Buscar

APOS DEFESA TCC - 2020 LIVRO DIDATICO

Prévia do material em texto

INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADE DOCTUM DE VITÓRIA – DOCTUM 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
HELLEN KARLA RIBEIRO DOS SANTOS 
NATHÁLIA RABELO DE PAULO 
PATRÍCIA MATTOS DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO 1º ANO DO 
ENSINO FUNDAMENTAL A PARTIR DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO 
DIDÁTICO (PNLD 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2020 
HELLEN KARLA RIBEIRO DOS SANTOS 
NATHÁLIA RABELO DE PAULO 
PATRÍCIA MATTOS DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
A ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO 1º ANO DO 
ENSINO FUNDAMENTAL A PARTIR DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO 
DIDÁTICO (PNLD 2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo – 
apresentado ao curso de Pedagogia da 
Faculdade Doctum de Vitória – DOCTUM – 
como requisito parcial para obtenção do grau 
de Licenciatura plena em Pedagogia. 
 
Orientador: Prof.ª. Dr.ª. Shenia D’Arc 
Venturim Cornélio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2020 
A ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO 1º ANO DO 
ENSINO FUNDAMENTAL A PARTIR DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO 
DIDÁTICO (PNLD 2019) 
 
Shenia D’Arc Venturim Cornélio1 
Hellen Karla Ribeiro dos Santos2 
Nathália Rabelo de Paulo3 
Patrícia Mattos de Almeida4 
 
 
Resumo 
 
Este artigo descreve de forma sucinta os mecanismos de criação e implementação 
do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Direciona análise ao PNLD 2019 e 
mecanismos de escolha do livro didático orientados pelos órgãos federal e municipal 
por meio das políticas públicas de escolha do livro didático no país. Através do 
Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), analisa o livro 
de Língua Portuguesa do 1º ano do ensino fundamental mais escolhido nas escolas 
do município de Vitória/ES, bem como a orientação de escolha. Aponta como 
problemática qual foi o livro de Língua Portuguesa do 1º ano do ensino fundamental 
mais escolhido no PNLD 2019 pelos professores alfabetizadores do município de 
Vitória/ES? Trata de uma pesquisa de caráter exploratória, com procedimentos de 
coleta fundamentada na pesquisa bibliográfica e documental, a natureza dos dados 
caracterizada por um estudo quantitativo e análise de dados é tecida pelo estudo 
dos documentos balizadores dos órgãos mencionados que orientam o conceito de 
alfabetização e Língua Portuguesa. Baseia-se nos teóricos Bittencourt (1996), 
Cornélio (2015) e site governamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e 
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e 
Adultos/Prefeitura Municipal de Vitória nas discussões acerca da implementação do 
PNLD no país, conceito de alfabetização e Língua Portuguesa defendido pelo 
município em estudo. Os dados evidenciam que o livro mais escolhido Aprender 
Juntos Língua Portuguesa – 1º ano, com percentual de escolha em 38,46% não 
coaduna com o conceito de alfabetização e Língua Portuguesa presente nas 
Diretrizes Curriculares do município em estudo. Finaliza com apontamentos 
reflexivos acerca da escolha de um documento que contribui para formação de 
crianças e encaminhamentos que possibilitam ressignificar o livro didático a fim de 
 
1
 Graduada em Pedagogia e Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestrado e 
Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Professora estatutária dos 
anos iniciais do ensino fundamental da Prefeitura Municipal de Vitória – atualmente exerce à 
coordenação pedagógica do Planetário de Vitória (espaço não formal). Professora da Faculdade 
Doctum de Vitória. Professora credenciada da Escola de Governo do Estado do Espirito Santo 
(Esesp). Assessora pedagógica da Escola São Bernardo. Integrante do Núcleo de Estudos e 
Pesquisa em Alfabetização, Leitura e Escrita do Estado do Espírito Santo (Nepales). 
2
 Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Doctum de Vitória/ES. E-mail: hellenkarl@gmail.com. 
3
 Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Doctum de Vitória/ES. E-mail: 
nathaliarabpaulo@gmail.com. 
4
 Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Doctum de Vitória/ES. E-mail: pmattos420@gmail.com. 
aproxima-lo às orientações presentes nas Diretrizes Curriculares do município de 
Vitória/ES. 
3 
 
Palavras-chave: Livro didático. Conceito de alfabetização e Língua Portuguesa. 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Diretrizes Curriculares do Ensino 
Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos/Prefeitura Municipal de Vitória. 
 
 
1 Introdução 
 
A escolha do livro didático é tema de discussão presente na vida do professor, pois 
a partir deste documento é possível compreender a concepção de língua, sujeito, 
leitura, sentido e texto. 
 
Por meio desta pesquisa, buscamos apresentar como é realizada a escolha do livro 
didático tendo como orientadores os conceitos de alfabetização e Língua Portuguesa 
defendidos pelo governo federal e municipal. 
 
Assim, o presente artigo investiga como é realizada a escolha do livro didático no 1º 
ano do ensino fundamental, provocando reflexões quanto a essas escolhas que, 
muitas vezes não dialoga com os documentos norteadores do município e cotidiano 
do aluno. Para tanto, além da problematização que trata de investigar qual foi o livro 
de Língua Portuguesa do 1º ano do ensino fundamental mais escolhido no PNLD 
2019 pelos professores alfabetizadores do município de Vitória/ES, elegemos como 
objetivos específicos: relatar a história do livro didático no Brasil a partir da criação 
do PNLD; conhecer orientações de escolha do livro didático de Língua Portuguesa a 
partir da política do PNLD no Brasil; contrastar as políticas públicas na orientação da 
escolha do livro didático no município de Vitória/ES e descrever a proposta de 
estudo por meio de um capítulo do livro de Língua Portuguesa do 1º ano mais 
escolhido. Finaliza apontando reflexões acerca dessa escolha. 
 
 
2 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD): da criação à implementação, 
breve histórico 
 
4 
 
A partir dos teóricos Bittencourt (1996), Cornélio (2015) e sites do governo federal 
descreveremos de forma objetiva o contexto de criação e implementação do PNLD 
no Brasil. 
 
O livro didático em nosso país, pertence a um movimento que teve início nos idos de 
1937 com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL). Ao longo da década de 80, 
cria-se o PNLD sendo implementado apenas em 1996. 
 
De acordo com Bittencourt (apud, CORNÉLIO, 2015, p. 29), 
 
[...] a implementação do PNLD foi resultado das decisões internacionais da 
Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em 1990, em 
Jomtien, Tailândia. Essa conferência teve por objetivo estabelecer 
compromissos mundiais para garantir a todas as pessoas os conhecimentos 
básicos necessários a uma vida digna, condição insubstituível para o 
advento de uma sociedade mais humana e mais justa. Participaram das 
discussões a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e 
Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 
com apoio do Banco Mundial (BM) e de várias outras organizações 
intergovernamentais, regionais e organizações não governamentais 
(ONGs). 
 
É nesse cenário que o Banco Mundial (BM) se destaca e passa a ser além de 
financiador, orientador do programa com os técnicos responsáveis pela educação do 
Brasil. Com esse olhar estabelece melhorias educacionais a partir de nove insumos. 
Desses, o livro didático está contemplado como quarto insumo, o que deixa clara a 
intenção de financiar a educação dos países em desenvolvimento, contrariando a 
qualidade do ensino, com ênfase às questões econômicas de forma quantitativa. 
 
Nos anos 90 a Conferência de Jomtien acabou sendo uma espécie de balizador na 
educação. Como garantia de ter suas metas cumpridas, incentivou os países 
participantes a elaborarem Planos Decenais de Educação a fim de promover 
melhorias na Educação Básica. Visandoa universalização da Educação Básica 
prevista na Constituição Federal de 88, o Brasil passa atender as exigências da 
Conferência e a construir o Plano de Desenvolvimento de Educação (PDE) – hoje 
Plano Nacional de Educação (PNE) – que estabelece metas e diretrizes válidas por 
10 anos. O primeiro Plano foi aprovado em 2001 (2001 a 2010). 
 
5 
 
Com o intuito de implementar o programa, universalizar a avaliação e distribuição 
gratuita do livro didático no ensino fundamental, o governo passa a manter 
rigorosamente o controle de qualidade desse documento. 
 
Cornélio (2015, p. 32) destaca que; 
 
Na tentativa de controlar e garantir a qualidade da educação brasileira e a 
qualidade do livro didático, o MEC passou a desenvolver e executar 
medidas, desde a implementação do PNLD, para avaliar sistemática e 
continuamente os livros didáticos a serem distribuídos para as escolas 
públicas, exercendo, dessa forma, um maior controle a esse suporte de 
circulação em âmbito nacional. 
 
Em 1996, é lançado o primeiro Guia do livro didático de 1ª a 4ª série, material 
elaborado para orientação dos professores na escolha do livro didático. Com a falta 
de professores habilitados para avaliar e selecionar o material, é criada uma 
comissão de avaliação pelo Ministério da Educação (MEC) com a finalidade de 
classificar os livros que atendiam as exigências criadas pelos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs). A criação dessa comissão acaba gerando 
desconforto à equipe de professores por não pertencer o quadro de avaliadores e 
editoras que tiveram seus exemplares desclassificados. 
 
A partir da implementação, políticas públicas em torno do livro didático foram 
estabelecidas com a finalidade de assegurar a qualidade dos livros por meio da 
elaboração dos Editais e Guias do Livro Didático, orientando professores durante a 
escolha desse documento. 
 
 
Políticas públicas de orientação para escolha do livro didático no município de 
Vitória/ES 
 
De acordo com a relevância que o livro didático tem na relação do ensino 
aprendizagem nas escolas públicas brasileiras, procuramos compreender as 
políticas públicas de escolha do livro didático no município de Vitória/ES, uma vez 
que nosso objeto de estudo visa analisar esse contexto pedagógico. Diante dos 
fatos, temos o problema a ser estudado que é qual foi o livro de Língua Portuguesa 
6 
 
do 1º ano do ensino fundamental mais escolhido no PNLD 2019 pelos professores 
alfabetizadores do município de Vitória/ES? 
 
As políticas públicas educacionais no Brasil na maioria das vezes são apresentadas 
por meio de programas criados com o objetivo de assegurar ao cidadão direitos para 
o exercício pleno da cidadania e, será a partir dela, que acompanharemos seu 
desenvolvimento. 
 
Nesse contexto, buscamos compreender o orientador das políticas públicas do 
município em estudo para essa escolha. Para tanto, realizamos entrevista por meio 
das redes sociais5 – WhatsApp – com responsáveis diretos na Secretaria de 
Educação do município de Vitória, via Gerência de Formação e Desenvolvimento em 
Educação (GFDE) e Gerência do Ensino Fundamental (GEF). As profissionais 
envolvidas que aqui chamaremos de Maria6 e Suzana7 enfatizam movimentos 
complementares entre as gerências. Maria destaca que: 
 
A formação com professores para a escolha dos livros didáticos referente 
ao PNLD 2019 foi uma ação coordenada, de forma integrada, pela Gerência 
de Formação e Gerência do Ensino Fundamental. O processo envolveu 
orientações sobre os aspectos técnicos da escolha; informações referentes 
ao PNLD; retomada de conceitos relacionados ao currículo e, mais 
especificamente às concepções de alfabetização, leitura, escrita, trabalho 
com textos; retomada dos eixos de organização dos objetivos de 
aprendizagem; análise das coleções a partir de critérios/aspectos definidos 
a partir das diretrizes curriculares da rede de ensino; realização de oficinas 
de análise, regionalizadas, e plenárias com apresentação dos aspectos 
observados e indicação das coleções por região; encaminhamento às 
escolas dos resultados obtidos nas oficinas para registros no PDDE 
(Programa Dinheiro Direto na Escola), conforme seleção definida pelas 
escolas de cada região (informação verbal).
8
 
 
Por sua vez, Suzana destaca que; 
 
Quando se faz parte de um programa, as orientações específicas vêm do 
programa e é seguido suas orientações. A forma trabalhada é sempre 
democrática, sendo enviada toda documentação anteriormente para as 
 
5
 Esclarecemos que o ano de 2020, foi marcado pelo período de Isolamento Social dado à Covid-19. 
Por este motivo todo contato com o órgão municipal se deu via redes sociais. 
6
 Nome fictício para integrante da equipe Gerência de Formação e Desenvolvimento em Educação 
(GFDE), na época da escolha do livro didático (PNLD 2019). 
7
 Nome fictício para integrante da Gerência do Ensino Fundamental (GEF), na época da escolha do 
livro didático (PNLD 2019). 
8
 Informações obtidas por WhatsApp em 28 de junho de 2020. 
7 
 
escolas, para que ao chegar às oficinas de escolhas, os profissionais 
estejam cientes das orientações processo do PNLD. 
[...] Todos os profissionais da rede (Prefeitura de Vitória) foram convidados 
a participar das reuniões de escolha desses livros. Cada área teve uma 
reunião específica onde explicam a organização do processo para a escolha 
dos livros didáticos e as orientações gerais do PNLD 2019. Após iniciou a 
leitura e a seleção dos livros, por meio dos critérios elencados para essa 
escolha, uma vez que esses critérios são encontrados na Comunicação 
Interna (CI) da GEF. Depois dessa análise é elencado para cada 
componente três livros, em seguida, é feito uma dinâmica onde é somado e 
constatado qual foi o livro mais escolhido pela maioria das regiões. Ao final, 
é apresentado para os demais os livros mais escolhidos como primeira e 
segunda opção. Depois de escolhido, é feito um levantamento de todos os 
componentes e são encaminhados para a CI. No caso do município de 
Vitória, a escolha dos livros didáticos é feita por região, já que o PNLD deixa 
a critério do município realizar a escolha por região ou por cada escola 
(informação verbal).
 9
 
 
Além do processo descrito, os profissionais consultam o material disponível pelo 
Governo Federal através do PNLD 2019 com ciência do Edital de Convocação em 
2017 e seus critérios de submissão das obras; escolha PNLD 2019 – Orientações; 
leitura do Guia PNLD 2019 de Língua Portuguesa e Passo a Passo para o Registro 
da Escolha – PNLD 2019 conforme descrito pelas profissionais da GFDE e GEF. 
 
Ao realizar esse percurso a Secretaria Municipal de Educação (Seme), compreende 
que o processo de escolha do livro didático segue as orientações do PNLD 2019, 
para assim estabelecer e cumprir as orientações presentes nas Diretrizes 
Curriculares do município, uma vez que as formações são realizadas nessa 
perspectiva e as escolhas asseguradas por regiões, já que o PNLD 2019 assegura 
esse critério. 
 
 
Livro didático: Alfabetização e Língua Portuguesa 
 
O conceito de Alfabetização e Língua Portuguesa para escolha do livro didático 
neste estudo, será orientada pelos documentos: Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e 
Adultos do município de Vitória/ES e Guia do livro didático – PNLD 2019. 
 
 
9
 Informações obtidas por WhatsApp, em 26 de junho de 2020. 
 
8 
 
Buscaremos traçar paralelos de aproximação e distanciamento entre esses 
documentos na tentativa de compreender a escolha do livro de Língua Portuguesa 
do 1º ano do ensino fundamental – Aprender Juntos (Cinthia Cardoso de Siqueira; 
Denise Guilherme Viotto; Elizabeth Gavioli de Oliveira Silva; Márcia Cristina 
Abromovick – Editora SM), classificado comoo livro mais escolhido pelos 
professores. 
 
Para tanto, iremos elaborar quadros comparativos entre os documentos, apontando 
eixos organizadores do ensino (eixo da leitura; eixo da produção de textos orais e 
escritos e eixo dos conhecimentos sobre o sistema de escrita e análise linguística). 
A escolha pelos quadros comparativos se justifica pois assegura ao leitor a 
visibilidade do conceito de Alfabetização e Língua Portuguesa que subjaz à esses 
documentos. 
 
Iniciaremos o estudo pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por 
compreender ser este o documento de cunho federal e orientador dos demais 
(Quadro 1). 
9 
 
Quadro 1 – Eixos organizadores do ensino da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
Fonte: Elaboração própria (2020). 
Eixos organizadores do ensino da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
Eixo da leitura/escuta Compreende as práticas de linguagem, que decorrem da interação ativa do leitor/ ouvinte/espectador com 
textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação. A BNCC centraliza na autonomia dos sujeitos 
para que criem as habilidades de leitura, e saibam fazer leitura de pequenos e grandes textos, encorajando-os 
a partir de uma pequena tira, para um grande texto de maior complexidade. Este eixo busca fazer com que os 
alunos compreendam as formas de leitura no seu sentido mais amplo, não somente aos textos escritos, mas 
as diversas formas que podemos fazer a leitura das coisas, como (foto, pintura, desenho, gráficos, vídeos, 
filmes entre outros). As atividades de leituras devem ser potencializadas de acordo com as etapas que o aluno 
perpassa, potencializando a sua leitura, para que sejam leitores críticos, capazes de fazer e entender as 
diversas literaturas e leituras que farão. A leitura contribui para ampliação de repertório de experiências, 
práticas, gêneros e conhecimentos que podem ser acessados diante de novos textos, contribuindo para 
conhecimentos prévios e, despertando o interesse para outros temas desafiadores. 
Eixo da produção de 
textos 
Este eixo é voltado para as construções de texto de forma individual ou coletiva, escrito, oral e multissemiótico, 
neste a criança poderá transcrever, citar sobre algo que queira, que a chame atenção, como fatos de seu 
cotidiano, narrar uma história, tendo assim mais autonomia para criar e produzir suas produções de forma 
argumentativa e discursiva. 
Eixo da oralidade Centraliza não só na verbalização face a face, mas nas diferentes formas de diálogos que podemos produzir 
através de mensagens de áudio, rádio, programa de TV, entrevistas, podcast e vídeos, entre outros. 
Viabilizando as diferentes formas em que podemos nos expressar, por meio de textos orais, de nossa fala e 
escuta que ocorre por meio de nossas interações com o outro. Nesse sentido, trabalha a estimulação da 
criança para expressão oral e o exercício de ser ouvinte. 
Eixo da análise 
linguística/ semiótica 
Está articulada com os outros eixos, afim de descrever como ocorrerá o sistema de alfabetização, como: os 
conhecimentos linguísticos, relacionados a ortografia, pontuação, conhecimentos gramaticais (morfológicos, 
sintáticos, semânticos) todo o processo longo e extenso do funcionamento da língua e outras linguagens. Aqui 
faz-se uma relação que todos os eixos estão articulados e trabalham de forma conjunta, não são indissociáveis 
pois, através de uma entrevista (oral) pode haver registro (escrito), ler textos do mesmo gênero (leitura), e 
através de todo esse processo chegará a sua forma de texto escrito (análise linguística). 
10 
 
A BNCC, documento que regulamenta os princípios da educação no Brasil 
compreende alfabetização e Língua Portuguesa como eixos norteadores que 
facilitarão a aprendizagem dos alunos. 
 
Segundo a BNCC; 
 
[...] alfabetizar é trabalhar com a apropriação pelo aluno da ortografia do 
português do Brasil escrito, compreendendo como se dá este processo 
(longo) de construção de um conjunto de conhecimentos sobre o 
funcionamento fonológico da língua pelo estudante. Para isso, é preciso 
conhecer as relações fono-ortográficas, isto é, as relações entre sons 
(fonemas) do português oral do Brasil em suas variedades e as letras 
(grafemas) do português brasileiro escrito (BRASIL, 2016, p. 88). 
 
Percebemos que a proposta do documento visa trabalhar a apropriação do aluno da 
ortografia do Português do Brasil por meio da relação entre fonemas e grafemas e 
suas relações fono-ortográficas. Sendo assim, o princípio de alfabetização defendido 
na BNCC limita-se ao domínio da ortografia do Português no Brasil defendido por 
meio de habilidades e competências que serão dominadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Quadro 2 – Eixos organizadores do ensino das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos do município 
de Vitória/ES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaboração própria (2020). 
Eixos organizadores do ensino das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos 
do município de Vitória/ES 
Eixo da leitura Este eixo compreende a leitura na perspectiva da produção como forma de 
construção de sentidos para o aluno, a leitura pode ser trabalhada através 
das produções textuais, pois será pelo texto que as experiências e 
conhecimentos se constituem. Sendo assim, “[...] eixo da leitura busca a 
articulação das suas funções sociais e o desenvolvimento de estratégias que 
potencializem o envolvimento dos estudantes nas práticas de leitura, 
ampliando o seu universo discursivo e as possibilidades de diálogo com o 
mundo, com a história, com as pessoas” (VITÓRIA, 2018, p.126). 
Eixo da produção de textos orais e escritos O eixo busca trabalhar a produção textual, de forma indissociável da 
oralidade e escrita, pois compreende que nas duas formas há uma produção, 
que se diferem apenas nas manifestações sendo necessária adequação para 
a forma de comunicação. A produção textual precisa ter sentido e contexto 
para o aluno, como (o que dizer, para quem dizer e o que dizer), desta forma 
faz presente e necessária a oralidade através de seminários, debates, roda 
de conversas, apresentações dos diversos gêneros textuais, para que assim 
os alunos observem as características textuais e se apropriem de 
conhecimentos linguístico-discursivos. 
Eixo dos conhecimentos sobre o sistema de 
escrita e análise linguística 
Já este eixo reúne objetivos de aprendizagem sobre o sistema de escrita 
alfabético-ortográfico, conhecimentos gramaticais, regras e convenções de 
usos formais da língua que são fundamentais no desenvolvimento das 
práticas de leitura e de produção de textos. Sendo assim, o sistema de 
escrita da língua e a apropriação do sistema alfabético-ortográfico precisam 
ser compreendidos como parte da produção textual, e não de forma isolada. 
Tem como objetivo a reescrita dos textos dos estudantes, de forma com que 
seja capaz de refletir e perceber os conhecimentos sobre a língua, atribuindo 
sentidos no texto produzido para assim atender a situações de comunicação 
para qual foi produzido. 
12 
 
No documento norteador do município de Vitória/ES – Diretrizes Curriculares do 
Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, a alfabetização é 
trabalhada de forma articulada à Língua Portuguesa, norteando o processo de 
alfabetização que o aluno irá perpassar. Com isso, o documento busca romper com 
os antigos métodos “[...] que se baseiam na simples tarefa da codificação e 
decodificação de fonemas e grafemas”. (VITÓRIA, 2018, p. 121). 
 
Apresenta o conceito de alfabetização ancorado na Perspectiva Discursiva 
Enunciativa de Linguagem uma vez que compreende e defende a 
 
[...] alfabetização [como] prática sociocultural em que as crianças, por meio 
do trabalho integrado com a produção de textos orais e escritos, a leitura, os 
conhecimentos sobre o sistema da língua portuguesa e com as relações 
entresons e letras e letras e sons, exercem a criticidade, a criatividade e a 
inventividade (GONTIJO, 2013).
10
 
 
Temos nas Diretrizes do município discrepância do trabalho com a alfabetização e a 
Língua Portuguesa quando comparados à BNCC, uma vez que o texto torna-se o 
balizador do ensino da língua materna como descrito no Quadro 2. 
 
Outro sim, para o município a proposta de produção de texto oral e escrito, não trata 
de assuntos isolados, mas produções interdependentes, diferindo em sua 
sistematização. 
 
A Língua Portuguesa por sua vez, está apresentada no caráter de 
complementaridade de um processo de apropriação da língua escrita que tem início 
na alfabetização por meio dos textos, sendo consolidada nos anos seguintes do 
ensino fundamental. 
 
 
 
 
 
 
10
 O citado conceito foi reorganizado pela autora em encontro ocorrido no mês de setembro de 2013, 
processo de formação do Pacto Nacional pela alfabetização na idade Certa (Pnaic). 
13 
 
Quadro 3 – Eixos organizadores do ensino do Guia do livro didático de Língua Portuguesa – PNLD 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaboração própria (2020). 
 
 
Eixos organizadores do ensino do Guia do livro didático de Língua Portuguesa – PNLD 2019 
Eixo da oralidade É desenvolvido pelo sujeito de forma espontânea desde o ambiente familiar. No 
entanto, na escola, a oralidade torna-se objeto de conhecimento, desenvolvendo 
habilidades de uso diferenciado. O eixo oralidade inclui conhecimentos entre a língua 
oral e escrita nas mais diversas interações comunicativas formais e convencionais, 
aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, e desenvolve-se, no decorrer 
dos três anos seguintes. 
Eixo da leitura Compreende o domínio do sistema alfabético de escrita, como a decodificação de 
palavras e textos, o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação de 
textos verbais e multimodais e a identificação de gêneros textuais. Amplia-se o 
letramento, mediante a estratégias de leitura. 
Eixo da escrita Envolve as práticas de produção de texto verbais, não-verbais, verbo-visuais e 
multimodais, de diferentes gêneros textuais. Com isso, a escrita inclui aprender a 
codificação de palavras e textos, desenvolver habilidades para produzir textos com 
coerência, coesão e adequando nível de informalidade. 
Eixo dos conhecimentos 
linguísticos e gramaticais 
Compreende que o processo de alfabetização se amplia, no decorrer do EF, pelas 
práticas de análise e gramatical. Inclui a aprendizagem das normas ortográficas e da 
pontuação contextualizados no desenvolvimento da leitura e escrita. 
Eixo da educação literária Presume a formação para conhecer e apreciar textos literários orais e escritos, de 
autores de Língua Portuguesa e de clássicos literários traduzidos para o português. O 
objetivo deste eixo é promover o contato com a leitura para a formação do leitor 
literário, pois o leitor é capaz de aprender e admirar a singularidade de um texto cuja 
intenção é artística. A leitura literária possibilita ampliação da visão de mundo e contato 
indireto com outas épocas, espaços, cultura e modos de vida. 
14 
 
Nesse sentido, para o Guia PNLD 2019 alfabetização é a familiarização do aluno 
com a língua, linguagem e letramento, para que compreendam as funções e dela se 
apropriem, possibilitando sua inserção social no mundo escolar e sua introdução no 
mundo letrado, desenvolvendo competências e habilidades na produção e 
construção de textos, sentidos e ampliação de suas capacidades. 
 
O Guia do PNLD 2019 defende que alfabetização e Língua Portuguesa são 
indissociáveis e não há separação entre elas, possibilitando à criança a construção 
de seus saberes, inserida no mundo da escrita e da leitura, garantindo a sua plena 
alfabetização, por meios dos vários eixos a serem explorados. 
 
Logo, a proposta do Guia é trabalhar a Língua Portuguesa assegurando a 
continuidade da alfabetização potencializando sua leitura e escrita, a capacidade de 
refletir sobre as diferentes linguagens, trabalhando na construção de seus sentidos 
para exercer e atuar como cidadão ativo e participativo, capaz de interagir e fazer a 
sua leitura de mundo. 
 
Ao analisar a proposta do Guia PNLD 2019, fica visível a preocupação da adoção de 
termos complementares à alfabetização que diz respeito ao letramento. Uma vez 
que não compreende a alfabetização desvinculada do letramento. Outro sim, aponta 
que a Língua Portuguesa irá assegurar a continuidade da alfabetização por meio de 
habilidades e competências enfatizadas pela BNCC. 
 
Os quadros em estudo e seus respectivos eixos, nos possibilita compreender que 
que os documentos apresentam concepções diferenciadas de alfabetização e 
Língua Portuguesa já na divisão dos eixos organizadores do ensino. Por sua vez, 
cabe ressaltar que o pressuposto teórico conceitual também apresenta divergência. 
 
O município de Vitória/ES apresenta como base em seu documento orientador a 
Perspectiva Histórico Cultural em seu contexto de educação e segue no âmbito da 
leitura e escrita a Perspectiva Enunciativa Discursiva de Linguagem em que o texto 
constitui o ponto de partida e chegada do estudo da língua visando a formação 
crítica, autônoma e inventiva do cidadão. 
 
15 
 
Por sua vez, a divisão entre eixos presentificados na BNCC e Guia do livro didático 
PNLD 2019 apresentam segmentações que não compreendem a totalidade da 
língua – enfatizando para a necessidade de um aprendizado da ortografia e a 
preocupação da relação entre fonemas e grafemas que irão assegurar o domínio do 
código escrito com ênfase em habilidades e competências. Tal fato, apresenta assim 
distorções entre os documentos na concepção da alfabetização e Língua 
Portuguesa. 
 
 
3 Metodologia 
 
Este estudo se caracteriza, segundo os objetivos, por uma pesquisa de caráter 
exploratória, com procedimentos de coleta fundamentada na pesquisa bibliográfica e 
documental, de natureza quantitativa e análise de dados de natureza investigativa 
uma vez que o estudo visa compreender qual foi o livro de Língua Portuguesa do 1º 
ano do ensino fundamental mais escolhido no PNLD 2019 pelos professores 
alfabetizadores do município de Vitória/ES? 
 
Gil (2002, p. 41) assevera que a pesquisa exploratória; 
 
[...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, 
com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer 
que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias 
ou a descoberta de instituições. 
 
Por sua vez, segundo os procedimentos de coleta, “[...] a pesquisa bibliográfica é 
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de 
livros e artigos científicos [...]”. Outro sim, a pesquisa documental, “[...] assemelha-se 
muito à pesquisa bibliográfica” (GIL, 2002, p. 44-45), porém, “[...] vale-se de 
materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser 
reelaborados de acordo com objetos da pesquisa[...]” (p. 44-45). 
 
Neste estudo, as fontes de informações foram colhidas em registros bibliográficos 
dos teóricos Bittencourt (1996), Cornélio (2015) e documentos de acesso público do 
governo federal e Prefeitura Municipal de Vitória. 
 
16 
 
Por sua vez, a natureza dos dados está caracterizada pelos dados quantitativos 
pois, “[...] remete para uma explanação das causas, por meio de medidas objetivas, 
testando hipóteses, utilizando-se basicamente da estatística” (GONSALVES, 2001, 
p. 68). 
 
A análise dos dados será constituída por um estudo de investigação a partir das 
fontes de informações descritas, para melhor entendermos o processo de escolha 
do livro didático de Língua Portuguesa no 1º ano do ensino fundamental. 
 
Para tanto, buscaremos nos dados do Sistema Integrado de Monitoramento 
Execução e Controle (Simec) o resultadoda escolha do livro didático de Língua 
Portuguesa (1º ano) como 1ª opção dos professores do município de Vitória e o 
conceito de alfabetização presente no documento Diretrizes Curriculares do Ensino 
Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos e livro didático Aprender Juntos 
Língua Portuguesa – 1º ano (Cinthia Cardoso de Siqueira; Denise Guilherme Viotto; 
Elizabeth Gavioli de Oliveira Silva; Márcia Cristina Abromovick – Editora SM). 
 
 
4 Análise dos dados 
 
Como dito, a análise de dados consiste em levantar informações por meio do 
Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) que evidencia os 
resultados da escolha do livro didático de Língua Portuguesa (1º ano) como 1ª 
opção dos professores do município de Vitória e o conceito de alfabetização 
presente no documento orientador deste. 
 
 
a) Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec): 
 
 A partir da consulta realizada no site 
http://simec.mec.gov.br/livros/publico/index_escolha.php do Sistema Integrado de 
Monitoramento Execução e Controle (Simec) em 24 mar. 2020, obtivemos dados 
acerca das escolas do município de Vitória. De acordo com o Simec o município 
possuiu 52 escolas de ensino fundamental. Deste total (52 escolas) 20 fizeram a 
http://simec.mec.gov.br/
http://simec.mec.gov.br/
http://simec.mec.gov.br/
http://simec.mec.gov.br/
17 
 
escolha da 1ª opção pelo livro didático Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano 
(Cinthia Cardoso de Siqueira; Denise Guilherme Viotto; Elizabeth Gavioli de Oliveira 
Silva; Márcia Cristina Abromovick – Editora SM), no PNLD 2019, equivalendo à 
38,46%. 
 
O Gráfico 1, apresenta o processo de escolha do livro didático de Língua Portuguesa 
como 1ª opção no PNLD 2019 nas escolas de ensino fundamental, município de 
Vitória/ES. 
 
Gráfico 1 – Escolha dos livros didáticos nas EMEFs de Vitória – 1ª opção 
 
Fonte: http://simec.mec.gov.br/livros/publico/index_escolha.php (2020). 
 
Dentre os livros didáticos disponibilizados para a escolha pelo Guia PNLD 2019 de 
Língua Portuguesa, o mais escolhido foi Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º 
ano de Cinthia Cardoso de Siqueira, Denise Guilherme Viotto, Elizabeth Gavioli de 
Oliveira Silva e Márcia Cristina Abromovick da Editora SM. 
 
Na Figura 1 temos a capa do livro mais escolhido pelos professores do município de 
Vitória no PNLD 2019. 
 
 
 
 
 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
ESCOLHA DO LD 1º OPÇÃO 
 
VEM VOAR LÍNGUA PORTUGUESA 
(EDITORA SCIPIONE S.A.) 
MEU LIVRO DE LÍNGUA 
PORTUGUESA (EDITORA AJS LTDA.) 
APRENDER JUNTOS LÍNGUA 
PORTUGUESA (EDICOES SM LTDA.) 
ÁPIS LÍNGUA PORTUGUESA 
(EDITORA ATICA S.A.) 
BURITI MAIS - PORTUGUÊS 
(EDITORA MODERNA LTDA) 
VAMOS APRENDER LÍNGUA 
PORTUGUESA (EDICOES SM LTDA.) 
http://simec.mec.gov.br/livros/publico/index_escolha.php
18 
 
Figura 1 – Livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano (PNLD 2019). 
 
Fonte: Acervo das pesquisadoras (2020). 
 
No site da editora,11 temos uma síntese sobre a proposta do livro evidenciando 
questões relacionadas à produção de texto, leitura, escrita, oralidade e os 
conhecimentos linguísticos. Aponta questões como bullying e cyberbullying e auxilia 
o aluno na utilização de questões gramaticais para fase de alfabetização (SILVA; 
SILVA; MARCHETTI, 2017). 
 
 
11
 Disponível em: http://www.smeducacao.com.br/solucoes-didaticas/ensino-fundamental-i/aprender-
juntos-lingua-portuguesa/. Acesso em: 9 jun. 2020. 
 
19 
 
Por sua vez, o Guia PNLD 2019 de Língua Portuguesa avalia o livro Aprender 
Juntos Língua Portuguesa – 1º ano em cinco eixos essenciais para a escolha do 
professor. São eles: oralidade, leitura, escrita, conhecimentos linguísticos e 
gramaticais e educação literária. 
 
Em sua visão geral de acordo com o Guia do livro didático PNLD 2019, o livro 
trabalha articulado com a BNCC, visando o desenvolvimento do aluno com 
habilidades e competências que estão presentes no documento governamental. 
Enfatiza que a Língua Portuguesa é essencial em qualquer área de conhecimento e, 
que através dela as pessoas se comunicam e se relacionam com o outro, uma vez 
que a proposta do livro didático está relacionada a interagir com as pessoas 
presentes no cotidiano do aluno. 
 
O livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano é composto por oito capítulos, 
ambos iniciados com textos e acompanhados de atividades que tem por objetivo 
explorar conhecimentos dos alunos. Cada seção é acompanhada de um título que 
busca explorar a leitura, oralidade, escrita, produção e construção de textos, 
estimulando a participação, seja ela individual ou coletiva (BRASIL, 2018). 
 
Ao abordar a oralidade, cita que a coleção traz um conjunto de atividades que 
trabalha a análise e produção de textos e menciona sobre as variações linguísticas 
da Língua Portuguesa, incentivando a participação do aluno nas atividades, 
trabalhando sua fala, escrita e escuta atenta (BRASIL, 2018). 
 
Do ponto de partida da leitura, o Guia aponta o amplo repertório de gêneros e 
tipologias textuais, que representam a diversidade cultural e social que se dá por 
meio da linguagem e a partir da leitura de textos, serão propostas atividades que 
contribuirão para a aprendizagem e formação de um sujeito leitor. 
 
De acordo com o Guia “De modo geral, as propostas de leitura valorizam e 
favorecem o desenvolvimento da construção de autonomia de leitura em todos os 
livros da coleção, ampliando o processo de letramento, em coerência com a 
proposta da BNCC” (BRASIL, 2018, p. 62). 
 
20 
 
Ao se referir a escrita de modo geral, o Guia menciona orientações para alcançar o 
texto final, possibilitando os alunos à autonomia por meio de “[...] escritas coletivas 
[...] escritas individuais; escritas em duplas; a composição ou continuidade de um 
texto ou fragmento dele; e elaboração de textos, na íntegra, pelo próprio estudante” 
(BRASIL, 2018, p. 63). 
 
Por sua vez, os conhecimentos linguísticos e gramaticais, são contemplados com 
 
[...] atividades [...] [que] enfatizam o trabalho com as convenções da escrita 
e proporcionam ao estudante conhecer o dicionário, explorando sua 
organização e suas diferentes funções. Em linhas gerais, as atividades 
apresentadas podem contribuir para a formação de estudantes competentes 
e reflexivos no uso da língua portuguesa (BRASIL, 2018, p. 64). 
 
Quanto à educação literária esta “[...] contempla em seções de desenvolvimento da 
leitura e da oralidade, por meio de textos e questões que se destinam ao 
desenvolvimento de habilidades específicas de leitura literária” (BRASIL, 2018, p. 
64). Trata de um eixo tem por finalidade desenvolver no aluno gosto por obras 
literárias. 
 
Concluímos que o Guia do livro didático – PNLD 2019 apresenta de forma 
sintetizada a proposta do livro didático, o que poderá auxiliar na escolha do 
documento. 
 
 
b) Resultado da escolha do livro didático de Língua Portuguesa (1º ano) como 1ª 
opção dos professores do município de Vitória e o conceito de alfabetização 
presente nos documentos: 
 
O livro didático Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano como apontado, foi o 
mais escolhido pelo município de Vitória em uma equivalência de 38,46%. Na 
tentativa de compreender o processo de escolha deste livro e a correlação com as 
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, 
no que diz respeito ao conceito de alfabetização, eixos organizadores contemplados 
entrelaçados aos conceitos que norteiam o livro didático escolhido, realizaremos a 
análise do sumário e estudo do capítulo 3: “Quem canta seus males espanta”. 
21 
 
 
Nas Figuras 2 e 3, temos o sumário do livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º 
ano: 
 
Figura 2 – Sumário do livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano 
(PNLD 2019) 
 
Fonte: Acervo das pesquisadoras (2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22Figura 3 – Sumário do livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano 
(PNLD 2019) (continuação) 
 
Fonte: Acervo das pesquisadoras (2020). 
 
A partir da análise do sumário, constatamos que seu formato de organização se 
constitui por um total de 257 páginas, divididas em 8 capítulos (Brincar com 
palavras; Vamos brincar?; Quem canta seus males espanta; Viva a cultura!; Pura 
diversão; No meio da floresta, eu vi...; Curioso, eu?; Era uma vez um mundo 
encantado...), o que deixa clara a preocupação do trabalho com gêneros textuais no 
início de cada capítulo sendo desdobrada em estudo dos conhecimentos linguísticos 
e gramaticais. 
 
23 
 
Já no sumário evidencia que o texto torna-se pretexto para ensino das unidades 
menores da língua, reforçando um conceito de alfabetização voltado para o codificar 
e decodificar a língua oral em língua escrita e vice-versa. 
 
Ainda em análise do sumário vimos que o primeiro capítulo propõe o estudo da 
compreensão entre letras, números e símbolos, alfabeto, ordem alfabética, vogais e 
consoantes, explorando em capítulos seguintes gêneros textuais que serão 
articuladores do estudo da relação som e letra, letras e sons por meio da 
memorização e repetição. 
 
A continuidade das unidades distribuídas segue a lógica do estudo com as letras de 
correspondências biunívocas entre fonemas e letras, seguidas de uma letra 
representando diferentes sons, segundo a posição, som representado por diferentes 
letras segundo a posição e letras que representam sons idênticos em contextos 
idênticos (LEMLE, 2002). O estudo proposto no sumário segue a lógica do 
aprendizado crescente, ou seja, a harmonia das relações entre o oral e o escrito 
equivalendo o ensino caracterizado do mais fácil ao mais difícil, como se o sistema 
da linguagem oral e escrita mantivessem essa harmonia. 
 
Como mencionado, tomamos como estudo o capítulo 3 – “Quem canta seus males 
espanta” que tem por objetivo resgatar a cultura popular através da oralidade, por 
meio dos gêneros textuais cantigas de roda e trava línguas. Em um mesmo capítulo 
o livro propõe o estudo com três variedades textuais, seguido de atividades 
repetitivas, que caberá a criança apenas localizar respostas no texto. Os textos por 
sua vez, estão descontextualizados. 
 
Reforça-se aqui que a proposta de aprendizado se constitui a partir do texto e não 
com o texto deixando claro que não se trata de textos realizados na escola, mas sim 
da escola (GERALDI, 2004). 
 
Por sua vez, os conhecimentos linguísticos são propostos por meio de atividades 
como textos lacunados que deverão ser preenchidos com a sílaba que falta, 
conduzindo ações para o que conhecemos como método silábico. 
 
24 
 
A proposta difere do das Diretrizes Curriculares do município de Vitória, uma vez 
que “Estudos no campo da alfabetização sinalizam a necessidade de ruptura com os 
métodos que se baseiam na simples tarefa da codificação e decodificação de 
fonemas e grafemas [...]” (VITÓRIA, 2018, p. 121). As Figuras 4 e 5 exemplificam 
nossas enunciações. 
 
Figura 4 – Livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano (PNLD 2019) 
Capitulo 3, extrato do texto Peixe vivo. 
 
Fonte: Acervo das pesquisadoras (2020). 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 5 – Livro Aprender Juntos Língua Portuguesa – 1º ano (PNLD 2019) 
Capitulo 3, extrato do texto Peixe vivo. 
 
Fonte: Acervo das pesquisadoras (2020). 
 
A partir desses estudos, constatamos que apesar de qualificação e processo 
avaliativo que busca assegurar a qualidade ao livro didático que chega às escolas 
públicas, lacunas existirão. Não teremos o livro ideal. Há necessidade sempre de um 
olhar que ressignifique o documento que forma crianças. 
 
No caso do documento em estudo (LD) e documentos orientadores do conceito de 
alfabetização – temos distanciamento entre as propostas. Tal fato, acentua-se para 
a necessidade de qualificar o professor que irá se apropriar desse documento, uma 
vez que as enunciações não estão nos livros didáticos, mas nos professores que 
26 
 
conduzirão o processo da alfabetização e da Língua Portuguesa em sala de aula na 
formação ou não de pessoas críticas, autônomas e inventivas. 
 
Outro sim, o livro didático em estudo reforça a ênfase em um trabalho voltado para 
os tradicionais métodos de alfabetização. Fica aqui questionamentos: o que leva 
professores fazerem escolha por livro didático que apresentam propostas dessa 
natureza? Como aceitar essa escolha de forma democrática, uma vez que a 
proposta curricular do município não coaduna com a proposta presente no 
documento escolhido? Indagações que para este estudo não temos respostas, até 
porque não foi o foco do objeto de pesquisa desde. Mas, não poderíamos aqui 
deixar de apontar para essas indagações. 
 
 
5 Considerações finais 
 
Desde a criação do PNLD à sua implementação a busca pela melhoria da qualidade 
do livro didático no Brasil torna-se desafio constante. Por sua vez, apenas investir na 
qualidade do livro didático, não responderá avanços na sociedade, uma vez que o 
professor precisa ter sua qualificação assegurada. Como afirma Geraldi (2004), livro 
não é o porta voz do ensino, mas sim o professor. 
 
Fernandes (2009, p. 11) cita que; 
 
[...] se o professor/a tem uma má formação, não tem condições de escolher 
um livro didático que possa estar contribuindo com a melhoria da educação, 
o Estado “resolve” o problema da qualidade do ensino adotando livros 
didáticos qualificados por um staff de excelência, designando professores 
de diferentes áreas que atuam como pesquisadores e docentes de 
Universidades Públicas brasileiras, para coordenar esse trabalho e 
instaurando oficialmente uma Reforma Curricular que vem para romper com 
as tradicionais práticas docentes estabelecidas pelos professores 
malformados. 
 
Com mudanças ao longo dos anos em diferentes governos, observamos que a 
melhoria na educação vem sendo assumida por políticas compensatórias, voltadas 
para interesses econômicos através da aparência de uma educação de qualidade 
para todos. 
 
27 
 
Percebemos a BNCC e o Guia do livro didático PNLD 2019 apontam para uma 
alfabetização em que a prioridade está no domínio do código ortográfico, primando 
pela relação entre fonemas e grafemas, sendo necessária a adoção do uso de 
termos como o letramento para complementar a compreensão desse processo, que 
enfatiza para o uso social da leitura e da escrita por meio dos gêneros textuais. Ao 
analisar o livro didático mais escolhido pelos professores alfabetizadores do 
município de Vitória/ES, percebemos que o gênero textual está contemplado, porém 
como pretexto para a permanência do trabalho com os métodos de alfabetização, 
em especial o método silábico. 
 
Por sua vez, as Diretrizes Curriculares do município de Vitória trabalha o conceito de 
alfabetização sob a ótica da perspectiva enunciativa discursiva de linguagem em que 
o aluno é protagonista e a defesa do uso do texto como elemento central de ensino 
da língua se justifica por ser este fenômeno social da interação verbal, realizado 
através de muitas enunciações que precisa fazer sentido e significado na vida dos 
alunos assegurando a consolidação dessa discussão em avanços por meio da 
Língua Portuguesa. 
 
O Guia do livro didático PNLD 2019 diz se aproximar da BNCC pois contempla as 
habilidades e competências necessárias para o domínio pleno da alfabetização, mas 
prima pela codificação e decodificação como forma de trabalho. 
 
Outro sim, o livro de maior escolha pelos professores no município de Vitória, não 
atende os critérios estabelecidos pelas Diretrizes curriculares deste. Por sua vez, a 
Secretaria de Educação por meio da GFDE e GEF realizam processo de formação e 
orientação na escolha desses documentos enfatizando a concepção de 
alfabetização defendida pelo município e presente no documento balizador e 
orientador que visam o trabalho comtextos. 
 
Contudo, o livro Aprender Juntos Língua Portuguesa –1º ano apresenta proposta de 
leitura e escrita que se volta para os antigos métodos de alfabetização que primam 
pela codificação e decodificação e os textos vão se fragmentando em pequenas 
partes, até chegar a menor unidade da língua. Busca facilitar o trabalho do 
28 
 
professor, através de enunciados de fácil compreensão, textos pequenos e 
atividades que não visam a formação crítica do cidadão. 
 
Ao chegar ao estudo dito final e provisório desta pesquisa que buscou analisar qual 
foi o livro de Língua Portuguesa do 1º ano do ensino fundamental mais escolhido no 
PNLD 2019 pelos professores alfabetizadores do município de Vitória/ES?, 
salientamos para a necessidade de formação continuada para professores que 
precisam compreender as Diretrizes Curriculares do município, potencializando-os à 
ressignificar o livro didático escolhido para que aproxime a uma linguagem que de 
fato coaduna com o conceito de alfabetização proposto adequando-o às 
necessidades dos alunos como protagonistas de seus enunciados e de suas 
histórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Referências 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2. versão. 
Brasília, 2016. 
 
______. PNLD 2019: Língua Portuguesa: guia de livros didáticos. Ministério da 
Educação. Secretária de Educação Básica. Fundo Nacional de Desenvolvimentos da 
Educação. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 
2018. 
 
______. Simec: relatório de escolas participantes da escolha de livros. Disponível 
em: http://simec.mec.gov.br/livros/publico/index_escolha.php. Acesso em: 24 mar. 
2020. 
 
CORNÉLIO, Shenia D’Arc Venturim. Perspectiva do letramento: mudanças e 
permanências nos livros didáticos de alfabetização. Espírito Santo: 2015. Disponível 
em: 
http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/2237/1/tese_8851_Tese%20Shenia%20Venturi
m%20Corn%C3%A9lio.pdf. Acesso em: 9 out. 2019. 
 
FERNANDES, Magda Carvalho. Vinte e cinco anos do PNLD: uma trajetória de 
negociações entre política educacional e econômica. Mato Grosso do Sul: 2009. 
Disponível em: 
http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe6/anais_vi_cbhe/conteudo/file/769.pdf. 
Acesso em: 7 maio 2020. 
 
GERALDI, João Wanderley. Da redação à produção de textos. In: CHIAPPINI, Ligia 
(coord.). Aprender e ensinar com textos de alunos: aprender e ensinar com 
textos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2002. 
 
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa cientifica. 
Campinas, SP: Editora Alínea, 2001. 
 
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. 15. ed. São Paulo, Ática, 2002. 
 
SILVA, Cícero de Oliveira; SILVA, Elizabeth Gavioli de Oliveira; MARCHETTI, Greta. 
Aprender juntos – língua portuguesa. São Paulo. 2017. Disponível em: 
http://www.smeducacao.com.br/solucoes-didaticas/ensino-fundamental-i/aprender-
juntos-lingua-portuguesa/. Acesso em: 09 jun. 2020. 
 
SIQUEIRA, Cínthia Cardoso de; VIOTTO, Denise Guilherme; SILVA, Elizabeth 
Gavioli de Oliveira; ABROMOVICK, Márcia Cristina; [et.al.]. Aprender juntos língua 
portuguesa, 1 ano: ensino fundamental. 6. ed. São Paulo: Edições SM, 2017. 
 
30 
 
VITORIA, Prefeitura Municipal de Vitória. Secretaria de Educação. Diretrizes 
Curriculares do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos de 
Vitória. Prefeitura Municipal de Vitória. Secretaria de Educação. Coord. Adriana 
Sperandio; Janine Mattar Pereira de Castro; Angela Francisca Caliman Fiorio. 
Vitória: Seme, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Apêndice A – Termo de autorização para coleta de dados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Apêndice B – Devolutiva da autorização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Apêndice C – Entrevista ao profissional da Gerência de Formação e 
Desenvolvimento em Educação (GFDE) 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADE DOCTUM DE VITÓRIA – DOCTUM 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
Este instrumento de entrevista trata de uma pesquisa de caráter exploratória, que 
busca compreender a escolha do livro didático de Língua Portuguesa para o 1º ano 
do ensino fundamental – PNLD 2019. A finalidade do trabalho é conhecer os 
mecanismos de escolha do livro didático orientados pelo Programa Nacional do Livro 
Didático (PNLD) e documentos balizadores dos órgãos federal e municipal por meio 
das políticas públicas de escolha do livro didático no país. As integrantes são Hellen 
Karla Ribeiro dos Santos, Nathália Rabelo de Paulo e Patrícia Mattos de Almeida, 
graduandas do curso de pedagogia, como requisito parcial de aprovação para o 
componente curricular: Trabalho de Conclusão de Curso. Essa entrevista terá fins 
acadêmicos e aos entrevistados reservamos o direito de ver o processo de transição 
antes do estudo final do grupo, em caso de interesse. Agradecemos por sua 
disponibilidade em nos atender. 
 
Nome do entrevistado: 
Formação acadêmica: 
Tempo de profissão: 
 
Entrevista – questionamento: 
 
Descrever de forma a Gerência de Formação e Desenvolvimento em Educação 
(GFDE) promoveu a formação com pedagogos e professores na escolha do livro 
didático do PNLD 2019 (1º ao 5º ano). 
 
 
 
 
 
36 
 
Apêndice D – Entrevista ao profissional da Gerência de Ensino Fundamental (GEF) 
 
INSTITUTO ENSINAR BRASIL 
FACULDADE DOCTUM DE VITÓRIA – DOCTUM 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
Este instrumento de entrevista trata de uma pesquisa de caráter exploratória, que 
busca compreender a escolha do livro didático de Língua Portuguesa para o 1º ano 
do ensino fundamental – PNLD 2019. A finalidade do trabalho é conhecer os 
mecanismos de escolha do livro didático orientados pelo Programa Nacional do Livro 
Didático (PNLD) e documentos balizadores dos órgãos federal e municipal por meio 
das políticas públicas de escolha do livro didático no país. As integrantes são Hellen 
Karla Ribeiro dos Santos, Nathália Rabelo de Paulo e Patrícia Mattos de Almeida, 
graduandas do curso de pedagogia, como requisito parcial de aprovação para o 
componente curricular: Trabalho de Conclusão de Curso. Essa entrevista terá fins 
acadêmicos e aos entrevistados reservamos o direito de ver o processo de transição 
antes do estudo final do grupo, em caso de interesse. Agradecemos por sua 
disponibilidade em nos atender. 
 
Nome do entrevistado: 
Formação acadêmica: 
Tempo de profissão: 
 
Entrevista – questionamentos: 
 
1- Descrever de que forma a Gerência de Ensino Fundamental (GEF) orientou e 
acompanhou o processo de escolha do livro didático PNLD 2019 nas escolas 
do município de Vitória. 
 
2- Houve orientação específica ou seguiram as orientações do PNLD 2019? 
 
 
 
 
37 
 
Nossos agradecimentos... 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças e me amparado em todos 
os momentos, pois tudo o que acontece em minha vida, só acontece na permissão 
dele. 
 
À minha mãe e ao meu pai, a base da minha vida, que sempre me incentivaram a 
buscar pelos meus sonhos e objetivos. Que nos momentos mais difíceis da minha 
vida não me deixaram desistir de nada, principalmente dos estudos. Muitos foram os 
momentos que me senti incapaz, triste e desmotivada, e sem perceberem, nos mais 
simples gestos dia após dia me deram forças para enfrentar cada obstáculo. Sou 
muito grata a minha mãe que após o nascimento do Miguel se fez presente nos 
momentos em que eu me ausentava. 
 
Ao meu irmão, que sempre me serviu como exemplo, sempre dedicado aos estudos. 
 
Ao meu filho Miguel, que desde o ventre é a razão pela qual sigo em frente todos os 
dias. Que mesmo sendo pequenino compreendia a minhaausência durante as 
noites e que me fazia companhia na madrugada em diversos trabalhos acadêmicos. 
 
À minha família, em especial minha tia Tânia que sempre se dispôs a cuidar do 
Miguel nos momentos que minha mãe também precisou se ausentar. Minha prima 
Dayana, me ajudando sempre na criatividade e tecnologia. 
 
Aos meus amigos que sempre me apoiaram, que aturaram minhas queixas durante 
o curso e principalmente no período da escritura deste TCC. Em especial Mariana 
Sehischini, grande amiga que me incentivou e iniciou o curso junto comigo. 
 
À Nathália e Patrícia, seremos um trio eterno, companheiras e amigas que levarei 
para a vida. Obrigada por fazerem parte desta etapa, foram dias e noites de longos 
trabalhos durante o curso. Fomos sábias até aqui, nos respeitando e brincando. Nos 
entendíamos até nas diferenças. 
 
38 
 
Não poderia deixar de agradecer a todos os professores que passaram ao longo do 
curso, que deixaram um pouco de si e de seus conhecimentos. Obrigada a 
orientadora Prof.ª Dr.ª Shenia D’Arc Venturim Cornélio, pela troca de conhecimento, 
dedicação e exemplo de profissional. Através das suas aulas despertou em mim, um 
novo olhar para a educação. E aos professores qual fui auxiliar, que de uma forma 
ou outra contribuíram na minha formação. 
 
Hellen Karla Ribeiro dos Santos 
 
 
 
Agradeço a Deus, pelo despertar de cada dia, saúde e energia. Por me ajudar a 
superar momentos difíceis a que me deparei ao longo da minha graduação e por 
toda minha vida. Até aqui nos ajudou o Senhor. - 1 Samuel 7:12. 
 
À minha mãe Elizane e ao meu padrasto Neilson, obrigada por serem essenciais na 
minha vida e na minha história, me incentivando a ser uma pessoa melhor e não 
desistir dos meus projetos e sonhos. Por terem me dado os melhores presentes que 
poderiam – minhas irmãs, as quais dedico este artigo. 
 
À minha avó Joana e aos meus tios e tias, sou grata por contribuírem para minha 
criação e educação. 
 
Ao Geraldo, meu namorado e companheiro, obrigada por compreender minha 
ausência nesses últimos meses e por atender aos meus pedidos. 
 
Aos meus primos, obrigada pelas risadas e apoio em todas as situações, 
principalmente no período de escrita deste TCC, me aguentaram até mesmo em 
momentos ímpares. 
 
Ao trio de “sábias”, Hellen e Patrícia é chegado ao fim de um ciclo de muitas risadas, 
choro, felicidade e frustrações. Com certeza vocês tornaram tudo isso mais fácil, 
desejo que nossa amizade perdure. 
 
39 
 
Aos professores da Rede Doctum de Vitória, em especial a coordenadora do curso 
de Pedagogia, Prof.ª Giselle Dutra que sempre se dispôs em nos atender, agradeço 
pela troca e amizade e a nossa orientadora Prof.ª Dr.ª Shenia D’Arc Venturim 
Cornélio, agradeço pela disponibilidade e pelas contribuições dirigidas para o 
aperfeiçoamento deste trabalho. 
 
Nathália Rabelo de Paulo 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me permitido chegar até aqui ao longo de 
todos esses anos, especialmente nesse ano que vivemos dias difíceis mediante à 
essa pandemia enfrentada, que coincidentemente é o ano da nossa conclusão de 
curso que em meio a isso tudo, nos mostrou a necessidade de reinventar, superar e 
aprender cada dia mais diante as dificuldades. 
 
Agradeço à minha querida Mãe, por todo esforço que sempre fez para me ajudar em 
tudo e de todas as formas possíveis. Mãe a senhora me ajudou muito, mesmo sem 
compreender, em algumas situações, a senhora estava me encorajando! 
 
Agradeço à minha prima Evelyn, que me incentivou a fazer o curso e pagou a minha 
primeira parcela da faculdade (jamais esquecerei disso). 
 
Ao meu primo Vitor, que sempre esteve disposto a me ajudar e sempre 
compartilhava comigo seus conhecimentos. 
 
Ao meu irmão que me ajudou no meu primeiro trabalho acadêmico. 
 
Obrigada a todos os meus familiares e amigos, que sempre acreditaram em mim, e 
me deram forças e palavras amigas para continuar ao longo desses quatro anos, 
principalmente agora nos momentos finais, em que tentam me descontrair e dar 
risadas, eu amo cada um de vocês! 
 
40 
 
Agradeço também ao trio, minhas companheiras, Hellen e Nathalia obrigada por 
toda paciência e companheirismo, juntas construímos este artigo, não só ele, mas, a 
nossa amizade que com certeza levaremos para sempre, pois se o TCC não 
separou, ninguém mais separa (risos). 
 
Agradeço imensamente a todos os professores da Rede Doctum de Vitória, até os 
que não estão mais na instituição, vocês foram responsáveis por eu chegar até aqui, 
fizeram parte da minha trajetória, lembro de cada um de vocês com muito carinho e 
sou imensamente grata por tudo! 
 
Por fim, agradeço a nossa orientadora e Prof.ª Dr.ª Shenia D’Arc Venturim Cornélio, 
por ter feito parte desta nossa trajetória, nosso TCC se deu por meio de um 
componente curricular que tivemos com ela, onde nos despertou interesse sobre o 
assunto. Shenia, você é um exemplo de profissional maravilhosa, obrigada por 
compartilhar conosco a sua experiência! 
 
Patrícia Mattos de Almeida

Continue navegando