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PROTOCOLO BGP

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
CAMPUS CANINDÉ
 IFCE CURSO REDES DE COMPUTADORES
PAULO JONAS ALVES DA SILVA
ATIVIDADE – PROTOCOLO BGP
ROTEAMENTO INTERNET
PROF. MARLA LEITE DE OLIVEIRA
CANINDÉ
2020
1 – Introdução
O Border Gateway Protocol (BGP) é o protocolo de roteamento de sistemas
autônomos (AS). O BGP possibilita a troca de informações de roteamento entre os
diversos AS que formam a Internet, permitindo o tráfego de dados entre eles, até a
chegada no destino final. 
O BGP visa evitar loops de roteamento, além de ser um roteamento baseado
em políticas, que é o roteamento baseado em um conjunto de regras não técnicas
definidas por um sistema autônomo.
2 – Detalhamento do BGP
2.1 – História
Historicamente há alguns anos, quando o backbone principal da Internet era a
ARPANET, as instituições de pesquisa conectadas à rede precisavam gerenciar
manualmente as tabelas de roteamento para todos os destinos possíveis (ou seja, todas
as outras redes conectadas). Para isso, optou-se por usar uma estrutura que consiste em
um conjunto de pequenos roteadores centralizados (roteadores de núcleo) que possuem
rotas para todos os destinos possíveis da Internet em suas tabelas. 
À época foi criado o protocolo GGP (Gateway-To-Gateway Protocol), sendo
utilizado nos roteadores de núcleo para que fosse realizada a atualização automática das
tabelas de rotas entre cada um. Sendo esse protocolo baseado no algoritmo de vetor de
distância (DV).
Isso acarretava em sérios problemas de expansão, o que ficou nítido com o
avanço da internet, que ultrapassou os limites do backbone. Passando a criar a
necessidade dos roteadores que não eram núcleos, repassassem informações aos que
eram, para permitir um melhor gerenciamento da rede.
Até aqui era utilizado o padrão de interconexões, porém as questões
administrativas de cada rede não eram levadas em consideração. Assim, os
desenvolvedores entenderam que as interconexões de um backbone deveria ser visto
como um conjunto utilizado para gerenciar várias redes, visando a consistência de suas
informações de roteamento, permitindo que um de seus roteadores consiga se ligar a
outros. Aqui entram os sistemas autônomos (AS), onde temos um conjunto de roteadores
que estão sob a mesma gerência administrativa, permitindo que cada rede possa escolher
a arquitetura mais conveniente, a fim de facilitar o compartilhamento e validação de
informações.
Dessa forma surgiu o EGP (Exterior Gateway Protocol) que fazia a
comunicação dos AS com o backbone da internet, porém com o tempo esse protocolo
apresentou diversas falhas, dentre elas a restrição de tipologias e incapacidade em evitar
a ocorrência de loops de roteamento. O que fez com que os desenvolvedores partissem
para o desenvolvimento de um novo protocolo.
2.2 – Protocolo BGP
O BGP é usado para troca de rotas entre provedores de serviços de internet,
ou seja, ente diversos sistemas autônomos. Quando usado entre sistemas autônomos
(AS), o protocolo é chamado de EBGP, pois caracteriza uma conexão externa. Se o
provedor de serviços usa BGP para trocar rotas dentro do AS, o protocolo é chamado de
IBGP. Ao ser estabelecida uma conexão TCP entre vizinhos pela primeira vez, há a troca
de informações de roteamento completas, através do BGP. Ao ocorrer uma mudança na
tabela de roteamento, o roteador BGP envia apenas a rota alterada para seus vizinhos.
Nesse protocolo não são feitas as atualizações de roteamento periódicas, sendo feitas
apenas as que anunciam o caminho otimizado da rede de destino. 
Cada AS possui um número identificador, conhecido como ASN. O BGP encara
que cada AS tem um protocolo de roteamento interno, assim ele constrói um caminho
com o número de cada AS, uma rota composta a ser percorrida até um AS de destino.
O BGP usa uma única métrica para determinar o melhor caminho para uma
determinada rede. Essa métrica consiste em qualquer número que especifica a prioridade
de um determinado link e é atribuído pelo administrador da rede. Este número pode ser
baseado em qualquer critério: o número de ASs que a trajetória passa, estabilidade,
velocidade, atraso ou custo. 
Dentro desse protocolo existem quatro tipos de mensagens: 
• Abertura (open message): após estabelecer uma conexão os
roteadores BGP trocam mensagens para criar uma conexão;
• Atualização (update message): a cada atualização é enviado o
anúncio de caminhos com seus atributos e destinos;
• Notificação (notification message): na ocorrência de algum erro
mensagens de notificação são enviadas;
• Keep-alive: aqui as mensagens são enviadas para que se determine se
o link está ativo ou não;
2.2.1 – Atributos
As rotas aprendidas por meio do BGP têm atributos associados que são
usados para determinar a melhor rota para um alvo quando existem vários caminhos.
Esses atributos são chamados de atributos BGP, divididos em duas grandes categorias:
conhecidos e opcionais. O primeiro deve ser reconhecido por todo roteador e no segundo
não há essa necessidade.
Em se tratando de atributos conhecidos, eles também se dividem em
categorias: obrigatórios, devendo aparecer na identificação de cada rota e arbitrários, que
deve ser reconhecido, mas não há a necessidade de sua informação em cada
atualização.
Dentre os atributos conhecidos obrigatórios podemos citar três:
• ORIGIN (origem): informa a origem das informações e intervem na
seleção de melhor caminho;
• AS_PATH: mostra a rota percorrida pelos diferentes ASs, sendo utilizado
para a identificação de loops de roteamento;
• NEXT_HOP (próximo salto): definie o próximo nó que receberá os
dados enviados. 
Os atributos opcionais, assim como os conhecidos, são divididos em duas
categorias: transitivos, passado para que o próximo roteador implemente e não-
transitivos, deve ser descartado caso não tenha sido implementado pelo receptor.
2.2.1 – Sessões
Os roteadores que são "vizinhos bgp" (BGP neighbors) comunicam-se através
de “sessões” estabelecidas entre eles. Esses pares são as “fronteiras políticas” do AS e
trocam tráfego de acordo com as regras definidas pelo AS participante. Porém, ao atribuir
importância política a eles, a forma correta de chamá-los é peer, pois vizinho é qualquer
vizinho do BGP. 
Em outros casos, os vizinhos BGP podem ser roteadores do mesmo AS. Assim,
a sessão estabelecida entre eles ocorre dentro do AS. Situação permitida pelo iBGP ou
BGP interno, que permite a troca de rotas no mesmo AS. Da mesma forma, as trocas de
roteamento entre ASs são realizadas por meio do eBGP (BGP externo). 
No iBGP é importante dizer que os neighbors não precisam estar conectados
de forma direta, entretanto os peers tem essa obrigatoriedade.
Basicamente, o algoritmo eBGP anuncia todas as rotas que conhece, enquanto
o iBGP não. Disto isto, para que o iBGP funcione de maneira correta dentro do AS, é
necessário estabelecer sessões BGP entre todos os roteadores com o mesmo protocolo
iBGP, a fim de formar uma malha de todas as sessões iBGP dentro do AS.
3 – Conclusão
Este trabalho veio para mostrar um conceito do protocolo BGP, bem como sua
história. Onde foi observado que no início fora desenvolvido o protocolo EGP, que
apresentou diversas falhas com o tempo e necessitava ser substituído por outro que
atendesse às demandas da evolução da internet e corrigisse as falhas de seu antecessor.
4 – Referências 
Forouzan, Behrouz A.. Comunicação de dados e redes de computadores. 4ª Edição. Porto
Alegre : AMGH, 2010.
MOURA, Alex Soares de. O Protocolo BGP4 - Parte 1. Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa – RNP. Disponível em: https://memoria.rnp.br/newsgen/9903/bgp4.html. Acesso
em: 20/08/2020.
Wikipedia. Border Gateway Protocol. Wikipedia, 2019. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Border_Gateway_Protocol. Acesso em: 20/08/2020.

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