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TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Engenharia do Ar condicionado Instrutor: Wilson Teixeira 2 Um novo conceito de avaliação • APO (Avaliação Pós Ocupacional) de Edifícios de Alto Desempenho. 3 Fato relevante Revisão da NBR 6401/1980 • O Projeto de Norma, em 3 partes, foi colocado em consulta Nacional em fevereiro de 2008, pelo prazo de 60 dias • O referido Projeto de Norma está fundamentado e se referencia às mais recentes publicações ASHRAE e SMACNA. 4 SUMÁRIO 1. Conforto Térmico e Psicrometria 2. Cálculo da Carga Térmica 3. Sistemas de Ar Condicionado e Seleção de Equipamentos 4. Distribuição de Ar e Redes de Dutos 5. Fundamentos de Instrumentação e Controle 6. Equipamentos de Gás Natural 7. Termo-acumulação 8. Novas tecnologias e Tendências em Sistemas de Climatização 9. Analise Técnica e Econômica de Sistemas de Ar Condicionado 10. Manutenção 11. Considerações Especiais Sobre Condicionamento de Ar em Plataformas Offshore 12. Miniconsultoria TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 1. Conforto Térmico e Psicrometria 6 Rápida revisão de TRANSCAL • Modalidades de transmissão de calor – Condução – Convecção – Radiação • Calor – Sensível – Latente • Entalpia. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Conceitos fundamentais sobre o ar atmosférico 8 O ar atmosférico • O ar atmosférico é a matéria gasosa que circunda a Terra • É formado por uma mistura de gases que contém matérias sólidas e matérias líquidas na forma de partículas e aerossóis em suspensão • Pode-se considerar que a composição química básica do ar atmosférico é invariável, com exceção do dióxido de carbono e vapor d’água, cujas concentrações podem sofrer grandes variações de uma região para outra • As concentrações de ozônio, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, que estão relacionadas com as atividades humanas, também podem variar. 9 Composição típica e características • Ar atmosférico = ar seco + umidade + impurezas Traços leves de: neônio, hidrogênio, hélio e criptônio • Ar padrão – Peso específico de 1,2 kg / m3 – Viscosidade absoluta ou dinâmica de µ = 0,229 x 10 -8 kg/m.min, para temperatura de 21,10 C – Pressão barométrica de 101.325 kPa (29,92 in Hg = 1 atm). CONCENTRAÇÃO COMPONENTE FÓRMULA QUÍMICA POR VOLUME POR PESO Nitrogênio N2 0,7809 0,7552 Oxigênio O2 0,2095 0,2315 Argônio e outros gases nobres Ar, He, Ne 0,0093 0,0128 Dióxido de carbono CO2 0,0003 0,0004 Vapor d’água H2O variável variável 10 Psicrometria • O ar atmosférico contém sempre uma certa quantidade de vapor d'água, o qual, quando a atmosfera está limpa, se encontra no estado de superaquecimento • Enquanto a mistura vapor-ar não se torna saturada, com a formação de neblina, nuvens, etc., podemos considerá- la uma mistura gasosa, obedecendo às leis estabelecidas para esse tipo de mistura • A esta composição, chamamos de ar úmido, tendo o vapor d'água participação de destaque na avaliação das suas condições • A psicrometria é o estudo do ar úmido e das mudanças em suas condições. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 A carta psicrométrica Uma ferramenta gráfica para simplificar os cálculos 12 A carta psicrométrica 13 Principais dados da carta psicrométrica Temperatura de bulbo secoTemperatura de bulbo seco Temperaturas de bulbo úmido e de saturação Temperaturas de bulbo úmido e de saturação 14 Temperaturas • Temperatura de bulbo seco • Temperatura de bulbo úmido • Temperatura de globo • Temperatura de saturação ou de orvalho TBS TBU TG 15 Termômetro digital de globo TB S TG 16 Principais dados da carta psicrométrica Temperatura de bulbo secoTemperatura de bulbo seco Temperaturas de bulbo úmido e de saturação Temperaturas de bulbo úmido e de saturação Umidade relativaUmidade relativa Conteúdo ou razão de umidadeConteúdo ou razão de umidade EntalpiaEntalpia 17 Outras cartas psicrométricas 18 No CD... • Há duas pastas: – Cartas Psicrométricas A3 – Cartas Psicrométricas A4 Cada uma delas contendo as cartas no sistema SI (arquivos PDF) para as seguintes altitudes: – Nível do mar – 750 m – 1500 m – 2250 m – 3000 m 19 Processos psicrométricos Processos psicrométricos Umidificação Desumidificação Refriamento sensível Aquecimento sensível Refriamento evaporativo Desumidificação química 20 Exercício de leitura da carta psicrométrica • Complete os campos do quadro abaixo, para a pressão barométrica de 101.325 kPa (nível do mar) TBS TBU Torv v h w UR (ºC) (ºC) (ºC) (m3/kg as) (kJ/kg as) (g v/kg as) (%) 1 25 20 2 20 60 3 30 22 4 10,00 20 5 30 28 6 15,2 30 7 30 0,866 8 20 0 Ponto 21 Exercício de leitura da carta psicrométrica • Complete os campos do quadro abaixo, para a pressão barométrica de 101.325 kPa (nível do mar) TBS TBU Torv v h w UR (ºC) (ºC) (ºC) (m3/kg as) (kJ/kg as) (g v/kg as) (%) 1 25 20 17,7 0,862 57,6 12,70 64 2 20 15,1 12 0,839 42,3 8,80 60 3 30 24,1 22 0,882 72,9 16,65 62,7 4 41,8 23 14 0,906 68,5 10,00 20 5 38,2 30 28 0,913 99,9 24,12 60 6 15,2 10,3 6,1 0,824 30 5,90 55 7 30 16,5 7 0,866 46,5 6,25 24 8 20 5,8 n/d 0,834 20,3 0 0 Ponto TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Principais processos de condicionamento de ar Análise de suas evoluções na carta psicrométrica 23 Processo de aquecimento a umidade constante 24 Processo de aquecimento a umidade relativa constante CA LO R TO TA L CALOR SENSÍVEL CALOR LATENTE 25 Refrigeração com desumidificação CALOR SENSÍVEL CALOR LATENTE 26 Cartas psicrométricas digitais • Freeware PSICROM desenvolvido pelo Prof. Maurício Roriz, da UFSCar – Programa de Pós-Graduação em Eng. Civil • Disponível para download gratuito na Internet: http://www.ecivilnet.com/softwares/index.htm 27 Programas comerciais • ASHRAE • TRANE • Elite Software TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Conforto térmico Avaliação segundo o Método de Fanger, a ISO 7730, a ASHRAE 55 e o Projeto de Norma ABNT 29 O que é conforto térmico ? • Segundo a ISO 7730 – É aquela condição mental que expressa satisfação com o ambiente térmico • Segundo a ASHRAE – É um estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente térmico. 30 A ASHRAE adota Fanger e a ISO 7730 • Agora, a ABNT também vai adotar • O NTT já apresenta este critério de avaliação, nos seus cursos, há cerca de uma década. 31 Conforto térmico segundo Fanger • Temperatura do ar • Umidade relativa • Temperatura radiante média • Velocidade do ar • Atividade metabólica • Vestimenta • Temperatura do ar • Umidade relativa • Temperatura radiante média • Velocidade do ar • Atividade metabólica • Vestimenta PMV Voto Médio Predito PMV Voto Médio Predito PPD % de pessoas insatisfeitas PPD % de pessoas insatisfeitas 32 Temperatura radiante média • Existe a possibilidade de medição direta da temperatura radiante média, com o emprego de instrumentos adequados ( )4 0,6Va)aTG(T82,5.104273GTrT −++= 33 Atividade metabólica 1 met = 58,2 W/m²1 met = 58,2 W/m² TAXA METABÓLICA ATIVIDADE W/m2 met Deitado 46 0,8 Sentado, relaxado 58 1,0 Atividade sedentária (escritório, desenho, escola, laboratório) 70 1,2 De pé, atividade leve (fazendo compras, laboratório, indústria leve) 93 1,6 De pé, atividade média (trabalho em loja, trabalho Doméstico) 116 2,0 Andando a 2 km/h 110 1,9 Andando a 3 km/h 140 2,4 Andando a 4 km/h 165 2,8 Andando a 5 km/h 200 3,4 Tabela da ISO 7730Tabela da ISO 7730 0.8 Met 1 Met 8 Met 4 Met 34 Vestimentas • Graus de proteção para diversas vestimentas 0,15Clo0.5 Clo 1.0 Clo 1.2 Clo 1 clo = 0,155m² K/W1 clo = 0,155m² K/W 35 Composição do isolamento para a vestimenta • A norma ISO 7730 apresenta valores de clo para diversas vestimentas 1 clo = 0,155m² K/W1 clo = 0,155m² K/W 36 Relação PMV x PPD Nos dois extremos há aqueles que sempre discordam de tudo Nos dois extremos há aqueles que sempre discordam de tudo Nos dois extremos há aqueles que sempre discordam de tudo Nos dois extremos há aqueles que sempre discordam de tudo 37 PMV Tool Freeware disponível para download em: http://www.squ1.com 38 Psycho Tool Freeware disponível para download em: http://www.squ1.com 39 Complementação da ASHRAE 55 40 Algumas causas de desconforto térmico interno (a evitar) Assimetria de temperatura radiante (vidros) Assimetria de temperatura radiante (vidros) Corrente de arCorrente de ar Temperatura do piso Temperatura do piso Diferença na temperatura vertical do ar Diferença na temperatura vertical do ar 41 Confortímetros http://www.innova.dk/ 42 Aplicações do confortímetro TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 2. Cálculo da Carga Térmica TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Objetivos do cálculo da carga térmica 45 Objetivos da estimativa da carga térmica • A estimativa da carga térmica pode ter, dentre outros, um ou mais dos seguintes objetivos: – Seleção de equipamentos – Dimensionamento de rede de dutos – Dimensionamento de termo-acumulação – Avaliação do consumo anual de energia – Avaliação do funcionamento de equipamentos existentes ou a serem adquiridos – Avaliação das alterações necessárias nos sistemas que beneficiam ambientes, cujas finalidades de uso venham a ser modificadas. 46 Aplicações versus tipo de cálculo Tipo de Cálculo Aplicação Carga Máxima Horário 24 horas Horário 8760 horas Seleção de equipamentos X X X Dimensionamento de rede de dutos X X X Dimensionamento de termo-acumulação X X Avaliação do consumo anual de energia X Avaliação da capacidade de equipamentos existentes ou a serem adquiridos X X X Avaliação das alterações necessárias nos sistemas que beneficiam ambientes, cujas finalidades de uso venham a ser modificadas X X X 47 Os processos térmicos de transmissão que aparecem em um edifício • Combinam-se os três mecanismos de transmissão de calor (condução, convecção e radiação) • A grande variedade de materiais envolvidos nos fenômenos térmicos, cada um deles com suas propriedades termofísicas • As relações geométricas, em geral complexas, entre os espaços dos edifícios • Os elementos que geram calor em um edifício são variáveis no tempo e, além do mais, não variam simultaneamente • O armazenamento de calor nos componentes da edificação faz com que a transmissão de calor seja, muitas vezes, mais transitória, que estacionária. • A relação entre os fenômenos térmicos. 48 A metodologia evolui, se adequa e incorpora novos conceitos • Ao longo do tempo, foram desenvolvidos diversos métodos de cálculo da carga térmica, como conseqüência, tanto do avanço do conhecimento, quanto do surgimento de novas necessidades, bem como em função do desenvolvimento tecnológico na realização dos cálculos – Réguas de cálculo – Calculadoras pessoais (inclusive as programáveis) – Computador pessoal. 49 Um pouco de história • Anos 30 – Houghton e outros, introduziram a análise da transmissão do calor através do envelope do edifício e discutiram as características periódicas do fluxo de calor através desse envelope • 1937 – O ASHVE Guide introduziu um método sistemático de cálculo com fatores solares da radiação e a sua influência em paredes externas e telhados • 1944 – Mackey e Wright introduziram pioneiramente o conceito da temperatura sol-ar • 1952 – Mackey e Gay analisaram a diferença entre carga de refrigeração instantânea e o ganho de calor devido ao calor radiante incidente na superfície do envelope do edifício. 50 Um pouco de história • 1965 – A Carrier Corporation publicou um manual de projeto em que o fator do armazenamento de calor e a temperatura equivalente diferencial (ETD) foram usados para indicar a relação da carga instantânea de refrigeração e do ganho calor devido ao efeito do armazenamento de calor da estrutura de edifício • 1967 – A ASHRAE sugeriu um método de tempo médio (TA) para alocar o calor radiante sobre períodos sucessivos de 1 a 3 h ou a 6 a 8 h, dependendo da construção da estrutura de edifício; os ganhos do calor através das paredes e dos telhados são tabulados em diferenciais equivalentes de temperatura total (TETDs) • 1967 – Stephenson e Mitalas recomendaram o fator térmico da resposta, o qual inclui o efeito do armazenamento de calor para o cálculo da carga de refrigeração. 51 Um pouco de história • 1977 – A ASHRAE introduziu um procedimento de uma etapa para o cálculo da carga de refrigeração, que usa o fator de carga de refrigeração (CLF) e diferença de temperatura da carga de refrigeração (CLTD); estes são produzidos pelo método simplificado TFM • 1980 – Publicada a Norma ABNT 6401/1980 • 1980 – O U.S. Department of Energy patrocinou um programa de computador para a estimativa de energia e o cálculo da carga, com a simulação detalhada do sistema, hora-a-hora, chamado DOE-2, o qual foi desenvolvido pelo National Lawrence Berkeley Laboratory • Anos 80 – Desenvolvimento de muitos softwares para o cálculo da carga térmico e do consumo de energia. 52 Um pouco de história • 1996 – O U.S. Department of Energy inicia o patrocínio do desenvolvimento do EnergyPlus, um programa de computador que reúne o melhor do BLAST e do DOE-2 • 2001 – O ASHRAE Fundamentals Handbook apresenta o método RTS – Radiant Times Series • 31/10/2007 – É lançada a versão 2.1.0 do EnergyPlus • Fev 2008 – A ABNT coloca em consulta nacional o Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001 53 Comparação de métodos de cálculo 54 A evolução dos métodos de cálculo 55 A Norma ABNT 6401/1980 • As atuais normas brasileiras não prescrevem nenhum método de cálculo, a não ser a ABNT NBR 5858, que apresenta um método simplificado, para o cálculo de carga térmica adequado à seleção de aparelhos de janela • A principal norma brasileira da área, a NBR 6401/1980 Instalações centrais de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projeto, de acordo com o seu próprio título, somente apresenta alguns parâmetros básicos de projeto • Assim sendo, muitos projetistas ainda adotam como prática rotineira, o cálculo manual, empregando o método da Carrier, publicado em 1965. 56 Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001/1 57 Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001/1 58 O Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001 TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Elementos de carga térmica 60 Componentes da carga térmica • A carga térmica é composta pelos seguintes elementos: – Cargas externas • Ganhos de calor pelas paredes externas e cobertura • Ganho solar através dos fechamentos transparentes • Ganhos de calor através das paredes, tetos e pisos internos • Infiltração de ar externo no espaço condicionado – Cargas Internas • Pessoas • Iluminação • Equipamentos e aparelhos 61 Ganhos de calor sensível • Ganhos externos – Ganhos de calor através do envelope da edificação • Radiação solar, com predominância da radiação através dos fechamentos transparentes • Condução de calor através dos fechamentos transparentes e opacos – Calor proveniente da ventilação – renovação de ar e infiltrações • Ganhos internos – Condução de calor através das paredes internas, divisórias, tetos e pisos – Calor gerado dentro do ambiente pelos ocupantes, luzes, equipamentos, desenvolvimento de processos ou qualquer outra fonte geradora de calor 62 Ganhos de calor latente• Calor (umidade) produzido pelos ocupantes, devido à liberação de vapor • Calor (umidade) proveniente da ventilação • Calor (umidade) proveniente de equipamentos ou processos que liberam vapor. 63 Diversidade da carga térmica • É importante considerar, quando da estimativa da carga térmica, a não simultaneidade das intensidades de seus componentes • Os programas de cálculo de carga térmica de alta performance, em função dos seus próprios princípios de cálculo, já levam em conta esta diversidade, mas nas demais técnicas de cálculo, este trabalho deve ser realizado pelo projetista • A hora de maior ganho de calor é uma questão que está intimamente ligada à diversidade da carga térmica. 64 Parece incrível... • No cômputo da hora de maior ganho de calor, há quem considere como possíveis de serem simultâneos e coincidentes: – Hora mais quente do dia: 14 horas – Dia mais quente do ano: um dia do mês de fevereiro – Dia de maior afluência de pessoas: véspera de natal ou dia das mães – Hora de maior ganho solar: solstício de verão (meio- dia, de 22 de dezembro) • No futuro, isto não existirá mais, pois: – “As cargas térmicas devem ser calculadas em quantas horas do dia de projeto forem necessárias para determinar a carga máxima de cada zona e as cargas máximas simultâneas de cada unidade de tratamento de ar e do conjunto do sistema, bem como as épocas de suas respectivas ocorrências. Deve ainda ser considerado o efeito dinâmico da massa da edificação sobre a carga térmica”. 65 Roteiro ACADÊMICO de cálculo da carga térmica • Este roteiro de cálculo manual da carga térmica tem caráter ilustrativo e está de acordo com os requisitos constantes dos seguintes documentos: – Manual de Ar Condicionado da Carrier, 1ª edição 1970, 5ª reimpressão 1980, em espanhol – Norma ABNT NBR6401/1980 • As unidades estão no sistema SI e a numeração das tabelas seguem a dos documentos de referência • Vamos ao ANEXO 2, seguir os passos de um roteiro de cálculo manual da carga térmica, tradicionalmente usado no nosso país, e identificar os maiores potenciais de sua redução • O Roteiro Acadêmico é propício à identificação das principais técnicas de redução da carga térmica. 66 1 – INSOLAÇÃO E TRANSMISSÃO DE CALOR EXTERNA 1.1 – Insolação através dos vidros Qa = It · A · φ · a onde: It Intensidade de radiação máxima para o dia desejado (Tabela 15 e correções) A Área envidraçada φ Fator de redução do vidro (Tabela 16) a Fator de armazenamento (Tabelas 7 a 11) 67 1 – INSOLAÇÃO E TRANSMISSÃO DE CALOR EXTERNA 1.2 – Transmissão de calor através de vidros externos Qb = U · A · (Text – Tint) Obs: U é tabelado para as condições de verão ou inverno (tabelado) Para janelas com cortinas, adotar U = 5,0 kcal/h.m2 ºC 68 1 – INSOLAÇÃO E TRANSMISSÃO DE CALOR EXTERNA 1.3 – Insolação e transmissão de calor através de paredes externas Qc = U · A · ΔTe onde: U Coeficiente global para paredes externas (tabelado) A Área da parede ΔTe Diferença de temperatura equivalente (Tabela 19 + correções) Obs: W/m2 K · 0,86 = kcal/h m2 ºC 69 1 – INSOLAÇÃO E TRANSMISSÃO DE CALOR EXTERNA 1.4 – Insolação e transmissão através de telhados Qd = U · A · ΔTe onde: U Coeficiente global do telhado (tabelado) A Área projetada do telhado ΔTe Diferença de temperatura equivalente (Tabela 20 + correções) Obs: Caso existe forro falso, considera-se apenas 80% do valor acima W/m2 K · 0,86 = kcal/h m2 ºC 70 1 – INSOLAÇÃO E TRANSMISSÃO DE CALOR EXTERNA Resumindo: O ganho de calor devido à insolação e transmissão externa é: Σ1 = Qa + Qb + Qc + Qd (kcal/h) 71 2 – TRANSMISSÃO DE CALOR ATRAVÉS DE PARTES INTERNAS 2.1 – Vidros internos Q1 = U · A · (Te – Ti – 3ºC) Obs: Só ocorrerá a transmissão de calor através do vidro, se ele estiver entre o ambiente condicionado e o não condicionado 72 2 – TRANSMISSÃO DE CALOR ATRAVÉS DE PARTES INTERNAS 2.2 – Paredes internas (divisórias) Q2 = U · A · (Te – Ti – 3ºC) onde: U Coeficiente global (tabelado) A Área da parede (desprezam-se as áreas das portas e janelas) Obs: Só ocorrerá a transmissão de calor através da parede, se ela estiver entre o ambiente condicionado e o não condicionado 73 2 – TRANSMISSÃO DE CALOR ATRAVÉS DE PARTES INTERNAS 2.3 – Tetos e pisos Q3 = U · A · (Test – Tint – 3ºC) onde: U Coeficiente global (tabelado) A Área do piso ou teto Obs: Caso existe forro falso, considera-se apenas 80% do valor acima Quando o piso estiver diretamente sobre o solo, despreza-se esta parcela 74 2 – TRANSMISSÃO DE CALOR ATRAVÉS DE PARTES INTERNAS Resumindo: O ganho de calor devido à transmissão através de partes internas é: Σ2 = Q1 + Q2 + Q3 75 3 – CARGAS INTERNAS 3.1 – Iluminação a) Lâmpadas incandescentes Q4 = n · PL · 0,86 (kcal/h) b) Lâmpadas fluorescentes Q4 = n (1 + r) PL · 0,86 (kcal/h) onde: n Número de lâmpadas PL Potência nominal da lâmpada, em watts r Fator percentual de calor dissipado pelos reatores: r = 0,250 para reatores convencionais r = 0,0075 para reatores eletrônicos Obs: Quando o reator estiver no Quando o reator estiver no forro falso, considera-se apenas 80% da sua carga térmica 76 3 – CARGAS INTERNAS 3.2 – Calor sensível liberado pelos ocupantes Q5 = n · S onde: n Número de ocupantes S Calor sensível liberado por ocupante, que depende da temperatura do ambiente e da atividade metabólica (Tabela 12 – ABNT) 77 3 – CARGAS INTERNAS 3.3 – Calor sensível de equipamentos Considerar apenas a parcela da potência nominal do equipamento que seja liberada na forma de calor (Q6) 78 3 – CARGAS INTERNAS Resumindo: O ganho de calor devido a cargas internas é dado por: Σ3 = Q4 + Q5 + Q6 (kcal/h) A carga térmica sensível interna do recinto é: Σ4 = Σ1 + Σ2 + Σ3 (kcal/h) 79 4 – CALOR LATENTE INTERNO DO RECINTO Σ5 = n · L + outros onde: n Número de ocupantes S Calor latente liberado por ocupante, que depende da temperatura do ambiente e da atividade metabólica (Tabela 12 – ABNT) Outros Umidade de fontes internas como lagos, cafeteiras, refeições, etc. 80 5 – OUTROS GANHOS DE CALOR SENSÍVEL Ganho de calor nos dutos 5% de Σ4 nos casos normais Vazamento de ar nos dutos Calor do ventilador 5% de Σ4 Desta forma, estes componentes correspondem a 10% de Σ4 Σ6 = Σ4 + 10% Σ4 (kcal/h) 81 6 – CARGA SENSÍVEL DO AR EXTERIOR SUPOSTA NO RECINTO QSAef = cp ar · Var ext · ρar · (Text – Tint) · b (kcal/h) onde: Var ext Vazão de ar externo de ventilação b Fator da bypass 82 7 – CARGA TÉRMICA SENSÍVEL EFETIVA NO RECINTO Σa = Σ6 + QSAef (kcal/h) 83 8 – CARGA TÉRMICA LATENTE DO AR EXTERIOR SUPOSTA INCIDENTE NO RECINTO QLAef = hlv · Var ext · ρ · (W – W) · f (kcal/h) 84 Σb = Σ5 + QLAef + 0,05 Σ5 (kcal/h) onde: Os 5% adicionais de Σ5 correspondem ao fator de segurança para compensar o ganho de umidade pelas paredes 9 – CARGA TÉRMICA LATENTE EFETIVA DO RECINTO 85 Calor total efetivo = Σa + Σb (kcal/h) 10 – CARGA TÉRMICA TOTAL EFETIVA DO RECINTO 86 11 – CARGAS TÉRMICAS REMOVIDAS DIRETAMENTE NO EQUIPAMENTO Grande total = Σ10 + Σa + Σb + outros (kcal/h) Onde: Σ10 carga térmica total da parcela de ar exterior que é resfriada pelo condicionador de ar Σ10 = Var ext · ρar · (1 – b) · [cp ar · (Text – Tint) + hlv · (Wext – Wint)] Σa + Σb = Calor total efetivo do recinto Outros: Parte da insolação e transmissão através do teto que foi absorvida pelo forro (20%) Parte da insolação e transmissão através de paredes que foi absorvida pelo forro (20%) Parte da potência (carga térmica dos reatores) dissipada no forro (20%) 87 11 – CARGAS TÉRMICAS REMOVIDAS DIRETAMENTE NO EQUIPAMENTO • Observação – Grande total é a potência frigorígena que o condicionador deve ter para atender a carga térmica total efetiva do recinto. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Cálculo da vazão de ar 89 Finalidades do ar insuflado • Renovar o ar do recinto • Exercer a função de fluido térmicopara a condução do calor (ou do frio) – arraste da umidade (através da sua umidificação) e remoção do calor sensível (através da sua variação de temperatura, levando em conta o seu calor específico): – O calor específico do ar é 1,034 kJ/kg°C – A densidade do ar a 27°C é 1,15 kg/m3 90 Cálculo • Como a vazão de ar é determinada, fundamentalmente, pela carga térmica sensível, define-se, como fator de carga sensível, a parte sensível de toda a carga térmica (carga sensível + carga latente) Q = m · c · Δt • A maioria dos programas de cálculo de carga térmica também calcula as vazões de ar. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Técnicas de cálculo da carga térmica e suas aplicabilidades 92 Cálculo manual da carga térmica • O Anexo 2 apresenta uma metodologia de cálculo manual de carga térmica de refrigeração, de emprego tradicional em muitas regiões, baseado no método da Carrier • A parte mais trabalhosa deste tipo de cálculo é a que se refere às cargas externas, com destaque para as cargas de insolação. – Desta forma, além do emprego acadêmico, seu uso é atualmente recomendado, apenas para pequenos projetos, principalmente aqueles que não contém cargas externas, como lojas de shoppings e similares. 93 Cálculo da carga térmica em computador • É o tipo de cálculo da carga térmica mais praticado profissionalmente, na atualidade Existem, fundamentalmente, quatro tipos de programas para o cálculo da carga térmica: – Planilhas eletrônicas que automatizam os cálculos, segundo os mesmos princípios do cálculo manual – Programas de cálculo de carga térmica horária, ao longo de um dia típico (24 horas) – Programas que atendem aos métodos descritos no atual ASHRAE Handbook of Fundamentals (CLTD/RTS) para prédios comerciais e residenciais – Programas de cálculo de carga térmica horária, ao longo de um ano (8760 horas). 94 Cálculo da carga térmica em computador • Ao contrário da atual tendência verificada em outras áreas, como por exemplo a da iluminação, na área de iluminação, na área de ar condicionado predominam os programas comerciais. 95 Screenshot de Planilha Excel 96 Screenshots dos principais softwares comerciais 97 Screenshot de software comercial de modelagem computacional baseado no DOE21E 98 Screenshot de freeware de modelagem computacional baseado no E+ (EnergyPlus) TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 4. Distribuição de Ar e Redes de Dutos TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Redes de dutos – princípios gerais 101 Classificação e materiais • Normalmente os dutos são classificados quanto á sua forma: – Retangulares – Cilíndricos – Ovais – Flexíveis • Os materiais mais utilizados são: – Chapa de aço galvanizado – Alumínio – Fibra de vidro – PVC – Alvenaria ou concreto – Chapa de aço preto. 102 Tipos de ventiladores Ventiladores centrífugos Ventiladores axiais 103 Curva de performance de ventiladores Pressão totalPressão total Pressão estáticaPressão estática Eficiência total do ventilador Eficiência total do ventilador Eficiência estática do ventilador Eficiência estática do ventilador Potência de entrada do ventilador Potência de entrada do ventilador Pressão dinâmicaPressão dinâmica VazãoVazão 104 Curvas ventilador x sistema Curva de pressão do ventilador Curva de pressão do ventilador Curva de potência de entrada do ventilador Curva de potência de entrada do ventilador Curva do sistemaCurva do sistema Ponto de operaçãoPonto de operação 105 Pressões em um duto de ar Pressão dinâmicaPressão dinâmica Pressão totalPressão total Pressão estáticaPressão estática 106 Características da pressão • PE e PD são mutuamente conversíveis ( ou ) • PT sempre decresce na direção do fluxo de ar • Para trechos de dutos com seção constante: – Velocidade e PD são constantes – Variação da PT = variação da PE • Quando a área da seção do duto é reduzida: – Velocidade e PP aumentam – Os valores absolutos de PT e PE diminuem – Perdas dinâmicas em curvas, dampers, etc. 107 Exemplo 108 Vamos analisar o que acontece nestes dutos 109 Classificação dos dutos quanto à pressão • Baixa pressão – Pressões estáticas até 500 Pa e velocidades até 10 m/s • Média pressão – Pressões estáticas até 1500 Pa e velocidades até 10 m/s • Alta pressão – Pressões estáticas de 1500 Pa a 2500 Pa e velocidades acima de 10 m/s. FONTE: ABNT NBR 6401/1980 110 Influências da velocidade • Velocidade alta • Velocidade baixa X • Vantagens • Desvantagens. 111 Principais formatos Duto retangularDuto retangular Duto redondo em espiral Duto redondo em espiral Duto plano ovalDuto plano oval Duto flexívelDuto flexível 112 Materiais de construção dos dutos • Os dutos podem ser construídos de qualquer material que possua resistência mecânica para resistir esforços resultantes da diferença de pressão entre as faces das suas paredes, ao peso próprio e a turbulência de certos trechos • Os materiais mais utilizados são: – Chapa de aço galvanizada – Alumínio – Fibra de vidro – PVC – Alvenaria ou concreto – Chapa de aço preta. 113 Tópicos sobre a fabricação de dutos • Os dutos quando construídos em chapa de aço galvanizada e alumínio devem obedecer as bitolas recomendadas na Tabela 14 da ABNT NBR 6401/1980 (ver Anexo 3) • As superfícies internas devem ser livres e desimpedidas, sem saliências, nem obstruções, utilizando entre diferentes seções, juntas e chavetas do mesmo material dos dutos • As mudanças de direção nos dutos são feitas por meio de curvas de raios convenientes e joelhos, ambos com veias defletoras com dimensões e espaçamento adequados para manter o fluxo de ar uniforme – As veias defletoras são de chapa # 18 independentemente da bitola do duto • Os colarinhos de ligação dos dutos com as aberturas de insuflamento deverão possuir captores para equalizar a vazão de ar • A construção de dutos retangulares requer o uso da tesoura de corte de chapa, maquina para dobramento da chapa (viradeira), maquina para conformação das juntas e ferramentas convencionais. 114 Juntas mais comuns ChavetaChaveta IlhargaIlharga JuntaJunta 115 Juntas transversais reforçadas 116 Suportes • Os suportes são, em função do peso: – feitos com cintas de chapas aparafusadas ao duto e fixadas na laje ou viga, ou – feitos de cantoneiras, em que o duto repousa sobre uma peça horizontal que é igualmente fixada ao teto. 117 Splitters e dampers • Nos pontos onde haja divisão do de fluxo de ar, os dutos possuirão divisores do tipo splitter de fácil manuseio, mesmo com o sistema em operação • Com a finalidade de regular a distribuição de ar dos diversos ramais e permitir o balanceamento do sistema, são instalados nos pontos necessários, dampers modulantes manuais de laminas opostas. 118 Ligações • As ligações dos dutos com equipamentos deve ser sempre efetuada com o emprego de conexões flexíveis (lona ou plástico) para evitar a transmissão de vibrações. 119 Isolamento • Na maioria dos casos deseja-se que o ar percorra o trajeto sem modificar sensivelmente as suas condições de temperatura e umidade, e evitar condensação nos dutos • Para isso, o duto deve ser isolado externamente e de forma estanque • O isolamento não deve apresentar descontinuidade e as suas junções devem ser protegidas com fita de alumínio auto- adesiva • Os isolamentos mais utilizados são: – poliestireno expandido (isopor 1/2” a 1” de espessura, anti- chama) – lã de vidro com filme de alumínio (1/2" a 1" de espessura) • O isolamento é aplicado com cola específica ou asfalto liquido, para permitir a total aderência ao duto • Quando necessário, os dutos são isolados internamente com material acústico. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado Fu n d a d o e m 1 9 7 8 Métodos de dimensionamento de redes de dutos 121 Princípios de dimensionamento • Os dutos são dimensionados como dutos redondos • Depois desse dimensionamento, através de fatores adequados de conversão, as dimensões são transformadas em retangulares, ovais, etc. 122 Parâmetros para dimensionamento Tabela 13 – Velocidades recomendadas e máximas para dutos de ar e equipamentos de sistemas de baixa pressão Recomendadas (m/s) Máximas (m/s) Residências Escolas, teatros e edifícios públicos Prédios industriais Residências Escolas, teatros e edifícios públicos Prédios industriais Tomadas de ar exterior 2,50 2,50 2,50 4,00 4,50 6,00 Serpentinas Resfriamento Aquecimento 2,25 2,25 2,50 2,50 3,00 3,00 2,25 2,50 2,50 3,00 3,60 7,50 Lavadores de ar Borrifador Alta velocidade 2,50 – 2,50 – 2,50 9,00 3,50 – 3,50 – 3,50 9,00 Descarga do ventilador min max 5,00 8,00 6,50 10,00 8,00 12,00 – 8,50 – 11,00 – 14,00 Dutos principais min max 3,50 4,50 5,00 6,50 6,00 9,00 – 6,0 – 8,00 – 10,00 Ramais horizontais min max – 3,00 3,00 4,50 4,00 5,00 – 5,00 – 6.50 – 9,0 Ramais verticais min max – 2,50 3,00 3,50 – 4,00 – 4,00 – 6,00 – 8,00 FONTE: ABNT NBR 6401/1980 Designação 123 Métodos de cálculo • O calculo de um sistema de baixa velocidade pode ser realizado por diversos métodos, que têm graus distintos de precisão, economia e emprego • Os principais métodos de cálculo são: – Igual Perda (equal friction) – Recuperação Estática (static regain) – Método T de otimização (T method). 124 Método de Igual Perda • Consiste em estipular um coeficiente de perda por fricção uniforme em toda a rede, situado entre 0,7 e um máximo de 4,0 Pa/m ou 5,0 Pa/m de duto reto • Um valor de 1,0 Pa/m ou 1,3 Pa/m é recomendado para uma perda de carga moderada, enquanto valores mais altos podem ser adotados para reduzir o tamanho dos dutos, embora ao custo de maior consumo de energia • O coeficiente adotado não deve necessariamente ser aplicado a toda a rede • Determinados ramais, curtos e próximos ao ventilador, podem ser dimensionados com coeficiente de fricção maior, para reduzir a necessidade de restringir excessivamente os dispositivos de regulagem. 125 Método da Recuperação Estática • O método clássico procura compensar parcialmente a perda de pressão estática de um trecho entre duas junções divergentes reduzindo a velocidade no trecho seguinte, convertendo a redução de parte da pressão dinâmica resultante em ganho de pressão estática • A parcela da redução da pressão dinâmica creditada como recuperação estática é definida pelo projetista • O método leva a dimensões excessivas de trechos de dutos e apresenta resultados práticos incertos e não reduz a necessidade de dispositivos de regulagem das vazões, não sendo recomendado seu uso generalizado • Segundo o Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001/1, “uma descrição do método pode ser encontrada na Referencia Bibliográfica [5]”. 126 Método T de otimização • Ainda pouco utilizado no nosso país, em decorrência da complexidade de emprego, é o terceiro método relacionado no Projeto de Norma ABNT 55:002.03-001/1 • É um método iterativo que procura minimizar o custo total do sistema ao longo de sua vida útil • Considera o custo inicial dos dutos, o custo anual da energia aos valores atuais, as horas anuais de operação, o período de amortização e as taxas de inflação e de juros previstas • O método requer o uso de um programa de computador • Ainda segundo o Projeto de Norma ABNT 55:002.03- 001/1, “uma descrição do método pode ser encontrada na Referencia Bibliográfica [5]. O uso do método é facultativo” • Em sistemas de grande porte, com alto custo dos dutos e consumo de energia dos ventiladores, o uso do método pode ser justificado. 127 Perdas de carga • Utiliza-se a Equação de Darcy-Weisbach – Hf = perdas por atrito, ou pf = perdas de pressão – f = fator de atrito (adimensional) – L = comprimento do duto (m) – D = diâmetro do duto (m) – v = velocidade média do ar no duto (m/s). 128 Perdas de carga • ou a fórmula de Colebrook, na forma de uma carta de perdas por atrito • Correções para temperatura e rugosidade – Δpf = Ksr KT Kel Δpfc – Ksr = fator de correção da rugosidade – KT = fator de correção da temperatura do ar – Kel = fator de correção para altitude. 129 Perdas localizadas • As perdas localizadas são tabuladas em termos de comprimentos equivalentes de trechos retos de dutos. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Técnicas de dimensionamento de redes de dutos – ábacos e softwares 131 Dimensionamento de sistemas de ventilação simples • Aqueles que não têm ramificações, constituindo-se somente dos dutos de aspiração e insuflamento (à montante e à jusante, isto é, antes e depois do ventilador), ou aqueles de baixa complexidade, isto é, que têm poucas ramificações • É suficiente utilizar o procedimento de cálculo conhecido como o método da velocidade. O método da velocidade utiliza os limites de velocidade em vários trechos do sistema de ventilação impostos por normas, como a NBR 6401/1980. 132 Dimensionamento de sistemas de ventilação complexos • Com muitas ramificações, vários dutos secundários, ramais, etc., envolve a solução simultânea de um grande número de equações não-lineares, além de estar sujeito a restrições impostas por normas (velocidade máxima, por exemplo) ou restrições físicas (espaço disponível, alojamento dos dutos, etc.) • Seu dimensionamento é usualmente realizado com ferramentas computacionais apropriadas, as quais dispõem de algoritmos para a solução simultânea das equações e esquemas lógicos para contemplar as várias restrições existentes. 133 Dimensionamento de sistemas de ventilação complexos • Três outros procedimentos de cálculo produzem melhores resultados, em termos de balanceamento do sistema, de consumo de energia e geração de ruído: – O método da Igual Perda – O método da Recuperação Estática – Método T de otimização. 134 O projeto de dutos otimizado • Ótimo layout do sistema de dutos, dentro das condições disponíveis de espaço • Sistema de balanceamento satisfatório • Nível de ruído aceitável • Ótima eficiência energética e custo inicial baixo • Instalação apenas dos elementos de balanceamento necessários (dampers) • Atendimento às normas de incêndio, construção de dutos e isolamentos. 135 Método tradicional das tabelas • O Anexo 3 apresenta uma coleção de tabelas utilizadas no método tradicional de cálculo de redes de dutos, para fins exclusivamente acadêmicos, compilada a partir das seguintes fontes: – CARRIER, Manual de Aire Acondicionado, 1980 – ASHRAE, 2001 Fundamentals – ABNT NBR 6401/1980. 136 DUCTULATOR™ da TRANE • O DUCTULATOR™ fez muito sucesso até o advento dos computadores pessoais • Ainda hoje é bastante utilizado • Os mais recentes são bi-dimensionais: – Unidades inglesas de um lado – Unidades métricas SI do outro. 137 Software (freeware) CLIMAVER • Este software foi desenvolvido especialmente para SAINT-GOBAIN CRISTALERÍA, S.A. pela UNIVERSIDAD POLITÉCNICA DE VALENCIA a partir de seus programas IP Clima e IPS Ducto • Endereço para download gratuito: http://www.isover.net/asesoria/download/principal.htm 138 139 140 141 142 143 Esta é a aparência geral da janela com que se trabalhaEsta é a aparência geral da janela com que se trabalha TELA PRINCIPAL Na barra de opções estão disponíveis: - Operações básicas (novo,abrir, salvar) - Inserir novos trechos - Inserir difusores - Modificar dados ou pedir informações - Inserir curvas ou bifurcações - Obter resultados Na barra de opções estão disponíveis: - Operações básicas (novo,abrir, salvar) - Inserir novos trechos - Inserir difusores - Modificar dados ou pedir informações- Inserir curvas ou bifurcações - Obter resultados 144 Podem-se abrir projetos de qualquer subdiretório, mas existe um subdiretório default c:/climaver/ducto/ejemplos/ Podem-se abrir projetos de qualquer subdiretório, mas existe um subdiretório default c:/climaver/ducto/ejemplos/ Quando o programa é iniciado...Quando o programa é iniciado... Pode-se iniciar um novo projetoPode-se iniciar um novo projeto 145 Forma de introduzir dados em um projeto de um edifício ou de uma casa 146 Em primeiro lugar podem-se lançar os seguintes dados, (todos são opcionais): - Nome da empresa - Título do projeto - Temperatura do ar - Altura sobre o nível do mar Em primeiro lugar podem-se lançar os seguintes dados, (todos são opcionais): - Nome da empresa - Título do projeto - Temperatura do ar - Altura sobre o nível do mar - Tipo de rede (insuflamento/retorno) - Material empregado -Tipo de duto (circular/retangular) - Tipo de rede (insuflamento/retorno) - Material empregado -Tipo de duto (circular/retangular) Condições de cálculo - Mesma altura - Altura máxima do duto - Altura máxima da rede Condições de cálculo - Mesma altura - Altura máxima do duto - Altura máxima da rede 147 Segundo as condições de cálculo que se tenham especificado, devem-se assinalar: - Altura máxima - Relação base altura - Intervalos de normalização Segundo as condições de cálculo que se tenham especificado, devem-se assinalar: - Altura máxima - Relação base altura - Intervalos de normalização 148 Indicar o n° do trecho (ordem crescente) e seu comprimento Indicar o n° do trecho (ordem crescente) e seu comprimento Para inserir um trecho, desenhá-lo com o mouse - Assinalar o ponto de início (botão esquerdo) - Assinalar mudanças de direção (botão esquerdo) - Assinalar o final do trecho (botão direito) Para inserir um trecho, desenhá-lo com o mouse - Assinalar o ponto de início (botão esquerdo) - Assinalar mudanças de direção (botão esquerdo) - Assinalar o final do trecho (botão direito) Barras de deslocamentoBarras de deslocamento Para eliminar um trecho, colocar o cursor do mouse sobre ele e dar um click com o botão direito Para eliminar um trecho, colocar o cursor do mouse sobre ele e dar um click com o botão direito Definir os trechos da redeDefinir os trechos da rede 149 Definir os acessórios que formam a redeDefinir os acessórios que formam a rede CurvasCurvas BifurcaçõesBifurcações Para inserir acessórios, assinalar com o mouse (botão esquerdo) o tipo de acessório Arrastá-lo até o local escolhido e soltar Para inserir acessórios, assinalar com o mouse (botão esquerdo) o tipo de acessório Arrastá-lo até o local escolhido e soltar Para eliminar um acessório, colocar o cursor do mouse sobre ele e dar um click com o botão direito Para eliminar um acessório, colocar o cursor do mouse sobre ele e dar um click com o botão direito 150 Definir as grelhas da redeDefinir as grelhas da rede Tipos de grelhasTipos de grelhas Para eliminar uma grelha, colocar o cursor do mouse sobre ela e dar um click com o botão direito Para eliminar uma grelha, colocar o cursor do mouse sobre ela e dar um click com o botão direito Número da grelha Vazão Marca e modelo (podem-se inserir e excluir itens do banco de dados) Número da grelha Vazão Marca e modelo (podem-se inserir e excluir itens do banco de dados) Para inserir uma grelha assinalar com o mouse (botão esquerdo) o local exato onde deve ser posicionada Para inserir uma grelha assinalar com o mouse (botão esquerdo) o local exato onde deve ser posicionada 151 Aparência do projeto neste instante Antes de calcular é necessário salvar o projeto (janela de diálogo típica do Windows) Aparência do projeto neste instante Antes de calcular é necessário salvar o projeto (janela de diálogo típica do Windows) 152 Resultados possíveis do programa Resultados numéricos 153 Escolher o método de cálculo: - Perda de carga constante - Recuperação estática - Redução de velocidade - Igual perda de carga Escolher o método de cálculo: - Perda de carga constante - Recuperação estática - Redução de velocidade - Igual perda de carga Arrastar o mouseArrastar o mouse 154 Segundo o método de cálculo, especificar: - A perda de carga constante - A perda de carga no primeiro trecho - A velocidade no primeiro trecho Segundo o método de cálculo, especificar: - A perda de carga constante - A perda de carga no primeiro trecho - A velocidade no primeiro trecho 155 O programa gera um documento em que se tem, para cada trecho: - Comprimento real e comprimento equivalente - Vazão de projeto e vazão real (antes de balancear) - Diâmetro equivalente, largura e altura (interna) do duto - Velocidade do ar e perda de carga por metro O programa gera um documento em que se tem, para cada trecho: - Comprimento real e comprimento equivalente - Vazão de projeto e vazão real (antes de balancear) - Diâmetro equivalente, largura e altura (interna) do duto - Velocidade do ar e perda de carga por metro 156 Como dados globais: - Método de cálculo e dados gerais - Pressão estática e total do ventilador - Superfície total a empregar - Vazão total de projeto e real Como dados globais: - Método de cálculo e dados gerais - Pressão estática e total do ventilador - Superfície total a empregar - Vazão total de projeto e real No mesmo documento se têm, para cada grelha: - Modelo (e sua característica “c”) - Vazão de projeto e real - Pressão estática, velocidade e balanceamento necessário No mesmo documento se têm, para cada grelha: - Modelo (e sua característica “c”) - Vazão de projeto e real - Pressão estática, velocidade e balanceamento necessário 157 Podem-se imprimir, tanto os resultados, como o desenho realizado (acesso através de uma caixa de diálogo típica do Windows) Os resultados numéricos são armazenados em um arquivo TXT (exportável para qualquer processador de texto) com o mesmo nome do projeto Podem-se imprimir, tanto os resultados, como o desenho realizado (acesso através de uma caixa de diálogo típica do Windows) Os resultados numéricos são armazenados em um arquivo TXT (exportável para qualquer processador de texto) com o mesmo nome do projeto 158 Dicas para manejo rápido 159 As bases de dados dos difusores são abertas Deve-se especificar para cada modelo: - Vazão de projeto - Pressão estática - Seção de entrada - Nome (O programa extrapolará seu comportamento para outras vazões) As bases de dados dos difusores são abertas Deve-se especificar para cada modelo: - Vazão de projeto - Pressão estática - Seção de entrada - Nome (O programa extrapolará seu comportamento para outras vazões) 160 Podem-se solicitar informações de qualquer elemento (selecionar “informação” com o botão esquerdo) e assinalar o elemento (posicionar o cursor sobre ele e dar um click com o botão esquerdo) Podem-se solicitar informações de qualquer elemento (selecionar “informação” com o botão esquerdo) e assinalar o elemento (posicionar o cursor sobre ele e dar um click com o botão esquerdo) 161 Pode-se modificar o dimensionamento proposto pelo programa em um trecho do projeto, para isso, solicitar modificar (selecionar “modificar” com o botão esquerdo) e selecionar o trecho (posicionar o cursor sobre ele e dar um click com o botão esquerdo), em seguida dar as novas dimensões Pode-se modificar o dimensionamento proposto pelo programa em um trecho do projeto, para isso, solicitar modificar (selecionar “modificar” com o botão esquerdo) e selecionar o trecho (posicionar o cursor sobre ele e dar um click com o botão esquerdo), em seguida dar as novas dimensões 162 Em seguida podemos recalcular a instalação com a nova dimensão do trecho modificado, recalculando a distribuição das vazões e a pressão total necessária Em seguida podemos recalcular a instalação com a nova dimensão do trecho modificado, recalculando a distribuição das vazões e a pressão total necessária 163 Localizaros elementos assinalando com o mouse o lugar desejado Localizar os elementos assinalando com o mouse o lugar desejado Podem-se associar registros, perdas de carga localizadas (desvios de direção , passagens de digas) e acessórios especiais não contemplados Em cada caso se solicitam dados característicos (por exemplo, área livre/área do duto) Podem-se associar registros, perdas de carga localizadas (desvios de direção , passagens de digas) e acessórios especiais não contemplados Em cada caso se solicitam dados característicos (por exemplo, área livre/área do duto) 164 Os dados de dimensionamento dos equipamentos podem ser adaptados a um determinado ventilador (ou climatizador) Para isso, deve-se especificar, em primeiro lugar, o ventilador ou equipamento utilizado Os dados de dimensionamento dos equipamentos podem ser adaptados a um determinado ventilador (ou climatizador) Para isso, deve-se especificar, em primeiro lugar, o ventilador ou equipamento utilizado 165 Em seguida, posicioná-lo no local escolhido (1º trecho) Em seguida, posicioná-lo no local escolhido (1º trecho) A base de dados de ventiladores/equipamentos está aberta e pode ser modificada Cada ventilador está definido pela seção de saída e por três pares de valores vazão/pressão estática Para outras vazões o programa extrapola a curva A base de dados de ventiladores/equipamentos está aberta e pode ser modificada Cada ventilador está definido pela seção de saída e por três pares de valores vazão/pressão estática Para outras vazões o programa extrapola a curva 166 Ao executar os cálculos, assinalar que se quer realizar com ventilador Assinalar o método de cálculo (neste caso não se pedirá a perda de carga no primeiro trecho e esta será ajustada para o ventilador especificado) Ao executar os cálculos, assinalar que se quer realizar com ventilador Assinalar o método de cálculo (neste caso não se pedirá a perda de carga no primeiro trecho e esta será ajustada para o ventilador especificado) 167 Uma vez executados os cálculos é possível “supor” que se realiza o balanceamento necessário na instalação (o indicado pelo programa em cada grelha), e estimar, nesse momento, quais serão as vazões definitivas em cada grelha, para se obter o balanceamento Uma vez executados os cálculos é possível “supor” que se realiza o balanceamento necessário na instalação (o indicado pelo programa em cada grelha), e estimar, nesse momento, quais serão as vazões definitivas em cada grelha, para se obter o balanceamento 168 E aparece a nova folha de resultados com a instalação equilibradaE aparece a nova folha de resultados com a instalação equilibrada 169 É possível adicionar a uma rede de insuflamento, um retorno único, indicando a velocidade, comprimento, altura máxima e perda de carga É possível adicionar a uma rede de insuflamento, um retorno único, indicando a velocidade, comprimento, altura máxima e perda de carga No momento de posicionar os trechos da instalação se permitem certos erros “de pontaria” No caso de não estar “fechado”, o programa nos avisa No momento de posicionar os trechos da instalação se permitem certos erros “de pontaria” No caso de não estar “fechado”, o programa nos avisa 170 É possível ter vários projetos abertos simultaneamente É possível ter vários projetos abertos simultaneamente Vê-los em cascata, ... Ocultar/ver barra de ferramentas Ajuda Etc... Vê-los em cascata, ... Ocultar/ver barra de ferramentas Ajuda Etc... 171 E ainda ganha-se, no download, o IP TERMICO E ainda ganha-se, no download, o IP TERMICO 172 Screenshot de programa comercial TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 5. Fundamentos de Instrumentação e Controle 174 Métodos Básicos de Controle • Controle ON-OFF • Controle de volume • Ar de by-pass ou de mistura • Controle (Throttle) Resumo • Switches • Registros (dampers) • Válvulas 175 Zoneamento • Quando dois ou mais espaços em um edifício são condicionados, é necessário determinar os espaços individuais que terão comportamento uniforme na variação da carga térmica • A questão da adequação dos controles ao zoneamento consiste em determinar qual o método, ou combinações de métodos, é mais adequado a cada zona. 176 Zoneamento • Nas estações do ano que sejam inverno e verão, um determinado recinto pode necessitar de resfriamento enquanto um outro poderá necessitar de aquecimento • Quando tais condições ocorrem, é necessário separar o edifício em seções ou zonas para permitir o controle de cada seção ou zona independentemente – zoneamento. ZONA SEM INFLUÊNCIA EXTERNA ZONA COM INFLUÊNCIA DA MANHÃ ZONA COM INFLUÊNCIA DA TARDE 177 Calor sensível do recinto - BTU/h ORIENTAÇÃO 10 HORAS 12 HORAS 02 HORAS 04 HORAS Leste 395500 (100%) 27.625 (70%) 27625 (70%) 25975 (66%) Oeste 23700 (47%) 23700 (47%) 38200 (76%) 50175 (100%) Calor Sensível Total 63200 51325 65825 76150 Este sistema de controle é incompatível 178 Unidades de janela /splits Vantagens: • Provavelmente, baixo custo inicial • Controle individual de temperatura para pequenas áreas • Se há falha em uma unidade, as outras deverão suprir a carga térmica da unidade que não esta operando. 179 Unidades de janela /splits Desvantagens : • Instalação de unidades para combater a carga térmica na hora de maior ganho, em cada área (leste e oeste), resultando em uma capacidade térmica instalada muito grande • 10 (dez) ciclos de refrigeração, filtros e controles, para manutenção • Nível de ruído muito elevado • Condensação • Filtragem de baixa eficiência • Pobre distribuição de ar • Ar de renovação muito pequeno • Péssimo efeito arquitetônico. 180 Unidades self-contained • Isto resultará em uma maior capacidade de refrigeração instalada. • Da mesma forma que para os aparelhos de janela, as unidades self-contained deverão ter a capacidade de carga térmica máxima de cada área • As capacidades dos equipamentos irão variar de acordo com os tempos de operação dos respectivos compressores, que serão controlados pelos termostatos on-off 181 Controle on-off • Em projetos que contém uma alta carga latente (devido a ocupação), o controle on-off usualmente não é eficaz no controle da unidade do recinto. • Existem 3 (três) causas para a umidade variar, quando o compressor estiver fora de operação: – Re-evaporação de água proveniente da desumidificação do ar pela serpentina de resfriamento – Umidificação devido ao ar exterior introduzido no recinto, quando a umidade absoluta é maior que a do recinto – Calor latente do recinto devido aos ocupantes. 182 Controle on-off • As vantagens do controle on-off são a sua simplicidade e baixo custo • Ele pode ser usado com relativo sucesso em sistemas com alto fator de calor sensível e baixo calor latente • Quando o fator de calor sensível decresce, indicando um acréscimo no calor latente, o método de controle on-off não dever ser utilizado • Por exemplo, o controle on-off pode ser satisfatório em uma sala de equipamentos, pois a mesma apresenta um alto fator de calor sensível, enquanto que em um cinema, a unidade relativa pode chegar a 65% ou mais, provocando certo desconforto. 183 Calor sensível do recinto - BTU/h ORIENTAÇÃO 10 HORAS 12 HORAS 02 HORAS 04 HORAS Leste 395500 (100%) 27.625 (70%) 27625 (70%) 25975 (66%) Oeste 23700 (47%) 23700 (47%) 38200 (76%) 50175 (100%) Calor Sensível Total 63200 51325 65825 76150 Máxima vazão Máxima vazão Controle de volume (VAV) 184 Controle de volume (VAV ou VRV) 185 Controle de volume – zonas múltiplas de salas 186 Controle de umidade • Baixar a umidade – Super resfriamento – + reaquecimento elétrico • Elevar a umidade – Introdução de vapor por aquecimento elétrico ou por ultra-som – Micro-pulverização de água (plantas industriais) 187 Controle de reaquecimento 188 Controle de reaquecimento individualTreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 6. Equipamentos de Gás Natural 190 O GN na produção de frio • O GN pode ser empregado como fonte energética para a produção de frio, através de duas tecnologias: – Ciclo de absorção, com queima direta de GN ou aproveitamento de resíduos quentes da sua combustão; – Ciclo de compressão (tradicional) em máquinas rotativas acionadas por motores a explosão. • O ciclo de absorção é o mais empregado na utilização do GN como fonte energética para a produção de frio. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 O ciclo de absorção 192 Principais características • A absorção é uma técnica tão antiga quanto a compressão • A primeira máquina foi criada em 1860 • Flexibilidade de alimentação: água quente, vapor, chama direta (querosene, GLP, gás natural) • Equilíbrios termodinâmicos críticos e baixo rendimento • É uma alternativa ecológica, por não empregar CFC ou HCFC • Já estão no mercado, os equipamentos de triplo efeito • Muito usada em processos industriais (calor residual + necessidade de refrigeração) • Novo mercado no setor de serviços (terciário) • Destaque nos EUA e Japão. 193 Relembrando a carta psicrométrica Temperatura de bulbo secoTemperatura de bulbo seco Temperatura de bulbo úmido ou de saturação Temperatura de bulbo úmido ou de saturação Umidade relativaUmidade relativa Conteúdo ou razão de umidadeConteúdo ou razão de umidade EntalpiaEntalpia 194 Relembrando os processos psicrométricos Processos psicrométricos Refriamento evaporativo Desumidificação química Umidificação Desumidificação Refriamento sensível Aquecimento sensível 195 A baixa pressão (6,6 mm Hg), a água se evapora a 5ºC Chiller de absorção – O evaporador 196 A solução de Li Br absorve o vapor de água Chiller de absorção – O absorvedor 197 Chiller de absorção – Evaporador, absorvedor e gerador A solução diluída é aquecida por uma fonte de calor 198 Chiller de absorção – Gerador e condensador O refrigerante, separado da solução, é condensado 199 O ciclo completo de absorção Ciclo de efeito simples 200 By-pass para aquecimento Ciclo de efeito simples Usando a mesma máquina para aquecimento 201 Chiller de absorção – Efeito duplo TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Características dos equipamentos de gás natural 203 Aspecto físico Duplo efeito a vapor Duplo efeito a vapor Duplo efeito a fogo direto Duplo efeito a fogo direto 204 Aspecto físico 205 Classificação • Classificação segundo a utilização – Unidades resfriadoras – Unidades mistas resfriadoras-aquecedoras • Classificação segundo o ciclo de absorção – De efeito simples: na primeira etapa, ou de alta temperatura, a solução recebe calor diretamente do queimador – De efeito duplo: na segunda, de baixa temperatura, a solução recebe um aporte de calor procedente do vapor do refrigerante, antes de passar ao condensador, através de um trocador – De efeito triplo (começando a chegar no mercado). 206 Classificação • Classificação segundo a substância que compõe a solução – Brometo de lítio – água – Amoníaco – água – Outras, como • Metilamina – água • R-22 – dimetiléter de tetraetileno • Metanol – brometo de lítio 207 Justificativas para a escolha da absorção • Economia operacional • Produção simultânea de frio e calor • Eficiência quase constante a carga parcial • Menor nível de ruído • Menos manutenção • Confiabilidade no funcionamento • Proteção ao meio ambiente • Investimento total global • Substituição de energéticos • Complementação da cogeração. 208 utilizado lCombustíve obtido FrioCOP = COP de uma máquina de frio por absorção a gás natural TIPO DE MÁQUINA DE ABSORÇÃO COP A PLENA CARGA Efeito simples 0,6 Duplo efeito 1 Triplo efeito 1,6 Rendimento dos equipamentos • Adimensional (tanto o numerador quanto o denominador devem ter as mesmas unidades) • No caso de queima direta, o denominador deve estar baseado no poder calorífico superior do gás natural 209 Critérios para o dimensionamento • Dimensionamento da carga térmica similar ao caso de equipamentos convencionais, de compressão • Selecionar equipamentos em função das necessidades de refrigeração, aquecimento, ou simultaneidade de necessidades • São predominantes as necessidades de refrigeração • Se as necessidades de aquecimento forem superiores, deve-se prever um aquecedor independente, suplementar. 210 Considerações de projeto • Integração dos equipamentos de absorção com chama direta – Com equipamentos elétricos – Com equipamentos de compressão a GN – Com caldeiras • Torre de refigeração – opcionais só nos equipamentos amoníaco-água – Controle da temperatura – Equipamentos de absorção em paralelo. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 O panorama dos equipamentos a GN no Brasil 212 Desde a geladeira a querosene... • Com o advento do GN, em meados dos anos 80, reforçado no início dos anos 90 com o gás da Bolívia, a absorção passou a novamente despertar interesse • Disponibilidade de GN por diversos pontos de país • Absorção com queima direta reduziu o interesse pela termo-acumulação • Práticas de tarifas, pelas distribuidoras, para viabilizar o negócio • Preços bons no horário de ponta. 213 Desde a geladeira a querosene... • Distribuidoras fornecem assessoramento o objetivo é vender • Máquinas importadas • Tecnologia, idem • Baixa manutenção, mas cara, quando necessária • O grande risco é a cristalização • O efeito da moda • Ainda não há um histórico nacional • Na conjuntura atual, em que há incertezas na continuidade do fornecimento do GN, esta opção energética perdeu atratividade. 214 Chiller a GN com motor rotativo Tecnologia não utilizada no nosso país. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 7. Termo-acumulação 216 A termo-acumulação e as tarifas de energia • A termo-acumulação não é uma estratégia de otimização energética; é uma estratégia de otimização tarifária • Para o seu entendimento, é necessário conhecer a estrutura tarifária de energia elétrica • As estruturas tarifárias dependem da matriz de produção de eletricidade e do perfil de consumo • A estrutura tarifária brasileira de eletricidade, é exclusiva do Brasil • Mesmo assim, ocorrem algumas mudanças entre as concessionárias • Modelos alienígenas não podem ser usados no país, pois não fazem sentido na conjuntura nacional. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Aplicações da termo-acumulação 218 Termo-acumulação total e parcial • Um sistema de acumulação total fornece bastante capacidade de refrigeração para atendimento às necessidade de resfriamento da edificação durante os períodos de pico • Um sistema de acumulação parcial é usado em conjunto com um sistema de refrigeração convencional e requer um maior ciclo de resfriamento. Como resultado, ele não desloca inteiramente a carga térmica para os períodos fora de pico • A acumulação parcial propicia uma menor economia por redução de demanda, entretanto, é inicialmente mais barata que um sistema de acumulação total. 219 Justificativa da termo-acumulação • O emprego da termo-acumulação só se justifica, se o faturamento de energia elétrica for binômio (faturamento com parcelas independentes para consumo e demanda), apresentando melhores condições de retorno, se o mesmo for horo-sazonal • O sistema é mais apropriado quando a máxima carga térmica for significantemente maior que a carga média • Altas cargas térmicas e um significante diferencial entre os seus valores máximos e mínimos, também ajudam a tornar a termo-acumulação, umasolução econômica • Eles também podem ser apropriados quando é necessário aumentar a capacidade de frio de um sistema existente, ou onde são desejáveis back-up ou capacidade redundante de resfriamento. 220 Uma utilização não usual no nosso pais • A termo-acumulação também pode ser empregada no atendimento a cargas de curta duração e grande intervalo de tempo entre utilizações, com o objetivo de reduzir o tamanho das máquinas de produção de frio • É o caso, por exemplo, de igrejas e salões de festas. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Tipos de sistemas de termo-acumulação 222 Sistemas de termo-acumulação Um sistema de termo-acumulação consiste de: • Um meio de acumulação em um tanque – Total – Parcial • Uma máquina de produção de frio • Tubulações de interligação • Bombas • Controles. 223 Os meios de acumulação • Como meios de acumulação usam-se, geralmente, água gelada ou gelo • Os sistemas com gelo podem acumular oito vezes a capacidade de um sistema de mesmo porte de água gelada • Vantagens e desvantagens de cada tipo. 224 Circuito típico com água (simplificado) 225 Circuito típico com água gelada 226 Circuito típico com banco de gelo 227 Curva térmica típica 228 Curva térmica otimizada 229 Chiller a plena carga = Mais eficiência 230 Curva real de um shopping center Shopping Center - Curva de Carga Térmica 0 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 0 0 8 0 0 9 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 2 0 0 1 3 0 0 1 4 0 0 1 5 0 0 1 6 0 0 1 7 0 0 1 8 0 0 Hor a 231 Qual é o tamanho do tanque? 232 Mas pode ser menor . . . No Brasil, os reservatórios de termo-acumulação já podem ser utilizados como reservatórios de água de combate a incêndio 233 Síntese das vantagens • Deslocamento de carga para fora do horário de ponta – Redução ou eliminação do custo de produção de frio na ponta • Menor necessidade de espaço para casa de máquinas • Menor infra-estrutura elétrica • Operação mais eficiente • Flexibilidade de custos operacionais • Agrega valor ao empreendimento. TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Panorama da termo-acumulação no Brasil 235 Já fez maioridade... • Utilizada há algumas décadas com o objetivo de reduzir a conta de energia elétrica na ponta (consumo e demanda) • Sucesso e domínio tecnológico em sistemas de água gelada • Alguns sistemas de gelo relutam em operar adequadamente • Com o advento do GN, o interesse pela termo- acumulação vem diminuindo • Não é comum o emprego de termo-acumulação para o atendimento de cargas de curta duração e grande intervalo de tempo (p.e. igrejas). TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 11. Considerações Especiais Sobre Condicionamento de Ar em Plataformas de Petróleo TreinamentoTreinamento AvanAvanççadoado F u n d a d o e m 1 9 7 8 Recursos especiais de uma instalação offshore 238 Considerações sobre segurança • O aspecto de segurança se sobrepõe a qualquer outra atividade em uma plataforma offshore uma vez que o valor da vida humana não pode ser quantificado • Nenhum descuido será tolerado ao se conceber qualquer sistema • Muitas das instalações offshore estão em áreas onde estão presentes gases tóxicos ou que podem ser bombeados para fora, juntamente com o petróleo ou o gás, além do risco de incêndio – O ácido sulfídrico, que é o gás mais comumente encontrado em campos petrolíferos, a exposição ao H2S, à concentração de 10 ppm, durante cerca de uma hora, acarreta perda de visão e danos ao cérebro – A exposição à concentração de 200 ppm com uma duração de menos de 5 minutos pode resultar em morte. 239 Considerações sobre segurança • Uma vez que o HVAC envolve manipulação de ar, que pode estar contaminado com gases, adequada atenção tem de ser tomada para evitar o ingresso de gás em áreas de acomodações, e restringir o fluxo de ar para impedir a propagação do gás ou do fogo em zonas circundantes, para garantir a segurança e evacuação do pessoal – Este aspecto é muito importante, uma vez que se tem muito pouca opção em uma instalação em offshore, quando um acidente ocorre no campo – Só podemos escolher entre a morte por asfixia, por queimaduras ou por afogamento, caso as coisas saiam do controle, como ocorreu na maior tragédia que ocorreu em uma plataforma produção petrolífera do Mar do Norte, em 1988, onde 167 vidas foram perdidas. 240 06 de junho de 1988 • Piper Alpha era uma plataforma de produção de petróleo do Mar do Norte operada pela Occidental Petroleum Ltd e Texaco, proprietária de 22% das ações • Uma explosão e o incêndio resultante a destruiu em 6 de julho de 1988, matando 167 pessoas • Somente 62 membros da tripulação sobreviveram. • Mais informações em http://pt.wikipedia.org/wiki/Piper_Alpha 241 25 de novembro de 2007 • O grande incêndio ocorrido na plataforma petroleira Thistle Alpha no Mar do Norte, no litoral das Ilhas Shetland, foi controlado, tendo declarado Maria Hamilton, diretora de comunicação da Lundin Petroleum, conforme relatado na mídia: – "O incêndio começou às 08h07 local (06h07 de Brasília), e foi apagado às 10h45 (08h45 de Brasília). Nenhum funcionário ficou ferido". 242 Incorporação permanente de novas tecnologias voltadas para a segurança • Moderna plataforma sendo construída em Dubai. 243 Custo do trabalho e logística • O custo envolvido na execução de qualquer instalação offshore, é exageradamente elevado • Em conseqüência, um detalhamento de engenharia tem de ser feito antes de ser executada a instalação, com vistas a reduzir o trabalho offshore, tanto quanto possível, com exceção da ligação final, que só pode ser feita offshore • No caso de uma nova instalação, que devam ser implementada em uma plataforma, a estrutura básica será normalmente fabricados em terra, todas as instalações executadas e, em seguida, transportada para o local offshore por meio de barcaças e levantada para a posição final por guindastes • É necessário realizar praticamente 100% dos trabalhos em terra, pois de outra forma, o contratante terá de pagar bem mais caro para obter algo feito, mais tarde, offshore. 244 Custo do trabalho e logística • As atividades realizadas fora do plano de trabalho, como o elevado custo de fazer uma pequena modificação de um dreno para a ligação de um equipamento de resfriamento de ar, que não estava funcionando satisfatoriamente, devido ao deslocamento de uma tubulação ou de algum outro item fora da posição planejada originalmente, devido a alguns requisitos funcionais dessa instalação • Em terra, esta modificação na instalação custaria, por exemplo, US$ 200, mas o mesmo trabalho offshore custaria, mais de US$ 20.000. 245 Restrições de espaço • O espaço disponível é muito limitado em qualquer instalação offshore • O HVAC é apenas um dos serviços necessários para a instalação, e o pessoal de HVAC normalmente também irá se colocar na defensiva sobre o aspecto de espaço – na maioria das vezes, as exigências de espaço não podem ser disponibilizadas de uma forma simples • O pessoal de HVAC será obrigado a justificar as necessidades de espaço para instalação e manutenção com a documentação adequada – na maioria dos casos, terão de ser feitos desenhos adequados para provar a necessidade de espaço de acesso • Uma vez que todos os serviços lutam por espaço, a necessidade de uma boa engenharia, a coordenação com outros serviços e a verificação de interferências não pode ser subestimada, pois às vezes, a luta pode ser por milímetros, com outros serviços. 246 Restrições de espaço • Os recentes desenvolvimentos, como o Protocolo de Montreal e as restrições impostas ao uso de gases halogenados devido à sua capacidade de destruição do ozônio,são adicionados aos problemas de um engenheiro de HVAC • Todos refrigerantes propostos para substituição dos antigos gases halogenados, como R-407, R-407C, R- 134a etc resultam em equipamentos de maior tamanho, para trabalhos iguais • Este é apenas um ponto levantado para a nossa compreensão das situações que se seguirão, durante os anos que se avizinham. 247 Características construtivas • Os recursos de qualquer plataforma serão naturalmente diferentes daqueles encontrados em terra, principalmente devido à resistência à corrosão e incêndio, necessários para a classificação de paredes externas e internas, instalações como as elétricas, salas de baterias, etc. devido às normas de segurança • Portas instaladas nessas paredes devem ter a mesma resistência a incêndio e, por conseguinte, serão fornecidas com juntas etc, que vão ajudar a manter a pressurização. 248 Aspectos de engenharia – Detalhamento • A importância da engenharia de detalhamento não pode ser subestimada uma vez que qualquer correção ou modificação, que se tenha que fazer, após o comissionamento de uma plataforma, será extremamente onerosa • No caso de uma instalação em terra, o custo das correções será inferior ao custo de engenharia, pela mesma quantidade de tempo. 249 Aspectos de engenharia – Detalhamento • Quantas vezes é que um projetista de HVAC efetua cálculos detalhados de queda na pressão do ar para uma instalação em terra? – Fundamentalmente, ele vai por sua experiência e arbitrariamente assumir uma queda de pressão, dependendo da instalação – Motores e acionamentos para as unidades de manipulação de ar (AHU – air handling unit) ou ventiladores são selecionados nessa base • No caso de uma instalação em terra, o tempo necessário para calcular a queda de pressão, mesmo com o emprego de software, geralmente custará mais caro, que qualquer modificação • Mas no caso de uma instalação offshore, a ação corretiva será muito mais onerosa e justifica um cálculo detalhado de queda de pressão, mesmo manualmente. 250 Programas de computador: Os algoritmos não são infalíveis • A experiência tem demonstrado que cálculos de queda de pressão realizados com softwares geralmente tendem a apresentar valores muito elevados, digamos 30 a 40% superiores ao cálculo manual, devido aos fatores de segurança presentes no sistema, o que resulta no sobredimensionamento de motores e aumento do fluxo de ar, criando dificuldades no balanceamento e remoção de condensado, devido à maior percentagem de ar externo. 251 Aspectos de engenharia – Controles • A importância da engenharia também se reflete nos sistemas controle – Haverá um contratado responsável pela instalação de todo o sistema de controle e o sistema HVAC tem que ser integrado a ele, para assegurar o atendimento às condições e normas de segurança – Uma vez que várias restrições também são aplicáveis ao instalador do sistema de controle, qualquer mudança feita pelo pessoal de HVAC resultará na cobrança de modificações por parte do contratado para o sistema de controle, o que pode ser evitado se o detalhamento de engenharia é feito de forma precisa, logo da primeira vez • Dampers corta-fogo, por exemplo, são para serem operados remotamente pelo sistema de controle da plataforma e a operação tem de ser monitorada para uma operação segura do sistema e da plataforma. 252 “Causo” • Houve um caso típico, ocorrido durante a construção de uma plataforma no Médio Oriente, em uma instalação, onde o contratado de HVAC propôs aumentar a quantidade de dampers corta-fogo em apenas uma unidade, ou seja, de 82 para 83 – O contratado do sistema de controle, que já havia terminado seu trabalho de engenharia, apresentou um orçamento de US$ 300.000 para atender à mudança no HVAC, uma vez que a operação de todos os dampers corta- fogo tem de que ser controlados e acompanhados pelo sistema F&G (Fire and Gas) – Este montante de US$ 300.000 era perfeitamente justificável a partir de qualquer ponto de vista relativo à alteração na instalação – O contratado do HVAC foi obrigado a rever seus projetos, para a eliminação do damper, de forma a atender às respectivas normas. 253 Aspectos de engenharia – Organização • Embora mais “leve”, o peso da análise dos itens de HVAC irá necessitar de um estudo detalhado, quando do planejamento do “custo marítimo” (jargão para todos os envolvidos na logística de montagem uma estrutura offshore) e dos serviços a serem prestados para a instalação e fixação offshore – As plataformas são fabricadas em terra e mais tarde transportadas para o local de destino, por barcaças – No planejamento do custo marítimo, os guindastes terão de ser devidamente selecionados – Por vezes, na plataforma, terão de ser depositados acessórios e equipamentos avulsos, tais como mobiliário, dutos de ar condicionado e outros equipamentos, embalados ou não, que devem ser ordenados adequadamente, na seqüência em que serão instalados após o posicionamento final da plataforma. 254 Aspectos de engenharia – Interlocks • Em muitas instalações em áreas classificadas perigosas, os chillers e conjuntos de bombas necessitam ser instalados em compartimentos pressurizados, de modo que as normas de segurança da área de equipamentos possa ser atendida, de acordo com a filosofia de segurança da plataforma e a apreciação dos consultores da dos fatores relacionados • Haverá controles intertravados para assegurar que esses equipamentos irão operar somente quando a pressurização seja eficaz • Naturalmente, o ventilador de pressurização, principalmente o acionamento do ventilador referente às unidades de manipulação de ar, será um motor para aplicação em áreas classificadas. 255 Aspectos de engenharia – Documentação • A documentação de engenharia é de extrema importância em todas as fases de instalação • Todo o equipamento deve ser identificado com um código numérico, mantido em sintonia com o projeto e a filosofia de engenharia do projeto – Esses códigos numéricos devem aparecer em todos os desenhos e documentos para possibilitar a fácil e rápida referência. 256 Aspectos de engenharia – Documentação • Documentos que possibilitam um bom caminho, para garantir a boa execução da instalação: – Cálculos de carga térmica e da capacidade de trabalhar além dela – Diagrama de tubulação e instrumentação para água gelada e água de condensação – Diagrama de dutos e instrumentação do sistema de distribuição do ar – Diagrama unifilar para distribuição do ar são preparados com dados sobre a queda de pressão/metro, velocidade, taxas de vazão de ar e dimensões dos dutos para cada seção. Um diagrama unifilar bem preparado irá contribuir consideravelmente nos cálculos de perda de carga – Layouts e seções de dutos – Layouts e seções de tubulações de água de água de refrigeração e de condensação – Layouts da tubulação de ar de instrumentação – Layouts e seções de equipamentos 257 Aspectos de engenharia – Documentação • Documentos que possibilitam um bom caminho, para garantir a boa execução da instalação (cont.): – Cálculos de perda de pressão de ar para cada sistema – Cálculos de perda de pressão água de refrigeração e de condensação, aplicáveis – Padrões horários de carga, do sistema de HVAC (para fazer parte da documentação do sistema elétrico) – Lista de cabos de energia – Lista de cabos de controle – Memória de cálculo das bandejas de cabos – Procedimentos de instalação – Procedimentos de pré-comissionamento – Procedimentos de comissionamento. 258 Classificação de áreas perigosas para equipamentos • Uma vez que a maior parte das instalações offshore será estará em uma área classificada, o equipamento deve ser fabricado e certificado para estar em conformidade com as exigências de áreas perigosas • Mas como nem todas as instalações necessitam ser para áreas classificadas, equipamentos padrão, que pode suportar a salinidade e a atmosfera marinha corrosiva,
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