Buscar

Climatologia em Montes Claros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Montes Claros/MG - 2014
Dulce Pereira dos Santos
Graziella Fernandes de Castro
Magda Fonseca Queiroz Mota
2ª edição atualizada por 
Graziella Fernandes de Castro
Climatologia
2ª EDIÇÃO
2014
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
Caixa Postal: 126 - CEP: 39.401-089
Correio eletrônico: editora@unimontes.br - Telefone: (38) 3229-8214
Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge - Unimontes
Ficha Catalográfica:
Copyright ©: Universidade Estadual de Montes Claros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
REITOR
João dos Reis Canela
VICE-REITORA
Maria Ivete Soares de Almeida
DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES
Humberto Velloso Reis
EDITORA UNIMONTES
Conselho Editorial
Prof. Silvio Guimarães – Medicina. Unimontes.
Prof. Hercílio Mertelli – Odontologia. Unimontes.
Prof. Humberto Guido – Filosofia. UFU.
Profª Maria Geralda Almeida. UFG.
Prof. Luis Jobim – UERJ.
Prof. Manuel Sarmento – Minho – Portugal.
Prof. Fernando Verdú Pascoal. Valencia – Espanha.
Prof. Antônio Alvimar Souza - Unimontes.
Prof. Fernando Lolas Stepke. – Univ. Chile.
Prof. José Geraldo de Freitas Drumond – Unimontes.
Profª Rita de Cássia Silva Dionísio. Letras – Unimontes.
Profª Maisa Tavares de Souza Leite. Enfermagem – Unimontes.
Profª Siomara A. Silva – Educação Física. UFOP.
CONSELHO EDITORIAL
Ana Cristina Santos Peixoto
Ângela Cristina Borges
Betânia Maria Araújo Passos
Carmen Alberta Katayama de Gasperazzo
César Henrique de Queiroz Porto
Cláudia Regina Santos de Almeida
Fernando Guilherme Veloso Queiroz
Jânio Marques Dias
Luciana Mendes Oliveira
Maria Ângela Lopes Dumont Macedo
Maria Aparecida Pereira Queiroz
Maria Nadurce da Silva
Mariléia de Souza
Priscila Caires Santana Afonso
Zilmar Santos Cardoso
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Carla Roselma
Waneuza Soares Eulálio
REVISÃO TÉCNICA
Karen Torres C. Lafetá de Almeida 
Viviane Margareth Chaves Pereira Reis
DESIGN EDITORIAL E CONTROLE DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Andréia Santos Dias
Camilla Maria Silva Rodrigues
Fernando Guilherme Veloso Queiroz
Magda Lima de Oliveira
Sanzio Mendonça Henriiques
Wendell Brito Mineiro
Zilmar Santos Cardoso
Diretora do Centro de Ciências Biológicas da Saúde - CCBS/
Unimontes
Maria das Mercês borem Correa Machado
Diretor do Centro de Ciências Humanas - CCH/Unimontes
Antônio Wagner Veloso rocha
Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA/Unimontes
Paulo Cesar Mendes barbosa
Chefe do Departamento de Comunicação e Letras/Unimontes
Sandra ramos de Oliveira
Chefe do Departamento de Educação/Unimontes
Andréa Lafetá de Melo Franco
Chefe do Departamento de Educação Física/Unimontes
rogério Othon Teixeira Alves
Chefe do Departamento de Filosofi a/Unimontes
Ângela Cristina borges
Chefe do Departamento de Geociências/Unimontes
Antônio Maurílio Alencar Feitosa
Chefe do Departamento de História/Unimontes
Francisco Oliveira Silva
Jânio Marques Dias
Chefe do Departamento de Estágios e Práticas Escolares
Cléa Márcia Pereira Câmara
Chefe do Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais
Helena Murta Moraes Souto
Chefe do Departamento de Política e Ciências Sociais/Unimontes
Maria da Luz Alves Ferreira
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante Oliva
Presidente Geral da CAPES
Jorge Almeida Guimarães
Diretor de Educação a Distância da CAPES
João Carlos Teatini de Souza Clímaco
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Vice-Governador do Estado de Minas Gerais
Alberto Pinto Coelho Júnior
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
narcio rodrigues da Silveira
Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
João dos reis Canela
Vice-Reitora da Universidade Estadual de Montes Claros - 
Unimontes
Maria ivete Soares de Almeida
Pró-Reitor de Ensino/Unimontes
João Felício rodrigues neto
Diretor do Centro de Educação a Distância/Unimontes
Jânio Marques Dias
Coordenadora da UAB/Unimontes
Maria Ângela Lopes Dumont Macedo
Coordenadora Adjunta da UAB/Unimontes
betânia Maria Araújo Passos
Autores
Dulce Pereira dos Santos
Professora e Pesquisadora do Departamento de Geociências
Mestre em Desenvolvimento Social pela Unimontes
Doutoranda em Geografia pela Universidade Estadual de Uberlândia - UFU
E-mail: dulcipsantos@yahoo.com.br 
Graziella Fernandes de Castro
Professora e Coordenadora do Programa Mídias na Educação – Ciclo Intermediário
Mestre em Desenvolvimento Social pela Unimontes
E-mail: grazimidias@gmail.com
Magda Fonseca Queiroz Mota
Professora do Instituto Superior de Educação Ibituruna
Mestre em Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Indústria pela Universidade 
Internacional de Andalucia/Espanha
Doutoranda em Ciência Política pela Universidade de Salamanca/Espanha
E-mail: magdafqm@yahoo.com
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Unidade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Conceitos: meteorologia e climatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.2 Tempo e clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.3 Meteorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
1.4 Climatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
Unidade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Meteorologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2.2 O planeta terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2.3 A atmosfera terrestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
2.4 Relações astronômicas entre e sol e a terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5 Radiação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Unidade 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
Climatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
3.2 Elementos e Fatores do Clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.3 Circulação geral da atmosfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
3.4 Zonas de convergência (ZC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .45
3.5 Massas de ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
3.6 Frentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
3.7 Ventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
Unidade 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
Classificação climática, clima regional (análise do Brasil), balanço hídrico e as 
implicações das variações climáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
4.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
4.2 Classificação climática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.3 Os grandes sistemas climáticos do globo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
4.4 Os principais tipos de clima do mundo segundo Köpen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.5 Balanço hídrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65
4.6 Classificação climática no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.7 Variações climáticas e suas implicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81
Referências básicas e complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85
9
Geografia - Climatologia
Apresentação 
Você agora começa o 2° período do Curso de Geografia e esse material didático da disciplina 
Climatologia tem a intenção de possibilitar-lhe o acesso a um instrumento por meio do qual você 
possa realizar, com eficiência e profícuo resultado, os fins a que essa graduação se destina, isto é, a 
sua formação acadêmica com vistas ao aperfeiçoamento e qualificação do futuro docente.
O material Instrumental é o elemento pedagógico mediador entre o que se pretende trans-
mitir, em termos de conhecimento, e o que se quer que seja apreendido. Ele é o principal inter-
locutor entre o aluno e o professor-tutor. O processo pedagógico está assim fundamentado na 
comunicação dialógica
Este material de climatologia é dirigido praticamente aos estudantes de geografia e das ci-
ências ambientais. Nele, estão contidos textos básicos sobre os princípios fundamentais da me-
teorologia e climatologia, tendo em vista as necessidades dos alunos de um curso a distância. 
É inquestionável a importância da climatologia e meteorologia para o estudo da geografia. 
Duas ciências que neste curso se apresentam em uma única disciplina, na perspectiva de melhor 
entender a influência dos eventos atmosféricos na Terra.
Destacamos que neste material os processos atmosféricos e os sistemas climáticos são des-
critos e explicados de modo não matemático, uma vez que não é nosso objetivo aprofundar em 
cálculos matemáticos, bem como a carga horária (75h/a) desta disciplina não nos permite apro-
fundar nos conteúdos. 
Optamos por realizar um material bastante referenciado e ilustrativo, contendo questões de 
revisão, unidade por unidade, com a finalidade básica de orientar os estudantes em sua leitura.
Destacamos que, ao contrário do que se poderia pensar, a Climatologia não é uma Ciência 
recente. Desde a Antiguidade, povos como os Egípcios, os Gregos, os Árabes, os Chineses, apli-
cavam os conhecimentos meteorológicos e climatológicos disponíveis na organização das suas 
vidas e das suas atividades. 
Hoje em dia, tornou-se óbvio que as atividades humanas podem, inadvertidamente, modifi-
car o ambiente climático local e global, através da utilização de combustíveis fósseis, da emissão 
de gases, da produção de aerossóis e da deflorestação. Daí a importância de conhecer os ele-
mentos, os fatores e os eventos que contribuem para a dinâmica da atmosfera.
Além do mais, este material engloba ainda os conceitos básicos de meteorologia e climato-
logia, enfatizando os domínios climáticos do Brasil (análise regional) e do Mundo.
E, para descontrair e apreender o conteúdo aqui descrito, sugerimos vídeos e sites, acredi-
tando que, mesmo a distância, você, caro(a) acadêmico(a), irá se esforçar para acessá-los, obser-
vando os conhecimentos adquiridos no decorrer da disciplina.
Assim, nos despedimos, sugerindo que aproveitem o máximo a companhia do seu tutor 
para discutir acerca dos assuntos aqui explanados.
Desejamos a todos um bom estudo! 
As autoras
11
Geografia - Climatologia
UniDADe 1 
Conceitos: meteorologia e 
climatologia
Graziella Fernandes de Castro
1.1 Introdução 
Meteorologia e Climatologia são duas ciências que se completam. A primeira apresenta as 
características do tempo, suas alterações em pequeno intervalo de tempo. Enquanto a segunda, 
utiliza estas características, num maior intervalo de tempo, para determinar o clima local, regio-
nal e/ou global. 
O surgimento da Climatologia, como um campo do conhecimento científico com identida-
de própria, deu-se algum tempo depois da sistematização da Meteorologia. 
Voltada ao estudo da especialização dos elementos e fenômenos atmosféricos e de sua evo-
lução, a Climatologia integra-se como subdivisão da Meteorologia e da Geografia.
Nesta Unidade, focalizamos os conceitos e as diferenças entre “tempo e clima” e “meteoro-
logia e climatologia” para que, a partir deste conhecimento, possamos melhor compreender os 
fatores que as diferenciam e as interrelacionam.
Esta Unidade está estruturada da seguinte maneira:
1.2 Tempo e Clima
1.3 Meteorologia
1.3.1 Estações Climatológicas/Meteorológicas
1.3.2 Localização Ideal de Estações Meteorológicas e Principais Equipamentos Utilizados 
1.4 Climatologia 
1.4.1 Análise Rítmica
1.4.2 Escalas de Estudo Climatológico 
Iniciemos então esta jornada.
1.2 Tempo e clima
Em Climatologia e Meteorologia, faz-se distinção entre dois termos muito confundidos pelo 
senso comum: tempo e clima. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), “toda pro-
priedade ou condição da atmosfera cujo conjunto define o estado do tempo ou do clima de uma 
região” são considerados elementos meteorológicos ou climatológicos.
Na ciência da atmosfera é feita distinção entre tempo e clima, e entre Meteorologia e Clima-
tologia.
•	 Tempo – é o estado momentâneo da atmosfera; a coleta de dados, análise e previsão des-
tes são dadas a partir de estudos realizados pela meteorologia. O tempo é efêmero, pode 
alterar-se várias vezes durante o dia. Mendonça e Oliveira (2007) definem tempo atmosfé-
rico como o “estado momentâneo da atmosfera em um dado instante e lugar”. O estado da 
atmosfera é o “conjunto de atributos que a caracterizam naquele momento, tais como ra-
diação (insolação), temperatura, umidade (precipitação, nebulosidade, etc.) e pressão (ven-
tos,etc.)”. 
•	 Clima – é a síntese do tempo num dado lugar durante um período de aproximadamente 
30 – 35 anos, refere-se às características da atmosfera inferidas de observações contínuas 
durante logo período (AYOADE, 1986). O Clima abrange maior número de dados, conside-
DiCA 
A Organização Me-
teorológicaMun-
dial - OMM (órgão 
das Nações Unidas) 
facilita a cooperação 
no estabelecimento 
de redes de estação 
meteorológica em todo 
o mundo; promove o 
rápido intercâmbio das 
informações entre elas 
e possibilita a padro-
nização e a publicação 
das observações da 
meteorologia, dentre 
outras funções.
12
UAB/Unimontes - 2º Período
rações de desvio, condições extremas e as probabilidades de frequências de ocorrência de 
determinadas condições de tempo. Desta forma, pode-se notar que o clima apresenta um 
aspecto mais duradouro. Para Köppen, clima é o somatório das condições atmosféricas que 
fazem um lugar da superfície terrestre ser mais ou menos habitável para os seres vivos. 
•	 Thornthwaite conceitua como a influência mútua de fatores meteorológicos que darão o ca-
ráter individualista a cada região.
Quando dizem no noticiário que, neste momento no norte de Minas Gerais, está quente ou 
frio, ou que irá apresentar pancadas de chuvas, sol e/ou nuvens no final do dia ou amanhã, estão 
se referindo ao tempo. Quando dizem, por exemplo, que o Estado de Minas Gerais apresenta ve-
rão quente e chuvoso, estão se referindo ao clima.
Ferreira (2004) corrobora que clima “é uma generalização ou a integração das condições do 
tempo para um certo período, em uma determinada área”. Ou seja, clima refere-se ao estado da 
atmosfera analisado ao longo de 30-35 anos e está relacionado às condições atmosféricas que cos-
tumam ocorrer dentro de um determinado intervalo de tempo caracterizando um lugar específico.
1.3 Meteorologia
A Meteorologia é a ciência da atmosfera que analisa, interpreta, discute e verifica os diver-
sos estados da atmosfera, sendo estes estados: físico, químico e dinâmico. Trata das inter-rela-
ções entre os estados da atmosfera e a superfície terrestre.
Meteorologia é definida como a ciência da atmosfera e está relacionada ao estado físico, di-
nâmico e químico da atmosfera e às interações entre eles e a superfície terrestre (AYOADE, 2007).
De acordo com Mendonça e Oliveira (2007, p.14), a meteorologia aborda, em sua especifici-
dade, os fenômenos meteorológicos, “como raios, trovões, descargas elétricas, nuvens, composi-
ção físico-química do ar, previsão do tempo, entre outros”. Destacam ainda que esta ciência trata 
também da “concepção dos instrumentos para a mensuração dos elementos e fenômenos atmos-
féricos”. Esta mensuração é realizada através dos instrumentos situados nas Estações Meteorológi-
cas e pelos satélites meteorológicos (Figura 01), ambos permitem registrar os diversos fenômenos, 
bem como fornecem dados essencialmente importantes para os estudos climatológicos.
PArA SAber MAiS
Acesse os links do Ins-
tituto Nacional de Pes-
quisas Espaciais (INPE) 
e verifique as informa-
ções atualizadas sobre 
o tempo e o clima, no 
Brasil e no Mundo:
http://tempo1.cptec.
inpe.br/
http://clima1.cptec.
inpe.br/ 
PArA SAber MAiS 
Conheça o Glossário 
de Meteorologia do 
Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais 
(INPE): 
http://www.cptec.inpe.
br/glossario/ 
DiCA 
O Brasil pretende dispa-
rar seu próprio foguete 
em 2014 para colocar 
um satélite brasileiro 
em órbita. A última 
tentativa foi em 2003 
na base aérea em Al-
cântara, no Maranhão. 
Houve falha antes do 
lançamento do foguete 
resultando na morte de 
21 pessoas. Para saber 
mais, veja:
http://zdeneeck.blogs-
pot.com.br/2010/04/
brasil-quer-disparar-
-seu-foguete.html
Figura 1: Órbitas 
dos Satélites 
Meteorológicos 
Geoestacionários. 
AEB (Agência Espacial 
Brasileira) e INPE 
(Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais)
Fonte: Disponível em 
<http://www.institutoino-
va.org.br/index.php/ino-
va/Inova/Comunicacao/
Clipping/Agencia-brasi-
leira-quer-verba-privada-
-em-satelite-geoestacio-
nario> Acesso em junho 
de 2013.
►
13
Geografia - Climatologia
A Meteorologia pode ser dividida em diversas modalidades, de acordo com a sua aplicação, 
como por exemplo:
•	 Meteorologia Marítima: concentra os princípios meteorológicos da navegação.
•	 Meteorologia Física: analisa os processos físicos que ocorrem na atmosfera.
•	 Meteorologia Sinótica: estuda fenômenos e processos da atmosfera segundo observações 
simultâneas em determinada região e tem como finalidade realizar a previsão do tempo.
•	 Meteorologia Dinâmica: estuda as forças que dão origem e que mantêm os movimentos 
atmosféricos, bem como estuda as modificações causadas por esses movimentos.
Há também a meteorologia agrícola, aeronáutica, biometeorologia, aerologia, entre 
outras.
1.3.1 Estações climatológicas/meteorológicas
Vianello e Alves (2000) apresentam diversas classificações de estações climatológicas mete-
orológicas, entre as quais citam:
•	 Estações climatológicas principais: medem todos os elementos meteorológicos necessários 
aos estudos climatológicos, constituídas por: área instrumental e escritório.
•	 Estações climatológicas ordinárias: constituídas apenas de uma área instrumental composta 
por um abrigo termométrico e um pluviômetro.
•	 Estações agrometeorólogicas: voltadas para a atividade agrícola, portanto, além das obser-
vações atmosféricas, realiza ainda observações fenológicas.
•	 Estações meteorológicas aeronáuticas: realiza coleta de informações necessárias para a se-
gurança de aeronaves. Normalmente, estão instaladas nos grandes aeroportos e fazem inú-
meras observações diárias.
Há, ainda, estações rastreadoras de satélites meteorológicos, estações de radar meteorológico 
e estações de radiossondagens. Esses tipos de estações captam, através de satélites, informações 
relacionadas às camadas de nuvens, temperatura da superfície, distribuições verticais de tempera-
tura e umidade, e as regiões cobertas de gelo e neve. Apresentam duas finalidades principais: me-
dir o vento em altitude e observar as condições do tempo (TUBELIS E NASCIMENTO, 1980).
1.3.2 Localização ideal de estações meteorológicas e principais 
equipamentos utilizados 
A área a ser definida para instalação da estação (convencional ou automática) precisa ser 
representativa para onde as observações serão destinadas, atentando sempre para algumas pre-
cauções:
•	 a área deve ser bem exposta, apresentando longos horizontes, principalmente nos sentido 
leste-oeste;
•	 não proximidade com áreas florestais, árvores isoladas e construções de alvenaria, pois po-
dem projetar sombra na estação e interferir na coleta de dados;
•	 a área deve ser plana, de fácil acesso e com a grama sempre aparada;
•	 evitar proximidade com relevos.
Os equipamentos utilizados variam com as características das estações meteorológicas, que 
vão desde um simples catavento a radares de efeito doppler e satélites de última geração. Al-
guns dos equipamentos são:
a. Psicrômetro: determina a temperatura e a umidade relativa do ar, encontra-se instalado 
dentro do abrigo termométrico.
b. Higrotermógrafo: localiza-se no abrigo meteorológico e registra sucessivamente a tempe-
ratura e a umidade relativa do ar.
c. Termômetro de Máxima: mede a temperatura máxima do ar; é um dos equipamentos que 
se encontram dentro do abrigo termométrico.
d. Termômetro de Mínima: afere a temperatura mínima do ar; é instalado dentro do abrigo 
termométrico.
e. Geotermômetro: afere a temperatura do solo, mantido em área de solo nu ou solo vegeta-
do, conforme a necessidade.
14
UAB/Unimontes - 2º Período
f. Pluviômetro: determina a quantidade de chuva, o co-
letor deve ficar a 1,5 m do solo, em nível e livre de obs-
táculos.
g. Pluviógrafo: registra a quantidade e a intensidade da 
chuva.
h. Anemógrafo Universal: afere a velocidade instantâ-
nea, a velocidade acumulada e a direção do vento.
i. Barômetro: indica a pressão atmosférica.
j. Barógrafo: registra continuamente a pressão atmosfé-
rica. Deve ser instalado em prédio de alvenaria.
k. Evaporímetro: determina a capacidade evaporativa 
do ar e encontra-se dentro do abrigo termométrico.
l. Heliógrafo: registra o número de horas de insolação, 
abrigado em base sólida de alvenaria, sem risco de 
sombreamento.
1.4Climatologia 
Diversos são os conceitos relacionados à Climatologia que se referem aos padrões de com-
portamento da atmosfera, examinados durante um longo período de tempo. Preocupa-se mais 
com os resultados dos processos influentes na atmosfera do que com suas operações imediatas. 
A Figura 3 apresenta exemplos de mapas climatológicos de precipitação, temperaturas má-
xima e mínima do Brasil, no período de 1961 a 1990. 
(a) (a) (a)
O que diferencia um meteorologista de um climatologista é a metodologia utilizada por 
eles. O primeiro aplica leis da física clássica e técnicas matemáticas, grosso modo, diz-se que es-
tuda o tempo; o segundo faz uso de técnicas estatísticas a partir de informações sobre o tempo 
para obter dados sobre o clima. 
Assim como a meteorologia, a climatologia também apresenta subdivisões:
•	 Climatologia regional: refere-se à descrição dos climas em áreas selecionadas da Terra.
•	 Climatologia sinótica: estuda o tempo e  o clima em área relacionada ao padrão de circula-
ção atmosférica predominante. É uma nova abordagem para a climatologia regional.
•	 Climatologia física: envolve a averiguação do comportamento dos elementos do tempo. En-
fatiza a energia global e os regimes de balanço hídrico da atmosfera da Terra.
•	 Climatologia histórica: analisa o desenvolvimento climatológico através dos tempos.
▲
Figura 2: Estação 
Meteorológica da 
Universidade Estadual 
de Montes Claros.
Fonte: Graziella Fernandes 
de Castro, 2011.
▲
Figura 3: Climatologias 
de Precipitação (a) e 
Temperaturas Máxima e 
Mínima (b e c) INMET – 
Período de 1961 a 1990.
Fonte: Disponível em 
<http://www.cptec.inpe.
br/infoclima/climatologia.
shtml> Acesso em janeiro 
de 2009. 
15
Geografia - Climatologia
1.4.1 Análise rítmica
A análise rítmica climatológica de determinada localidade só pode ser realizada através da 
representação de elementos considerados fundamentais ao clima, em unidade de tempo crono-
lógico (Figura 4). Isso deve ser desenvolvido, pelo menos diariamente, observando os elementos: 
pressão atmosférica, umidade relativa do ar, temperatura, pluviosidade, direção dos ventos, co-
bertura do céu, orientação cartográfica.
1.4.2 Escalas de estudo climatológico 
As escalas de estudos climáticos estão relacionadas aos estudos do clima e referem-se à or-
dem de grandeza ou dimensão espacial (extensão) e temporal (duração).
Estas escalas espaciais se destacam na geografia do clima, como: microclima, mesoclima 
e macroclima (Tabela 01), seguindo-se nesta ordem de grandeza, que é tanto climática quanto 
temporal. As grandezas superiores precisam das inferiores para existir, ou seja, o mesoclima só 
existe se houver o microclima e o macroclima posteriormente ao mesoclima. 
TABELA 01
Organização das Escalas Espacial e Temporal do Clima
Ordem de 
Grandeza Subdivisões
escala 
Horizontal
escala 
Vertical
Temporalidade 
das variações 
mais 
representativas
exemplificação 
espacial
Macroclima Clima Zonal
Clima 
Regional
> 2.000 3 a 12 
km
Algumas 
semanas e vários 
decênios
O globo, um 
hemisfério, oce-
ano, continente, 
mares, etc. 
Mesoclima Clima 
Regional
Clima Local
Topoclima
2.000 km 
a 10 km
12 Km a 
100 m
Várias horas a 
alguns dias
Região natural, 
montanha, 
região metropo-
litana, cidade, 
etc.
Microclima 10 km a 
alguns m
Abaixo 
de 
100 m
De minutos ao 
dia
Bosque, uma 
rua, uma edifica-
ção/casa, etc.
Fonte: Mendonça e Oliveira, 2007.
PArA SAber MAiS 
Os diagnósticos clima-
tológicos são funda-
mentos básicos da cli-
matologia geográfica, 
pois tentam explicar os 
processos naturais que 
trazem influência nas 
ocupações humanas.
◄ Figura 4: Gráfico de 
Análise Rítmica dos 
Tipos de Tempos da 
cidade de Fortaleza/CE 
(período de 08 a 12 de 
janeiro de 1998)
Fonte: Mendonça e Olivei-
ra, 2007.
16
UAB/Unimontes - 2º Período
Tem-se então que:
•	 Microclimatologia: caracteriza os aspectos climáticos da baixa camada atmosférica e dos fa-
tores que os controlam.
•	 Macroclimatologia: é estudo do clima em escala global.
•	 Mesoclimatologia:refere-se ao conhecimento das variáveis meteorológicas que caracteri-
zam o clima de áreas de alguns quilômetros quadrados de extensão.
Referências 
AYOADE, J. O. introdução à Climatologia para os trópicos. 12. ed. Tradução de Maria Juraci 
Zani dos Santos. Revisão: Sueli Bastos. São Paulo: DIFEL, 2007.
FERREIRA, J. E. Apostila da disciplina Meteorologia. Curso de Geografia. Departamento de 
Geociências. Unimontes. Montes Claros. 2004.
MENDONÇA, F.; OLIVEIRA, I.M.D. Climatologia: Noções Básicas e Climas do Brasil. São Paulo: Ofi-
cina de Textos, 2007. 
TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F. J. L. Meteorologia descritiva: fundamentos e aplicações brasilei-
ras. São Paulo: Nobel, 1980. 
VIANELLO, R. L; ALVES, A.R. Meteorologia básica e Aplicações. Viçosa: UFV, 2000.
Sites Consultados
Glossário de Meteorologia. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/glossario/> Acesso em ja-
neiro de 2009.
______. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/glossario/> Acesso em julho de 2013.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/INEP. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/infocli-
ma/climatologia.shtml>. Acesso em janeiro de 2009. 
______. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/infoclima/climatologia.shtml>. Acesso em ju-
lho de 2013.
Organização Meteorologia Mundial (OMM). Disponível em <http://www.wmo.ch/> Acesso em ja-
neiro de 2009.
Estudos Geográficos. Revista Eletrônica de Geografia. Campinas/SP: Universidade Estadual Pau-
lista. Disponível em <www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm> Acesso em janeiro de 
2009.
Tempo. Disponível <http://tempo1.cptec.inpe.br/> Acesso em janeiro de 2009.
Clima. Disponível <http://clima1.cptec.inpe.br/> Acesso em janeiro de 2009.
ATiViDADe
1) Apresente uma 
proposta de atividade 
a ser desenvolvida 
com alunos do 6º ano 
do Ensino Fundamen-
tal, no qual deverão 
dialogar sobre: tempo 
e clima; meteorologia e 
climatologia.
A proposta deverá ser 
elaborada levando em 
consideração as seguin-
tes orientações: 
- público alvo, 
- objetivo,
- metodologia,
- justificativa,
- recurso didático,
- duração: 3 horários 
(50 minutos) e
- referências.
Observação: essa 
atividade deverá ser 
enviada para o tutor 
no prazo e ferramenta 
virtual definida pelo 
mesmo.
17
Geografia - Climatologia
UniDADe 2
Meteorologia
Graziella Fernandes de Castro
2.1 Introdução
Para melhor compreensão acerca dos processos meteorológicos e climatológicos deve-se 
entender a atmosfera terrestre, sua composição e sua estrutura vertical, bem como diferenciar os 
diversos tipos de radiação (solar, terrestre e atmosférica). 
Discutiremos o objeto de estudo da meteorologia, a atmosfera. Para tanto, devemos situá-la 
na estrutura vertical do Planeta Terra.
Esta Unidade está estruturada da seguinte maneira: 
2.2 O Planeta Terra
2.3 A Atmosfera Terrestre
2.3.1 Composição 
2.3.2 Estrutura Vertical da Atmosfera
2.3.2.1 Exosfera
2.3.2.2 Termosfera
2.3.2.3 Mesopausa
2.3.2.4 Mesosfera
2.3.2.5 Estratosfera
2.3.2.6 Tropopausa
2.3.2.7 Troposfera
2.3.2.8 Alguns Conceitos Importantes
2.4 Relações Astronômicas Entre e Sol e a Terra
2.4.1 Os Sistemas de Coordenadas
2.4.2 Estações do Ano
2.4.3 Movimento aparente do sol
2.4.3.1 Noite e dia
2.5 Radiação 
2.5.1 Espectro Eletromagnético
2.5.2 Campo de Radiação
2.2 O planeta terra
A Terra é um dos oito planetas que compõe o Sistema Solar, sendo o terceiro planeta desse 
sistema. Encontra-se a, aproximadamente, 150 milhões de km da estrela Sol. 
O esquema do Planeta Terra apresenta a seguinte estrutura, a ser observada na Figura 5. É 
constituído basicamente por quatro regiões consideradas principais, a saber: em sua parte mais 
interna está o núcleo; em seguida, o manto; como parte sólida tem-se a crosta terrestre e supe-
rior a esta camada, a atmosfera.
•	 núcleo: de acordo com os sismólogos o núcleo é constituído, basicamente, dos elementos 
Níquel (Ni) e Ferro (Fe). As últimas conclusões acerca desta região terrestre destacam que 
esta camadaé subdividida em núcleo interno e núcleo externo, sendo que, no primeiro, 
seus componentes se encontram em estado sólido, perfazendo um raio de 1.200 km; no se-
gundo, seus elementos se encontram em estado líquido, apresentando uma espessura de 
aproximadamente 2.000 km.
•	 Manto: é constituído por material em estado líquido e apresenta espessura de 3.000 km. 
Segundo Vianello e Alves (2000), esta camada apresenta uma densidade da ordem de qua-
PArA SAber MAiS 
Para maiores informa-
ções sobre Sismologia 
acesse o site: http://
www.moho.iag.usp.br/
sismologia/index.php
18
UAB/Unimontes - 2º Período
tro vezes a densidade da água e temperaturas diferenciadas. Esses dois fatores justificam a 
permanente movimentação das lavas, o que dá origem aos diversos fenômenos geológicos, 
como vulcanismo e a deriva dos continentes.
•	Crosta Terrestre: é a camada sólida da Terra, é cons-
tituída quimicamente por elementos como oxigênio e 
silício e fisicamente por rochas e minerais. Destacam-
-se as planícies, planaltos, as depressões, os vales, en-
fim, as formações orográficas do planeta. De acordo 
com Vianello e Alves (2000), sua espessura, apesar de 
variável, não excede 40 km.
•	Atmosfera: caracteriza-se por ser a camada mais ex-
terna da Terra; pode-se dizer que é uma camada de 
gases que envolve a Terra, atraída pela força da gravi-
dade.
2.3 A atmosfera terrestre
A atmosfera terrestre é uma mistura de gases dispostos em camadas que aderem ao planeta 
por ação da força da gravidade. Oferece proteção contras os raios solares nocivos às partículas no 
espaço exterior e torna possível a vida na Terra. 
As radiações solares e os raios cósmicos (cuja fonte permanece desconhecida) tornam pos-
sível a vida na Terra. Eles são absorvidos ou dispersos sem causar prejuízos. Os meteoros e mete-
oritos incineram quase todos com o calor friccional gerado pela sua entrada na atmosfera. Sem 
aquela proteção, o planeta estaria sujeito a grandes amplitudes térmicas, pois a atmosfera ajuda 
a dissipar o calor do sol durante o dia e funciona como isolador térmico durante a noite.
Ferreira (2004) corrobora Vianello e Alves (2000), quando afirma que a atmosfera se inicia 
logo após a crosta terrestre, com densidade máxima que “vai se tornando cada vez menor à me-
dida que se afasta do solo, até, finalmente, confundir-se com os rarefeitos gases interplanetários”. 
Apesar da grande evolução do homem em relação aos estudos da atmosfera, há algumas 
complexidades que dificultam os estudos desta camada de ar que compõe a estrutura terrestre, 
entre elas pode-se citar:
a. a mistura de massas líquidas, elementos gasosos e partículas sólidas, ou seja, apresenta 
todos os estados da matéria: sólido, líquido e gasoso;
b. as inconstantes reações químicas e fotoquímicas;
c. as bruscas alterações, indo desde uma suave brisa a incontroláveis tufões, furacões e tor-
nados;
d. a impossibilidade de simulação em laboratório das características físicas da atmosfera;
e. a dificuldade de computar as complexas equações diferenciais que conduzem o compor-
tamento atmosférico.
O que não deve ocorrer é deixar de considerar estas complexidades ao realizar um estudo 
analítico e prognóstico da atmosfera.
2.3.1 Composição 
Em situações normais, a atmosfera se apresenta insípida, inodora e incolor. Constitui-se de 
vapor d’água, partículas e gases diversos, sendo os mais importantes: nitrogênio (N), oxigênio 
(O), argônio (Ar) e ozônio (O3). Apesar de não ser fácil confirmar que a atmosfera tem a sua com-
posição constantemente alterada, sabe-se que esta camada terrestre recebe gases que são lança-
dos dos vulcões e/ou das queimas de combustíveis fósseis, por exemplo.
Segundo Vianello e Alves (2000), a atmosfera é a camada mais “tênue” da Terra, apresentan-
do sua massa 1.000.000 de vezes menor que a massa da parte sólida terrestre. 
Existem na atmosfera dois grupos de gases: os “permanentes” ou “não variáveis” e os “vará-
veis”. Os primeiros estão relacionados à concentração praticamente constante de gases, situados 
em até cerca de 90 km de altitude e os segundos (Tabela 03) não apresentam concentração fixa 
dos gases.
Figura 5: Estrutura da 
Terra
Fonte: Elaboração própria. 
CASTRO, G. F, 2013.
►
19
Geografia - Climatologia
TABELA 02
Constituintes “Não Variáveis” do Ar Atmosférico ()
Constituinte Conteúdo (% por volume)
Nitrogênio (N2) 78,084
Oxigênio (02) 20,948
Argônio (Ar) 0,934
Neônio (Ne) 1,818 x 10-3
Hélio (He) 5,240 x 10-4
Metano (CH4) 2,000 x 10
-4
Criptônio (Kr) 1,140 x 10-4
Hidrogênio (H2) 0,500 x 10
-4
Xenônio (Xe) 0,087 x 10-4
Fonte: FLEAGLE E BUSINGER, 1980 apud VIANELLO, 2000, p.25.
TABELA 03
Constituintes “Variáveis” do Ar Atmosférico
Constituinte Conteúdo (% por volume)
Vapor d’água ( H2O) 0 a 7
Dióxido de carbono (CO2) 0,033 
Ozônio (O3) 0 a 0,01
Dióxido de enxofre (SO2) 0 a 0,0001
Dióxido de nitrogênio (NO2) 0 a 0,000002
Fonte: FLEAGLE E BUSINGER, 1980 apud VIANELLO, 2000, p.25. 
A composição da atmosfera não é estável nem no tempo e nem no espaço. Barry e Chorley 
(1976), citados por Ayoade (1986, p.16), desenvolveram o modelo de composição da atmosfera 
“estável” (Tabela 04), o que seria possível se levássemos em consideração que o ar se encontraria 
com poucas ou quase nenhuma partícula de vapor d’água e alguns gases variáveis. 
TABELA 04
Composição Média da Atmosfera seca abaixo de 25 Km, segundo Barry e Chorley, (1976)
Gás Volume % (ar seco)
Nitrogênio (N2) 78,08
Oxigênio (O2) 20,94
Argônio (Ar) 0,93
Dióxido de Carbono (CO2) 0,03 (variável)
Neônio (Ne) 0,0018
Hélio (He) 0,0005
Ozônio (O3) 0,00006
Hidrogênio (H) 0,00005
Criptônio (Kr) Indícios
Xenônio (Xe) Indícios
Metano (Me) Indícios
Fonte: AYOADE, J. O., (1986)
20
UAB/Unimontes - 2º Período
Entre os diversos gases que constituem a atmosfera, destacam-se:
•	 Vapor d’água (H2O) – é importante, por diversos fatores, entre eles: interfere na distribui-
ção da temperatura na atmosfera; altera seu estado (gasoso, líquido e sólido), sendo o maior 
responsável pelos fenômenos chuva, neve, orvalho, entre outros; é a partir dele que se ori-
ginam as nuvens; é um agente termorregulador e é absorvedor da radiação infravermelha. 
Porém sua constituição na atmosfera é relativamente pequena; na troposfera, sua mistura 
volumétrica é algo em torno de até 4 x 10-2. 
•	 Dióxido de Carbono (CO2) – é um agente termorregulador, absorvedor de radiação de on-
das longas. Vianello e Alves (2000) chamam a atenção para o problema do aumento deste 
elemento na atmosfera, o que poderá causar um superaquecimento da mesma e, conse-
quentemente, um provável desequilíbrio climático em todo o planeta.
•	 Oxigênio (O2) – é o elemento essencial para a vida aeróbia na Terra. Desenvolve, através do 
processo fisiológico da respiração, a oxidação de compostos orgânicos. É a partir deste ele-
mento que se tem a possibilidade de formação do ozônio.
•	 Ozônio (O3) – este componente é importante por dois principais fatores: primeiro, porque 
absorve a radiação ultravioleta – radiação capaz de alterar o DNA (material genético) das cé-
lulas de plantas e de animais, além de ser letal para alguns organismos unicelulares (bacté-
rias, algas e protozoários); e, segundo, por absorver a radiação nas faixas ultravioleta, visível, 
e infravermelha do espectro eletromagnético, realizando o aquecimento da alta atmosfera.
•	 Vianello e Alves (2000) destacam que a presença do O3 na superfície é muito reduzida, po-
rém pode aumentar, a partir das atividades oriundas das indústrias e das queimas de com-
bustíveis fósseis. Nesse caso, o ozônio passa a ser considerado poluente, pois contém um 
poder oxidante, acarretando danos à saúde animal e aos vegetais. A concentração máxima 
deste elemento ocorre entre a altitude de 15 a 30 km, na estratosfera. 
•	 nitrogênio (n) – é o componente que se encontra em maior abundância na atmosfera, po-
rém não realiza nenhuma função relevante, quimicamente ou energeticamente falando. Se-
gundo Ferreira (2004), esteelemento, na alta atmosfera, é capaz de absorver pouca “energia 
solar de pequeno comprimento de onda, passando à forma de energia atômica”.
2.3.2 Estrutura vertical da atmosfera
A atmosfera apresenta uma estrutura vertical extremamente variável em relação à umidade, 
pressão, composição, temperatura, entre outros aspectos.
Pode-se dizer que a atmosfera divide-se em cinco camadas, aproximadamente homogêne-
as, conforme demonstrado na Figura 6, a saber: exosfera, termosfera, mesosfera, estratosfera e 
troposfera. Esta divisão se fundamenta na variação da temperatura do ar em relação à altitude.
DiCA 
“[...] a pressão de satu-
ração do vapor d’água 
não depende da pres-
são atmosférica, mas 
sim da temperatura” 
(VIANELLO, 2000, p.57)
Figura 6: Estrutura 
Vertical da Atmosfera 
Terrestre até 80 km de 
altitude.
Fonte: Disponível em 
<http://www.google.
com.br/> Acesso em 18 
de novembro de 2013.
►
21
Geografia - Climatologia
2.3.2.1 Exosfera
É a camada mais alta da atmosfera, se inicia a, aproximadamente, 600 km de altitude em re-
lação a Terra e estende-se através da magnetosfera pelo espaço até cerca de 10.000 km de altitu-
de. Apresenta o ar muito rarefeito, acima de 3.500 km, predominam as partículas de hidrogênio 
atômico.
Descendo até cerca 1.000 km, o hélio e o hidrogênio coexistem em partes iguais; abaixo 
deste nível, existe pouco oxigênio.
2.3.2.2 Termosfera
Estende-se da altitude de 90 km até a exosfera; com o limite superior máximo de 1.000 km, 
diz-se que é o “topo da atmosfera”. As moléculas de gás nela existentes (sobretudo oxigênio e 
azoto) são degradadas pela intensa radiação solar, dando origem às partículas carregadas de ele-
tricidade chamadas íons. 
É caracterizada por sucessivo aumento da temperatura média do ar em relação à altitude. 
Embora a noção de temperatura se torne imprecisa por causa da rarefação de moléculas, pode-
-se dizer que varia de 500 km a 2.000 km, contudo, dependerá da atividade solar e do horário.
A claridade fulgurante visível nas grandes latitudes da Terra – as chamadas auroras e austrais 
– resulta destas perturbações elétricas, devido ao impacto dos elétrons sobre as moléculas de 
oxigênio e azoto. As camadas de íons a 100-300 km refletem as ondas das emissões de rádio, pois 
é constituído por considerável quantidade de moléculas ionizadas, de átomos e elétrons livres.
2.3.2.3 Mesopausa
Refere-se a uma região de transição entre a termosfera e a mesosfera. Assim como as re-
giões de transição, apresenta isotermia. Tem espessura média de 10 km, com limites entre 80 e 
90 km.
2.3.2.4 Mesosfera
Camada de 30 km de espessura entre a ionosfera e a estratosfera. Aqui a temperatura desce 
drasticamente a 10ºC (a 50km) para – 80ºC (a 80 km), a razão desta queda da temperatura se dá 
porque a camada é aquecida por baixo, pela camada de ozônio.
Aqui a presença de moléculas se torna cada vez menos constante, encontrando-se elemen-
tos de forma monoatômica. Há ainda certa proporção de nitrogênio e oxigênio, por outro lado, 
vapor d’água e gás carbônico praticamente não existem mais (acima de 60 km). Entretanto, há 
quase imperceptíveis movimentos verticais. É nesta camada que se observam as auroras, a partir 
da predominância de ocorrência de partículas livres e íons.
2.3.2.5 Estratosfera
Contém uma faixa de ozônio – oxigênio com três átomos, em vez de dois – que é essen-
cial para a vida na terra. Absorve e filtra a maior parte da radiação solar ultravioleta, que é letal 
para organismos vivos. Esta camada está chegando a 50 km de altitude. Acima da tropopausa, a 
temperatura sobe de 55ºC acerca de15 km para 10ºC a 50 km de altitude. Pode chegar a valores 
máximos próximos de 0º C. Este desempenho está relacionado à absorção da radiação ultravio-
leta pelo ozônio. A liberação de energia no processo de formação de ozônio (O3) colabora para o 
progressivo aumento do aquecimento do ar com a altitude nesta camada.
Os movimentos verticais atmosféricos são praticamente nulos, isto porque há estabilidade 
na temperatura: frio por baixo e quente por cima. 
22
UAB/Unimontes - 2º Período
É nesta camada que os meteoros ardem no calor de fricção gerado pela sua passagem, atra-
vés de uma atmosfera mais densa. As poeiras meteóricas formam nuvens noctilúcias. Também 
aqui os raios cósmicos são absorvidos e dispersos.
2.3.2.6 Tropopausa
É a região de transição entre a troposfera e a estratosfera, caracterizada por um gradiente 
vertical de temperatura quase nulo. Sua principal característica é a isotermia. Nas latitudes mé-
dias, a temperatura da tropopausa varia de -50 a -55 0C, e sua espessura é da ordem de 3 a 5 km.
2.3.2.7 Troposfera
Esta camada se encontra em contato com a superfície da Terra. É a mais importante das ca-
madas da atmosfera, sob o ponto de vista da Meteorologia. A espessura varia com a latitude e 
com a época do ano (estações do ano). Nos Polos, oscila entre um mínimo de 6 km no inverno e 
um máximo de 10 km no verão, em média, enquanto nas zonas tropicais atinge entre 15 a 18 Km. 
(FERREIRA, 2008).
É a camada do fundo da atmosfera e também a mais densa, pois apresenta cerca de 75% da 
massa gasosa composta em toda atmosfera. É nessa camada que ocorre o efeito estufa. 
A troposfera eleva-se até uma altitude média de 15 km acima do nível do mar, formando to-
das as nuvens normais e os padrões climáticos no seu interior. A temperatura desce cerca de 2ºC 
a cada 300m, estabiliza-se em 55ºC no cimo, ou tropopausa, onde ventos fortes sopram horizon-
talmente – os chamados Jet streams.
De acordo com Ayoade (2007, p.21), a tropopausa é a parte superior da troposfera, porém 
sua altura não é constante, variando de “lugar para lugar e de época para época sobre uma de-
terminada área”.
A troposfera é dividida em três camadas: a camada laminar, a camada friccional e a camada 
atmosfera livre. A primeira camada ‘conecta’ o solo à atmosfera; a segunda apresenta cerca de 
1.000m de espessura; e a terceira camada está isenta do efeito do atrito oriundo da irregulari-
dade da superfície terrestre. É nesta camada que se tem a formação de nuvens como forma de 
transferência vertical de energia (a condensação do vapor d’água na atmosfera resulta em libera-
ção de calor latente). 
2.3.2.8 Alguns conceitos importantes
esfera Celeste: refere-se a uma esfera tão grande quanto se queira imaginar, na superfície da 
qual todos os astros estariam localizados e cujo centro coincide com o centro da Terra (Figura 7).
esfera Celeste Local: representa o hemisfério visível, o plano meridiano, horizontal do 
equador, representa ainda, o zênite, o eixo celeste e 
os pontos cardeais.
Movimento Diurno dos Astros: refere-se ao 
movimento de rotação da Terra em relação ao movi-
mento aparente dos astros no céu, de leste (nascen-
te) para o oeste (poente); 
Horizonte: plano tangente a Terra, do lugar em 
que se encontra o observador. Como o raio da Terra é 
desprezável frente ao raio da esfera celeste, conside-
ra-se que o horizonte é um círculo máximo da esfera 
celeste, ou seja, passa pelo seu centro. 
Zênite: é o ponto em que a vertical do lugar in-
tercepta a esfera celeste, acima da cabeça do obser-
vador.
nadir: é o ponto diametralmente oposto ao zê-
nite. 
Figura 7: Esfera Celeste.
Fonte: Disponível em 
<http://www.astro.iag.
usp.br/~ronaldo/intrcosm/
Glossario/EsferaCel.html> 
Acesso em julho de 2013.
►
23
Geografia - Climatologia
equador Celeste: refere-se ao círculo máximo no qual o prolongamento do equador da Ter-
ra intercepta a esfera celeste. 
Polo Celeste norte e Sul: são os pontos onde o prolongamento do eixo de rotação da Terra 
intercepta a esfera celeste, nos hemisférios norte e sul. 
Ponto Geográfico norte ou Ponto Cardeal norte: diz-se daquele ponto em que o círculo 
vertical passa pelo polo celeste norte e intercepta o horizonte.
Paralelo ou Círculo Diurno: refere-se a qualquer círculo da esfera celeste situado paralela-
mente ao equador celeste.
Meridiana: é a linha sobre o horizonte que liga os pontoscardeais norte e Sul.
Círculo horário ou Meridiano ou Meridiano Local: qualquer semicírculo máximo da esfera 
celeste que contém os dois polos celestes. (Figura 8a). 
Círculo de altura: qualquer círculo da esfera celeste paralelo ao horizonte. É também cha-
mado almucântara, ou paralelo de altura (Figura 8b).
Círculo vertical: tem o seu início no zênite e término no nadir.
Refere-se a qualquer semicírculo máximo da esfera celeste contendo a vertical do lugar (Fi-
gura 8c).
2.4 Relações astronômicas entre e 
sol e a terra
Segundo Vianello e Alves (2000), é importante destacar e compreender o movimento da Ter-
ra em relação ao Sol, além de analisar as consequências desse movimento. Considera-se, então, 
o Sol imóvel, ocupando um dos focos da elipse que representa a trajetória da Terra em seu movi-
mento em torno do Sol (Figura 9). 
DiCA
VÍDeO SUGeriDO:
O Dia Depois de Ama-
nhã (EUA, 2004, 20th 
Century Fox)
SINOPSE: Quando o 
aquecimento global faz 
disparar uma série de 
desastres naturais nun-
ca vistos anteriormente, 
incluindo furacões em 
Los Angeles, chuvas de 
granizo do tamanho de 
bolas de basquete, em 
Tóquio e uma onda de 
violentas tempestades 
em Nova York, os cien-
tistas temem o começo 
de uma nova Era do 
Gelo. Dennis Quaid faz 
o papel de um climato-
logista, tentando avisar 
o mundo... e salvar seu 
filho (Jake Gyllenhaal) 
do frio glacial nesta 
epopeia emocionante 
e em ritmo acelerado 
sobre a catástrofe. 
◄ Figura 8: Plano do 
Equador, Meridiano 
Local, e Plano 
Horizontal (a), Círculos 
Verticais e de Altura 
(b), Paralelos e os 
Meridianos (c).
Fonte: Ferreira, 2008.
24
UAB/Unimontes - 2º Período
A distância média da Terra-Sol varia em relação ao período do ano. Apresenta uma distância 
mínima de 147,1 x 106 Km e máxima de 152,1 x 106 Km. A distância média fica em torno de 149,6 
milhões de quilômetros. Este valor é denominado de unidade astronômica. 
A Terra realiza o movimento de translação em torno do Sol, e o movimento de rotação em 
torno de seu próprio eixo (Figura 9). Estes não são os únicos movimentos realizados pela Terra, 
entretanto, são os únicos relevantes para a meteorologia.
2.4.1 Os sistemas de coordenadas
Sistemas de coordenadas servem para determinar a posição de um astro no espaço. Utiliza-
-se somente de coordenadas angulares, sem se preocupar com as distâncias dos astros. Portanto, 
a posição do astro será determinada por dois ângulos de posição, um medido sobre um plano 
fundamental e o outro medido perpendicularmente a ele. 
Os sistemas de coordenadas geográficas (Figura 10) servem para medir a posição sobre a 
superfície terrestre. Define-se o ponto através da latitude, longitude e altitude. 
Latitude: refere-se à distância angular de um ponto do globo em relação à linha do equa-
dor terrestre, variando de 0 a +90 graus para o norte e de 0 a -90 graus para o sul.
Longitude: refere-se ao ângulo entre o plano que contém o eixo da Terra em relação ao 
meridiano de Greenwich, contado de 0 a +180 graus para oeste e de 0 a -180 graus para leste, 
variando entre -12h a oeste e + 12h a leste.
Altitude: é a elevação vertical de um ponto terrestre qualquer em relação ao nível do mar, 
nível zero. Quanto mais alto, menor é a pressão, a umidade e a temperatura. Ao ultrapassar a Ter-
mosfera, a temperatura volta a subir, por influência dos raios ultravioleta. Chega a ultrapassar 
1000ºC acima de 500 Km de altitude (Exosfera).
Figura 9: Movimento 
da Terra no Espaço, 
em Relação a um 
Referencial Centrado 
num Ponto da Via-
Láctea (A), e em Relação 
ao Sol (B).
Fonte: VAREJÃO-SILVA e 
CEBALLOS, 1982..
►
Figura 10: Sistemas 
de Coordenadas 
Geográficas - Paralelos 
e Meridianos
Fonte: Disponível em 
<http://www.google.com.
br/> Acesso em 18 de 
novembro de 2013.
►
25
Geografi a - Climatologia
2.4.2 Estações do ano
A regularidade de deslocamento do astro Sol possibilitou que fosse definido um intervalo 
de tempo denominado de ano. O intervalo de um ano é o tempo gasto pelo sol para sair de sua 
posição máxima à esquerda e passar por um ponto médio até atingir o extremo máximo à direi-
ta, para posteriormente retornar ao ponto médio e extremo máximo à esquerda. Esses pontos 
extremos máximos e médios são designados por solstício e equinócio.
Tem-se, então, no período de um ano, dois momentos de solstícios e dois momentos de 
equinócios, divididos em quatro estações anuais, que irão variar em relação ao hemisfério em 
que o observador se encontra. Há, portanto, solstício de primavera e verão e equinócios de outo-
no e inverno (Figura 12). 
Sequencialmente, para os períodos de solstícios e equinócios, têm-se as mudanças de esta-
ções nas seguintes datas:
QUADRO 01
Estações do Ano
estações do Ano início no Hemisfério Sul início no Hemisfério norte
Solstício
Primavera 22 ou 23/setembro 22 ou 23/março
Verão entre 21 e 23/dezembro entre 21 e 23/junho
equinócio
Outono 20 ou 21/março 20 ou 21/setembro
inverno entre 21 e 23/junho entre 21 e 23/dezembro
Fonte: Elaboração própria. CASTRO, G.F. 2013.
DiCA 
O período de duração 
das estações do ano é 
de 3 meses.
◄ Figura 11: Altitude.
Fonte: Disponível em 
<http://www.google.com.
br/> Acesso em 18 de 
novembro de 2013.
◄ Figura 12: As 
Estações do Ano. As 
áreas sombreadas 
representam porções 
da superfície terrestre 
não atingidas pela luz 
solar. 
Fonte: Disponível em 
<http://meteoropole.
com.br/tag/estacoes-do-
-ano-2/> Acesso em 01 de 
setembro de 2013.
26
UAB/Unimontes - 2º Período
a. SOLSTÍCiOS (do latim: solstitiu = Sol Parado): refere-se às posições do Sol nas quais a sua 
declinação é igual aos valores extremos sendo denominados de solstícios. É representado 
pelos instantes em que o Sol se encontra mais afastado do plano equatorial celeste (terres-
tre). O sol então incide perpendicularmente sobre um ponto localizado no trópico, e tan-
gencia nos círculos polares Antártico e Ártico. Veja a figura 13.
b. eQUinÓCiOS (do latim: aequinoctiu = noite igual; aequale = igual + nocte = noite): trata 
das posições de declinação nula, caracterizada pelos instantes em que o Sol passa pelo pla-
no equatorial. Corresponde ao ponto médio do intervalo de deslocamento. Diz-se que as 
noites apresentam o mesmo “tamanho” que os dias, ou seja, noites e dias iguais. O Sol nos 
períodos de outono e inverno irá incidir perpendicularmente sobre o equador. Conforme é 
possível perceber na Figura 13.
2.4.3 Movimento aparente do sol
Ao relacionar a OBLIQUIDADE DA ECLÍPITICA e a TRANSLAÇÃO DA TERRA, tem-se a impres-
são de que o Sol se desloca na direção Norte-Sul, o que dá origem às ESTAÇÕES DO ANO. Portan-
to, por outro lado, a ROTAÇÃO DA TERRA causa a impressão de que o Sol se desloca do leste para 
oeste ao longo do dia. 
Figura 13: Os números 
1 e 3 referem-se aos 
solstícios de verão e 
inverno.
E os números 2 e 
4 referem-se aos 
equinócios de outono 
e inverno.
Fonte: Disponível em 
<http://www.das.inpe.
br/ciaa/cd/HTML/dia_a_
dia/1_5_2.htm> Acesso 
em 25 de agosto de 2013.
►
Figura 14: Movimento 
anual aparente do Sol 
na direção Norte – Sul 
associado à variação de 
sua declinação, devida 
à obliqüidade do eixo 
terrestre em relação ao 
plano da eclípitica.
Fonte: VAREJÃO-SILVA e 
CEBALLOS, 1982.
►
27
Geografi a - Climatologia
No Equador não há muita diferença em relação às estações no ano. Normalmente, o Sol é 
constante por 12h acima do horizonte e 12h abaixo do horizonte. Tem-se, então, todas as esta-
ções muito parecidas. Entretanto, à medida que irá se afastando do Equador, cada estação ficará 
mais acentuada e definida. Observe a Figura 16. 
A região tropical está compreendida entre as latitudes de -23,5° e +23,5°, nesta área o Sol 
passa pelo zênite pelo menos uma vez por ano, porém a área que estiver fora da região tropical 
não terá o Sol passando pelo zênite. Nas regiões polares, as quais apresentam latitudes acima 
de + 66,5° ao Norte e – 66,5º ao Sul, mais conhecidas como Círculos Polares, o Sol sempre estará 
acima do horizonte no solstíciode verão e sempre abaixo do horizonte no equinócio de inverno.
2.4.3.1 Noite e dia
Por causa da enorme distância compreendida entre o Sol e a Terra e considerando-se que 
os raios solares são paralelos entre si e que a Terra é um círculo, pode-se dizer que esta é dividida 
em duas partes ou dois hemisférios: um iluminado e outro não iluminado, isto é, o dia e a noite. 
Conforme ilustra a Figura 17.
◄ Figura 15: Plano do 
Equador, formando 
um Ângulo 23º27’ 
com o da Eclíptica. 
Observa-se o Círculo 
Polar Ártico (a), Círculo 
Polar Antártico (d), 
o Trópico de Câncer 
(b) e o trópico de 
Capricórnio (c) 
Fonte: VAREJÃO-SILVA e 
CEBALLOS,1982.
◄ Figura 16: Zona 
Tropical (a), Zona 
Temperada (b) e Zona 
Polar (c). Zênite (z).
Fonte: Disponível em 
<www.universoevida.
com/> Acesso em 25 de 
agosto de 2013..
◄ Figura 17: Dia e Noite.
Fonte: Disponível em 
<http://nautilus.fis.uc.pt/
astro/hu/movi/translacao.
html> Acesso em 25 de 
agosto de 2013..
28
UAB/Unimontes - 2º Período
Como o movimento aparente do Sol é de leste para oeste, tem-se que os pontos situados 
a leste, de um lugar qualquer, terão o nascer, o culminar e o pôr do sol primeiro. Como pode ser 
observado na Figura 18, o sol nascerá em Recife (PE) duas horas e trinta minutos mais cedo do 
que em Cruzeiro do Sul (AC), por exemplo.
2.5 Radiação 
É o processo pelo qual a energia é propagada através de um meio qualquer, sob a forma de 
ondas.
•	 radiação Solar: de acordo com o INEP, radiação solar é caracterizada por “ondas eletromag-
néticas curtas emitidas pelo Sol, responsáveis pelo aquecimento terrestre. [...] é parcialmen-
te refletida pelo Planeta Terra.” 
Este tipo de radiação determina todo o sistema, podendo ser analisado pelos seus elemen-
tos: temperatura, pressão e umidade, tendo grande influência sobre as características bioge-
ográficas, fenômenos geomorfológicos, hidrológicos, etc.
O padrão relacionado à variação da temperatura diária pode ser alterado, como, por exem-
plo, em caso de presença de nuvens e vento. O primeiro, por um lado, contribui para a di-
minuição da incidência da radiação solar e, por outro lado, retém parte da radiação (onda 
longa) que a Terra emite durante o período da noite. O segundo fator, o vento, provoca a 
redistribuição do calor presente no ar. 
Em relação aos continentes, os mares e oceanos, Mendonça e Oliveira (2007, p.54) afirmam 
que “durante o dia, a radiação solar que não foi refletida penetra no oceano e é absorvida, 
ao longo de sua trajetória, pela água. [...] as trocas de calor entre o ar e a água são mais len-
tas que as que se estabelecem com o solo, opaco à luz e de albedo relativamente elevado”. 
•	 radiação Terrestre ou radiação noturna: ocorre no período da noite, pois é quando a ra-
diação solar é interrompida. Aqueles que envolvem as radiações de ondas longas, na faixa 
do infravermelho, estão relacionados a este tipo de radiação.
Figura 18: (A) 
refere-se a Recife, 
localizado no estado 
de Pernambuco e (B) 
refere-se ao Cruzeiro 
do Sul, no Acre.
Fonte: Disponível em 
<https://maps.google.
com.br/> Acesso em 25 
de agosto de 2013.
►
29
Geografia - Climatologia
•	 radiação Atmosférica: a atmosfera absorve 24% da radiação solar (ondas curtas) que atin-
ge a Terra. 91% da radiação terrestre infravermelha são absorvidas pela atmosfera, os outros 
9% são liberados no espaço. De acordo com Ayoade (2007), isso que dizer que a atmosfera 
“age como o vidro numa estufa, admitindo a radiação solar, mas não permitindo que a ra-
diação terrestre saia para o espaço”, daí o conhecido ‘efeito estufa’.
2.5.1 Espectro eletromagnético
De acordo com Vianello e Alves (2000, p.156), o espec-
tro eletromagnético “é o conjunto de radiações eletromag-
néticas ordenadas de acordo com as suas frequências, seus 
comprimentos de ondas ou números de ondas”. Em outras 
palavras, é o intervalo completo da radiação eletromagné-
tica, composto por ondas de rádio, as microondas, o infra-
vermelho, a luz visível, os raios ultravioletas, os raios X até a 
radiação gama. 
A Figura 19 representa o espectro eletromagnético, 
ilustrando os tipos de ondas (curtas e longas) e frequências 
da radiação. Observe que o espectro abrange um amplo in-
tervalo de comprimentos de onda e de frequências, consi-
derando dois pontos, quais sejam: 1) as ondas muito longas 
de baixas frequências (ondas de rádio), que produzem a cor 
vermelha, passando pelas ondas infravermelhas e 2) as on-
das de luz visível até chegar a frequências muito altas e cur-
tas dos raios gama e raios X, produzindo assim a cor violeta.
O Quadro 02 mostra as diversas faixas do espectro, en-
quanto a Figura 20 representa a região visível do espectro 
dividida em micrômetro.
QUADRO 02
Representação das Faixas do Espectro
radiação Comprimento de Onda (micrômetro)
Raios y, Raios x < 0,001
Radiação ultravioleta 0,001 a 0,39
Luz Visível 0,39 a 0,77
Radiação infravermelha 0,77 a 1000
Ondas de radar, televisão, rádio > 1000
Fonte: VIANELLO E ALVES, 2000.
Em relação à distribuição espectral da radiação, temos:
•	 Grande parte da radiação emitida pelo Sol encontra-se na faixa espectral de 0,2 e 3 μm, com 
um pico de 0,5 μm.
•	 Devido a esses pequenos comprimentos de ondas, a Radiação solar é denominada de Ra-
diação de Onda Curta.
•	 Faixas definidas no espectro. Basicamente três faixas são definidas no espectro: a) radiação 
ultravioleta, para comprimentos de onda menor que 0,39 μm, corresponde a 9%; b) radia-
ção visível, para comprimentos de onda entre 0,39 a 0,77 μm, trata-se de 41% das ondas e 
c) radiação infravermelha, para comprimento de onda acima 0,77 μm, 50%.
PArA SAber MAiS 
“[...] as ondas curtas 
provenientes do Sol são 
contabilizadas como 
ganho de energia, e as 
ondas longas emitidas 
pela superfície, como 
perda.” (MENDONÇA E 
OLIVERIA, 2007,36)
◄ Figura 20: 
Representação Visível 
do Espectro
Fonte: VIANELLO E ALVES, 
2000. 
◄ Figura 19: Espectro 
Eletromagnético
Fonte: Disponível em 
<http://www.on.br/
glossario/alfabeto/e/e.
html http://www.on.br/
glossario/alfabeto/e/e.
html http://www.on.br/
glossario/alfabeto/e/e.
html>. Acesso em janeiro 
de 2009.
30
UAB/Unimontes - 2º Período
2.5.2 Campo de radiação
Este campo é caracterizado principalmente pela radiância, a qual se refere à intensidade 
de radiação, ou seja, à quantidade de energia radiante num intervalo unitário de comprimento 
de onda, que numa dada direção e num ângulo sólido unitário, atravessa, na unidade de tempo, 
uma unidade de área tomada perpendicularmente à direção considerada (FERREIRA, 2008).
A partir da radiância, pode-se determinar a densidade de fluxo de radiação. Esta grandeza 
representa a quantidade de energia radiante que transpõe através de certo plano na unidade de 
tempo e de área, compreendendo as radiações provenientes de todas as direções.
Outros termos importantes a serem conhecidos são: a emitância radiante, irradiância e o 
balanço de radiação. O primeiro refere-se à densidade de fluxo de radiação emitido pela super-
fície; o segundo alude à densidade de fluxo de radiação incidente sobre a mesma, e o terceiro 
trata da contabilização entre o recebimento e a devolução de radiação pela superfície.
Vídeos sugeridos
DOCUMenTÁriO: Uma Verdade inconveniente (2005)
SINOPSE: este documentário conta a batalha de 30 anos do ex-vice-presidente americano 
Al Gore contra a emissão de gases do efeito estufa. Recebeu o Oscar de melhor documentário 
em 2006. No palco, Gore exortou a necessidade de uma política de preservação dos recursos não 
renováveis. Disse que a ecologia é também uma questão de ética. Ele tem como pano de fundo o 
aquecimento global, provocado pelo efeito estufa e emissões de gases poluentes na atmosfera e, 
como consequência, alterações climáticas no planeta.
Disponível em <http://vimeo.com/24857305> Acesso em 09 de janeiro de 2014.
DOCUMenTÁriO: A Grande Farsa do Aquecimento Global. (2007). 
SINOPSE: este documentário foi produzido pelo britânico Martin Durkin e apresenta ideias 
opostas àquelassobre as quais se baseiam os estudos sobre o aquecimento global. O filme apre-
senta cientistas, economistas, políticos, escritores e outros céticos do consenso científicos sobre 
o aquecimento global antropogênico. A publicidade ao programa afirma que o aquecimento 
global provocado pelo homem é uma mentira, o maior embuste dos tempos modernos. O Ca-
nal 4 britânico, que exibiu o documentário no dia 8 de março de 2007, descreveu o filme como 
“uma polêmica que une as opiniões bem documentadas de cientistas respeitados para alcançar 
as mesmas conclusões. Este é um filme controverso, mas sentimos que é importante que todos 
os lados do debate sejam ouvidos”. A precisão do programa foi criticada em pontos de vista di-
versos e vários comentaristas o criticaram, dizendo que é parcial.
Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4> Acesso em 09 de janeiro 
de 2014.
Debate sobre o Aquecimento Global 
Luiz Carlos Molion. XXI Fórum da Liberdade. (2013). Disponível em <http://www.youtube.
com/watch?v=Cl1ZW1izwzE> Acesso em 09 de janeiro de 2014.
Referências 
AYOADE, J. O. introdução à Climatologia para os Trópicos. Tradução de Maria Juraci Zani dos 
Santos. Revisão: Sueli Bastos. São Paulo: DIFEL, 1986.
________Trópicos. Climatologia Tropical. 12. ed. Tradução de Maria Juraci Zani dos Santos. 
Revisão: Sueli Bastos. São Paulo: DIFEL, 2007.
FERREIRA, J. E. Apostila da disciplina Meteorologia. Curso de Geografia. Departamento de Ge-
ociências. Unimontes. Montes Claros. 2004.
ATiViDADe
1) Após seus estudos, 
participe do Fórum de 
Discussão registrando 
a sua opinião sobre o 
assunto. Inicie respon-
dendo:
“Por qual dos dois 
processos (Aqueci-
mento ou resfriamen-
to) o Planeta Terra 
está passando neste 
início de século XXi? 
Justifique utilizando 
argumentos geografi-
camente corretos.”
Observação: caso quei-
ra se aprofundar no 
assunto sugerimos que 
procure outras fontes 
de pesquisa.
31
Geografia - Climatologia
_____. Apostila da disciplina Meteorologia e Climatologia. Curso de Geografia. Departa-
mento de Geociências. Unimontes. Montes Claros. 2008.
MENDONÇA, F.; OLIVEIRA, I.M.D. Climatologia: Noções Básicas e Climas do Brasil. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2007. 
SILVA-VAREJÃO, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília: INMET, 2000.
VAREJÃO-SILVA, Jc Ceballos. Meteorologia Geral. Campina: UFPB, 1982.
VIANELLO, R. L; ALVES, A.R. Meteorologia básica e Aplicações. Viçosa: UFV, 2000.
Sites consultados e sugeridos
Glossário de Meteorologia. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/glossario/> Acesso em ja-
neiro de 2009.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/INEP. Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/infocli-
ma/climatologia.shtml> Acesso em janeiro de 2009. 
Sismologia. Disponível em <http://www.moho.iag.usp.br/sismologia/index.php> Acesso em ja-
neiro de 2009.
Glossário. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/> Acesso em janeiro de 2009.
33
Geografia - Climatologia
UniDADe 3 
Climatologia
Graziella Fernandes de Castro
Dulce Pereira dos Santos
3.1 Introdução
Para a climatologia e a meteorologia, os elementos e os fatores climáticos são essenciais, 
pois estes permitem compreender os diversos tempos e climas nos mais variados pontos da Ter-
ra, bem como entender a dinâmica da circulação da atmosfera.
Esta Unidade é importante, pois contribuirá para facilitar o entendimento em relação as 
suas influências no tempo e no clima local, regional e global. 
Para isto, destacamos os elementos temperatura, pressão e umidade, e dos fatores climáti-
cos destacamos a altitude, a latitude, a maritimidade, a continentalidade, o relevo e a vegetação, 
bem como apresentaremos e analisaremos os eventos que contribuem para a circulação geral da 
atmosfera: precipitações, massas de ar, frentes e ventos. 
A Unidade III está estruturada aqui da seguinte maneira:
3.2 Elementos e Fatores do Clima
3.2.1 Elementos do Clima
3.2.1.1 Temperatura
3.2.1.2 Pressão
3.2.1.3 Umidade
3.2.2 Fatores do clima
3.2.2.1 Altitude
3.2.2.2 Latitude
3.2.2.3 Maritimidade e Continentalidade
3.2.2.4 Relevo
3.2.2.5 Vegetação
3.3 Circulação Geral da Atmosfera
3.3.1 Precipitação
3.3.1.1 Tipos de Chuvas
3.3.1.1.1 Chuvas Orográficas
3.3.1.1.2 Chuvas Frontais
3.3.1.1.3 Chuvas Conectivas ou de Verão
3.3.2 As Variações na Precipitação
3.3.2.1 Orvalho, Geada, Nevoeiro e Nuvens
3.3.2.1.1 Orvalho
3.3.2.1.2 Geada
3.3.2.1.3 Nevoeiro, Neblina ou Cerração
3.3.2.1.4 Nuvens
3.4 Zonas de Convergência (ZC)
3.5 Massas de Ar
3.6 Frentes
3.6.1 Frente Fria
3.6.2 Frente Quente
3.7 Ventos
34
UAB/Unimontes - 2º Período
3.2 Elementos e fatores do clima
A caracterização dos climas no planeta é decorrente da interação dos elementos e fatores 
atuantes sobre o clima e o tempo. Quadro 03.
QUADRO 03
Elementos e Fatores Climáticos
elementos climatológicos Fatores climatológicos
•	 Temperatura
•	 Pressão
•	 Umidade
•	 Altitude
•	 Latitude
•	 Maritimidade
•	 Continentalidade
•	 Relevo
•	 Vegetação
Fonte: Elaboração própria de CASTRO, G.F, (2009).
Segundo Mendonça e Oliveira (2007, p.41), “a grande variação espacial e temporal da mani-
festação dos elementos climáticos deve-se à ação de controles climáticos (ou fatores climáticos)”. 
Os fatores climáticos, juntamente com as correntes oceânicas, as massas de ar e as frentes 
(quente ou fria) irão qualificar os diversos climas terrestres. 
Vianello e Alves apresentam uma diferenciação entre FATORES e ELEMENTOS CLIMÁTICOS.
Os elementos são aquelas grandezas meteorológicas que comunicam ao meio 
atmosférico suas propriedades e características peculiares [...] variam no tempo 
e no espaço e são influenciados por certos fatores, chamados fatores climáticos 
(VIANELLO E ALVES, 2000, p. 382). 
Alguns fatores físicos são capazes de modificar o clima. São eles: 
A) Fatores externos:
•	 Flutuações na quantidade de energia solar emitida.
•	 Variações na órbita terrestre e no eixo de rotação.
•	 Aumento ou diminuição do dióxido de carbono atmosférico.
•	 Variações na quantidade de poeiras atmosféricas.
•	 Modificações nas características da superfície dos continentes e dos oceanos.
B) Fatores internos:
•	 A quase periodicidade e as anomalias na configuração das temperaturas da superfície oceâ-
nica.
•	 O decréscimo na salinidade do Atlântico Norte ou do Oceano Ártico, conduzindo a um au-
mento na formação de gelo sobre o mar.
•	 A quase interatividade do sistema climático (autoflutuação de longo prazo, mesmo na au-
sência de causas externas, em virtude da alta complexidade dos sistemas interativo Terra- 
oceano- atmosfera).
3.2.1 Elementos do clima
Os elementos e fatores que influenciam no clima são:
3.2.1.1 Temperatura
Ayoade (2007, p.50) corrobora que Temperatura “é a condição que determina o fluxo de 
calor que passa de uma substância para outra”, ou seja, o calor se desloca de um corpo, com tem-
peratura maior, para outro, com temperatura menor.
35
Geografia - Climatologia
O autor destaca ainda que a temperatura de um corpo é determinada pelo balanço entre a 
radiação que chega, a que sai e pela sua transformação em calor latente e sensível.
Mendonça e Oliveira (2007) informam que a variação da temperatura do ar, de um lugar 
qualquer, está relacionada a dois fatores: decorre da trajetória diária e anual aparente do sol e 
resulta das variações interanuais de temperatura, especificadas e propagadas pelas oscilações 
térmicas e pelos parâmetros de tendência.
A Figura 21 apresenta a variação diuturna da temperatura do ar, percebe-se que, durante o 
período em que há incidência dos raios solares, principalmente, no período da tarde, a tempera-
tura é mais alta, e vice-versa. No período que não faz parte da aparente trajetória diária do sol, a 
temperatura do ar é menor, sendo mais baixa durante a madrugada e o início da manhã.
Assim, no período diurno, o ar que se encontra sobre o continente será mais aquecido que 
aquele que está situado sobre o oceano. No período noturno, a situação se inverte, isso porque 
durante todo o dia o oceano armazenamais energia que o continente, ocasionando o aqueci-
mento mais intenso do ar que se encontra próximo do oceano.
São esses eventos que proporcionam os mecanismos de brisa que ocorrem nos continentes, 
oceanos, rios, lagoas, etc.
Segundo Ayoade (2007, p.62), como o ciclo diário é mais curto que o anual, a penetração da 
energia solar na superfície também é mais curta, “por isso, a amplitude diurna da temperatura 
é relativamente grande”. Esta amplitude é influenciada pela latitude, pela velocidade do vento, 
pela capacidade condutiva da superfície e pela localização relativa dos oceanos. 
As variações na temperatura são resultado das variações sazonais no volume da insolação 
em qualquer lugar do planeta Terra e aumentam de acordo com a latitude e o grau de conti-
nentalidade. Desta maneira, pode-se perceber que, no verão, as temperaturas são mais elevadas, 
pois há maior volume de insolação. E, no inverno, tem-se o contrário, temperaturas mais baixas, 
porque o volume de insolação é menor.
3.2.1.2 Pressão
Mendonça e Oliveira (2007, p.83) corroboram que “os campos de pressão na superfície da 
Terra formam os controles climáticos responsáveis pela movimentação do ar em extensas áreas 
do planeta”.
Pressão corresponde, então, à força provocada pelo peso do ar, ou seja, quanto maior a al-
titude, menor a pressão e maior a rarefação do ar. Sabe-se, ainda, que o ar quente é leve e que 
esse fenômeno é explicado pela expansão dos gases; em contrapartida, quando o ar está frio a 
pressão aumenta. 
Leia abaixo, trecho do texto do Professor Doutor em Engenharia Agrícola, Expedito José 
Ferreira:
Pressão é força por unidade de área e, como peso é uma força, a pressão at-
mosférica é o peso de uma coluna de ar, desde o ponto considerado até uma 
altura onde praticamente não existem mais gases (cerca de 200 km), por unida-
de de área. Em Meteorologia, a pressão resulta da ação do ar atmosférico (pres-
são atmosférica) sobre os corpos nele mergulhados. A força F, portanto, corres-
ponde ao peso da coluna de ar que existe sobre o corpo considerado, sendo A, 
a área da seção transversal de tal coluna. Denomina-se Pressão Atmosférica (P) 
◄ Figura 21: Variação 
Diuturna da 
Temperatura do Ar
Fonte: MENDONÇA E 
OLIVEIRA, 2007.
36
UAB/Unimontes - 2º Período
ao peso exercido por uma coluna de ar, com secção reta de área unitária, que 
se encontra acima do observador, em um dado instante e local. A importân-
cia do estudo da Pressão Atmosférica centra-se no fato de que, sendo o ar um 
fluido, sua tendência é movimentar-se em direção às áreas de menor pressão. 
Depreende-se, assim, que o movimento da atmosfera está intimamente rela-
cionado com a distribuição da pressão atmosférica, embora existam, também, 
outras forças intervenientes que afetam bastante a tendência inicial do ar de 
mover-se diretamente para as regiões onde a pressão estiver mais baixa (FER-
REIRA 2008, s/p).
A Pressão Atmosférica depende, assim, das condições locais e instantâneas, tais como altu-
ra, temperatura, umidade, etc. Ela desempenha importantíssimo papel no comportamento e no 
deslocamento das massas de ar.
A Figura 22 representa as diversas zonas (equatorial, subtropical, subpolar e polar)e as áreas 
de baixa pressão e anticiclonais situadas no hemisfério norte.
3.2.1.3 Umidade
A Umidade corresponde à 
quantidade de vapor de águas 
encontrada na atmosfera em 
determinado instante, podendo 
ser expressa em números abso-
lutos (g/m³) e relativos (%). 
•	 Umidade Absoluta (UA): 
é a quantidade de vapor d’água, 
real, existente no ar, isto é, é 
o volume máximo de vapor 
d’água que a atmosfera compor-
ta. A representação é dada em 
gramas por metro cúbico (g/m3). 
•	 Umidade relativa (Ur): 
representa a presença do vapor 
no ar, expressando uma relação 
de proporção relativa entre a 
quantidade de vapor existente no ar e o ponto de saturação do mesmo. Ao saturar-se de 
vapor, a atmosfera promoverá a precipitação ou chuva. 
Figura 22: 
Representação das 
Zonas de Alta e Baixa 
Pressão
Fonte: Adaptado SIMIELE, 
Maria Elena. Geoatlas. São 
Paulo, Ática, 1998. p. 25.
►
Figura 23: 
Representação 
Esquemática da 
Saturação do Vapor
Fonte: MENDONÇA E OLI-
VEIRA, 2007.
►
37
Geografia - Climatologia
•	 Observa-se na Figura 23 o exemplo da esquematização de saturação do vapor, o ponto de 
saturação máximo é 100% de umidade relativa.
•	 Umidade específica: está relacionada com o peso do vapor d’água e o peso do ar, ou seja, 
quantos gramas de vapor existem em cada quilograma do ar.
Há dois processos responsáveis pelo aquecimento do ar e resfriamento do ar, são eles: res-
friamento adiabático e o aquecimento adiabático. 
Mendonça e Oliveira explicam que o primeiro processo está relacionado à 
ascensão de dada coluna de ar, o que ocasiona a expansão das moléculas, re-
sultando num decréscimo da densidade em relação ao ambiente no seu entor-
no, ou seja, “as moléculas passam a ter menos contato entre si, pois diminuem 
o número de choques entre elas, e consequentemente, a temperatura da colu-
na do ar tem seu valor rebaixado (MENDONÇA E OLIVEIRA, 2007, p.63).
No segundo processo, ocorre o contrário, isto é, “quando o ar descende, sua densidade au-
menta e há possibilidade de contato entre suas moléculas. Aumentando-se o número de cho-
ques entre elas, eleva-se a temperatura” (MENDONÇA E OLIVEIRA, 2007, p.64).
3.2.2 Fatores do clima
Os fatores mais importantes que atuam diretamente sobre o clima, são: altitude, latitude, 
maritimidade, continentalidade, relevo e vegetação. Estes são definidos como:
3.2.2.1 Altitude
Relacionada à altitude tem-se uma maior ou menor temperatura, ou seja, quanto maior for 
a altitude, menor a temperatura e quanto menor a altitude, maior a temperatura. Daí as menores 
temperaturas atmosféricas estarem relacionadas às camadas mais altas, como a termosfera e a 
exosfera. 
3.2.2.2 Latitude
A Latitude é um importante fator climático, primeiro porque quanto maior a latitude, ou 
seja, quanto mais nos afastamos da linha imaginária do Equador, menores são as médias térmi-
cas anuais e quanto mais nos aproximamos dos polos, mais frias ou baixas serão as temperaturas. 
Entre os diversos condicionantes astronômicos, podemos citar: 
a. a rotação da Terra sobre o seu eixo: define, em relação à entrada de energia solar, o dia e 
a noite. A Figura 24 representa o solstício (verão e inverno) e o equinócio (primavera e ve-
rão), com destaque para a duração dos dias em várias latitudes;
b. a inclinação do eixo da Terra sobre o plano dela mesma, realizando o seu movimento ao 
redor do Sol (eclíptica);
DiCA
“O ar úmido é mais leve 
que o seco e por isso 
apresenta maior faci-
lidade para ascender, 
estando ambos sob as 
mesmas condições de 
temperatura.” (MEN-
DONÇA E OLIVEIRA, 
2007, p. 63)
DiCA
A inclinação do eixo 
de rotação da Terra 
apresenta um ângulo 
de 23º27’ em relação a 
eclíptica.
Figura 24: Solstícios e 
Equinócios
Fonte: STRAHLER, 1971, 
apud MENDONÇA e OLI-
VEIRA, 2007)
▼
38
UAB/Unimontes - 2º Período
c. o movimento de translação; e
d. a distância e a diferença de tamanho entre a Terra e o Sol e a aparente forma esférica da 
Terra.
De acordo com Mendonça e Oliveira (2007), dois fatores definem o ângulo com que os raios 
solares incidirão sobre a superfície de um determinado lugar: a latitude do lugar e a época do ano.
Relacionadas à latitude destacam-se ainda as zonas climáticas, definidas pelos paralelos 
latitudinais, conforme se pode observar na Figura 25.
3.2.2.3 Maritimidade e continentalidade
Tanto a Maritimidade (mares e oceanos) quanto a continentalidade contribuem para a re-
gulamentação da temperatura e da umidade dos climas. 
A maritimidade atua como um principal fornecedor de água para a camada mais baixa da 
atmosfera, a troposfera. A continentalidade é dada pelo distanciamento do lugar em relação ao 
oceano e mar. 
Mendonça e Oliveira destacam que 
o aquecimento diferenciado que se verifica entre as águas oceânicas e as su-
perfícies dos continentes,

Outros materiais