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Breve_introdução_ao_judaísmo

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ב"ה
JUDAÍSMO
Introdução: Das grandes religiões monoteístas existentes no mundo, o judaísmo é a de raízes mais antigas. De seu seio surgiu o cristianismo, enquanto o islamismo adotou vários elementos judaicos e reconheceu Abraão e Moisés como profetas. 
 
Judaísmo é, em sentido restrito, a religião dos antigos hebreus, hoje chamados judeus ou israelitas, e, num sentido mais amplo, compreende todo o acervo não só de crenças religiosas, como também de costumes, cultura e estilo de vida dessa comunidade étnica, mantido com constância e flexibilidade ao longo das vicissitudes de cerca de quarenta séculos de existência. 
Torah: A Torah, que é também chamada de Pentateuco, é formado de 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A palavra Torah, ou Torá, vem do hebraico e significa Lei (ou Instrução). A palavra Pentateuco é grega e significa cinco divisões. Os 5 livros da Torah são históricos, mas para os judeus os consideravam como “lei”, porque eles formam uma unidade onde a lei, dada por Deus, é o ponto principal. 
 
Tanach: Essa palavra é uma abreviação composta pelas iniciais das palavras hebraicas ´Torah´ (ensinamentos), ´Neviim´ (profetas) e ´Ketuvim´ (escritos), sendo a Torah a base. A palavra Torah referia-se originalmente a uma instrução particular transmitida ao povo por um porta-voz de Deus, como um profeta ou sacerdote. Como esses ensinamentos consistem, sobretudo em preceitos, a palavra Torah é muitas vezes traduzida como Lei; e como esses ensinamentos consistem na essência da primeira divisão da Bíblia que compreende os livros Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, a palavra também serve para designar essa unidade, também conhecida como Pentateuco (da expressão grega para cinco pergaminhos), ou os cinco livro de Moisés.
 
Talmud: Conjunto de anotações escritas por rabinos e outros religiosos que se diziam dedicados a estudar a Torah, tendo duas versões: a de Jerusalém e a Babilônica, que diferem apenas em certos aspectos. A palavra Talmud é uma derivação da raiz hebraica "lamad", que significa "estudo". Entretanto, apesar de muitos judeus darem muita importância ao Talmud e de tratarem-no como se fosse autoridade e uns até o tratarem como se estivesse acima dos Escritos no Tanach, na verdade o Talmud é apenas uma coletânea de pensamentos e argumentos de rabinos e estudiosos religiosos, que muitas vezes afastam-se muito dos Escritos da Torah, não estando por diversas vezes diretamente baseado nos ensinamentos do Tanach e nem nos textos dos Profetas. 
O que é a Cabala: Etimologicamente, a palavra cabala significa tradição, receber ou aquilo que é recebido. O primeiro cabalista foi Abraham que ao ver as maravilhas do mundo pergunta a Deus sobre os mundos superiores. Deus lhe responde e Abraham ensina a seus descendentes os métodos que utilizou para aprender e os conhecimentos obtidos. Estes conhecimentos foram passados de geração em geração a princípio oralmente, depois foi feito o livro da cabala que surgiu entre os séculos III e VI d.C. e é constituído de seis capítulos. O período do século III d.C. é tido como primeiro momento onde houve um esforço para que a Cabala fosse transformada em um conjunto de pensamentos unificados em um livro. Neste período foi feito o livro Zohar (Livro do Esplendor), muitas vezes atribuída a autoria por Rabi Akiva. 
 
O Sefer Yetzirah, Livro da Criação, é o primeiro texto sobre a cabala e é atribuído a Abraham. Neste livro, é explicado os trinta e dois caminhos da sabedoria para a criação do mundo. Estes caminhos estão nas dez Sefirot e nas 22 letras do alfabeto hebraico. Segundo a cabala, Deus criou o mundo com as palavras, por isso as 22 letras são usadas. Através de suas combinações e permutações, Deus criou tudo o que existe. As palavras, conjunto de letras. Em 2448, é concedido por Deus a Moisés, ou Moshé, a Torah ( Pentateuco), ao mesmo tempo Moshé recebe a mesma compreensão que Deus concedeu a Abraham sete gerações antes. Existem duas linhas de estudiosos da cabala: Judaísmo e a cabala Hermética. Uma difere da outra na interpretação e nas práticas. As vezes é chamada de ciência dos Hebreus, comparada a matemática do pensamento ou álgebra da fé.
 
Como a cabala trata de assuntos difíceis de serem explicados, pois relacionam-se com algo que está por trás da nossa capacidade de percepção sensorial ou racional, um recurso lingüístico muito comum de ser encontrado neste livro é a metáfora. O que não é possível dizer com simples palavras é estabelecido em uma comparação do que é paupável em nosso mundo para traduzir uma lógica que foge a nossa capacidade de compreensão. 
 
Ironicamente o sentido da cabala é do entendimento, digo ironicamente porque com a popularização da cabala, pessoas desabilitadas a fazer interpretações deste livro criaram uma série de “verdades” em benefício próprio, o que gerou um grande mito em torno do que é realmente a cabala e sua finalidade. Assim, o livro que a princípio era destinado ao entendimento do nosso mundo, do que existe por trás de nossas percepções, acabou sendo usado para gerar mitos e idéias mágicas. 
 
É importante ressaltar que o verdadeiro cabalista pesquisa a cabala a fundo, vai nas fontes de conhecimento corretas, não se deixa convencer do que simplesmente é dito. Assim, o cabalista pode entender diversos aspectos de sua realidade, embora não possa prever o que irá acontecer. O cabalista entende os processos e consegue receber, quando o recebe o faz para compartilhar. 
 
A cabala nos ensina sobre a Luz Infinita que é irradiada na Terra. Esta Luz Infinita está intimamente relacionada com nossa felicidade ou tristeza, nossa riqueza ou pobreza, nossa sabedoria ou ignorância, e assim por diante. Nossa capacidade de compreende-la e assim recebe-la é que irá fazer com que uns sejam mais bem-sucedidos que outros.

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