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Biomecânica do calçado Luis Mochizuki Movimentos do tornozelo Supinação Adução Inversão Dorsiflexão Pronação Abdução Eversão Flexão plantar Torque X Dureza STACOFF et al.(1988) STACOFF et al. Running Injures and Shoe Construction: Some Possible Relationship. Internacional Journal of Biomechanics, 4, pp. 342-357, 1988. FRS na corrida usando dois tipos de calçado: duro e macio NIGG & MORLOCK ( 1987 ) NIGG & STACOFF . The Influence of Lateral Hell Flare of Running Shoes on Pronation and Impact Forces . Medicine and Science in Sports and Exercise. 19 (3), pp.294-302. Calçados x descalços Baixa incidência de lesões em “populações descalças” Haiti: Co-existência de calçados e descalços, com maior incidência de lesões no primeiro grupo. Índia / Ásia: Baixa incidência de lesões Atletas que competem descalços Adaptações do “pé descalço” ROBBINS & HANNA (1987) 17 indivíduos correndo descalços durante 4 meses Aumento do arco plantar 3.unknown Comportamento moderador de impacto Calçados modernos Reduzem a sensibilidade dos mecano-receptores plantares Pseudoneuropatia (Ilusão Sensorial) Percepção de ausência de forças ROBBINS & GOUW (1991 ) Calçados esportivos Qual o melhor calçado esportivo ? proteger o aparelho locomotor Evitar lesões Estabilizar o pé Evitar movimento excessivos (hiperpronação) Conforto Reduzir pressão e temperatura Otimizar o rendimento Retornar a energia acumulada Diminuir o gasto energético Diminuição do impacto Grande incidência de lesões esportivas EUA 25 a 40 milhões de corredores, 50 - 70% apresentam lesões diretamente relacionadas à corrida (Cook et al., 1990) Muitas lesões degenerativas são causadas pela somatória dos impactos gerados pelo movimento (Winter & Bishop, 1992) Calçado x diminuição do impacto Qual força deve ser atenuada ? Calçado x diminuição do impacto Cavanagh & Lafortune (1980) Corredores de longa distância diminuem o impacto gerado na corrida em função do uso de calçado. Redução do impacto x marca do calçado Não existem diferenças significativas Clark (1982) Snell et al. (1985) Nigg (1986) Frederick (1986) Stacoof et al. (1988) Henning (1993) Wright et al. (1997) Papel do calçado esportivo Maximizar a energia devolvida ao atleta Minimizar a energia perdida pelo atleta Valor máximo de energia acumulado por solado é da ordem de 10 J A energia devolvida pela entre-sola para o atleta é de apenas 30% da energia de entrada. Stefanyshyn & Nigg (2001) Papel do calçado esportivo NIGG (1986) 33 corredores, 4,5 m/s 7 Modelos Antigos (1977) Tendem a ser mais duros Fy max = 2,42 PC Modelos “Modernos” Tendem a ser mais macios Fy max = 2,55 PC Aerts & Clercq (1993) Diferenças significativas no impacto produzido por 2 tipos distintos de calçados. Impacto causado pela colisão de um pêndulo na região do calcanhar. Papel do calçado esportivo NIGG & ANTON (1992) Necessidade de estudar o sistema aparelho locomotor calçado piso Percepção do impacto Alta freqüência do fenômeno (8-25 Hz) inviabiliza a percepção do impacto Pode-se perceber as variações de pressão e não de força (Frederick, 1986) Percepção do impacto Henning et al. (1996): Percepção do impacto e pressão gerados na corrida Compatibilidade entre a percepção e pressão plantar Incompatibilidade entre a percepção e a força vertical máxima (PVF1) Compatibilidade entre a percepção e o gradiente de crescimento da força vertical (DPVF) Retorno de energia mecânica Considerando o solado como uma mola ideal: x = 1 cm e k = 105N / m Retorno Estimado = 5 J Retorno necessário numa maratona = 500 J Retorno de energia mecânica LIMITAÇÕES Incompatibilidade espaço-temporal (Nigg & Segesser, 1992) Deformação superestimada Dissipação de energia da ordem de 30-40% (Denoth,1980) Consumo energético Frederick et al (1986) Calçado "macio" Reduz em 2,8% o consumo de Oxigênio. Frederick et al (1983) Pequenas diferenças em função do tipo. Consumo energético Relação Mais Consistente: Peso Do Calçado X Consumo De Energia Nigg & Segesser (1992) Aumento Do Consumo Levantar O Calçado Acelerar O Calçado Desacelerar O Calçado Frederick Et Al . (1984) Aumento No Consumo De Energia Quando O Peso Do Calçado É Aumentado Em 75g. Aumento De 1,2 % No Vo2 Para Cada 100g Adicionais De Peso Na Corrida (3,83 m/s) Estratégias Para Minimizar A Perda De Energia reduzir a massa do calçado usar materiais na entressola que dissipem as indesejáveis vibrações implementar construções que aumentem a estabilidade da articulação do tornozelo aumentar a rigidez para flexão da entressola para reduzir a perda de energia na articulação metatarso-falangeana. Stefanyshyn & Nigg (2001) Estratégias para minimizar a perda de energia aumento da rigidez da sola do calçado não afeta a geração e absorção de energia nas articulações do quadril, joelho e tornozelo durante a corrida aumento da rigidez da sola aumenta o altura do salto vertical. Stefanyshyn & Nigg (2001) Prevenção De Lesões No Tecido Conjuntivo exposição ao treinamento alta carga duração, frequência, ou distância percorrida aumenta o risco de lesão modificações na estrutura de treinamento reduzem a incidência de lesões Yeung & Yeung (2001) Prevenção De Lesões No Tecido Conjuntivo o efeito de exercícios de alongamento e de palmilhas na prevenção de lesões do tecido mole causadas pela corrida é desconhecido não existe efeito da palmilha na redução de lesões em membros inferiores gillespie & grant (2002) – o uso de palmilhas está associado à redução dos índices de estresse ósseo Yeung & Yeung (2001) Impacto e pronação do pé Nigg (2001) Impacto e pronação do pé Nigg (2001) Impacto e pronação do pé Nigg (2001) Impacto e pronação do pé Nigg (2001) Impacto e pronação do pé Nigg (2001) Proposta de um novo conceito para o controle de movimento e pronação do pé Forças agem no pé durante a fase de apoio como um sinal de entrada. O sistema locomotor reage à estas forces adaptando a atividade muscular. A função custo usada nesta adaptação é manter o movimento desejado para a tarefa Se uma intervenção apóia o movimento preferido, a ação muscular pode ser reduzida. Se a intervenção atua contra o movimento preferido, a atividade muscular deve aumentar Um solado, palmilha ou órtese reduz a atividade muscular Assim, estes afetam a atividade muscular e conseqüentemente a fadiga, conforto, trabalho e rendimento. Nigg (2001) Correr com diferentes tipos de tênis não modifica a cinemática tíbio-calcâneo Stacoff et al. (2001) Sistema gaitway Sistema f-scan Força de reação do solo 9.unknown Força de reação do solo 12.unknown Força de reação do solo 15.unknown Força de reação do solo Efeito do Desgaste 18.bin INTRODUÇÃO NIGG (1986) e JACOBS & BERSON (1986) Década de 80: Maior interesse pela prática da corrida como atividade física ou esportiva. BARNES & SMITH (1994), BRUNET et al (1990) e CAVANAGH & LAFORTUNE (1980) Conseqüente aumento nos índices de lesões LESÕES X CORREDORES BARNES & SMITH (1994) 66 % de chance dos corredores se lesionarem em 1 ano de treinamento BRODY 60% dos 3000 corredores estudados apresentavam algum tipo de lesão. Calçado x lesões Estudo e aprimoramento do calçado reduzir os índices de lesões proteger o aparelho locomotor Funções: atenuar choque mecânico proporcionar estabilidade adequada otimizar rendimento BARNES & SMITH (1994) e NIGG & SEGESSER (1992) Atenuação de choque mecânico Métodos de Medição Testes Mecânicos Testes Biomecânicos SERRÃO (1999) e LA FORTUNE (2001) Atenuação de choque mecânico Testes Mecânicos Máquinas que tentam reproduzir as condições impostas no movimento. Avalia a capacidade do material em atenuar o choque mecânico. SERRÃO (1999) e LA FORTUNE (2001) Material Macio deformação Maior absorção de choque desaceleração Atenuação de choque mecânicoTestes Biomecânicos Análise dinâmica da corrida Indicadores de sobrecarga no aparelho locomotor – Fy1 máx. e t Fy1 máx. Interação entre calçado e aparelho locomotor. Resultados obtidos não reproduzem o verificado nos testes mecânicos. SERRÃO (1999) e LA FORTUNE (2001) Atenuação de choque mecânico CLARKE, FREDERICK e COOPER (1983a) Densidade do solado Fy 1 max (PC) t Fy 1 max (ms) Butyl (0,64) 1,89±0,2 32±4 Air sole (0,78) 1,99±0,21 28±4 Eva 25 (0,86) 1,88±0,21 30±4 Eva 35 (1,00) 1,89±0,29 29±6 Eva 45 (1,28) 1,83±0,25 28±6 Atenuação de choque mecânico CLARKE, FREDERICK e COOPER (1983b) Sujeitos Fy 1 max (PC) t Fy 1 max (ms) Duro Macio Duro Macio 4 2,93 2,40 15,8 25,0 5 1,82 2,29 28,5 31,6 Atenuação de choque mecânico Variabilidade do movimento Estratégias distintas de atenuação de choque CLARKE, FREDERICK e COOPER (1983b) Apoio sobre retropé Apoio sobre médio pé Atenuação de choque mecânico Geometria de colocação do pé no solo. Apoio inicial no médio pé favorece a redução do impacto. CAVANAGH e LAFORTUNE (1980) 33.bin 34.bin Atenuação de choque mecânico Questão Qual o melhor calçado esportivo para atenuar choque? Interação entre características do sujeito, características do calçado e piso. Indivíduo não é um elemento passivo. Funcionalidade para atenuar choque depende das características do sujeito (padrão do movimento – estratégias para minimizar impacto). Pressão plantar Cargas relativas Calçado duro menor pressão no retropé em relação ao antepé. Mudanças no padrão de movimento como estratégia para atenuar pressão no retropé. HENNIG, VALIANT e LIU (1996) Pressão plantar Construção do calçado esportivo pode otimizar a distribuição de pressão Não indica que o calçado seja imprescindível para o controle destas forças O aparelho locomotor é capaz de se adaptar as distintas situações Controle de forças externas Maior flexão da articulação do joelho. Menor altura anterior ao contato do pé com o solo. Redução no impacto e Melhor distribuição de pressão ROBBINS & GOUW (1991) Estabilidade do calçado Normal Supinação no contato inicial e pronação na fase final da corrida Movimentos auxiliam na desaceleração do corpo Calçado controle sobre os movimentos excessivos de pronação e supinação BARNES & SMITH (1994) e SEGESSER & NIGG (1980) Estabilidade Supinação Rotação Externa Pronação Rotação Interna Movimentos excessivos lesões tornozelo, tendão de Achiles, joelho e quadril BARNES & SMITH (1994) e INMAN et al (1981) Estabilidade Fatores de Influência: Altura do calcanhar Densidade do solado (torque) Altura do calcanhar Altura do calcanhar em relação ao antepé, reduz movimentos de pronação 2,3 a 3,3 cm: controle. Maior de 3,3 cm: pronação. STACOFF & KAELIN (1983) Densidade do Solado Distância entre o ponto de aplicação da força e o eixo da articulação subtalar. Propriedades dos solados distintas. T = F x d STACOFF et al. (1988), NIGG & MORLOCK (1987) e NIGG & SEGESSER (1992) Fatores que influenciam o braço de alavanca Densidade do solado Formato do solado: â de inclinação NIGG & MORLOCK (1987) e NIGG & BAHLSEN (1988) Estabilidade Condições: Características do sujeito Melhores resultados com sujeito B Técnica do movimento Adaptação ao calçado NIGG (1986) RENDIMENTO Otimização do rendimento. Favorecer retorno de energia mecânica. Redução do consumo energético. Rendimento Restituição de Energia Mecânica “Transformar o impacto em impulso”. Condições Básicas Local certo Tempo e freqüência certa Dissipação de energia NIGG (1986) Restituição de Energia Mecânica SHORTEN (1993), KER et al. (1987) e SHORTEN (1985) 37.unknown Redução do consumo energético NIGG & SEGESSER (1992) Hennig & Milani (1995) Hennig et al (1996) Estabilização Estabilização Solado duro e com inclinação positiva Aumenta o ângulo e a velocidade da pronação Tipos de solado Solado Duro deformação do solado trajetória de desaceleração do movimento forças externas ângulo de pronação inicial e total velocidade de pronação inicial forças internas Otimiza o controle das forças externas Prejudica a estabilidade articular Solado Macio deformação do solado trajetória de desaceleração do movimento = forças externas Ângulo de pronação inicial e total velocidade de pronação inicial forças internas Prejudica o controle das forças externas Otimiza a estabilidade articular Calçado esportivo “O calçado esportivo tem como objetivo atender as necessidades específicas e as demandas da atividades esportiva” Rendimento - Proteção - Conforto Lafortune (2001) Choque mecânico - impacto Amadio et al. (1998) Primeiro pico de FRS em diferentes atividades Baumman & Stuckle (1980) Métodos de medição Testes mecânicos dimensão, textura e propriedades físicas Testes biomecânicos interação aparelho locomotor – calçado Características Específicas do Calçado Esportivo Testes Mecânicos Calçados de densidades menores são mais eficientes para atenuar o choque por deformarem mais, no entanto... Piso X Calçado X Aparelho Locomotor Serrão et al. (1999) Hennig & Milani (1995) As respostas do aparelho locomotor surgem em função das sensações percebidas pelo pé PRESSÃO PLANTAR Frederick (1986) PÉ DESCALÇO ESTRATÉGIAS OTIMIZADAS Maior flexão do joelho no contato pé/solo Menor velocidade de colocação do pé no solo Otimização da absorção de energia – musculatura intrínseca do pé CALÇADO ESPORTIVO Restituição de Energia CALÇADO ESPORTIVO Redução do Gasto Energético Peso do calçado Mais leve – menor gasto energético 0 5 10 15 20 andarcorrer alturadistânciatriplo (step) 2 x k 0,5 E max * * = 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Força (PC) Tempo (%) Adidas CalçadoA CalçadoB CalçadoC 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Força (PC) Tempo (%) Adidas CalçadoA CalçadoB CalçadoC 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Força (PC) Tempo (%) Adidas CalçadoA CalçadoC 0 20 40 60 80 100 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 Força (PC) Tempo (%) Novo 400 km 0 10 20 30 40 50 60 70 66 35 17 12,8 8,9 7,8 Extensores Joelho Tendão Calcâneo Arco Plantar Cal C (1,5) Cal B (1,0) Joules / passada Cal A (0,5) 0 10 20 30 40 50 60 70 calçadosarco plantar tendão calcâneo extensores do joelho
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