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* GESTALT A Psicologia da Forma * A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da psicologia. Seus precursores preocupavam-se em construir uma teoria consistente e uma forte base metodológica que sustentasse a teoria. * Breve histórico Final do século 19 – cientistas buscavam compreender e mensurar fenômenos psicológicos. A Psicofísica estava em evidência. Antecessores da Gestalt: Cientistas como Ernst Mach (1838-1916) e Christian von Ehrenfels (1859-1932) desenvolviam a psicofísica com estudos sobre sensações (dado psicológico) de espaço-forma e tempo forma (dado físico). * Max Wertheimer (1880-1941), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941), a partir dos estudos que relacionavam a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica. * Iniciam-se os estudos sobre percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas buscavam compreender quais os processos psicológicos que estavam envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido de forma diferente da que ele é na realidade. EX: Cinema – O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pela pós-imagem retiniana. * A Percepção A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais desta teoria e levou a um questionamento de um principio implícito no Behaviorismo. Entre o estímulo que o meio fornece e a resposta está a percepção – ponto fundamental para a compreensão do comportamento humano. Estímulo – Percepção - Resposta * Para essa teoria, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em conta as condições que alteram a percepção do estímulo. * Teoria do Isoformismo Identidade estrutural entre a experiência fenomenal (processos cerebrais que correspondem à percepção) e o seu correlato fisiológico, o fenômeno físico sensível. Quando vemos uma parte de um objeto, ocorre uma tendência natural à restauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento do que é percebido. * Este fenômeno da percepção é norteado pela busca do fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem a figura (objeto). * Boa-Forma A Boa-Forma refere-se ao objeto que apresenta-se com clareza, de maneira a permitir sua decodificação (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade). A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. O comportamento pode variar de acordo com a interpretação que fazemos da realidade. * A tendência da nossa percepção em buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo. Quanto mais clara estiver à forma (boa forma) mais clara será a separação entre figura e o fundo. Quando não há clareza, é difícil distinguir o que é figura e o que é fundo, ficando a mercê da percepção de quem os olha. * Figuras Ambíguas * Figuras ambíguas * Figuras ambíguas * Figuras ambíguas * Meio geográfico e meio comportamental O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e estará submetido à lei da boa-forma. O Conjunto de estímulos determinantes do comportamento é chamando de meio ou meio ambiental. * Há dois tipos de meios: O meio geográfico: meio físico em termos objetivos. O meio comportamental (subjetivo): resultante da interação do indivíduo com o meio físico. Implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade). Assim o comportamento é desencadeado pela percepção do meio comportamental. * Campo Psicológico É entendido como um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Análoga a um campo de força eletro-magnético criado por um imã que garantiria a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. * Esse processo ocorre de acordo com os seguintes princípios: * Semelhança * Fechamento * INSIGHT A Psicologia da Gestalt diferentemente do ASSOCIACIONISMO vê a aprendizagem como a relação entre o todo e a parte, onde o todo tem papel fundamental na compreensão do objeto percebido. * Muitas vezes as situações vividas por nós apresentam-se de forma confusa, não muito clara, não permitindo assim a percepção imediata. Essas situações dificultam o processo de aprendizagem, por não permitirem uma clara definição da figura-fundo, impedindo a relação parte-todo. * Quando acontecem situações em que num momento uma figura não faz sentindo nenhum para nós e de repente temos uma compreensão sem ter feito nenhum esforço especial para isso – a relação figura-fundo elucida-se, temos um insight. O insight é uma forma de compreensão imediata, um entendimento interno, a elucidação da figura-fundo. * Referências BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T.; Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
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