiano. 
 
20 
 
 
Figura 01 – As competências duráveis do administrador. 
Fonte: Chiavenato (2008, p. 4) – ADAPTADO 
 
2.1.2 – Evolução do Ensino de Administração no Brasil 
 
 Segundo Pinto e Junior (2012) os documentos relacionados ao ensino de 
Administração no Brasil remetem ao início do século XX em um período que o país passava 
por uma grande expansão comercial. Nesse período em 1902 são criadas duas instituições 
particulares de ensino a Academia de Comércio do Rio de Janeiro e a Escola Prática de 
Comércio de São Paulo. 
 De acordo com Pinto e Junior (2012) em 1931 é lançado o decreto-lei nº 201.58, que 
tratava da organização do ensino comercial, nesse mesmo decreto foi criado o primeiro Curso 
Superior de Administração e Finanças. No ano de 1941 em São Paulo foi criado a Escola 
Superior de Administração de Negócios - ESAN que se tornou a primeira escola de 
Administração do Brasil e da América Latina. Cinco anos depois em 1946 é criada a 
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo - FEA-USP, porém 
somente em 1964 que são lançados na FEA-USP os cursos de Administração de Empresas e 
de Administração Pública. 
 Segundo Pinto e Junior (2012) diante do crescimento do estado de Rio de Janeiro, em 
1944 é criado a Fundação Getúlio Vargas - FGV, voltada ao estudo e ao ensino da 
Administração. Após realização de visitas por uma comissão nas universidades americanas, 
em 1952, a FGV cria a Escola Brasileira de Administração Pública - EBAP, tal escola foi 
responsável pela elaboração dos primeiros livros de administração no Brasil. Em 1960 a FGV 
21 
 
começa a ministrar cursos de Pós–Graduação nas áreas de Administração Pública e de 
Empresas. 
 No quadro 02 é apresentada a evolução do ensino de Administração no Brasil 
 
ANO EVENTO 
1902 Criação da Academia de Comércio do Rio de Janeiro e a Escola Prática de Comércio de São Paulo. 
1931 Decreto-lei Nº 20.158 - Criação do primeiro Curso Superior de Administração e Finanças com duração de três anos. 
1931 Criação do Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT, primeira instituição de treinamento em administração da América Latina. 
1941 Criação da Escola Superior de Administração de Negócios – ESAN, primeira Escola de Administração do Brasil e da América Latina. 
1944 Criação da Fundação Getúlio Vargas – FGV, com objetivo de desenvolver pesquisa e 
ensino na área de Administração. 
1946 Criação da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo - FEA-USP. 
1952 Criação da Escola Brasileira de Administração Pública - EBAP pela FGV no Rio de Janeiro, primeira escola de Administração Pública do Brasil e da América Latina. 
1960 FGV começa a ministrar cursos de Pós-Graduação nas áreas de Administração Pública 
e de Empresas. 
1963 A FEA-USP começa a oferecer os cursos de Administração de Empresas e de Administração Pública. 
1964 Criação do Curso de Administração de Empresas e de Administração Pública no ano de 1964. 
1965 Regulamentação da Profissão de Administrador através da Lei Nº 4.769 e Criação do Conselho Federal - CFA e os Conselhos Regionais da Administração - CRA. 
1966 Parecer 307/66 do Conselho Federal de Educação, estipulando o currículo mínimo do 
curso de graduação em administração. 
1976 Aprovação do estatuto da Associação Nacional dos Programas de Pós - Graduação em Administração - ANPAD. 
2001 EBAP amplia o seu aspecto para além da Administração Pública, passando a denominar-se EBAPE - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas. 
2004 Parecer 134/2003 - Conselho Nacional de Educação aprova as diretrizes curriculares para os cursos de graduação de Administração. 
Quadro 02 - Evolução Histórica do Ensino de Administração no Brasil. 
Fonte: Pinto e Junior (2012) - ADAPTADO 
 
 Pinto e Junior (2012) expõem que somente em 1965 através da lei 4.769 a profissão de 
Administrador foi regulamentada, na mesma lei é feita a criação do Conselho Federal e os 
Conselhos Regionais de Administração. 
22 
 
 De acordo com o sítio do Conselho Federal de Administração - CFA (2014) em 1979 é 
realizado um concurso para escolher um símbolo para representar os atributos e identificação 
do CFA. As flechas centrais indicam, para um ponto comum os objetivos da profissão, já as 
laterais indicam as metas. 
 Segundo Pinto e Junior (2012) em 1976 houve aprovação da Associação Nacional dos 
Programas de Pós-Graduação em Administração. Atualmente – ANPAD o mesmo é uma das 
maiores associações do gênero do mundo, possui uma divisão que se preocupa 
exclusivamente com o ensino e pesquisa em Administração e Contabilidade. 
 O gráfico 01 apresenta os dados do último Censo da Educação Superior 2012, 
podemos visualizar a evolução de ingressantes no ensino superior. 
 
 
Gráfico 01 - Evolução da matrícula na educação superior de graduação no Brasil. 
Fonte: Censo Educação Superior (INEP, 2012) 
 
 O quadro 03 expõe os dados do Censo da Educação Superior 2012. Mostra que 
relacionado ao sexo feminino o curso de Administração é o segundo colocado com números 
de alunas matriculadas, já relacionando o sexo masculino o curso de Administração fica em 
primeiro lugar com maior número de alunos matriculados em relação aos demais cursos. 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 03 - Cursos com maiores números de matriculados. 
Fonte: Censo Educação Superior (INEP, 2012) 
 
2.2 Empreendedorismo: Definições e Histórico 
 
 Segundo Dolabela (2006) a palavra empreendedorismo vem de entrepreneur, uma 
palavra francesa utilizada no século XII para designar aquele que incentivava brigas. Porém 
deacordo com Hisrich, Peters e Shepherd (2009 p.27) “A palavra entrepreuner é francesa e, 
literalmente traduzida, significa “aquele que está entre” ou “intermediário”. 
 De acordo com Dolabela (2006, p.29) “Empreendedorismo não é um tema novo ou 
modismo: existe desde sempre, desde a primeira ação humana inovadora, com o objetivo de 
melhorar as relações do homem com os outros e com a natureza”. 
 Para Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p.30): 
 
“Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo 
e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais 
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da 
independência financeira e pessoal.”. (HISRICH, PETERS E SHEPHERD, 2009 
p.30)” 
 
 Para Dolabela (2006 p.67) “Empreendedorismo é criar e construir algo de valor a 
partir de praticamente nada. É processo de criar ou aproveitar uma oportunidade e persegui-la 
a despeito dos recursos controlados”. 
 Segundo Baron e Shane (2007) empreendedorismo é um processo sendo uma cadeia 
de eventos e atividades que ocorrem ao longo do tempo tendo início com uma ideia para algo 
novo e continuando com a transformação dessa ideia em realidade. 
24 
 
 Segundo Mendes (2009) empreendedorismo é um processo de criação de valor e 
modificações de comportamentos dos negócios por meio da inovação de serviços ou produtos 
oferecidos. 
 Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009) o contexto histórico do empreendedorismo 
foi se desenvolvendo em cada época da historia. Na idade média o termo foi utilizado para 
descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. Já 
no século XVII é incluindo no termo os riscos que os empreendedores corriam. 
 No quadro 04 pode-se verificar o desenvolvimento do conceito de empreendedorismo 
desde da idade média 
Período Autor Conceito 
Idade 
Média 
Desconhecido Participante e pessoa encarregada de projetos de produção em 
grande escala. 
Século 
XVII 
Desconhecido Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato 
de valor fixo com o governo. 
1725 Richard 
Cantillon 
Pessoa que assume risco é diferente da quem fornece capital. 
1803 Jean Baptiste 
Say 
Lucros do empreendedor separados dos lucros de capital. 
1876 Francis Walker Distinguir entre os que forneciam fundos e recebiam juros e 
aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas. 
1934 Joseph 
Schumpeter 
O empreendedor é um inovador e desenvolve tecnologia que 
ainda não foi testada. 
1961 David 
McClelland 
O empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados. 
1964 Peter Drucker O empreendedor maximixa oportunidades. 
1975 Albert Shapero O empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos 
sociais e econômicos e aceita os riscos do fracasso. 
1980 Karl Vésper O empreendedor é visto de modo diferente por economistas, 
psicólogos, negociantes e políticos. 
1983 Gifford 
Pinchot 
O intraempreendedor é um empreendedor que atua dentro de 
uma organização já estabelecida. 
1985 Robert Hisrich O empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com 
valor, dedicando tempo e os esforços necessários, assumindo 
riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e 
recebendo as consequentes recompensas da satisfação 
econômica e pessoal. 
2001 José Carlos 
Assis Dornelas 
O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se 
antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. 
2007 Do autor É o indivíduo criativo capaz de transformar um simples 
obstáculo em oportunidade de negócios. 
Quadro 04 – Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor a partir da Idade 
Média. 
Fonte: Mendes, (2009, p.6) - ADAPTADO 
 
 
25 
 
 De acordo com Hisrich, Peters e Shepherd (2009) no século VXIII começa a 
diferenciação do empreendedor com o fornecedor de capital. Nós séculos XIX e XX, o 
empreendedor possui a função de organizar e operar uma empresa para lucro pessoal. 
 
“Se os governos levarem isso a sério, tudo pode mudar. Os resultados positivos 
provocados pelo fenômeno do empreendedorismo são o desejo de qualquer nação, 
porém as iniciativas e apoio ao desenvolvimento da cultura empreendedora ainda 
são incipientes e ainda estão no campo do particular, não do público ou do coletivo. 
O esforço concentrado da sociedade – não somente dos governos – e a mentalidade 
empreendedora são os fatores capazes de transformar a consciência dos negócios no 
futuro. (MENDES, 2009 p. 28)” 
 
 O fenômeno “empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza” 
Mendes (2009, p. 7) está fortemente presente em nossa sociedade, “o empreendedorismo é um 
fenômeno cultural” Dolabela (2006, p.36) além de contribuir para o desenvolvimento 
econômico, segundo Baron e Shane (2007). 
 Depois de compreender os conceitos de empreendedorismo e seu desenvolvimento 
histórico é importante agora conhecer os tipos de empreendedores. 
 
2.2.1 Tipos de Empreendedores 
 
 Segundo Dornelas (2007, p. 11) “[...] tornar-se empreendedor é algo que pode 
acontecer a qualquer um”. Para Bernardi (2008) várias circunstâncias podem dar origem a um 
empreendimento e ao surgimento do empreendedor que podem ou não estar relacionados aos 
traços de personalidade. 
 Ambos os autores Dornelas (2007) e Bernardi (2008) trazem em suas obras tipos e 
definições de empreendedores que serão apresentados no decorrer desse tópico. 
 Segundo Dornelas (2007) o primeiro tipo é o empreendedor nato (mitológico), são os 
mais conhecidos e aclamados, suas histórias são brilhantes. Na maioria das vezes iniciam do 
nada e criam grandes impérios, começam a trabalhar muito jovem e consequentemente 
adquirem habilidades de negociação e vendas. 
 
“São visionários, otimistas, estão á frente do seu tempo e comprometem-se 100% 
para realizar seus sonhos. Suas referências e exemplos a seguir são os valores 
familiares e religiosos, e eles mesmos acabam por se tornar uma grande referência. 
(DORNELAS, 2007 p. 12)” 
 
 De acordo com Dornelas (2007) o segundo tipo é o empreendedor que aprende 
(inesperado) é um individuo que nunca pensou em ser um empreendedor. “É normalmente 
26 
 
uma pessoa que, quando menos esperava, se deparou com uma oportunidade de negócio e 
tomou a decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio”. (Dornelas, 
2007 p. 12) 
 Para Dornelas (20 o terceiro tipo é o empreendedor Serial (cria novos negócios), é 
uma pessoa dinâmica busca mais desafios e adrenalina envolvidos na criação de algo novo. 
“O empreendedor serial é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que cria, mas 
principalmente pelo ato de empreender”. (Dornelas, 2007 p. 12) 
 O empreendedor Corporativo é o quarto tipo de empreendedor, geralmente é um 
executivo que trabalha na empresa de olho nos resultados, assume desafios, possui capacidade 
gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas, Dornelas (2007). 
 Segundo Dornelas (2007) o quinto tipo é o empreendedor Social, possui como missão 
de vida construir um mundo melhor para as pessoas, criando oportunidades para essas que não 
possuem. 
 
“Os empreendedores sociais são um fenômeno mundial e, principalmente em países 
em desenvolvimento, como o Brasil, têm um papel social extremamente importante, 
já que através de suas ações e das organizações que criam preenchem lacunas 
deixadas pelo poder público.” (DORNELAS, 2007 p. 14)” 
 
 De acordo com Dornelas (2007) o sexto tipo é o empreendedor por Necessidade, esse 
cria um negócio por não ter alternativa, às vezes porque não possui acesso ao mercado de 
trabalho. Bernardi (2008) denomina esse tipo de empreendedor como uma opção ao 
desemprego, no qual, é uma modalidade de empreendimento arriscada. “Na verdade, os 
empreendedores por necessidade são vítimasdo modelo capitalista atual, pois não têm acesso 
a recursos, à educação e às mínimas condições para empreender de maneira estruturada” 
Dornelas (2007, p. 14). 
 Para Dornelas (2007) o sétimo tipo é o empreendedor Herdeiro (sucessão familiar). 
Segundo Bernardi (2008) o herdeiro pode ou não possuir as características de um 
empreendedor, quando possui consegue dar continuidade ao empreendimento, quando não 
pode vir a ser um problema para a continuidade da empresa. 
 O último tipo de empreendedor que Dornelas (2007) expõe em sua obra é o 
empreendedor Normal (Planejado) é o individuo que busca minimizar riscos, se preocupa com 
as decisões tomadas e possui uma visão do futuro clara. 
 
 
 
 
 
27 
 
“[...] o empreendedor normal seria o mais completo ponto de vista da definição de 
empreendedor e o que a teria como referência a ser seguida, mas que na prática 
ainda não representa uma quantidade considerável de empreendedores. No entanto, 
ao se analisar apenas empreendedores bem-sucedidos, o planejamento aparece como 
uma atividade bem comum nesse universo específico, apesar de muitos dos bem-
sucedidos também não se encaixarem nessa categoria. (DORNELAS, 2007 p. 16)” 
 
 Além desses oito tipos de empreendedores citados pelo Dornelas (2007) Bernardi 
(2008) faz a citação de mais três tipos em sua obra. O Funcionário da empresa é um deles, é o 
indivíduo que possui característica de empreendedor e ao longo da sua careira profissional 
sente um desequilíbrio e decide partir para iniciar um negócio próprio. 
 Outro tipo de empreendedor para Bernardi (2008) é o excelente Técnico, é o indivíduo 
com características de empreendedor, dispõe de conhecimento know-how sobre algum 
produto ou serviço e decide abrir seu próprio negócio. 
 Segundo Bernardi (2008) outro tipo de empreendedor é o Vendedor, é o indivíduo que 
conhece o mercado, pois atua nele e com sua experiência no ramo que atua decide abrir um 
negócio próprio. 
 Como foi possível observar existem vários tipos de empreendedores, agora serão 
abordadas as características do perfil de um empreendedor de sucesso no mercado. 
 
2.2.2 Perfil de um empreendedor de Sucesso 
 
 Segundo Bernardi (2008 p.68) “Rotineira e popularmente, empreendedores bem-
sucedidos são vistos como pessoas com “tino”, com “visão”, “visionários”, “líderes”, além do 
que o empreendedor tem a conotação de realizador, enérgico e persistente”. 
 De acordo com Bernardi (2008) inicialmente o individuo precisa fazer uma auto – 
avaliação de si de forma honesta, realista e criteriosa. Para esse autor as características típicas 
que se destacam no perfil de um empreendedor são: senso de oportunidade; dominância; 
agressividades e energia para realizar; autoconfiança; otimismo; dinamismo; independência; 
persistência; flexibilidade e resistência a frustrações; criatividade; propensão ao risco; 
liderança carismática; habilidade de equilibrar “sonho” e realização; habilidade de 
relacionamento. 
 Já para Chiavenato (2008b) para o empreendedor ser bem-sucedido precisa das 
seguintes características: ter vontade de trabalhar duro; ter habilidade de comunicação; 
conhecer maneiras de organizar o trabalho; ter orgulho daquilo que faz; manter boas relações 
28 
 
interpessoais; ser um self-starter, um autopropulsionador; assumir responsabilidades e 
desafios; tomar decisões. 
 De acordo com Dornelas (2007) está presente nas características de um empreendedor 
de sucesso: iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; utiliza os recursos 
disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive; aceita 
assumir os riscos e a possibilidade de fracassar. 
 
 
Figura 02 - Os ingredientes de um negócio bem-sucedido. 
Fonte: Chiavenato (2008b, p. 20) 
 
 A figura 02 mostra os ingredientes para um empreendedor ser bem-sucedido em seu 
negócio segundo Chiavenato (2008b). Já para Bernardi (2008 p. 68) “As características da 
personalidade empreendedora, uma correta modelagem do negócio e uma planejamento bem 
elaborado aumentam as chances de sucesso de um empreendimento”. 
 Para Chiavenato (2008b p. 19) “O que pode tornar você bem-sucedido em um negócio 
é a conjunção de duas coisas: o negócio oportuno e apropriado e o espírito empreendedor 
bem-dotado que o leva adiante. Trata-se de um casamento entre a oportunidade e o 
oportunista que pretende aproveitá-la”. 
 Bernardi (2008) apresenta algumas motivações e razões predominantes para um 
empreendedor, que são: a necessidade de realização; implementação de ideias; independência; 
fuga da rotina profissional; maiores responsabilidades e riscos; prova de capacidade; auto – 
realização; maior ganho; status e controle da qualidade de vida. 
 Em contra partida Chiavenato (2008b) expõe que existem algumas limitações para ser 
um empreendedor de sucesso, que são: no início o empreendedor precisa trabalhar mais de 
oito horas diárias, nos fins de semana e feriados, levar trabalhos para casa entre outras coisas; 
a existência do risco eventual de perdas e prejuízos nos primeiros meses. Às vezes há a 
inexistência de ganhos ou ganho menor, grandes responsabilidades com as tomadas de 
29 
 
decisões, mesmo fazendo o que você gosta, irão existir atividades desagradáveis, todo seu 
tempo e toda sua energia terão que ser aplicadas no negócio. 
 
2.2.3 O Ensino de Empreendedorismo 
 
 Conforme Flores, Hoelgebaum e Silveira (2008) o tema empreendedorismo vem 
crescendo constantemente no mundo em virtude das inúmeras mudanças que estão ocorrendo, 
principalmente nas relações de trabalho e na questão de emprego e renda. A formação de 
empreendedores tornou-se questão importante para o desenvolvimento da nossa sociedade. 
 Segundo Dolabela (2006 p. 58), existem dez razões para ensinar empreendedorismo 
que são: 
 
“Por que ensinar empreendedorismo? 
Razão 1 A alta taxa de mortalidade infantil das empresas. No mundo das empresas 
emergentes, a regra é falir, e não ter sucesso. De cada três empresas criadas, duas 
fecham as portas. As pequenas empresas (menos de 100 empregados) fecham mais: 
99% das falências são de empresas pequenas. Se alguns têm sucesso sem qualquer 
suporte, a maioria fracassa, muitas vezes desnecessariamente. A criação de empresas 
é indispensável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social. 
Razão 2 Nas últimas décadas, as relações de trabalho estão mudando. O emprego dá 
lugar a novas formas de participação. As empresas precisam de profissionais que 
tenham visão global do processo, que saibam identificar e satisfazer as necessidades 
do cliente. A tradição do nosso ensino, de formar empregados nos níveis 
universitário e profissionalizante, não é mais compatível com a organização da 
economia mundial na atualidade. 
Razão 3 Exige-se hoje, mesmo para aqueles que vão ser empregados, um alto grau 
de “empreendedorismo”. As empresas precisam de colaboradores que, além de 
dominar a tecnologia, conheçam também o negócio, saibam auscultar os clientes e 
atender às necessidades deles, possam identificar oportunidades e mais: buscar e 
gerenciar os recursos para viabilizá-las. 
Razão 4 A metodologia de ensino tradicional não é adequada para formar 
empreendedores. 
Razão 5 Nossas instituições de ensino estão distanciadas dos “sistemas de suporte”, 
isto é, empresas, órgãos públicos, financiadores, associações de classe, entidades das 
quais os pequenos empreendedores dependem para sobreviver. As relações 
universidade/empresa ainda são incipientes no Brasil. 
Razão 6 Cultura. Os valores do nosso ensino não sinalizam para o 
empreendedorismo. 
Razão 7 A percepção da importância da PME (Pequena e Média Empresa) para o 
crescimento econômico ainda é insuficiente. 
Razão 8 A cultura da “grande empresa”, que predomina no ensino. Não há o hábito 
de abordar a pequena empresa. Os cursos de administração, com raras exceções,são 
voltados para o gerenciamento de grandes empresas. 
Razão 9 Ética. Uma grande preocupação no ensino do empreendedorismo são os 
aspectos éticos que envolvem as atividades do empreendedor. Por sua grande 
influência na sociedade e na economia, é fundamental que os empreendedores — 
como qualquer cidadão — sejam guiados por princípios e valores nobres. 
Razão 10 Cidadania. O empreendedor deve ser alguém que apresente alto 
comprometimento com o meio ambiente e com a comunidade, dotado de forte 
consciência social. A sala de aula é excelente lugar para debater esses temas.” 
30 
 
 Para Dolabela (2008) a introdução da cultura empreendedora nas universidades é o 
primeiro passo para alcançar um objetivo maior que é a formação de uma cultura em que 
tenham prioridade valores como combate a miséria através da gestão e distribuição de 
riquezas, inovação, criatividade, sustentabilidade e liberdade. 
 Para Saes e Pita (2007) grande parte das instituições de ensino não preparam os seus 
alunos para serem empreendedores a fim de enfrentarem o mundo dos negócios. 
 De acordo com Schmidt, Domingues e Hoeltgebaum (2005) as IES possuem 
capacidade para propiciar o surgimento de bons empreendedores, porém o ensino de 
empreendedorismo adotado não pode ser aplicado de maneira tradicional como outras 
disciplinas da grade curricular. 
 Segundo Dolabela (2006, p. 30): 
 
 “Não é possível transferir conhecimentos empreendedores — ao contrário do que 
 acontece, por exemplo, em uma aula de geografia, porque o empreendedorismo 
 não é um conteúdo cognitivo convencional. Nesse sentido, não é possível ensinar, 
 mas é possível aprender a ser empreendedor, desde que através de um sistema 
bastante diferente do ensino tradicional." 
 
 Para Saes e Pita (2007) a implantação de aulas de empreendedorismo deve ser 
planejada de forma prática sendo ministrado de forma dinâmica e que instigue desafios aos 
alunos, utilizando estudos de casos, trabalhos práticos e mantendo um relacionamento com 
pessoas que já praticam o empreendedorismo. 
 De acordo com Schmidt, Domingues e Hoeltgebaum (2005) o ensino de 
empreendedorismo precisa ser utilizado de forma estratégica no qual levem os alunos a 
definir, estruturar contextos e compreender várias etapas de sua evolução. 
 Segundo Dolabela (2006) ao contrário da metodologia tradicional, na metodologia de 
ensino do empreendedorismo os alunos é que geram o conhecimento, representado pela 
concepção e pelo projeto de sua empresa, algo que não existia antes. 
 Conforme visto o ensino de empreendedorismo precisa de um tratamento especial na 
IES, uma vez que sua forma de transmissão de conhecimento é bem diferente da forma 
tradicional, na qual, o professor possui um papel de suma importância nesse processo de 
aprendizagem de empreendedorismo. Segundo Dolabela (2008) o papel principal do professor 
é transformar a sala de aula em um local que os alunos sejam estimulados a gerar novos 
conhecimentos. 
 
 
31 
 
Convencional Empreendedor 
Ênfase no conteúdo, que é visto como meta 
Conduzido e dominado pelo instrutor 
O instrutor repassa o conhecimento 
 
Aquisição de informações “corretas” de 
uma vez por todas 
Currículo e sessões fortemente programados 
Objetivos do ensino impostos 
Prioridade para o desempenho 
 
Rejeição ao desenvolvimento de conjecturas 
e pensamento divergente 
Ênfase no pensamento analítico e linear; 
parte esquerda do cérebro 
 
 
 
Conhecimento teórico e abstrato 
 
 
Resistência à influência da comunidade 
Ênfase no mundo exterior; experiência 
interior considerada imprópria ao ambiente 
escolar 
Educação encarada como necessidade social 
durante certo período no tempo, para firmar 
habilidade mínimas para um determinado 
papel 
Erros não aceitos 
O conhecimento é o elo entre aluno e 
professor 
Ênfase no processo; aprender a aprender 
Apropriação do aprendizado pelo participante 
O instrutor como facilitador e educando; 
participantes geram conhecimento 
O que se sabe pode mudar 
 
Sessões flexíveis e voltadas a necessidades 
Objetivos do aprendizado negociados 
Prioridade para a auto-imagem geradora do 
desempenho 
Conjecturas e pensamentos divergentes vistos 
como parte do processo criativo 
Envolvimento de todo o cérebro; aumento da 
racionalidade no lado esquerdo do cérebro por 
estratégias holísticas, não lineares, intuitivas; 
ênfase na confluência e fusão dos dois 
processos 
Conhecimento teórico amplamente 
complementado por experimentos na sala de 
aula e fora dela 
Encorajamento à influência da comunidade 
Experiência interior é contexto para o 
aprendizado; sentimentos incorporados à ação 
 
Educação vista como processo que dura toda a 
vida, relacionado apenas tangencialmente com 
a escola 
 
Erros como fonte de conhecimento 
Relacionamento humano entre professores e 
alunos é de fundamental importância 
Quadro 05 – Ensino Tradicional e aprendizado de empreendedorismo 
Fonte: Dolabela, (2008, p. 153) – ADAPTADO 
 
 Neste capítulo verificou-se o referencial teórico abordado e dando continuidade a esta 
pesquisa, no próximo capitulo, serão apresentados os métodos e as técnicas utilizadas para 
elaboração da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
3 METODOLOGIA 
 
 Nessa seção serão apresentados o tipo da pesquisa, a estratégia metodológica utilizada, 
a população e a amostra da referida pesquisa. 
 
3.1 Estratégia Metodológica 
 
 De acordo com Santos (2009, p. 99) método “Define-se como: seguir um caminho ou 
a ordem a que se sujeita qualquer tipo de atividade, com vistas a chegar a um fim 
determinado”. É a assimilação dos métodos a serem usados para realização da pesquisa a fim 
de que a mesma seja concluída e os seus objetivos sejam alcançados. 
 Através da pesquisa cientifica é possível construir um caminho para o alcance da 
realidade ou encontrar partes de uma verdade. Para Marconi e Lakatos (2003, p.155) “A 
pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que 
requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para 
descobrir verdades parciais”. 
 Segundo Santos (2009 p.189) “É por meio da pesquisa que se pode alcançar e dominar 
novos conhecimentos de forma metódica”. 
 Seguindo essa perspectiva nessa seção serão abordados os aspectos metodológicos que 
foram utilizados para realização da pesquisa sobre a importância dada ao ensino de 
empreendedorismo no curso de administração de uma IES privada, apresentando os principais 
aspectos para solucionar a problemática. 
 
3.2 Tipo de Pesquisa 
 
 De acordo com Santos (2009) a pesquisa pode ser classificada em duas formas: a 
primeira é baseada nos procedimentos técnicos utilizados pelo pesquisador, enquanto a 
segunda é baseada nos objetivos pretendidos. 
 Diante da problemática estabelecida e dos objetivos propostos a referida pesquisa, em 
relação a sua coleta e análise dos resultados, utilizou a pesquisa bibliográfica. 
 
“A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já 
tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, 
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até 
meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: 
filmes e televisão. (MARCONI; LAKATOS, 2003 p. 183).” 
33 
 
 Segundo Silva (2009, p. 193) “A pesquisa bibliográfica é feita com base em 
documentos já elaborados tais como livros, dicionários, enciclopédia, periódicos, como 
jornais e revista, além de publicações como comunicação e artigos científicos, resenha e 
ensaios críticos”. 
 Em relação ao propósito a pesquisa classifica-se como descritiva, que de acordo com 
Santos (2009 p. 193) “Na pesquisa descritiva é feita a descrição das característicasde uma 
determinada população, estudo descritivo de determinado fenômeno com suas variáveis”. 
 Adotou-se também a pesquisa de campo na qual os dados foram coletados in loco, ou 
seja, no próprio local. 
 
“Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações 
e/ou conhecimento acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou 
de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou 
as relações entre eles. (MARCONI; LAKATOS, 2003 p. 186).” 
 
 Para realização da pesquisa foi aplicado um questionário aos alunos da turma Gestão 
de Novos Empreendimentos 2014.1 do curso de Administração de uma IES X, situada no 
município de Fortaleza/CE, para coleta de dados. Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.201) 
“Questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de 
perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. 
 
 3.3 População e amostra da pesquisa 
 
 Para definir a população dessa pesquisa foi realizada uma consulta à Coordenação do 
Curso de Administração da IES X para obtenção da relação de acadêmicos matriculados na 
turma de Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1 a qual informou a existência de 38 
acadêmicos que serão a população analisada. 
 Dentro desta população foi selecionada uma amostra 50% dos alunos matriculados na 
turma Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1. 
 
3.4 Método de coleta de dados 
 
 Visando a realização da pesquisa elaborou-se um estudo de campo utilizando como 
ferramenta para coleta de dados um questionário divido em duas partes: a primeira composta 
34 
 
de oito perguntas objetivas e a segunda parte com duas perguntas subjetivas (Apêndice A), 
entregue aos alunos para que fosse respondido de próprio punho. 
 A aplicação do questionário final foi realizada pelo próprio pesquisador no período de 
07 a 09 de Abril de 2014 no horário de 18:30 ás 22:00. 
 Para realização da tabulação dos dados utilizou-se o auxilio do software Microsoft 
Office Excel 2007. 
 No capítulo 4 será explanado o estudo de caso relacionado a essa pesquisa. Segundo 
Santos (2009) o estudo de caso analisa com profundidade um ou poucos fatos, com o objetivo 
da obtenção de um grande conhecimento com riqueza de detalhe do objeto estudado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
4 ESTUDO DE CASO 
 
 O estudo de caso foi realizado na Faculdade Cearense, uma IES privada situada em 
Fortaleza/CE, com os acadêmicos da disciplina de Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1 
do curso de Administração. 
 A Faculdade Cearense foi fundada no ano de 2002, na cidade de Fortaleza, com a 
missão de contribuir para o desenvolvimento do País, especialmente no estado do Ceará. 
Possui o objetivo de contribuir para a formação e a qualificação de recursos humanos na 
cidade. 
 A Faculdade Cearense oferece cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
universitária. Seus cursos de graduação são: Administração, Ciências Contábeis, Direito, 
Jornalismo, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Serviço Social e Turismo. 
 A missão do curso de Administração está relacionada diretamente com as demandas 
das empresas, do processo de desenvolvimento do Estado e suas potencialidades. 
 A disciplina de Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1 da Faculdade Cearense 
possui uma carga horária de 80 h/a e está inserida na matriz curricular das disciplinas do 
oitavo semestre do curso de Administração de Empresas. 
 A ementa dessa disciplina aborda: O empreendedor; Oportunidade de negócios; O 
processo de criação de novos empreendimentos; Definição e atributos de novos serviços e 
produtos; Análise das tendências e do mercado; Concepção e estrutura administrativa; 
Aspectos jurídicos e legais de novos empreendimentos; Estudo de casos; A nova geração de 
empresas-empreendedoras. 
 Objetivo geral dessa disciplina no curso de Administração de Empresas é disseminar a 
cultura empreendedora entre os discentes. Como objetivos específicos: Desenvolver nos 
discentes competências para serem empreendedores e agentes de mudança em qualquer 
atividade que desempenharem; Oportunizar o aprendizado através das experiências, dos 
fracassos e das relações pessoais, absorvendo, renovando e criticando tudo o que lhe é 
apresentado; Estimular nos discentes a capacidade de reconhecer em si o comportamento e 
qualidade do empreendedor; Propiciar a formação de profissionais criativos, inovadores e de 
comportamento proativo. 
 A referida disciplina utiliza como procedimentos metodológicos um planejamento 
elaborado pelo docente que são: Exposição Interativa;- Atividades, discussões e dinâmicas de 
grupo; Atividades individuais, visando exercitar os conhecimentos adquiridos. 
 
36 
 
5 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
 Nessa seção será apresentado o objeto de estudo dessa pesquisa e os resultados obtidos 
através da aplicação dos questionários a fim de caracterizamos a importância dada ao ensino 
de Empreendedorismo na IES X. 
 
5.1 Conhecendo o objeto de estudo 
 
 A disciplina de Gestão de Novos Empreendimentos 2014.1 da Faculdade Cearense 
está inserida na matriz curricular do curso de Administração no oitavo semestre. A turma 
possui no total 38 alunos matriculados. O gráfico 02 refere-se ao gênero da turma composta, 
predominantemente, pelo sexo feminino (78%) e em sua minoria o sexo masculino (22%). 
 
 
Gráfico 02 - Sexo 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
 Com relação à faixa etária a predominância está entre os 25 anos a 30 anos com 52%, 
não possui nenhum menor de 18 anos, 26% estão na faixa etária entre 18 a 25 anos e 22% 
estão acima de 30 anos, tais dados são apresentados no gráfico 03. 
 
37 
 
 
Gráfico 03 – Faixa Etária 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014 
 
 No gráfico 04 são apresentadas as atuações dos membros do grupo em estudo. A 
predominância é de indivíduos que atuam em emprego formal com 74% que possuem seu 
próprio negócio 22% e que somente estudam 4%. 
 
 
Gráfico 04 - Atuação 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014 
 
5.2 Caracterização da importância dada ao ensino de empreendedorismo na IES 
 
 Verificam-se no gráfico 05 as considerações em relação a se o empreendedorismo 
pode ou não ser uma nova forma de atuação no mercado para os acadêmicos de administração 
ou administradores. Percebe-se, através dos dados coletados, que a maioria considera que sim, 
38 
 
representando 96%, porém 4% não consideram. Segundo Dolabela (2006) o 
empreendedorismo tornou-se na última década a melhor forma para gerar novos empregos, 
em sociedades que se encontram submetidas a duros ajustes estruturais. 
 
 
Gráfico 05 Empreendedorismo como área de atuação para acadêmicos de administração ou administradores 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
 O gráfico 06 apresenta as considerações relacionadas se o empreendedorismo pode ou 
não ser uma ferramenta propulsora para o desenvolvimento da economia do país. Verifica-se 
que todos consideram que sim, representando 100%. De acordo com Dolabela (2006) o 
empreendedorismo é uma ferramenta de suma importância para o desenvolvimento 
econômico da sociedade. 
 
 
Gráfico 06 Empreendedorismo como ferramenta propulsora do desenvolvimento da economia do nosso país. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
39 
 
 Os dados apresentados no gráfico 07 representam as considerações dos entrevistados 
sobre a visão positiva do ensino de empreendedorismo na Faculdade Cearense. Através desses 
dados pode-se verificar que 57% da turma considera como resposta que não é positiva a visão 
da IES em relação ao ensino da disciplina de empreendedorismo,enquanto que 43% da turma 
considera que o IES tem sim uma visão positiva em relação à mesma. 
 
 
Gráfico 07 Visão positiva da Faculdade Cearense em relação ao ensino de empreendedorismo. 
Fonte: Dados da pesquisa,elaborada pelo autor, 2014. 
 
 Nessa mesma pesquisa os entrevistados foram questionados se a Faculdade Cearense 
proporciona eventos acadêmicos (palestras, oficinas, debate etc) relacionados ao tema 
empreendedorismo 57% afirmaram que sim e 43% responderam que não, conforme o gráfico 
08 apresenta. 
 
40 
 
 
Gráfico 08 Realização de eventos acadêmicos pela Faculdade Cearense relacionadas ao tema empreendedorismo. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
 Os dados do gráfico 09 permitem visualizar se os professores da Faculdade Cearense 
buscam levar para sala de aula temas relacionados ao empreendedorismo. Dos entrevistados 
61% responderam que não, enquanto 39% afirmaram que sim. Segundo Dolabela (2008) a 
tarefa central do professor de empreendedorismo é transformar a sala de aula num ambiente 
em que os alunos sejam estimulados a gerar novos conhecimentos, ou seja, proporcionar aos 
alunos um ambiente que estimule a geração de novos conhecimentos. 
 
 
Gráfico 09 Professores da Faculdade Cearense que levam para sala de aula atividades relacionada ao tem 
empreendedorismo. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
41 
 
 O gráfico 10 apresenta a percepção dos entrevistados em relação a se os alunos da 
Faculdade Cearense mostram estar atraídos pela possibilidade de serem empreendedores. 
Mais da metade consideram que não, representando 57%, a outra parte considera que sim 
representam 43%. De acordo com Dolabela (2008, p. 31) “Os valores do nosso ensino não 
sinalizam para o empreendedorismo, estando voltados, em todos os níveis, para a formação de 
profissionais que irão buscar emprego no mercado de trabalho”. 
 
 
Gráfico 10 Percepção dos entrevistados em relação se os alunos da Faculdade Cearense mostram atraídos pela 
possibilidade em serem empreendedores 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014 
 
 Os dados apresentados do gráfico 11 mostram as considerações dos entrevistados em 
relação se a Faculdade Cearense possibilita para seu corpo acadêmico uma boa formação 
empreendedora. Através dos dados coletados é possível verificar que a maioria dos 
entrevistados considera que não, representando 83%, o restante que representa 17% considera 
que sim. Segundo Flores, Hoelgebaum e Silveira (2008, p.4) “Em vários países já se percebe a 
presença do empreendedorismo nos currículos escolares, o que reflete a visão de que a 
educação é passo primordial para o desenvolvimento dos futuros empreendedores”. 
 
42 
 
 
Gráfico 11 Consideração dos entrevistados em relação à formação empreendedora dada pela Faculdade Cearense 
ao seu corpo acadêmico. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 Verifica-se no gráfico 12 a percepção dos entrevistados em relação à importância do 
ensino de empreendedorismo para sua formação acadêmica, todos os entrevistados afirmaram 
que sim, representando 100%. Segundo Ramos e Ferreira (2003 p.10) “O ensino do 
empreendedorismo nas IES vem se consolidando como uma prática recorrente na formação 
do profissional de administração.”. 
 
 
Gráfico 12 Percepção dos entrevistados em relação à importância do ensino de empreendedorismo para sua 
formação acadêmica. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014 
 
 O gráfico 13 apresenta as considerações dos entrevistados em relação à metodologia 
utilizada pela Faculdade Cearense para o ensino de empreendedorismo, a maioria não 
43 
 
considera satisfatória, representando 91%, 5% afirmaram que é satisfatória e 4% não 
responderam a pergunta. Segundo Dolabela (2006) a metodologia de ensino do 
empreendedorismo se diferencia da metodologia convencional onde os alunos é que geram o 
conhecimento, representado pela concepção e pelo projeto de sua empresa, algo que não 
existia antes. 
 
 
Gráfico 13 Percepção dos entrevistados em relação à metodologia utilizada pela Faculdade Cearense para o 
ensino de empreendedorismo. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
 Através dos dados coletados com a pesquisa foi possível identificar alguns motivos 
que levam a maioria dos entrevistados a considerarem que a metodologia da Faculdade 
Cearense, em relação ao ensino de empreendedorismo, não é satisfatória. No gráfico 14 é 
apresentado tais motivos, 29% consideram que a Instituição não possui aulas práticas, oficinas 
e demais atividades diferenciadas, 28% por a disciplina relacionada a empreendedorismo ser 
somente no último semestre, 19% informaram que os professores utilizam pouca abordagem 
em relação ao tema de empreendedorismo, 19% consideram que é pouco o investimento no 
ensino de empreendedorismo, 5% consideram que deveria ter mais disciplinas relacionadas ao 
empreendedorismo. 
 
44 
 
 
Gráfico 14 Motivos que levam a maioria dos entrevistados considerarem que a metodologia da Faculdade 
Cearense em relação ao ensino de empreendedorismo não ser satisfatória. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014 
 
 Com os dados coletados foi possível também identificar algumas informações dos 
entrevistados em relação à metodologia aplicada pela Faculdade Cearense no ensino de 
empreendedorismo: investir mais no ensino de empreendedorismo através de cursos, debates, 
eventos etc.; colocar a disciplina de empreendedorismo para o início do curso; os professores 
abordarem mais sobre o tema empreendedorismo em sala de aula; trabalhar o tema de 
empreendedorismo em todos os semestres; fazer convênio com SEBRAE e parceiras com 
outras empresas. 
 Foi questionada aos entrevistados qual a importância do ensino de empreendedorismo 
para o Curso de Administração. Através dos dados coletados foi possível identificar que 34% 
consideram importante o ensino de empreendedorismo pois a maioria dos alunos do Curso de 
Administração procura o curso para criar e administrar seu próprio negócio, 33% consideram 
importante, no qual, permitem ao aluno ter uma visão empreendedora, 14% consideram muito 
importante pois através de empreendedores profissionais será possível alavancar o país, 14% 
consideram importante uma vez que é útil tanto para abrir seu negócio como desenvolver uma 
atitude empreendedora na sua área de atuação, 5% consideram importante porque é um tema 
atual e inovador, conforme mostra o gráfico 15. 
 
45 
 
 
Gráfico 15 A imortância do ensino de empreendedorismo no Curso de Administração para os entrevistados. 
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 É notável a presença do ensino de empreendedorismo nós currículos escolares de IES, 
tanto no Brasil como em outros países em desenvolvimento. É recente a aplicação do ensino 
da arte de empreender no campo acadêmico, porém sua aplicabilidade vem em constante 
crescimento. 
 Tal crescimento está sendo possível porque o empreendedorismo é uma ferramenta 
propulsora para o desenvolvimento social e econômico da nossa sociedade. 
 Diante deste contexto de desenvolvimento e importância do empreendedorismo para 
nossa sociedade a IES possui a responsabilidade de fomentar em seus acadêmicos a 
importância de possuírem essa visão empreendedora para contribuir no desenvolvimento do 
nosso País. 
 A presente pesquisa analisou algumas questões com foco na percepção dos 
acadêmicos do Curso de Administração de Empresas da Faculdade Cearense no qual estão 
cursando, atualmente, a cadeira de Gestão de Novos Empreendimentos. 
 Constatou-se, inicialmente, que no âmbito social a maioria dos alunos considera

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