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Curso de Aromaterapia O que é Aromaterapia? O termo “Aromaterapia” é aplicado a um ramo da Fitoterapia. “Aroma” significa cheiro agradável e “terapia”, tratamento que visa à cura de uma indisposição mental ou física. É uma prática terapêutica que se utiliza das propriedades dos óleos essenciais 100% puros para restabelecer o equilíbrio e a harmonia pessoal. Terapia holística por atuar nos sistemas físicos, nas emoções e na mente, promovendo a saúde física e o bem estar. Tornou-se um recurso natural muito utilizado na área da cosmética, estética facial, corporal e higiene pessoal. A Aromaterapia é uma terapia holística que proporciona sensação de bem-estar, tanto físico quanto psicológico, com a utilização de óleos essenciais. Ela mostra que há ligações entre o olfato e os sentimentos. Ao inalar os aromas, os canais olfativos mandam a mensagem diretamente para o sistema límbico, a parte do sistema nervoso que é responsável pelas emoções. Depois disso, o cérebro reage às propriedade aromáticas, modificando o humor ou o estado de espírito de alguém. Sendo assim, é possível que uma pessoa triste ou desanimada fique um pouco mais alegre ou que alguém agressivo sinta-se calmo e relaxado ao sentir o cheiro de óleos específicos para esse estado mental. A terapia que trabalha por meio de aromas é praticada desde o Egito antigo por diversos povos. No entanto, é importante não confundir óleos essenciais com essências - que não possuem qualquer tipo de efeito. Os óleos essenciais são feitos a partir de plantas medicinais e possuem efeitos terapêuticos, já estudados e comprovados pela ciência. A Aromaterapia pode ser utilizada todas as vezes que a pessoa sentir necessidade de buscar algum tipo de efeito terapêutico para sua vida. O ideal é lançar mão dos óleos que têm mais a ver com seu momento ou ambiente no qual se encontra. Cada um oferece uma propriedade diferente e faz sentir várias sensações. Os óleos essenciais são substâncias químicas produzidas pelas plantas para sua proteção e reprodução. Podemos encontrá-los nas folhas, flores, cascas de fruto, galhos, raízes, sementes e troncos. Eles residem em pequenas bolsas (tricomas) nas plantas, e são rompidos naturalmente por elas, liberando uma nuvem aromática ao seu redor, ou, podem ser rompidos intencionalmente durante o processo de extração do óleo. Os óleos essenciais são considerados a alma e a essência da planta, e são utilizados há muito tempo por suas excelentes propriedades. São altamente concentrados e muito complexos, podendo ultrapassar 300 componentes químicos dependendo do óleo. Possuem princípios ativos potentes, porém por ser tamanha sua complexidade, os efeitos secundários indesejados são minimizados no organismo, atuação esta diferente de quando isolamos este mesmo princípio ativo. O óleo essencial não é uma gordura em si, diferente do óleo vegetal, mas é denominado “óleo” por solubilizar-se em fase oleosa e não em água. Penetra muito bem em nossa membrana celular, até 100 vezes mais que a água, e dissolve-se bem nos lipídeos de nosso corpo. Possuem princípios ativos potentes, porém por ser tamanha sua complexidade, os efeitos secundários indesejados são minimizados no organismo, atuação esta diferente de quando isolamos este mesmo princípio ativo. A aromaterapia pode melhorar a saúde e também a beleza física. Ela melhora o bem-estar físico ao melhorar os níveis de relaxamento pessoal, além de melhor a concentração, a atenção da mente e o pensamento positivo. A aromaterapia potencializa especialmente o sentido do olfato. Assim como a musicoterapia mostra a influência que existe entre uma melodia e o estado de humor, do mesmo modo, um aroma pode influenciar a maneira como as pessoas se sentem graças ao odor experimentando de determinada sensação. Essa terapia também pode ser saudável para melhorar a vitalidade e prevenir o cansaço físico e mental acumulado. Como uma forma de medicina complementar, a Aromaterapia está ganhando impulso. Usada em aplicações variadas é utilizada para alívio da dor, no mal estar, melhora o humor e também as funções cognitivas. Há um grande número de óleos essenciais disponíveis, cada um com as suas próprias propriedades terapêuticas. Fim da aula Historia da Aromaterapia ORIGEM Ao que tudo indica, o Egito foi o berço da arte de destilação a seco de óleos. A arte não era usada apenas para perfumar, mas também nas cerimônias de adoração divina e em alguns processos terapêuticos. Além disso, os egípcios utilizavam gomas e óleos para embalsamar os mortos. As culturas mais antigas valorizavam os benefícios terapêuticos dos óleos de plantas aromáticas. A antiga literatura védica da Índia e os textos históricos da medicina chinesa documentam a importância dos óleos aromáticos para a saúde e para a espiritualidade. Registros procedentes do Oriente mostram que destilarias primitivas já eram empregadas há 5.000 anos, embora provavelmente produzissem loções em vez de óleos essenciais. Biblioteca da Universidade de Tianjin China Hipócrates, considerado “o pai da medicina”, utilizava fumigações aromáticas para erradicar a praga de Atenas, e os soldados romanos se fortaleciam em banhos aromáticos e massagens. No entanto, as tradições aromáticas mais interessantes pertencem aos antigos egípcios. Médicos do mundo todo iam ao Egito aprender a cura pelos aromas com os mestres de então. No ano 1.000 D.C., o médico Avicenna introduziu o sistema de arrefecimento no processo de destilação, fazendo da extração dos óleos essenciais um processo mais refinado e eficiente. Progressos Ocidentais Acredita-se que a aromaterapia foi trazida para o mundo ocidental no tempo das Cruzadas. Há registros da utilização de óleos essenciais durante a praga do século XIV. No entanto, foi durante os séculos, XVI e XVII que a aromaterapia se difundiu. No fim do século XIX, experimentos científicos realizados sobre as propriedades antibacterianas das plantas começaram a esclarecer a composição química e a potencial força curativa dos óleos essenciais. Infelizmente, em vez de levar a um aumento do uso dos óleos essenciais, esforços foram feitos no sentido de imitar as suas propriedades e, de modo crescente , os equivalentes químicos sintéticos vêm sendo empregado no lugar dos óleos essenciais das plantas. Os grandes estudiosos de ervas, europeus, entre eles o inglês Nicholas Culpeper, escreveram bastante sobre seus benefícios. Nos dois últimos séculos, os cientistas ampliaram consideravelmente os conhecimentos sobre as propriedades químicas do óleo de planta. No entanto, somente durante os séculos XVI e XVII os óleos essenciais começaram a circular no comércio e a Aromaterapia ganhou mais visibilidade no mundo. O nome do método, aliás, foi criado em 1928 pelo químico francês Maurice René de Gattefossé. Ao queimar seu braço e mergulhá-lo acidentalmente em óleo de lavanda, o especialista percebeu que a dor melhorou e em poucos dias o local queimado estava curado. Desde então ele se dedicou ao estudo das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. A reintrodução do uso dos óleos essenciais começou então nos anos 1920, com o trabalho de , René Maurice Gattefossé, que sentiu-se atraído pelo potencial terapêutico dos óleos essenciais. Ele descobriu que o óleos essenciais da lavanda (alfazema) curava rapidamente uma queimadura e que muitos óleos essenciais eram melhores antisépticos que seus correspondentes sintéticos. Foi Gatefossé quem cunhou o termo “aromathérapie”. Dr. Jean Valnet, um cirurgião do exército francês, incrementou as pesquisas utilizando óleos essenciais no tratamento de soldados feridos em batalha. Mais tarde, ele usou óleos essenciais com grande sucesso em pacientes de um hospital psiquiátrico. Em 1964, Valnet publicou seu livro Aromathérapie. Considerado por muitos como a bíblia da aromaterapia. Marguerite Maury uma terapeuta da beleza, nos anos 1950, introduziu clínicas de aromaterapia na Grã-Bretanha.Ela ensinou a esteticistas como usar os óleos essenciais, em massagens, para oferecer tratamentos de rejuvenescimento personalizados aos clientes. Nos últimos anos, a aromaterapia evoluiu além da terapia da beleza. Agora é reconhecida como uma parte importante dos tratamentos complementares. CURIOSIDADES Até Cleópatra, a rainha do Egito, já conhecia os benefícios que a Aromaterapia podia trazer. Dizem que ela usava o poder dos aromas para seduzir seu amado Marco Antônio, impregnando as velas que serviam para iluminar suas embarcações com óleo de jasmin. Dessa forma, seu cheiro era levado pelo vento e sentido antes mesmo de sua chegada. A ideia era criar uma atmosfera de sedução para seu amante, que a esperava ansiosamente. Ainda sobre Cleópatra, nas noites em que fazia amor com Marco Antônio, a rainha pedia para suas criadas mergulharem aves em recipientes contendo óleo de rosa. Quando os pássaros voavam, impregnavam o ambiente com o perfume das flores. Não é a toa que o amor dos dois marcou época e permanece até hoje no imaginário de muita gente. Pesquisas têm sido aceleradas nas universidades e em muitos hospitais de todo o mundo. Os resultados têm nos proporcionado um conhecimento muito mais profundo a respeito dos óleos essenciais, assim como uma conscientização ainda maior do seu poder excepcional. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a AROMATERAPIA é uma Prática Integrativa e Complementar que busca tratar o indivíduo num sentido holístico. Para tratar e aliviar distúrbios físicos e emocionais, a Aromaterapia utiliza os óleos essenciais – compostos orgânicos responsáveis pelo aroma das plantas. Ou seja, é uma alternativa natural, que visa a alcançar o bem estar pleno, equilibrando o corpo e a mente – sentimentos e emoções. A vantagem de se tratar questões físicas e emocionais com os óleos essenciais está, principalmente, no fato de eles serem melhor tolerados pelo organismo, do que os remédios alopáticos – muito embora esses não devam ser totalmente substituídos -, além de terem um custo baixo, uma vez que são necessárias apenas algumas gotas de óleo essencial para um efeito relativamente rápido e duradouro. Em 2006, no documento que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde, em substituição a outras já existentes. Ressalta-se que a Portaria nº 971 estabeleceu algumas práticas como especialidades multiprofissionais da área da saúde, a saber, a Homeopatia, a Acupuntura, as Plantas Medicinais e a Fitoterapia, o Termalismo Social, a Aromaterapia, a Terapia Floral entre outras. Aula 3 - O olfato