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Estrutura das Demonstrações Financeiras

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Prévia do material em texto

Aula 1 
 
 
Estrutura das Demonstrações Financeiras segundo a Lei 11.638/07 
 
 
1. Introdução: 
 
Esta aula tem como objetivo tecer alguns comentários à cerca da Lei nº 11.638, de 28 de 
dezembro de 2007, principalmente em relação às demonstrações financeiras. 
A 11.638/07 alterou diversos aspectos da Lei nº 6404/76 (base da contabilidade brasileira), 
trazendo as adaptações necessárias para adequação da contabilidade brasileira aos padrões 
internacionais de contabilidade. 
Enquanto tramitava no Congresso Nacional o projeto de lei no 3.741/00 até a sua 
transformação na Lei no 11.638/07, as normas internacionais evoluíram, e sofreram grandes 
modificações. Como essas mudanças não foram captadas pelo projeto de lei, a nova lei 
apresenta-se com algumas defasagens e alguns conceitos ultrapassados, não obstante de 
trazer grande evolução nas práticas contábeis no sentido da convergência internacional. 
Várias questões foram levantadas desde a necessidade de atualização dessa Lei já no seu 
nascedouro, como às questões fiscais que mudanças dessa natureza acabam por provocar. 
Foi editada a Medida Provisória (MP) no. 449/08 que representa um grande passo no 
sentido da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade. 
Importante ressaltar, que não obstante, de todas as modificações já implantadas pela 
legislação e dos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) há um longo caminho para que a Contabilidade brasileira esteja aparelhada com as 
normas internacionais. 
 
 2 
 
1.1 Demonstrações Financeiras: 
 
A partir de 2008 (Lei nº 11.638/07) as demonstrações financeiras exigidas pela legislação 
societária são as seguintes: 
 
a) Companhias fechadas: 
- Balanço Patrimonial (BP); 
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); 
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), se possuir, à data do balanço, patrimônio 
 líquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) 
 
b) Companhias abertas: 
- Balanço Patrimonial (BP); 
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), por exigência da 
 Comissão de Valores Mobiliários 
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), independente do montante do patrimônio 
líquido da companhia; 
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória, 
mas poderá ser elaborada, a critério das empresas, para fins gerenciais. Foi substituída pela 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 
c) Companhias fechadas X Companhias abertas: 
As companhias fechadas se diferenciam das abertas porque não têm ações ou títulos 
negociados em bolsas de valores, isto é, obtêm recursos entre os próprios acionistas – os 
donos da S.A., e seus sócios não dão publicidade ao capital, como acontece nas companhias 
abertas (captam os recursos junto ao público). Em ambos os casos, entretanto, a 
responsabilidade dos sócios é limitada ao capital subscrito. 
 
d) Empresa de Grande Porte: 
É considerada empresa de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle 
comum, que tiverem, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 
 3 
ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00, dentro desse conceito estão incluídas 
as limitadas. 
 
e) Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada: 
 
Pela legislação do Imposto de Renda, essas sociedades deverão seguir parte dos 
dispositivos das Sociedades Anônimas. Assim sendo, as demonstrações financeiras 
exigidas, são: 
- Balanço Patrimonial (BP); 
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ou Demonstração 
 das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), somente para as Limitadas enquadradas como 
uma Sociedade de Grande Porte. 
 
1.2. Elaboração e Divulgação das Demonstrações Financeiras 
As demonstrações financeiras são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre 
os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante aos acionistas, credores, 
governo e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo revelar, a todas as pessoas 
interessadas, as informações sobre o patrimônio, e os resultados da empresa, a fim de 
possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação econômico-financeira. 
 
Por isso, a legislação societária determina que, ao término de cada exercício social, a 
administração da empresa faça elaborar, com base na sua escrituração contábil, 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
empresa e as mutações ocorridas no exercício. 
 
Essas demonstrações serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das 
demonstrações do exercício anterior. 
 
As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações financeiras, e têm como 
objetivo dar maior transparência às informações contidas nas demonstrações financeiras, de 
modo que possibilite perfeito entendimento por parte das pessoas interessadas – acionistas, 
investidores, credores, governo, etc. 
Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações 
financeiras e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas. 
 
 4 
As principais partes dessas publicações são: 
 
 Relatório da Diretoria: 
Através desse relatório, a Diretoria presta informações aos acionistas sobre diversos aspectos 
do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras, 
produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, 
resultados alcançados, planos, previsões, etc... 
É uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na empresa. O Relatório 
da Diretoria e uma peça em que se relata livremente aquilo que julga importante e, 
invariavelmente,‘’doura a pílula.” 
 
 Demonstrações Financeiras das Cias. Abertas: 
 
Elas são compostas de cinco peças: 
a) Balanço Patrimonial (BP); 
b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), por exigência da 
 Comissão de Valores Mobiliários 
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), independente do montante do 
 patrimônio líquido da companhia; 
e) Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
 
 Notas Explicativas: 
 
São dados e informações que ora complementam as demonstrações financeiras – como, por 
exemplo, taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações de longo prazo -, ora fornecem 
critérios contábeis, como avaliação de estoques, depreciação e demais provisões, ou ainda 
acrescentam informações, como garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital 
social, eventos subsequentes `a data do balanço que tenham efeitos relevantes sobre a situação 
financeira da companhia, etc. 
Enfim, as Notas Explicativas contem um conjunto de elementos que auxiliam a fazer avaliação 
mais ampla da empresa. 
 Parecer dos Auditores: 
 
 É obrigatório para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis – ações 
 ou debêntures – colocadas ao público e para as empresas limitadas enquadradas como 
 Sociedade de Grande Porte. 
 5 
 
 Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são 
 contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das Demonstrações 
 Financeiras. Verificam os controles internos da empresa, conferem lançamentos 
 e conciliações contábeis e checam os saldos com os bancos, clientes e fornecedores, 
 tudo por amostragem. Em função disso, a opinião dos auditores tem satisfatória 
 probabilidade de estar correta e pequena probabilidade de falhar. 
 
 As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os errose 
 fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores. 
 
 
 
 
 6 
1.3 Balanço Patrimonial: 
 
De acordo com a Lei no. 11.638, o BP deve conter os seguintes grupos de contas: 
 
ATIVO 
ATIVO CIRCULANTE 
 Disponibilidades. 
 Direitos Realizáveis no curso do exercício social seguinte 
 Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE 
- Ativo Realizável a Longo Prazo 
 Direitos realizáveis após o termino do exercício seguinte 
 Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
 controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
 constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. 
 
- Investimentos 
 
 Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não 
classificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem a 
manutenção da atividade da companhia ou empresa. 
 
- Imobilizado 
 
 Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
companhia ou empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
 
- Intangível 
 Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
 7 
 
PASSIVO 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
 Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo 
Permanente quando vencerem no exercício seguinte. 
 
PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 
 Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte. 
 
PATRIMONIO LIQUIDO 
 
Capital Social 
 Montante do capital subscrito e, por dedução, a parcela não realizada. 
Reservas de Capital 
 Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias. 
 Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. 
 Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada. 
(+-) Ajustes de avaliação patrimonial 
 Enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
 competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a 
 elementos do ativo. 
Reservas de Lucros 
 Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia. 
 (-) Prejuízos Acumulados 
 (-) Ações em Tesouraria 
 Ações de própria emissão da entidade que ela recompra no mercado. 
. 
 
 Quando o BP é elaborado na data do encerramento 
 do exercício social, os direitos e as obrigações classificados no Curto Prazo 
 (até 1 ano) se darão no curso do exercício seguinte. Em relação ao Longo Prazo 
(após 1 ano) se darão após o término do exercício seguinte. 
 
 Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração 
 maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo 
 terá por base o prazo desse ciclo. 
 8 
1.4. Demonstração do Resultado do Exercício: 
Segundo a Lei 11.638, dezembro de 2007, a DRE discriminará os seguintes elementos: 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
(-) 
DEDUÇÕES ( Devoluções de vendas, Abatimentos e Impostos incidentes) 
(=) 
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(-) 
CUSTO OPERACIONAL (de Produtos, Mercadorias e Serviços Vendidos) 
(=) 
LUCRO (ou PREJUÍZO) OPERACIONAL BRUTO 
(-) 
DESPESAS OPERACIONAIS (Comerciais, Administrativas, Financeiras Líquidas e outras 
despesas operacionais) 
(=) 
LUCRO (ou PREJUÍZO) OPERACIONAL 
( + ou - ) 
OUTRAS RECEITAS e OUTRAS DESPESAS 
( + ou - ) 
RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 
(-) 
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA 
(-) 
PARTICIPACOES ( Debenturistas, Empregados, Administradores, Contribuições para Instituições 
ou Fundo de Assistência ou Previdências de empregados, que não se caracterizem como despesa). 
(=) 
LUCRO (ou PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
LUCRO ou PREJUÍZO POR AÇÃO 
 
 
OBS: 
 Lucro (ou prejuízo) por ação = Lucro (ou prejuízo) por ação 
 Número de ações
 9 
 1.5 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
A DLPA visa a apresentar os elementos que provocaram modificações, para mais ou para 
menos, no saldo da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”. 
 
Modelo da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
SALDO DO INÍCIO DO PERÍODO 
( + OU – ) 
AJUSTES DE EXECÍCIOS ANTERIORES 
( = ) 
SALDO INICIAL AJUSTADO 
( - ) 
DESTINAÇÕES DURANTE O EXERCÍCIO 
( aumento de capital, dividendos, etc...) 
( + ) 
REVERSÕES DE RESERVAS 
 ( + OU – ) 
LUCRO (ou PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
( = ) 
SALDO A DISPOSIÇÃO DA A.G.O 
( - ) 
PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO SALDO 
 - Transferência para reservas 
 - Dividendos (R$ por ação) 
 - Aumento de capital etc.. 
( = ) 
SALDO FINAL DO EXERCÍCIO 
 
Pela Lei nº 11.638/07, a conta de Lucros Acumulados é eliminada no Balanço Patrimonial, 
visto que o Patrimônio Líquido é dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
Todo o resultado precisará, obrigatoriamente, ser destinado, e as parcelas do resultado a 
serem retidas precisarão ser contabilizadas nas reservas próprias. Só poderá haver saldo na 
forma de Prejuízos Acumulados. 
 Na verdade, o que está vedada não é a existência da conta, tanto que sua demonstração 
continua totalmente vigente, mas apenas a figura de saldo positivo no balanço. Assim, sua 
existência precisa, é claro, continua sendo prevista no Plano de Contas. 
 
A conta de Lucros Acumulados continuará sendo utilizada como contrapartida, 
primeiramente, da transferência do Resultado do Exercício, recebendo o lucro ou o prejuízo 
 10 
do período; a seguir, é utilizada para a contabilização de todas as reservas de lucros e 
finalmente, para a distribuição de dividendos. Em outras palavras, o que desaparece é a 
possibilidade de existir saldo final positivo nessa conta ao final de cada exercício social. 
Ao longo do exercício, todavia, não só poderá como deverá esse saldo existir (positivo ou 
negativo), já que a destinação de 100% de seu saldo positivo só ocorre na contabilização da 
proposta de destinação do resultado ao final do exercício social. 
 
1.6 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
 
A DMPL tem por objetivo facilitar a análise das modificações ocorridas nos componentes 
do patrimônio liquido, a partir do saldo final de cada conta do exercício anterior – Capital 
Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Prejuízos Acumulados – ate chegar ao 
saldo final do exercício em analise, isto e, aumento ou diminuição do patrimônio liquido. 
 
A seguir um modelo simplificado da DMPL 
 
DISCRIMINAÇAO Capital 
Social 
Reserva de 
Capital 
Reserva 
de 
Lucros 
Lucros 
Acumulados 
Total 
Saldos iniciais 
Aumento do capital 
social 
 
Lucro líquido do 
exercício 
 
Destinação dos lucros 
Constituição de reservas 
Saldos finais 
 
 
Observe que a conta Lucros Acumulados recebe lançamentos referentes ao reconhecimento 
do lucro durante o exercício. Na data do encerramento do exercício, essa conta deve 
apresentar saldo zero. O valor nela contido è destinado ao pagamento de dividendos e/ou à 
constituição de reservas de lucro. 
 11 
 
1.7 Demonstração dos Fluxos de Caixa: 
 
A DFC procura evidenciar as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e 
equivalentes decaixa, como saldo bancário e aplicações financeiras) da companhia em 
determinado período, através de fluxos de recebimentos e pagamentos. 
Essas alterações são segregadas em, no mínimo 3 (três) fluxos: 
a) das operações 
b) dos financiamentos e, 
c) dos investimentos. 
 
1.8 Demonstração do Valor Adicionado: 
 
A DVA evidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, ou seja, o quanto ela 
adicionou de valor a seus fatores de produção, e de que forma essa riqueza foi distribuída 
(entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital) e quanto ficou retido na 
empresa. 
 
 
1.9 Modificações ocorridas na estrutura do Balanço Patrimonial – Lei 11.638/07 
 
No Ativo: 
 
a) criação do ativo não-circulante, dividido em ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível 
 
b) eliminação do grupo “Permanente” 
 
c) eliminação do Ativo Diferido, mas com a permissão de manutenção do saldo de 
dezembro de 2008 que não puder ser reclassificado, até a sua completa amortização. 
 12 
 
 
No Passivo: 
 
a) criação do passivo não-circulante 
 
b) eliminação do grupo de Resultado de Exercícios Futuros 
 
c) no grupo do Patrimônio Liquido: 
 
- eliminação ou “congelamento” das reservas de reavaliação, já que novas 
 reavaliações estão proibidas. 
 
 - eliminação ou “congelamento” das reservas de doações e subvenções para 
 investimentos 
 
 - eliminação ou “congelamento” das reservas de prêmios por emissão de debêntures 
 
 - eliminação da conta de Lucros Acumulados, só poderá existir a de Prejuízos 
 Acumulados. 
 
 - criação da conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial: Enquanto não computadas 
 no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as 
 contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do 
 ativo. 
 
 
1.10 Modificações ocorridas na Demonstração de Resultado do Exercício – 
 Lei 11.638/07 
 
 - eliminação da figura do resultado não-operacional 
 
 - receitas e despesas registradas de outra forma 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
1.11 Transcrições dos Artigos 178, 179 e 180 
 
 
 À esquerda aparecem riscados os textos que foram retirados da Lei 6.404/76. À direita 
os textos adicionados pela Lei 11.638/07 em negrito. 
. 
Lei 6.404/04 Lei 11.638/07 
BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL 
Art. 178 
No balanço, as contas são classificadas 
segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o 
conhecimento e a analise da situação 
financeira da companhia. 
Art. 178 
No balanço, as contas são classificadas 
segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o 
conhecimento e a analise da situação 
financeira da companhia. 
Parágrafo 1 No ativo, as contas serão 
dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, 
nos seguintes grupos: 
Parágrafo 1 No ativo, as contas serão 
dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, 
nos seguintes grupos: 
a) ativo circulante I – ativo circulante, e (incluído pela Medida 
Provisória no. 449, de 2008 
b) ativo realizável a longo prazo II – ativo não-circulante, composto por 
ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível 
(Incluído pela MP no. 449, de 2008. 
c) ativo permanente, dividido em 
investimentos, ativo imobilizado e ativo 
diferido. 
 
Parágrafo 2 No passivo, as contas serão 
classificadas nos seguintes grupos: 
Parágrafo 2 No passivo, as contas serão 
classificadas nos seguintes grupos: 
a) passivo circulante I – passivo circulante (Incluído pela MP no. 
449, de 2008) 
b) passivo exigível a longo prazo II – passivo não-circulante, e (Incluído 
pela MP no. 449, de 2008. 
c) resultados de exercícios futuros III – patrimônio líquido, dividido em capital 
social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Incluído pela MP no. 449, de 
2008) 
 
 14 
 
Ativo Ativo 
Lei 6.404/04 Lei 11.638/07 
Art. 179 
As contas são classificadas do seguinte 
modo: 
Art. 179 
As contas são classificadas do seguinte 
modo: 
I – Ativo circulante: .................. I – Ativo circulante: .................. 
II – Ativo realizável a longo prazo: ......... II – Ativo realizável a longo prazo: .......... 
III – em investimentos: ........ III – em investimentos: .......... 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que 
tenham por objeto bens destinados à 
manutenção das atividades da companhia e 
da empresa , ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os de propriedade 
industrial ou comercial. 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que 
tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da 
companhia e da empresa , ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens 
(Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007). 
V – no ativo diferido: as aplicações de 
recursos em despesas que contribuirão para 
a formação do resultado de mais de um 
exercício social, inclusive os juros pagos ou 
creditados aos acionistas durante o período 
que anteceder o início das operações sociais. 
V – (Revogado pela MP no. 449, de 2008) 
 VI – no intangível: os direitos que tenham 
por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive o fundo de 
comercio adquirido. (Incluído pela lei no 
11.638, de 2007) 
Parágrafo único: ........ Parágrafo único: ........ 
 
 
 15 
 
 
Passivo Exigível Passivo Exigível 
Lei 6.404/04 Lei 11.638/07 
Art. 180 
As obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos de ativo 
permanente, serão classificadas no passivo 
circulante quando se vencerem no exercício 
seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se 
tiverem vencimento em prazo maior, observando 
o disposto no parágrafo único do artigo 179. 
Art. 180 
As obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos de ativo 
não-circulante, serão classificadas no passivo 
circulante quando se vencerem no exercício 
seguinte, e no passivo não-circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior, observando o 
disposto no parágrafo único do artigo 179 
Resultado de Exercícios Futuros 
Art. 181 Serão classificadas como resultado de 
exercício futuro as receitas de exercícios futuros, 
diminuídas dos custos e despesas a elas 
correspondentes. 
 
Resultado de Exercícios Futuros 
Art. 181. (Revogado pela MP no. 449, de 2008) 
Patrimônio Líquido 
Art. 182. A conta do capital social ....... 
Patrimônio Líquido 
Art. 182. A conta do capital social ....... 
§1 Serão classificadas como reservas de capital 
..... 
§ 1 Serão classificadas como reservas de capital 
..... 
a) a contribuição do subscritor de ações ...... a) a contribuição do subscritor de ações ...... 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e 
bônus de subscrição. 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e 
bônus de subscrição. 
c) o premio recebido na emissão de debêntures. c) (revogada), (Redação dada pela Lei no 
11.638, de 2007) (Revogada pela lei no 11.638, 
de 2007) 
d) as doações e as subvenções para investimentos. d) (revogada). (Redação dada pela lei no 
11.638, de 2007) (Revogada pela lei no 11.638, 
de 2007) 
§ 2. Será ainda registrado como reserva de capital 
o resultado da correção monetária do capital 
realizado ...... 
§ 2. Será ainda registrado como reserva de capital 
o resultado da correção monetária do capital 
realizado ...... 
§ 3. Serão classificadas como reservas de 
reavaliação as contrapartidas de aumentos de 
valor atribuídos a elementos do ativo em virtudede novas avaliações com base em laudo nos 
termos do art. 8º, aprovado pela assembléia geral. 
§ 3. Serão classificadas como ajustes de 
avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de 
valor atribuídos a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a 
valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, 
em normas expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários, com base na competência 
conferida pelo § 3 do art. 177. (Redação dada 
pela MP no. 449, de 2008 
 
§ 4 Serão classificadas como reservas de lucros 
........ 
§ 4 Serão classificadas como reservas de lucros 
........ 
§ 5 As ações em tesouraria .... § 5 As ações em tesouraria .... 
 16 
 
Critérios de Avaliação do Ativo 
Lei 6.404/04 Lei 11.638/07 
Art. 183 
No balanço, os elementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios: 
Art. 183 
No balanço, os elementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios: 
I – os direitos e títulos de créditos, e quaisquer 
valores mobiliários não classificados como 
investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo 
valor do mercado, se este for menor, serão 
excluídos os já prescritos e feitas às provisões 
adequadas para ajustá-los ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, ate o limite do valor do mercado, para 
registro de correção monetária, variação cambial 
ou juros acrescidos. 
I – as aplicações em instrumentos financeiros, 
inclusive derivativos, e em direitos e títulos de 
créditos , classificados no ativo circulante ou no 
realizável a longo prazo: (Redação dada pela 
Lei no. 11.638, de 2007 
 a) pelo seu valor justo, quando se tratar de 
aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda, e (Redação dada pela 
MP no 449, de 2008 II 
 b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de 
emissão, atualizado conforme disposições legais 
ou contratuais, ajustado ao valor provável de 
realização, quando este for inferior, no caso das 
demais aplicações e os direitos e títulos de 
créditos, (Incluída pela lei no 11.638, de 2007) 
II – os direitos ...... II – os direitos ...... 
III – os investimentos ....... III – os investimentos ....... 
IV – os demais investimentos .... IV – os demais investimentos .... 
V – os direitos classificado no imobilizado .... V – os direitos classificado no imobilizado .... 
VI – o ativo diferido ....... VI – o ativo diferido ....... 
 VII – os direitos classificados no intangível, 
pelo custo incorrido na aquisição deduzido do 
saldo da respectiva conta de amortização 
(Incluído pela Lei no 11.638, de 2007) 
 VIII – os elementos do ativo decorrentes de 
operações de longo prazo serão ajustados a 
valor presente, sendo os demais ajustados 
quando houver efeito relevante. (Incluídos pela 
Lei no 11.638, de 2007) 
§ 1 Para efeitos do disposto neste artigo, 
considera-se valor de mercado. 
§ 1 Para efeitos do disposto neste artigo, 
considera-se valor justo: (Redação dada pela MP 
no. 449, de 2008) 
a) das matérias-primas ...... a) das matérias-primas ...... 
b) dos bens ou direitos ..... b) dos bens ou direitos ..... 
c) dos investimentos, ...... c) dos investimentos, ...... 
 d) dos investimentos financeiros, o valor que 
pode se obter em um mercado ativo, decorrente 
de transação não compulsória realizada entre 
partes independentes,. E, na ausência de um 
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mercado ativo para um determinado 
instrumento financeiro: (Incluída pela lei 
11.638, de 2007) 
 1) o valor que se pode obter em um mercado 
ativo com a negociação de outro instrumento 
financeiro de natureza, prazo e risco similares., 
ou (Incluído peã Lei 11.638, de 2007) 
 2) o valor presente liquido dos fluxos de caixa 
futuros para instrumentos financeiros de 
natureza, prazo e risco similares., ou (Incluído 
pela Lei 11.638, de dezembro de 2007) 
 3) o valor obtido por meio de modelos 
matemático-estatísticos de precificação de 
instrumentos financeiros (Incluído pela lei 
11.238, de 2007) 
§ 2 A diminuição do valor dos elementos dos 
ativos imobilizado será registrada periodicamente 
nas contas de: 
§ 2 A diminuição do valor dos elementos dos 
ativos imobilizado e intangível será registrada 
periodicamente nas contas de: (Redação dada pela 
MP no. 449, de 2008) 
a) depreciação .... a) depreciação .... 
b) amortização, ..... b) amortização, ..... 
c) exaustão, .... c) exaustão, .... 
§ 3 os recursos aplicados no ativo diferido serão 
amortizados periodicamente, em prazo não 
superior a\dez anos, a partir do inicio da operação 
normal ou do exercício em que passem a ser 
usufruídos os benefícios deles decorrentes, 
devendo ser registrada a perda do capital aplicado 
quando abandonados os empreendimentos ou 
atividades a que se destinavam, ou comprovado 
que essas atividades não poderão produzir 
resultados suficientes para amortizá-los. 
§ 3 A companhia deverá efetuar, 
periodicamente analise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e ao 
intangível, a fim de que sejam: (Redação dada 
pela MP no. 449, de 2008). 
 I – registradas as perdas de valor do capital 
aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades 
a que se destinavam ou quando comprovado 
que não poderão produzir resultados 
suficientes para recuperação desse valor., ou 
(Incluídos pela Lei no 11.638, de 2007) 
 II – revisados e ajustados os critérios utilizados 
para determinação da vida econômica estimada 
e para calculo da depreciação, exaustão e 
amortização (Incluído pela Lei no 11.638, de 
2007) 
§ 4 Os estoques ..... § 4 Os estoques .....

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