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GESTALT 2015

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GESTALT
A Psicologia da Forma
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	A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da psicologia. 
	Seus precursores preocupavam-se em construir uma teoria consistente e uma forte base metodológica que sustentasse a teoria.
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Breve histórico
	Final do século 19 – cientistas buscavam compreender e mensurar fenômenos psicológicos. A Psicofísica estava em evidência.
	Antecessores da Gestalt: Cientistas como Ernst Mach (1838-1916) e Christian von Ehrenfels (1859-1932) desenvolviam a psicofísica com estudos sobre sensações (dado psicológico) de espaço-forma e tempo forma (dado físico).
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	Max Wertheimer (1880-1941), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941), a partir dos estudos que relacionavam a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica.
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	Iniciam-se os estudos sobre percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas buscavam compreender quais os processos psicológicos que estavam envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido de forma diferente da que ele é na realidade.
	EX: Cinema – O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pela pós-imagem retiniana.
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A Percepção
	A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais desta teoria e levou a um questionamento de um principio implícito no Behaviorismo.
	Entre o estímulo que o meio fornece e a resposta está a percepção – ponto fundamental para a compreensão do comportamento humano.
	Estímulo – Percepção - Resposta
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	Para essa teoria, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em conta as condições que alteram a percepção do estímulo.
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Teoria do Isoformismo
	Identidade estrutural entre a experiência fenomenal (processos cerebrais que correspondem à percepção) e o seu correlato fisiológico, o fenômeno físico sensível.
	Quando vemos uma parte de um objeto, ocorre uma tendência natural à restauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento do que é percebido.
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	Este fenômeno da percepção é norteado pela busca do fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem a figura (objeto).
						
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Boa-Forma
	A Boa-Forma refere-se ao objeto que apresenta-se com clareza, de maneira a permitir sua decodificação (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).
	A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento.
	O comportamento pode variar de acordo com a interpretação que fazemos da realidade.
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	A tendência da nossa percepção em buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo.
	Quanto mais clara estiver à forma (boa forma) mais clara será a separação entre figura e o fundo. 
	Quando não há clareza, é difícil distinguir o que é figura e o que é fundo, ficando a mercê da percepção de quem os olha. 
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Figuras Ambíguas
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Figuras ambíguas
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Figuras ambíguas
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Figuras ambíguas
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Meio geográfico e meio comportamental
	O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e estará submetido à lei da boa-forma. 
	O Conjunto de estímulos determinantes do comportamento é chamando de meio ou meio ambiental.
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	Há dois tipos de meios:
	O meio geográfico: meio físico em termos objetivos.
	O meio comportamental (subjetivo): resultante da interação do indivíduo com o meio físico.
	Implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).
	Assim o comportamento é desencadeado pela percepção do meio comportamental.
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Campo Psicológico
	É entendido como um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma.
	Análoga a um campo de força eletro-magnético criado por um imã que garantiria a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas.
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	Esse processo ocorre de acordo com os seguintes princípios:
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Semelhança
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Fechamento
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INSIGHT
	A Psicologia da Gestalt diferentemente do ASSOCIACIONISMO vê a aprendizagem como a relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido.
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	Muitas vezes as situações vividas por nós apresentam-se de forma confusa, não muito clara, não permitindo assim a percepção imediata. 
	Essas situações dificultam o processo de aprendizagem, por não permitirem uma clara definição da figura-fundo, impedindo a relação parte-todo.
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	Quando acontecem situações em que num momento uma figura não faz sentindo nenhum para nós e de repente temos uma compreensão sem ter feito nenhum esforço especial para isso – a relação figura-fundo elucida-se, temos um insight.
	O insight é uma forma de compreensão imediata, um entendimento interno, a elucidação da figura-fundo.
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Referências
	BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T.; Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

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