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Projeto de Ambientação André Lemoine Curso Técnico em Design de Interiores Educação a Distância 2020 Projeto de Ambientação André Lemoine Curso Técnico em Design de Interiores Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | Fev. 2020 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB N518p Neves, André Lemoine. Projeto de Ambientação: Curso Técnico em Design de Interiores: Educação a distância / André Lemoine Neves. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2020. 80p.: il. Inclui referências bibliográficas. Caderno eletrônico produzido em fevereiro de 2020 pela Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa. 1. Design de ambientação. 2. Ambientação e Produção do Espaço. 3. Design de Interiores. I. Título. CDU – 747 Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Fevereiro, 2020 Professor Autor André Lemoine Neves Revisão André Lemoine Neves Coordenação de Curso Danyelle de Holanda Beltrão Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 5 1.Competência 01 | Compreender técnicas de criação de layout dos ambientes analisando alternativas que identifiquem o desenvolvimento do projeto .............................................................. 6 1.1 Etapas de um projeto de ambientação .......................................................................................................6 1.2 O que é uma planta de layout ................................................................................................................. 11 1.3 Diretrizes de Design para a concepção de layout .................................................................................... 12 1.3.1 Layouts residenciais .............................................................................................................................. 14 2.Competência 02 | Entender a representação dos elementos que compõem o projeto: Objetos, Vegetação, Iluminação, Revestimentos, Mobiliários, Forros ............................................................... 28 2.1 Projeto de ambientação de espaços comerciais ...................................................................................... 28 2.2 Representação dos elementos que compõem o projeto de ambientação.............................................. 32 3.Competência 03 | Utilizar conhecimentos construtivos e técnicas que possibilitem a concepção de móveis e ambientes adequados às necessidades do cliente ............................................................... 46 4.Competência 04 | Pesquisar e selecionar materiais para a execução do projeto............................ 58 5.Competência 05| Elaborar a apresentação de projetos de interiores: memorial descritivo, conceituação, briefing de cliente/mercado, análise de similares, projeto executivo ......................... 69 5.1 Memorial descritivo ................................................................................................................................. 69 5.2 Conceituação ............................................................................................................................................ 70 5.3 Briefing de cliente/mercado .................................................................................................................... 70 5.4 Análise de similares .................................................................................................................................. 71 5.5 Projeto executivo ..................................................................................................................................... 71 Conclusão ............................................................................................................................................. 88 Referências ........................................................................................................................................... 89 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 90 5 Introdução Estudante, seja bem-vindo(a) à disciplina Projeto de Ambientação, do Curso Técnico de Design de Interiores. O objetivo dessa disciplina é fazer com que você aprenda o necessário para desenvolver um projeto de ambientação que atenda a todas as necessidades do cliente, desde a elaboração do briefing até o projeto executivo. Este é o e-book que irá guiá-lo pela disciplina, dividido em cinco competências necessárias para o domínio do assunto. A primeira competência trata sobre como criar layouts de ambientes residenciais. Você estudará as etapas de um projeto de ambientação, para que entenda e desenvolva as técnicas de layout facilmente, assim como, a distribuição e funcionamento de um espaço residencial. A segunda competência leva ao aprendizado sobre a representação gráfica do projeto, por meio da vegetação, objetos, mobiliário, iluminação, etc., assim como, da conceituação de vitrine e do Visual Merchandising na composição de ambientes comerciais. A terceira competência fará com que você use os conhecimentos adquiridos para uma boa composição de espaços, por meio de seus elementos, objetos, cores, texturas, e que passem boas sensações aos usuários. A quarta competência ajudará na proposta de ambientes adequados aos vários tipos de clientes, sendo ensinada da melhor forma para desenvolver a pesquisa e seleção de materiais para a execução do projeto. Por último, a quinta competência servirá para a elaboração da apresentação de projetos de interiores, residenciais e comerciais, então você estará apto a executar projetos com competência, bom senso e bom gosto! Bons estudos! Competência 01 6 1.Competência 01 | Compreender técnicas de criação de layout dos ambientes analisando alternativas que identifiquem o desenvolvimento do projeto Nesta competência serão vistas as etapas que compõem um projeto de ambientação e como desenvolvê-las. Também serão vistos conceitos e diretrizes úteis para o desenvolvimento dos projetos de ambientação. 1.1 Etapas de um projeto de ambientação Todo projeto precisa de planejamento para o seu início, deve seguir etapas que reunidas, darão subsídios para a execução daquilo que se pretende fazer. O projeto de ambientação começa com o reconhecimento do espaço que vai ser trabalhado a partir dos seus moradores/usuários. Todo projeto deve, necessariamente, responder a quatro perguntas: Para quem? Para que? Onde? e Como? Para quem? – Diz respeito às pessoas que solicitaram o projeto e usarão o espaço; Para que? – Diz respeito aos usos do espaço; Onde? – Diz respeito ao local, espaço, edificaçãoque será alvo do projeto; Como? – Diz respeito ao modo como o projeto será realizado, custos, materiais, etc. As duas primeiras perguntas dizem respeito ao Briefing, a terceira pergunta relaciona-se com o levantamento e a quarta, tem a ver com o projeto. O Briefing é o primeiro passo para o desenvolvimento do projeto e é de fundamental importância que seja bem elaborado para que possa obter o máximo possível de informações a respeito dos moradores/usuários do espaço a ser projetado. Mas o que é o Briefing? Esta palavra, de origem inglesa que significa, entre outras coisas, resumo ou descrição. Na área de Design de Interiores, o Briefing é um documento elaborado a partir de uma pesquisa ou questionário feito com os clientes, com o objetivo de conseguir o máximo de informações que contribuam para que o projeto a ser desenvolvido e, depois, executado, venha a garantir o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos clientes. Competência 01 7 O Briefing deve ser elaborado de modo a conseguir o máximo possível de informações do cliente – suas características físicas, seus gostos, sua profissão, sua estrutura familiar, faixa etária – em alguns casos, até sua religião. No caso de projetos comerciais: tipo de cliente, faixa etária, localização, horário de funcionamento, produto comercializado, etc. Estudante, você já conhece precisamente o perfil do seu cliente e suas necessidades para o ambiente, seja ele, residencial, comercial, ou outro tipo de empreendimento. A próxima etapa é conhecer detalhadamente o(s) ambientes(s) onde será desenvolvido o projeto de interiores. Para isso, o designer de interiores precisa realizar o levantamento de cada ambiente que receberá o projeto. E, vale lembrar que, mesmo que você tenha as plantas baixas, deve-se novamente fazer um novo levantamento dos ambientes, conferindo as cotas, os elementos elétricos, hidráulicos, estruturais, assim como outros elementos que possam fazer parte do projeto, como o mobiliário, os revestimentos de piso e/ou parede e objetos existentes. Quer saber como se elabora um Briefing? Para projetos residenciais, dê uma olhada nesse site: www.cklein.com.br/questionario-de-briefing/. Para projetos institucionais/comerciais, vai lá no site: www.cklein.com.br/questionario-de-briefing-comercial/ DICA! Uma dica interessante, é além do realizar o levantamento das cotas nos ambientes, é fazer um levantamento fotográfico nos mesmos. http://www.cklein.com.br/questionario-de-briefing/ http://www.cklein.com.br/questionario-de-briefing-comercial/ Competência 01 8 Figura 01: Levantamento de uma residência e fotos internas de alguns ambientes. Fonte: Projeto de Ambientação: Curso Técnico em Design de Interiores: Educação a distância / Letícia Teixeira Mendes. Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2017. Descrição da imagem: são apresentadas, uma planta baixa e quatro fotos de ambientes internos de uma residência. A primeira, é de um corredor e uma porta aberta no fundo. A segunda, apresenta um banheiro, com lavabo e bacia sanitária, e a parede e banheiro com revestimento cerâmico. A terceira foto, apresenta duas paredes e uma janela aberta. A última foto, apresenta três paredes, e uma janela de fundo fechada. Com o levantamento realizado, o designer inicia o desenvolvimento do projeto propriamente dito, que envolve as fases de: estudo preliminar, anteprojeto, projeto executivo e detalhamento. No estudo preliminar é iniciada a proposta do projeto de cada ambiente, podendo ser realizado um esboço em planta baixa das necessidades do cliente e também sugestões e detalhes recomendados pelo profissional ficando mais fácil a visualização dessas sugestões ofertadas, que são desenhadas de maneira rápida para um melhor entendimento. É neste instante, que é possível ter certeza do que é desejado pelo cliente e se o projeto pode dar continuidade a linha de raciocínio. São realizados quantos esboços forem necessários até que seja possível chegar à proposta que mais encaixe às necessidades e vontades do cliente. O resultado dessa fase de desenvolvimento do projeto Competência 01 9 pode ir desde as plantas esquemáticas até as ilustrações que simulam o ambiente finalizado, dependendo da dimensão e da complexidade do projeto. Figura 02: Exemplo de um estudo preliminar de uma cozinha, com planta baixa de layout e duas elevações. Fonte: https://www.kawek.net/scheiladellajustina-215202?user=scheiladellajustina&album=215202&port=1 Descrição da imagem: são apresentados três desenhos de uma cozinha. O primeiro, à esquerda é a planta baixa de layout de uma cozinha. À direita, tem-se dois desenhos de elevações da mesma cozinha, também apresentando o mobiliário. Entre esses desenhos, tem-se diversos elementos e materiais, como indicação para o projeto. Em seguida, após a aprovação do projeto pelo cliente, apresentado no estudo preliminar, o anteprojeto (colocar em negrito) começa a ser desenvolvido. Ao término dessa fase, todos os detalhes da disposição do mobiliário nos espaços, os revestimentos, materiais a serem aplicados no mobiliário, o valor do projeto, etc. devem ser sugeridos antecipadamente para que se possa decidir melhor o projeto de interiores. Portanto, as plantas baixas de layout devem estar bem detalhadas, deve-se incluir cortes, elevações e, se possível, outras representações gráficas para que não se tenha nenhuma dúvida sobre o resultado pensado. Por ser uma etapa importante para a definição do projeto de interiores, ocorre normalmente redesenhos do anteprojeto, tantas vezes quantas forem necessárias para a aprovação do cliente. https://www.kawek.net/scheiladellajustina-215202?user=scheiladellajustina&album=215202&port=1 Competência 01 10 Figura 03: Anteprojeto de um loft. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/137500594857181798/ Descrição da imagem: desenho de uma planta baixa de um Loft, em nível de anteprojeto. Apresenta layout e a descrição de mobiliários, objetos, revestimentos, entre outros. Temos a última fase, com o projeto executivo, que é a representação gráfica final e completa do projeto dos ambientes, que possui todas as informações técnicas indispensáveis para a completa compreensão do projeto de interiores, execução da obra e elaboração primordial do orçamento. Em um projeto executivo, além das plantas baixas de layout, cortes e elevações, todas com especificações dos materiais para estrutura e acabamento, será preciso ter plantas com definição, detalhes e especificações de: gesso, paginação de piso e parede (áreas molhadas), marcenaria, paisagismo, marmoraria, vidraçaria, etc. Com isso, para cada tipo de material, seja ele de revestimento, madeira, entre outros, é feito um projeto detalhado para o referente fornecedor. https://br.pinterest.com/pin/137500594857181798/ Competência 01 11 Figura 04: Exemplo de planta de paginação de piso de um banheiro. Fonte: Danyelle Beltrão, 2019. Descrição da imagem: desenho de uma planta baixa de paginação de piso de um banheiro. Apresenta as peças sanitárias, lavabo, bacia sanitária e chuveiro, as portas de entrada e do box, piso com revestimento no formato retangular. 1.2 O que é uma planta de layout A planta baixa tem como objetivo mostrar graficamente os ambientes, seu funcionamento, suas interconexões entre os espaços e suas dimensões. A planta de layout nada mais é que uma planta baixa onde são inseridos os móveis e outras peças que compõem a ambientação – deve ser feita em escala e mediante as normas técnicas do desenho arquitetônico. A planta de layout deve contribuir também para o posicionamento de interruptores, tomadas, luminárias, sistema de cabeamento de rede, pontos de água, esgoto, etc. Deve haver uma correlação entre os sistemas de água e esgoto, luze rede lógica e a disposição dos móveis no ambiente, de modo que um não atrapalhe o outro e sim, auxiliem-se mutuamente na melhoria do uso do espaço pelas pessoas. Por sua importância para o desenvolvimento do projeto de ambientação, a planta baixa de layout deve ser produzida mediante certos fatores que serão descritos a seguir. Competência 01 12 1.3 Diretrizes de Design para a concepção de layout Um projeto de ambientação deve definir com clareza “para quem” deve ser feito, “para que” deve ser feito, “onde” será feito e “como” ser feito, para atender os requisitos funcionais e estéticos do cliente/usuário. Sendo assim, devemos listar algumas diretrizes de design para a concepção de layout que servirão como passo a passo para o desenvolvimento do projeto – entretanto, essas diretrizes não são fixas, nem possuem uma sequência rígida, e nem devem ser pensadas de forma separada: é, na verdade, um processo de retroalimentação de informações. Para desenvolver um layout, devemos definir de forma correta a disposição (“arrumação”), o tipo e a dimensão do mobiliário. A disposição tem representação direta na definição: a) Das áreas de circulação: devem estar sempre desbloqueadas – Gurgel (2005) diz que “a medida da largura dos ombros determina o espaço mínimo necessário para que uma pessoa circule e movimente suas articulações” – sendo assim, as dimensões devem ser pensadas para que, em qualquer tipo de ambiente, o usuário possa se movimentar sem restrições, tanto para circular quanto para realizar as tarefas reservadas para aquele ambiente; b) De permanência: devem estar corretamente dimensionados e dispostos para as atividades para as quais foram projetados – ou seja, uma sala de estar, geralmente é um local de atividades amenas ou de descanso, logo, as pessoas devem ter a possibilidade de ficarem do jeito que mais as deixem relaxadas, já num escritório, as atividades são mais contidas e o espaço deverá prover conforto e praticidade sem, no entanto, permitir atitudes irreverentes; c) Do nível de conforto ambiental: no que diz respeito à temperatura, iluminação e acústica. Os ambientes devem proteger contra frio ou calor, ter a luminosidade ideal e os materiais e medidas necessárias para garantir sons em intensidade ideal. Enfim, deve haver uma associação entre a circulação, a correta medida dos móveis e as condições ambientais gerais do espaço. Aspectos como ventilação e iluminação naturais são muito importantes para o projeto de interiores, tanto do ponto de vista do conforto ambiental quanto da eficiência energética. Competência 01 13 A Ergonomia será de muita importância para o desenvolvimento dos projetos, uma vez que deveremos lidar com as medidas corretas do mobiliário, seu uso correto e sua relação com o espaço e com os usuários. Na prática, a elaboração do layout deve seguir os passos de um projeto de arquitetura: • Elaboração de levantamento físico do(s) ambiente(s); • Desenho da(s) planta(s) baixa(s), cortes e elevações (De preferência escala 1:50); • Verificação de ortogonalidade das paredes; • Uso de cotas de eixo de peças hidráulicas em cozinhas e banheiros; • Desenho de detalhes (Escalas 1:25, 1:20, 1:10, 1:5, 1:2, 1:1, etc.); • Perspectivas; • Maquetes físicas ou eletrônicas. Esses elementos auxiliarão no registro do projeto, no desenvolvimento do mesmo e na apresentação para o cliente. Antes de passarmos para o estudo do layout em situações específicas como residências e espaços comerciais, é importante lembrar que o projeto de ambientação possui parâmetros gerais de desenvolvimento, mas cada caso é único e temos de ficar atentos para situações que envolvam crianças, idosos, grávidas, pessoas com limitações temporárias e pessoas com necessidades especiais (PNE) – então, conceitos como acessibilidade e desenho universal devem sempre estar em mente para o desenvolvimento dos projetos. Por isso, é tão importante seguir os critérios do briefing para que não haja generalizações. Você já se perguntou qual o espaço necessário para que uma determinada atividade possa ser realizada sem problemas? Qual espaço que uma pessoa necessita para andar ao redor de uma mesa de jantar sem incomodar as pessoas que estão sentadas? Competência 01 14 1.3.1 Layouts residenciais As residências, sejam casas ou apartamentos, possuem formas mais ou menos iguais de “funcionamento”, ou seja, existem ambientes básicos que estão em todas elas, como salas, quartos, banheiro, etc. por isso, podemos descrever dicas básicas de layout que se aplicam, de forma geral, a quase todos os tipos de residências. No entanto, devemos ficar atentos às especificidades de cada residência, a quantidade de usuários/moradores, seus gostos, atividades, suas formas de viver, que incluem questões financeiras, culturais, religiosas, etc., portanto, o layout partirá de aspectos gerais para aspectos específicos dos moradores. AMBIENTES ATIVIDADES DICAS DE LAYOUT Sala de estar /living Descansar, receber visitas, ler, assistir TV, ouvir música, jogar, etc. Prover uma distância correta entre sofá e televisão. Procurar o máximo de conforto para moradores e visitantes. Circulação. Sala de jantar Fazer refeições. Dimensionar a mesa de acordo com o número de usuários do local. Posicionar a mesa de modo que haja circulação sem obstáculos em seu entorno. Dormitórios Dormir, descansar, ler, estudar, trabalhar, assistir TV. Colocar os móveis de modo a garantir circulação livre, Para se aprofundar em dicas que ajudam na concepção de layouts, vale ler um pouco sobre o Desenho Universal – conceito que propõe o espaço com uso democrático, para perfis diferentes de usuários - de crianças a idosos, daqueles que têm limitações físicas (permanentes ou temporárias), todos devem ter condições igualitárias no uso de um ambiente. Existem vários sites disponíveis, como esse, por exemplo: www.brasilparatodos.com.br/desenhouniversal.php . Assim como, a NBR 9050/2015 http://www.brasilparatodos.com.br/desenhouniversal.php Competência 01 15 principalmente em torno da cama. No caso do uso de TVs, devem ser obedecidas as distâncias mínimas entre o usuário e o aparelho. Em caso de espaço para estudo, este não deve atrapalhar a atividade principal do dormitório: o descanso, principalmente se o dormitório for de uso de mais de uma pessoa. Banheiros Lavar-se, escovar os dentes, fazer as necessidades fisiológicas, maquiar-se. Devem ter espaços suficientes para os moradores, não podem ter obstáculos à circulação e possuir materiais que garantam a segurança, como pisos antiderrapantes, além de possuir exaustão adequada. Cozinha Armazenar, lavar e preparar os alimentos, fazer refeições. Garantir espaços para armazenamento dos alimentos, para os eletrodomésticos e para a circulação. Se possível, inserir uma mesa para refeições rápidas na cozinha. Área de serviço Lavar, secar e passar roupas, guardar utensílios de limpeza, ferramentas, etc. Aproveitar o espaço para suas atividades básicas, evitar acúmulo de objetos inúteis. Quadro 01: Representação de atividades e dicas de layout de uma residência. Fonte: O autor, 2019. Competência 01 16 Estudante, iremos descrever abaixo, os ambientes que fazem parte de uma residência/apartamento, e apresentar algumas dimensões mínimas para se ter uma boa funcionalidade e circulação em cada ambiente. Lembrando que se a residência/apartamento tiver algum usuário com dificuldade de locomoção, aplicar a NBR 9050/2015. 1) Sala de estar ou living A sala de estar, também conhecida pela expressão em inglês “living room” ou simplesmente, living, é um espaço de convivência, onde relaxamos, assistimos tv, jogamos e recebemos as visitas. Ao desenvolvermosum projeto de ambientação para a sala de estar, é necessário saber que uso é predominante para o cliente, elaborando um espaço que privilegie esse uso sem, no entanto, excluir os outros. Um espaço como a sala de estar possui determinados móveis que são comuns como sofás, poltronas, racks, estantes, etc. Outros elementos como mesas de centro, mesas de canto, tapetes, abajures, etc. também são muito utilizados. É importante prever uma circulação fluida, bem fácil e sem nenhum tipo de obstáculo. Figura 05: Dimensões mínimas de circulação numa sala de estar. Fonte: Pronk, 2003. Descrição da imagem: Em grandes espaços de estar, existe a possibilidade de setorização, através da disposição dos móveis, uso de tapetes, etc., não sendo interessante criar delimitações físicas impeditivas de circulação. Competência 01 17 O Home Theater A sala de estar é o espaço onde geralmente se monta o home theater. Para tanto, é necessário um estudo mais aprofundado para a instalação da tela/tv, dos equipamentos de som e dos assentos dos usuários, e principalmente ter o cuidado com a distância entre o usuário e a televisão, e a altura da mesma, pois é determinada a partir da altura média do olho do observador, quando está sentado no sofá. Figura 06: Tabela com as distâncias recomendadas entre os aparelhos de TV e os sofás. Fonte: www.ergotriade.com.br/singlepost/2016/07/28/Como-escolher-a-distancia-ideal-da-TV-em-relacao-ao-sofa. Descrição da imagem: uma tabela apresentando as distâncias adequadas entre o sofá e a tv. Estas distancias são de acordo com o tamanho da tela da tv, apresenta uma variação de 26’’ a 71’’. http://www.ergotriade.com.br/singlepost/2016/07/28/Como-escolher-a-distancia-ideal-da-TV-em-relacao-ao-sofa Competência 01 18 2) Sala de jantar A sala de jantar geralmente fica ao lado da sala de estar e, deve ter uma ligação direta com a cozinha. Seu mobiliário principal consta da mesa de jantar, que terá tantas cadeiras quanto forem o número de moradores ou o número de usuários frequentes (familiares, amigos da família, etc.). Outros elementos podem ser agregados ao espaço, mas é preciso priorizar a circulação no entorno da mesa, a entrega e retirada dos pratos. A circulação por trás das cadeiras é muito importante – é necessário que a pessoa possa se levantar, afastando a cadeira para trás e que, pelo menos, uma pessoa possa circular por trás das cadeiras. A circulação mínima por trás da cadeira deve ser de 0,60m; já a cadeira ocupada deve estar a, no mínimo, 0,45m da borda da mesa. Quando a cadeira está com o encosto voltada para a parede, deve-se deixar, no mínimo 0,80m de distância. Figura 07: Dimensões mínimas de circulação numa sala de jantar. Fonte: Pronk, 2003. Descrição da imagem: três figuras mostrando dimensões de altura de mesa e larguras. A primeira apresenta a largura da cadeira e da circulação por trás da mesma, tem uma mesa e uma pessoa sentada na cadeira, e uma outra pessoa passando por trás desta. A segunda, tem uma mesa e apenas uma pessoa sentada numa cadeira, apresentando a variação de alturas de uma mesa e a largura da cadeira. A terceira, apresenta uma mesa, e uma pessoa se levantando de uma cadeira, apresentando a largura desse movimento. Competência 01 19 Figura 08: Dimensões de mesas para sala de jantar. Fonte: https://dicasdecor.com/mesa-de-jantar/ Descrição da imagem: onze figuras de mesas de jantar com as cadeiras, onde cada uma possui as dimensões de largura e comprimento de cada mesa, de acordo com a quantidade de cadeiras. 3) Dormitórios Os dormitórios, quartos de dormir ou, simplesmente, quartos, eram espaços que serviam, originalmente, como espaços de descanso. Hoje em dia, os dormitórios também são áreas de lazer (TVs, videogames, etc.) e espaços de trabalho/estudo (escrivaninhas para computadores ou notebooks), logo, devem ser pensados com cuidado, uma vez que devem garantir qualidade em todos os seus usos. A ênfase é garantir o lugar de descanso: espaço para camas devidamente dimensionadas para o(s) usuário(s), espaço para guarda-roupas e, por fim, espaço para atividades de lazer e/ou trabalho. Em termos de circulação, valem os princípios básicos de todos os ambientes – não deve haver conflito entre usuários e móveis e móveis entre si. No caso de mais de um usuário no dormitório, as atividades de lazer e trabalho devem ser acordadas entre os usuários e planejadas de modo a não atrapalhar o descanso de quem não está trabalhando, vendo tv, estudando ou jogando. https://dicasdecor.com/mesa-de-jantar/ Competência 01 20 Figura 09: Exemplos de medidas e layouts de dormitórios. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/302233824974369670/ Descrição da imagem: cinco figuras de quartos, para duas camas de solteiros, e com espaços para estudos. Estudante, os colchões também possuem medidas-padrão. Na figura abaixo, temos essas dimensões. Figura 10: Medidas-padrões de colchões. Fonte: https://sobradodeideias.wordpress.com/2010/03/16/qual-o-tamanho-da-sua-cama/ https://br.pinterest.com/pin/302233824974369670/ https://sobradodeideias.wordpress.com/2010/03/16/qual-o-tamanho-da-sua-cama/ Competência 01 21 Descrição da imagem: cinco figuras de colchões com medidas-padrão, são apresentados colchões de: solteiro, viúva, casal, king size e king size extra. 4) Banheiros Os banheiros são locais para a prática da higiene: neles, tomamos banhos, escovamos os dentes, penteamos os cabelos e fazemos as nossas necessidades fisiológicas – portanto, os banheiros devem ser, antes de tudo, limpos. Os banheiros tendem a ser pequenos, mas suas dimensões não podem prejudicar os usuários – devem garantir circulação e uso pleno dos lavatórios/lavabos, vasos sanitários, boxes, chuveiros e/ou banheiras. As medidas mínimas de um banheiro são: - Área: círculo inscrito com diâmetro mínimo de 1,0m; - Área mínima: 1,50m²; - Largura mínima: 1,0m. Figura 11: Planta baixa de um banheiro. Fonte: https://alessandramarques.negocio.site Descrição da imagem: apresenta uma planta baixa de um banheiro, com uma pia sobre uma bancada, a bacia sanitária e box com o chuveiro. Têm-se ainda a porta de entrada e uma janela. As paredes estão representadas na cor cinza. A seguir, temos umas dicas de posicionamento das peças sanitárias em um banheiro com formato quadrado. https://alessandramarques.negocio.site/ Competência 01 22 Figura 12: Exemplo de distribuição das peças sanitárias em um banheiro quadrado. Fonte: https://dicasdearquitetura.com.br/dicas-para-projetar-um-banheiro-quadrado/ Descrição da imagem: quatro exemplos de distribuição das peças sanitárias (box, lavatório e bacia sanitária) num banheiro quadrado. O primeiro exemplo apresenta a opção ideal, e as demais opções como não fazer. No exemplo do banheiro 2, a primeira peça a ser vista pelo usuário ao entrar no banheiro é o vaso sanitário, além de ficar visível para o lado de fora do banheiro caso a porta esteja aberta. A bancada quando fica defronte para a porta a impressão ao entrar é melhor, principalmente por ter um espelho na parede do fundo, provocando a sensação de amplitude no ambiente. Outro ponto negativo neste exemplo, é que a bancada encurta o espaço de entrada do box, ficando no meio do caminho. O exemplo seguinte, banheiro 3, por ser uma área quadrada, fica mal aproveitada, porque o espaço que resta para a passagem entre o vaso e o box fica pequeno. Do mesmo modo, que o box localizado na entrada do banheiro faz com que ele pareça bem menor. O último exemplo, o banheiro 4, ocorre resultado semelhante de desvalorizar o banheiro com o vaso sanitário de frente para a porta, pois também permanece a sensação de aglutinamento da entrada pelo box e a diminuição da área de passagem no centro do banheiro pelo encontro dovaso sanitário com a quina do box. E por fim, sobre como projetar num banheiro, temos abaixo, os tipos de cubas para as bancadas. https://dicasdearquitetura.com.br/dicas-para-projetar-um-banheiro-quadrado/ Competência 01 23 Figura 13: Exemplos de posicionamento de cubas em uma bancada. Fonte: https://blogalineribeiroo.blogspot.com/2019/01/tipos-de-cuba-para-banheiro-guia-completo.html Descrição da imagem: seis exemplos de posicionamentos de cubas em uma bancada, são as seguintes: cuba de semi- encaixe, cuba de apoio, cuba de embutir, cuba de sobrepor, cuba esculpida e cuba de parede. 5) Cozinha A cozinha é o espaço para o armazenamento e preparo dos alimentos. No Brasil, a cozinha, sempre foi um espaço para socialização e, até mesmo para receber os amigos mais íntimos. Hoje em dia, as cozinhas tendem a ser pequenas, com medidas mínimas para o armazenamento, congelamento, limpeza, preparo e cocção dos alimentos – algumas ainda possuem espaço para refeições rápidas, com pequenas mesas que também servem para colocação de alguns utensílios. Por ser um espaço que possui uma fonte de calor e, ao mesmo tempo, ser considerada uma “área molhada”, a cozinha deve prover espaço seguro para os usuários, garantindo que todas as ações possam ser feitas sem causar danos às pessoas e a tudo o que fica neste espaço. As cozinhas possuem pias, balcões, armários, fogão, geladeira e/ou freezer e, quando é possível, mesas e cadeiras. Outros objetos são lava-louças, fornos elétricos, forno de microondas e, o projeto deve levar em conta todos esses elementos. Atualmente, nos apartamentos pequenos, são utilizadas as cozinhas americanas, que são separadas da sala de jantar por um balcão, com isso, é vista toda a movimentação da cozinha. https://blogalineribeiroo.blogspot.com/2019/01/tipos-de-cuba-para-banheiro-guia-completo.html Competência 01 24 Figura 14: Diversos tipos de cozinha. Fonte: http://www.ojornalzinho.com.br/2018/06/06/dimensionamento-de-ambientes-03-cozinhas-penna-arquitetura- e-urbanismo/ Descrição da imagem: seis tipos de cozinha, com nomenclaturas de acordo, a disposição do mobiliário, dentro do ambiente. Temos as cozinhas: linear, corredor, em L, em U, em G e com ilha. Estudante, abaixo temos alguns exemplos de tipos de cozinha, onde apresenta uma diversidade de materiais de revestimento aplicados, os eletrodomésticos necessários ao seu funcionamento, e disposições dos mobiliários com estes equipamentos. Figura 15: Exemplo de cozinha linear. http://www.ojornalzinho.com.br/2018/06/06/dimensionamento-de-ambientes-03-cozinhas-penna-arquitetura-e-urbanismo/ http://www.ojornalzinho.com.br/2018/06/06/dimensionamento-de-ambientes-03-cozinhas-penna-arquitetura-e-urbanismo/ Competência 01 25 Fonte: https://viminas.com.br/blog/cozinha-e-area-de-servico-como-usar-porta-de-vidro. Descrição da imagem: exemplo de cozinha linear, onde a distribuição do mobiliário e eletrodomésticos são paralelos no ambiente. Figura 16: Exemplo de cozinha em L. Fonte: https://www.tuacasa.com.br/cozinha-em-l/ Descrição da imagem: exemplo de cozinha com formato em L. Possui bancada na cor preta em L, com fogão e pia na reta maior, e na menor uma pequena continuação do balcão, encerrando com a geladeira. Possui móveis suspensos na parte reta maior. Figura 17: Exemplo de cozinha em formato de U. Fonte: www.vivadecora.com.br Descrição da imagem: exemplo de cozinha com formato em U. Possui bancada neste formato em cor clara, onde apresenta fogão e pia paralelos. Possui armários suspensos paralelos. https://viminas.com.br/blog/cozinha-e-area-de-servico-como-usar-porta-de-vidro https://www.tuacasa.com.br/cozinha-em-l/ http://www.vivadecora.com.br/ Competência 01 26 Figura 18: Exemplo de cozinha em formato G. Fonte: https://espacoy.com.br/cozinha-qual-o-seu-tipo/ Descrição da imagem: exemplo de cozinha com formato em G. Possui bancada no formato em U, mas em um dos lados, tem-se os fornos e geladeira, mas avançados no ambiente. Figura 19: Exemplo de cozinha com ilha central. Fonte: www.vivadecora.com.br/revista/cozinha-com-ilha/ Descrição da imagem: exemplo de cozinha com ilha central. Possui bancada linear na cor preta, onde se encontra a pia, e uma bancada no centro da cozinha, onde tem-se a área de cocção da cozinha. 6) Área de serviço As áreas de serviço são espaços onde as roupas ficam à espera de serem lavadas e passadas e onde guardamos ferramentas, material de limpeza e, às vezes, criamos animais de estimação de pequeno porte. As casas, tendem a ter uma ligação direta com espaços como quintais e corredores externos. Nos apartamentos, ligam-se diretamente à cozinha e, quando é possível, ao exterior do apartamento, através da “entrada de serviço”. Os apartamentos, tendem a ser espaços muito pequenos que precisam ser corretamente estruturados para funcionarem da melhor forma possível. É importante garantir a circulação e o posicionamento de objetos como cestos de roupa https://espacoy.com.br/cozinha-qual-o-seu-tipo/ http://www.vivadecora.com.br/revista/cozinha-com-ilha/ Competência 01 27 suja, tábuas de passar, etc., além de móveis como armários, bancadas, lavadoras de roupa e a própria pia da lavanderia. Figura 20: Exemplo de área de serviço. Fonte: https://www.mobly.com.br/blog/dicas/decoracao-organizacao-area-de-servico/ Descrição da imagem: área de serviço, apresentando na parede de fundo, armários na cor branca, máquina de secar e lavar. Possui móveis suspensos, cesto de roupa suja e um móvel com uma tábua de passar e ferro. Nessa primeira competência, você aprendeu como criar e planejar o layout para ambientes residenciais avaliando alternativas que melhor atendam às necessidades e anseios dos clientes/usuários. Na próxima competência, estudaremos a criação de ambientes corporativos e a representação dos elementos que compõem o projeto. Estudante, vamos dar uma paradinha no e-book, e assistir a primeira videoaula da disciplina. Nela, você vai aprender a importância do projeto de ambientação, sua ligação com o espaço arquitetônico e suas etapas de trabalho e compreender como o Projeto de Ambientação valoriza o espaço arquitetônico e como devemos iniciar as atividades do deste. https://www.mobly.com.br/blog/dicas/decoracao-organizacao-area-de-servico/ Competência 02 28 2.Competência 02 | Entender a representação dos elementos que compõem o projeto: Objetos, Vegetação, Iluminação, Revestimentos, Mobiliários, Forros 2.1 Projeto de ambientação de espaços comerciais Na competência anterior, vimos como elaborar layouts para espaços residências – casas ou apartamentos. Nesta competência, estudaremos espaços comerciais, levando em conta a evolução pela qual as lojas físicas passam devido ao aumento do comércio eletrônico. Atualmente, o maior concorrente das lojas físicas é a internet, pois a possibilidade de compras online e a comodidade que estas oferecem, transformou o hábito de grande parte da população mundial. Devido a esta mudança de hábitos, a qualidade do serviço oferecido pelos empresários lojistas, se tornou essencial para o sucesso das empresas bem-sucedidas. Por essa razão, uma das questões principais no projeto de interiores comercial é avaliarmos qual tipo de loja será desenvolvido o projeto, para daí definirmos as suas especificidades. Algumas informações devem ser consideradas na elaboração do projeto de interiores comercial, como: o produto, a localização espacial destes, a comunicação visual, o mobiliário, a circulação, a acessibilidade, a sinalização, os materiais e acabamentos, a iluminação, o paisagismo, bem como as vitrines. Um projeto comercial deve retratar por meio de sua fachada, o interior do espaço e o perfil do produto, essa correlação é necessária para que através deuma leitura visual seja possível identificar a quem se destina o produto (GURGEL, 2008). Vamos pensar um pouco! Estudante, você já parou para refletir qual é o elemento/objeto que chama mais a atenção do cliente/usuário quando este observa uma loja, seja ela de qualquer setor comercial? Competência 02 29 As lojas, ambientes comerciais de compra e venda de produtos e serviços, são muito antigas. Desde que as primeiras cidades surgiram, os espaços comerciais apareceram e acompanharam toda a história da humanidade. A prática da exposição de mercadorias para os compradores surgiu antes do nascimento de Cristo, já com o intuito de atrair clientes e ampliar o volume dos negócios. Nas últimas décadas, o comércio eletrônico criou as chamadas “lojas virtuais”, mudando conceitos e alterando o modo como o cliente interage com o fornecedor. Tais mudanças geraram, na mente dos proprietários de lojas físicas uma série de receios de que tais estabelecimentos possam, um dia, deixar de existir. Surgiram então, novos conceitos e padrões de espaços e atendimentos para atualizar as lojas. Devido a diversos fatores como esses, o papel do designer tornou-se ainda mais importante, especialmente por representar no espaço o conceito do produto e da empresa, seja conservadora ou ousada, é preciso que o espaço seja convidativo e receba o público-alvo confortavelmente. A ambientação do espaço comercial deverá atender a uma série de parâmetros bastante específicos para que a loja seja atrativa para o cliente e saudável para os trabalhadores. Deve levar em conta fatores como acessibilidade, localização, estudo cromático, iluminação, exaustão, disposição dos produtos, etc. A responsabilidade do designer será grande no sentido de traduzir as demandas de donos de lojas, trabalhadores (vendedores, gerentes, pessoal de limpeza, segurança, etc.) e dos clientes – transformando essas demandas em espaços atrativos e economicamente viáveis. É importante atrair o cliente da melhor forma possível, salientando aspectos positivos do produto e da loja em si. Existem profissionais especializados como os vitrinistas, que trabalham na composição das vitrines das lojas tornando-as interessantes para o consumidor, mediante o uso inteligente de peças, manequins, iluminação, etc., e que devemos estar atentos ao trabalho deles, para que haja sempre uma harmonização de ideias entre os designers e eles. Vitrine A vitrine ou vitrina é a parte da loja em que são mostrados os principais produtos daquele estabelecimento comercial. Está separada da rua ou do corredor de um shopping ou galeria por lâminas de vidro, de modo que o transeunte possa ver com clareza o que está sendo oferecido, assim Competência 02 30 como, os produtos no interior das lojas. Sua principal função é atrair o cliente ao interior do estabelecimento. Figura 21: Vitrine de uma conhecida loja de roupas onde é possível notar uma grande gama de informações que buscam acentuar as peças e sua ligação com consumidores jovens. Fonte: http://hdstoredesign.com.br/blog/saiba-quando-se-programar-para-montar-a-sua-vitrine/ Descrição da imagem: apresenta uma vitrine de uma loja de roupas unissex, com diversos manequins vestidos, e peças na cor branca, expondo calçados e bolsas. Com espertezas no arranjo e linguagem própria para expor de forma atraente, os elementos usados na vitrine são essenciais no momento da venda, pois além de formarem uma ligação entre a loja e o cliente, na vitrine pode estar contida o segredo para o aumento das vendas. A vitrine é um mostruário e, desde sempre, tem como objetivo chamar a atenção do futuro comprador. Ao longo do século XX, houve um desenvolvimento muito grande do vitrinismo, também chamado de Visual Merchandising, surgindo formas inteligentes, atraentes, agradáveis e divertidas de oferecer produtos. Aspectos como cor, textura e iluminação são de grande importância para chamar a atenção do transeunte/futuro comprador. Demetresco (2005) diz que, o objetivo da vitrine é criar “uma imagem cujo propósito é gerar prazer por alguns segundos”. http://hdstoredesign.com.br/blog/saiba-quando-se-programar-para-montar-a-sua-vitrine/ Competência 02 31 Figura 22: Vitrine de Natal de loja de roupas. Fonte: https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2018/12/03/a-onda-das-vitrines-instagramaveis- chegou.html Descrição da imagem: na vitrine, a criatividade está na escala do “globo de neve” gigante que chama a atenção por seu tamanho, um objeto que, quase sempre, cabe em uma mão. Dentro do globo, tem-se uma árvore de Natal. Figura 23: Vitrine de loja de brinquedos de encaixe representando uma cena de circo. Fonte: https://ameconsultoria.wordpress.com/tag/lego/ Descrição da imagem: A vitrine mostra figuras feitas com o Lego, gerando um espaço lúdico que chama a atenção de todos que passam por ali. Para o desenvolvimento de um projeto de interiores comercial, devem ser aplicadas técnicas do Visual Merchandising que atendam ao objetivo e conceito de acordo com o produto ou determinado trabalho que deverá ser exposto e comercializado. Em lojas de elevada rotatividade, e produtos de baixo custo, o público-alvo será atraído pelos valores, deste modo, esse modelo de loja deverá ser claro, com expositores simples e circulação contínua, com amplos corredores, a iluminação deve ser geral e de tarefas sinalizando caminhos e iluminando bancadas e expositores. Para lojas que procuram mostrar exclusividade, com produtos de alto custo, o projeto de interiores deve ser adequado ao valor do produto e a atração deve começar pela fachada e vitrine. O Visual Merchandising contribui para o comércio de diferentes formas, a depender do tipo de estabelecimento, porém o princípio usado será sempre o mesmo, onde a técnica é utilizada para orientar a circulação do cliente, através de uma sequência lógica, incentivando paradas em alguns pontos que motivem a compra, para isso um fator fundamental é a organização do layout do estabelecimento. https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2018/12/03/a-onda-das-vitrines-instagramaveis-chegou.html https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2018/12/03/a-onda-das-vitrines-instagramaveis-chegou.html https://ameconsultoria.wordpress.com/tag/lego/ Competência 02 32 É importante salientar que a ambientação comercial não se limita apenas a lojas – escritórios, restaurantes, lanchonetes, etc. também precisam ser projetados visando a valorização dos seus espaços e serviços, tornando esses lugares agradáveis a clientes e usuários, e às pessoas que trabalham neles. 2.2 Representação dos elementos que compõem o projeto de ambientação Representar um projeto demanda conhecimento técnico, tanto de desenho quanto dos elementos que vão compor o projeto – móveis, objetos, eletrodomésticos, etc. Tal representação envolve informar quem vai executar o projeto e quem vai usar o espaço projetado e executado – sendo assim, é preciso lidar com aspectos técnicos e aspectos de representação para facilitar o reconhecimento do projeto pelo cliente. Neste tópico, abordaremos um pouco dessas situações. a. Objetos/acabamentos/textura A ambientação de um espaço resulta da boa disposição ou “arrumação” de uma série de elementos: móveis, objetos, eletroeletrônicos, obras de arte, composições de cores e texturas em paredes e tetos, etc. Os móveis são elementos que podem ser adquiridos já prontos ou projetados especificamente para os ambientes propostos, os objetos e obras de arte são adquiridos levando em conta o espaço disponível para eles, a não ser que sejam exclusivamente criados para os ambientes; os eletroeletrônicos serão usados de acordo com as especificidades do espaço – de um modo geral, uma TV estará na sala ou no quarto e um forno de microondas, na cozinha; já o uso decores específicas e texturas devem levar em conta aspectos psicológicos para não causar mal-estar nos usuários dos espaços. Dica: Arquitetura comercial X Visual Merchandising Vamos aprender um pouco mais, sobre a importância e função do Visual Merchandising, no projeto de interiores de ambientes comerciais, por meio do link: https://www.rsdesign.com.br/arquitetura-comercial-x-visual- merchandising/ https://www.rsdesign.com.br/arquitetura-comercial-x-visual-merchandising/ https://www.rsdesign.com.br/arquitetura-comercial-x-visual-merchandising/ Competência 02 33 Figura 24: Planta de layout de um apartamento – ao desenho técnico, associam-se a representação dos móveis, tipos de piso e cores para o melhor entendimento por parte dos clientes. Fonte: Arquitetas Vanessa Teles e Sara Freitas, 2018. Descrição da imagem: planta de layout de apartamento com salas de estar e jantar, varanda gourmet, banheiro social, cozinha, área de serviço, dm/despensa, suíte com closet e suíte dos hóspedes. E ao lado da planta, uma legenda das especificações de móveis, objetos, entre outros dos ambientes deste projeto. Competência 02 34 Figura 25: Exemplo de obra de arte específica para um determinado ambiente – o artista recifense Jeff Alan pintando um painel no interior de uma obra da arquiteta Leila Barros. Fonte: Jeff Alan, 2019. Descrição da imagem: artista desenhando uma árvore, na cor preta em uma parede com tons cinzas. A representação gráfica do projeto deve obedecer às normas do Desenho Técnico/Arquitetônico (NBRs 6492/1994, 8196/1999, 8403/1984, etc.), principalmente na fase do projeto executivo, cuja linguagem deve ser de entendimento claro para os profissionais envolvidos na execução: eletricistas, marceneiros, gesseiros, etc. Para o cliente, no entanto, além da representação técnica, é possível usar artifícios gráficos que favoreçam a compreensão do projeto por pessoas que, geralmente, não conhecem a simbologia técnica dos elementos constituintes do projeto. É possível então usar representações mais fáceis de entender como perspectivas, maquetes eletrônicas e o Mood Board ou Painel Semântico. Figura 26 (à esquerda): Trecho de um projeto de paisagismo e ambientação da área externa de convivência de um escritório de advocacia no Recife. Observar que a representação está de acordo com o desenho técnico, o que, nem sempre é compreendido pelo cliente, mas deve ser compreendido pelos profissionais envolvidos na obra. Fonte: O autor, 2018. Descrição da imagem: Trecho de uma planta baixa de uma área de lazer com paisagismo. Apresenta uma mesa com quatro cadeiras e uma bancada com pia. Apresenta cotas e representação de vegetação. Figura 27 (à direita): Perspectiva do trecho do projeto de paisagismo e ambientação de área externa de convivência de um escritório de advocacia no Recife mostrado em planta baixa na figura anterior. É possível ver, com clareza, o mobiliário, os materiais da coberta, do piso e parte do paisagismo, facilitando a compreensão pelo cliente, por meio de maquete eletrônica. Fonte: O autor, 2018. Descrição da imagem: perspectiva colorida do trecho deste projeto. Apresenta uma mesa com quatro cadeiras e uma bancada com pia. Apresenta cotas e representação de vegetação. Competência 02 35 Já o Mood Board ou Painel Semântico tem como objetivo organizar as ideias no processo de desenvolvimento do projeto, criando referências que podem ser utilizadas na composição espacial e trabalhando com objetos, cores, texturas, etc. É interessante fazer o Painel Semântico por ambientes, associando as funções do mesmo com aquilo que ele deve conter, relacionando cores, texturas, mobiliários e objetos no sentido de criar correlações entre esses elementos, de modo que eles dialoguem entre si, tornando o ambiente agradável para o usuário. O Painel Semântico pode ser mostrado ao cliente, mas deve ser explicado ponto por ponto para que o mesmo não fique com a impressão de que está de frente para informações em excesso ou que não fazem um sentido muito claro. Figura 28: Painel semântico de uma sala de estar. Fonte: https://www.seainteriordesign.com/product/silver-mood-board/ Descrição da imagem: exemplo de painel semântico para uma sala de estar, onde é possível ver os móveis, objetos, cores e texturas propostos para o ambiente e suas possíveis inter-relações. https://www.seainteriordesign.com/product/silver-mood-board/ Competência 02 36 Figura 29: Painel semântico de uma barbearia. Fonte: https://dibarbetti.home.blog/2019/06/20/moodboard-estilo-escandinavo-com-toque-industrial/ Descrição da imagem: exemplo de painel semântico para uma barbearia, onde é possível ver os móveis, objetos, cores e texturas propostos para o ambiente e suas possíveis inter-relações. b. Vegetação Temos ainda pessoas morando em casas, mas a maioria, nos grandes centros, vive em apartamentos que tendem a ser cada vez menores. Mesmo assim, não abrem mão de usufruir da vegetação no interior dessas edificações. Os efeitos benéficos das plantas são indiscutíveis – por aspectos estéticos ou ambientais, por isso, devemos sempre levar em conta nos projetos de ambientação, o espaço para jardins, canteiros ou vasos onde possamos criar espécies compatíveis com os espaços disponíveis. Nos espaços pequenos e internos nem sempre existe a possibilidade de cultivar plantas que necessitam de luz solar direta, o que sempre prejudica móveis e tecidos, de um modo geral; então, precisamos de espécies que possam sobreviver em ambientes de luz indireta ou de sombra. A lista abaixo apresenta algumas espécies que podem ser usadas em ambientes internos: https://dibarbetti.home.blog/2019/06/20/moodboard-estilo-escandinavo-com-toque-industrial/ Competência 02 37 ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS Antúrio Adapta-se à sombra e ao sol pleno, mas não deve ficar exposta ao sol o dia todo. Deve ser regada de modo que a terra do vaso não seque, evitando o excesso de água. Espada de São Jorge Pode ser usada interna ou externamente. Possui flores com um doce aroma. Deve ser regada uma vez por semana. Zamioculca Muito usada em ambientes internos. Suporta luz e sombra. Deve ser regada uma vez por semana. Não pode receber luz direta. Regas duas vezes por semana. Competência 02 38 Bromélia Violeta Não pode receber luz direta. Suas cores e formas trazem beleza e alegria ao ambiente. Deve ser regada duas vezes por semana. Palmeira ráfis Adapta-se a qualquer tipo de iluminação. Precisa de regas constantes. Não deve ficar exposta ao sol. Usar luz indireta e manter o solo sempre úmido. Deve ser borrifada nos dias quentes. Competência 02 39 Samambaia Outras espécies de pequeno porte como suculentas e algumas cactáceas podem ser cultivadas levando luz direta do exterior. É importante encontrar um lugar onde elas possam ficar sem correr o risco de morrerem por falta de luz. Figura 30: Cacto em ambiente interno. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/324822191870649203/ Descrição da imagem: cacto num jarro, em cima de um livro que está em cima de uma mesa de madeira. Ao fundo, um sofá na cor branca e um quadro em parede na cor branca. https://br.pinterest.com/pin/324822191870649203/ Competência 02 40 Figura 31: Vaso com suculentas em uma mesa de centro. Fonte: http://blog.bovehome.com.br/como-inserir-suculentas-na-decoracao/ Descrição: diversas suculentas em um jarro de madeira, em cima de uma mesa de madeira. À direita, sofá em estrutura de bambu com assento na cor cinza. Outra opção interessante para interiores é o uso de terrários (mini jardins em recipientes de vidro ou cerâmica), e bonsais que podem criar paisagens em miniatura de grande beleza no interiordas residências. Eles necessitam de pouca rega e podem ficar dentro das edificações, próximos a um espaço bem iluminado. Acrescentam charme a mesas laterais, escrivaninhas de escritórios, espaços gourmet no jardim. Alguns exemplos de plantas para terrários, e que sejam bem iluminados: Coração- magoado, Violeta-africana, bromélia-criptantus, Musgo-tapete, Planta-tapete, Planta-da-amizade, Jiboia, entre outras espécies. Figura 32 (à esquerda): Terrário de suculentas. Fonte: https://casaefesta.com/terrario-de-suculentas/ Descrição da imagem: diversas suculentas em um jarro circular de vidro, com pedrinhas coloridas no fundo. http://blog.bovehome.com.br/como-inserir-suculentas-na-decoracao/ https://casaefesta.com/terrario-de-suculentas/ Competência 02 41 Figura 33 (à direita): Um bonsai que parece uma antiquíssima árvore de grande porte pode ser uma visão inspiradora em ambientes internos. Fonte: https://montante.com.br/bonsai/. Descrição da imagem: bonsai de uma árvore pequena, em um jarro na cor cinza escuro. Para projetos de jardins, é importante ter um conhecimento paisagístico mais aprofundado. As formas das plantas, espécies, tamanhos, cores, etc. devem ser trabalhados com cuidado para não gerar problemas futuros paras as construções. Existem árvores cujas raízes podem destruir as edificações, rachar calçadas, causando sérios problemas a todas as pessoas. É importante fazer uma pesquisa aprofundada sobre as espécies que podem ser utilizadas no projeto, suas dimensões, se são venenosas, se produzem flores, se têm espinhos e se são adaptadas à região onde se encontra o projeto. Abaixo temos algumas formas de representação de vegetação: Figura 34: Representação de vegetação vista em planta. Fonte: https://www.pinterest.es/pin/844987948806909747/ Descrição da imagem: diversas representações de vegetação na cor preta, para inserir em plantas baixas. https://montante.com.br/bonsai/ https://www.pinterest.es/pin/844987948806909747/ Competência 02 42 Figura 35: Representação de vegetação em vista. Fonte: https://www.pinterest.es/pin/844987948806909747/ Descrição da imagem: diversas representações de vegetação na cor cinza, para inserir em elevações. Figura 36: Exemplo de projeto paisagístico de uma igreja no Recife. A intenção foi criar um jardim onde houvesse a predominância de espécies resistentes ao sol e, ao mesmo tempo, a preservação da vegetação de médio e grande porte já existente. https://www.pinterest.es/pin/844987948806909747/ Competência 02 43 Fonte: o autor, 2017. Descrição da imagem: planta baixa e elevação de um projeto paisagístico, e três perspectivas deste projeto. c. Iluminação A formas e cores são percebidas de acordo com a luz que incide sobre elas. Sendo assim, a iluminação é um aspecto muito importante dos projetos. A iluminação dos ambientes influencia na vida das pessoas e devem ser trabalhados com muito cuidado. Além disso, objetos podem ser valorizados ou desvalorizados de acordo com o tipo de iluminação que incide sobre eles. Hoje em dia, temos uma variedade muito grande de lâmpadas, sendo importante um estudo luminotécnico para criar ambientes adequados para as pessoas, levando também em conta aspectos de economia e preservação ambiental. É importante estudar e aplicar as normas NBR 5413/1992 (Iluminância de interiores) e NBR ISO 8995/2013 (Iluminação em ambientes de trabalho) para dar início aos projetos de luminotécnica. Tarefa rápida de observação! Estudante, observe algumas plantas e atente para as diferentes texturas, cores e tamanhos das folhas. Isso te auxiliará na representação da vegetação em um projeto de ambientação. Competência 02 44 Figura 37: Os principais tipos de lâmpadas. Fonte: http://decorandocasas.com.br/2017/06/30/tipos-de-lampadas-residenciais/ Descrição da imagem: quatro exemplos de lâmpadas que podem ser usadas em projetos luminotécnicos, são elas: incandescente, fluorescente, halógena e led. Figura 38: Exemplo de uma planta luminotécnica. Fonte: https://beatrizcastroo.wixsite.com/cvportfolio/fullscreen-page/comp-jk1dql1s/7bc844f1-5bcf-4266-aa4e- 12ff29e29415/3/%3Fi%3D3%26p%3Dc1p8%26s%3Dstyle-jk1dqkxx?lightbox=dataItem-jjy7i2uq1 Descrição da imagem: desenho de uma planta baixa de projeto luminotécnico de uma loja. Ao lado, uma tabela com a simbologia deste projeto, suas descrições, dimensões e tipo de lâmpadas usadas. http://decorandocasas.com.br/2017/06/30/tipos-de-lampadas-residenciais/ https://beatrizcastroo.wixsite.com/cvportfolio/fullscreen-page/comp-jk1dql1s/7bc844f1-5bcf-4266-aa4e-12ff29e29415/3/%3Fi%3D3%26p%3Dc1p8%26s%3Dstyle-jk1dqkxx?lightbox=dataItem-jjy7i2uq1 https://beatrizcastroo.wixsite.com/cvportfolio/fullscreen-page/comp-jk1dql1s/7bc844f1-5bcf-4266-aa4e-12ff29e29415/3/%3Fi%3D3%26p%3Dc1p8%26s%3Dstyle-jk1dqkxx?lightbox=dataItem-jjy7i2uq1 Competência 02 45 Figura 39 (À esquerda): Projeto de ambientação de uma sala de estar com uma iluminação que valoriza o espaço, móveis e objetos. Fonte: http://decoracao-de-quarto.com/tag/lustres-projeto-iluminacao. Descrição da imagem: foto de uma sala de estar, com sofás com estrutura na cor branca e assentos e encostos na cor amarela. Teto na cor branca com diversas lâmpadas dicróicas. Mesa de centro transparente com um vaso com flores em cima. Figura 40 (À direita): Nos projetos de iluminação comercial é muito importante valorizar as peças a serem vendidas. Fonte: http://www.ourolux.com.br/blog/2018/07/ilumin-comerc-dica/ Descrição da imagem: foto do interior de uma loja de roupas masculinas. Apresenta roupas em cabides, em cima de móveis. Teto na cor branca com diversas lâmpadas dicróicas. Estudante, nessa competência você aprendeu sobre a composição em espaços comerciais, como montar um painel semântico e sobre objetos, iluminação e vegetação em projetos de ambientação. Vamos ver na videoaula 2, a apresentação das formas de representação do Projeto de Ambientação e dos elementos que podem compô-lo como objetos, materiais, formas de iluminação, vegetação, etc., facilitando a compreensão de como se configuram os desenhos de um projeto: planta baixa, corte e elevações. http://decoracao-de-quarto.com/tag/lustres-projeto-iluminacao http://www.ourolux.com.br/blog/2018/07/ilumin-comerc-dica/ Competência 03 46 3.Competência 03 |Utilizar conhecimentos construtivos e técnicas que possibilitem a concepção de móveis e ambientes adequados às necessidades do cliente Interferir no espaço buscando melhorias, agregar valor e fazer com que o usuário tenha uma boa sensação no espaço é o papel do profissional do designer. De acordo com Gomes Filho (2006) o melhoramento do espaço ocorre quando o profissional de design de interiores vai trabalhar predominantemente com a seleção e a especificação de produtos - sejam eles funcionais, informacionais, de arte ou decorativos. Essa seleção se inicia posteriormente, a junção e análise de todas as informações existentes e que tenham alguma importância para o projeto, compatíveis entre si, e as transformando em um resultado que pode vir em configuração de um novo projeto de ambientação, melhorias ou adaptações, buscando uma melhor integração dos ambientes e os indivíduos que o utilizam. A relação que existe entre o homem e o ambiente, de uma forma geral, é a principal responsável pelo comportamento que o primeiro se manifesta no meio. Isso porque o homem está em constante processo de adaptação. Desenvolver um projeto de ambientação consiste em combinar diversas informações, como linhas, formas, texturas, luzes, materiais e cores, agradando, deste modo, três aspectos essenciais: a função, as necessidades objetivas e subjetivas do usuário e a combinação harmoniosa dos elementos do projeto (cores, mobiliário, acabamentos, etc).Gurgel (2008) apresenta sete princípios aplicados no design de interiores, suficientes para a criação e desenvolvimento de bons projetos de interiores. A seguir, são apresentados cada um destes. a. Equilíbrio O ambiente é considerado simétrico, quando este possui elementos que compõe o espaço, dividindo visualmente no meio, objetos de um lado que se repetem no outro. E, sendo considerado assimétrico, quando percebemos ao traçar uma linha imaginária no meio do ambiente, onde os objetos estão distribuídos de forma desigual em cada lado. Competência 03 47 Figura 41 (À esquerda): Exemplo de uma sala de estar simétrica. Fonte: http://lardocelar.blog.br/o-que-e-equilibrio-na-decoracao/ Descrição da imagem: sala de estar com sofás na cor branca e almofadas nas cores preta e branca em cima, mesa de centro na cor escura, abajures, cortinas, quadros e espelhos. Parede na cor branca, piso em madeira escura e tapete na cor branca. Figura 42 (À direita): Exemplo de um quarto de casal simétrico. Fonte: http://lardocelar.blog.br/o-que-e-equilibrio-na-decoracao/ Descrição da imagem: quarto de casal, com cama ao centro com espelho da cama e colcha na cor branca. Almofadas em cima da cama nas cores azul branca e colorida. Mesa de cabeceira com 3 gavetas, na cor marrom claro. Abajur em cima de cada mesinha, parede na cor marrom claro e na parede acima da cama uma mandala na cor marrom claro. Cortinas em cada lado da cama, na cor branca e de renda. Figura 43: Exemplo de uma sala de estar assimétrica. Fonte: http://www.ourolux.com.br/blog/2018/07/ilumin-comerc-dica/ Descrição da imagem: sofá na cor branca de três lugares à esquerda, com almofadas nas cores azul e cinza. À direita, duas poltronas, nas cores cinza e branca, com almofadas nas cores marrom escuro e claro. As mesas de centro, são três mesas no formato circular. Ao centro da sala, uma lareira na cor branca e marrom escuro e acima da mesma, um espelho circular e jarros. Paredes em tons claros e teto na cor branca. b. Harmonia A harmonia de um ambiente é configurada por meio da combinação das formas, texturas, cores, iluminação, distribuição do mobiliário e objetos, materiais, etc, e devem se relacionar e jamais http://lardocelar.blog.br/o-que-e-equilibrio-na-decoracao/ http://lardocelar.blog.br/o-que-e-equilibrio-na-decoracao/ http://www.ourolux.com.br/blog/2018/07/ilumin-comerc-dica/ Competência 03 48 brigar entre si. Do mesmo modo, o uso adequado de todos os demais princípios do Design dá a percepção de um ambiente harmônico. Na figura abaixo, é apresentada a harmonia do ambiente, por meio do ritmo nos formatos circulares que se repetem em vários objetos – fazendo a nossa visão percorrer “circularmente” seguindo estes formatos – e harmonia entre os elementos/objetos – no jogo de cores equivalentes e contrastantes, distribuídas por toda a sala e relacionando-se umas com as outras – rosa e verde, vermelho e amarelo; na utilização de materiais conexos também uns com os outros – madeira branca na mesa e bancos, metal nos vasos, palha na almofada e suportes da mesa, etc. Figura 44: Sala de estar harmônica. Fonte: https://www.simplesdecoracao.com.br/classicos-do-design/principios-do-design-de-interiores/ Descrição da imagem: sala de estar com sofá na cor branca e almofadas de diversas cores em cima. Mesa de centro circular com um jarro de flores em cima. Banquinho branco próximo a mesa de centro. E um pufe em palhinhas de madeira e uma almofada nas cores rosa e verde em cima. Tapete na cor verde no centro da sala. Paredes na cor branca e um quadro. c. Unidade e Variedade Nestes princípios, é importante que ocorra uma percepção de continuidade em todos os ambientes. Isso é adquirido por meio da repetição, de forma variável, dos mesmos elementos, como as formas, as cores, as texturas, etc., para que não ocorra a monotonia nos espaços. E esses princípios podem ser num ambiente ou em todos. https://www.simplesdecoracao.com.br/classicos-do-design/principios-do-design-de-interiores/ Competência 03 49 Figura 45: Sala de estar com os princípios de unidade e variedade. Fonte: https://www.simplesdecoracao.com.br/classicos-do-design/principios-do-design-de-interiores/ Descrição da imagem: sala de estar em tons cinzas nos sofás, paredes e piso. Quadros nas cores azul, branco e marrom, sendo iluminados por lâmpadas dicróicas. Espelhos, jarros e objetos compondo o ambiente. d. Ritmo O ritmo num ambiente, ocorre por meio da repetição de uma determinada forma ou de um elemento ou objeto. Essa repetição pode ser nas cores, linhas, curvas. Este ritmo não deve ser uma repetição tediosa, mas sim algo que dê subsídio a dar unidade ao projeto de interiores. A repetição auxilia na criação de movimento no ambiente. Figura 46: Sala de estar com ritmo. Fonte: https://www.vaicomtudo.com/7-principios-importantes-do-design-de-interior.html Descrição da imagem: sala de estar com diversos elementos em ritmo, como as placas em vidro esverdeado formando um painel, por trás da tv, lâmpadas no teto na cor branca, em ritmo. https://www.simplesdecoracao.com.br/classicos-do-design/principios-do-design-de-interiores/ https://www.vaicomtudo.com/7-principios-importantes-do-design-de-interior.html Competência 03 50 e. Escala e Proporção Os princípios de escala e proporção determinam a relação entre os elementos, e ao mesmo tempo como eles se integram em um ambiente. É preciso observar no ambiente, se por exemplo, um móvel é muito grande, ou mesmo se um objeto de decoração não tem uma coerência com o conjunto em destaque. Nestes princípios são relacionados o tamanho entre o homem e os elementos, como objetos e/ou mobiliário. A escala visual que será utilizada na decoração é comparada com o espaço físico e não com o usuário. Os objetos e/ou mobiliário devem estar de acordo com o ambiente, ou seja, ambientes grandes recebem objetos maiores, entretanto deve-se ser atento no conflito que algum objeto fora de escala pode causar no usuário. Figura 47: Sala de jantar, com uma representação irônica, de falta de proporção entre objetos. Fonte: https://www.simplesdecoracao.com.br/2014/08/principios-do-design-e-decoracao-parte-3/ Descrição da imagem: sala de jantar, com uma mesa circular branca e quatro cadeiras em madeira. Piso em madeira, parede com tijolo aparente e outra na cor branca. E uma luminária na cor branca, com tamanho fora de proporção com o ambiente e seus demais objetos. f. Contraste O contraste no interior de um ambiente, ocorre quando dois ou mais elementos com características opostas são colocados juntos, como exemplo: a oposição de cores (claro-escuro, por https://www.simplesdecoracao.com.br/2014/08/principios-do-design-e-decoracao-parte-3/ Competência 03 51 exemplo), das formas (vertical-horizontal, curvo-reto), das texturas, do tamanho, o que pode adicionar vida e movimento ao projeto de interiores do ambiente. Elementos/objetos contrastantes quando unidos, são enriquecidos, temos como exemplo, um sofá liso com almofadas texturizadas, moldura clara de um quadro em parede pintada na cor escura, etc. Se não existir algum contraste no ambiente, a decoração fica tediosa. Figura 48 (À esquerda): Sala de estar apresentando contraste de cores – preto e branco. Fonte: https://www.simplesdecoracao.com.br/2015/01/principios-do-design-e-da-decoracao-parte-7/ Descrição da imagem: sala de estar com sofá em formato de U na cor preta e restante dos elementos do ambiente na cor branca, como parede, luminária, mesa de centro e tapete. Figura 49 (À direita): Área de descanso sem contraste de cores e objetos. Fonte: https://www.simplesdecoracao.com.br/2015/01/principios-do-design-e-da-decoracao-parte-7/ Descrição da imagem: área de descanso toda em tons verdes, as duas poltronas, paredes, móvel. g. Centro deInteresse ou Ponto Focal É o elemento/objeto, ou os elementos/objetos que se destacam e atraem a atenção do indivíduo no ambiente, podendo despertar um sentimento de admiração e prazer. São os centros de interesse do projeto de interiores, os lugares para os quais o designer quer que os usuários observem. Podem ser objetos ou elementos que potencialmente podem chamar a atenção, por exemplo: uma poltrona, um quadro ou uma luminária. Distintos pontos de interesse próximos entre si podem confundir no ambiente, a atenção do usuário. Não deve haver concorrência entre os https://www.simplesdecoracao.com.br/2015/01/principios-do-design-e-da-decoracao-parte-7/ https://www.simplesdecoracao.com.br/2015/01/principios-do-design-e-da-decoracao-parte-7/ Competência 03 52 elementos/objetos, por isso devem existir os que se destacam no ambiente, por meio da forma, da iluminação, do tamanho, etc., atraindo nossa atenção ao entrarmos no ambiente. Estudante, após vermos os princípios do Design de Interiores que regem no interior dos ambientes, vamos ver um pouco sobre a influência que as cores, aplicadas no ambiente, por meio de seus objetos e elementos, pode modificar e/ou influenciar o comportamento dos seus usuários. Entre todos os princípios apresentados para o desenvolvimento ou composição de um ambiente, a cor é um dos mais importantes. Contudo, antes da escolha das cores é indispensável ter conhecimento que existem outras etapas que devem ser adotadas. Segundo Mancuso (2012, p. 61), o significado da expressão design de interiores "seria como "modelar" o espaço interior, dar-lhe uma nova leitura, compreender as necessidades daquele espaço, naquele momento, e transformá-lo segundo estas detecções". Essa composição do espaço deve observar as características das pessoas que utilizarão esse ambiente. Ainda Mancuso (2012, p. 21) afirma que "se a ambientação nada tem a ver com relação a quem nele habita, prejudica o bem-estar dessa pessoa”. Para a compreensão do ambiente deve-se levar em conta fatores internos, como escolha do mobiliário, de padrões e de cores, assim como de fatores externos, como a implantação da edificação no terreno ou do ambiente a ser desenvolvido, em relação ao sol. Segundo Mancuso (2012, p. 135) “um espaço com muito sol pode ser decorado com cores frias (azul e verde); um outro, com pouco sol, pede cores quentes (amarelo e vermelho), uma espécie de substitutas do sol”. Dessa maneira, conseguimos contrabalançar as sensações físicas e psicológicas que as cores do ambiente podem ocasionar nos usuários. São usadas as cores para dar amplitude, mesmo que psicologicamente, a dimensão de um ambiente de maneira que, afirma Farina (2006, p. 8) “uma parede vermelha pode “avançar”, uma parede azul-clara “afastar-se”, uma parede amarela “desaparecer”, alterando a forma com que o ambiente é percebido por seus ocupantes”. Temos alguns exemplos abaixo, de combinações de cores em ambientes, que causam percepções diversas ao adentrarmos em seu interior, assim como, podem ocasionar sensações distintas. Competência 03 53 Figura 50: Ambiente com cores escuras, percepção de dramatizar, um pouco sombrio. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: sala de estar com cores escuras em seus elementos. Ao lado, da foto, quatro retângulos com as cores: cinza, azul escuro, marrom e preta, que dão um tom sombrio. Figura 51: Ambiente com cores claras/escuras, percepção de sobriedade. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: sala de estar com cores claras-médias em seus elementos. Ao lado, da foto, três retângulos com Dica: Círculo cromático. O uso das cores na decoração. Estudante, vamos ler a matéria sobre o uso das cores na decoração, no seguinte link: https://www.designinteriores.com.br/design-de-interiores/o-uso-das-cores- na-decoracao. Este link apresenta como utilizar as cores e suas composições em ambientes. Competência 03 54 as cores: rosa bebê, marrom e preta, que dão um tom de sobriedade. Figura 52: Ambiente com cores claras/escuras, percepção de descontração. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: sala de estar com cores escuras em seus elementos. Ao lado, da foto, quatro retângulos com as cores: laranja, marrom, vermelha e azul, que dão um tom de descontração. Figura 53: Ambiente com cores claras, percepção de frieza. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: quarto com cores claras em seus elementos. Ao lado, da foto, dois retângulos com as cores: cinza e branca, que dão um tom de frieza. Competência 03 55 Figura 54: Percepção de um ambiente quente, devido as cores utilizadas. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: sala de estar com cores escuras em seus elementos. Ao lado, da foto, três retângulos com as cores: marrom médio, marrom telha e vermelha, que dão um tom de um ambiente quente. Figura 55: Percepção de um ambiente quente, devido as cores utilizadas. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: espaço de leitura com cores claras e escuras em seus elementos. Ao lado, da foto, três retângulos com as cores: bege, amarelo médio e amarelo, que dão um tom de um ambiente quente. Competência 03 56 Figura 56: Percepção de um ambiente frio, devido as cores utilizadas. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: quarto com cores claras e médias em seus elementos. Ao lado, da foto, três retângulos com a cor azul em diversas tonalidades, que dão um tom de um ambiente frio. Figura 57: Percepção de um ambiente frio, devido as cores utilizadas. Fonte: Arquiteto Glaucus Cianciardi, 2012. Descrição da imagem: sala de jantar com cores claras/escuras em seus elementos. Ao lado, da foto, três retângulos com a cor azul em diversas tonalidades, que dão um tom de um ambiente frio. Competência 03 57 Estudante, nesta competência você aprendeu como os elementos de composição no interior de um ambiente, como: objetos, cores, mobiliário, passam sensações diversas ao morador/usuário. Por isso, devemos ter o cuidado em suas aplicações nos projetos para que as pessoas tenham boas sensações ao adentrarem nos espaços, e que exerçam as funções destes com satisfação. Na videoaula 3 são apresentados os conhecimentos sobre a concepção de móveis e sua relação com o espaço. Compreender aspectos construtivos e projetuais dos móveis. Competência 04 58 4.Competência 04 | Pesquisar e selecionar materiais para a execução do projeto Nesta competência, vamos estudar um pouco dos materiais e objetos usados em projetos de ambientação, e trata da pesquisa dos materiais exclusivos para a ambientação e onde encontrá- los. A pesquisa de materiais deve ser feita após a definição do projeto, ou seja, precisamos concluir com o cliente as ideias para o ambiente para depois sairmos em campo à procura dos materiais. É certo dizer que, hoje em dia, já temos ideias prévias de onde encontrar esse ou aquele material – existem, inclusive, lojas especializadas em todos os tipos de móveis, objetos e eletrodomésticos necessários às necessidades atuais dos clientes, então, a pesquisa já começa direcionada. Devemos ter em mente alguns pontos para a definição prévia dos materiais do projeto para não termos surpresas ao longo do trabalho, logo, é importante saber: • Se o material está disponível no mercado; • Se é viável do ponto de vista do custo; • Caso não se encontre na cidade onde será realizado o projeto, se é possível comprá- lo em outro lugar; • Se é resistente e durável; • Se pode ser substituído; • Se for uma peça única, onde colocá-la em segurança no ambiente. Inicialmente, a grande maioria dos materiais pode ser encontrada em lojas de
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