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EXERCÍCIO SOBRE INQUÉRITO POLICIAL RESPONDIDO

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Direito Processual Penal I
PROFª DANIELA CARLA GOMES FREITAS
EXERCÍCIO SOBRE INQUÉRITO POLICIAL
1) O juiz deve ouvir as partes sobre a possibilidade de dilação do prazo do inquérito policial?
NÃO, deverá ouvir somente o MP já que a este órgão cabe discordar do pedido.
2) Qual a medida cabível, no caso de juiz indeferir pedido de dilação do prazo, apesar da concordância do querelante ou Ministério Público? 
Poderá ser interposta correição parcial (recurso visando corrigir a falha).
3) Qual a conseqüência jurídica da concessão da dilação de prazo, se o indiciado estiver preso?
Eventual inobservância dessa cautela pode ensejar a impetração de habeas corpus, pois ilegal a coação sofrida em decorrência do excesso de prazo da prisão (art. 648, inc. II, do CPP), CONFIRGURA CONSTRANGIMENTO ILEGAL, JÁ QUE NÃO FOI FEITO O QUE ALEI MANDA.
O pedido de dilação do prazo somente tem lugar em se tratando de indiciado solto, na exata dicção do art. 10, § 3º, do CPP.Caso o indiciado esteja preso e haja a necessidade de alguma diligência (por exemplo, a oitiva de uma testemunha), cabe à autoridade policial cumprir o prazo legal para conclusão do inquérito policial (10 dias) e, no relatório, indicar a medida a ser tomada, que será, posteriormente, enviada a Juízo. 
EXCETO: nos crimes de competência da Justiça Federal admite-se a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito policial ainda que preso o indiciado. Assim, nos termos do art. 66 da Lei n. 5.010/1966 (que organizou a Justiça Federal), o inquérito, quando preso o indiciado, deve estar concluído no prazo de 15 dias, podendo ser prorrogado por igual período. O parágrafo único do mesmo artigo dispõe que “ao requerer a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial deverá apresentar o preso ao Juiz”.
4) Quais as principais atribuições da autoridade policial na conclusão do procedimento inquisitorial?
Ao Delegado de polícia na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto a apuração das infrações penais
5) Qual o recurso cabível da decisão que determina o arquivamento do inquérito policial?
NA REGRA GERAL NÃO CABE RECURSO SOMENTE EM ALGUMAS EXCEÇÕES: Exceções: 1) crime contra a economia popular, em que cabe recurso de ofício (lei 1.521/51, art. 7°); 2) contravenções dos arts. 58 (jogo do bicho) e 60 (aposta de corrida de cavalos fora do hipódromo) da Lei 6.259/44: nesse caso cabe recurso em sentido estrito (artigo 6° da Lei 1.508/51. mas quem irá recorrer, se for o próprio MP quem requereu o arquivamento? Qualquer do povo.
 Diz o art. 6° da Lei 1508/51: “quando qualquer do povo provocar a iniciativa do Ministério Público, nos termos do artigo 27 do Código do Processo Penal, para o processo tratado nesta Lei, a representação, depois do registro pelo distribuidor do juízo, será por este enviada, incontinenti, ao Promotor Público, para os fins legais. 
Parágrafo único. Se a representação for arquivada, poderá o seu autor interpor recurso no sentido estrito”.
6) Podem existir dois inquéritos sobre o mesmo fato? 
Não,pois feriria o principio do “no bis idem art 39 §1º e §2º do CPP. 
7) Quem tem o poder de ordenar a apuração de inquéritos contra membros do poder legislativo?
 SENDO QUE O CODIGO PENAL É SILENTE NESTA QUESTÃO. E BASEDAO NO ART.53§2º DA CF DESDE A EXPEDIÇÃO DE SEU DIPLOMA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
8) As irregularidades no inquérito policial podem contaminar o futuro do processo?
Entretanto, eventuais irregularidades ou ilegalidades na condução do inquérito podem vir a contaminar o consequente processo criminal, gerando eventuais nulidades. Algumas ilegalidades poderão, ao seu turno, ensejar o próprio trancamento do Inquérito Policial ou a nulidade do próprio inquérito.
9) Instauração de IP sobre delito que se sabe inexistente é considerado constrangimento ilegal? 
SIM, Quando a investigação feita pela autoridade policial é infundada, ela traz para o indiciado um constrangimento ilegal, pois como já foi falado, o indiciamento é grave, pois faz anotar, definitivamente, na folha de antecedentes do indivíduo a suspeita de ter ele cometido um delito.
10) É possível o trancamento do IP sob o argumento de que o fato é antijurídico?
Não. Se o fato é antijurídico vai contra as normas jurídicas e deve ser investigado
11) Como se procede o requerimento para a instauração de IP nas ações privadas?
A requerimento da vítima ou de quem a legalmente a represente nos termos do art.5° inciso 5° do CCP; nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá instaurar o inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
12) Se a ação é privada, pode o autor ser intimado para prestar depoimento se não existe requerimento da vítima para instauração de IP? 
Não. É necessário em ação privada a queixa crime.
13) O delegado pode determinar a condução coercitiva di indiciado para o interrogatório?
Não. É exigido ordem escrita e fundamentada por parte do magistrado. , nos termos do Art. 283 e 260 do CPP.  “O inquérito policial é um procedimento administrativo, não judicial.
14) A ausência de interrogatório no procedimento inquisitorial anula a ação penal?
SIM, ART 564 III PARAGRAFO ÚNICO DO CPP
15) O acusado é obrigado a participar de simulações do delito feitas no Inquérito?
Não (nemo tenetur se detegere) (RT, HC 64354, RT 624/372 e RTJ 127/461, TJSP, RJTJSP 431343 e RT 697/385). De outro lado, se não é obrigado a participar do ato, tampouco é obrigado a ir ao local dos fatos. É um constrangimento fazê-lo estar presente no local dos fatos ( na medida em que ele tem o direito de não participar absolutamente nada – ninguém e obrigado a se auto-incriminar).
16) A falta de relatório ao final do inquérito policial enseja nulidade do mesmo? 
Para a instauração do inquérito policial é obrigatório o relatório final
17) As fotografias de frente e de perfil, características da identificação criminal, constituem afronta à Constituição Federal, já que ultrapassariam a mera identificação civil?
Não. Afronta por existir algumas exceções em lei, hoje não é obrigatório a identificação criminal para que já é civilmente identificado, CF. art.5º, INCISO LVIII, salvo nas hipóteses previstas em lei.
Lei 9.034/95 art.5° assim como a lei 10.054/00 art.3°,I. 
18) Com o surgimento do crime, a autoridade policial tem a obrigação ou a faculdade de instaurar i IP?
facultativa nos casos de crimes e obrigatroria nos casos de infrações. 
Caso a autoridade policial tome conhecimento da prática de um delito que seja de ação penal pública incondicionada, deverá agir de ofício, instaurando o inquérito policial por meio de uma portaria, independentemente da manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal.
Nos demais casos (crimes de ação penal pública condicionada à representação e ação penal de iniciativa privada), o inquérito policial somente poderá ser instaurado após prévia manifestação do ofendido ou de seu representante legal.
19) O que se entende por auto de prisão em flagrante?
O auto de prisão em flagrante é lavrado quando o agente pratica uma infração penal e é detido pela autoridade policial em flagrante. Um exemplo disto é quando o sujeito está praticando um crime de roubo (art. 157CP) e logo é surpreendido por policiais a qual da voz de prisão para o delinquente.
20) O mero indiciamento em IP pode gerar constrangimento ilegal? 
 Quando a investigação feita pela autoridade policial é infundada, ela traz para o indiciado um constrangimento ilegal, pois como já foi falado, o indiciamento é grave, pois faz anotar, definitivamente, na folha de antecedentes do indivíduo a suspeita de ter ele cometido um delito.
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