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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Instituto de Geociências e Ciências Exatas Departamento de Petrologia e Metalogenia Campus Rio Claro Metamorfismo de médio e alto grau: Rochas metapelíticas, metabásicas, metaultramáficas e metacarbonáticas Disciplina: Petrologia Metamórfica 2° semestre de 2013 Profa. Dra. Carolina P. N. Moreto kinzigito Metagrabro Metaultramáfica Forsterita mármore 11 de novembro de 2013 (Z) fácies zeolítica (PP) fácies prehnita-pumpellyita (XV) fácies xisto verde (EA) fácies epidoto anfibolito (A) fácies anfibolito (G) fácies granulito (XA) fácies xisto azul (E) fácies eclogito (AE) fácies albita-epidoto hornfels (H) fácies hornblenda hornfels (p) fácies piroxênio hornfels (S) fácies sanidina hornfels Fácies Metamórficas Na aula de hoje vamos abordar as condições de metamorfismo de médio (Fácies Anfibolito) e alto grau (Fácies Granulito) em sistemas químicos (rochas) distintas: - Metapelitos - Metabásicas - Metaultramáficas - Metacarbonáticas 1 kbar = 0,1 Gpa = ~987 atm 1 kbar = ~3,2 km de profundidade Fácies T (°C) P (kbar) Profund. (km) Média (Met. regional) Zeólita 150 a < 300 < 5 < 16 Xisto Verde 300 a < 500 > 2 a < 7 6,5 a 22,5 ~4 kbar; 12 km Anfibolito 500 a 700 > 2 a < 12 6,5 a 38 ~7 kbar; 22,5 km Granulito 700 - 1000 3 a < 16 9,5 a 50 ~10 kbar; 31 km Xisto Azul < 400 > 6 > 22,5 ~ 33 km Condições de pressão e temperatura no metamorfismo Condições de P e T nos limites de placas Metapelitos •Derivados de lamitos, argilitos, folhelhos: sedimentos clásticos muito finos que comumente gradam para grauvacas e sedimentos arenosos; •Metapelitos são muito importantes nos estudos metamórficos porque apresentam minerais muito sensíveis às variações P-T durante o metamorfismo; •A mineralogia dos pelitos é representada por filossilicatos ricos em Al e K (> 50%), como argilas (montmorillonita, caolinita ou esmectita), micas brancas finas (sericita, paragonita ou fengita), clorita e quartzo (10-30%); •Características químicas: alto Al2O3 e K2O, e baixo CaO - Reflete o alto conteúdo de argila e mica do sedimento; • Metapelitos apresentam predominância de muscovita e quartzo em grande intervalo P- T; Porém em alto grau a muscovita está ausente; • A composição química dos pelitos pode ser representada pelo sistema K2O-FeO-MgO- Al2O3-SiO2-H2O (“KFMASH”) Zona metamórfica Associação de fases Zona da clorita clorita + mus (fengita) + qtz + H2O + minerais reliquiares Zona da biotita clorita + biotita + mus + qtz + H2O Zona da granada clorita + biotita + granada + mus + qtz + H2O Zona da estaurolita biotita + granada + estaurolita + mus + qtz + H2O (+ clorita) Zona da cianita cianita + mus + qtz + H2O Zona da sillimanita granada + biotita + sillimanita + mus + qtz + H2O Zona da sillimanita + ortoclásio sillimanita + ortoclásio + quartzo+ H2O + melt sem muscovita Zona do Hiperstênio Hiperstênio, sillimanita, granada, cordierita Metapelitos Minerais índice em metapelitos Zeólita → clorita → biotita → granada → estaurolita → cianita → sillimanita → sillimanita + ortoclásio → hiperstênio Fácies Xisto Verde Fácies Anfibolito Fácies Granulito AKF (using the Spear, 1993, formulation) and AFM (projected from Ms) diagrams for pelitic rocks in the chlorite zone of the lower greenschist facies. Shaded areas represent the common range of pelite and granitoid rock compositions. Small black dots are the analyses from Table 28-1. Zona da Clorita clorita + muscovita fengítica + quartzo + aIbita + calcita + stilpnomelano + paragonita. Metapelitos Fácies xisto verde inferior Zona da Biotita: biotita + clorita + muscovita fengítica + quartzo + aIbita + caIcita Metapelitos Fácies Xisto Verde Zona da Granada Fácies Xisto Verde; Transição para Fácies Anfibolito • Cloritóide + cianita passam a ser instáveis; • Estaurolita e clorita passam a ser estáveis em rochas ricas em al; Metapelitos Zona da estaurolita inferior Fácies Anfibolito Reação de quebra do cloritóide e formação de granada-estaurolita-clorita Zona da estaurolita Formação de estaurolita em rochas menos aluminosas, a partir de reação envolvendo granada e clorita Zona da estaurolita Fácies anfibolito Zona da Cianita Zona da Sillimanita Fácies anfibolito superior Metapelitos Feições migmatíticas são desenvolvidas próximo da segunda isógrada da sillimanita (sillimanita + ortoclásio) através das reações: Muscovita + quartzo + H2O → sillimanita + fusão Muscovita + biotita + quartzo + H2O → sillimanita + fusão Muscovita + quartzo → K-feldspato + sillimanita + fusão Passagem da Fácies Anfibolito Superior para Fácies Granulito Quebra da muscovita Metapelitos: Metamorfismo de alto grau O termo migmatito foi originalmente aplicado para descrever rochas xistosas, metavulcânicas e gnáissicas com veios e bolsões de rochas graníticas e, por vezes com porfiroblastos de feldspato. São formados em grau metamórfico alto e em presença de PH2O significativa. Nessas condições rochas sofrem fusão parcial resultando em rochas híbridas, em parte metamórficas e em parte ígneas. Os migmatitos são formados predominantemente a partir de metapelitos e granitóides, pois rochas de composição mais básica dificilmente se fundem na crosta com o grau geotérmico normal. Migmatitos Duncan Canal-Zarembo Island Area, Southeastern Alaska. Karl et al. (1999) U.S. Geological Survey Open-File Report 99-168 Os migmatitos são rochas híbridas, em parte metamórficas e em parte ígneas. O protólito metamórfico (gnaisse) é chamado de paleossoma,enquanto a porção ígnea formada é chamada de neossoma Paleossoma Neossoma Paleossoma Neossoma Migmatitos A descrição das partes do migmatito pode ser também feita do seguinte modo: 1) Leucossoma: é composta por um maior volume de minerais félsicos, especialmente feldspatos e quartzo, em relação ao paleossoma (composição granítica); 2) Melanossoma: são os leitos e porções formados predominantemente por minerais máficos, como biotita, hornblenda, cordierita, etc, ou seja, são os resíduos da fusão mínima do paleossoma (restito); 3) Mesossoma, que corresponde aproximadamente ao protólito metamórfico (composição gnáissica). Estes termos não implicam em conotações genéticas Migmatitos a. Estrutura brechada ou agmatítica b. Estrutura em rede c. Estrutura schollen ou em placas d. Estrutura em veios e. Estromática f. Estruturas de dilatação em camada boudinada g. Estrutura schleiren h. Estrutura nebulítica Mehnert (1968) Migmatites and the Origin of Granitic Rocks. Elsevier. Petrology. Prentice Hall. Migmatitos (7) Dobrada (folded); (8) Ptigmática (ptygmatic); (9) Oftalmítica, augen ou ocelar (ophthalmitic or augen); (10) Estiolítica, manchada ou em nódoas (stictolithic or fleck); (11) Schlieren (schlieren); (12) Nebulítica (nebulitic ) Migmatitos Mehnert (1971) Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Biotita + sillimanita → K feldspato + granada + cordierita + fusão Formação de cordierita ou granada depende da pressão (cordierita forma-se a pressões mais baixas) e da razão Fe/Mg da rocha (cordierita forma-se em rochas mais ricas em Mg Em temperaturas ainda mais elevadas que as da zona da sillimanita + K feldspato: Associação granada-cordierita-K feldspato é típica de migmatitos pelíticos de alto grau (essa associação indica fácies granulito): Kinzigitos Fácies Granulito Grade petrogenética de alta temperatura no sistema Na2O-K2O-FeO-MgO-Al2O3-SiO2-H2O (NKFMASH) mostrando reações de reações de fusão e desidratação. V = vapor rico em H2O. Spear et al. (1999). Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Grade petrogenética de alta temperatura no sistema Na2O-K2O-FeO-MgO-Al2O3-SiO2-H2O (NKFMASH)mostrando reações de reações de fusão e desidratação. V = vapor rico em H2O. Spear et al. (1999). Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Fácies GranulitoFácies Anfibolito Transição XV-A Eclogito Fácies Granulito: zona de ultra-alto grau Em pressões muito elevadas o Ortopiroxênio se forma em equilíbrio com sillimanita através da reação: cordierita + granada → sillimanita + ortopiroxênio Paragêneses : sillimanita + ortopiroxênio + cordierita ou sillimanita + ortopiroxênio + granada Metapelitos: Metamorfismo de alto grau http://www.earth.ox.ac.uk/~davewa/research/gallery/granulite-gallery.html Ortopiroxênio intercrescido com cordierita Cdr Opx Grade petrogenética de alta temperatura no sistema Na2O-K2O-FeO-MgO-Al2O3-SiO2-H2O (NKFMASH) mostrando reações de reações de fusão e desidratação. V = vapor rico em H2O. Spear et al. (1999). Em temp ainda mais altas que as necessárias para formação de opx ocorre a reação: sillimanita + ortopiroxênio → safirina + quartzo Paragêneses : safirina + quartzo + ortopiroxênio safirina + quartzo + sillimanita Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Fácies Granulito: zona de ultra-alto grau http://www.earth.ox.ac.uk/~davewa/research/gallery/granulite-gallery.html Safirina (Mg,Al)8(Al,Si)6O20 http://images.google.com/imgres?imgurl=http://jaeger.earthsci.unimelb.edu.au/Images/Mineralogical/Textures/reactionTextures/corona.jpg&imgrefurl=http://jaeger.earthsci.unimelb.edu.au /Images/Mineralogical/html/Im58.html&h=480&w=640&sz=155&hl=en&start=6&tbnid=7qFtWCM2WFT7mM:&tbnh=103&tbnw=137&prev=/images%3Fq%3Dcorona%2Btexture%26svnum%3D 10%26hl%3Den%26lr%3D%26rls%3DWZPA,WZPA:2005-34,WZPA:en%26sa%3DG sillimanita + ortopiroxênio → safirina + quartzo Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Corona de opx e sill separando safirina do quartzo (Enderby Land, Antarctica). Corona formou-se devido a resfriamento a alta P (8-10 kbars). References : Sandiford, M., 1985, The metamorphic evolution of granulites from Fyfe Hills, implications for Archaean crustal thickness in Enderby Land, Antarctica. Journal of Metamorphic Geology, 3, 155-178. Texturas coroníticas são comuns em granulitos Safirina Quartzo Opx Sill Fácies Granulito: zona de ultra-alto grau + H2O Zona da sillimanita + feldspato potássico e Zona dos migmatitos muscovita + quartzo + H2O sillimanita + líquido (fusão) muscovita + biotita + quartzo + H2O sillimanita + líquido muscovita + quartzo sillimanita + feldspato potássico + líquido biotita + sillimanita + quartzo feldspato potássico + cordierita + líquido biotita + sillimanita + quartzo feldspato potássico + granada + líquido Zona do hiperstênio (Opx) biotita + quartzo opx + feldspato potássico + H2O biotita + quartzo opx + feldspato potássico + granada + H2O 2 granada + 3 quartzo cordierita + 4 opx granada + cordierita sillimanita + ferrosilita + quartzo cordierita sillimanita + opx+ quartzo granada + quartzo sillimanita + opx Fácies anfibolito superior e granulito Algumas reações: FÁ C IE S A N FI B O LI TO FÁ C IE S G R A N U LI TO Metapelitos: Metamorfismo de alto grau Granulito Granulito A Fácies Granulito foi originalmente definida por Eskola (1939) ao referir-se a rochas geradas em temperaturas muito altas, onde haveria a desidratação do anfibólio, produzindo ortopiroxênio em rochas de composição básica. As altas temperaturas exigidas para formação dos granulitos restrigem suas ocorrências a regiões crustais onde gradiente geotérmico excede os valores normais (base da crosta). Atualmente o termo GRANULITO refere-se a rochas metamórficas com ORTOPIROXÊNIO, com textura granoblástica equigranular, SEM MUSCOVITA, e com feldspato geralmente esverdeado *Todos os granulitos estão na Fácies Granulito. *Contudo, nem todas as rochas em Fácies Granulito correspondem à granulitos Atualmente a formação dos granulitos é interpretada como formada em dois estágios, quais sejam: a) fusão parcial em temperatura relativamente estável, com geração de líquidos (melt) até todo consumo da água disponível e extração do líquido do local. Formação dos migmatitos b) Formação dos granulitos por continuidade do fluxo térmico, possibilitando, após a extração do fundido, que a temperatura alcance, sem fusão, temperaturas suficientes para formação do ortopiroxênio. Caso a temperatura seja suficientemente alta para ocasionar a fusão parcial anidra, haverá formação charnockitos e os demais charnockitóides (rochas ígneas). Com o avanço das isotermas de alta temperatura para níveis crustais um pouco menos profundos, os granitos e migmatitos do primeiro estágio podem ser granulitizados. Modelo Genético: formação dos granulitos e migmatitos Esquema do modelo genéticos de formação dos granulitos em dois estágios FÁ C IE S A N FI B O LI TO FÁ C IE S G R A N U LI TO Modelo Genético: formação dos granulitos Metamorfismo de rochas básicas Rochas básicas: intrusivas, extrusivas, sedimentares (vulcanoclásticas, margas, etc) Mineralogia do protólito: Piroxênio (cálcico e sub-cálcico) + Plagioclásio (bytownita-andesina) + Óxidos de Fe-Ti (magnetita, ilmenita) + Olivina + Quartzo + Vidro vulcânico Pode conter pequenas quantidades de: Feldspato alcalino Biotita Fases hidratadas e/ou de alteração tardi-magmática e hidrotermal (clorita, serpentina, montmorillonita, celadonita, epidoto, carbonatos, etc) Principais Componentes químicos: SiO2-Al2O3-MgO-FeO-CaO-Na2O-H2O Metamorfismo de rochas básicas – Associações minerais metamórficas na maioria das fácies refletem hidratação de minerais máficos; – Se não há água no sistema, rochas ígneas máficas podem permanecer relativamente preservadas em terrenos metamorfisados, mesmo que outras rochas associadas tenham sido completamente re-equilibrados; – Rochas intrusivas faneríticas grossas (por exemplo, gabro) são pouco permeáveis e portanto mais resistentes às mudanças metamórficas; – Tufos e outras rochas vulcanoclásticas finas são mais susceptíveis ao metamorfismo; Metamorfismo de rochas básicas Importantes minerais metamórficos de rochas metabásicas: Anfibólio e Plagioclásio apresentam grande variação composicional dependendo do grau metamórfico •Actinolita ocorre na Fácies Prehnita-Pumpellyta superior e Fácies Xisto Verde; • Hornblenda ocorre na Fácies Anfibolito; • Glaucofânio ocorre em altas pressões (Fácies Xisto Azul); Hornblenda Actinolita Glaucofânio Metamorfismo de rochas básicas A u m en to d o g ra u m et am ó rf ic o Mudanças na composição do Anfibólio com o aumento do grau metamórfico: Mudanças na composição do Plagioclásio com o aumento do grau metamórfico: Metamorfismo de rochas básicas • Plagioclásio rico em Ca (ígneo) torna-se progressivamente mais instável com a diminuição de temperatura. • Albita ocorre estável em baixas temperaturas (Fácies Xisto Verde) (excesso de Ca e Al → calcita, epidoto ou anfibólio) • Oligoclásio torna-se estável na transição da Fácies Xisto Verde para Fácies Anfibolito • Plagioclásio mais cálcico (andesina, labradorita) é estável nas Fácies Anfibolito e Granulito; • Quebra do clinopiroxênio da rocha ígnea original: origina vários minerais máficos, dependendo do grau metamórfico; •Esses minerais incluem clorita, actinolita, hornblenda, epidoto, piroxênio metamórfico, etc. •Esses minerais máficos comumente são diagnósticos do grau metamórfico e da facies Metamorfismo de rochas básicas Fácies Xisto Verde Fácies Epidoto Anfibolito ou Anfibolito Inferior Fácies Anfibolito Exemplos: Clorita: só ocorre estável na Fácies Xisto Verde; Desaparece na transição para Fácies Anfibolito Inferior Epidoto:só ocorre estável nas Fácies Xisto Verde e Anfibolito Inferior (ou Epidoto Anfibolito); Desaparece na transição para Fácies Anfibolito Mudanças minerais típicas em metabasitos durante o metamorfismo progressivo em pressões intermediárias. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall. Diagramas ACF e Paragêneses de Rochas Metabásicas Paragêneses mais comuns para rochas máficas nas diferentes Fácies Heulandita Laumontita Clorita + Zeólita + Calcita + quartzo + analcina ou albita Clorita + Pumpellyta + Actinolita + quartzo + albita Clorita+ Actinolita+ Epidoto + quartzo + albita Diagramas ACF e Paragêneses de Rochas Metabásicas Plagioclásio + Hornblenda + quartzo Ortopiroxênio (Hiperstênio) + Clinopiroxênio + (Diopsídio) Plagioclásio + quartzo Piropo (Grt) + Onfacita (Cpx) + quartzo Paragêneses mais comuns para rochas máficas nas diferentes Fácies Rochas Metabásicas: Fácies Anfibolito Plagioclásio + Hornblenda + quartzo •+ Titanita, magnatita, ilmenita, granada, diopsídio, epidoto (somente na fácies anfibolito inferior), biotita •Granada se forma em rochas mais ricas em Al e Fe e mais pobres em Ca; •Clinopiroxênio (diopsídio) pode ocorrer em rochas ricas em Ca e pobres em Al; Seu aparecimento é mais comum na Fácies Anfibolito Superior (Transição para Fácies Granulito) •Até 30% de plagioclásio •Composição do plagioclásio: andesina-labradorita Grade petrogenética simplificada para rochas máficas no sistema CaO-MgO-Al2O3-SiO2-H2O- (Na2O) (“C(N)MASH”). Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall. Rochas Metabásicas: Fácies Granulito •Ortopiroxênio (Hipertênio) + clinopiroxênio (Diopsídio) + plagioclásio + quartzo Granada, hornblenda subordinada, biotita, ilmenita, podem estar presentes A Fácies Granulito é caracterizada pela presença de associações minerais anidras; Transição F. Anfibolito p/ F. Granulito: Hbl (Tsch) = Plg (An) + Cpx + Opx +H2O Hbl (Eden) + Qtz = Plg (Ab) + Cpx + Opx + H2O Tsch: hornblenda tschermakítica Eden: hornblenda edenítica Granulito de Baixa pressão - ortopiroxênio, clinopiroxênio, plagioclásio (+ olivina em composições mais básicas/ferro-magnesianas). Granulito de Pressão intermediária - granada, clinopiroxênio, ortopiroxênio, plagioclásio + hornblenda (pargasita, saturada em Al, Na e Ti). Transição p/ granulitos de alta pressão: Reação: ortopiroxênio + plagioclásio → granada + clinopiroxênio + quartzo Granulito de Alta pressão - granada, clinopiroxênio, quartzo + ortopiroxênio ou plagioclásio Rochas Metabásicas: Fácies Granulito Ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio + quartzo www.geol.ucsb.edu/lectures/part3.html Rochas Metabásicas: Granulito de baixa pressão Relembrando conceitos de Petro Ígnea.... 1. Nas porções cumuláticas das intrusões ígneas acamadadas e dos ofiolitos; 2. Como xenólitos (ou porções) do manto peridotítico transportados para a superfície por processos vulcânicos ou tectônicos 3. Como lavas de composição ultrabásicas extravasada na superfície (ex: komatiitos) Plutônicas Vulcânica Onde encontramos as rochas ultramáficas na superfície da Terra? Metamorfismo de rochas ultramáficas Metamorfismo de rochas ultramáficas Mineralogia comum das rochas rochas ultramáficas • Olivina (Mg, Fe)2SiO4 • Ortopiroxênio (Mg,Fe2+)2Si2O6 • Clinopiroxênios: augita (Ca,Mg,Fe2+,Al)2(Si,Al)2O6 e pigeonita (Mg, Fe2+,Ca)(Mg,Fe2+)Si2O6 • Cromita Fe2+Cr2O4 • Plagioclásio (Na,Ca)(Si,Al)AlSi2O8 • Biotita/flogopita K2(Mg,Fe 2+)6-4(Fe 3+,Al,Ti)0-2[Si6-5,Al2- 3,O20](OH,F)4 em menor proporção Metamorfismo de rochas ultramáficas a) O sistema fechado: não há troca alguma de componentes entre a porção de rocha considerada (o sistema idealizado) e o seu exterior – esta situação ocorre no interior maciço, não deformado, que supostamente não sofreu percolação de fluidos; b) Sistema parcialmente aberto: é quando ocorre apenas troca da fase fluida com o exterior, sem que haja modificação na concentração relativa dos demais componentes (MgO, FeO, SiO2, Al2O3, etc). Exemplo: hidratação de um peridotito; c) Sistema aberto (metassomatismo): mobilidade dos demais componentes, havendo trocas com o exterior do sistema através de componentes químicos dissolvidos na fase fluida; Extremamente importante para o metamorfismo de rochas ultramáficas Serpentinização e talcificação Não é possível formar rochas constituídas integralmente por talco ou por serpentina a partir de protólitos ultramáficos ígneos no metamorfismo acompanhado apenas de hidratação. Ex: serpentinização da olivina com perda de Mg e Si e ganho de H2O 5Mg2SiO4 + 4H2O + 6H + = 2Mg3Si2O5(OH)4 + 4Mg 2+ + Si4+ + 6OH olivina serpentina Metamorfismo de rochas ultramáficas: Metassomatismo Serpentinas: antigorita (Atg), crisotila (Ctl), lizardita - Mg3[Si2O5](OH)4 Talco (Tlc) – Mg3[Si2O10](OH)2 Brucita – Mg(OH)2 Olivina: forsterita (Fo) – Mg2SiO4 Antofilita (Ath) (anfibólio) – Mg7Si8O22(OH)2 Enstatita (En) – Mg2Si2O6 Diopsídio (Di) – CaMgSi2O6 Tremolita (Tr) – Ca2Mg5Si8O22(OH)2 Clorita (Chl) – (Mg,Fe2+,Fe3+,Mn,Al)6[(Si,Al)4 O10](OH)8 Espinélio (Spl) – MgAl2O4 Hornblenda – NaCa2Mg4Al[Al2Si6]O22(OH)2 Minerais metamórficos em rochas metaultramáficas Rochas metaultramáficas: sistemas químicos MSH (MgO–SiO2–H2O) – sistema ultrabásico/ magnesiano fundamental, para composições duníticas/harzburgíticas CMSH (CaO–MgO–SiO2–H2O) – para composições lherzolíticas simples. CMASH (CaO–MgO–Al2O3–SiO2–H2O) para composições lherzolíticas e para komatiítos, sistema simplificado. NCMASH (Na2O–CaO–MgO–Al2O3–SiO2–H2O) – representa de maneira mais realística composições komatiíticas e de peridotitos (lherzolitos) com plagioclásio. Metamorfismo de rochas ultramáficas Diagrama CMSH: CaO–MgO–SiO2–H2O Metamorfismo de rochas ultramáficas: Fácies Xisto Verde Associações minerais: Brucita Antigorita (serpentina) Forsterita Clorita Fácies Xisto Verde (< 500°C) Fácies Anfibolito (500-700°C) Fácies Granulito (>700°C) Fácies Xisto Verde Paragêneses minerais: Brucita + antigorita Forsterita + Brucita Forsterita + Antigorita Transição para Fácies Anfibolito: Quebra da antigorita Metamorfismo de rochas ultramáficas: Fácies Anfibolito Associações minerais: Talco Forsterita Antofilita (anfibólio) Tremolita Enstatita Fácies Xisto Verde (< 500°C) Fácies Anfibolito (500-700°C) Fácies Granulito (>700°C) Fácies Anfibolito Ausência de Antigorita e clorita Transição para Fácies Granulito: Quebra do Talco Metamorfismo de rochas ultramáficas: Fácies Granulito Associações minerais: Enstatita Forsterita Espinélio Diopsídio Fácies Xisto Verde (< 500°C) Fácies Anfibolito (500-700°C) Fácies Granulito (>700°C) Fácies Granulito Ausência de Talco Quebra da Antofilita Quebra da Tremolita Metamorfismo de rochas ultramáficas: Resumo Fácies Xisto Verde Fácies Anfibolito Fácies Granulito Serpentina (antigorita) Quebra da Antigorita (transição F. XV para F. Anf.) Quebra do Talco (~750°C) (transição F. Anf. Para F. Granul.) A u m en to d o g ra u m et am ó rf ic o Quebra da Antofilita (~800°C) *Forsterita *Forsterita *Forsterita Talco Enstatita Clorita Enstatita Diopsídio Tremolita Quebra da Tremolita (~900°C) Antofilita Metamorfismo de rochas ultramáficas Diagrama CMSH: CaO–MgO–SiO2–H2O Grade petrogenética para rochas ultramáficas saturadas em água no sistema CaO-MgO-SiO2-H2O. Spear (1993) Metamorphic Phase Equilibria and Pressure-Temperature-TimePaths. Mineral. Soc. Amer. Monograph 1. Metaultramáficas Calcita Rochas Metacarbonáticas •Protólitos: rochas constituídas por carbonatos (calcita e dolomita) com quantidades variáveis de material detrítico (quartzo, argilo-minerais, etc); Existe uma transição completa entre rochas carbonáticas e pelitos; •Rochas carbonáticas são típicas de ambiente plataformal em margens continentais passivas; •Rochas carbonáticas podem ser metamorfisadas quando as margens passivas tornam-se parte de faixas de dobramentos; • Mármore: rocha constituída principalmente por carbonatos; • Rochas cálcio-silicáticas: carbonatos são subordinados na rocha metamórfica, embora presentes no protólito em associação com fases detríticas. Apresentam tipicamente minerais silicáticos de Ca-Mg-Fe-Al, tais como diopsídio, grossulária, Ca- anfibólios, vesuvianita, epidoto, wollastonita, etc. • Skarn: rochas cálcio-silicáticas formadas por metassomatismo entre carbonatos e rochas ricas em sílica ou fluidos. Ex: Contato entre rochas carbonáticas e intrusões, tais como granito Rochas Metacarbonáticas Sistema CaO-MgO-SiO2 -CO2 -H2O, projetado a partir do CO2 e H2O. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall. Dolomitos Cálcários Rochas carbonáticas Rochas ultramáficas Rochas Metacarbonáticas 400 oC 450 oC 3Mag + 4Qz + H2O = Tc + 3CO2 3Dol + 4Qz + H2O = Tc + 3Cal + 3CO2 Mármore com talco Talco Dolomita Talco Talco 500 °C 510 oC 5Tc + 6Cc + 4Qz = 3Tr+ + 2H2O+ 6CO2 3Cc + 2Tc = Tr+ dol + H2O +CO2 Tremolita Tremolita Talco tremolita xisto http://www.geolab.unc.edu/Petunia/Ig MetAtlas/meta-micro Talco Tremolita 520 oC 525 oC 530 oC 540 oC D IO P S ÍD IO Tr + 3Cal + Qz = 5Di + 3CO2 + H2O Tc + 5Mag = 4Fo + 5CO2 + H2O F O R S T E R IT A 13Tc + 10Dol = 12Fo + 5Tr + 20CO2 + 8H2O F O R S T E R IT A Tr + 11Dol = 8Fo + 13Cal + 9CO2 + H2O F O R S T E R IT A Dolomita Forsterita Forsterita 525 oC Talco + Dolomita Forsterite mármore Forsterita 600 oC 640 oC 780 oC 3Tr + 5 Cal = 11Di + 2Fo + 5CO2 + 3H2O Cal + Qz = Wo + CO2 W O L L A S T O N IT A Dol = Cal + Per + CO2 Q u e b ra d a d o lo m it a Dipsídio + Forsterita Diagrama T-XCO2 a P = 0.1 GPa calculado com programa TWQ de Berman (1988, 1990, 1991). Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall. Rochas Metacarbonáticas Rochas Metacarbonáticas Sequência típica de cristalização de minerais índice em rochas metacarbonáticas: Fácies Xisto Verde Anfibolito Granulito Talco ↓ Tremolita ↓ Diopsídio ↓ Forsterita ↓ Di + Fo ↓ Wollastonita Dolomita Quebra (~780°C)
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