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Licenciado para - Viviane Alves de Sousa - 09074448739 - Protegido por Eduzz.com
 
2/349 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Direito Processual Penal Com Comentário 
Conceito, Princípios, Fontes e Disposições Preliminares ............................................................................ 4 
Inquérito Policial ......................................................................................................................................... 17 
Ação Penal ................................................................................................................................................... 42 
Ação Civil ..................................................................................................................................................... 62 
Competência ............................................................................................................................................... 67 
Nulidades; Citações e Intimações; Sentença e Coisa Julgada; Questões e Processos Incidentes; 
Medidas Assecuratórias. ............................................................................................................................. 89 
Das Provas .................................................................................................................................................145 
Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça .........197 
Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória ...............................................................215 
Procedimentos: Ordinário, Sumário, Júri, Especial; JECRIM. ..................................................................269 
Recursos Criminais ....................................................................................................................................317 
Meios Autônomos de Impugnação ..........................................................................................................338 
 
 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 Olá, campeão (ã)! Tudo tranquilo (a)? Aqui quem fala é o Lucas, um dos criadores do Q2! Queria deixar 
meu agradecimento por confiar no nosso trabalho e ter adquirido o nosso E-book de questões de Direito 
Processual Penal. 
 Nosso material tem a finalidade de complementar os estudos de quem já possui uma base na matéria. 
Além disso, possui um direcionamento para concursos das áreas Policiais e de Tribunais. Vale destacar que o 
Mega Pack Processual Penal está dividido em 02 PDFs: 01 de Questões comentadas que abarca quadros com 
resumos, dicas e mnemônicos; 01 de Questões sem comentários, com gabarito no final de cada assunto. 
 Os comentários das nossas questões foram feitos com base no estudo de vários Livros, Cursos e Sites 
para concursos como: 
 
• ARAÚJO, Renan. Curso de Direito Processual Penal TJ-AM. 2019. Estratégia Concursos. 
• CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10° ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
• NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 
2010. Editora Revista dos Tribunais Ltda, São Paulo - SP. 
• NOGUEIRA, Paulo. Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1985. 
• TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 4 ed. Salvador: 
JusPODIVM, 2010, 
• TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
• SITE: http://portal.stf.jus.br/ 
• SITE: https://www.buscadordizerodireito.com.br/ (Autor: CAVALCANTE, Márcio André Lopes). 
• SITE: https://www.jusbrasil.com.br/ 
 
 
 
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https://www.jusbrasil.com.br/
 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito, Princípios, Fontes e 
Disposições Preliminares 
 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 (FCC/DPE-RS/2014) 
01) No Brasil, segundo a maioria dos doutrinadores, vige o sistema processual penal do tipo acusatório. 
São características deste sistema processual penal 
A) a imparcialidade do julgador, a flexibilização do contraditório na medida da necessidade para reconstrução da 
verdade real e a relativização do duplo grau de jurisdição. 
B) o sigilo das audiências, a imparcialidade do julgador e a vedação ao duplo grau de jurisdição. 
C) a igualdade das partes, o contraditório e a publicidade dos atos processuais. 
D) a absoluta separação das funções de acusar e julgar, a publicidade dos atos processuais e a inexistência da 
coisa julgada. 
E) o sigilo absoluto do inquérito policial, a publicidade dos atos processuais e o duplo grau de jurisdição. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. Em regra, o contraditório não pode ser flexibilizado. O duplo grau de jurisdição não pode ser 
relativizado, sendo um direito das partes, podendo o processo ser reanalisado por uma instância superior. 
 
Princípio do Contraditório 
- Estabelece que os litigantes e os acusados possam apresentar contradições aos argumentos expostos 
pela parte contrária e as provas apresentadas. 
- O princípio pode ser limitado quando a decisão do Juiz for essencial para o andamento do caso e não 
possa esperar a manifestação da parte. 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
- Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. 
- Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa Rica. 
- Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição. 
 
Letra B: Errada. 
 
Princípio da Publicidade 
- Estabelece que, em regra, os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos, sendo acessível 
a qualquer pessoa. Porém, a publicidade é relativa, podendo ser limitada no caso de intimidade das 
partes ou for de interesse público. 
- CF/88. Art. 5. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
- Os procuradores (Advogado, membro do MP) não podem ser limitados em relação aos atos processuais, 
sob pena de nulidade, pois têm como finalidade a defesa técnica do acusado. 
 
Letra C: Correta. 
 
Sistemas Processuais 
Inquisitivo: O julgador acumula funções de Juiz e acusador. Existe carência do contraditório e da ampla 
defesa e a confissão é considerada a prova fundamental. 
Guilherme de Souza Nucci – Sistema Inquisitivo 
É caracterizado pela concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce, também, a função de 
acusador; a confissão do réu é considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando 
procedimentos exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o procedimento é 
sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa. 
Acusatório: Existe a separação entre as figuras do acusador e do julgador, existindo o contraditório, a 
ampla defesa e a isonomia entre as partes. Adotado no Br. 
Fonte: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos 
Tribunais Ltda, São Paulo - SP. 
 
Letra D: Errada. 
 
Princípio da Presunção de não culpabilidade (ou Presunção de inocência) 
 
- Estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
- CF/88. Art. 5. LVII- ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
- O ônus da prova cabe ao acusador (MP ou Ofendido), sendo o réu inocente, até que se prove o 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
contrário. 
- Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o juiz 
deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada. Porém, existem casos 
em que mesmo pairando dúvidas se o réu cometeu ou não o crime, o Juiz decidirá contrariamente àquele, 
como no caso do Processo de competência do Júri, que prevalece o in dúbio pro societate. 
 
Letra E: Errada. 
 
Princípio da Publicidade 
- Estabelece que, em regra, os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos, sendo acessível 
a qualquer pessoa. Porém, a publicidade é relativa, podendo ser limitada no caso de intimidade das 
partes ou for de interesse público. 
- CF/88. Art. 5. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
- Os procuradores (Advogado, membro do MP) não podem ser limitados em relação aos atos processuais, 
sob pena de nulidade, pois têm como finalidade a defesa técnica do acusado. 
 
Gabarito: Letra C. 
(VUNESP/PC-SP/2014) 
02) Em se tratando de processo penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, 
uma fonte direta e uma fonte indireta. 
A) Costume e lei. 
B) Costume e jurisprudência. 
C) Doutrina e jurisprudência. 
D) Princípios gerais do direito e doutrina. 
E) Lei e costume. 
Comentário: 
 
Conceito 
Direito Processual Penal é o conjunto de atos cronologicamente concatenados (procedimentos), 
submetido a princípios e regras jurídicas destinadas a compor as lides de caráter penal. Sua finalidade é, 
assim, a aplicação do direito penal objetivo. 
- O Direito Processual Penal é dividido em duas finalidades: 
* Imediata ou direta: Aplicação, em concreto, da Lei penal. Estado faz valer o Jus Puniendi. 
* Mediata ou indireta: Restauração da ordem violada pela prática do delito, por meio da aplicação da lei 
penal. 
Fontes 
As fontes se dividem em: 
* Material: É o órgão, ente, entidade ou instituição responsável pela produção da norma processual penal. 
* Formais: Forma que a norma é lançada no mundo jurídico. Podem ser Imediatas ou diretas (CF/88, 
Leis, Tratados e convenções internacionais) e mediatas ou indiretas (Costumes, analogia e princípios 
gerais do Direito). 
 
Gabarito: Letra E. 
(CESPE/PRF/2013) 
03) Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
Comentário: 
 
No Direito Processual penal é possível a aplicação analógica tanto contra quanto a favor do réu. Já no 
Direito Penal não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza 
material (penal). 
OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando 
as lacunas existentes. 
A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DEPEN/2013) 
04) Aos crimes militares aplicam-se as mesmas disposições do Código de Processo Penal, excluídas as 
normas de conteúdo penal que tratam de matéria específica diversa do direito penal comum. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição Política) 
III - os processos da competência da Justiça Militar (e também eleitoral); 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TRE-MS/2013) 
05) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente 
em legislação anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o 
julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Caso o julgamento ocorra antes da entrada em vigor da lei nova posterior: não será possível a interposição do 
novo recurso criado após o julgamento, embora o prazo recursal ainda não tenha decorrido no seu total. 
 
Caso o julgamento ocorra depois da entrada em vigor da lei nova posterior: não existirá direito ao recurso da lei 
anterior. 
 
Caso o julgamento ocorra na data da entrada em vigor da lei nova posterior: será possível a aplicação do recurso 
da lei anterior que está sendo revogada. 
 
STJ/REsp 1.046.429-SP 
O fato de a lei nova ter suprimido o recurso de protesto por novo júri não afasta o direito à recorribilidade 
subsistente pela lei anterior, quando o julgamento ocorreu antes da entrada em vigor da Lei n.º 
11.689/2008 que, em seu art. 4.º, revogou expressamente o Capítulo IV do Título II do Livro III, do Código de 
Processo Penal, extinguindo o protesto por novo júri. Incidência do princípio tempus regit actum. 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
06) O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício, do magistrado antes da fase 
processual da persecução penal. 
Comentário: 
 
Sistemas Processuais 
Inquisitivo: O julgador acumula funções de Juiz e acusador. Existe carência do contraditório e da ampla 
defesa e a confissão é considerada a prova fundamental. 
Guilherme de Souza Nucci – Sistema Inquisitivo 
É caracterizado pela concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce, também, a função de 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
acusador; a confissão do réu é considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando 
procedimentos exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o procedimento é 
sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa. 
Acusatório: Existe a separação entre as figuras do acusador e do julgador, existindo o contraditório, a 
ampla defesa e a isonomia entre as partes. Adotado no Br. 
Fonte: NUCCI, Guilhermede Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos 
Tribunais Ltda, São Paulo - SP. 
 
Princípio da Inércia 
- O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois estaria sendo imparcial. 
- A promoção da ação penal pública compete privativamente ao MP, sendo este o titular da ação penal 
pública. 
- O Sistema Acusatório é aquele em que existe a figura que acusa e a outra figura que julga. (BR. 
ADOTA) 
- O Sistema Inquisitivo é aquele em que o acusador e julgador se confundem na mesma pessoa, 
gerando a parcialidade do julgador. 
- O princípio da Inércia impede o Juiz, de ofício, iniciar o processo penal, porém não impede que o mesmo 
realize diligências a fim de apurar provas que sejam relevantes para o andamento do processo, pois o CPP 
segue o princípio da Busca pela Verdade Real ou Material. 
- O princípio da inércia (indiretamente) não permite também que o Juiz julgue um fato não contido na 
denúncia. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
07) No sistema processual inquisitivo, o processo é público; a confissão é elemento suficiente para a 
condenação; e as funções de acusação e julgamento são atribuídas a pessoas distintas. 
Comentário: 
 
No sistema processual inquisitivo, o processo é sigiloso; a confissão é elemento suficiente para a 
condenação; e as funções de acusação e julgamento são atribuídas a uma única pessoa. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-RN/2015) 
08) De acordo com o CPP, a analogia equivale à norma penal incriminadora, protegida pela reserva legal, 
razão pela qual não pode ser usada contra o réu. 
Comentário: 
 
No Direito Processual penal é possível a aplicação analógica tanto contra quanto a favor do réu. Já no 
Direito Penal não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza 
material (penal). 
OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando 
as lacunas existentes. 
A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-RN/2015) 
09) A lei processual penal veda a interpretação extensiva para prejudicar o réu. 
Licenciado para - Viviane Alves de Sousa - 09074448739 - Protegido por Eduzz.com
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o 
suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-RN/2015) 
10) A interpretação extensiva é um processo de integração por meio do qual se aplica a uma determinada 
situação para a qual inexiste hipótese normativa própria um preceito que regula hipótese semelhante. 
Comentário: 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
 
STJ/REsp 1.420.960-MG 
É possível a aplicação analógica dos arts. 61 e 62 da Lei 11.343/2006 para admitir a utilização pelos órgãos 
públicos de aeronave apreendida no curso da persecução penal de crime não previsto na Lei de Drogas, 
sobretudo se presente o interesse público de evitar a deterioração do bem. Isso porque, em primeiro lugar, 
de acordo com o art. 3º do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação 
analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. Assim, é possível, sobretudo porque 
permitido pelo próprio CPP, o uso da analogia, que consiste em processo de integração por meio do 
qual se aplica a uma determinada situação para a qual inexiste hipótese normativa própria um 
preceito que regula hipótese semelhante. Ressalte-se, ainda, que, para o uso da analogia, não importam 
a natureza da situação concreta e a natureza do diploma de onde se deve extrair a norma reguladora. Em 
segundo lugar, porque a exigência contida no art. 61 da Lei 11.343/2006, referente à existência de interesse 
público ou social, encontra se cumprida no presente caso, qual seja, evitar a deterioração do bem 
apreendido. Por fim, em terceiro lugar, porque a preocupação em se prevenir que a demora nos processos 
judiciais venha a propiciar a degeneração do bem apreendido é atual, existindo, inclusive, no projeto do novo 
Código de Processo Penal (PL 8.045/2010), seção específica a tratar do tema, sob o título Da utilização dos 
bens por órgãos públicos, o que demonstra a efetiva ocorrência de lacuna no Código atualmente em vigor, 
bem como a clara intenção de supri-la. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TJ-AC/2012) 
11) Cessadas as circunstâncias que determinaram a sua existência, a lei excepcional deixa de ser aplicada 
ao fato praticado durante a sua vigência. 
Comentário: 
 
A lei excepcional não deixa de ser aplicada ao fato praticado durante a sua vigência após ser cessada. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TJ-AC/2012) 
12) De acordo com o princípio da aplicação imediata da lei processual penal, os atos já realizados sob a 
vigência de determinada lei devem ser convalidados pela lei que a substitua. 
Comentário: 
CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Gabarito: Errado. 
Licenciado para - Viviane Alves de Sousa - 09074448739 - Protegido por Eduzz.com
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
(CESPE/TJ-AC/2012) 
13) A lei penal admite a aplicação analógica e a lei processual penal, a interpretação analógica. 
Comentário: 
 
A Lei penal não admite a aplicação analógica em sentido amplo, apenas para beneficiar o réu. 
 
No Direito Processual penal é possível a aplicação analógica tanto contra quanto a favor do réu. Já no 
Direito Penal não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
 
CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o 
suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-GO/2017) 
14) A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos que se iniciarem após 
a sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos 
processos que apurarem condutas delitivas ocorridas antes da sua vigência. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
soba vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/PC-GO/2017) 
15) O Código de Processo Penal normatiza o processamento das relações processuais penais em curso 
perante todos os juízos e tribunais brasileiros, aplicando-se, em caráter subsidiário, as normas 
procedimentais que versem sobre matérias especiais. 
Comentário: 
 
O Código de Processo Penal não normatiza todos os juízos e tribunais brasileiros. 
 
Lei Processual Penal no Espaço 
- A lei processual vigora em determinado lugar e em determinado momento. 
- CPP/41. Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, 
ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes 
de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição Política) 
III - os processos da competência da Justiça Militar (e também eleitoral); 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/Câmara dos Deputados/2014) 
16) Dado o princípio tempus regit actum, as normas processuais penais têm aplicação imediata, não 
alcançando crimes ocorridos em data anterior à sua vigência. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-PR/2015) 
17) Conforme o princípio constitucional da razoável duração do processo, não cabem dilações indevidas 
no processo, sendo que a demora na tramitação do feito deve ser proporcional à complexidade do delito 
nele veiculado, bem como às diligências e aos meios de prova indispensáveis a seu deslinde. 
Comentário: 
 
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11/349 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
STF/H.C 116.029 MG 
A razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e descontextualizada 
das peculiaridades do caso concreto. Na espécie, não configurado o alegado excesso de prazo, até 
porque a melhor compreensão do princípio constitucional aponta para o processo sem dilações 
indevidas, em que a demora na tramitação do feito há de guardar proporcionalidade com a 
complexidade do delito nele veiculado e as diligências e os meios de prova indispensáveis a seu 
deslinde. 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/DPE-PR/2015) 
18) Uma vez que a busca da verdade real se subordina a formas rígidas, a afirmação da reincidência 
depende de certidão na qual fique atestado cabalmente o trânsito em julgado de anterior condenação. 
Comentário: 
 
STF/H.C 116.301 MG 
A busca da verdade real não se subordina, aprioristicamente, a formas rígidas, por isso que a afirmação 
da reincidência independe de certidão na qual atestado cabalmente o trânsito em julgado de anterior 
condenação, sobretudo quando é possível provar, por outros meios, que o paciente está submetido a 
execução penal por crime praticado anteriormente à sentença condenatória que o teve por reincidente. 
 
Gabarito: Errado. 
 (CESPE/DPE-PR/2015) 
19) Conforme o entendimento do STF, a valoração da prova diz respeito a mera questão de fato, que não 
se confunde com o critério de reexame da prova, que é questão de direito. 
Comentário: 
 
STF/R.E 122.011 MS 
A valorização da prova diz respeito ao valor jurídico desta, para admiti-la ou não em face da lei que a 
disciplina, razão por que é questão estritamente de direito. Já o reexame da prova é diverso: implica a 
reapreciação dos elementos probatórios para concluir-se se eles foram, ou não, bem interpretados - 
e, portanto, questão que se circunscreve ao terreno dos fatos. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-PR/2015) 
20) Conforme súmula vinculante do STF, o defensor tem direito, no interesse do representado, de ter 
acesso amplo aos elementos de prova, os quais, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, refiram-se ao exercício do direito de defesa, 
inclusive com obtenção de cópia dos autos do inquérito policial, ainda que este tramite sob sigilo. 
Comentário: 
 
STF/Súmula Vinculante 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/TJ-PA/2014) 
21) Em matéria processual penal, o duplo grau de jurisdição 
A) não é previsto expressamente pela Convenção Americana de Direitos Humanos, mas é pela CR/88. 
B) não é previsto expressamente pela CR/88, mas é pela Convenção Americana de Direitos Humanos 
C) não é previsto expressamente nem pela CR/88 nem pela Convenção Americana de Direitos Humanos. 
D) é direito fundamental previsto expressamente tanto pela CR/88 quanto pela Convenção Americana de Direitos 
Humanos. 
E) é garantia fundamental prevista expressamente tanto pela CR/88 quanto pela Convenção Americana de 
Direitos Humanos. 
Comentário: 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
- Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. 
- Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa Rica. 
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Direito Processual Penal 
- Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição. 
 
Pacto de San José de Costa Rica: 
 
Artigo 8º - Garantias judiciais 
 
2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for 
legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às 
seguintes garantias mínimas: 
 
h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. 
 
Gabarito: Letra B. 
(VUNESP/TJ-RJ/2013) 
22) A doutrina é unânime ao apontar que os princípios constitucionais, em especial os relacionados ao 
processo penal, além de revelar o modelo de Estado escolhido pelos cidadãos, servem como meios de 
proteção da dignidade humana. Referidos princípios podem se apresentar de forma explícita ou implícita, 
sem diferença quanto ao grau de importância. São princípios constitucionais explícitos: 
A) juiz natural, vedação das provas ilícitas e promotor natural. 
B) devido processo legal, contraditório e duplo grau de jurisdição. 
C) ampla defesa, estado de inocência e verdade real. 
D) contraditório, juiz natural e soberania dos veredictos do Júri. 
Comentário: 
 
Princípios Constitucionais do Processo Penal 
Princípio da Presunção da inocência ou não culpabilidade 
CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
Princípio do Devido processo legal 
CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
Princípio do Contraditório e ampla defesa 
CF/88. Art.5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
Princípio da Não obtenção de provas por meio ilícito 
CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;Princípio da Publicidade 
CF/88. Art.5. LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Princípio da não Auto-incriminação 
CF/88. Art.5. LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
Princípio da Razoável duração do processo 
CF/88. Art.5. LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Princípio do Juiz Natural 
CF/88. Art.5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
Princípio da Soberania dos Veredictos 
CF/88. Art.5. XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
Gabarito: Letra D. 
(CESPE/PC-BA/2013) 
23) A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime 
inafiançável e hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade. 
Comentário: 
 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Princípio da Presunção da inocência ou não culpabilidade 
CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
 
CF/88. Art.5. LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, 
com ou sem fiança; 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/DPE-DF/2006) 
24) O Ministério Público ofereceu a João, acusado de desacato, a proposta de transação penal. Na 
audiência em que foi realizada a proposta, João, que não estava assistido de advogado, aceitou-a. 
Posteriormente, defensor público impugnou a constitucionalidade de tal ato, tendo em vista a ofensa à 
ampla defesa. Diante dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
 
A presença de defesa técnica na audiência preliminar em que foi oferecida a transação penal é 
dispensável, pois os princípios da informalidade e da celeridade,norteadores dos ritos dos juizados 
especiais,devem prevalecer,no caso,sobre o direito à ampla defesa. 
Comentário: 
 
Princípio da Ampla Defesa 
- Estabelece que o acusado possua o direito à produção de provas, a recursos em face das decisões 
judiciais, assistência integral e gratuita, dentre outros instrumentos. 
- O réu pode se recusar a exercer a autodefesa, pois tem o direito de permanecer em silêncio, já a 
defesa técnica é indispensável ao processo criminal. 
- Caso o réu não possua defesa técnica, o Juiz encaminhará os autos à Defensoria Pública, para que 
atue como curador do acusado, ou não existindo Defensoria no local, nomeará defensor dativo. 
 
 
Gabarito: Errado. 
(FGV/Senado Federal/2008) 
25) O princípio do juiz natural é uma garantia constitucional que somente poderá ser excepcionada 
mediante decisão da maioria dos integrantes do tribunal ao qual estiver submetido o juiz. 
Comentário: 
 
Princípio do Juiz Natural 
- CF/88. Art. 5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
- É vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/STM/2011) 
26) Decorrem do princípio do devido processo legal as garantias procedimentais não expressas, tais como 
as relativas à taxatividade de ritos e à integralidade do procedimento. 
Comentário: 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
- CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
- Corolários do Devido Processo Legal: Contraditório e Ampla defesa. 
- CF/88. Art. 5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
Taxatividade de ritos está relacionada aos ritos processuais previstos em lei, já a integralidade do 
procedimento refere-se ao respeito das regras do procedimento processual. 
 
Gabarito: Correto. 
(FGV/TJ-AL/2018) 
27) Carlos conduzia seu veículo automotor de maneira tranquila, quando foi parado em uma operação que 
verificava a condução de veículo automotor em via pública sob a influência de álcool. Apesar de estar 
totalmente consciente de seus atos, Carlos havia ingerido 07 (sete) latas de cerveja, razão pela qual temia 
que o teste do “bafômetro” identificasse percentual acima do permitido em lei. De acordo com a 
jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, Carlos: 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
A) não é obrigado a realizar o exame, que exige um comportamento positivo seu, respeitando-se a regra de que 
ninguém é obrigado a produzir prova contra si, diferentemente do que ocorreria se fosse necessária apenas 
cooperação passiva; 
B) é obrigado a realizar o exame, tendo em vista que esse é indispensável para a configuração do tipo, sempre 
podendo o resultado ser utilizado como meio de prova; 
C) não é obrigado a realizar o exame, pois ninguém é obrigado a produzir prova contra si, seja através de 
cooperação ativa seja com cooperação passiva, como no caso de ato de reconhecimento de pessoa; 
D) é obrigado a realizar o exame, ainda que este seja desnecessário para a configuração do tipo, que pode ser 
demonstrado por outros meios de prova; 
E) é obrigado a realizar o exame, mas seu resultado poderá ou não ser utilizado como meio de prova de acordo 
com a vontade de Carlos, já que ninguém é obrigado a produzir prova contra si. 
Comentário: 
 
Princípio da Vedação à Autoincriminação 
- Estabelece que o acusado não é obrigado a praticar qualquer ato que possa ser prejudicial à sua 
defesa. 
- O silêncio não pode ser considerado como confissão e nem pode ser interpretado em prejuízo da 
defesa. 
- Fazem parte do princípio da Vedação à Autoincriminação: 
* Direito ao Silêncio; 
* Inexigibilidade de dizer a verdade: O réu pode mentir em juízo, não sendo criminalizado o perjúrio, 
que é a mentira realizada pelo réu em juízo. 
* Direito de não ser compelido a praticar comportamento ativo: O réu pode se recursar a participar da 
produção de provas quando perceber que irá se prejudicar; 
* Direito de não se submeter a procedimento probatório invasivo: Exame de sangue, endoscopia, 
colonoscopia. 
 
Gabarito: Letra A. 
(FGV/OAB/2013) 
28) Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o 
Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os 
Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal 
americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal 
Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo 
seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o 
réu. 
Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está 
correta? 
A) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras 
podem ser aplicadas fora do território nacional. 
B) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só 
se aplicam no território nacional. 
C) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiraspodem ser aplicadas em qualquer território. 
D) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras 
podem ser aplicas fora no território nacional. 
Comentário: 
 
O princípio da extraterritorialidade não é aplicado no direito processual penal, diferente do direito penal, que 
aplica tal princípio. No Direito Processual Penal é o princípio da territorialidade que é aplicado., ou seja, o 
CPP se aplica apenas em território nacional, não sendo aplicado fora do Brasil. 
 
Gabarito: Letra B. 
(FGV/TJ-MS/2008) 
29) O princípio da presunção de inocência recomenda que em caso de dúvida o réu seja absolvido. 
Comentário: 
 
Princípio da Presunção de não culpabilidade (ou Presunção de inocência) 
- Estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
- CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
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Direito Processual Penal 
condenatória; 
- Este princípio estabelece que o ônus da prova caiba ao acusador (MP ou Ofendido), sendo o réu, 
desde o começo, inocente, até que o acusador prove sua culpa. 
 
Princípio do In dúbio pro reo 
Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o juiz 
deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada. 
 
Princípio do In dúbio pro societate 
-Quando se tratar do princípio In dúbio pro Societate, o Juiz, embora tenha dúvida da culpa do réu, decide 
contrariamente a este com fundamento apenas em indícios de autoria e prova de materialidade em prol 
da sociedade. Porém essa decisão não ocasiona consequências ao réu, mas dá início apenas ao 
processo para a elucidação dos fatos. 
 
Gabarito: Correto. 
(FGV/TJ-MS/2008) 
30) O princípio da presunção de inocência recomenda que processos criminais em andamento não sejam 
considerados como maus antecedentes para efeito de fixação de pena. 
Comentário: 
 
Processos criminais em curso e inquéritos policiais em face do acusado não podem ser considerados como 
maus antecedentes. (STF E STJ) 
 
Gabarito: Correto. 
(FGV/TJ-MS/2008) 
31) O princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja 
utilizada quando é a única disponível para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 
Comentário: 
 
Princípio da Vedação às Provas Ilícitas 
CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
- A doutrina divide as provas ilegais em provas: 
* Ilícitas: Violam normas de direito material; 
* Ilegítimas: Violam normas de direito processual. 
- A doutrina majoritária admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a única forma de se obter a 
absolvição do réu. 
- As provas lícitas obtidas a partir de outras provas ilícitas, são consideradas provas ilícitas por 
derivação. 
 
Gabarito: Errado. 
(FCC/TJ-RR/2015) 
32) O princípio internacionalmente consagrado do Duplo Grau de Jurisdição é reconhecido por várias 
legislações ocidentais. No Brasil, o princípio também é reconhecido e, segundo o Supremo Tribunal 
Federal, decorre 
A) diretamente do texto constitucional brasileiro e está previsto no artigo 5° como uma garantia fundamental. 
B) diretamente do texto constitucional brasileiro, mas não está previsto no artigo 5° . 
C) do Pacto de Direitos Civis e Políticos e tem previsão na Constituição Federal do Brasil. 
D) do Pacto de São José da Costa Rica e não tem previsão Constitucional. 
E) diretamente dos pactos internacionais de direitos humanos e tem previsão expressa na Constituição Federal do 
Brasil. 
Comentário: 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
- Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. 
- Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa Rica. 
- Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição. 
 
Gabarito: Letra D. 
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Direito Processual Penal 
(FCC/TJ-RJ/2012) 
33) A lei processual penal 
A) é retroativa. 
B) não admite interpretação extensiva. 
C) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
D) admite aplicação analógica. 
E) tem aplicação apenas no Estado em que editada. 
Comentário: 
 
Lei Processual Penal no Tempo 
Existem três teorias que explicam a aplicabilidade da lei processual penal no tempo: 
* Teoria da Unidade Processual; 
* Teoria das Fases Processuais; 
* Teoria do Isolamento dos Atos Processuais. 
Teoria da Unidade Processual 
- O processo criminal só pode ser regido apenas por uma única lei. 
- Uma Lei processual nova não pode ser aplicada a processos criminais em andamento, sendo aplicável 
apenas aos novos processos. 
Teoria das Fases Processuais 
- É possível a aplicação de diversas leis em um processo, porém cada fase do processo deve seguir 
apenas uma lei. 
- É possível a aplicação de uma nova lei dentro de um processo em andamento, no entanto, não será 
aplicada na fase atual, e sim na futura. 
Teoria do Isolamento dos Atos Processuais 
- É possível a aplicação de diversas leis no processo dentro de uma mesma fase processual. 
- A nova lei processual é aplicável de forma imediata aos processos em curso, no intento irá afetar 
apenas os atos processuais futuros, não acarretando mudanças nos atos já realizados. 
- O CPP adota. Art. 2º. 
- CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação 
Imediata da lei processual) 
- Fenômeno da Heterotopia: Trata-se de normas de natureza material (que fazem parte do Direito Penal) 
que se encontram inseridas em uma lei processual. 
- O STF e o STJ entendem que as normas relativas à execução penal são de direito material. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza 
material (penal). 
OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando 
as lacunas existentes. 
A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Letra D. 
 
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Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inquérito Policial 
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Direito Processual Penal 
 (CESPE/PC-GO/2017)01) O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que permitam a localização da vítima ou dos 
suspeitos de delito em curso, se isso for necessário à prevenção e à repressão de crimes relacionados ao 
tráfico de pessoas. Essa requisição pode ser realizada pelo 
A) delegado de polícia, independentemente de autorização judicial e por prazo indeterminado 
B) Ministério Público, independentemente de autorização judicial, por prazo não superior a trinta dias, renovável 
por uma única vez, podendo incluir o acesso ao conteúdo da comunicação. 
C) delegado de polícia, mediante autorização judicial e por prazo indeterminado, podendo incluir o acesso ao 
conteúdo da comunicação. 
D) delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o inquérito policial ser instaurado no prazo máximo 
de setenta e duas horas do registro da respectiva ocorrência policial. 
E) Ministério Público, independentemente de autorização judicial e por prazo indeterminado. 
Comentário: 
 
Requisição de Dados de Telecomunicações ou Telemáticos – Tráfico de Pessoas 
- CPP/41, Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de 
pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante 
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que 
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e 
intensidade de radiofrequência. 
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de 
autorização judicial, conforme disposto em lei; 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) 
dias, renovável por uma única vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem 
judicial. 
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 
§ 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente 
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que 
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao 
juiz. 
 
Gabarito: Letra D. 
(FCC/DPE-BA/2016) 
02) Tendo em vista o caráter administrativo do inquérito policial, o indiciado não poderá requerer perícias 
complexas durante a tramitação do expediente investigatório. 
Comentário: 
 
Requerimento de Diligências pelo Ofendido e Indiciado 
- CPP/41, Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
- A Autoridade Policial, em regra, não é obrigada a realizar a diligência, porém, se tratando de exame de 
corpo delito, a diligência é obrigatória; 
- CPP/41, Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
03) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela 
autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a 
quo. 
Comentário: 
 
STJ/ HC 179.951/SP 
I. Este Superior Tribunal de Justiça, em reiterados julgados, vem afirmando seu posicionamento no 
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Direito Processual Penal 
sentido de que caracteriza constrangimento ilegal o formal indiciamento do paciente que já teve contra 
si oferecida denúncia e até mesmo já foi recebida pelo Juízo a quo. 
 
II. Uma vez oferecida a exordial acusatória, encontra-se encerrada a fase investigatória e o indiciamento 
do réu, neste momento, configura-se coação desnecessária e ilegal. 
 
III. Ordem concedida, nos termos do voto do Relator. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
04) O acesso aos autos do inquérito policial por advogado do indiciado se estende, sem restrição, a todos 
os documentos da investigação. 
Comentário: 
 
STF/Súmula 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
05) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a 
instauração de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, 
elas próprias, o corpo de delito. 
Comentário: 
 
STF/HC 100.042 
As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar), 
apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos anônimos. É por essa razão 
que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração de 
´persecutio criminis`. 
 
Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo 
quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito 
(como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com cartas 
que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que 
materializem o ´crimen falsi` (crimes de falsidades). 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
06) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a 
reabertura das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material. 
Comentário: 
 
Arquivamento – Coisa Julgada 
- Em regra, o arquivamento do inquérito policial não faz coisa julgada material, caso exista o 
conhecimento de novas provas. Com isso, o MP não pode utilizar os mesmos argumentos para nova 
ação penal. 
- Súmula 524/STF, Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de 
Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
- Porém, existem casos excepcionais que o arquivamento do inquérito policial enseja coisa julgada 
material, como decisão de arquivamento baseada em: 
* Atipicidade; (STJ E STF) 
* Excludente de ilicitude ou Culpabilidade; (STJ) 
* Extinção da Punibilidade; (STJ E STF). 
Fontes: STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858) / STJ. 6a Turma. RHC 
46.666/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/02/2015. 
 
STF/Súmula 524 
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
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20/349 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação 
Entenda o CasoDia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20. 
Dia 15/01/20 
O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 
3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 
157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto 
demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o 
território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹ 
Dia 22/01/20 
O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, 
monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux 
decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-
D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do 
CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a 
adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de 
novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser 
discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades 
também salvaguardados pela Constituição”.² 
Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, 
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer 
peças de informação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa 
do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, 
ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do 
Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará 
os autos para a instância de revisão ministerial 
para fins de homologação, na forma da lei. 
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não 
concordar com o arquivamento do inquérito policial, 
poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da 
comunicação, submeter a matéria à revisão da 
instância competente do órgão ministerial, 
conforme dispuser a respectiva lei orgânica. 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados 
em detrimento da União, Estados e Municípios, a 
revisão do arquivamento do inquérito policial 
poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem 
couber a sua representação judicial. 
- Necessidade de homologação judicial para o 
arquivamento do inquérito policial. 
- O Arquivamento será realizado pelo próprio 
membro do MP. A instância de revisão ministerial 
fará a homologação, na forma da lei. 
Arquivamento realizado por homologação judicial. 
O processo de arquivamento passa a ser realizado 
exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle 
do poder judiciário em relação ao arquivamento 
do inquérito. 
Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299. 
Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, 
Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 
do CPP continua com a participação do poder judiciário. 
Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf 
Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf 
 
Gabarito: Errado. 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
(CESPE/PC-PE/2016) 
07) De acordo com a Lei de Drogas, estando o indiciado preso por crime de tráfico de drogas, o prazo de 
conclusão do inquérito policial é de noventa dias, prorrogável por igual período desde que imprescindível 
para as investigações. 
Comentário: 
 
LEI 11343/06. Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério 
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
 
 
Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos 
Crimes de Competência da Justiça Federal 
* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes da Lei de Drogas 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
* Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Crimes contra a economia popular 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes Militares 
* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS 
 
PRESO EM 
FLAGRANTE 
PRESO SOLTO 
REGRA - CPP 10 30 
CRIMES DA J.F 15 + 15 30 
CRIME - LEI DE 
DROGAS 
30 + 30 90 + 90 
CRIME – 
ECONOMIA 
POPULAR 
10 10 
CRIME MILITAR 20 40 + 20 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
08) O delegado de polícia, por deter a prerrogativa de condução do inquérito policial, pode se negar a 
cumprir diligências requisitadas pelo Ministério Público se entender que elas não são pertinentes. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
 
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
 
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
 
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
09) O indiciamento do suspeito de prática de crime é ato privativo do delegado de polícia, mediante ato 
fundamentado do qual constarão a análise técnico-jurídica do fato criminoso e suas circunstâncias e a 
indicação da materialidade e da autoria. 
Comentário: 
 
Indiciamento dos Suspeitos 
- O indiciamento é competência privativa da autoridade policial, esta tem a função de direcionar a 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
investigação para os autores que forem considerados mais suspeitos. 
- Lei 12830/13, Art. 2, § 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e 
suas circunstâncias. 
- O inquérito policial não passa a ser aberto a todos após o indiciamento, ou seja, para o povo em geral 
ele continua sigiloso; 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
10) Colaboração premiada ou delação premiada permitem ao juiz reduzir em até dois terços a pena 
aplicada ao réu integrante de organização criminosa, mas não isentá-lo de pena. 
Comentário: 
 
LEI 12.850/13. "Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 
(dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha 
colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa 
colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:..." 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016)11) O delegado de polícia não pode propor a delação premiada: somente o Ministério Público tem a 
necessária legitimidade para propô-la ao juiz da causa. 
Comentário: 
 
LEI 12.850/13. "Art. 3o Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: 
 
I - colaboração premiada; 
 
Art. 4º § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o 
delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão 
requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício 
não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). 
 
§ 6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de 
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do 
Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor. ..." 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
12) Para a delação premiada, o réu colaborador não necessita estar assistido por advogado; basta que, 
espontaneamente, declare ao juiz o seu desejo de colaborar. 
Comentário: 
 
Lei 12.850/13. "art. 4º: § 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o 
colaborador deverá estar assistido por defensor. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
13) Não cabe recurso administrativo aos escalões superiores do órgão policial contra decisão de delegado 
que nega a abertura de inquérito policial, mas o interessado pode recorrer ao Ministério Público. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 5º § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o 
chefe de Polícia. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
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@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
(CESPE/PC-PE/2016) 
14) Representantes de órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta não podem 
promover investigação de crime: deverão ser auxiliados pela autoridade policial quando constatarem 
ilícito penal no exercício de suas funções. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem 
por lei seja cometida a mesma função. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
15) Estando o indiciado preso, o inquérito policial deverá ser concluído, impreterivelmente, em dez dias, 
independentemente da complexidade da investigação e das evidências colhidas. 
Comentário: 
 
A questão não especifica qual norma está sendo apresentada em relação aos prazos para realização de inquérito. 
 
Finalização do Inquérito Policial - Prazos 
O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: 
- Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante; 
- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao 
juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
- Se o indiciado estiver preso, o prazo não pode ser prorrogado, sob pena de constrangimento ilegal à 
liberdade; 
- Conforme o STJ, caso o indiciado esteja solto, a violação do limite do prazo não trará nenhum prejuízo 
para este, uma vez que se trata de prazo impróprio. 
STJ, HC n. 304.274/RJ 
Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, salvo quando o investigado se encontrar 
preso cautelarmente, a inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de 
inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério Público não possui repercussão 
prática, já que se cuidam de prazos impróprios " (STJ, HC n. 304.274/RJ, Des. Jorge Mussi, j. em 
4/11/2014). PEDIDO DE ORDEM DENEGADO. 
 
Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos 
Crimes de Competência da Justiça Federal 
* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes da Lei de Drogas 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
* Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Crimes contra a economia popular 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes Militares 
* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS 
 
PRESO EM 
FLAGRANTE 
PRESO SOLTO 
REGRA - CPP 10 30 
CRIMES DA J.F 15 + 15 30 
CRIME - LEI DE 
DROGAS 
30 + 30 90 + 90 
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Direito Processual Penal 
CRIME – 
ECONOMIA 
POPULAR 
10 10 
CRIME MILITAR 20 40 + 20 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
16) O delegado determinará o arquivamento do inquérito policial quando não houver colhido elementos de 
prova suficientes para imputar a alguém a autoria do delito. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
17) Tratando-se de crimes de ação penal pública, o inquérito policial será iniciado de ofício pelo delegado, 
por requisição do Ministério Público ou por requerimento do ofendido ou de quem o represente. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
 
I - de ofício; 
 
II - mediante requisição (delegado é obrigado) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento (delegado não é obrigado) do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
 
Ação Penal Pública Incondicional 
- O inquérito pode se iniciar: 
* De ofício; 
* Por requisição do Juiz ou MP; 
* Por requerimento da vítima ou de seu representante legal; 
De ofício 
- O inquérito policial poderá ocorrer de ofício por autoridade policial, após esta tomar conhecimento da 
prática de um crime, através de uma “notitia criminis” ou “delatio criminis”, em que a ação penal é 
pública incondicionada, sendo o inquérito instaurado por portaria. 
- CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
OBS: A auto prisão em flagrante é considerada por parte da doutrina como um exemplo de instauração 
de ofício do inquérito policial. 
Requisição do Juiz ou MP 
- O inquérito policial poderá ser iniciado também por requisição do MP ou autoridade judiciária, 
devendo a autoridade policial cumprir obrigatoriamente a requisição, salvo quando: 
* Manifestamente ilegal; 
* Não existir elementos mínimos para a instauração do Inquérito Policial; 
Requerimento da vítima ou de seu representante legal 
- O inquérito policial não é obrigatoriamente iniciadopela autoridade policial, no caso de requerimento 
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo, quando não houver indícios de infração 
penal. 
- O requerimento do ofendido ou do seu representante para início de inquérito policial, deverá conter 
sempre que possível: 
* Narração do Fato, com todas as circunstâncias; 
* Individualização do Indiciado; 
* Nomeação das testemunhas. 
OBS: Se o requerimento for indeferido, é cabível recurso para o chefe de polícia; 
- CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
II - mediante requisição (delegado é obrigado) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento (delegado não é obrigado) do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de 
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
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Direito Processual Penal 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de 
Polícia. 
 
Gabarito: Correto. 
(FCC/DPE-MA/2015) 
18) O inquérito policial 
A) após seu arquivamento, poderá ser desarquivado a qualquer momento para possibilitar novas investigações, 
desde que haja concordância do Ministério Público. 
B) em curso poderá ser avocado por superior por motivo de interesse público. 
C) poderá ser instaurado por requisição judicial, a depender da análise de conveniência e oportunidade do 
delegado de polícia. 
D) nos casos de ação penal privada e ação penal pública condicionada poderá ser instaurado mesmo sem a 
representação da vítima ou seu representante legal, desde que se trate de crime hediondo. 
E) independentemente do crime investigado deverá ser impreterivelmente concluído no prazo de 30 dias se o 
investigado estiver solto. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. 
 
CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
STF/Súmula 524 
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
Letra B: Correta. 
 
Lei 12.830/13. Art. 2º. § 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá 
ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de 
interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da 
corporação que prejudique a eficácia da investigação. 
 
Letra C: Errada. 
 
CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
 
II - mediante requisição (delegado é obrigado) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento (delegado não é obrigado) do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
 
Letra D: Errada. 
 
CPP/41, Art. 5º. § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem 
ela ser iniciado. 
 
CPP/41, Art. 5º. § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
Letra E: Errada. 
 
O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: 
 
- Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante; 
- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
 
FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS 
 
PRESO EM 
FLAGRANTE 
PRESO SOLTO 
REGRA - CPP 10 30 
CRIMES DA J.F 15 + 15 30 
CRIME - LEI DE 
DROGAS 
30 + 30 90 + 90 
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ECONOMIA 
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CRIME MILITAR 20 40 + 20 
 
 
Gabarito: Letra B. 
(CESPE/TRE-GO/2015) 
19) Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi indiciado 
pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. 
 
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, embora fosse possível a instauração do inquérito 
mediante requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indiciar Marcos como o autor do delito. 
Comentário: 
 
Indiciamento dos Suspeitos 
- O indiciamento é competência privativa da autoridade policial, esta tem a função de direcionar a 
investigação para os autores que forem considerados mais suspeitos. 
- Lei 12830/13, Art. 2, § 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e 
suas circunstâncias. 
- O inquérito policial não passa a ser aberto a todos após o indiciamento, ou seja, para o povo em geral 
ele continua sigiloso; 
 
Gabarito: Correto. 
(VUNESP/PC-CE/2015) 
20) Sobre os prazos para a conclusão do inquérito policial, é correto afirmar que 
A) se for decretada prisão temporária em crime hediondo, o indiciado pode permanecer preso por até noventa 
dias, sem que seja necessária a conclusão do inquérito. 
B) nos crimes de competência da Justiça Federal, o prazo é de quinze dias, prorrogáveis por mais quinze, em 
regra. 
C) para os crimes de tráfico de drogas o prazo é de dez dias improrrogáveis. 
D) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua prisão preventiva, o prazo de dez dias conta-se da data da 
decretação da prisão. 
E) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrogáveis para todos os casos previstos na legislação 
processual penal. 
Comentário: 
 
Finalização do Inquérito Policial - Prazos 
O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: 
- Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante; 
- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao 
juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
- Se o indiciado estiver preso, o prazo não pode ser prorrogado, sob pena de constrangimento ilegal à 
liberdade; 
- Conforme o STJ, caso o indiciado esteja solto, a violação do limite do prazo não trará nenhum prejuízo 
para este, uma vez que se trata de prazo impróprio. 
STJ, HC n. 304.274/RJ 
Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, salvo quando o investigado se encontrar 
preso cautelarmente, a inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de 
inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério Público não possui repercussão 
prática, já que se cuidam de prazos impróprios " (STJ, HC n. 304.274/RJ, Des. Jorge Mussi, j. em 
4/11/2014). PEDIDO DE ORDEM DENEGADO. 
 
 
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