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Formação CMAS 2020 funcionamento

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Conselho Municipal de Assistência Social 
CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Conforme a LOAS (art. 16, Parágrafo Único) Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistência social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições.    
Ainda conforme essa normativa em seu Art. 17 - § 4º: “Os conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, mediante lei específica.”
OS CONSELHOS realizam o controle social através de dois importantes instrumentos: OS PLANOS DE AÇÃO E O ORÇAMENTO. 
INSTÂNCIAS DE CONTROLE SOCIAL 
Conselhos de Políticas Públicas (assistência social, saúde, educação, economia solidária, segurança alimentar, dentre outros) e Direitos (mulheres, pessoas idosas, criança e adolescentes, pessoas com deficiência, igualdade racial, dentre outros); 
Conferências;
Fóruns.
PARIDADE entre governo e sociedade civil (representantes de usuários ou de organizações de usuários, entidades e organizações de assistência social e pelos trabalhadores do setor). 
A escolha de conselheiros representantes governamentais, em geral, ocorre por indicação do gestor. Já os representantes da sociedade civil são eleitos, em fórum próprio, cumprindo com o que dispõe a NOB/SUAS (BRASIL, 2012).
De acordo com Art. 16 da LOAS:
As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: 
I – o Conselho Nacional de Assistência Social; 
II – os Conselhos Estaduais de Assistência Social; 
III – o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;
IV – os Conselhos Municipais de Assistência Social. 
CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ATORES IMPORTANTES NO CONSELHO
USUÁRIOS
TRABALHADORES
ENTIDADES
GOVERNO
CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nos três níveis de governo, os conselhos assumem o papel de: 
• Deliberação/regulação: estabelecem, por meio de resoluções, as ações da assistência social, contribuindo para a continuação do processo de implantação do SUAS e da PNAS. 
• Acompanhamento e avaliação: acompanham e avaliam atividades e serviços prestados pelas entidades e organizações de assistência social, públicas e privadas. 
• Controle: exercem o acompanhamento e a avaliação da execução das ações, seu desempenho e a gestão dos recursos (BRASIL, 2013)
Participação popular nas políticas públicas e a importância dos conselhos
A partir da participação social nas políticas públicas, os cidadãos são ouvidos no processo de tomada de decisão dos governantes, contribuindo para que essas políticas atendam ao interesse público.
Já a partir do controle social, os cidadãos podem fiscalizar a ação do Estado, exigindo que o governo preste contas sobre o uso dos recursos públicos. A população verifica, assim, se o poder público está, de fato, atendendo às demandas da sociedade.
Tanto a participação quanto o controle social são direitos de todos garantidos na Constituição Federal, porém, apesar de estarem relacionadas, são coisas diferentes. 
Participação popular nas políticas públicas e a importância dos conselhos
A participação social visa ao diálogo entre a sociedade e o governo no processo decisório das políticas públicas, e o controle social permite que a sociedade fiscalize as ações do governo.
A participação social e o controle social no âmbito do Programa Bolsa Família — assim como do Cadastro Único — estão previstos na legislação e, atualmente, fazem parte das atribuições dos Conselhos de Assistência Social (CAS). 
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, foram instituídos diversos mecanismos e formas de participação social como conselhos, conferências, ouvidorias, processos de participação no ciclo de planejamento e orçamento público, audiências e consultas públicas, mesas de diálogo e negociação, entre outros.
A Importância dos Usuários nos Conselhos de Assistência Social
A participação da sociedade civil nos conselhos é essencial para garantir seu caráter democrático.
É nesse contexto que a participação dos usuários torna-se fundamental, pois é necessário assegurar não só a sua efetiva presença nesses espaços, como também a autonomia de sua participação, desvinculada das instituições que lhes prestam serviços. 
O usuário é um importante ator social da política. Sua participação contribui com a garantia da promoção da cidadania e do protagonismo social, e pode ser instrumento de redução de vulnerabilidades sociais, na medida em que possibilita ao sujeito outra relação com a política. 
A participação permite a apropriação da “coisa pública”, dos direitos, das conquistas, que pode gerar transformação das relações de poder. 
A partir da participação, o sujeito amplia suas referências, sua visão da política, tornando-se um protagonista em sua trajetória, interferindo de fato na oferta e qualidade dos serviços oferecidos pelo SUAS. 
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ENTIDADES SOCIOASSISTENCIAIS, assim como os usuários e os trabalhadores, elas também se constituem como atores importantes não só na execução da política, de forma complementar ao Estado, mas também na participação e no exercício do controle da política. 
Têm uma importância histórica na consolidação da Política de Assistência Social, principalmente nas ações de defesa e garantia dos direitos sociais. Integram a rede socioassistencial e, por isso, também devem ter como meta a ampliação de direitos sociais e proteção social e defesa intransigente do SUAS. 
TRABALHADOR DO SUAS - ator relevante nos espaços de participação e controle social. Ele (a) conhece a política, os processos e as condições de trabalho, seus desafios e potencialidades. 
Sua formação técnica e ética para o exercício político da participação, o torna um importante agente para assegurar, de um lado, a efetivação da política de garantia dos direitos socioassistenciais e, de outro, a garantia dos direitos e condições de trabalho. 
Essa participação e compromisso ético, conforme preconiza a NOB-RH/SUAS, “na defesa intransigente dos direitos socioassistenciais”. 
A Importância dos Trabalhadores e Entidades nos Conselhos de Assistência Social
Esses segmentos (USUÁRIOS, TRABALHADORES E ENTIDADES) vivenciam o SUAS a partir de lugares diferentes e sua participação nos espaços criados para deliberar sobre a política e acompanhar e controlar sua execução é essencial para que diferentes pontos de vista possam ser considerados na formulação e no controle social da assistência social. 
A Importância dos Usuários, Trabalhadores e Entidades nos Conselhos de Assistência Social
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No Regimento, deve obrigatoriamente constar: 
a)competências do conselho; 
b) atribuições da Secretaria Executiva, Presidência, Vice-Presidência e Mesa Diretora; 
c) criação, composição e funcionamento de comissões temáticas e de grupos de trabalho permanentes ou temporários; 
d) processo eletivo para escolha do conselheiro-presidente e vice-presidente; 
e) processo de eleição dos conselheiros representantes da sociedade civil, conforme prevista na legislação; 
f) definição de quórum para deliberações e sua aplicabilidade; 
g) direitos e deveres dos conselheiros; 
h) trâmites e hipóteses para substituição de conselheiros e perda de mandatos; 
i) periodicidade das reuniões ordinárias do plenário e das comissões e os casos de admissão de convocação extraordinária;
 j) casos de substituição por impedimento ou vacância do conselheiro titular; e 
k) procedimento adotado para acompanhar, registrar e publicaras decisões das plenárias.
Suas atribuições devem ser detalhadas no Regimento Interno, que deve ser elaborado e aprovado pelo próprio conselho, pode ser reformulado quando isso for necessário.
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Art. 39. O Conselho Municipal de Assistência Social de Parelhas, órgão de controle social instituído pela Lei Municipal nº. 881, de 07 de Julho de 1996, tem caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, dentre entidades da assistência, trabalhadores do SUAS e usuários, com competência para normatizar, deliberar, fiscalizar e acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar os recursos orçamentários para sua efetivação em consonância com as diretrizes propostas pela Conferência
O CMAS é composto por 12 (doze) membros titulares e respectivos suplentes, nomeados pelo Prefeito Municipal, sendo: 
I – Do Governo Municipal: 
01 representante da Secretaria Municipal de Assistência Social; 
01 representante da Secretaria Municipal de Educação; 
01 representante da Secretaria Municipal de Saúde; 
01 representante da Secretaria Municipal de Finanças; 
01 representante da Secretaria Municipal de Planejamento. 
01 representante da Coordenação da Mulher. 
II – Da Sociedade Civil 
02 representantes das entidades ou organizações de Assistência Social do Município; 
02 (dois) representantes dos trabalhadores que atuam na área da Assistência Social, com registro nos respectivos Conselhos de Classe; 
02 (dois) representantes dos usuários dos serviços de Assistência Social, eleitos em plenária aberta à população em geral. 
§ 1º Os representantes do Poder Público Municipal são de livre escolha do Prefeito Municipal. 
§ 2º Os representantes da sociedade civil serão indicados pelas entidades, organizações, sindicatos ou conselho de classe devidamente regulamentado, após escolha em foro próprio, sendo o primeiro mais votado o titular, e o segundo mais votado seu suplente. 
§ 3º Reconhece-se como representante dos usuários, aquele (a) que participa e frequenta dos serviços, projetos e programas, independente de vinculação às entidades constituídas que atuam na defesa e garantia dos direitos dos usuários. 
§4º A escolha do representante dos usuários será feita em assembleia especifica de usuários organizada pelos serviços de assistência social para tal fim. 
§5º Compete aos serviços, programas e entidades de atendimento de Assistência Social, públicos ou da sociedade civil, informar, motivar, e viabilizar a participação do usuário no processo de composição do CMAS. 
§6º Só poderão compor o CMAS as entidades da sociedade civil devidamente inscrita e regulares junto ao mesmo. 
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Conforme dispõe a PNAS e o art. 121 da NOB/SUAS (BRASIL, 2012)
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Art. 41. Compete ao Conselho Municipal de Assistência Social: 
I - elaborar, aprovar e publicar seu regimento interno; 
II - convocar as Conferências Municipais de Assistência Social e acompanhar a execução de suas deliberações; 
III - aprovar a Política Municipal de Assistência Social, em consonância com as diretrizes das conferências de assistência social; 
IV - apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências municipais e da Política Municipal de Assistência Social; 
V - aprovar o Plano Municipal de Assistência Social, apresentado pelo órgão gestor da assistência social; 
VI - aprovar o plano de capacitação, elaborado pelo órgão gestor; 
VII- acompanhar o cumprimento das metas nacionais, estaduais e municipais do Pacto de Aprimoramento da Gestão do SUAS; 
VIII- acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão do Programa Bolsa Família-PBF; 
IX- normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social de âmbito local; 
X- apreciar e aprovar informações da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Habitação inseridas nos sistemas nacionais e estaduais de informação referentes ao planejamento do uso dos recursos de cofinanciamento e a prestação de contas; 
XI- apreciar os dados e informações inseridas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Habitação, unidades públicas e privadas da assistência social, nos sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre o sistema municipal de assistência social; 
XII-alimentar os sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre os Conselhos Municipais de Assistência Social; XIII-zelar pela efetivação do SUAS no Município; 
XIV-zelar pela efetivação da participação da população na formulação da política e no controle da implementação; XV-deliberar sobre as prioridades e metas de desenvolvimento do SUAS em seu âmbito de competência; 
XVI-estabelecer critérios e prazos para concessão dos benefícios eventuais; 
XVII-apreciar e aprovar a proposta orçamentária da assistência social a ser encaminhada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Habitação em consonância com a Política Municipal de Assistência Social; 
XXVII- realizar a inscrição das entidades e organização de assistência social; 
XXVIII- notificar fundamentadamente a entidade ou organização de assistência social no caso de indeferimento do requerimento de inscrição; 
XXIX- fiscalizar as entidades e organizações de assistência social; 
XXX- emitir resolução quanto às suas deliberações; 
XXXI- registrar em ata as reuniões; 
XXXII-instituir comissões e convidar especialistas sempre que se fizerem necessários para assessorar as decisões; XXXIII-zelar pela boa e regular execução dos recursos repassados pelo FMAS executados direta ou indiretamente, inclusive no que tange à prestação de contas; 
REPROGRAMAÇÃO
Os gestores podem ao final de cada exercício reprogramar os saldos relativos aos recursos recebidos 
Para reprogramar o recurso, o ente deve respeitar os seguintes requisitos:
• Prestar de forma contínua e sem interrupção os serviços socioassistenciais cofinanciados, correspondentes a cada piso de proteção;
• Apresentar a proposta de reprogramação de saldo financeiro não executado no exercício anterior para apreciação do Conselho de Assistência Social;
• Após parecer favorável do Conselho de Assistência Social, aplicar o saldo reprogramado dentro de cada nível de proteção em que foi repassado e vinculá-lo aos serviços; e 
• Devolver ao FNAS o recurso financeiro acumulado em decorrência da não prestação dos serviços, de sua interrupção ou da não aprovação pelo Conselho de Assistência Social, inclusive os saldos provenientes de receitas obtidas com a aplicação financeira desses recursos
OBRIGADA

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