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Relatório de Estagio em Escolas especiais
Estudo de caso
A família de Miguel procurou ajuda de outros profissionais e trouxe para a escola o diagnóstico revelando que Miguel é autista. Alice, a professora, tem muitas dúvidas sobre a melhor maneira de desenvolver um trabalho com Miguel e o grupo de alunos. Sua prioridade é que ele aprenda a brincar interagir com os colegas e compreenda as regras sociais e a rotina da sala de aula e da escola.
 - De que maneira Alice poderá desenvolver um trabalho que atenda a todas as crianças da sua turma? 
- Como Alice (a professora) pode descobrir se Miguel é realmente autista? Ele pode não ser? Ou pode ter outras deficiências também? 
As duvidas são muitas e normais dentro do contexto escolar até os profissionais mais experientes se deparam com situações inusitadas e complexas na sua profissão, com os professores não é diferente a cada ano são matriculados alunos com diversos tipos de anomalias e que afetam diferentes dimensões educacionais; muitas vezes o professor se depara com uma sala de aula com vários alunos com dificuldades diferentes, isto se torna um desafio, uma interrogação diante do compromisso de alcançar sucesso no aprendizado individual e do grupo, a tarefa de educar estes alunos não será fácil, muitas vezes os professores se deparam com materiais pedagógicos sucateados ou inexistentes e situações difíceis que vão além das suas possibilidades, desencadeando um turbilhão de sensações negativas, mas com perseverança, paciência e companheirismo/cooperação, terá êxito.
A escola é parte importante da socialização, esta sendo unicamente para pessoas especiais dever ter uma rede de apoio, toda uma estrutura para os atendimentos, com um currículo adaptado e adequado para o desenvolvimento, com organização, informação e coordenação de equipes que apõem - se mutuamente. 
A formulação de um currículo não envolve unicamente introduzir determinadas praticas ou agregar conteúdos. É indispensável se ter sensibilidade, um olhar diferente e amplo das necessidades de seus alunos. Independente se suas deficiências os alunos precisam ter um atendimento que possibilite uma aprendizagem significativa, que possa também beneficiar o grupo. 
Pensar que não se esta sozinha, buscar ajuda dos profissionais colaboradores da instituição e outros professores da área que muitas vezes já se viram no mesmo dilema, podem abrir novos horizontes para uma boa atuação que satisfaça os anseios de todos; a família pode dar respostas e detalhes que ás vezes não se consegue ver no ambiente escolar; a família e de importância par, pois o desenvolvimento do filho é também de interesse dela. 
A experiência com cada aluno é única, visto que todos são diferentes em sua essência. Quando se escolhe a profissão de professor na área da educação especial, imagina-se que os nossos “saberes” irão contribuir para o aprendizado dessas crianças, mas na realidade são elas que ensinam, acrescentando verdade e espontaneidade nas relações, tornando a aprendizagem uma estrada de mão dupla, com muita troca de conhecimentos.
As preocupações da professora Alice são normais e o desejo de que o aluno aprenda a brincar, a interagir com os outros colegas e que compreenda as regras sociais e a rotina da sala de aula são anseios da maioria dos profissionais, ela poderá buscar apoio no lúdico, nas brincadeiras que não são só passa tempo, são momentos de crescimento, de fantasia, de aprendizado, de possibilidade de ampliar conceitos, construir novos saberes e assumir papeis sociais; nos jogos, que trazem a possibilidade de pensar a educação numa perspectiva criadora autônoma e consciente, o jogo não somente abre uma porta para o mundo social e para cultura infantil, mas uma possibilidade de incentivar seu desenvolvimento; nas historias que tem grande significado,pois através delas a criança é inserida no mundo simbólico, na qual ela pode colocar-se no lugar dos personagens fazendo interferências sobre os acontecimentos, as historias tem o poder de despertar nas criançasatitudes que possam contribuir para a aceitação e respeito ás diferenças. A na arte (artes visuais, as danças, as musicam, o teatro). A arte nos faz compreender e respeitar as diferenças, explorar o mundo, expressar os sentimentos.
A interação do autista acontece por meios de estímulos paciência, carinho e muita dedicação.A professora Alice devera buscar para o aluno autista atividades que envolvam a interação social, comunicação, interação com Pares e processamento sensorial, proporcionando seu desenvolvimento integral na área psicológica, física e social; poderá ir alternando as estratégias e observando a que mais se adequara na sala e nos casos, o apoio da família e vital para o sucesso de tais feitos e isto se aplica para toda a turma.
Fonte: pinterest.
A criança se sente importante ao ser solicitado para qualquer ajuda, fazer um rodízio de tarefas para cada um (incluir todos), um exemplo pode ser o ajudante do dia; Os combinados também podem ser usados (fazer cartazes bem desenhados e coloridos e todos os dias reforçá-los). Exemplos de combinados que se usados com frequência pode ser de grande ajuda: Não gritar, não empurrar, não morder o colega, não jogar lixo no chão, não dizer palavrões, não bater no coleguinha, não subir nas mesas e cadeiras, não deixar o material espalhado, respeitar todas as pessoas entre outros.
Fonte: Pinterest.
A rodinha de conversa também ajuda (contar uma historia e a partir dai fazer perguntas simples e interessantes para que possam se expressar), mesmo que alguns não se expressem não desanime,isto vai mudando com o passar do tempo. As rotinas também podem seguir o mesmo ritmo sempre mostrando cartazes e outros materiais tudo bem ilustrados e simples retratando o momento e a rotina da sala. Exemplos: hora da oração, hora do lanche, hora da historia, hora de brincar no pátio, hora de artes, hora de musica, dentre outras.
 
Fonte: pinterest
Para ensinar a turma, geralmente parte-se do fato de que os alunos tenham alguns conhecimentos prévios, que tragam experiências vividas ate ali, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe é próprio e de acordo com seus interesses e capacidades.
Também é fundamental que o professor nutra elevada expectativa em relação à capacidade de progredir dos alunos e não desista nunca de buscar meios para de ajudá-los a vencer os obstáculos escolares. (MANTOAN, 2015, p. 71). 
A professora Alice pode se valer destes conhecimentos prévios se houver. Para as crianças especiais muitas vezes a aprendizagem se da por meio de associações de conhecimentos já adquiridos e se promovem com a experimentação, na reflexão sobre a ação. Com o autista este esquema e diferente, não se manifestam como as outras crianças, por conseqüência o professor Alice poderá fazer um estudo geral de suas habilidades com seus familiares e escola para tentar estabelecer a estratégia a ser usada. A estimulação para a criança especial é essencial para o desenvolvimento e sucesso dos trabalhos.
O termo estimulação precoce deu lugar á estimulação essencial. As diretrizes nacionais sobre estimulação preconizam,a partir dessa definição, a importância do relacionamento humano, diálogos, brincadeiras, exploração de diferentes objetos e materiais que possam contribuir para o desenvolvimento integral do aluno, por meio de experiências significativas. Esse atendimento educacional especializado compreende a avaliação e a intervenção.
Segundo Aguiar (1997) a criança autista pode aprender através de uma rotina e de um conjunto de pistas a que podemos chamar de ajudas. Mas a forma de aprender dos autistas é codificada, eles normalmente não estabelecem uma relação com tais conhecimentos, à aprendizagem não é significativa. As crianças normalmente brincam muito, gostam de historias de instrumentos musicais. Mas há ai um impasse, como há um aluno que não se interessa pó quase nada, buscar, desenhos (personagens), brinquedos e jogos que possam chamar-lhe a atenção; explorar todos os recursos possíveis, dança com movimentosaleatórios, fazer um teatrinho e que ele possa participar a seu modo, sem exigências ou condicionamentos. As atividades coletivas podem ser diárias, para que haja um reforço da interação, do respeito, do compartilhar que deve ser constante entre todos.
Quanto a duvida do diagnostico a professora Alice devera fazer observações de todos seus alunos, apontando quaisquer desvios interessantes e relevantes que possa prejudicá-los, mesmo aquelas crianças que tenham diagnósticos como e o caso. O diagnostico de Transtorno espectro autista foi passado para a escola e respectivamente repassada para a professora,muitas vezes este diagnostico é incompleto, pois a criança pode apresentar sinais e comportamentos que definem outros transtornos e deficiências, a partir das observações poderá informar a escola, e esta deverá instruir a família na busca de profissionais para um novo diagnóstico.
É fundamental que os profissionais da educação conheçam e compreendam o conceito do transtorno espectro do autista para no futuro possam lidar com estes alunos com mais naturalidade e sem restrições, contudo não há uma formula mágica para se soluciona todos os problemas cognitivos e comportamentais; o plano de desenvolvimento individual do aluno e muito importante e necessário. (dados do aluno,informações medicas e terapêuticas e também um relato dos pais sobre o aluno o desempenho nas questões fora da escola). As causas que provocam o transtorno espectro do autista vêm sendo pesquisadas e estudadas e aos poucos as pessoas vão entendendo e conhecendo melhor este transtorno para assim buscando formas de amenizar os males que o TEA pode fazer na vida das pessoas. Os estudos e pesquisas do passado ao longo do tempo têm ajudado muito aos profissionais do presente.
As ações que apresentam sucessos em sistemas inclusivos mostram que é imprescindívelalteração em suas praticas passando desde diminuição no numero de alunos por classe, [...], plano individual de ensino, melhoria da formação profissional [...]com uma pedagogia centrada na criança baseada em suas habilidades e não em suas deficiências, e que incorpore conceitos como interdisciplinaridade,individualização,colaboraçãoe conscientização/sensibilidade(CAPELLINI,2001 apud PRAÇA, 2001, p. 58).
Aqui em evidencia esta o TEA (transtorno espectro do autista) que pode ser causado por vários fatores, pode ser genético ou não, o sexo masculino normalmente é mais afetado, eles têm seu desenvolvimento físico preservado dentro dos padrões e seu desenvolvimento cognitivo em vários casos e muito prejudicado. Geralmente se manifesta na primeira infância e na maioria dos casos a família nota os sintomas e busca ajuda de profissionais da área, ao longo de sua vida percebe-se que esta criançae calma e quietas demais ou muito agitada de difícil comportamento. É muito importante que se tenha um diagnostico correto para que os prejuízos possam ser amenizados. A criança com diagnóstico de autista tem muitas perdas no seu aprendizado, no seu convívio em sociedade e na sua comunicação, têm um comportamento distinto, movimentos repetitivos e estereotipados. A conversação é difícil, evita o contato visual, podem não gostar de toques e abraços, tem comportamentos não verbais. Eles são pessoas que tem restrições na compreensão da linguagem, sua imaginação e precária ou não existe,se interessam por rituais não funcionais e repetitivos. Estes sintomas e sinais podem variar de leves, moderados e graves. Os leves podem ate passar despercebidos e os moderados e graves podem causar interferências no seu comportamento e na sua comunicação e consequentemente no seu aprendizado.
Também de acordo com o guia da disciplina TEA (universidade Santa Cecília) o autismo é Considerado um transtorno de neurodesenvolvimento, geralmente se manifesta nos primeiros três anos de vida e não existe cura documentada. Os indivíduos levemente afetados podem ter uma vida aparentemente normal e serem apenas considerados peculiares por apresentarem comportamentos pouco ajustados. Já os indivíduos afetados severamente podem até mesmo ser incapazes de cuidar de si mesmo. Uma intervenção precoce e intensiva, se feita até os cinco anos de idade, pode fazer diferenças significativas no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança e da família.
A professora Alice almeja o sucesso de seus alunos independente de suas condições cognitivas e culturais, mas não pode se responsabilizar sozinha pelo feito. A responsabilidade de se educar uma criança, inicialmente é da família, a escola apóia e complementa esta educação, tem que haver parceria, uma troca, uma partilha de informações, dialogoe interação entre os envolvidos. Hoje em dia,as observações dos familiares têm ajudado nos diagnósticos das crianças com autismo,e assim o tratamento começa mais cedo e os prejuízos cognitivos serão amenizados, mas em um passado recente isto não era uma realidade, não se ouvia falar em autismo, ate mesmo as escolas eram omissas nesta questão,os pais por despreparo ou ignorância não sabiam o que se passava com a criança, e os sintomas eram comparados a criança birrenta, mal criada nervosa e diferente das outras, mas sem nenhum diagnóstico ou ajuda; estas crianças do passado são os adultos problemáticos de hoje, com um diagnostico tardio, hoje enfrentam graves problemas psiquiátricos e vivem a base de medicamentos e terapias;existe também a família que não aceita que o filho tem problemas e a busca por ajuda se torna difícil; a família esta muito ocupada,preocupada em dar conforto e bens matérias para seus filhos e esquecem-se do principal,o tempo pra poder interagir,conviver e brincar e ate mesmo observar com seus filhos.
Cada pessoa é diferente da outra, mesmo tendo o mesmo diagnostico, os métodos que às vezes funciona pra um não funcionara para o outro, por isso a necessidade da observação e intervenção correta.A descobertadas potencialidades desta criança será um marco, um início, de futuros contatos einterações que são vitais para a integração de todos. De acordo com Belisário Filho (2010) esse transtorno se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado na interação social e comunicação, além de um repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Para quem acompanha o ambiente escolar é possível verificar que as manifestações desse transtorno variam imensamente e os alunos com TEA apresentam diversas formas de ser e agir, com respostas diferentes entre si. Por isto a necessidade da observação individual, para se determinar a melhor estratégia pedagógica para que o aprendizado seja satisfatório e prazeroso.
A escolarização de crianças em escolas especiais deveria ser uma exceção, só recomendável naqueles casos, pouco freqüentes, nos quais se demonstre que a educação nas classes comuns não pode satisfazer as necessidades educativas ou sociais da criança, ou quando necessário para o bem estar da criança. Atualmente, todos buscam consolidar uma nova cultura que considera as pessoas com quaisquer deficiências como sendo seres participativos, capazes de envolverem-se e comprometer-se com mudanças sociais. Profissionais da área de saúde e educação e também a família devem estar cada vez mais atentos para os futuros casos de TEA, os avanços são muitos, mas ainda é pouco diante da gravidade deste problema que a cada dia esta fazendo parte da vida de vários indivíduos. 
A inclusão do aluno com transtorno espectro autista deve ser gradativa,visto que este não se enturma com os demais alunos. Esta situação que se encontra o aluno requer ajuda e muita paciência de todos, principalmente da família, o contato com os familiares se torna essência para o desenvolvimento de estratégias que possa tornar a integração dele no grupo, uma realidade. As estratégias pedagógicas a partir do conhecimento prévio de quais coisas gostam de fazer em casa, alimento que gosta, o que consegue fazer sozinho.
A diferença não precisa ser apenas aceita como simples mistério para o qual nos curvamos, não é religião. Precisa ser estudada. ‘’as pessoastêm direito a ser iguais sempre que as diferenças as inferiorizareme a tornar-se diferente sempre que a igualdade representar um risco para suas identidades’’ (apd MOREIRA, 2001).
É preciso reconhecer e respeitar as diferenças próprias de cada indivíduo. O reconhecimento da diferença é ponto de partida para que se viva em harmonia, não com os iguais, já que igualdade só deve existir do ponto de vista legal, mas do ponto de vista humano, social, o que nos interessa é realmente ser diferentes.

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