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~ Resumo de Petrologia Metamórfica Teórica – Vitória Azevedo ~ ➔ Conceito de metamorfismo é definido como o processo de modificações mineralógicas e estruturais das rochas, em seu estado sólido, em resposta a condições físicas e químicas que diferem das condições prevalecentes durante a sua formação. – Caracterizado como uma perturbação no sistema rochoso em equilíbrio e a restauração em um novo estado de equilíbrio. – Mudança de composição e nas variáveis de pressão e temperatura e ocorrem principalmente nas faixas orogenéticas ou móveis limites convergentes. – Aporte de fluido. – An IUGS-SCMR (“International Union of Geological Sciences-Subcommission on the Systematics of Metamorphic Rocks”) propôs a seguinte definição para metamorfismo: “Metamorfismo é um processo no estado subsolidus resultando em mudanças na mineralogia e/ou textura (por exemplo tamanho do grão) e frequentemente na composição química da rocha. Estas transformações são devido às condições físicas e/ou químicas que diferem daquelas que normalmente ocorrem na superfície do planeta e em zonas de cimentação e diagênese, abaixo da superfície. Elas podem coexistir com a fusão parcial. ➔ Importância do estudo do metamorfismo produz minerais valiosos e recursos importantes. Os minerais metamórficos econômico incluem: – Grafite usado em lápis e lubrificantes. – Granada e Coríndon usado como pedras preciosas e abrasivos. – Amianto usado antigamente como um isolante térmico. – Cianita, andaluzita, sillimanita (silicatos de alumínio) são usados uma matéria-prima na indústria de cerâmica. → Depósitos minerais resultam de metamorfismo de contato onde as soluções hidrotermais precipitam minérios em rochas circundantes. – Depósitos de ferro e estanho (hematita, magnetita e cassiterita) – Depósitos de metais preciosos (ouro) – Schellita; molibdenita (skarns) ➔ Metamorfismo do grego meta = transformação, mudança. Morfo = forma. Assim, mudança de forma. – É um processo isoquímico (não muda a química) por definição. – Durante o processo há perda ou ganho de fluidos. – A química dos reagentes é a mesma química do produto. As transformações ocorrem no estado sólido e ± partição de fluidos. – A transformação irá depender da química do protólito. – Há dois tipos de transformações do metamorfismo que podem ocorrer separadas ou juntas sendo mais comum que essas transformações ocorram simultaneamente (não é uma regra), que são: 1. Mudanças mineralógicas ocorre durante todo o processo. Crescimento de novos minerais como por exemplo argila para mica. Reações químicas. 2. Mudanças texturais Através da recristalização (limites de grãos mais compactas) e foliação (orientação preferencial de minerais). Devido a deformação dos minerais, ocorre novo arranjo dos minerais, resultando em nova textura ou fábrica. Exemplo: xisto ou mármore. O processo metamórfico é o processo formador de orogênese, ligado a um cinturão orogênico. ➔ Limites do metamorfismo estão relacionados a temperatura. Tem a ver com os graus do metamorfismo. Superior de maiores temperaturas 630° a 1000°C. Transição do metamorfismo para magmatismo (anatexia), onde gera o líquido magmático. O processo que ocorre é a anatexia. O metamorfismo sob alta temperatura convive com os processos de fusão parcial. Nesse ambiente, sólidos e fusões coexistem. Sólidos: rochas metamórficas, restitos, enclaves e xenólitos. Fusões: graníticas. Migmatitos: rocha híbrida na qual convivem sólido e fusão. Inferior de menores temperaturas entre 100 – 200°C. O processo que ocorre nesse limite é o processo diagenético. Sendo uma transição, em que rochas que estão sofrendo processos diagenéticos passarão a sofrer o processo metamórfico. Diagênese e metamorfismo são indistintos. O metamorfismo começa entre 100°– 150°C para rochas mais instáveis. Protólitos ígneos básicos: laumontita (de pressão baixa) e lawsonita e/ou glaucofana (de pressão alta) formam-se a ~150°C. Protólitos pelíticos: paragonita e pirofilita transformam-se a temperatura maior 150°–200°C. Rochas que tem o ponto eutético na temperatura de 1000°C, serão migmatitos com um percentual de fusão parcial baixo (~10–15%). ➔ Tipos de metamorfismo (classificações baseadas em diferentes critérios) são 7 principais: 1 regional ou dínamo termal, 2 termal ou de contato, 3 dinâmico ou cataclástico, 4 hidrotermal, 5 fundo oceânico, 6 soterramento e 7 impacto. 1. Classificação segundo principal agente do metamorfismo: A. Metamorfismo termal (de contato) é um metamorfismo de arco magmático, mas não restrito a estas zonas. – É local, não tem pressão dirigida, também é progressivo. – As rochas que sofreram metamorfismo de contato são destituídas de foliação, pois faltam as pressões dirigidas significativas (baixas a moderadas). – Situam-se dentro da auréola de metamorfismo de contato. – Diques produzem uma zona metamorfizada com centímetros de extensão. Grandes intrusões como "stocks" e batólitos influenciam áreas amplas. Aquecimento de rocha ígnea, metamórfica ou sedimentar ao redor de intrusão ígnea ou abaixo de derrame espessos. Às rochas são maciças e não foliadas. – A rocha encaixante é convertida em uma rocha dura, densa, chamada cornubianito (hornfels). As auréolas de contato desenvolvem zonas sequenciais de minerais índices de modo semelhante às isógradas do metamorfismo regional. – As zonas externas das auréolas contêm micas, anfibólios e calcita. As zonas internas são caracterizadas por piroxênios, incluindo wollastonita e o alumino-silicato andalusita. – Ocorre mais comumente em crosta superior. B. Metamorfismo de Zonas de Cisalhamento (cataclástico ou dinâmico) tem a ver com pressão. Associado a movimento relativo de blocos. – Metamorfismo associado a zona de cisalhamento. – Predomina a deformação, acompanhada na redução da granulação e recristalização subsequente. – Na crosta superficial, próximo de falhas, predomina os esforços mecânicos. – Cisalhamento rúptil, causando o fraturamento e fragmentação da rocha produzindo cataclasitos e brecha tectônica. – Com o afundamento da crosta, a temperatura passa a atuar junto com os esforços de deformação e o processo de cisalhamento torna-se dúctil, podendo destruir todo o arranjo textural original das rochas pré existentes. – Os minerais que compõe a rocha respondem de maneira diferenciada a estes processos. – O quartzo se deforma intra cristalinamente, exibe feições de deformação microscópicas como extinção ondulante, ao terminar os esforços tem a recristalização do quartzo, sendo que no local antes ocupado por um único grão pode se formar um agregado, em mosaico de grãos recristalizados. – Outros minerais, como feldspatos e granada, raramente exibem deformação intracristalina, geral somente suas bordas se deformam e tendem a constituir cristais requiliares de forma arredondada, os porfiroclastos podem ser chamados de augen. – Os milonitos são rochas típicas do metamorfismo dinâmico. – Sua estruturação (foliação ou lineação) é bem definida nos mais variados graus de intensidade. – A classificação dos milonitos em geral se baseia na relação da matriz/porfiroclastos e no grau de recristalização, como protomilonitos (pouco deformados), milonitos, ultramilonitos (muito deformado), filonitos, blastomilonitos (quando bastante recristalizados). – Os processos dinâmicos afetam qualquer tipo de rocha tornando seu produto difícil de distinguir de xistos e filitos. – É o caso dos filonitos que são rochas submetidas a deformação tão intensa que os minerais (mica e feldspato) se transformados em sericita, fortemente orientada passando a exibir aparência macroscópica de filitos. C. Metamorfismo dínamo-termal tem a ver com pressão e temperatura. 2. Classificação segundo o ambiente metamórfico: A. MetamorfismoRegional metamorfismo que afeta grandes corpos rochosos e assim cobre grandes áreas. – É orogênico. – É relacionado a formação das crostas continentais ao longo do tempo geológico da Terra. – Ambiente tectônico convergente. – Forma rochas como micaxisto, ardósia, filito e gnaisse. – As rochas possuem estruturas anisotrópicas. – Há três tipos principais de metamorfismo regional: Metamorfismo Dinamotermal, Metamorfismo de Soterramento e Metamorfismo Hidrotermal. 2.1. Metamorfismo Orogênico/Dinamotermal ou Regional está associado com cadeias de montanhas dobradas, cinturões orogenéticos (metamorfismo orogênico) em grandes regiões. – Caracteriza-se pela pressão dirigida devida a forças horizontais da crosta, as rochas estas apresentam-se frequentemente foliadas. – Ocorre em zonas de colisão de placas. – Esta pressão produz feições como dobras, falhas e fraturas em superfície e subsuperfície. – Em profundidade as pressões forçam os minerais platiformes ou alongados e os recristalizados e neoformados a se orientarem perpendicularmente à direção das pressões. – É progressivo no qual a recristalização do mineral é acompanhada do desenvolvimento de estruturas em resposta aos esforços desenvolvidos. Padrão de isotermas em zona de subducção a) Zona de falha rasa com brecha de falha. b) Zona de falha profunda (exposta pela erosão) com fluxo dúctil e milonito. 2.2. Metamorfismo de Soterramento ocorre em bacias sedimentares, quando há peso e temperatura suficiente. – Ocorre em areás que não sofreram deformação significante nem eventos orogênicos. – São restritos a grandes pacotes sedimentares pouco pertubados, distantes de margens de placas. – Os efeitos do metamorfismo são atribuidos ao aumento de temperatura e pressão devido ao soterramento. – Ocorre desde a diagênese até a formação de zeólitas, prehnita, pumpellyita, laumontita etc. 2.3. Metamorfismo de Fundo Oceânico ocorre em crosta oceânica. D. Metamorfismo Hidrotermal ocorre com a alteração das rochas por água quente/fluidos aquosos ao longo de fissuras e fraturas, que percolam rochas próximas às intrusões magmáticas ou em zona de cisalhamento ou falhamento. – A água pode vir do magma, pode ser derivada da desidratarão das rochas metamórficas ou pode ser água subterrânea que percolou da superfície até as profundezas e foi aquecida em subsuperfície. – Entretanto, a maioria do metamorfismo hidrotermal ocorre dentro dos assoalhos/fundos oceânicos, quando a água do mar penetra fendas próximas dos limites das placas divergentes. – A água descendente encontra basalto quente e torna-se aquecida a cerca de 300°C. – Este processo é conhecido como serpentinização de basaltos e diabásio, em função da presença de minerais do grupo da serpentina. – São os minerais antigorita, crisotila ou lizardita derivados da alteração da olivina e piroxênio. – Gera campos geotermais. – Forma depósitos minerais (Cu, Au e Ag). – Hidrotermalismo associado a mobilidade de magma na crosta. – Processo hidrata os minerais constituintes. – Tem serpentinito que são rochas verde ou vermelha composta de serpentina (antigorita e crisotila) formadas a partir de rochas ultrabásicas (peridotitos e piroxenitos). São fontes de amianto. – Esteatitos ou pedra-sabão rocha composta de talco, com menores quantidades de mica e clorita. Formadas a partir de rochas básicas/ultrabásicas. E. Metamorfismo de Impacto resulta de pressões e temperaturas altas que são geradas em locais onde houve um de impacto de meteoros, sendo um metamorfismo rápido. – Produz minerais "chocados". – Os minerais produzidos por impactos não são encontrados em quaisquer outros ambientes geológicos, sendo os principalmente estishovita e coesita (sílica de alta pressão). ➔ Agentes do metamorfismo (T, P, Xfluido) são temperatura, pressão e fluido (CO2 e H2O). Trajetórias de P – T (pressão e temperatura) podem ser horárias e anti- horárias (ambiente de arco magmático) elas indicam diferentes ambientes tectônicos. 1. Temperatura é tipicamente o fator mais importante do metamorfismo. Minerais possuem diferentes capacidades de calor. Rochas são bons isolantes; conduzem o calor lentamente (dezenas de milhões de anos para sofrer mudanças significantes). Controla a estabilidade mineral. – Varia para cada ambiente tectônico: cadeias meso-oceânicas; crosta oceânica jovem (<40 Ma); crosta continental jovem; crosta continental antiga; crosta oceânica antiga. – O menor fluxo térmico é na zona da fossa = trench. – Varia com a profundidade: gradiente geotérmico (15 – 30°C/Km; 5 – 60°C/Km). – Num grafico de pressão e temperatura, quanto mais próximo do eixo P menor o gradiente geotérmico. – Um gradiente geotérmico baixo diz que a taxa de aumento da temperatura com a pressao ou com a profundiade é baixa. – Um gradiente geotérmico alto diz que taxa de aumento da temperatura com a pressao ou com a profundiade é mais elevada. – Para que haja metamorfismo é necessário que tenha um fluxo térmico anômalo. – O que causa esse fluxo térmico são as condicionantes geotectônicas e limite de placas tectônicas. 1.2. Fontes de calor – Calor vindo do manto para a crosta. – Calor gerado por decaimento radiométrico (maior na crosta continental do que na oceânica). – Calor elevado à crosta por corpos magmáticos. 1.2.1. Outras fontes de calor: soerguimento e erosão de cadeias de montanhas; extensão crustal. – Absorção de calor por acumulações espessas de sedimentos frios. – Outros modelos de fluxo de calor têm sido desenvolvidos para vários regimes, incluindo soterramento, zonas de empurrão progressivas, sobre espessamento (duplicação) crustal por colisão continental e os efeitos da anatexia crustal e migração de magmas. – Fluxo de calor anômalo é requeiro para a formação de rochas em fácies granulito por exemplo. Setas pra baixo refletem regiões frias. Setas para cima refletem regiões quentes, de maior gradiente geotérmico. 2. Pressão é inversamente proporcional à área aplicada, se for aplicada em uma área grande terá pressão menor, se for em uma área pequena terá maior pressão. É medida de força por unidade de área. Depende do peso das rochas sobrejacentes e, portanto, da profundidade. É dada em bar (1bar=0,987 atm) ou Kbar (1Kbar=0,1 GPa). Há dois tipos de pressão litoestática e dirigida. 2.1. Pressão litoestática ou de carga: PI = ρ.g.h – Variação com a profundidade: ~ 1Kbar/3km. – Não causa deformação. – Controla a estabilidade mineral. – A pressão litostática é a pressão confinante. 2.2. Pressão dirigida (ou tensão diferencial; deviatoric stress) – Causa deformação. – Catalisa reações. – Permite a movimentação de fluidos. – Pressão lateral causada pela força lateral. Tensão diferencial que é a diferença do maior para o menor, sigma 1 (σ1) do sigma 3 (σ3). Deviatório é quando a força é aplicada lateralmente. O que dá a densidade da rocha é o conteúdo mineralógico. Em rochas mais ácidas possui minerais de menor densidade, como por exemplo o granito, em que a sua densidade média depende os minerais que compõe o granito (~2,6 – 2,7). ➔ 3. Fluidos metamórficos (CO2 e H2O) os dois principais são os fluidos aquosos (H2O) ou fluxos carbônicos (CO2). Sendo uma fase fluida. O fluido é capaz de transportar matéria/elementos químicos. O fluxo aquoso normalmente tem sais dentro dele como a halita, silvita, cloreto de cálcio (CaCl2), cloreto de magnésio (MgCl2). Muda a composição química e mineralógica, podendo substituir completamente um mineral por outro, sem mudar a textura da rocha (faz parte do metassomatismo). – Metassomatismo é um processo que há perda ou ganho de massa/material. Quando não isoquímico é metassomatismo, que modifica a composição química atravésda introdução de fluidos (geralmente de origem magmática) a partir de rochas próximas. Se troca a química é metassomatismo. – Quanto menos água tiver maior será a temperatura em que a reação metamórfica vai ocorrer. Se tiver água no sistema a reação vai ocorrer em temperaturas menores. – Inclusões fluidas – H2O e CO2 – Fluidos supercríticos H2O ➝ 300°C CO2 ➝ 31°C – Catalizadores de reações metamórficas Pfluido é a soma das pressões parciais de cada componente (Pf=PH2O + PCO2+...) Frações molares dos componentes, cuja soma deve ser 1.0 (XH2O+XCO2+.... =1.0) XCO2 = n CO2 /nCO2 + n H2O. 3.1. Algumas situações de fluidos metamórficos – Pressão de fluidos pressões exercidas por fluidos presentes nos poros da rocha. – Rocha anidra (sem fluido) Pf=0 (PL segura os grãos juntos). PL=0; PL >>> Pf – Rocha com fluidos Pf age nos poros no sentido contrário a PL (Pf < PL ~ PL). Quando Pf >> PL gera fraturamento hidráulico. Premissas básicas – mudanças após o aprisionamento. Inclusões fluidas. ➔ Fases voláteis quando os elementos químicos ainda não se juntaram para formar um mineral, que ainda não está na fase sólida. ➔ Desvolatilização as reações que geram fase fluida. Pode ser reação de desidratação (liberação de água). ➔ Anatexia é o processo onde as rochas passam do estado sólido para o estado líquido, virando um estado de fusão e vai gerar migmatitos. Sendo uma rocha metamórfica. ➔ Grupos composicionais do metamorfismo são: – Ultramáficas, básicas, rochas pelíticas, quartzo feldspáticas e rochas carbonáticas. São o grupo das rochas antes de sofrer o metamorfismo. 1. Rochas ultramáficas (protólito) / Rochas meta – ultramáficas (rocha metamórfica) – Protólitos: incluem as rochas ígneas ultramáficas como os dunitos, peridotitos, piroxenitos, hornblenditos e komatiitos. – Minerais do protólito: olivina, clinopiroxênio, ortopiroxênio e magnetita (podendo ser outros óxidos também, só que a magnetita é a mais comum). – Composição química: SiO2, MgO, Al2O3 e CaO. – Minerais metamórficos: serpentina (depende do aporte de fluido aquoso elevado que deve ser de 0.9% água/H2O, para gerar esse mineral). Talco, tremolita, antofilita, enstatita, forsterita (não tendo água em excesso, onde o teor de fluido caí para 0.8% a 0.6% a serpentina não será mais estável terá a sequência desses cinco minerais em que talco é o de baixa temperatura e a forsterita o de mais alta temperatura). Periclásio (MgO), brucita (MgO e H2O) e magnesita. – Carbonato encontrado em rochas ultramáficas metamorfizadas: é a magnesita (carbonato de magnésio). – Rocha metamórfica: serpentinito (quando tem muita água), xistos com talco e/ou clorita e/ou tremolita e/ou antofilita. Talco xisto, clorita xisto, tremolita xisto e antofilita xisto são rochas ultramáficas. – Condições metamórficas: sem diagnóstico. Estágios de consolidação de uma fratura em um cristal de quartzo. Rochas ultramáficas que não sejam as do manto, são os komatiitos do Arqueano. 2. Rochas ígneas básicas (protólito) / metabasito (rocha metamórfica) – Protólito: rochas ígneas básicas (basaltos, diabásios e gabros), dioritos, noritos e quartzo gabro, quartzo diorito e quartzo norito. – Minerais do protólito: plagioclásio, clinopiroxênio, ortopiroxênio, olivina, magnetita (+acessórios). Plagioclásio e piroxênio. Não tem minerais hidratados, sendo pobre em H2O, exceto talvez um anfibólio (hornblenda). CO2 é elevado. – Química: SiO2, Al2O3, FeO, MgO e CaO. – Minerais metamórficos: albita, epidoto (clinozoisita e zoisita), clorita, actinolita (esses seis minerais são típicos do xisto verde) Plagioclásio, glaucofana, tremolita, hornblenda (mineral típico da fácie anfibolito) Clinopiroxênio, ortopiroxênio, granada, jadeíta, onfacita (fácie eclogito), (quartzo, magnetita, ilmenita e sulfetos). – Não tem carbonato. – Rocha metamórfica: xisto verde, xisto azul, anfibolito, granulito e eclogito. – Condições metamórficas: tem diagnóstico. – Metamorfizada em diferentes zonas de subducção, o basalto vira eclogito. Rocha básica/magma básico tem fase fluida, porém é de CO2 (sem H2O no sistema ou na estrutura interna). Jadeíta piroxênio rico em sódio de alta pressão. 3. Rocha pelítica (protólito) / metapelito (rocha metamórfica) rica em alumínio, mais de 30% em sua composição química. – Protólito: rochas sedimentastes argilosas (argilitos, folhelhos, lamitos). – Minerais do protólito: ilita, esmectita, caulinita, clorita, quartzo, micas e feldspatos detríticos. – Química: SiO2, Al2O3, K2O, Fe2O3, FeO, H2O (esses seis elementos são os principais) e (MgO depende da fonte) e Na₂O. – Minerais metamórficos: fengita, clorita, pirofilita, paragonita, muscovita, quartzo, biotita (ferro e magnésio), granada (almandina), cloritóide, estaurolita, cianita, andaluzita, sillimanita, plagioclásio, cordierita, K-feldspato, ortopiroxênio, safirina (marca um metamorfismo de alta temperatura), óxidos (ilmenita, hematita) e sulfetos. – Rocha metamórfica: ardósias, filitos, xistos aluminosos, gnaisses aluminosos, (migmatitos). – Condições metamórficas: tem diagnóstico. – Principal processo metamórfico: reação de desidratação, pois os minerais do protólito são ricos em H2O. – O folhelho metamorfizado em diferentes pressões e temperatura se transforma em: Diagrama classificatório de rochas ultramáficas definido pela IUGS. Os vértices são representados por 100% olivina (OL), ortopiroxênio (OPX) e clinopiroxênio (CPX). Ardósia (possui clivagem ardosiana) não vê grãos a olho nu, com aumento de pressão e temperatura vira → Filito com aumento de pressão e temperatura vira → Gnaisse com aumento de pressão e temperatura vira → Migmatito. Fengita (rica em ferro), pirofilita (rica em alumínio) e paragonita (rica em sódio) formam a mica branca. Não há uma rocha ígnea que tenha uma composição química parecida com a das rochas pelíticas. Não há rochas ígneas com um teor tão elevado de alumínio quanto o grupo dos pelitos. Um folhelho pode ter quartzo, desde que o quartzo esteja na fração argila/silte. Diferença de pelitos para semi pelitos é através da mineralogia metamórfica. Não há ocorrência de cianita/sillimanita/andaluzita a partir de um magma. Logo, quando esses minerais se formam há a certeza de que a rocha não era rocha ígnea. Devido ao alto teor de alumínio sabe que era uma rocha pelítica. É comum ter clorita em rochas pelíticas. 4. Quartzo feldspáticas (protólito) – Protólitos: rochas sedimentares psamíticas (arenitos puros, arenitos feldspáticos, arcósios) e rochas ígneas intermediárias a ácidas (quartzo diorito, tonalito, trondhjemito, granodiorito e granito), grauvacas = wackes, dacitos e riolitos. – Minerais do protólito: plagioclásio, K-feldspato, quartzo, micas (biotita e/ou muscovita) e hornblenda. – Química: SiO2, Al2O3, K2O, Na2O, CaO, (Fe2O3), (FeO), (H2O) – Rocha metamórfica: metarenitos, quartzitos, gnaisses graníticos. – Condições metamórficas: sem diagnóstico, pois quando metamorfizadas irá gerar os mesmos minerais do protólito. 5. Rochas carbonáticas (protólito) que incluí mármores e rochas calcissilicáticas. As rochas desse grupo quando metamorfizadas formarão mármores. Protólitos: – Calcários, dolomitos metamorfizados viram os mármores. – Calcários silicosos e dolomitos silicosos ou mármores impuros ou mármores silicosos são os mármores que contém calcita, dolomita e quartzo/sílica na sua composição. – Marga é uma rocha sedimentar que tem uma composição química semelhante à das rochas ígneas básicas. Sendo uma rocha carbonática contendo uma mistura de areia, argila/pelito e carbonato. Quando for metamorfizada será uma rocha calcissilicática (esse tipo de rochaé derivado dos mármores). Minerais do protólito: calcita, dolomita, quartzo, ilita, esmectita, caulinita e clorita. Composiçao química: CaO e MgO, CO2 (mármores), SiO2 (com Ca, MgO, CO2 e SiO2 terá mármores impuros), K2O, Al2O3 e H2O (terá rocha calcissilicática). Minerais metamórficos: calcita ou aragonita, dolomita, quartzo (deve conter na mineralogia do protólito o SiO2 para ter os mármores impuros). Talco, tremolita, diopsídio, forsterita (esses quatro minerais são formados quando há geração de mármores impuros, essa sequência tem a ver com a temperatura, sendo talco o mineral de menor temperatura e a forsterita o mineral de maior temperatura). Podem se formar quando acrescenta a sílica. Grossulária, escapolita, vesuvianita, epidoto, plagioclásio são comuns em rocha calcissilicática e do grupo das margas. Esses minerais são todos ricos em cálcio. K-feldspato, micas (flogopita, muscovita e biotita) terá essas rochas ao adicionar K2O. Ao adicionar a química de K2O, Al2O3, H2O e mais CaO nas rochas calcissilicáticas terá uma variedade de minerais. A mineralogia da rocha calcissilicática depende da composição da argila que depende da fonte para determinar a composição da rocha calcissilicática. – Rocha metamórfica: mármore (deve ter mais de 80% de CaCO3), mármore impuro e rocha calcissilicática (é a marga metamorfizada). – Condições metamórficas: sem diagnóstico. Calcita, aragonita (carbonato de alta pressão) e dolomita esses três minerais fazem parte da mineralogia dos mármores. Em alta pressão ao invés de calcita formará aragonita. De mesma composição sendo pseudomorfos. A estabilidade do mineral é dependente da fase fluida. ➔ Paragênese são as fácies minerais. O que define as paragêneses das fácies são os minerais. Os minerais são formados por reações metamórficas. ➔ Fácies em que o protólito é o basalto. Fácie xisto verde: albita (plagioclásio) – clinozoisita – clorita – actinolita. ~ Zona de transição: tremolita ~ Fácie anfibolito inferior: oligoclásio (plagioclásio) – hornblenda – granada – clinopiroxênio (pode estar associado a fácies anfibolito superior). Fácie granulito: plagioclásio (qualquer um exceto a albita) – ortopiroxênio – clinopiroxênio – granada e quartzo. Fácie xisto azul: glaucofana – plagioclásio ~ Zona de transição: jadeíta ~ Fácie eclogito: onfacita (é um clinopiroxênio rico em sódio) – piropo (rico em MgO) ➔ Critérios de denominação de rochas metamórficas (nomenclatura) Objetivo: identificar e fornecer informações úteis. A nomenclatura das rochas metamórficas é feita primeiramente começando pelos minerais seguido do nome e do protólito/texturas composicionais/granulação etc. Compreende o grupo metamórfico: filito, xisto, gnaisse e mármore. Precedido pelo nome dos minerais constituintes não essenciais, em ordem decrescente de abundancia, como grafita filito, granada-cordierita xisto, tremolita-calcita mármore etc. Quando os aspectos texturas da rocha original ainda estão preservados é adicionado o prefiro meta. Como metacalcário, metabasaltos e metarcoséo. 1. Segundo a natureza do protólito (geral ou específico) Metassedimento Xisto pelítico Material original Tipo de rocha metamórfica (nome/adjetivo) Sedimento argiloso Pelito/Pelítica Sedimento arenoso Psamito/Psamítica ou quartzo feldspato Mistura argila-areia Semi-pelito/Semi-pelítica Areia quartzosa Quartzito/Quartzítica Marga Calcissilicática/Calcária Calcário Mármore Basalto Metabasito/Máfica Riolito Meta-riolito 2. Segundo a composiçao mineralógica da rocha – Minerais que qualificam a rocha. Exemplos: granada-mica xisto; fosterita mármore. – Duas possibilidades: Em ordem crescente ou decrescente de abundância. Exemplo: cianita-granada-biotita xisto ou biotita-granada-cianita xisto. – Nomes de minerais particularmente significantes para a determinação das condições de metamorfismo. Exemplo: sillimanita-muscovita xisto. – Rochas essencialmente monominerálicas Exemplos: Quartzito, serpentinito, biotitito. 3. Segundo a textura da rocha Tramas anisotrópicas X Tramas isotrópicas Termos texturais são utilizados como substantivos e devem ser qualificados por adjetivos que indiquem os protólitos ou os minerais presentes. Exemplo: – Hornfels pelítico – Cianita-granada-biotita xisto pelítico – Granada-biotita xisto porfiroblástico – Muscovita-biotita-quartzo xisto milonítico – Granada-biotita ortognaisse granitíco médio – Hornblenda ortognaisse tonalítico porfirítico – Biotita leucognaisse fino homogêneo → Nomes texturais adicionais – Porfiroblástico – Relictos ou reliquilares – Porfiroclástico – Poiquiloblástico – Idioblástico (eudral, subedral e anedral ou poligonal, interlobular e ameboíde) – Pseudomórfico 4. Qualquer nome especial apropriado associações mineralógicas indicadas pelos nomes carregam implicações sobre as condições de metamorfismo. Os mais comuns são: – Xisto verde – Xisto azul Arcóseo Metarcóseo Ardósia Milonito Hornfels Filito Pseudotraquito Fels Xisto Gnaisse – Anfibolito (orto-anfibolito ou para-anfibolito) – Serpentinito – Eclogito – Granulito – Migmatito ➔ Metamorfismo e deformação de sedimentos argiloso – Ardósia possui clivagem forte que é a clivagem ardosiana, plana e penetrativa; filossilicatos extremamente finos e suas superfícies são foscas. Granulação muito fina, minerais de difícil individualização a olho nú. Orientação planar intensa. Composta principalmente por sericita e quarzto. Possui fissilidade. – Filito filossilicatos mais grossos, de superfícies sedosas e clivagem menos perfeita. Forma-se quando argilas são submetidas a metamorfismo de baixo grau. Quando foi sujeita a tensões diferenciais, que levou a formação de uma rocha foliada. O filito contém quantidades consideráveis de cristais de muscovita orientados mais ou menos paralelamente. Sendo uma rocha foliada. Composto por sericita e quartzo, pode conter grafita, clorita, feldspato etc. filossilicatos possuem brilho sedoso, nos planos de xistosidade. Granulação muito fina a fina. – Xisto alinhamento paralelo de grãos moderadamente grossos, a xistosidade pode ser dada por filossilicatos e minerais prismáticos (anfibólios e piroxênios). As rochas que partem quando são quebradas são denominadas de xistosas. Excelente arranjo preferencial, planar ou linear. Granulação média a grossa. Composto por filossilicatos como biotita e muscovita, com quartzo, granada etc. – Gnaisse sendo uma rocha de granulação grossa e foliada (xistosidade e/ou bandamento composicional), rocha de alto grau, grossa e pobre em mica. São geralmente quartzo feldspáticas, com forte orientação planar, denominada de estrutura ou foliação gnáissica, que é fornecida pela orientação de minerais placóides ou de hábito prismático. As rochas podem ser derivadas de deformação de rocha granítica submetida ao metamorfismo dinâmico ou da total reorganização mineralógica e textural de rochas sedimentares, como as pelíticas, sob condições metamórficas de alto grau. Ao atingir determina pressão e temperatura, às rochas pelíticas podem se fundir na presença de água (anatexia), formando compostos dos quais cristalizam quartzo, fedspato potássico e plagioclásio, com granada e muscovita como acessórios. Pode ser ortognaisse ou paragnaisse. Pode ser qualificada como mineral exemplo biotita gnaisse. – Migmatito são rochas de composição e estruturas heterogêneas e de granulação grossa, ocorrendo em terrenos metamórficos de alto grau. Sua origem pode ser por fusão parcial de rochas pré existentes ou pela injeção de fundidos graníticos em rochas gnáissicas. Megascopicamente os migmatitos são intercalações de rochas gnáissicas, de partes de cor clara (leucocrática) composta por quartzo-feldspato, pobre em minerais máficos decor escura (melanocrática) em geral foliadas. – Milonito rocha de granulação fina, produzida em zonas de deformação dúctil intensa. Grãos pré-existentes foram recristalizados como grãos finos. – Hornfels rocha maciça, fina, compacta, sendo produzida por metamorfismo de contato. – Fels termo que pode ser utilizado para qualquer rocha maciça. Podem ser qualificados pelo nome de um ou mais minerais presentes, como por exemplo biotita fels ou cordierita hornfels. ➔ Lepidoblástica caracteriza-se pela presença de minerais placóides arranjados paralelamente ou sub-paralelamente. Associa-se a rochas de estrutura xistosa, em que predominam os minerais filíticos, como as micas. ➔ Zonas, fácies e graus metamórficos se um conjunto de rochas de diferentes composições químicas alcançaram equilíbrio sob as mesmas condiçoes de pressao e temperatura, então a composição mineral de cada uma é controlada somente por sua composição química. → Fácies metamórfica é o intervalo de condiçoes de pressão e temperatura (ou campo pressão-temperatura) no qual uma assembléia mineral particular ou uma gama de assembléias minerais são estavéis. Rochas de composições variadas podem ser atribuídas a uma fácies metamórficas. Rochas que sofreram metamorfismo em condições parecidas de pressão e temperatura pertencem ao mesmo grupo de fácie metamórfica. – Eskola (1920) propôs 5 fácies metamórficas; – Eskola (1939) propôs mais 4 fácies; – Eskola (1960) propôs mais 2 fácies; – Winkler (1967) propôs mais 2 fácies; – Diversos autores propuseram várias sub-fácies metamórficas. → Fácies metamórficas as assembléias minerais que caracterizam cada fácies (para as rochas máficas). Fácies Assembléia minerais das fácies metamórficas Zéolita Zeólitas: especialmente laumontita, wairakita, analcima Prehnita-pumpellyita Prehnita + pumpellyita (+ clorita + albita) Xisto verde Clorita + albita + epidoto (ou zoisita) + quartzo ± actinolita Anfibolito Hornblenda + plagioclásio (oligoclásio-andesina) ± granada Granulito Ortopiroxênio (+ clinopiroxênio + plagioclásio ± granada ± hornblenda) Xisto azul Glaucofana + lawsonita ou epidoto (+ albita ± clorita) Eclogito Granada piropo + piroxênio onfacítico (± cianita) Fácies de contato Assembléias minerais em rochas máficas metamorfizadas por contato não diferem substancialmente daquelas das fácies regionais a pressões mais altas. Spear (1993) → Hoje em dia são reconhecidas 11 fácies divididas em 4 conjuntos que são: A) Pressão moderada e temperatura alta – xisto verde, anfibolito e granulito. B) Baixo grau – zeólita e prehnita – pumpellyta. C) Pressão baixa e temperatura alta – hornfels (4 fácies). D) Pressão alta – xisto azul e eclogito. – Barrow (1893-1912) zonas de ocorrência de diferentes grupos/paragênese de minerais em metapelitos. Variações acompanham aumento de pressão e temperara. Os metabasitos da área apresentam a mesma paragênese em todas as zonas (hornblenda + plagioclásio). – Becke (1913); Grunbenmann (1910): – Goldschmidt (1911-1912): assembleias quimicamente equivalentes são relacionadas por reações simples. Fácies metamórficas – Eskola (1914; 1915) Orijärvi, Finlândia K-feldspato + cordierita em Oslo. Biotita + muscovita em Orijärvi A diferença deve refletir diferentes condições físicas. Assembleias mais hidratadas e de menor volume equilibram a temperaturas mais baixas e pressões mais altas. → Fácies é o conjunto de minerais, em um determinado grupo de rochas em equilíbrio sob condições metamórficas especificas (intervalo específico que gera determinadas rochas). – Tilley (1924) conceito de isógrada, grau de isorreação, mineral índice (T, P e X). → Zonas metamórficas ➔ A seta deve estar na direção em que o mineral ocorre, em um diagrama. Quando a temperatura aumenta numa determinada região utiliza uma seta na direção de aumento e escreve IN →, como por exemplo biotita - in → ou granada - in →. Quando em uma determinada região o mineral deixa de aparecer como por exemplo da foto a clorita, escreve OUT ←, no sentido oposto a direção de aumento de temperatura, deve ficar algo assim Cl - out ←. Out = mineral saindo. In = mineral entrando. ➔ Séries de fácies metamórficas – Miyashiro (1961): Sequências de fácies ou sub-fácies em grau metamórfico crescente de um terreno. Temperatura Pressão hidrostática Pressão dirigida Epizona Moderada Baixa Alta ou Ausente Mesozona Alta Alta Idem Catazona Muito alta Muito alta Menos alta e geralmente ausente MgSiO3 + CaAl2Si2O8 = CaMgSi2O6 + Al2SiO5 Enstatita Plagioclásio Diopsídio Alumino silicato 2 KMg3AlSi3O10(OH)2 + 6 KAl2Si3O10(OH)2 + 15 SiO2 = 3 Mg2Al4Si5O18 + 8 KAlSi3O8 + 8 H2O Bt Muscovita Quartzo Cordierita K-feldspato – Turner e Verhoogen (1960) Metamorfismo Barroviano (pressão média: cianita e sillimanita). – Miyashiro (1961) Par Metamórfico 1. Tipo Sambagawa alta pressão e baixa temperatura. 2. Tipo Abukuma baixa pressão e alta temperatura. – Winkler (1974) Graus metamórficos ➔ Graus metamórficos Winkler (1974) campo de condições metamórficas de temperatura e pressão dividido em graus metamórficos: 1. Grau incipiente 2. Grau fraco 3. Grau médio 4. Grau forte ou alto Essa classificação é baseada em reações especificas em rochas comuns. Reações são controladas principalmente por temperatura e em muitos casos, são quase isotérmicas. → As quatro divisões de grau metamórfico O aumento do grau metamórfico corresponde a uma progressão de temperatura. – Limite entre grau incipiente e fraco coincide com o início das fácies xisto verde. – Limite entre grau fraco e médio coincide com o início do fáceis anfibolito. Parte superior da fácies anfibolito foi classificada como grau forte (coexistência de K-feldspato e Al2SiO5) e/ou almandina e cordierita. 1. Grau incipiente é o grau metamórfico de mais baixa temperatura. A fácie metamórfica de mais baixa temperatura e pressão é a fácies da zeólitas. – Limite inferior começo do metamorfismo. O primeiro aparecimento de minerais metamórficos: laumontita (baixa pressão), lawsonita (alta pressão), glaucofana, paragonita ou pirofilita indica o começo do metamorfismo. – Paragonita e pirofilita (em pelitos) formam-se a temperaturas mais altas do que laumontita (da fácies zeólitas) e lawsonita (em metabasitos). – Principal grupo composicional para detectar o início do metamorfismo são as rochas básicas. – O limite do grau incipiente para o grau fraco utiliza as rochas básicas. – Muitas rochas não apresentam modificação em sua composição mineralógica no começo do metamorfismo: Quartzo + clorita + ilita (fengita) até começo do grau médio. Quartzo + calcita até graus mais elevados. – Metabasitos são indicadores do começo do metamorfismo. – A paragênese de quartzo + laumontita indica as temperaturas mais baixas de metamorfismo. Analcina + quartzo = albita + H2O (temperatura de 150° - 200°C, pressão de 1 a 5 Kb). Heulandita = lawsonita + quartzo + H2O (temperatura de 180°C, pressão de 7 Kb). Pelitos grau de cristalinidade da ilita e aparecimento de pirofilita. → Mudança de grau incipiente para grau fraco A. Desaparecimento de lawsonita e formação de zoisita ou clinozoisita. B. Desaparecimento de pumpellyita por reação com quartzo e clorita, originando clinozoisita e actinolita (sob pressão > 2,5 Kb) C. Desaparecimento primeiro de pumpellyita e depois da prehnita e formação de zoisita- clinozoisita e actinolita (pressão < 2,5 Kb) D. Boa cristalinidade da ilita (fengita) – cristalinidade ≥ 4,0.– Faixa de graus de isorreação designada como zoisita ou clinozoisita-estável, lawsonita- instável ou pumpellyita-prehnita-instável. – Minerais diagnósticos: laumontita, lawsonita, prehnita, pumpellyita e ilita (> 4,0). Glaucofana, jadeíta, paragonita e pirofilita não se restringem ao grau incipiente. No grau fraco o limite é marcado pela entrada de zoisita, clinozoisita, actinolita em rochas básicas, sendo o limite inferior do grau fraco ou da fácie xisto verde. 2. Grau fraco Coincide com a fácies xisto verde. Paragênese típica: clorita + zoisita/clinozoisita + actinolita + quartzo. Essa paragênese persiste por todo o intervalo do grau fraco, sendo observada em rochas de protólitos variados, como basaltos e tufos, margas, certos pelitos e grauvacas. Paragêneses típicas em pelitos: – Clorita + muscovita + albita + quartzo (temperaturas mais baixas) – Clorita + muscovita + biotita + albita + quartzo – Granada + clorita + muscovita + biotita + albita + quartzo (temperaturas mais altas) – Cloritóide ou paragonita + muscovita + albita + quartzo. Em rochas pelíticas quando tem pelitos muitos ricos em alumínio, o cloritóide é diagnóstico da fácie xisto verde em rochas pelíticas. O cloritóide caracteriza a fácie xisto verde. → Mudança de grau fraco para grau médio Coincide com a passagem da fácies xisto verde para a fácies anfibolito. Critérios: A. Mudança abrupta na composição do plagioclásio associado a epidoto, de albita (An 0-7) para oligoclásio ou andesina (An 15-30). A mudança de composição do plagioclásio em rochas básicas ocorre em temperaturas mais baixas do que o primeiro aparecimento da estaurolita em pelitos. B. Aparecimento de estaurolita (pressões mais altas) e/ou cordierita (sem almandina, de pressões mais baixas) em rochas pelíticas apropriadas. C. desaparecimento de cloritóide e de Fe-clorita em presença de quartzo e muscovita. – O aparecimento de estaurolita em rocha pelítica marca o grau médio, de temperatura de ~500°C. 3. Grau médio Reações comuns: – Clorita + muscovita + quartzo = cordierita + biotita + Al2SiO5 + H2O (temperatura de 500°–555 °C, pressão de 0,5 – 4 Kb). Clorita + muscovita = estaurolita + biotita + quartzo + H2O (temperatura 540° – 565°C, pressão 4 –7 Kb). Em rochas de MgO/MgO + FeO ≥ 0,5 a clorita não é consumida → Mg – clorita. – Clorita + muscovita + almandina = estaurolita + biotita + quartzo + água. – Cloritóide + andaluzita ou cianita = estaurolita + quartzo + H2O (temperatura 545°C, pressão 4 – 8 Kb). Grau de isorreação estaurolita – estável (temperatura de 500° – 565°, pressão 0,5 – 7 Kb). → Determinação prática do limite Grau fraco/Grau médio – Indicador positivo: primeiro aparecimento de estaurolita e/ou cordierita. – Indicador negativo: cloritóide instável, só pode ser aplicado se os pelitos de graus mais baixos tiverem este mineral. – Indicador negativo: ausência de contatos entre clorita e muscovita. Cloritóide não é estável em grau médio. Paragêneses típicas de metabasitos: Hornblenda + plagioclásio ± epidoto ± granada 4. Grau forte – Cordierita não é estável em grau médio. – Estaurolita desaparece a pressões baixas em presença de quartzo e muscovita ainda dentro do grau médio. – A pressão médias e altas a estaurolita persiste para dentro do grau forte. – Presença de migmatitos: ausência de equilíbrio: muscovita + quartzo + plagioclásio. – O principal fator que define alto grau metamórfico é a presença de fusões anatéxicas. – A mudança de grau médio para forte é definida pela quebra da muscovita sempre em presença de quartzo, e plagioclásio (reação muscovita + quartzo = K-feldspato + Al2SiO5 + H2O/fusão). – A quebra da muscovita leva a formação de novas paragêneses (critérios positivos): K-feldspato + Al2SiO5 (cianita ou sillimanita) K-feldspato + cordierita K-feldspato + granada rica em almandina – A paragênese da muscovita + quartzo (sem plagioclásio) é estável, até temperaturas muito altas quando a pressão excede 4 Kb. – A pressões menores que 3,5 Kb, a reação muscovita + quartzo = K-feldspato + Al2SiO5 + H2O define o limite entre grau médio e grau forte. – A pressões maiores que 3,5 Kb, o início da fusão (anatexia) em gnaisses com muscovita define o limite entre grau médio e grau fraco. ➔ Metamorfismo Barroviano de pelitos Associações de rochas pelíticas de Zonas Barrovianas das Highlands Escocesas. Zona Associação típica Clorita Clorita + muscovita fengítica + quartzo + albita ± calcita ± estilpnomelano ± paragonita Biotita Biotita + clorita + muscovita fengítica + quartzo + albita ± calcita Granada Granada + biotita + clorita + muscovita + quartzo + albita + epidoto ± (cloritóide) Estaurolita Estaurolita + granada + biotita + muscovita + quartzo + plagioclásio ± (Mg- clorita) Cianita Cianita + estaurolita + granada + biotita + muscovita + quartzo + plagioclásio Sillimanita Sillimanita ± estaurolita + granada + biotita + muscovita + quartzo + plagioclásio ± cianita requiliar (metaestável) Acessórios comuns Ilmenita, magnetita, hematita, rutilo, pirita, turmalina, apatita, zircão e grafita Muscovita fengítica (muscovita branca rica em ferro). Estilpnomelano (mica mais escura) ➔ Fácies metamórficas de: – Grau forte ou alto grau são as fácies de anfibolito superior e as fácies de granulito. – Grau médio são as fácies de anfibolito inferior. – Grau fraco corresponde ao xisto verde. – Grau incipiente zeólita e prehnita-pumpellyita. Fácie anfibolito superior que corresponde ao grau forte. Fácie anfibolito inferior que corresponde ao grau médio. ➔ Fácies metamórficas de baixo grau: zeólita, prehnita-pumpellyita e xisto verde. Afirmar que a fácie anfibolito é de grau médio está errado. Pois é parte de grau médio e parte é de grau forte/alto. ➔ Metamorfismo de média pressão ou ambiente de metamorfismo Bahoviano. Graus Fácies Zonas (Bahoviano e Pelíticas) Incipiente Zeólita e prehnita-pumpellyita Clorita Fraco Xisto verde Biotita Granada (na fácie xisto verde alta ou superior) Médio Anfibolito inferior Estaurolita Cianita Forte/Alto Anfibolito superior e granulito Sillimanita Clorita quando passa para o grau médio só fica a clorita se for rica em magnésio, a clorita férrica some. ➔ Diagrama para rochas pelíticas e psamíticas ➔ Diagrama para rochas metabasitos ↓ Temperatura O limite de temperatura máxima e pressão mínima da fácie xisto azul é dado pelo limite de estabilidade da glaucofana. ➔ Divisões da pressão dos graus metamórficos Grau incipiente Grau fraco Grau médio Grau forte Laumontita Cordierita ou cordierita + andaluzita Cordierita Lawsonita Almandina Cordierita + almandina ou almandina ou almandina + andaluzita Glaucofana + lawsonita Glaucofana + clinozoisita Almandina ou Almandina + sillimanita Jadeíta + quartzo Almandina ou Almandina + cianita Almandina Cordierita + almandina ➔ Conjuntos minerais ou diagnóstico de subconjuntos da fácies metamórfica Fácies Rochas metabásicas Rochas pelíticas (com quartzo) Zeólita Laumontita, analcita, heulandita, wairakita. Argilas de camada mista Albita – epidoto – hornfels Albita + epidoto + actinolita + clorita Actinolita + oligoclásio Muscovita + biotita + clorita Hornblenda hornfels Hornblenda + plagioclásio ± cummingtonita Cordierita + clorita + biotita + muscovita Andalusita + biotita + muscovita Cordierita + andalusita + muscovita (zona de alta temperatura) Piroxênio hornfels Clinopiroxênio + ortopiroxênio+ plagioclásio ± olivina ± hornblenda Cordierita + andalusita + K-feldspato Sanidina Não é bem definida Coríndon + magnetita + anortita (sem quartzo) e vidro Prehnita – pumpellyita Prehnita + pumpellyita ± clorita ± albita ± epidoto Pumpellyita + actinolita (zona de alta temperatura) Lawsonita + albita (zona de alta pressão) Illita + muscovita + clorita + albita + quartzo Estilpnomelano + pirofilita Xisto verde Actinolita + epidoto ± albita ± clorita ± estilpnomelano (zona de baixa temperatura) Hornblenda ± actinolita + albita + clorita + epidoto ± granada (zona de alta temperatura) Clorita + muscovita + albita (zona de baixa temperatura) Clorita + muscovita + biotita + albita Granada + clorita + muscovita (zona de alta temperatura) Cloritóide + paragonita + muscovita + albita Anfibolito Hornblenda + plagioclásio ± epidoto ± granada Estaurolita, cianita ou sillimanita + muscovita (zona de baixa temperatura) Sillimanita + K-feldspato ± muscovita + cordierita ou granada Sillimanita + granada + cordierita, sem K- feldspato (zona de alta temperatura) Granulito Ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio ± olivina ± hornblenda (baixa pressão) Granada + clinopiroxênio + ortopiroxênio + plagioclásio ± hornblenda (média pressão) Granada + clinopiroxênio + quartzo + plagioclásio ± hornblenda (alta pressão) Cordierita + granada + K-feldspato + sillimanita (pressão moderada) Cianita + K-feldspato (alta pressão) Hiperstênio, safirina + quartzo (alta temperatura) Xisto azul Glaucofana + lawsonita Fengita + clorita ou talco + granada, sem biotita Mg – cloritóide, carfolita Eclogito Onfacita + granada, sem plagioclásio, sem lawsonita Talco + cianita ± granada ± muscovita (fengítica) ➔ Minerais e assembléias minerais características de diferentes tipos de metamorfismo bárico Tipo bárico Metapelito Metabasito Baixa pressão Andalusita + cordierita + estaurolita + sillimanita + Hornblenda + plagioclásio + epidoto Hornblenda + cummingtonita ilmenita Plagioclásio + olivina Ortopiroxênio + clinopiroxênio Média pressão Cianita + sillimanita + estaurolita + ilmenita + rutilo + cordierita + granada + biotita Granada + hornblenda + plagioclásio Epidoto + hornblenda + plagioclásio Hornblenda + estaurolita ou cianita Ortopiroxênio + clinopiroxênio + granada Ilmenita + rutilo Hornblenda + cummingtonita Alta pressão Lawsonita, cianita, granada, talco, jadeíta/onfacita, Mg- Fe carfolita, crossita/glaucofana, rutilo, sem biotita Lawsonita, zoisita, crossita/glaucofana Barroisita, jadeíta/onfacita, granada, rutilo ➔ Processos e reações metamórficas Os processos geram reações que geram texturas. → Texturas e processos metamórficos Texturas são feições penetrativas em pequena escala. Texturas metamórficas refletem os processos de deformação, cristalização e recristalização. → Texturas primárias – Herdadas da rocha original – Qualquer grau de preservação – Pseudomorfos de minerais ou texturas/estruturas pré-metamórficas – São as texturas do protólito, seja rocha sedimentar ou ígnea – Não são metamórficas. ➔ Dissolução por pressão ocorre na diagênese. Pode ocorrer no metamorfismo incipiente ou no metamorfismo de baixo grau. ➔ Fluxo cataclástico é uma textura associada ao movimento de quebra, moagem, movimento de blocos, falhas, arqueamento, kink, extinção ondulante, augen, etc. Não necessariamente é metamórfica. Relacionado a ambiente rúptil (partes superiores da crosta). Pode ocorrer no metamorfismo incipiente ou no metamorfismo de baixo grau. Fragmentação mecânica, transporte e rotação de fragmentos. Tecnicamente não metamórficas. ➔ Deformação plástica intracristalina. Pode estar relacionado a qualquer tipo de metamorfismo. Não há perda de coesão. Alguns processos podem operar simultaneamente. Migração de defeitos. Planos de deslize. Deslocamentos. Limites de grãos geminados. → Recristalização pode ser dinâmica ou estática. Pode estar relacionado a qualquer tipo de metamorfismo. Migração do limite do grão. Rotação do sub grão. Difusão no estado sólido. Deformação cristal plástica. A recristalização pode ser considerada do ponto de vista de sua relação com a deformação. Podem ser reconhecias: – Recristalização sin tectônica ou dinâmica é aquela que ocorre concomitantemente com o processo de deformação. – Recristalização pós tectônica ou estática (anneling) é aquela que ocorre após o evento da deformação. – Recristalização estática primária é aquela em que a energia responsável pelo processo é a mesma da recristalização dinâmica, isto é, a energia da deformação elástica devido a presença de deslocações. A recristalização continua até que as deslocações nos cristais recristalizados tenha quase desaparecido. – Recristalização secundaria é aquela que utiliza para sua formação, a energia liberada pelo crescimento dos cristais – energia das superfícies dos cristais (surface energy of the cristals). → Recristalização por migração do limite do grão e rotação do sub grão → Cristalização reação metamórfica. Pode estar relacionado a qualquer tipo de metamorfismo. A cristalização mineral envolve o crescimento de um novo mineral e a formação de um mineral metamórfico. – Difusão no estado sólido processo de transporte de átomos, íons ou moléculas. – Difusão de volume Autodifusão (aleatória) em que os cristais são quimicamente homogêneos. Interdifusão (zoneamento) em que cristais são quimicamente heterogêneos. – Difusão nos limites dos grãos taxa de difusão (fluxo de matéria) Ɛ = – D (dC/dx); onde D = coef. de difusão (T) Recrystallization by (a) grain- boundary migration (include nucleation) and (b) sub grain rotation. From Passchier and Trouw (1996). Recrystallized quartz with irregular (sutured) boundaries, formed by grains boundary migration. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C6%90 – Nucleação do mineral – Crescimento do mineral – Gera texturas de equilíbrio e desequilíbrio – Dissolução de reagentes → difusão → transferência de átomos para a superfície do cristal → nucleação → crescimento. → Textura de desequilíbrio mostra evidência/presença de minerais reagentes e produtos na mesma lâmina são texturas de desequilíbrio, pois mostra exatamente o momento em que ocorreu o desequilíbrio. Em que o mineral A se tornou instável, para formar o mineral B instável. Se tem uma textura de desequilíbrio significa que está na reação. → Textura de equilíbrio mostra quando está acontecendo a reação. → Textura metamórficas de Alto Strain – Maior concentração na deformação rúptil (rasa) do eu na deformação dúctil. – Quebra, moagem, fraturamento, rotação – Orientação dos filossilicatos – Clastos cristais remanescentes “triturados” – Porfiroclastos remanescentes maiores em uma matriz “moída” – Milonitos → Texturas de metamorfismo de contato – Tipicamente auréolas de plútons rasos (baixa pressão). Cristalização/recristalização é quase estática. – Texturas isotrópicas (hornfels, granofels) – Texturas reliquiares são comuns. → Texturas de metamorfismo regional – Dinamotermal cristalização sob condições dinâmicas – Orogênia longo tempo formando cadeias de montanhas Pode ser associar a vários eventos tectônicos Pode ter sofrido várias fases de deformação Pode ter associado ciclos metamórficos com um ou mais eventos geradores de raçoes metamórficas. – Tectonito uma rocha deformada com uma textura que registra a deformação – Fabric a configuração espacial e geométrica completa dos elementos texturais. Como está arranjo dos minerais, as feições, a forma e as relações entre esses minerais, sendo textura ou descrição texturalNo tectonito é possível observar elementos planares e lineares: Alto Strain (shear zones) – Foliação = elemento textural planar – Lineação = elemento textural linear Foliação e lineação é o nome genérico para estrutura planar e linear. Toda rocha terá elementos planares e lineares. Rocha sedimentar e rocha metamórfica tem essa estrutura. Rochas ígneas podem ter elementos lineares e planares associados a estruturas de fluxo. Isógrada revela a pressão e a temperatura na qual os minerais se formam. É mapeavél. Linha que une os pontos de primeiro aparecimento de um mineral índice. São linhas que limitam rochas de mesmo grau metamórfico (representa a transição de uma zona metamórfica para outra). O grau metamórfico é caracterizado por associações (assembléias) mineralógicas específicas. ➔ Processos e reações metamórficas Se observar as isógradas como reações, pode-se: – Entender quais variáveis físicas devem influenciar na localização de uma isógrada em particular. – Capaz de estimar as condições de P, T e X que uma isógrada representa. 1. Transformações de fases – Transformações de fases isoquímicas (polimorfos de SiO2 ou Al2SiO5 ou grafita–diamante ou calcita–aragonita) – As transformações dependem somente da temperatura e pressão, já que a química não muda. 2. Exsolução 3. Reações sólido-sólido – Envolvem somente sólidos. – Diferem das transformações entre polimorfos: envolvem sólidos de diferentes composições, e assim o material necessita ser difundido de um local a outro para que a reação se processe. Exemplos: NaAlSi2O6 + SiO2 = NaAlSi3O8 Id Quartzo Albita MgSiO3 + CaAl2Si2O8 = CaMgSi2O6 + Al2SiO5 Em An Diopsídio Andaluzita 4(Mg, Fe)SiO3 + CaAl2Si2O8 = (Mg, Fe)3Al2Si3O12 + Ca(Mg, Fe)Si2O6 + SiO2 Diagrama de fase T-X do sistema albita-ortoclásio a uma pressão de H2O de 0,2 GPa. Ortopiroxênio Plagioclásio Gnt Clinopiroxênio Quartzo – Se os minerais contêm voláteis, os voláteis devem ser conservados na reação de forma que nenhuma fase fluida seja gerada ou consumida. Por exemplo, a reação: Mg3Si4O10(OH)2+4 MgSiO3 = Mg7Si8O22(OH)2 Tlc Em Anth Envolve fases hidratadas, mas conserva H2O. Portanto, pode ser tratada como uma reação sólido-sólido. 4. Reações de Devolatização – Gera voláteis. – Ocorre na maioria das reações metamórficas comuns. – Os sistemas H2O-CO2 são os mais comuns, mas os principais são os mesmos para qualquer reação envolvendo voláteis. – As reações não são dependentes somente da temperatura e pressão, mas também da pressão parcial de fluido das fases voláteis. – Permite que a fase fluida seja desenvolvida. – Por exemplo a localização, no diagrama de fase P-T, da reação de desidratação: KAl2Si3AlO10(OH)2 + SiO2 = KAlSi3O8 + Al2SiO5 + H2O Ms Qtz Kfs Sill W Depende da pressão parcial de H2O (pH2O) – pH2O pode se tornar menor do que a PLith por duas maneiras: Pfluido < PLit por dessecamento da rocha e redução do conteúdo de fluido Pfluido = PLit, mas a água do fluido pode ser diluída por adição de um outro componente fluido, como CO2 ou outra fase volátil. p = pressão de fluido A curva de equilíbrio representa o equilíbrio entre os reagentes e produtos sob condições sub saturadas em H2O (pH2O)/pressão de fluido = pressão litostática. Quanto mais água tiver, a reação vai ocorrer em maior temperatura, na fase fluida presente na rocha. 5. Reação de decarbonatizaçao CaCO3 + SiO2 = CaSiO3 + CO2 Calcita Quartzo Wo Estabilidade termal máxima da assembleia mineral com carbonato ocorre a puro XCO2. Reação ocorre a menor temperatura se adicionar H2O (e.g. XCO2 < 0.1) Eixo z = temperatura Eixo x = fração molar Eixo y = pressão Impureza Intersticial Substitucional 6. Reações com voláteis mistos Há cinco tipos de reações de devolatização, cada qual com uma única configuração no diagrama T-X. A temperatura de uma isógrada baseada numa reação de devolatização é sensível a composição da espécie volátil envolvida (e.g. XH2O). A composição dos fluidos envolvidos tem que ser determinada no sentido de interpretar a história da pressão e temperatura das rochas. ➔ Esses processos metamórficos geram as texturas nas rochas ➔ Inclusões fluidas Princípios básicos – defeitos cristalinos – Cristais perfeitos são desconhecidos na natureza, sendo impossíveis de criar em laboratório. – Cristais imperfeitos Defeitos pontuais, lineares, planares (esc. microscópica). Defeitos visíveis (escala macroscópica). – Imperfeiçoes são inclusões sólidas e gasosas. Fornece informações úteis para o entendimento de processos físicos e químicos que ocorrem durante o crescimento de cristais na natureza. Deformação plástica intracristalina Recristalização Cristalização Reação metamórfica Sólido-sólido Devolatilização Desitratação Descarbonatação Volatéis Mistos Reação metamórfica Tamanho relativo Curvas de equilibro isobárico das reações (1) a (20) no sistema MgO-SiO2-H2O-CO2 Campo de tensão compressiva Campo de estresse tenso → Classificação de defeitos baseada na dimensionalidade 0D (defeitos pontuais) 1D (defeitos lineares) 2D (superfície/interfaces) 3D (defeitos de volumes) Vacância Deslocação Superfície Geminações Impureza Deslocação Limite interfásico Precipitados Frenkel defect Extinção Limite de grão Região falhada Schottky defect Limite de geminação Cavidade/fendas Falhas de empilhamento Vibração termal Limite anti-fase → Imperfeiçoes em sólidos Condições para substituição em soluções solidas (S.S.) Regras de Hume – Rothery 1. Δr (raio atômico) <15% 2. Proximidade na tabela periódica, i.e., eletronegatividades similares 3. Mesma estrutura cristalina para metais puros 4. Igualdade de valência Tudo sendo igual, um metal terá uma maior tendencia em dissolver um material de maior valência do que um de menor valência (assim fornece mais elétrons para a nuvem). ➔ Zona de sutura o que era o limite entre dois continentes antes da colisão. Sendo um plano que limita dos continentes. Como por exemplo separa dois continentes, onde separa o continente A de um lado e o continente B de outro lado. ➔ Tramas planares/tipos de foliações (que define foliação) A. Bandamento composicional há bandas com minerais máficos e bandas com minerais félsicos. Foliação mais comum em gnaisse. B. Orientação preferencial de minerais planares, listras orientadas. C. Orientação preferencial de limites de grãos e forma de grãos deformados minerais que sofreram estiramento. D. Variação granulométrica diferença de granulometria. Pode marcar foliação na rocha. E. Orientação preferencial de minerais planares em matriz sem orientação preferencial agregado de menor % na rocha. Plano descontínuo. F. Orientação preferencial de agregados de minerais lenticulares plano descontínuo. Partícula de uma segunda fase: – Composição diferente – Estrutura diferente Diferentes cores de extinção para um mesmo cristal é indicativo de deformação. G. Orientação preferencial de fraturas ou microfraturas muitas fraturas em uma rocha dá um aspecto de foliação. H. Combinação de A, B e C onde elementos diferentes podem gerar uma estrutura planar. ➔ Tipos de Lineações A. Orientação preferencial de agregados de minerais elongados B. Orientação preferencial de minerais elongados C. Lineação definida por minerais placóides D. Eixos dedobras (especialmente de crenulações) E. Elementos planares intersectantes (lineação de intersecção) ➔ Cristais pré cinemáticos A. Cristal arqueado com extinção ondulante B. Foliação contornando um porfiroblasto C. Sombra ou franja de pressão D. Kink bands ou dobras E. Microboudinage F. Geminação deformada ➔ Cristais pós cinemáticos A. Dobras helicíticas B. Cristais orientados aleatoriamente C. Arcos poligonais D. Chiastolia E. Borda tardia, livre de inclusões em um porfiblasto F. Pseudomorfo agregado aleatoriamente ➔ Cristais sin cinemáticos tendem a ter uma deflexão da foliação. Texturas típicas de cristais pós cinemáticos Microboudinagem paracristalina Porfiroclastos espirais Granada snowball ➔ Snowball similar à textura rotacional, mas, as inclusões têm forma de espiral. Incorpora a foliação durante o seu crescimento. Rotação da matriz ao redor de um cristal estático ou mineral rotacionando simultaneamente. ➔ Análise de rochas deformadas – Eventos deformacionais: D1, D2, D3... – Eventos metamórficos (acrescimento de mineral metamórfico): M1, M2, M3... – Foliações: S0, S1, S2, S3... – Lineações: L0, L1, L2, L3... S0 e L0 se refere a estruturas planares ou linear gerada durante o processo sedimentares. É possível representar em diagramas de metamorfismo-deformação-tempo a cristalização de cada mineral. Si para foliação ígnea. Li para estrutura linear formado durante o processo ígneo. S0 é sedimentar. L0 paleo corrente – sedimentar. ➔ Deformação não pode ter o mesmo estilo ou mesmo não ser contemporânea durante uma orogenia. – Estágio I: D1 no ante arco (A) migra para longe do arco com o tempo. A área (B) pode sofrer alguma deformação associada a intrusão do plúton. A área (C) não sofre deformação. Ambiente compressional. – Estágio II: D2 superpõe D1 no ante arco (A) na forma de dobramento sub horizontal e back thrusting à medida que é empurrado contra o embasamento do arco. Área (C) começa a nova subducção com empurrões e dobramentos migrando em direção a fossa. Ambiente tipo os Andes. Arco magmático continental do tipo andino. Pós – cinemático: Si é idêntico e contínua a Se. Pré – cinemático: Porfiroblastos são pós S2. Si é herdada de uma deformação anterior. Se contorna o porfiroblasto em (c) e uma sombra de pressão se desenvolve. Sin – cinemático: porfiroblastos rotacionados nos quais Si é contínua com Se sugerindo que a deformação não impediu o crescimento do porfiroblasto. – Estágio III: Acreção deforma todo o pacote. No embasamento crustal mais resistente é impresso um evento D1. O D2 superpõe D1 no ante arco (A) e nas estruturas em (B). A área (C) na zona de sutura sofre a deformação D3 superpondo dobras recumbentes D2 e foliações D1. Arco de ilha juvenis tendem a gerar magmatismo básico. Arcos de ilha maduro gera magmatismo ácido. – A deformação não pode ter o mesmo estilo ou mesmo não ser contemporânea durante uma orogenia. Após soerguimento e erosão, orógeno deverá ter esta configuração. Compartimentação tectônica do orógeno, onde a faixa orogenética deve ser compartimentada em domínios tectônicos que vão refletir cada um dos ambientes das fotos acima. ➔ Evidencias do equilíbrio químico no metamorfismo Estudos regionais A. Uniformidade de assembléias minerais B. Variações sistemáticas na assembleia mineral → Evidências de equilíbrio no metamorfismo Estudos petrográficos – texturas – contatos entre minerais a. Ausência de zoneamento b. Ausência de bordas de reação e/ou núcleos relictos c. Não coexistência de fases incompatíveis (exemplo quartzo e coríndon) → Termodinâmica e Metamorfismo – Assembléia mineral reflete condições de T, P, (PF) e X. – No equilíbrio, a mineralogia (e a composição de cada mineral) é determinada por T, P e X. – Paragênese mineral = assembleia mineral que ocorre em equilíbrio. – Minerais relictos ou produtos de alteração tardia são excluídos = associações de minerais. → Conceito de Equilíbrio – Sistema em equilíbrio = resultante das forças é zero – Equilíbrio = equilíbrio mecânico, químico e térmico – Exemplo: matacão parcialmente emerso em rio Equilíbrio mecânico? Sim (pode ser estático ou dinâmico) Equilíbrio químico? Não (dissolução de CaCO3) CaCO3 + H2O = CaO + CO2 + H2O Equilíbrio térmico? Não (expansão e contração) – Equilíbrio termodinâmico existe quando os três tipos de equilíbrio coexistem. → Equilíbrio – Sistema = rocha → grupos composicionais: pelitos, básicas, ultrabásicas, carbonáticas e quartzo feldspática. – Fases do sistema – Componentes de fases (Σ o somatório da química dos minerais, dará a química do sistema, sistema) – Equilíbrio configuração mais estável dos átomos do sistema – No Equilíbrio não ocorrem mudanças no número e composição das fases do sistema – Mudanças nas condições de P e T (e X) levando a um novo equilíbrio – Transformações = reações metamórficas → Estados de Equilíbrio – Instável caindo ou rolando – Estável em repouso no menor estado de energia – Metaestável em local de condições intermediárias de energia → Termodinâmica e Metamorfismo Por que ocorre uma reação metamórfica? 1. Paragênese A (equilibro em T, P e X) 2. Força externa modifica T, P e/ou X 3. Paragênese A em desequilíbrio 4. Para se manter a paragênese A deve consumir energia 5. Ocorre reação espontânea para formar minerais com menos gastos de energia 6. Formação da paragênese B. ➔ Leis da Termodinâmica Equilíbrio X Reação metamórfica 1ª Lei da Termodinâmica “A energia interna (E), de um sistema isolado é constante. Em um sistema fechado, não pode haver perda ou ganho de massa, mas pode haver mudança de energia (dE). Esta variação na energia será a diferença de calor (Q), perdido ou ganho e o trabalho (W) realizado no sistema” Equivalência entre calor e trabalho: dE = dQ – dW – Energia livre de Gibbs é uma medida da energia química de um sistema. Depende de T, P e X. Energia livre de Gibbs para uma fase: dE = dQ – dW → G = H – TS Onde: G = Energia livre de Gibbs H = Entalpia (quantidade de calor) T = Temperatura em Kelvins S = Entropia (grau de desordem) ΔG = ΔH – TΔS ΔG = (Gprod – Greag) G é uma função de P e T (dG = VdP – SdT) Sistemas naturais tendem ao menor estado de energia. A estabilidade do mineral está ligada a energia. Reações espontâneas ΔG = ΔH – TΔS ΔG = (Gprod – Greag) ΔG < 0 – reação espontânea ΔG = 0 – não ocorrem mudanças (Equilíbrio) ΔG > 0 – reação não espontânea ΔG = ΔH – TΔS ΔG = (Gprod – Greag) = (Hprod – Hreag) – T (Sprod – Sreag) Quais são as reações espontâneas? ΔH < 0 – reação exotérmica → ΔG < 0 – reação espontânea Perda de calor → Temperatura ↓ ΔH > 0 – reação endotérmica → ΔG > 0 reação não espontânea Ganho de calor → Temperatura ↑ A maior parte das reações metamórfica é endotérmica. Por que ocorrem? – Entropia (S) reflete o grau de desordem do sistema. ΔS > 0 – aumento da desordem ΔS < 0 – aumento da ordem Exemplos: Microclina (menor temperatura) – ortoclásio (maior temperatura) Grafita (menor temperatura) – diamante (maior temperatura) Temperaturas mais altas levam ao aumento da desordem A natureza tende a diminuir todo o estado de organização da matéria. Exemplos: magmas e encaixantes. Lago em platô x rio descendo para o mar Cristais de microclina – ortoclásio O aumento da entropia leva ao maior equilíbrio na energia do sistema. Processoslevam a eliminação de contrações de energia. dE = dQ – dW dE = TdS – PdV G = E + PV – TS dG = VdP – SdT dΔG = ΔVdP – ΔSdT 2ª Lei da Termodinâmica se um sistema está isolado e nenhuma energia pode fluir para ele, estão em um sistema fechado, qualquer aumento na energia térmica irá causar um aumento na desordem do sistema. (Relação entre temperatura e entropia). Se ΔH > 0, para ΔG < 0, então T ΔS > 0 → Sprodutos > Sreagentes TΔS > ΔH (ΔH > 0 → reações endotérmicas) ΔG = ΔH – TΔS Reações endotérmicas que levam ao aumento da desordem do sistema ocorrem espontaneamente. → Conclusão As reações metamórficas ocorrem em busca de um novo equilíbrio, gastando a menor quantidade possível de energia: ΔG = ΔH – TΔS São favorecidas as reações exotérmicas (ΔH < 0) ou reações endotérmicas (ΔH > 0) com grande variação de entropia (TΔS > ΔH). → No metamorfismo progressivo há a preservação das paragêneses de pico termal (ΔH > 0, de reações endotérmicas, onde temperatura ↑) e com TΔS > ΔH. → No metamorfismo retrogrado não há ocorrência de reações completas (ΔH < 0, de reação exotérmica, onde temperatura ↓) A entrada de fluidos no sistema modifica as condições de equilíbrio e pode catalisar as reações. ➔ Cinética das reações metafóricas Com que velocidade ocorrem as reações metamórficas? Uma reação química envolve: a. Quebra de ligações químicas b. Migração (difusão) iônica c. Reagrupamento dos íons e átomos, formação de novas estruturas (novos minerais) – nucleação d. Alimentação e crescimento dos núcleos – crescimento. → Cinética das reações metamórficas x Metaestabilidade Termodinâmica determina as condições de P e T de equilíbrio de fases minerais Com que velocidade ocorrem as reações metamórficas? A que taxas o equilíbrio é alcançado? Depende de: a. Temperatura b. Fluidos c. Cisalhamentos (tem a ver com a movimentação) d. Estrutura cristalina dos compostos e. Taxa de difusão iônica no estado sólido (para silicatos é baixa – D = 10-14 m2/s); i.e., um íon precisa de 50.000 anos para migrar 1 cm) Metamorfismo regional: 10 milhões de anos Íon move-se em média 2 metros (isoquimismo/presença de inclusões sólidas/relictos) → Estágio de transição entre reagentes e produtos: complexos ativados – Energia de ativação (Ea) é a energia mínima necessária para a ocorrência de uma reação – Barreia energética a ser ultrapassada – Ea altas pequenas taxas de reação – Ea baixas reações mais rápidas – Velocidade das reações é dada por: K = Ae-Ea/RT ➔ A regra das fases nos sistemas metamórficos Regra Mineralógica das Fases de Goldschmidt ou Regra Mineralógica das Fases ou Regra das Fases F = C – P + 2 F = número de graus de liberdade do sistema (número de variáveis independentes do sistema, as variações ocorrem sem que haja mudanças no número ou na natureza das fases presentes). C = número de componentes de fases do sistema. P = número de fases do sistema → Conceitos importantes Sistema: rocha Fases: minerais Componentes exemplos: a. Vapor d’água, água e gelo (H2O) b. Andalusita e cianita (Al2SiO5) c. Quartzo, coríndon e andalusita (SiO2, Al2SiO3) A partir da mineralogia é possível definir a química do sistema. → Sistema H2O Qual a temperatura de um copo de água? Qual a temperatura da água coexistindo com vapor d’água? → Sistema Al2SiO5 C = 1 P = 1 comum P = 2 raro P = 3 somente nas condições específicas do ponto invariante (~ 0.37 GPa e 500°C) ➔ Variações composicionais e a Regra das Fases Parâmetros composicionais devem ser considerados no caso da existência de soluções sólidas. Ainda assim, o número de graus de liberdade (variações interdependentes) pode ser calculado pela regra das fases. Exemplo: Mica (Na, K) Al3Si3O10(OH)2 Quartzo SiO2 Cianita Al2SiO5 Feldspato (Na, K) AlSi3O8 Fluido H2O F = 5 – 5 + 2 F = 2 duas das quatro variáveis são independentes Se cianita, for removida F = 5 – 4 + 2 = 3 (três das variáveis são independentes). → Aplicação da regra das fases as rochas naturais – Análise típica de pelito contém: SiO2, TiO2, Al2O3, Fe2O3, FeO, MgO, MnO, CaO, Na2O, K2O, H2O (> s) P, S, B, F, Sr, Ba e Zr em pequenas quantidades + traços de outros elementos Total 18 componentes. – Minerais: muscovita, biotita, granada, clorita, plagioclásio, quartzo, turmalina, ilmenita, pirrotita, apatita e zircão. Total 11 fases (12 se tiver fluidos nos poros). – Pela regra das fases: F = C – P + 2 F = 18 – 11 + 2 F = 5 As assembléias minerais podem coexistir em um grande intervalo de condições metamórficas. Os componentes menores que ocorrem somente em um mineral podem não ser considerados no cálculo do grau de liberdade por não participarem de reações metamórficas. Assim temos: F = 11 – 11 + 2 F = 2. ➔ Reações metamórficas e a Regra das Fases A. Descontínuas ou Univariantes Nas reações que ocorrem a temperatura e pressões específicas, reagentes e produtos estão em equilíbrio ao longo de uma curva univariante (sistema tem 1 grau de liberdade). F = C – P + 2 F = 1 – 2 + 2 F = 1 Acontece mais frequentemente em rochas pelíticas. → Reações univariantes nos pelitos (F = 1) NKFMASH – componentes químicos do sistema pelítico. B. Reações Contínuas ou Bivariantes Quando as fases envolvidas incluem soluções sólidas, é possível que as reações ocorram sob diferentes condições de acordo com a composição das fases. Exemplo: ebulição da água salgada. F = 2 – 2 + 2 onde, F = 2. Fases: Muscovita (Na, K) Al3Si3O10(OH)2 Quartzo SiO2 Cianita Al2SiO5 Feldspato (Na, K) AlSi3O8 Fluido H2O Componentes: SiO2, Al2O3, Na2O, K2O, H2O. F = 5 – 5 + 2 F = 2 Gráfico T-X, quanto maior a quantidade de água, menor a temperatura. Ocorrem quando reagentes e produtos são soluções solidas com o mesmo tipo de substituição iônica. Reações desse tipo podem ocorrer progressivamente de forma que os reagentes e produtos podem coexistir ao longo de um intervalo de pressão e temperatura (campo bivariante). Quando a granada chega no T3 sua composição é a mesma da clorita inicial. → Reações marcadamente contínuas Reações desse tipo ocorrem quando reagentes e produtos são soluções sólidas com diferentes tipos de substituição iônica. Há pelo menos mais uma variável no sistema de modo que reagentes e produtos podem coexistir ao longo de um intervalo de pressão e temperatura (campo multivariante). F > 2. Na (AlSi3O8) = NaAlSi2O6 + SiO2 albita jadeíta quartzo Albita – anortita: Na, Si – Ca, Al Jadeíta – diopsídio: Na, Al – Ca, Mg Jadeíta – aegirina: Na, Al – Na, Fe3 Jadeíta é um membro final dos piroxênios. ➔ Diagrama de fases metamórficos (Diagramas composicionais e Diagramas P – T) Representação gráfica das paragêneses minerais → Diagramas composicionais mostram os efeitos que diferentes químicas (rochas de composições distintas) tem sobre as associações minerais produzidas. São construídos para valores específicos de pressão e temperatura para mostrar as possíveis composições minerais e assembleias minerais que podem estar em equilibro nas condições de interesse. – Diagrama ternário CaO – SiO2 – Al2O3 Coríndon – Al2O3 Quartzo – SiO2 Sillimanita – Al2SiO5 Wollastonita – CaSiO3 Anortita – CaAl2SiO2O8 Grossulária – Ca3Al2(SiO4) Diagrama ternário CaO – SiO2 – Al2O3 F = C – P + 2 → Para cada triângulo P = 3, com C = 3 F = 2 (Pressão e temperatura são independentes dentro de um certo intervalo). Diagrama ternário CaO – SiO2 – Al2O3 Diminuição de temperatura Aumento de temperatura 1 glossulária + 1 quartzo → 2 wollastonita + 1 anortita 1 Ca3Al2(SiO4)
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