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Relatorio Técnico de Pavimentação

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Página 1 de 6 
 
 
PPRREEFFEEIITTUURRAA DDAA CCIIDDAADDEE CCAAMMPPOOSS DDOOSS GGOOYYTTAACCAAZZEESS 
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
 
OBRA: PROGRAMA MORAR FELIZ 
 
 
1. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO 
 
 
1.1. DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO 
 
O dimensionamento do pavimento, ora apresentado, foi elaborado com a utilização do 
método de dimensionamento de pavimentos flexíveis (revestimentos asfálticos sobre 
camadas granulares) e semi-rígidos (bases cimentadas) do DNER, atual DNIT. 
 
Este método foi elaborado pelo Eng. Murillo Lopes de Souza, que tomou como base uma 
adaptação para rodovias do método do USCE, originalmente destinado a pavimentos de 
aeroportos e que utiliza o ensaio de CBR, conforme o trabalho “Design os Flexible 
Pavements Considering Mixed Loads and Traffic Volume” de autoria de W.J. Turnbull, 
C.R. Foster e R.G. Ahlvin, do Corpo de Engenheiros do Exército dos E.E.U.U. e 
conclusões obtidas na pista experimental da AASHTO. 
 
Relativamente aos materiais integrantes do pavimento, são adotados coeficientes de 
equivalência estrutural (K) tomando por base os resultados obtidos na pista experimental 
da AASHTO, com modificações julgadas oportunas. 
 
A capacidade de suporte do subleito e dos materiais constituintes dos pavimentos é feita 
pelo CBR (California Bearing Ratio) ou também designado por Índice de Suporte 
Califórnia, adotando-se o método de ensaio preconizado pelo DNER, em corpos de prova 
indeformados ou moldados em laboratório para as condições de massa específica 
aparente e umidade especificada para o serviço. 
 
O subleito e as diferentes camadas do pavimento deve ser compactado de acordo com os 
valores fixados nas especificações do projeto, recomendando-se que, em nenhum caso, o 
grau de compactação deve ser inferior a 100%. 
 
Os materiais do subleito devem apresentar uma expansão, medida no ensaio CBR, menor 
ou igual a 2% e um CBR ≥ 2%. 
 
 
 
 
 
 Página 2 de 6 
 
1.1.1 Classificação dos Materiais Empregados no Pavimento 
 
A Tabela 1 a seguir, apresenta as condições que os materiais devem satisfazer para que 
sejam empregados no pavimento. 
 
TABELA 1 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS NO PAVIMENTO 
REFORÇO DO SUBLEITO 
CBR maior que o do subleito 
Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10 lbs) 
 
SUB-BASE 
CBR ≥ 20% 
I.G. = 0 
Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10 lbs) 
BASE 
CBR ≥ 80% 
Expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de 10 lbs) 
Limite de liquidez ≤ 25% 
Índice de plasticidade ≤ 6% - caso o LL seja superior a 25% e/ou o IP seja 
superior a 6%, o material pode ser empregado em base, desde que o 
equivalente de areia seja superior a 30 e satisfeitas as demais condições. 
 
Os materiais para base granular devem se enquadrar numa das seguintes faixas 
granulométricas: 
 
TABELA 2 
 
PENEIRAS 
PERCENTAGEM EM PESO PASSANDO 
A B C D 
2” 100 100 - - 
1” - 75 - 90 100 100 
3/8” 30 - 65 40 - 75 50 - 85 60 – 100 
Nº 4 25 - 55 30 - 60 35 - 65 50 – 85 
Nº 10 15 - 40 20 - 45 25 - 50 40 – 70 
Nº 40 8 - 20 15 - 30 15 - 30 25 – 45 
Nº 200 2 - 8 5 - 15 5 - 15 2 - 20 
 
 A fração que passa na peneira #200 deve ser inferior a 2/3 da fração que 
passa na peneira Nº 40. 
 A fração graúda deve apresentar um desgaste Los Angeles inferior a 50. 
 
1.1.2 Espessura Mínima de Revestimento 
 
A fixação da espessura mínima a adotar para os revestimentos betuminosos visa proteger 
a camada de base dos esforços impostos pelo tráfego, ou ainda, para evitar a ruptura do 
próprio revestimento por esforços repetidos de tração na flexão. As espessuras indicadas 
na Tabela 3 abaixo visam, especialmente, as bases de comportamento puramente 
granular e são definidas pelas observações efetuadas. 
 
 
 
 
 
 Página 3 de 6 
 
TABELA 3 
 
N ESPESSURA MÍNIMA DE REVESTIMENTO BETUMINOSO 
N ≤10
6
 Tratamentos Superficiais Betuminosos 
10
6 
< N ≤ 5 x 10
6
 Revestimentos Betuminosos com 5,0cm de espessura 
5 x 10
6 
< N ≤ 10
7
 Concreto Betuminoso com 7,5cm de espessura 
10
7 
< N ≤ 5 x 10
7
 Concreto Betuminoso com 10,0cm de espessura 
N > 5 x 10
7
 Concreto Betuminoso com 12,5cm de espessura 
 
 
1.1.3 Número “N” 
 
O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações de um 
eixo tomado como padrão (8,2 t ou 18.000lbs), durante o período de projeto determinado, 
que no caso presente está considerado como 5 anos. 
 
No dimensionamento do pavimento foram adotados os valores de N = 106 para todas as 
vias de circulação. 
 
1.1.4 Capacidade e Suporte do Subleito 
 
De posse dos resultados dos ensaios dos materiais componentes do subleito dos 
loteamentos abaixo relacionados, elaborou-se o dimensionamento do pavimento para as 
vias desses loteamentos. 
 
- Loteamento Eldorado I 
- Loteamento Eldorado II 
- Loteamento Parque dos Prazeres 
- Loteamento Novo Jockey 
- Loteamento Tapera 
 
Entretanto, como a capacidade de suporte do material do subleito dos demais loteamentos 
ainda é desconhecida, pelo fato de ainda não ter sido objeto de ensaios de laboratório, 
está sendo proposta a elaboração de alternativas para o dimensionamento do pavimento 
para valores de I.S. ou CBR de 4 a 10, para o tráfego considerado. 
 
Assim, quando da obtenção dos resultados dos ensaios dos loteamentos, ainda não 
realizados, este trabalho poderá ser aplicado aos mesmos, desde que os materiais 
ensaiados apresentem uma expansão, medida no ensaio CBR, menor ou igual a 2% e um 
CBR ≥ 2%., de acordo com as recomendações do DNIT. 
 
Vale ressaltar que, neste trabalho, está sendo recomenda-se a substituição do material do 
subleito quando o mesmo apresenta CBR < 4,0. 
 
 
 Página 4 de 6 
Outro aspecto de suma importância diz respeito aos casos em que o leito da via a ser 
pavimentada vai receber aterro de materiais oriundos de empréstimos (jazidas). Nestes 
casos os valores de suporte a serem considerados deverão os obtidos nos ensaios 
geotécnicos a serem realizados com estes materiais. 
 
 
1.1.5 Cálculo das Espessuras das Camadas do Pavimento 
 
Para as vias de circulação adotou-se uma espessura de revestimento de 5,0cm. 
 
Através de um gráfico que exprime as curvas de dimensionamento pelo CBR, existente no 
método que se está utilizando, é determinada a espessura total do pavimento em função 
de N e de IS ou CBR, sendo que a espessura fornecida por este gráfico é em termos de 
material com K=1,00, isto é, em termos de base granular. 
 
Para os CBR’s considerados determinou-se as espessuras totais mostradas na Tabela 4 
abaixo: 
 
 
TABELA 4 
 
IS ou CBR N = 10
6
 
4 64,0 
5 58,0 
6 52,0 
7 47,5 
8 44,0 
9 42,0 
10 38,5 
 
 
A Figura 1 a seguir, apresenta a simbologia utilizada no dimensionamento do pavimento, 
Hm designa, de modo geral, a espessura total do pavimento necessário para proteger um 
material com CBR ou IS = m, Hn designa, de modo geral a espessura de camada do 
pavimento com CBR ou IS = n, etc. 
 
FIGURA 1 
> 
=
=
=
 
Mesmo que o CBR da sub-base seja superior a 20, o método determina que a espessura 
do pavimento necessária para protegê-la é considerada como se esse valor fosse 20 e, 
 
 Página 5 de 6 
por esta razão, usam-se sempre os símbolos, H20 e h20 para designar as espessuras de 
pavimento sobre a sub-base e da sub-base respectivamente. 
 
Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn e H20, através do gráfico citado e R pela 
Tabela 3, as espessuras de base (B), sub-base (h20) e reforço do subleito (hn) são obtidas 
pela resolução sucessiva das seguintes inequações: 
 
RKR + BKB ≥ H20 
RKR + BKB + h20KS ≥ Hn 
RKR + BKB + h20KS + hnKRef ≥ Hm 
 
No presente dimensionamento do pavimento adotaram-se os seguintes coeficientes de 
equivalência estrutural: 
 
 
 Revestimento de concreto betuminoso K=2,00 
 Camadas granulares (Base e Sub-base) K=1,00 
 Reforço ou substituiçãodo Subleito com CBR ≥ 7,0 K=0,77 
 
As espessuras calculadas para as demais camadas estão mostradas na Tabela 5 abaixo. 
 
TABELA 5 
 
SUBLEITO 
(IS ouCBR) 
VIA DE CIRCULAÇÃO (N=10
6
) 
R B SB Ref TOTAL 
4 5,0 15,0 20,0 28,0 68,0 
5 5,0 15,0 15,0 27,0 62,0 
6 5,0 15,0 15,0 17,0 52,0 
7 5,0 15,0 15,0 15,0 50,0 
8 5,0 15,0 20,0 - 40,0 
9 5,0 15,0 17,0 - 37,0 
10 5,0 15,0 15,0 - 35,0 
 
 
O subleito que apresentar o CBR < 4,0 deverá ter seu material substituído numa 
profundidade de 65 cm conforme indicado na Tabela 6 abaixo. 
 
 TABELA 6 
 
SUBLEITO 
(IS ouCBR) 
VIA DE CIRCULAÇÃO (N=10
6
) 
R B SB Substituição TOTAL 
< 4 5,0 15,0 15,0 65,0 100,0 
 
 
Obs.: Assim como o material de reforço do subleito deve apresentar um CBR ≥ 7,0, 
também é preferível que o material de substituição possua o mesmo valor de CBR. 
 
 Página 6 de 6 
 
LOTEAMENTO TAPERA 
 
1.2.1 Conclusão 
 
Da análise dos resultados dos ensaios dos materiais componentes do subleito, em número 
de 12, observa-se que o valor médio estatístico do CBR equivale a 3% e uma expansão 
média de 3,76%. 
 
Considerando que o valor da expansão não pode ser superior ou igual a 2%, conclui-se 
que o material ocorrente do subleito é impróprio para receber uma estrutura de pavimento. 
 
1.2.2 Recomendação 
 
É recomendado substituir o material do subleito por uma camada de espessura mínima de 
65 cm, colocando material que possua expansão menor ou igual a 2% e CBR maior ou 
igual a 2%, sendo que o ideal é que o material de substituição possua um CBR maior ou 
igual a 7%, para que a estrutura final do pavimento possa ser otimizada (menor espessura 
das camadas). 
 
Na operação de substituição deverão ser obedecidas as especificações pertinentes para 
execução de aterro – DNER-ES 282/97. 
 
1.3 ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS 
 
Para a execução dos serviços de terraplenagem e pavimentação deverão ser seguidas as 
normas / especificações de serviços do DNIT (Ex DNER), listadas abaixo: 
 
- Terraplenagem 
 
 DNER-ES 278/97 – Serviços Preliminares 
 DNER-ES 280/97 – Cortes 
 DNER-ES 282/97 – Aterros 
 
- Pavimentação 
 
 DNER-ES 300/97 – Reforço do Subleito 
 DNER-ES 301/97 – Sub-base Estabilizada Granulometricamente 
 DNER-ES 303/97 – Base Estabilizada Granulometricamente 
 DNER-ES 306/97 – Imprimação 
 DNER-ES 317/97 – Pré-misturados a Frio 
 DNIT-031/2006-ES – Pavimentos Flexíveis – Concreto Asfáltico

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