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Mudanças Climáticas e Projetos de Carbono MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PROJETOS DE CRÉDITOS DE CARBONO AS086 - 2019 Centro BIOFIX de Pesquisas sobre Biomassa e Carbono Laboratório de Inventário Florestal Prof. CARLOS ROBERTO SANQUETTA, Ph.D. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS Programa Aula Matéria 1 11/03 EFEITO ESTUFA, AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS 2 12/03 NEGOCIAÇÕES E ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE O CLIMA GLOBAL 3 13/03 AS FLORESTAS E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 4 14/03 QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM FLORESTAS – PARTE 1 5 15/03 QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM FLORESTAS – PARTE 2 Programa Aula Matéria 6 25/03 INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA 7 26/03 O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO E O MERCADO DE CARBONO 8 27/03 EXEMPLOS DE PROJETOS DE MDL 9 28/03 PROJETOS NO MERCADO VOLUNTÁRIO, REDD E OUTRAS AÇÕES NÃO MERCADOLÓGICAS 10 29/03 AVALIAÇÃO ✓ Entender a Base Científica das Mudanças Climáticas; ✓ Conhecer os Acordos Internacionais sobre o Clima Global; ✓ Compreender a relação entre as Florestas e as Mudanças Climáticas; ✓ Compreender como são realizados os Inventários de Gases de Efeito Estufa; ✓ Compreender como são elaborados Projetos de Carbono à luz do mercado de carbono e de outros mecanismos não mercadológicos. Objetivos Tema 1 EFEITO ESTUFA, AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS Efeito Estufa Natural CH4 CO2 N2O CO2 CH4 CH4 CO2N2O CO2CH4 CH4 CH4 Efeito Estufa Natural Tmédia = 18 oC Tmax: 50 oC Tmin: -90 oC Efeito Estufa Tmédia = -15 oC Efeito Estufa Efeito Estufa Tmédia = 18 oC + ΔT Efeito Estufa Efeito Estufa Antrópico CH4 CO2 N2O CO2 CH4 CH4 CO2N2O CO2CH4 CH4 CH4 Gases de Efeito Estufa - GEEs Diferentes características: - Concentrações - Ciclo (produção/destruição) - Potencial de Aquecimento Global (GWP) Protocolo de Quioto Efeito Estufa Dióxido de Carbono – CO2 Metano – CH4 Óxido Nitroso – N2O Vapor d’água – H2Ovap CFC, HFC, PFC, SF6... Acordo de Paris Gases de Efeito Estufa GWP usados hoje – IPCC/AR5: CO2 (1), CH4 (28), N2O (265) Mais detalhes Global-Warming-Potential-Values (Feb 16 2016)_1.pdf Concentração de CO2 Aquecimento Global 280 ppm Concentração dos Gases do Efeito Estufa - GEEs outros (0,04%) ~ 400 ppm 375 ppmCO2 ... e também os elementos ultra-traços (ppt): HFC, PFC, SF6 Ne He CH4 Kr H2 1,75 ppm N2O 0,3 ppm As atividades humanas mudaram as concentrações dos GEEs Aquecimento Global Concentração dos Principais Gases na Atmosfera Aquecimento Global Aquecimento Global Concentração dos Principais Gases na Atmosfera Aquecimento Global Concentração dos Principais Gases na Atmosfera Aumento da Temperatura Global Aquecimento Global A u m e n to d a C o n ce n tr aç ão d o s G as es d e E fe it o E st u fa - G EE s Aquecimento Global Antropogênico ∆CO2 ∆oC Aquecimento Global Projeções das Mudanças Climáticas no Futuro 4,04,0°C 1,8°C Aquecimento Global Aquecimento Global Degelo Temperatura Biodiversidade Agricultura Costas Mudanças Climáticas http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8e/Eyjafjallaj%C3%B6kull.jpeg Salvem-nos! Efeito Estufa A Antítese: Resfriamento Global? RESFRIAMENTO Terra poderá viver ‘mini era do gelo’ na década de 2030, dizem cientistas Pesquisadores do País de Gales preveem forte diminuição na atividade solar entre 2030 e 2040 13/07/2015, 16h22, GAZETA DO POVO • Temperatura subiu mais nos últimos 150 anos, diz estudo • O estudo mostra que uma variação de 1 grau na temperatura média do planeta, que demorou 11 mil anos para acontecer, foi replicada nos últimos 150 anos, desde o começo da Revolução Industrial • 07/03/2013, 18:09, Agência Estado • Vídeo: Nova Iorque Aquecimento Global pode ser Pior New York City's greenhouse gas emissions as one-ton spheres of carbon dioxide gas - Copia.mp4 1 TONELADA DE CO2 Os níveis de gás carbônico (CO2) na atmosfera atingiram um recorde, informou o NOAA (centro americano de controle da atmosfera) nesta sexta-feira (10). Pela primeira vez, foi registrada uma concentração diária maior do que 400 partes por milhão de dióxido de carbono no ar. Segundo os pesquisadores, a última vez que os níveis atingiram esse valor ocorreu há milhões de anos. O gás é o principal causador do aquecimento global, que gera mudanças climáticas bruscas, como fortes tempestades, além de verões e invernos mais rigorosos. Em 9 de maio de 2010, a concentração média diária de CO2 na atmosfera de Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou 400 partes por milhão (ppm), pela primeira vez desde que as medições começaram em 1958. Este é um marco importante porque Mauna Loa é o local de referência mundial primária para monitorar o aumento deste gás Matéria originalmente publicada em: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas- noticias/redacao/2013/05/10/gas-carbonico-na-atmosfera-atinge-nivel-recorde-e-passa-marco- simbolico.htm http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/05/10/gas-carbonico-na-atmosfera-atinge-nivel-recorde-e-passa-marco-simbolico.htm 5º Relatório do IPCC AR5 5th Assessment Report https://www.ipcc.ch/repo rt/ar5/ Mais detalhes ipcc_wg3_ar5_full.pdf Vídeo: derretimento dos polos O maior derretimento de gelo já presenciado o consegue ser trágico e belo ao mesmo tempo.mp4 Recordes de Temperatura A Organização Meteorológica Mundial confirmou nesta quinta-feira que 2017 foi um dos três anos mais quentes – em conjunto com 2016 e 2015 – desde que os registros começaram em 1880. A análise da instituição mostra que a temperatura média na superfície do planeta no ano passado foi 1,1 grau Celsius superior à do período entre 1880-1900, considerado "pré-industrial". O ano de 2016 mantém o recorde de o mais quente, com 1,2 grau acima da referência pré-industrial. Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas Scientific Consensus Ninety-seven percent of climate scientists agree that climate-warming trends over the past century are very likely due to human activities, and most of the leading scientific organizations worldwide have issued public statements endorsing this position. Scientific evidence for warming of the climate system is unequivocal. Intergovernmental Panel on Climate Change Mudanças Climáticas http://blog.observatoriodoclima.eco.br/?p=2564#sthash.9SB9LEl5.swBjhLoH.dpbs Dez asneiras que a gente ainda ouve por aí sobre mudança climática Observatório do Clima CETICISMO, IGNORÂNCIA OU INTERESSES? Luiz Carlos Baldicero Molion (São Paulo, 1947) é um meteorologista brasileiro, professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). É um dos principais defensores no Brasil do negacionismo climático, alegando que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global Guide_Skepticism_Portuguese.pdf Diminuir as emissões Aumentar a absorção Esperar Reduzir a concentração atmosférica dos GEEs Controlar o climaAdaptar-se Mudanças Climáticas Mitigação e Adaptação Geológico Nas fontes Nas plantas Nos oceanos Mudanças Climáticas Vulnerabilidade, Adaptação e Mitigação Regiões + afetadas (IPCC): • regiões tropicais e subtropicais, ou de baixas latitudes; • países em desenvolvimento. 1. predominância da agricultura em suas economias; 2. escassez de $$$ para medidas de adaptação; 3. elevada exposição a eventos extremos. Grau em que um sistema é suscetível aos impactos negativos da mudança do clima Vulnerabilidade IPCC - Sistemas de produção na América Latina, África e Ásia produtores de baixa renda (dependem de sistemas agrícolas tradicionais ou terras marginais). VULNERABILIDADE CAPACIDADE ADAPTATIVA Vulnerabilidade Tuvalu Vulnerabilidade Casas alagadas em Tuvalu Ilha de Marajó: INPE – 2 m elevação = 28 % da ilha inundada • https://www.youtube.com/watch?v=DldkUPddGCM • https://www.youtube.com/watch?v=pbL5WEo HVAw • https://www.youtube.com/watch?v=6tNev_Yk gKY Alguns Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=DldkUPddGCM https://www.youtube.com/watch?v=pbL5WEoHVAw https://www.youtube.com/watch?v=6tNev_YkgKY POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS: • Deslocamento massivo de população em busca de abrigo, água e alimentos; • A água do mar poderá salinizar as reservas de água doce; • As terras aráveis poderão submergir; • Perda de regiões costeiras e ilhas será um golpe para o turismo. Vulnerabilidade Recursos Hídricos Ilha de Shismaref (Alaska) – Degelo do Permafrost 2015-06-12 Permafrost é uma bomba relógio climática.mp4 Pequim – Ventos de areia China – um dos países que mais sofre com a desertificação Geleiras do Himalaya: rápido derretimento riscos aos nepaleses • Vulnerabilidade relativa dos deltas costeiros indicada pelas estimativas de população com potencial de ser deslocada pelas tendências atuais de aumento no nível do mar até 2050. • Extrema => 1 milhão; Alta – de 50.000 a 1 milhão e Média – de 5.000 a 50.000. Fonte: IPCC, 2007 As florestas são impactadas: • aumento da concentração atmosférica de CO2; • pelas mudanças nos regimes de temperatura; • variações nos padrões anuais de chuva. Vulnerabilidade – Ecossistemas Florestais • Regime de chuva – seca reservatórios. Vulnerabilidade – Biodiversidade • variações de T - vantagens a determinados predadores, diminuindo a população das presas. • A floração, ocorrendo mais cedo devido à elevação das T, leva a problemas de adaptação de espécies animais. Temperatura Decomposição da matéria orgânica Mudança no regime de chuva: + chuva = desagregação Seca = salinização Vulnerabilidade – Solos Possíveis Consequências: • Perda dos serviços ecossistêmicos; • Perda do patrimônio genético; • Perda dos conhecimentos tradicionais. prejuízos às indústrias farmacêutica e química. Vulnerabilidade – Saúde • Aumento e migração de vetores - aumento de epidemias e doenças; • Redução da produtividade e aumento dos gastos com medicamentos e cuidados à saúde. Foi observada relação entre: • incidência de cólera e o aumento de T das águas do mar em Bangladesh (1994); • malária na Venezuela e o fenômeno El Niño, entre 1910 e 1935; • a T do ar e a infecção por Ciclospora cayetanensis em Lima, Peru, entre 1992 e 1994. Vulnerabilidade – Saúde • Transtornos nas correntes marítimas – diminui os nutrientes levados às costas da Antártida - prejudica o crescimento do krill. • Diminuição da biota marinha e baixa oferta de alimento a comunidades consumidoras de pescado e/ou frutos do mar. Diminuição da biodiversidade = insegurança alimentar. Vulnerabilidade – Segurança Alimentar • incidência de doenças. Vulnerabilidade – Pecuária • impacto de mudanças na disponibilidade de alimento e preço de grãos; • impactos nas áreas de pastagem e culturas forrageiras; • no rendimento de frangos: diminuição do peso e aumento de mortalidade. Vulnerabilidade – Pecuária O estresse ao calor influi negativamente: • na produção de leite e reprodução de vacas leiteiras; • na fertilidade de suínos; • IPCC - ondas de calor serão mais comuns com o aquecimento global. • São mais impactantes nas grandes cidades do que no ambiente rural. Vulnerabilidade – Urbana • Capacidade de reagir a um estímulo (variáveis climáticas), muitas vezes buscando reduzir as consequências negativas que esse estímulo pode provocar. • Capacidade adaptativa - grau em que um sistema tem a capacidade de gerar tais ajustes. Raposas do Ártico e do deserto Adaptação • A resiliência de alguns sistemas depende da taxa e magnitude da mudança. • Há limites críticos em que sistemas podem não ter mais a capacidade de adaptar‐se sem alterar radicalmente seu estado funcional e a integridade do sistema. • Mudanças dramáticas podem levar a transformações do ambiente físico de uma região, impondo limites para a adaptação. Adaptação Adaptação das espécies à mudança do clima; Evolução ou migração para locais mais apropriados. Os fatores principais relacionados às plantas seriam: • as vias de assimilação de carbono, • tolerância a estresses por altas T e períodos de seca, • fotoperíodo - importante no caso da necessidade de migração das lavouras para diferentes latitudes. • tipo de solo - estocagem de umidade, drenagem e risco à erosão e manejo. Adaptação - Ecossistemas • Ações de adaptação do setor agrícola à mudança do clima - FAO (2003): • formulação de mecanismos de apoio aos produtores para auxiliá‐los a adaptar‐se à mudança do clima; Adaptação – Solo e Agricultura • manutenção de ampla base genética para culturas e desenvolvimento de variedades de culturas e raças de animais tolerantes à seca; • melhoramento da resiliência de ecossistemas agrícolas pela promoção de práticas agroflorestais que utilizem e mantenham a diversidade biológica; Adaptação – Solo e Agricultura • Exemplo do café – Costa Rica Adaptação – Solo e Agricultura Brasil - rebanho bovino de raças zebuínas. • Maior capacidade de regular a T do corpo em condições de estresse térmico, e as altas T têm menor efeito sobre as células de seu corpo, em comparação ao gado europeu. Adaptação – Pecuária • Necessário um planejamento a longo prazo que permita manter um programa de informação e treinamento de profissionais de saúde, com o aperfeiçoamento do controle de vetores e o diagnóstico de doenças. Adaptação – Saúde • IPCC (2001) - criar refúgios, parques e corredores que possibilitem a migração de espécies e a captura e criação em cativeiro de animais silvestres para evitar sua extinção. • Inventário de espécies, levantamento das espécies atingidas, bancos de germoplasma e estímulo ao resgate do conhecimento tradicional de populações indígenas e tradicionais. Adaptação – Biodiversidade • fomentar a adoção de arquitetura bioclimática. Algumas demandas e propostas: Adaptação • projetar programas de mudança de populações de forma ordenada e planejada; • realizar monitoramento do nível do mar de forma mais incisiva, e • Promover o reflorestamento em regiões de mananciais; • A gestão de bacias hidrográficas; • Estabelecer planos de emergência, como resgate de pessoas e animais e abastecimento emergencial de água. Adaptação – Recursos Hídricos • Redução de desperdícios e perdas; • Conservação da água subterrânea mediante recarga artificial; • Educação para o uso sustentável da água; • Dessalinização da água do mar. Adaptação – Recursos Hídricos Exemplo de capacidade de adaptação Aquedutos Subterrâneos Nazca/Peru, Era Pré Colombiana Práticas de uso da Terra e manejo prováveis de manter a biodiversidade e as funções ecológicas das florestas durante a mudança do clima: • a proteção das florestas primárias, • a contenção da fragmentação e a representação dos tipos florestais ao longo de gradientes ambientais em reservas, • a prática de exploração florestal de baixa intensidade, • a manutenção de um banco genético diverso e a identificação e proteção de grupos funcionais e espécies relevantes. Adaptação – Florestas O setor florestal produtivo já está investindo em melhoria de variedades, proteção florestal, regeneração de florestas, manejo na silvicultura, e operações florestais. ❑Mitigação: refere-se a uma intervenção antropogênica para reduzir a própria forçante antropogênica no sistema climático. • Incluem-se estratégias para redução das fontes de emissões de gases do efeito estufa e também para o aumento dos sumidouros desses mesmos gases. Mitigação Sistemas que contribuem para mitigar as mudanças climáticas Plantio Direto Cultivo mínimo Rotação de culturas – alta produção de resíduos Integração lavoura-pecuária-floresta PERDAS DE CARBONO DO SOLO ACÚMULO DE CARBONO NO SOLO Mitigação Desenvolvimento de tecnologias aplicadas: • na produção de biocombustíveis; • na redução de emissões de CH4 (arroz irrigado e pecuária); • no reflorestamento; • na adoção deboas práticas agrícolas - plantio direto. Mitigação – Setor Agrícola • Em junho/2011 o Governo Federal lançou o ABC. • Incentiva 6 iniciativas básicas com metas e resultados previstos até 2020, sendo elas: Mitigação – Setor Agrícola (i) Plantio direto na palha (ii) Recuperação de pastos degradados (iii) Integração lavoura – pecuária – floresta (iv) Plantio de florestas comerciais (v) Fixação biológica de nitrogênio (vi) Tratamento de resíduos animais Mitigação – Setor Agrícola PD é uma estratégia técnica baseada em três práticas essenciais: i) não trabalhar o solo, ii) manter o solo continuamente coberto, e iii) utilizar adequada rotação de culturas. Mitigação – Setor Agrícola Mecanização CO2 CO2 CO2 CO2 CO2CO2 Perdem C por: • Rompimento de agregados (protegem a MO da decomposição); • Estimulam a atividade microbiana pela aeração. • Mais suscetível a erosão. Mitigação – Setor Agrícola RECUPERAÇÃO DE PASTOS DEGRADADOS • Objetivo: transformação de terras desgastadas em áreas produtivas (alimentos, fibras, carne e florestas). Potencial de recuperação: 15 milhões de ha redução de 83 a 104 milhões de t.CO2eq até 2020 Mitigação – Setor Agrícola INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA • Alternar pastagem com agricultura e floresta em uma mesma área. • Recupera o solo, incrementa a renda e gera empregos. • Potencial de redução das emissões de GEE - 4,5 a 5,5 t.CO2 eq. ha ‐1 até 2020 (MAPA, 2011). Mitigação – Setor Agrícola PLANTIO DE FLORESTAS COMERCIAIS • Reduz o desmatamento. Mitigação – Setor Agrícola FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO • Técnica que desenvolvemos para captar o N existente no ar e transformá‐lo em compostos nitrogenados para as culturas - redução do custo de produção e melhora a fertilidade do solo. incremento na produção de 5,5 milhões de ha reduzir a emissão de 10 milhões de t.CO2 eq. até 2020 Mitigação – Setor Agrícola TRATAMENTO DE RESÍDUOS ANIMAIS • Aproveitamento de dejetos de animais para a produção de energia (gás) e de composto orgânico. • Com o tratamento de um milhão de m3 de resíduos da suinocultura e outras atividades deixam‐se de lançar cerca de 1,6 milhões t.CO2 eq. na atmosfera (MAPA, 2011). Mitigação – Setor Agrícola PROGRAMAS BRASILEIROS CONTENDO MEDIDAS REFERENTES À MITIGAÇÃO DA MUDANÇA DO CLIMA 1. O Etanol de Cana-de-Açúcar; Mitigação 2. Programa Brasileiro de Biocombustíveis – Pro-biodiesel - 1º país a registrar a patente do biodiesel em 1980 Mitigação 3. Programas de Conservação de Energia Conserve – 1981. Foi o primeiro esforço em termos de conservação de energia no Brasil - promoção da conservação de energia na indústria, ao desenvolvimento de produtos e processos energeticamente mais eficientes e ao estímulo à substituição de petróleo importado por fontes alternativas. Procel; Reluz; Conpet... Mitigação Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e Gás Natural – Conpet - Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular – com o objetivo de dar distinção ao veículo leve que apresente o melhor desempenho energético em sua categoria. Mitigação Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE e Etiquetagem de Aparelhos Domésticos e a Gás Mitigação 4 - ProH2 - Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia do Hidrogênio O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN125 participa ativamente do ProH2 . Em seu Centro de Células a Combustível e Hidrogênio são desenvolvidos estudos estratégicos em quatro áreas de pesquisa. Os desenvolvimentos do programa já resultaram em 11 patentes depositadas e mais de 50 de publicações em revistas indexadas, além de várias participações em eventos nacionais e internacionais. Projetos de Ônibus Brasileiro a Hidrogênio – RJ (2010). Mitigação – Setor Agrícola E também... Construções futuristas para refugiados climáticos Mitigação – Meio Urbano Publicações Publicações https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho Vídeo Mudanças Climáticas https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho Mudanças Climáticas.mp4 Tema 2 NEGOCIAÇÕES E ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE O CLIMA GLOBAL Conferência de Estocolmo - 1972 Em 1972, foi realizada a Conferência de Estocolmo com o objetivo de conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras. A Conferência das Nações Unidas que aconteceu na capital da Suécia, foi a primeira atitude mundial para tentar preservar o meio ambiente. Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima ECO 92 (Rio, 3-14 Junho 1992) 4 de Junho: • Brasil 1o país a assinar a Convenção Quadro (Ratificação 28 de Fevereiro de 1994) Entrada em Ação 24 de Março de 1994 Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima ECO92 (Rio, 3-14 Junho 1992) RESULTADOS PRINCIPAIS: • “Agenda 21” (Global Programme of Action on Sustainable Development); • Declaração do Rio (Environment and Development); • Declaração do princípio do manejo florestal sustentável; • Declaração para combater a desertificação; • Convenção da biodiversidade; • Convenção Quadro da UNFCCC. Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima CONVENÇÃO-QUADRO CQ.pdf COMPROMISSOS redução das emissões ao nível de 1990 até o ano 2000 Países desenvolvidos (Anexo I): A Convenção Quadro Países não Anexo I: redução voluntárias das emissões – sem metas “Responsabilidades comuns, porém diferenciadas” Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima PROTOCOLO DE QUIOTO PROTOCOLO DE QUIOTO COPs CONVENÇÃO DO CLIMA PQ.PDF CQ.pdf Convenção-Quadro e COPs Cronologia das COPs Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 COP 1 COP 2 COP 3 COP 4 COP 5 COP 6 COP 7 COP 8 COP 9 COP 10 COP 11 COP 12 COP 13 COP 14 COP 15 COP 16 COP 17 COP 18 COP 19 COP 20 COP 21 COP 22 COP 23 COP 24 B er lin G en ev e K yo to B u e n o s A ir es B o n n H ai a B o n n M ar re ke ch N o va D e h li M ila n B u e n o s A ir es M o n tr ea l N ai ro b i B al i P o zn an K o p en h ag en C an cu n D u rb an D o h a V ar só vi a Li m a P ar is M ar ak ec h B o n n K at o w ic e PQ.PDF O PROTOCOLO DE QUIOTO (1997) Metas Anexo I = Total -5% das emissões de 1990 0% +8% +10% +1% -7% -6% -8% -6% 0% Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima Objetivo: redução das emissões de CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6... Responsabilidade: 39 países industrializados Redução média: 5% em relação a 1990 Período de comprometimento: 2008-2012 O PROTOCOLO DE QUIOTO Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima 15% Reduções de Emissões: 900 milhões tC4.5 bilhões tC 5% 1990 2008 2012 O PROTOCOLO DE QUIOTO Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima Condições para a ratificação do Protocolo de Quioto? Meta Quantitativa 55 partes (países) Meta Qualitativa 55% das emissões de CO2 em 1990 dos países desenvolvidos (Anexo I) O P ro to co lo d e Q u io to ( 1 9 9 7 ) 11,1% USA = 36,1% Rússia = 17,4% Austrália = 2,1% Nova Zelândia = 0,2% Os 6 outros = 0,2% = 2,5 % Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima O Protocolo de Quioto entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005 Final de 2004: a Rússia ratifica o Protocolo de Quioto O Protocolo de Quioto dentro da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Clean Development Mechanism – CDM) Comércio de Emissões (Emission Trading – ET) Implementação Conjunta (Joint Implementation – JI) Para atingir as metas do Protocolo de Quioto Medidas domésticas Mecanismos de flexibilidade Protocolode Quioto CONFERÊNCIAS DAS PARTES PROTOCOLO DE QUIOTO COPs CONVENÇÃO DO CLIMA PQ.PDF CQ.pdf Convenção-Quadro e COPs Cronologia das COPs Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 COP 1 COP 2 COP 3 COP 4 COP 5 COP 6 COP 7 COP 8 COP 9 COP 10 COP 11 COP 12 COP 13 COP 14 COP 15 COP 16 COP 17 COP 18 COP 19 COP 20 COP 21 COP 22 COP 23 COP 24 B er lin G en ev e K yo to B u e n o s A ir es B o n n H ai a B o n n M ar re ke ch N o va D e h li M ila n B u e n o s A ir es M o n tr ea l N ai ro b i B al i P o zn an K o p en h ag en C an cu n D u rb an D o h a V ar só vi a Li m a P ar is M ar ak ec h B o n n K at o w ic e Conferências das Partes – 2009 COP-15: Copenhague - Dinamarca Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – 2010 COP-16: Cancún - México Conferências das Partes - COPs http://unfccc.int/meetings/cop_16/items/5571.php Conferências das Partes – 2011 COP-17: Durban - África do Sul Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – 2012 COP-18: Doha - Qatar Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – 2013 COP-19: Varsóvia - Polônia Conferências das Partes – 2014 COP-20: Lima, Peru Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – 2015 COP-21: Paris, França Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – 2016 COP-22: Marrakech, Marrocos Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes – COP-2017 Conferências das Partes - COPs Conferências das Partes - COPs DE VOLTA AO PROTOCOLO DE QUIOTO Objetivo: redução das emissões de CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6... Responsabilidade: 39 países industrializados Redução média: 5% em relação a 1990 Período de comprometimento: 2008-2012 15% Reduções de Emissões: 900 milhões tC4.5 bilhões tC 5% 1990 2008 2012 Protocolo de Quioto Condições para a ratificação do Protocolo de Quioto? Meta Quantitativa 55 partes (países) Meta Qualitativa 55% das emissões de CO2 em 1990 dos países desenvolvidos (Anexo I) Protocolo de Quioto O P ro to co lo d e Q u io to ( 1 9 9 7 ) 11,1% USA = 36,1% Rússia = 17,4% Austrália = 2,1% Nova Zelândia = 0,2% Os 6 outros = 0,2% = 2,5 % Negociações e Acordos Internacionais sobre o Clima O Protocolo de Quioto entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005 Final de 2004: a Rússia ratifica o Protocolo de Quioto O Protocolo de Quioto dentro da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas Protocolo de Quioto Metas dos Países Anexo I Metas: Total -5% das emissões de 1990 0% +8% +10% +1% -7% -6% -8% -6% 0% Protocolo de Quioto Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Clean Development Mechanism – CDM) Comércio de Emissões (Emission Trading – ET) Implementação Conjunta (Joint Implementation – JI) Para atingir as metas do Protocolo de Quioto Medidas domésticas Mecanismos de flexibilidade Protocolo de Quioto AS ÚLTIMAS NEGOCIAÇÕES Protocolo de Quioto: • 36 países aderiram ao segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, que vai de janeiro de 2013 a dezembro de 2020; • As metas de redução de emissão de GEEs do conjunto de países significa 18% de emissões de países desenvolvidos em relação às taxas de 1990; Principais Fatos em Doha Protocolo de Quioto: • Esse montante de longe é suficiente como necessário para evitar que o aquecimento global ultrapasse 2°C em relação a níveis pré- Revolução Industrial, segundo o IPCC; • Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia e Nova Zelândia não participam deste segundo período, enfraquecendo o instrumento; Principais Fatos em Doha Financiamento Climático: • Permanece a previsão de arrecadação de US$ 100 bilhões anuais, que serão revertidos para os países mais pobres para o combate às Mudanças Climáticas; • Ainda não foi definido como a cifra será arrecadada, como serão financiadas as ações de mitigação e adaptação e o que será feito para aumentar este valor no futuro; Principais Fatos em Doha Novo Acordo Global: • Está em negociação, para ser aprovado em 2015; • Deverá gerar um novo instrumento com força de lei com compromissos entre todos os países, de acordo com suas responsabilidades históricas e com uma distribuição equitativa entre todos; Principais Fatos em Doha Novo Acordo Global: • Espera-se, portanto, que países que hoje estão fora do Protocolo de Kyoto e as grandes economias assumam compromissos muito maiores do que os países mais pobres. Principais Fatos em Doha COP-19 Varsóvia, 11-22/11/2013 • Novo acordo global: a ser costurado até o primeiro trimestre de 2015; • No novo acordo todos os governos deverão cortar emissões de gases de efeito estufa; • Texto aprovado propõe que os governos preparem "contribuições" para cortar os GEEs, mas não fala ainda em de "compromissos". • Essas contribuições serão integradas ao novo acordo global; Principais Fatos em Varsóvia • Proposta considerada menos rigorosa: texto original foi rejeitado por grandes países emergentes como China e Índia; • Novo acordo a ser aprovado na COP 21, Paris 2015: pouco avanço em Varsóvia; • Aprovada a criação do mecanismo "loss and damage" (perdas e danos): instrumento que força países ricos a financiar nações que já sofrem com os efeitos da mudança climática; Principais Fatos em Varsóvia • As delegações aprovaram também, por consenso, desbloquear o debate sobre financiamento a longo prazo das medidas contra a mudança climática, proposta apresentada em 2009 na COP 15, em Copenhague; • Seu objetivo é criar um fundo de US$ 100 bilhões anuais após 2020, dinheiro proveniente das nações desenvolvidas e destinado a auxiliar países pobres; Principais Fatos em Varsóvia • A ferramenta diplomática abre caminho para investimentos de governos, órgãos de fomento e empresas privadas em ações para conter o desmatamento; • Pelas novas regras, o Fundo Verde para o Clima terá papel fundamental na arrecadação de recursos dos governos, que, por sua vez, terão de criar agências nacionais para supervisionar o uso do dinheiro; Principais Fatos em Varsóvia • Acontecimentos fortes: saída em massa das ONGs presentes e demissão do então ministro do Meio Ambiente da Polônia, Marcin Korolec; • Os negociadores concordaram com normas sobre financiamento de projetos voltados à proteção de florestas em países em desenvolvimento que integram o mecanismo Redd+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação); Principais Fatos em Varsóvia • Os fundos serão liberados para os países quando provarem que reduziram suas emissões de C sem prejudicar comunidades locais ou a biodiversidade; • Concordância sobre como medir e verificar (MRV) os cortes de emissões de projetos florestais; • O desmatamento desempenha crescente papel nas negociações sobre o clima: 1/5 das emissões de GEEs; Principais Fatos em Varsóvia • Mercado de carbono: estímulos ao MDL; • Baixa demanda até que seja costurado o novo acordo, com maior nível de ambição; • REDD+: sem acordo sobre offsetting (ter valor para compensar emissões de países ricos) – Brasil é contra. Principais Fatos em Varsóvia COP-20 Lima, 01 a 14/12/2014 • Aprovação do conjunto de decisões essenciais para a negociação do novo acordo climático em novembro de 2015, em Paris; • Reformado "cirurgicamente" para se adequar às exigências dos países emergentes e em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, o documento final superou os impasses e obteve consenso imediato dos 195 países; Principais Fatos em Lima • "Vamos fazer de Paris um grande sucesso", afirmou o presidente da COP-20 e ministro de Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar-Vidal, ao referir-se a um possível acordo multilateral para evitar um aumento de até 2oC em sua temperatura média atéo final do século; • Sem o acordo, os termômetros subirão bem mais, conforme alertaram os estudos do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC); Principais Fatos em Lima • "Todos sabemos o que se passou em Copenhague, e o sucesso de Paris está próximo", declarou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que presidirá a COP-21; • Todas as 195 delegações estavam cientes de que o sucesso da COP de Paris dependia do documento de Lima; Principais Fatos em Lima • Nas negociações, os emergentes do Basic e os membros do G77 (grupo dos países em desenvolvimento e dos mais pobres) fizeram valer suas posições em favor a dois princípios: • O primeiro é a necessidade de os compromissos dos países mais ricos proporcionarem meios de financiamento, de capacitação e de transferência de tecnologia para os mais pobres. Essa premissa consta da Convenção do Clima; Principais Fatos em Lima • O principal negociador brasileiro, embaixador José Antônio Marcondes Carvalho, considerou insuficiente a ênfase a esse princípio; • O outro princípio registrado com ênfase no documento da COP-20 foi o da "responsabilidades comuns, porém diferenciadas“; Principais Fatos em Lima • As economias emergentes e em desenvolvimento também conseguiram registrar de forma mais clara a necessidade de os países tomarem iniciativas entre 2016 e 2019 para acelerar a adoção do acordo de Paris, a partir de 2020; • Com o documento de Lima aprovado, começam agora as movimentações para tornar viável o acordo climático de Paris; Principais Fatos em Lima • O documento de Lima também trouxe de forma mais específica a obrigação de 195 países apresentarem informações precisas sobre seus compromissos iniciais, a serem registrados ao longo do 1º semestre de 2015; • Entre eles, o ano-base para a comparação de seus compromissos de redução de emissões, essencial para uma noção mais clara de seus efeitos sobre a contenção do aquecimento global; Principais Fatos em Lima O NOVO ACORDO GLOBAL • Movimentação dos Estados Unidos; • Acordo com a China e outros países; • Espaço forte na Reunião do G7; • O Brasil forçado a se posicionar mais claramente; • Manifestação do Vaticano. Alguns Fatos Prévios a Paris PRINCIPAIS PONTOS DO DOCUMENTO: 1. O aquecimento global é real; 2. O aquecimento global é resultado principalmente da ação do homem; 3. Os países ricos têm uma "dívida ecológica" com os países pobres; 4. Criação de fortes instituições internacionais; 5. Pressão sobre líderes políticos e sacrifício individual. papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf As INDCs As INDCs http://www.gip.net.br/novo/brics-financiamento-climatico-e-os-compromissos-do-indc/ As INDCs BRASIL-iNDC-portugues.pdf Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI237236-18095,00-EMISSOES+DE+GASES+ESTUFA+BATEM+RECORDE+EM.html Criação do Conceito: • O conceito surgiu durante a COP-19 em Varsóvia; • Decisão 1/CP.19 convida todas as partes a iniciar ou intensificar os preparativos internos para suas iNDCs, no sentido de alcançar o objetivo da Convenção; • As decisões 1/CP.19 e 1/CP.20 convidam também todas as partes a comunicar ao Secretariado suas INDCs antecipadamente à COP-21. (01 de outubro de 2015). Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) • Elaborada e apresentada ao Secretariado UNFCCC no dia 01 de outubro de 2005 conforme previsto, em dezembro apresentada na COP 21 em Paris. • Tem o objetivo de apresentar as ações a serem desenvolvidas na busca de um modelo de produção sustentável de baixa emissão de carbono bem como o desenvolvimento de ações e práticas de descarbonização do meio ambiente, eliminação do desmatamento e demais ações que veem de encontro a meta para evitar que o aquecimento da terra supere dois graus centígrados. • Todas as políticas, medidas e ações para implementar a iNDC do Brasil são conduzidas de acordo com as Legislações Nacionais Aplicáveis. iNDC do Brasil Processo de preparação da iNDC brasileira: • Desde junho de 2014, o Itamaraty conduziu consulta nacional para compreender as expectativas da sociedade sobre o acordo climático internacional. • A contribuição se deu por meio de oito perguntas de múltipla escolha sobre redução de gases-estufa e ações de adaptação aos impactos da mudança climática. • Questões sobre os meios de implementação também compuseram a pesquisa, sempre com campos para considerações e comentários. iNDC do Brasil Escopo dos Compromissos assumidos pela iNDC do Brasil Mitigação: Gases do Efeito Estufa Ponto de referência: Ano de 2005 O Brasil compromete-se em reduzir em todo território nacional as taxas absolutas de emissões de gases do efeito estufa (CO2 , CH4 , N2O, PFCs, HFCs, SF 6) em relação ao ponto de referência em 37% no ano de 2025 e 43% no ano de 2030. iNDC do Brasil Utilização de mecanismos de mercado: • A transferência de unidades provenientes de resultados de mitigação alcançadas no território nacional serão sujeitas ao *consentimento prévio e formal do Governo Federal. • Unidades adquiridas fora da UNFCCC, PK ou Acordo de Paris não serão reconhecidos pelo Brasil. * Em síntese o mercado a ser criado após o acordo de Paris será regulado pelo Governo Federal. iNDC do Brasil Ações em Adaptação: • Priorização dos mais vulneráveis; • Atenção às questões de gênero, direitos dos trabalhadores e das comunidades indígenas e tradicionais; • Aumento da resiliência e redução de riscos; • Novas políticas públicas • Eventos extremos: monitoramento e sistema de alerta antecipado; • Plano Nacional de Segurança Hídrica; • Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas; • Regularização ambiental pelo Código Florestal, em particular das Áreas de Preservação Permanente. iNDC do Brasil Meios de implementação: • Para implementação das ações proposta pela iNDC não será condicionada a apoio internacional, mas está aberta ao apoio de países desenvolvidos; • Implementação do REDD+ e a permanência de resultados obtidos: requerem a provisão contínua de pagamentos por resultados de forma adequada e previsível. iNDC do Brasil Compromissos na iNDC do Brasil • Aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética (18% até 2030), expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel. • No setor florestal e de mudança do uso da terra: fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e municipal; fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de GEEs provenientes da supressão legal da vegetação até 2030; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, para múltiplos usos; ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por meio de sistemas de georeferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e insustentáveis; • No setor da energia, alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, incluindo: expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na matriz total de energia para uma participação de 28% a 33% até 2030; expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil, aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar; alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030. Compromissos na iNDC do Brasil • No setor agrícola, fortalecer o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) como a principal estratégia para o desenvolvimento sustentável na agricultura,inclusive por meio da restauração adicional de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030 e pelo incremento de 5 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas (iLPF) até 2030. • No setor industrial, promover novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono. No setor de transportes, promover medidas de eficiência, melhorias na infraestrutura de transportes e no transporte público em áreas urbanas. Compromissos na iNDC do Brasil Considerações Finais iNDC do Brasil • As metas traçadas pelo iNDC são ambiciosas. • O desmatamento ilegal zero na Amazônia está previsto para 2030. • Este é um ponto fundamental que deveria ser tratado em caráter emergencial. Conferências das Partes – 2015 COP-21: Paris, França Conferências das Partes - COPs • Países aprovam acordo global do clima na COP21; • Acordo de Paris é o primeiro marco universal na luta contra o aquecimento do planeta; • O documento da COP-21 terá caráter "legalmente vinculante", ou seja, obrigará todas as nações signatárias a organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5oC até 2100; Principais Fatos em Paris • Preverá US$ 100 bilhões por ano para projetos de adaptação dos efeitos do aquecimento a partir de 2020; • Trata-se do mais amplo entendimento na área desde o Protocolo de Quioto de 1997; • O documento traz também um reconhecimento de que as INDCs (por 187 países) fariam com que as emissões do planeta atingiria, em 2030, a marca de 55 Gt CO2, número incompatível com a meta de 2°C. Principais Fatos em Paris • O texto "nota" que esforços maiores serão necessários e sugere que seria necessário baixar para 40 Gt até aquele ano; • Hoje as emissões globais estão em torno de 52 Gt; • Em síntese: o texto do Acordo de Paris foi aprovado, mas as INDCs apresentadas não serão suficientes para manter o aumento máximo de 2 graus, considerado seguro. Principais Fatos em Paris TEXTO DO NOVO ACORDO CLIMÁTICO O objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 2oC até ao final do século foi decidido pela primeira vez em Copenhague e depois aprovado na Conferência do Clima em Cancún, em 2010. Foi reconhecido que o aquecimento global está em curso mas que, se agirmos agora, podemos evitar os piores impactos das alterações climáticas. O acordo estabelece "as regras do jogo" sobre como os países devem avançar nesta matéria e providencia um sistema que lhes permitirá avaliar impactos das INDCs, perceberem quando têm de rever o nível de ambição e recalcular as suas contribuições para chegar ao limite dos 2oC. 12/03/2017 197 países ratificaram o Acordo, até o dia de hoje • O Acordo de Paris entrou em vigor em 4 de novembro de 2016, trinta dias após a data em que pelo menos 55 Partes da Convenção contabilizaram, no total, pelo menos cerca de 55% das emissões globais de gases de efeito estufa depositaram seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão com o Depositário. Sobre o Acordo de Paris Conferências das Partes – 2016 COP-22: Marrakech, Marrocos Conferências das Partes - COPs • Os governos presentes na COP-22 definiram 2018 como o prazo para o início da operacionalização de Paris; • Novamente foram anunciadas importantes iniciativas e mobilizações por parte de empresas, investidores, cidades e governos locais; Principais Fatos em Marrakech • Através do documento Marrakech Action Proclamation, os países reforçam a agenda para o desenvolvimento sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS); • O documento também reforça a meta global de mobilização de US$ 100 bilhões anuais para apoiar no esforço global de limite do aumento da temperatura; Principais Fatos em Marrakech • A elaboração do “Rule book”, ou manual de operação, do Acordo de Paris; • O manual reforça a importância da transparência nas ações, mensuração das reduções de emissões, financiamento climático e desenvolvimento e transferência tecnológica; Principais Fatos em Marrakech • O processo de acompanhamento, conhecido como Multilateral Assessment; • Esse processo tem como objetivo promover uma comparação entre os esforços dos países desenvolvidos com base nas suas metas de redução de emissões; Principais Fatos em Marrakech • Através desse esforço, fica mais fácil acompanhar as metas e aumentar as ambições das NDCs dos países; • Lançamento da Marrakech Partnership for Global Climate Action, para providenciar rotas de processo para catalisar as ações da UNFCCC para o período entre 2017 e 2020; Principais Fatos em Marrakech • Lançamento da plataforma 2050 pathways platform, que apoia países, estados, regiões, cidades e empresas a pensarem em formas de ações neutras em carbono, para o longo prazo; • Já existem 22 países preparando planos de rotas neutras em carbono para 2050; 15 cidades e 17 estados e regiões e 196 empresas, que aderiram à plataforma. Principais Fatos em Marrakech Conferências das Partes – COP-2017 Conferências das Partes - COPs https://www.youtube.com/watch?v=RvW6AoC2gGQ https://www.youtube.com/watch?v=-mZgyJ6Sy4I https://www.youtube.com/watch?v=RvW6AoC2gGQ https://www.youtube.com/watch?v=-mZgyJ6Sy4I • Energias renováveis I: Relatório lançado pela International Renewable Energy Agency indicou que muitos países agora têm metas mais ambiciosas para energias renováveis, indicadas pelas suas NDCs; • Energias renováveis II: Relatório científico realizado pela Future Earth e Earth League demonstrou que a expansão das renováveis no mundo têm dobrado a cada 6 anos; Principais Fatos em Bonn • Financiamento de longo prazo: países novamente alertaram para a necessidade de levantamento de USD 100 bilhões anuais até 2020 para apoiar os países em desenvolvimento; • Fundos de adaptação: a meta de 2017 foi ultrapassada! A meta de $80 milhões foi superada em 13 milhões, graças ao apoio da Alemanha e Itália, chegando ao total de $93 milhões; Principais Fatos em Bonn • Noruega e Unilever: juntos anunciaram fundo no total de $400 milhões para apoiar ações mais eficientes para agricultura, pequenos fazendeiros e gerenciamento sustentável de florestas; • Governos da Alemanha e Reino Unido: anunciaram $153 milhões para expandir programas que combatam a mudança do clima e o desmatamento na Amazônia; Principais Fatos em Bonn • Gender Action Plan (Plano de Ações em Gênero): o papel crucial das mulheres no combate a mudança do clima será formalmente apoiado pelo plano; • A importância desse plano se baseia no fato de que as mulheres são especialmente vulneráveis a mudança do clima e não devem ser excluídas das principais decisões; Principais Fatos em Bonn • O plano irá perseguir a inclusão das mulheres na tomada de decisão em projetos de mudança do clima internacional e nacionalmente; • Local Communities and Indigenous People’s Platform: o principal objetivo é reconhecer o papel das comunidades indígenas nas ações climáticas e reforçar as responsabilidades dos governos em reconhecer as terras indígenas; Principais Fatos em Bonn • Lançamento da Ocean Pathway Partnership: meta de até 2020 fortalecer financiamento e ações que promovam a conservação dos oceanos, principalmente através de ações nos planos nacionais dos países signatários da UNFCCC; • Lançamento da Rede de Jornalistas das Ilhas do Pacífico: formação de nova associação para fortalecer a comunicação nos países do pacifico, com relação a mudança do clima; Principais Fatos em Bonn • InsuResilience Initiative: nova Parceria Global e adicionais $125 milhões do Governo da Alemanha para apoiar aproximadamente 400 milhões de pessoas vulneráveis até 2020; • Lançamento do Clearing House for Risk Transfer de Fiji: plataforma que usa inteligência artificial para encontrar soluções para os impactos da mudança do clima; Principais Fatos em Bonn• Powering Past Coal Alliance: 25 países, estados e regiões unidas para acelerar a eliminação do uso de carvão mineral e ajudar trabalhadores da área nessa transição; • 13 países e a Agência Internacional de Energia (IEA): anunciaram EUR 30 milhões para o “IEA Clean Energy Transitions Programme” para apoiar na transição para renováveis no mundo todo; Principais Fatos em Bonn • Lançamento da iniciativa New Small Island Developing State (SIDS) Health: iniciativa especial para ajudar as pessoas vivendo em ilhas, combatendo os impactos na saúde dessas populações; • Bonn-Fiji Commitment: ação de compromisso de mais de 300 líderes locais e regionais para efetivar os desafios colocados por Paris, apoiada por 20 iniciativas. Principais Fatos em Bonn • O BRASIL esteve presente na COP e promoveu uma série de eventos e lançamentos para a implementação das metas da NDC brasileira. • No entanto, caso o Brasil viesse realmente a sediar a COP-25 (o que não aconteceu), teria que fazer um belo dever de casa e parar com as contradições. Principais Fatos em Bonn Conferências das Partes - COPs • Empresas do mundo todo não devem mais ser vistas apenas como culpadas por emissões de gases causadores do efeito estufa, mas como parceiras indispensáveis para ação climática; • https://nacoesunidas.org/sustentabilidade-e- bom-para-os-negocios-indica-setor-privado-na- cop-24/ • http://www.observatoriodoclima.eco.br/cop24 -entrega-regras-claras-mas-paises-precisam- querer-jogar/ Principais Fatos em Katowice • Clima das negociações ainda contaminado pela decisão dos EUA de sair do Acordo de Paris. • Vídeos: • http://www.dw.com/pt-br/confer%C3%AAncia- do-clima-em-bonn-adia-decis%C3%B5es- importantes/a-41435123 • http://www.dw.com/pt-br/opini%C3%A3o- p%C3%A9-ante-p%C3%A9-contra-a- mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica/a-41431249 Principais Fatos em Katowice • Desistência do Brasil em sediar a COP-25 Principais Fatos em Katowice • Chile assume a organização da COP-25 Principais Fatos em Katowice Principais Fatos em Katowice Tema 3 AS FLORESTAS E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS PAPEL DAS FLORESTAS NAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS • As florestas exercem papel importante nas mudanças climáticas; • Esse papel é exercido de diferentes formas, com distintos efeitos; • Analisaremos algumas situações: As Florestas e as Mudanças Climáticas CICLO DO CARBONO Fotossíntese = Estocagem de C na Biomassa CICLO DO CARBONO Fotossíntese Desflorestamento, Queima, Decomposição, Revolvimento do Solo = Emissão de C CICLO DO CARBONO CICLO DO CARBONO Vetores das Mudanças Climáticas PAPEL DAS FLORESTAS Vítimas das Mudanças Climáticas Solução para as Mudanças Climáticas Desflorestamento PAPEL DAS FLORESTAS Queima Degradação Florestal PAPEL DAS FLORESTAS Decomposição Revolvimento do Solo PAPEL DAS FLORESTAS PAPEL DAS FLORESTAS Vítimas das Mudanças Climáticas PAPEL DAS FLORESTAS Conservação PAPEL DAS FLORESTAS Manejo Florestal Reflorestamento PAPEL DAS FLORESTAS Uso de Madeira Sólida PAPEL DAS FLORESTAS Todai-ji: Templo de Nara - A maior construção antiga em madeira do mundo Maior construção de madeira do mundo - Desenhado pelo Arquiteto Jürgen Mayer Projeto : Metropol Parasol Renovação de Plaza de la Encarnación, Sevilha, Espanha Prédio de madeira O mais alto edifício do mundo com a estrutura e a fachada externa feitas inteiramente de madeira entrou na fase final de acabamento. Engenheiros da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, anunciaram que o edifício de madeira alcançou a impressionante marca de 53 metros de altura, tendo 18 andares - o recorde anterior para um prédio similar era de 14 andares. http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=predio-madeira-mais-alto- mundo-alcanca-18-andares&id=010170161006#.WKLGAJKly00 Usos Energéticos PAPEL DAS FLORESTAS 1. Vetor das Mudanças Climáticas; 2. Vítimas das Mudanças Climáticas; 3. Solução para as Mudanças Climáticas: • Sequestro biológico (fixação) nas plantas; • Estocagem no solo; • Estocagem nos produtos florestais duráveis; • Substituição de fósseis. As Florestas e as Mudanças Climáticas DVD da FAO: una verdad oportuna VerdadOportunaEspanol.wmv http://seeg.eco.br/ As Florestas e as Mudanças Climáticas Regulação Climática As Florestas enquanto reguladoras do clima em grande escala • As florestas desempenham um papel vital no funcionamento dos sistemas naturais do planeta; • As florestas regulam o clima local e global através de sua absorção e criação de chuvas e troca de gases atmosféricos; As Florestas e as Mudanças Climáticas • Por exemplo, somente a Amazônia cria de 50% a 80% de sua própria precipitação por meio da transpiração; • Destruir as florestas altera a refletividade da superfície da Terra, que afeta o clima global alterando padrões de correntes eólicas e oceânicas e altera a distribuição das chuvas; As Florestas e as Mudanças Climáticas • Se as florestas continuarem a ser destruídas, os padrões climáticos globais podem se tornar mais instáveis e extremos. As Florestas e as Mudanças Climáticas Vídeo: Amazônia e Mudanças Climáticas https://www.youtube.com/watch?v=UxvzAzantZk • Alta emissão de GEE; • Perda do estoque e potencial fixação de carbono; • Perda da biodiversidade; • Impactos sobre o abastecimento de água; • Impactos sobre a segurança energética; • Impactos sobre a segurança alimentar; • Impactos sobre a saúde humana; • Impactos sobre a incidência de desastres naturais; • Riscos de savanização da Amazônia? Consequências do Desmatamento • Diminuir o desmatamento; • Diminuir o consumo de combustíveis fósseis; • Incentivar as energias renováveis; • Praticar a agricultura de baixo carbono (ILPF, SAFs, plantio direto, fixação biológica de N, tratamento adequada de dejetos, etc. – Plano ABC); • Pôr em prática o PNRS (explicação) e incentivar o tratamento de efluentes c/ novas tecnologias. Ações para Combater as Mudanças Climáticas • Realizar inventários de GEE estaduais e municipais e planos de mitigação e adaptação; • Investir em estratégias de adaptação e mitigação em escala regional e local, incluindo indivíduos; • Incentivar o uso de materiais renováveis nas construções (bioarquitetura); • Selecionar produtos com certificação; • Investir em educação e pesquisa. Ações para Combater as Mudanças Climáticas Tema 4 QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM FLORESTAS QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM FLORESTAS TEMAS 1. DEFINIÇÕES E DELIMITAÇÕES 2. IMPORTÂNCIA 3. RESERVATÓRIOS DE CARBONO NA BIOMASSA 4. METODOLOGIAS DE QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO NA BIOMASSA 5. ESTOQUE E DINÂMICA DE CARBONO NOS BIOMAS BRASILEIROS 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7. O BIOFIX 1. DEFINIÇÕES E DELIMITAÇÕES DEFINIÇÕES E DELIMITAÇÕES • Biomassa: material vivo ou recém morto • Zoomassa + Fitomassa (Biomassa Vegetal) • Biomassa Florestal (Fitomassa Florestal): • Biomassa: • Acima do solo • Abaixo do solo • Necromassa • Madeira morta • Serapilheira • Carbono orgânico do solo BIOMASSA E CARBONO BIOMASSA E CARBONO CONCEITOS BIOMASSA E CARBONO 2. IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA • Usos energéticos • Manejo, conservação e restauração • Fixação de carbono pelas florestas • Inventários de GEEs • Projetos para o mercado regulado • Projetos para outros mercados • Projetos para o ABC • Avaliação de danos ambientais • Outros 3. RESERVATÓRIOS DE CARBONO NA BIOMASSA Compartimentos da Biomassa Reservatórios de Carbono Biomassa Aérea (BA) Folhagem Galhos Fuste Raízes Biomassa Subterrânea (BS) Serapilheira (SE) Madeira Morta (MM) Carbono Orgânico nos Solos (CS) Necromassa: Produtos 4. METODOLOGIAS DE QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO NA BIOMASSA ABORDAGENS METODOLÓGICAS METODOLOGIAS Medição de fluxos de CO2 em ambiente controlado Medição de fluxos de CO2 em torres Eddy Correlation ABORDAGENS METODOLÓGICAS METODOLOGIAS Alometria Assume quea emissão /fixação de carbono é função direta da quantidade de biomassa estocada GANHO E PERDA ΔC = Σijk [Aijk . (CG – CL)ijk] A = Área (hectares) ijk = zona climática i, tipo florestal j, manejo k CG = taxa de ganho de carbono, em toneladas de C por hectare, por ano CL = taxa de perda de carbono, em toneladas de C por hectare, por ano METODOLOGIAS MUDANÇA DE ESTOQUE ΔC = Σijk [Aijk . (Ct2 – Ct1) / (t2 - t1)ijk] A = Área (hectares) ijk = zona climática i, tipo florestal j, manejo k Ct1 = estoque de carbono no momento 1 Ct2 = estoque de carbono no momento 2 t2 = tempo 2 t1 = tempo 1 METODOLOGIAS METODOLOGIAS ESTOQUE NA 1ª OCASIÃO ESTOQUE NA 2ª OCASIÃO DINÂMICA METODOLOGIAS 1. Área da População Florestal 2. Composição e Estrutura da Floresta/Estratos 3. Idade das Árvores/Floresta 4. Número de Árvores/ha 5. Compartimentos Considerados 6. Proporção da biomassa nos compartimentos 7. Densidade dos Tecidos Vegetais (Madeira) 8. Teor de Umidade 9. Teor de Carbono (Fração de Carbono) 10. Outros Variáveis que afetam o Inventário de Biomassa e de Carbono INTEGRAÇÃO DE TÉCNICAS Inventário Técnicas de Amostragem e Mensuração de campo Teores de carbono Técnicas Laboratoriais Mapeamento Técnicas de Geo- processamento e Sensoriamento Remoto Biomassa Técnicas de Determinação de Biomassa em Campo Estoque de carbono METODOLOGIAS GEOTECNOLOGIAS INVENTÁRIO FLORESTAL DETERMINAÇÃO DE BIOMASSA DETERMINAÇÃO DE BIOMASSA DETERMINAÇÃO DE BIOMASSA ANÁLISES DE LABORATÓRIO Carbono Diâmetro, Altura MODELAGEM OBTENÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO OPÇÃO 1 - USO DE FATORES DE EXPANSÃO C = [V . ρ . FEB] . (1+R) . TC ❑V = volume comercial (m3). ❑ρ = densidade específica (g/cm3). ❑FEB = fator de expansão da biomassa. ❑R = fração de raízes. ❑TC = fração de carbono (t/t). MODELAGEM Folhagem Galhada Fuste Raízes Biomassa Aérea (BA) Biomassa Subterrânea (BS) MODELAGEM Compartimentos ρ = pa / va Densidade v = (g1+g2)/2 * h p balança MODELAGEM Folhagem (BFL) Galhada (BG) Fuste (BFT) Raízes (BR) FEB = BA / BFT R = BS / BA MODELAGEM FEB e R Teor de Carbono ou Fração de Carbono = TC MODELAGEM OBTENÇÃO DO ESTOQUE DE CARBONO OPÇÃO 2 - ALOMETRIA C = f (dap, h, N, ...) c = β0 + β1 dap 2*h C = c ❑dap = diâmetro à altura do peito (cm). ❑h = altura (m). ❑N = número de árvores/ha. MODELAGEM Prática INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS 1ª. OCASIÃO 2ª. OCASIÃO ESTOQUE NA 1ª. OCASIÃO ESTOQUE NA 2ª. OCASIÃO DINÂMICA INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS ESTOQUES: CBA = Carbono na Biomassa Aérea CBS = Carbono na Biomassa Subterrânea CBV = Carbono na Biomassa Viva CSE = Carbono na Serapilheira CMM = Carbono na Madeira Morta COS = Carbono Orgânico no Solo CT = CBV+CSE+CMM+COS INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS CBA = f(dap, altura...): folhagem, galhada, fuste CBS = f(dap, altura...): raízes CBV = BA + BS CSE = f (BA) CMM = f (BA) CCO = f (SE, MM) CT = CBV+CSE+CMM+CCO INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS CBA = 100t/ha CBS = 20 CBV = 100 + 20 = 120 CSE = 5 CMM = 10 CCO = 80 CT = 120+5+10+80 = 215 CBA = 105t/ha CBS = 21 CBV = 105 + 21 = 126 CSE = 6 CMM = 11 CCO = 84 CT = 126+6+11+84 = 227 1ª. OCASIÃO 2ª. OCASIÃO INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS 1ª. OCASIÃO 2ª. OCASIÃO Exemplo: C /T = CT2 – CT1 = 227 – 215 = 12 t/ha T = 10 anos C = 12 / 10 = 1,2 t/ha.ano-1 CO2EQ. = 1,2 * 44/12 = 4,4 t CO2eq./ha.ano -1 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS 5. ESTOQUE E DINÂMICA DE CARBONO NOS BIOMAS BRASILEIROS Carbono - 2015 Amazônia Caatinga Cerrado Pantanal Mata Atlântica Pampa Plantações Florestais ESTOQUE C - BIOMAS Fonte: FRA 2015 FRA 2015 Brazil.pdf Área e Estoque de Carbono - 2015 ESTOQUE C - BIOMAS Bioma Área (ha) Milhões (tC) % Amazônia 348.678.309 68.978,57 81,81 Caatinga 43.062.763 2.587,44 3,07 Cerrado 97.918.193 6.974,89 8,27 Mata Atlântica 22.858.594 3.354,29 3,98 Pantanal 3.210.486 265,87 0,32 Pampa 9.608.981 735,59 0,87 Plantações Florestais 7.735.772 1.414,62 1,68 Total 533.073.098 84.311,27 100,00 Área Florestal (ha) ESTOQUE C - BIOMAS Bioma 1990 2000 2005 2010 2015 Amazônia 377.012.223 364.169.212 355.532.265 351.118.914 348.678.309 Caatinga 49.331.588 46.590.136 45.219.411 44.015.772 43.062.763 Cerrado 126.117.661 112.863.566 106.236.519 100.941.705 97.918.193 Mata Atlântica 23.708.043 23.318.364 23.123.524 22.964.327 22.858.594 Pampa 3.663.163 3.477.510 3.384.683 3.295.129 3.210.486 Pantanal 10.697.369 10.148.945 9.874.732 9.681.284 9.608.981 Nativas 590.530.047 560.567.733 543.371.134 532.017.131 525.337.326 Plantadas 4.984.141 5.171.906 5.620.380 6.973.083 7.735.772 Total 595.514.188 565.739.639 548.991.514 538.990.214 533.073.098 Redução de 10,48% Estoque de Carbono (t) ESTOQUE C - BIOMAS Bioma 1990 2000 2005 2010 2015 Amazônia 74.583,80 72.043,11 70.334,36 69.461,38 68.978,57 Caatinga 2.964,08 2.799,35 2.716,99 2.644,68 2.587,44 Cerrado 8.982,32 8.038,34 7.566,35 7.189,23 6.974,89 Mata Atlântica 3.478,94 3.421,76 3.393,16 3.369,81 3.354,29 Pampa 303,36 287,98 280,30 272,89 265,87 Pantanal 818,90 776,92 755,93 741,12 735,59 Nativas 91.131,40 87.367,46 85.047,09 83.679,11 82.896,65 Plantadas 911,44 946,49 1.027,78 1.275,15 1.414,62 Total 92.042,84 88.313,95 86.074,87 84.954,26 84.311,27 Redução de 8,40% (perda de 7,7 bilhões tC) Emissão: 28 bilhões tCO2 ou 1,1 bilhão tCO2e/ano x 1.000 tC x 1.000 tC x 1.000 tC x 1.000 tC x 1.000 tC x 1.000 tC 7. O BIOFIX UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Centro de Pesquisas em Biomassa e Carbono BIOFIX Legendado English.mp4 Exercício 1 Exercício 1 – Floresta Nativa Desmatada • Área desmatada = 10 hectares • V (estoque volumétrico) = 300 m3/ha • D (densidade) = 0,78 g/cm3 • FEB (fator de expansão de biomassa) = 1,6 • R (razão de raízes) = 0,22 • FC (teor de carbono) = 0,48 • C → CO2 = 3,6667 (44/12 – C:12; O:16) • Qual a emissão pelo desmatamento? Tema 4 QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO EM FLORESTAS... CONTINUAÇÃO Exercício 2 Exercício 2 – Floresta Plantada • Não existem simuladores para plantações de restauração florestal com espécies nativas • Por isso usaremos, como exemplo, o plantio de Araucária, área plantada = 10 hectares • Qual a fixação ou sequestro em 10 anos? • Sítio: 22, média regularidade (7), sobrevivência inicial: 80% • 1.667 árvores por hectare • Simule o tempo necessário para que a floresta remova toda a emissão promovida pelo desmatamento da área. MAPA DE CARBONO <30 tC/ha 30 a 60 60 a 90 90 a 120 120 a 150 > 150 ESTOQUE DE CARBONO MAPA DE CARBONO <30 tC/ha 30 a 60 60 a 90 90 a 120 120 a 150 > 150 NECROMASSA COMPARTIMENTAÇÃO Apresentação Greyce_defesa.pptx NECROMASSA - Melhorada.pptx Exercício 2 – Floresta Plantada• Assista o vídeo: JCarbon • https://www.youtube.com/watch?v=15orKhDfdlQ • Faça um relato sintético das falas dos professores https://www.youtube.com/watch?v=15orKhDfdlQ Tema 5 INVENTÁRIOS DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA • O que são e para que servem? • Inventários dos países no mundo; • Inventários do Brasil; • Inventários de Estados; • Inventários de Municípios; • Inventários Corporativos; • Inventários de Eventos; • Outros tipos de inventários. Inventários de GEEs INFORMAÇÃO O que emite? O quanto emite? Onde está a fonte emissora? FINALIDADES Conhecer as emissões Identificar as principais fontes e setores Ganhar eficiência Desenvolver ações para reduzir emissões Melhor utilizar os recursos naturais Otimizar custos Assumir compromissos O que é um Inventário de GEEs? Realização do Inventário de GEEs Redução da Emissão de GEEs Compensação da Emissão de GEEs EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO MUNDO E NO BRASIL Relatórios do IPCC https://www.ipcc.ch/publications_and_data/public ations_and_data_reports.shtml#1 1990: FAR 1992: Suplementos 1995: SAR 2001: TAR 2007: AR4 2013: AR5 2021: AR6 (em elaboração) https://www.ipcc.ch/publications_and_data/publications_and_data_reports.shtml#1Relatórios do IPCC IPCC ALERTA QUE É CLARA A INFLUÊNCIA HUMANA NO CLIMA E PEDE AÇÕES Emissões de GEEs Emissões Mundiais dos Principais GEEs na Atmosfera Emissões de GEEs Emissões Mundiais dos Principais GEEs na Atmosfera Emissões de GEEs Emissões Mundiais de GEEs http://edgar.jrc.ec.europa.eu/overview.php?v=CO2andGHG1970-2016&sort=des8 http://edgar.jrc.ec.europa.eu/booklet2017/CO2_and_GHG_emissions_of_all_world_c ountries_booklet_online.pdf Emissões Mundiais de GEEs Contribuição dos Países no Aquecimento Global Emissões de GEEs Emissões de GEEs Emissões de GEEs O Quinto Relatório do IPCC Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas aponta que é extremamente provável, 95%, que as emissões antropogênicas sejam o principal fator responsável pelo aquecimento global. Depois de quatro anos de elaboração, com o trabalho direto de 259 autores de 39 países, que contaram com a ajuda de mais de 50 mil comentários para avaliar 9200 estudos sobre as mudanças climáticas, foi apresentado em 27/09/2013, o "Sumário para os Formuladores de Políticas" do Grupo de Trabalho I (GT I) do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Emissões de GEEs O 5º Relatório do IPCC Consultar: http://www.climatechange201 3.org/images/uploads/WGIAR5 -SPM_Approved27Sep2013.pdf http://www.institutocarbonobr asil.org.br/noticias2/noticia=73 5248 Emissões de GEEs PRIMEIRA COMUNICAÇÃO NACIONAL • Publicada em 2004, com dados de 1990-1994; • Lançada na COP-10, Buenos Aires; • I Inventário Brasileiro de GEEs e outros gases não controlados pelo Acordo de Montreal; Emissões de GEEs Primeira Comunicação Nacional.pdf Fontes Emissoras de GEEs no Brasil Emissões - O inventário emitido em 2004 mostra que em 1994, o país emitiu de cerca de 1 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2), 13 milhões de toneladas de metano e 500 mil toneladas de óxido nitroso, os principais gases causadores do efeito estufa. Esses níveis tornam o país responsável por aproximadamente 3% das emissões globais. As principais fontes são o desmatamento (75%) e a queima de combustíveis fósseis (23%). O restante está distribuído em: resíduos sólidos, esgotos, evaporação de solventes e outros produtos, produção industrial e agropecuária. Fonte: Comunicação Nacional (2004) Emissões de GEEs Fontes Emissoras de Dióxido de Carbono no Brasil Emissões de GEEs Fontes Emissoras de Metano no Brasil Emissões de GEEs Fontes Emissoras de Óxido Nitroso no Brasil Emissões de GEEs Fonte: Inventário Brasileiro de Emissões (MCT, 2004) Emissões de GEEs MUDANÇAS NO USO DA TERRA E FLORESTAS Este setor compreende quatro categorias: 1. Mudança nos estoques de biomassa em floresta e outras formações lenhosas 2. Conversão de Florestas para outros usos 3. Abandono de áreas manejadas 4. Emissão e remoção de CO2 pelos solos Emissões de GEEs ❑No setor de Mudança no Uso da Terra e Florestas as emissões líquidas de CO2 somaram 776 Tg ❑96% são por razão de conversão de florestas em atividades de agricultura, pecuária ou afins ❑A queima de biomassa nas áreas de conversão de florestas para outros usos foi responsável por emissões de 1,8 Tg de CH4, além de emissões de GEEs indiretas. ❑Resíduos não queimados decompostos: emitem CH4 (potencial de aquecimento global 21 vezes maior que do CO2). Emissões de GEEs Emissões de GEEs Emissões de CO2 Emissões de outros GEEs Emissões de GEEs Emissões de CO2 Emissões de GEEs SEGUNDA COMUNICAÇÃO NACIONAL • Publicada em 2010, com dados de até 2005; • Lançada na COP-16, Cancún; • II Inventário Brasileiro de GEEs e outros gases não controlados pelo Acordo de Montreal. Emissões de GEEs Segunda Comunicação Nacional.pdf Emissões Brasileiras até 2005 Emissões de GEEs - Brasil 77% Emissões de GEEs - Brasil ESTIMATIVAS ANUAIS DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO BRASIL http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/347281.html Emissões de GEEs - Brasil ESTIMATIVAS ANUAIS DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO BRASIL http://mct.gov.br/index.php/content/view/347281.html Emissões de GEEs - Brasil Desmatamento Amazônia https://www.youtube.com/w atch?v=x2iXXqYD0zo Emissões de GEE Emissões de GEEs - Brasil Terceira Comunicação Sumário.pdf http://sirene.mcti.gov.br/web/guest/emissoes-em-co2-e-por-setor http://sirene.mcti.gov.br/web/guest/emissoes-em-co2-e-por-setor Emissões de GEE Emissões Acumuladas Emissões Totais: 46,8 Bilhões tCO2e Florestas: 27,7 Bilhões tCO2e 15% do carbono da Floresta Amazônica já foi para a atmosfera e virou dióxido de carbono Emissões de GEEs – Brasil 59% Desmatamento na Amazônia: 28% Fermentação Entérica do gado na Amazônia: 3% Total: 31% Diretrizes Metodológicas •Metodologias do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) 1996 e 2006: usadas em praticamente todos os tipos de inventários. Usadas em inventários de países, estados, municípios, etc. •Metodologia GHG Protocol (Greenhouse Gases Protocol) adaptado para o Brasil: usada para inventários corporativos. Segue a norma NBR ISO 14.064 de 2006, de acordo com os padrões internacionais. Referências Metodológicas Nível Metodologia IPCC ICLEI GHG Nacional Estadual Municipal Corporativo Mais recomendado para as empresas IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change ICLEI – Local Governments for Sustainability GHG – Greenhouse Gases Protocol ENERGIA AGRICULTURA, FLORESTAS E OUTROS USOS PROCESSOS INDUSTRIAIS RESÍDUOS SETORES DO IPCC AFOLU – Agriculture, Forestry and Other Land Uses Metodologia do IPCC Volume 1 - Guia Geral Volume 2 - Energia Volume 3 - Processos Industriais Volume 4 - Agricultura, Florestas e Outros Usos Volume 5 - Resíduos http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/public/2006gl/index.html GHG Protocol Brasil Programa Brasileiro GHG Protocol - 5 anos.mp4 Ferramenta_GHG_Protocol_v2012.0.2_Preenchida.xlsx 1. Princípios de contabilização e comunicação 2. Estabelecimento de limites organizacionais 3. Estabelecimento de limites operacionais 4. Identificando e calculando emissões 5. Registro de emissões ao longo do tempo 6. Relatando emissões de GEE Se q u ê n ci a A ti vi d ad e s 0 0 LIMITE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL DEFINIÇÃO DO ANO BASE DEFINIÇÃO DOS ESCOPOS LEVANTAMENTO, COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS CÁLCULO DAS EMISSÕES DE GEE OUTPUT DO INVENTÁRIO: RELATÓRIO MONITORAMENTO CONTROLE QUALIDADE MEDIDAS DE REDUÇÃO DE EMISSÕES ESCOPO 1 ESCOPO 2 ESCOPO 3 EMISSÕES DIRETAS COMPRA ENERGIA EMISSÕES INDIRETAS Emissões da biomassa informadas à parte ANO BASE ? Escopos Inventário de GEEs do PR Inventário GEE Paraná.pdf Inventário de GEEs de Curitiba Inventário GEE Curitiba.pdf Inventário de GEEs Corporativo Inventário GEE Klabin 2014.pdf INVENTÁRIOS DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NA REALIZAÇÃO DE EVENTOS Aluna: Mariana Nunes Orientadora: Profa. Dra. Greyce Maas Especialização em Projetos Sustentáveis, Mudanças Climáticas e Gestão Corporativa de Carbono INTRODUÇÃO ▪ Mudanças Climáticas: Grande desafio para a humanidade; ▪ Protocolo de Quioto como um marco referencial internacional; ▪ Inventários de GEE: GHG Protocol. ▪ Em 2013: Total de 590 mil eventos realizados; ▪ Público aproximado de 202,1 milhões de pessoas; ▪ Representa 4,3% do PIB brasileiro. (ABEOC Brasil e SEBRAE, 2014 ) ▪ ISO 21.121/2012: Gestão Sustentável de Eventos Alto potencial gerador de impactos ambientais!! OBJETIVO Analisar as emissões de dois eventos ocorridos em Junho de 2016 na cidade de Natal/RN, decorrentes das comemorações da Semana do Meio Ambiente. Além de buscar apresentar a proposta de neutralização de carbono visando a mitigação dos impactos ambientais gerados e, por fim, comparar este Estudo de caso com outros inventários encontrados na literatura. MATERIAIS E MÉTODOS Quanto a Natureza Aplicada Quanto a Abordagem Qualitativa Quanto aosObjetivos Exploratório Descritivo Quanto aos Procedimentos Estudo de Caso Bibliográfica Figura 1: Esquema metodológico do estudo quanto ao tipo de pesquisa MATERIAIS E MÉTODOS ▪ Natal-RN; ▪ Duas (2) Instituições de Ensino (Particular e Pública); ▪ Eventos em comemoração a Semana do Meio Ambiente; ▪ Categoria: Seminário e Workshop ▪ Recorte temporal: 1 dia - 2 de Junho (8 horas); 10 de Junho (4 horas) ▪ Metodologia utilizada: Programa Brasileiro GHG Protocol Localização e Caracterização do Campo de Estudo Seminário Workshop MATERIAIS E MÉTODOS Inventário de Emissões Elaborar o relatório de emissões de GEE Documentar resultados, propor melhorias para próximos eventos e ações de compensação ambiental. Calcular as emissões Emissões de GEE = Dados da atividade x fator de emissão Coletar os dados Quantidade consumida, percorrida ou produzida das fontes emissoras inventariadas Selecionar a metodologia de cálculo e fatores de emissão Definir os escopos (1, 2 e/ou 3) Levantamento das fontes emissoras de CO2 Definir os limites operacionais Quais fontes de emissões serão incluídas no inventário Definir os limites organizacionais Todas as estruturas físicas desde o planejamento até a finalização do evento Figura 2 - Fluxograma de etapas metodológicas para a realização de inventários. RESULTADOS – Estudo de Caso Dados Gerais dos eventos Os inventários são referente a etapa de “Realização do Evento” Seminário 02 de Junho 170 (participantes e staff) 8 horas Workshop 10 de Junho 90 (participantes e staff) 4 horas RESULTADOS – Estudo de Caso Limites Operacionais Fontes de emissões de GEE Escopo 1 Emissões diretas provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pelo evento Geração de energia (Gerador) Escopo 2 Emissões indiretas proveniente da aquisição de energia elétrica que é consumida pelo evento Compra de energia elétrica (consumo) Escopo 3 Emissões indiretas que ocorrem em fontes que não pertencem ou são controladas pelo evento • Resíduos sólidos gerados • Transporte dos participantes e organizadores • Transporte de materiais e documentos Dados Gerais dos eventos RESULTADOS – Seminário Resultado por escopo Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3 Geração de energia (gerador) Consumo de energia Elétrica - 156 kWh Deslocamento - 2.640 km Geração de resíduos – 30 kg 0 tCO2eq 20 kg CO2eq Deslocamento – 420 kg CO2eq Resíduos – 39 kg CO2eq 0% Infraestrutura – 4% Deslocamento – 88% Geração de resíduos – 8% Emissão Total 479 kgCO2eq Emissão per capita 0,23 kgCO2eq/pessoa RESULTADOS – Workshop Resultado por escopo Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3 Geração de energia (gerador) Consumo de energia Elétrica – 159 kWh Deslocamento – 1.464 km Geração de resíduos – 20 kg 0 tCO2eq 20 kg CO2eq Deslocamento – 176 kg CO2eq Resíduos – 38 kg CO2eq 0% Infraestrutura – 9% Deslocamento – 75% Geração de resíduos – 16% Emissão Total 234 kgCO2eq Emissão per capita 0,42 kgCO2eq/pessoa Seminário x Workshop Para ambos: ▪ O Escopo 3 foi o mais representativo; ▪ Fonte emissora mais representativa: Deslocamento. Atividades Seminário Workshop Consumo de energia 4% 9% Geração de Resíduos 8% 16% Deslocamento 88% 75% Emissão total 479 kgCO2eq 234 kgCO2eq Emissão per capita 0,23 kgCO2eq/pessoa 0,42 kgCO2eq/pessoa Compensação ambiental Projeto Apoiado: Ecomapuá Amazon (REDD) - Ilha de Marajó, Pará. O seu objetivo principal é evitar o desmatamento não planejado de uma área de 86,269.84 h. Prevê reduções no desmatamento e nas emissões de CO2 durante os 30 anos de vida útil do projeto, além disso, os créditos de carbono gerados também serão dedicados a melhorar as condições sociais e ambientais de comunidades locais. Compra de 1 crédito de carbono referente a cada evento Comparando a literatura e o estudo de caso Tabela 3 – Análise de inventários de GEE de eventos em estudos de caso disponíveis na literatura. Parkes et al, 2016; SENAI, 2015; Betaressi et al, 2015; Scrucca et al, 2014; Way Carbon, 2014; Duarte & Marchetto, 2014; FIFA, 2014; Alves, 2013; MaxAmbiental & Ecoatlântica, 2013; SUFRAMA, 2011; GreenCO2, 2011. Comparando a literatura e o estudo de caso Tabela 3 – Análise de inventários de GEE de eventos em estudos de caso disponíveis na literatura. Comparando a literatura e o estudo de caso Tabela 3 – Análise de inventários de GEE de eventos em estudos de caso disponíveis na literatura. Algumas considerações: • 81% dos artigos usam GHG Protocol; • 45% dos eventos: fases pré-evento-pós (grandes eventos); • Escopo 3 o mais representativo. Fonte emissora: Transporte • Fontes emissoras mais comuns: transporte, resíduos, consumo e geração de energia; • Evento de maior pegada de carbono: Copa do Mundo - FIFA 2014 (2,723.756 tCO2eq); • Evento de maior pegada de carbono per capita: Parque Olímpico de Londres • Compensação ambiental mais comum: Plantio de mudas. Considerações finais ▪ A sustentabilidade cada vez mais presente na gestão de eventos; ▪ Importância da complementação da metodologia GHG Protocol com as propostas da IS0 21.121/12; ▪ Para eventos, o escopo 3 (mesmo sendo opcional) é o mais representativo; ▪ A fonte emissora “Transporte” é a mais representativa dentre as demais, tanto no estudo de caso quanto visto na literatura consultada. ▪ Importância do recorte temporal (fases) do inventário. Sugere-se a gestão sustentável do evento a partir da fase de planejamento. ▪ Prioridade na redução das emissões de GEE ainda na fonte, ao invés de focar somente na sua quantificação e compensação ambiental. Exercício 3 Exercício – Emissões em uma Residência • Consumo de Energia Elétrica/mês = 268 kWh; • Consumo de gás de cozinha = 1 botijão 13 kg; • Veículo: 1 veículo médio a gasolina = 200 L/mês; • 3 pessoas • Lixo orgânico = 0,5 kg/dia por pessoa; • Esgoto = ver • Fatores de emissão • Energia elétrica, combustíveis, resíduos e efluentes • Qual a emissão anual? Tema 6 O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO E O MERCADO DE CARBONO Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Clean Development Mechanism – CDM) Comércio de Emissões (Emission Trading – ET) Implementação Conjunta (Joint Implementation – JI) Para atingir as metas do Protocolo de Quioto Medidas domésticas Mecanismos de flexibilidade Protocolo de Quioto Fundamentos do MDL •Protocolo de Quioto: instrumento legal internacional que propõe uma solução comercial a um problema ambiental global; •MDL: mecanismo de concretização desta solução com a participação dos países em desenvolvimento, previsto no Art. 12 do PQ; Fundamentos do MDL ❑ Desenvolver atividades em prol das Mudanças Climáticas numa cooperação entre países do Anexo I e Não-Anexo I; ❑ Permitir aos países industrializados cumprir com metas de reduções (a um menor custo); ❑ Contribuir com o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. MDL/CDM Finalidade: Geração de “RCE” (Reduções Certificadas de Emissões) para flexibilizar o cumprimento das metas dos países do Anexo I da Convenção-Quadro Modalidades: Investimentos dos países do Anexo I em PROJETOS nos países não-Anexo I Exigências dos projetos: Diminuir as emissões dos GEE e/ou aumentar o sequestro de carbono Contribuir para o desenvolvimento sustentável MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO Histórico do MDL Eco 92 Convenção de Mudanças Climáticas 1994 Protocolo de Quioto 1997 Conceito Projetos de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) onde um país industrializado investe em um país em desenvolvimento de maneira economicamente viável. Objetivo Estabilizar as concentrações dos Gases de Efeito Estufa (CO2, CH4, etc.) na atmosfera, oriundos da atividade humana. Metas • Redução das emissões em 5% abaixo dos níveis de 1990. • Período de compromisso – 2008 a 2012 • Entrada em vigor – Fevereiro 2005 Histórico do MDL COP 7 - Marrakesh 2001 COP 11 - Canadá 2005 Canadá • Melhorias no funcionamento do Conselho Executivo do MDL, visando amenizar a lentidão da burocracia
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