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Balanço Patrimonial: Ativo não-Circulante

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1 
Caderno 8 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL: ATIVO NÃO-CIRCULANTE 
 
 
Introdução: 
 
Este capítulo tem como propósito o estudo da estrutura do Ativo, enfocando o grupo Ativo 
não-Circulante. 
 
 
Estrutura do Ativo no Balanço Patrimonial – Lei 11.638/07 
 
 Você aprendeu em aulas anteriores que as contas de Ativo são classificadas em ordem 
decrescente de liquidez, ou seja, capacidade de se transformar em dinheiro mais 
rapidamente. O mesmo acontece com os grupos do Ativo. Pela Lei 11.638/07 o Ativo 
classifica-se em dois grupos: Ativo Circulante e Ativo não-Circulante. 
O Ativo não-Circulante é dividido em quatro subgrupos a saber: Ativo Realizável a Longo 
Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
Estrutura atual do Balanço Patrimonial – Lei 11.638/07 
 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
 
Ativo não-Circulante: 
 . Ativo Realizável a Longo Prazo 
 . Investimentos 
 . Imobilizado 
 . Intangível 
Passivo Circulante 
 
Passivo não-Circulante 
 
Patrimônio Líquido 
Total Total 
 
 2 
- Ativo Realizável a Longo Prazo 
Para classificar um direito como Ativo Realizável a longo Prazo, tem-se que levar em 
consideração os seguintes aspectos 
 
 Prazo  Os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte (tendo como base a 
data do encerramento do balanço), ou seja, 
num período superior a 12 meses após o 
levantamento do balanço. 
 Por determinação legal (independente 
do prazo) 
 Os direitos derivados de: 
 vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, 
diretores, acionistas ou participantes no 
lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na 
exploração do objeto da empresa. 
 
 
 Entendem-se como negócios usuais na exploração do 
 objeto da companhia, se as vendas forem oriundas de 
 vendas normais dos produtos ou serviços da empresa. 
 
 
 
 
 Observe que, os créditos de “coligadas ou controladas”, 
 diretores, acionistas ou participantes no lucro” serão classificados 
 no ARLP desde que sejam oriundos de negócios não usuais na 
 exploração do objeto da companhia, independente do prazo de vencimento 
 
 
 
 
 
 Longo Prazo acima de 1 ano ou superior ao ciclo 
 Operacional, se este for maior que 1 ano 
 
 
 3 
 
 
 
 Componentes do ARLP: 
 
 
 
 1. Contas a Receber: 
- Contas a Receber a Longo Prazo (qualquer das especificadas no AC). 
- Créditos de acionistas – Transações não operacionais 
- Créditos de diretores – Transações não operacionais 
- Créditos de coligadas e controladas – Transações não operacionais 
- Adiantamentos a terceiros etc. 
 
 
 2. Investimentos Temporários a Longo Prazo (qualquer dos especificados no AC) 
 
 
 3. Aplicações em Incentivos Fiscais: 
 
 
 
 4. Despesas Antecipadas a Longo Prazo (qualquer das especificadas no AC) 
 
 
 
 
 
 
 
 Repare que para classificar os bens e direitos no Ativo Realizável a Longo 
 Prazo, além do prazo de realização (acima de 12 meses) tem-se que levar em 
 conta a natureza da operação e as características peculiares do devedor. 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
Significados de Sociedade Coligada, Sociedade Controlada e Transações não 
Operacionais: 
 
 Sociedade Coligada: 
 
O que diz a lei 11.638/07 
 
Art. 243 [ ...] 
§1º. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. 
[...] 
§ 4º. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce 
o poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou operacional da investida, 
sem controlá-la. 
§ 5º. É presumida a influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou 
mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
 
 
 
 Pela lei 11.638/07, o conceito de coligada sofreu grandes mudanças, 
 desaparece a figura de relevância (% de participação no capital da investida) 
 o que importa agora é a influência significativa. 
 
 
 
 
 
 Fatores que caracterizam influência significativa: 
 dependência econômica, tecnológica, administrativas, 
 poder de eleger administradores etc. 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 Sociedade Controlada: 
 
Essa denominação é apropriada quando a sociedade controladora, direta ou 
indiretamente, for titular de direitos acionários que assegurem, de modo permanente, 
preponderância nas deliberações sociais, bem como o poder de eleger a maioria dos 
administradores (conselho de administração e diretores). 
Em termos quantitativos, quando possuir 50% das ações + 1 (uma) das ações com 
direito a voto (ações ordinárias). 
 
 Transações não Operacionais: 
 
São transações que não estão caracterizadas como sendo o objeto da companhia. 
Exemplo: vendas de imóveis efetuadas por uma fábrica de brinquedo. 
 
 
Exemplos: 
 
1) Suponha que uma empresa controladora, que comercializa produtos de higiene, efetue 
uma venda a prazo de um terreno à companhia controlada, para recebimento no prazo de 
100 dias. Ao elaborar o Balanço Patrimonial esse direito será classificado no Ativo 
Realizável a Longo Prazo e não no Ativo Circulante, visto tratar-se de uma transação não 
operacional entre a empresa controladora e a controlada - (independe do prazo de 
recebimento) 
 
2) As duplicatas a receber de sociedades controladas ou coligadas, originadas de vendas 
usuais, serão normalmente classificadas no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo 
Prazo, de acordo com as respectivas datas de vencimento. 
 6 
 
Atividade 1 
 
Verdadeiro ou falso? 
 
1. De acordo com a Lei 11.638/076 – Lei das Sociedades por Ações -, 
 classificam-se no Ativo Realizável a Longo Prazo os direitos realizáveis após o 
 término do exercício seguinte, assim como os derivados de todas as vendas, 
 adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, 
 acionistas ou participantes no lucro da companhia. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
2. Em determinadas circunstâncias, o prazo para fins de classificação de um 
 direito realizável como circulante ou longo prazo poderá ser maior do que um ano. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
3. Se a resposta ao item acima é verdadeira, a circunstância a que se refere é 
 quando a duração do ciclo operacional da empresa for maior do que o período 
 de um exercício social completo da empresa. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
Resposta Comentada 
 
 1. A opção b é a correta 
 Seria verdadeiro, se todos os créditos fossem oriundos de negócios não usuais na 
 exploração do objeto da Companhia”. 
 
 2. A opção a é a correta. 
 
 Vai depender do Ciclo Operacional. 
 
 3. A opção a é a correta. 
 O conceito de Curto e Longo Prazo normalmente tem como base 1 ano, no entanto 
 se o ciclooperacional da empresa ultrapassar a um ano, o contador poderá se basear 
 no Ciclo Operacional (§ único do Art. 179 da Lei 11.638/07). 
 7 
 
Atividade 2 
Os empréstimos concedidos pela sociedade controladora às sociedades coligadas e 
controladas, que não caracterizem como transações usuais da companhia, devem ser 
classificadas no Balanço patrimonial, no seguinte grupo de conta: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Passivo Exigível a Longo Prazo 
( ) c. Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Passivo Circulante 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra c 
 
Nesse caso, o fator preponderante para a classificação dessa transação no ARLP não é o 
prazo de realização, mas sim a figura do devedor (coligada ou controlada) e a natureza da 
transação (negócio não usual). 
Por outro lado, se o objetivo principal da empresa controladora fosse concessão de 
empréstimo e, se emprestasse as coligadas e controladas, usualmente, neste caso, a 
classificação dos direitos a receber, quando da elaboração do BP, teria que respeitar os 
prazos de vencimentos, ou seja, AC < 12 meses e ARLP > que 12 meses. 
 
 
 
 
Atividade 3 
Os empréstimos concedidos pela sociedade controladora às sociedades coligadas e 
controladas, que se caracterizem como transações usuais da companhia, com prazo de 
vencimento de 10 meses, devem ser classificados no Balanço Patrimonial, no seguinte 
grupo de conta: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Passivo Exigível a Longo Prazo 
( ) c. Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Passivo Circulante 
 
 8 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra a 
 
Nesse caso, o fator preponderante para a classificação dessa transação no ARLP é o prazo 
de realização, não importa a figura do devedor visto que a empresa que emprestou 
(controladora), tem como objeto a concessão de empréstimos. 
 
Atividade 4 
Uma empresa comercial vende mercadorias a prazo a uma empresa coligada, com 
vencimento em 60 dias. Este direito derivado da venda a coligada deve ser classificado no 
Balanço Patrimonial, no seguinte grupo de conta: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Passivo Exigível a Longo Prazo 
( ) c. Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Passivo Circulante 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra a. 
 
Neste caso, respeita-se o prazo de vencimento, pois “vender mercadorias” constitui 
negócio usual na exploração do objeto de uma empresa comercial. 
 
Atividade 5 
Imagine agora a seguinte situação: a empresa da atividade anterior empresta dinheiro à sua 
coligada, com prazo de vencimento para 30 dias. Este crédito derivado de empréstimos a 
coligada deve ser classificado no Balanço Patrimonial, no seguinte grupo de conta: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Passivo Exigível a Longo Prazo 
( ) c. Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Passivo Circulante 
 9 
 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra c. 
 
Emprestar dinheiro não constitui negócio usual na exploração do objeto desta empresa, 
portanto, tal empréstimo será sempre classificado no Ativo Realizável a Longo Prazo, 
independente do prazo de vencimento. 
 
Atividade 6 
A Fábrica de Brinquedos Estrela vende um terreno no valor de $ 1.000.000, a prazo, com 
vencimento em 90 dias, ao Sr José da Silva. O direito proveniente da venda do terreno 
deve ser classificado no Balanço patrimonial, no seguinte grupo de conta: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Passivo Exigível a Longo Prazo 
( ) c. Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Passivo Circulante 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra a 
 
Para classificar como ARLP só se a venda fosse a um diretor, acionista, ou qualquer 
participante no lucro, o que não é o caso, portanto respeita-se o prazo de vencimento, 
 
 
Atividade 7 
O Ativo não-Circulante abrange os subgrupos de contas: 
( ) a. Investimentos, Imobilizado e Intangível 
( ) b. Ativo Realizável a Longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível 
( ) c. Investimentos, Imobilizado e Diferido 
( ) d. Permanente, Investimentos, Imobilizado e Diferido 
 10 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra b, ou seja: Ativo Realizável a Longo prazo, Investimentos, 
Imobilizado e Intangível 
 
Como você viu no caderno 1, a Lei 11.638/07 alterou profundamente a estrutura do Ativo, 
dividindo em dois grupos: Circulante e não-Circulante 
O grupo do Ativo não-Circulante é composto de 4 subgrupos: Ativo Realizável a Longo 
Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
Não existe mais as denominações: Ativo Permanente e Ativo Diferido. 
 
Atividade 8 
Pela lei 11.638/07, os grupos de contas que compõem o Ativo do Balanço Patrimonial são: 
( ) a. Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente 
( ) b. Circulante, Não-Circulante 
( ) c. Circulante, Realizável a Longo Prazo e Imobilizado 
( ) d. Circulante, Não-Circulante e Permanente 
 
Resposta Comentada 
A opção correta é a letra b, ou seja: Circulante, Não-Circulante 
 
Conforme o disposto no parágrafo 1º. do art. 178 (incluído pela medida Provisória nº. 449, 
de 2008), o Ativo no Balanço Patrimonial é composto dos grupos: Ativo Circulante e 
Ativo não-Circulante. 
 
 11 
 
- Investimentos 
 
A Lei das S.A. estabelece que devam ser classificadas em Investimentos as participações 
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se destinem à 
manutenção da atividade da empresa e não se classifiquem no Ativo Circulante ou 
Realizável a Longo Prazo. 
 
Exemplos de aplicações neste grupo: 
 
 Participações Permanentes em outras Sociedades: 
 
Este item engloba as participações de capital em outras empresas na forma de ações ou 
de quotas com características de investimentos permanentes. 
 
- Os valores de aquisições de ações de sociedades coligadas ou controladas que 
permita à investidora manter o poder de decisão ou de deliberação nas assembléias 
gerais dos acionistas ou sócio-quotistas ou, então, ter influência na administração 
da empresa investida. 
- Os valores de aquisições de ações de empresas não conceituadas como coligadas ou 
controladas. 
 
 Outros Investimentos Permanentes: 
 
São representados por diversos investimentos, sempre desvinculados da atividade 
principal da empresa. Exemplos: 
- Quadros e Obras de Arte (não sujeitos a depreciação) 
- Imóveis alugados a terceiros. 
- Terrenos para futura expansão (não utilizados, no momento pela empresa) 
- Títulos Patrimoniais ou de Sócio-Proprietário. 
 
 Segundo Marion (2003), investimentos .. 
 “são aplicações relativamente permanentes, com propensão a 
 produzir renda a empresa. 
 12 
 
Apresentação do subgrupo Investimentos e suas principais contas no Balanço 
Patrimonial 
 
 Segundo Athar (2005) as contas do subgrupo Investimentos obedecem a seguinte ordem 
de liquidez. 
Estrutura atual do Balanço Patrimonial – Lei 11.638/07 
ATIVO PASSIVO 
 
Ativo Circulante 
 
Ativo não-Circulante: 
 
- Ativo Realizável a Longo Prazo 
- Investimentos: 
 . Participações em Coligadas 
 . Participações em Controladas 
 . Participações em Outras Empresas 
 . Participações em Fundos de Investimentos 
 Fundo A 
 Fundo B 
 ..... 
 . (-) Provisão para Perdas 
 . Obras de Arte 
 . Terrenos e Imóveis para Utilização Futura 
 . Imóveis não de Uso 
 . (-) Depreciação Acumulada 
 
 - Imobilizado 
 
- Intangível 
 
 
Passivo Circulante 
 
 
 
 
Passivo não-Circulante 
 
 
 
 
 
 
Patrimônio Líquido 
TotalTotal 
 
 13 
 
 
 
Provisão para Perdas (conta redutora de investimentos) 
Essa provisão tem como finalidade eliminar do grupo investimentos a parcela que 
provavelmente não será recuperada, ou as possíveis perdas de caráter permanente. 
Essa provisão se refere aos investimentos avaliados pelo Método de Custo e não os 
avaliados por equivalência patrimonial (investimentos em coligadas e em controladas), já 
que estes últimos são anualmente atualizados com base no Patrimônio Líquido da outra 
empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os métodos de avaliação Investimentos 
 serão tratados no Caderno 9 (Critérios de 
 Avaliação de Ativo). 
 
 
 14 
 
 
Atividade 9 
 
Verdadeiro ou Falso? 
 
 1. O imóvel da Empresa Alfa foi alugado para a Empresa Beta. Sabendo-se que a 
 Empresa Alfa não é imobiliária, está correto classificar no balanço este imóvel no 
 Ativo não-Circulante, subgrupo Investimentos. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
 2. No conceito contábil são coligadas as sociedades quando uma participa em 10% ou 
 mais do capital da outra. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
 3. As antigüidades o as obras de arte são exemplos de bens do ativo 
 Investimentos não sujeitos à depreciação. 
 a. verdadeiro b. falso 
 
Resposta Comentada 
 
1. A opção a é a correta. 
O que define o ativo ser classificado no subgrupo Investimentos é que a aplicação seja 
de caráter permanente, e que não utilizada no objetivo da empresa. 
 
2. A resposta é a opção b. 
 
Pela lei 11.638/07 que substituiu a Lei 6.404, o conceito de coligada mudou. Não há 
mais o critério de relevância (% de participação no capital da investida), mas sim o de 
influência significativa. 
 
3. A opção a é a correta. 
Ao contrário da maioria dos bens que sofrem desgastes com a ação do tempo, uso, 
avanço tecnológico, se depreciam, as obras de artes e antiguidades com o passar do 
tempo, geralmente se valorizam. 
 15 
Atividade 10 
 
A Empresa Natividade adquiriu um terreno com uma área de 2.000 metros quadrados, para 
construir futuramente sua filial. O terreno adquirido será classificado no balanço 
patrimonial como: 
( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
( ) d. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
( ) e. Ativo não-Circulante – Intangível 
 
Resposta Comentada 
 
A opção b é a correta. 
Não tem intenção de vender (Ativo não-Circulante) e não está sendo utilizado na 
manutenção da empresa.(Investimentos) 
 
Atividade 11 
A empresa Alvorada comprou ações da empresa Planalto, em caráter permanente. 
Sabendo-se que a empresa Planalto não é coligada ou controlada da empresa Alvorada, 
pode-se afirmar que esses investimentos permanentes devem ser classificados no grupo do: 
( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
( ) d. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
( ) e. Ativo não-Circulante – Intangível 
 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a b. 
 
Independente de a empresa ser ou não coligada ou controlada, o que faz essa aplicação ser 
classificada no Ativo não-Circulante – Investimentos são as participações permanentes em 
outras sociedades. 
 
 16 
Atividade 12 
 
Todos os investimentos em sociedades consideradas coligadas ou controladas devem ser 
classificados no: 
( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
( ) d. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
( ) e. Ativo não-Circulante – Intangível 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é b. 
 
Trata-se de participações permanentes em outras sociedades (não importa se é em 
coligadas ou controladas). 
 
Atividade 13 
A empresa Palácio do Catete adquiriu um prédio, mas atualmente não está utilizando para 
atender a seu objetivo social, alugando para a Loja Brasileira S.A. Este imóvel deve ser 
classificado no balanço patrimonial no: 
( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
( ) d. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
( ) e. Ativo não-Circulante – Intangível 
 
Resposta Comentada 
A resposta correta é a b. 
 
Mais um exemplo de aplicação de caráter permanente, não tem intenção de desfazer (Ativo 
não-Circulante), e não sendo utilizada na manutenção das atividades da empresa (Subgrupo 
Investimentos). 
 17 
 - Imobilizado 
 Classificam-se no Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens. 
 
 
 A Lei 11.638/07 reconhece como ativo, 
 os bens não pertencentes à entidade, cujos riscos 
 e cujos benefícios passem à entidade, como por 
 exemplo, arrendamento mercantil financeiro. 
 
 
 
 
 
 Arrendamento mercantil financeiro é aquele 
 que é transferido ao arrendatário parte substancial 
 dos riscos e benefícios, independentemente da propriedade jurídica. 
 
 
 
 
 
Para ser classificado no Ativo Imobilizado o bem tem que atender concomitantemente 
essas três características. 
 Natureza relativamente permanente 
 
 Ser utilizado na operação dos negócios 
 
 Não se destinar à venda 
 
 
Exemplos de aplicações neste grupo: 
 
 Terrenos: 
 
Esta conta compreende as aplicações efetuadas pela empresa na aquisição de terrenos, 
incluindo os gastos legais com escritura e registros. Apenas os terrenos utilizados nas 
operações da empresa devem estar aqui compreendidos. Os terrenos relativos a 
construções em andamento devem estar classificados em “Obras em Andamento“, 
enquanto eventuais terrenos adquiridos para especulação, para aluguel ou expansão 
devem ser classificados em Investimentos. 
 18 
 
 Construções: 
 
Incluem-se nesta conta todos os gastos incorridos pela empresa na construção de 
edifícios utilizados nas operações da empresa, tanto industriais como de administração 
e vendas. 
No caso de imóveis adquiridos, esta conta poderá ser substituída pela intitulada 
“Imóveis“ ou “Edificações“. 
 Instalações: 
 
Devem ser registrados nesta conta todos os gastos necessários ao funcionamento da 
empresa despendidos na instalação das divisórias, estantes, prateleiras, bem como as 
instalações especiais elétricas e hidráulicas requeridas para melhor funcionamento ou 
por condições especiais das operações da empresa 
 
 Máquinas e Equipamentos: 
 
Incluem-se nesta conta todos os gastos havidos na aquisição e instalação de máquinas e 
equipamentos, ou seja, todos os gastos além dos preços pagos aos fornecedores, como 
impostos, transportes, preparação para instalação etc. 
 
 Móveis e Utensílios: 
 
Esta conta registra todos os bens representados por cadeiras, máquinas de escrever e 
calcular, arquivos, armários etc. 
 
 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: 
 
 Esta conta registra todos os gastos com melhorias, reformas, pinturas, construções eadaptações efetuadas em imóveis de terceiros. 
 
 Veículos: 
 
Incluem-se nesta conta todos os gastos com aquisição de veículos de transporte 
externos à empresa, tanto utilizados pela administração, como por vendas e pela 
produção. 
 
 Obras em Andamento: 
 
Esta conta registra todos os gastos incorridos pela empresa na construção de unidades 
fabris, comerciais e administrativas. 
 
 19 
 
 Serão considerados como despesa do exercício os bens de 
 natureza permanente cuja vida útil seja inferior a 1 ano, ou 
 cujo valor unitário não supere o limite fixado na legislação 
 tributária, mesmo que o prazo de vida útil seja superior a 1 ano. 
 (Convenção da Materialidade). 
 
 
 
 
Resumindo: 
 Imóveis de uso 
 IMOBILIZAÇÕES Máquinas e Equipamentos 
 TÉCNICAS Instalações 
 TANGÍVEIS Veículos 
 Móveis e utensílios, etc. 
 ATIVO 
IMOBILIZADO Construções Civis em Andamento 
 IMOBILIZAÇÕES Importação de Equipamentos em 
 EM CURSO em Andamento, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 Imobilizações Técnicas Tangíveis 
 São aquelas que têm substância concreta e que podem ser tocadas, palpadas 
 
 
 
 
 
 
 
 Lei 11.638/07 
 eliminação ou “congelamento” das 
 reservas de reavaliação, 
 já que novas reavaliações estão proibidas. 
 
 20 
 
 . 
 
 
Atividade 14 
 
Verdadeiro ou Falso? 
 
1.São considerados ativos imobilizados todos os bens e direitos de natureza permanente 
 destinados ou não à manutenção das atividades da empresa. 
a. verdadeiro b. falso 
 
Resposta Comentada 
 
A opção b é a correta. 
 
É Ativo imobilizado, se não tiver intenção de desfazer e ser utilizado na manutenção das 
atividades da empresa. 
 
2.Custo de aquisição de um ativo imobilizado é o valor pelo qual o mesmo é registrado 
 na contabilidade de uma empresa incluindo seu valor de compra e os gastos 
 complementares necessários a sua posse, instalação e funcionamento. 
a. verdadeiro b. falso 
 
Resposta Comentada 
 
A resposta correta é a opção a. 
 
Pela teoria contábil todos os gastos incorridos para posse, instalação e funcionamento de 
um bem são incorporados ao custo de aquisição. 
 
 
Atividade 15 
 
O Ativo imobilizado tem três características fundamentais: 
 
( ) a. Natureza relativamente permanente, não se destina à venda, não é utilizado no 
 negócio. 
( ) b. Natureza relativamente permanente, destina-se à venda, não é utilizado no negócio. 
( ) c. Natureza relativamente permanente, não se destina à venda , é utilizado no 
 negócio. 
( ) d. Natureza relativamente permanente, destina-se à venda , é utilizado no negócio. 
 21 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a c. 
Atende aos três requisitos básicos: relativamente permanente, não se destina à venda e 
utilizado na manutenção das atividades da empresa. 
 
Atividade 16 
 
 A aquisição de um prédio para uso próprio deve ser registrada no: 
( ) a. Ativo Circulante 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo 
( ) d. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a d. 
Atende aos três requisitos básicos: relativamente permanente, não se destina à venda e 
utilizado na manutenção das atividades da empresa 
 
Atividade 17 
 
A aquisição de um prédio destinado à renda, mediante sua locação a terceiros, será 
registrada em conta do: 
( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante – Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
( ) d. Ativo não-Circulante - Imobilizado 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a b. 
 
Essa é uma situação que se encaixa no conceito de Investimentos “aplicações 
relativamente permanentes, com propensão a produzir renda a empresa”. (Marion) 
 
 22 
 
Atividade 18 
 
A construtora Gafisa tem atualmente dois prédios pra vender. Esses prédios devem ser 
classificá-los em conta do: 
 ( ) a. Ativo Circulante. 
( ) b. Ativo não-Circulante - Investimentos. 
( ) c. Ativo não-Circulante – Imobilizado 
( ) d. Ativo não-Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo. 
 
 Resposta Comentada 
 
A opção a é a correta. 
Para a empresa de construção civil, os prédios representam suas mercadorias (estoques). 
 
 
Atividade 19 
Classificação dos veículos da empresa utilizados pelo pessoal da área comercial. 
( ) a. Ativo Circulante – Estoque de veículos 
( ) b. Ativo Imobilizado 
( ) c. Ativo Investimentos 
( ) d.Ativo Intangível 
 
 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a b 
 
Como esses veículos estão sendo utilizados na manutenção das atividades da empresa 
classifica-se no Ativo Imobilizado. 
 23 
Intangível 
 
Classificam no Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de comércio 
adquirido (Incluído pela Lei nº. 11.638/07). 
 
 
 Aplicações Intangíveis como aquelas que não 
 têm substância física e que, por serem abstratas, não podem 
 ser tocadas (palpadas), mas que possui valor econômico 
 
 
 
 
 
Exemplos de aplicações intangíveis: 
 
 Marcas e Patentes: 
 
Incluem-se nesta conta todos os gastos da empresa com registros de marca, nome, 
 invenções próprias além de desembolsos a terceiros por contratos de uso de marcas, 
 patentes ou processos de fabricação (tecnologia). 
 
 Direitos sobre Recursos Naturais: 
 
Incluem-se nesta conta todos os gastos com aquisição de direitos para exploração de 
jazidas de minerais, reservas florestais, etc. 
. 
 Fundo de Comércio adquirido (Ponto Comercial): 
Corresponde ao valor do ponto comercial, isto é, numa loja, está relacionado aos 
ganhos que se espera auferir nas vendas a clientes que já estão acostumados a encontrar 
os produtos que procuram em determinada loja. 
 24 
Goodwill: 
 
É o valor resultante de uma aquisição de empresa em valor superior ao valor de 
mercado de seu patrimônio líquido. 
 
Marion (2003) descreve o seguinte sobre Goodwil: 
 A expressão Goodwill é comumente traduzida para o português como Fundo de Comércio, 
embora os significados de ambos os termos sejam diferentes. 
Goodwill é comumente definido, de forma não perfeita, como umAtivo Intangível que 
pode ser identificado pela diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de uma 
empresa. Mas propriamente, é a diferença entre o Valor de Mercado dos Ativos e Passivos 
e o valor de mercado da Empresa. 
Em outras palavras, diz-se que Goodwill é uma espécie de ágio, de um valor agregado que 
tem a empresa em função da lealdade dos clientes, da imagem, da reputação, do nome da 
empresa, da marca de seus produtos, do ponto comercial, de patentes registradas, de 
direitos autorais, de direitos exclusivos de comercialização, de treinamento e habilidade de 
funcionários etc. 
 
 Direitos Autorais, Direitos de concessão são exemplos de Ativos Intangíveis. 
 
 
 25 
 
Ativo Diferido 
O Ativo Diferido foi revogado pela Medida Provisória nº. 449/08. 
 
Algumas considerações a respeito das aplicações que eram classificadas no Ativo 
Diferido e como serão tratadas a partir da MP 449/08: 
- as despesas pré-operacionais deverão simplesmente desaparecer. Veja o que diz as 
normas internacionais a respeitos dos gastos que eram classificados como despesas pré-
operacionais: 
. Se os gastos se referirem à colocação das máquinas e dos equipamentos em condições de 
funcionamento, serão tratados como custo desses mesmos ativos imobilizados; 
. Os gastos com treinamento de pessoal administrativos, vendas, reorganização etc. que 
antes eram ativados, agora serão jogados diretamente no resultado do exercício como 
despesas do exercício. 
. Os ágios que antes eram ativados se forem genuinamente vinculados à expectativa de 
geração de rentabilidade futura (goodwill), irão para o Ativo Intangível. Se vinculados à 
diferença entre o valor do mercado e o valor contábil de ativos e passivos de entidades 
adquiridas, irão para Investimentos 
. os gastos com sofware, programas e outros, quando parte integrante das máquinas e 
equipamentos e que têm sua existência vinculada a desses ativos serão classificados no 
Imobilizado. Quando o sofware tiver vida própria , independente do imobilizado ficam no 
Intangível. 
 
 
 Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido 
 que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá 
 permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, 
 sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3º. Do Art. 183 
 
 
 26 
 
Depreciação, Exaustão e Amortização 
 
A exceção de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que integram o Ativo não-
Circulante, nos subgrupos Investimentos, Imobilizado e Intangível, têm um período 
limitado de vida útil econômica. Dessa forma, o custo de tais ativos deve ser alocado aos 
exercícios beneficiados pelo seu uso no decorrer de sua vida econômica. 
 
A diminuição de valor dos elementos desses ativos será registrada periodicamente nas 
contas de: 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens 
físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou 
obsolescência; 
 
b) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de 
direitos cujos objetos sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa 
exploração; 
 
c) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de 
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou 
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou 
contratualmente limitado. 
 
 
 
 O termo Depreciação é utilizado quando se trata de 
 bens tangíveis. Para os bens intangíveis (marca e patentes, 
 por exemplo), utiliza-se o termo Amortização, e para os 
 recursos naturais (minas de carvão, floresta etc.) o termo 
 empregado é Exaustão. 
 
 
 
 
 27 
 
 
 
 A legislação do Imposto de Renda não admite 
 o registro de quota de depreciação dos seguintes bens corpóreos, 
 de natureza permanente: 
 - terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; 
 - prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário 
 na produção de seus rendimentos ou imóveis destinados à venda; 
 - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, com obras de 
 arte ou antiguidades; 
 - bens em relação aos quais seja registrada quota de exaustão. 
 
 
 
 
 
A partir de que momento o bem é depreciado? 
 
O bem começa a ser depreciado não em função da data de aquisição, mas sim a partir do 
momento em que estiver instalado, colocado em serviços ou em condições de 
funcionamento. 
 A escolha da data para iniciar o cálculo da depreciação é feita de diversas maneiras por 
parte das empresas. Algumas consideram a data a partir do mês em que o bem foi colocado 
em condições de uso, independentemente do dia do mês, ou seja, considera o primeiro mês 
integralmente, qualquer que seja a data. 
Por exemplo, no dia 15 de setembro a empresa adquire um bem, e leva 5 dias para colocá-
lo em condições de funcionamento, a depreciação será contada a partir de setembro, 
computando o mês de setembro integralmente, isto é, sem divisão proporcional de dias. 
 
Outras só consideram o mês integral se o bem foi posto em condições de uso entre os dias 
1 a 14. Se for após o dia 15 o cálculo da depreciação será contado a partir do mês seguinte. 
 
 Pela Convenção da Materialidade, 
 o valor depreciado de um mês acaba sendo irrelevante. 
 28 
 
Outras preferem depreciar a partir do mês seguinte da entrada em funcionamento, pouco 
importa se foi antes ou depois do dia 15. 
 
Outras preferem calcular a depreciação na exata proporção de dias da qual o bem foi 
colocado em condições de uso. Calcula-se a depreciação pro rata temporis, isto é, a cada 
dia desde o inicio da utilização do bem. 
No exemplo citado anteriormente, considerariam para o mês de setembro, 10 dias (o 
período de 21/9 a 30/9), e para os demais meses: 30 dias (considerando o ano comercial), 
ou 31dias dependendo do mês (se adotasse o ano civil). 
 
 
Métodos de Depreciação 
 
Existem vários métodos para calcular a depreciação dos bens, basicamente do imobilizado, 
todos eles partindo do desgaste pelo seu uso, em função da vida útil do bem. Destes os 
mais tradicionalmente utilizados são: 
 Método da Linha Reta (quotas constantes), 
 Método de Unidades Produzidas, 
 Método de Horas Trabalhadas, 
 Método da Soma dos Dígitos dos Anos ou Método de Cole. 
 
 
A seguir, será feita uma abordagem de cada método mencionado. 
 29 
Método da Linha Reta (quotas constantes): determina uma taxa de depreciação em 
função da vida útil estimada do bem. É um dos métodos mais utilizados no Brasil face a 
sua simplicidade. 
 
O Método da Linha Reta é um dos mais utilizados no Brasil. 
A depreciação por este método é calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual Estimado 
Quota de depreciação anual = 
 Vida Útil Provável 
 
 
 
 
 
Custo do Bem: representado pelo custo histórico. 
 
 
 
 Custo histórico corresponde o custo de aquisição do bem,mais os gastos necessários à colocação do bem em funcionamento 
 
 
 
 
Valor Residual Estimado: é representado pelo montante que a empresa espera realizar ao 
vender o bem no final de sua vida útil. 
 
 
 
 Geralmente o valor residual estimado é zero 
 (dado a dificuldade de estabelecer o valor residual do bem). 
 
 
 
 
 
 30 
Vida Útil Provável: é determinada em número de anos, ou horas de trabalho, em que o 
bem opera em condições normais de uso. 
Além das causas físicas decorrentes do desgaste natural pelo uso e pela ação de elementos 
da natureza, a vida útil é afetada por fatores funcionais, tais como a inadequação e a 
obsolescência tecnológica (resultantes do surgimento de substitutos mais aperfeiçoados). 
 
A Vida Útil Provável é obtida, basicamente, por lei ou costume. 
 
 
 
 A partir de 2010 o cálculo da depreciação e amortizações 
 terá como base a vida útil econômica e o valor residual esperado 
 ao fim dessa vida e não mais a adoção, na contabilidade, dos prazos de 
 vida útil admitidos para fins tributários. (Lei 11.638/07 art.183,§ 3º, item II) 
 
 
 
 
A Secretaria da Receita Federal do Brasil através de suas instruções informa os tempos de 
vida útil e as taxas de depreciação dos itens mais comuns do imobilizado das empresas 
brasileiras. 
Por exemplo: 
 
Item de Imobilizado Tempo de Vida Útil Taxa de Depreciação 
Edificações 25 anos 4% ao ano 
Máquinas 
10 anos 
 
10% ao ano Instalações 
Móveis e Utensílios 
Computador 
5 anos 
 
20% ao ano Ferramentas 
Veículos de passageiros 
Veículos de cargas 4 anos 25% ao ano 
 
 
 
 A empresa poderá adotar taxas diferentes da admitidas pela 
 legislação fiscal, desde que sejam suportadas por laudo pericial do 
 Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial de 
 pesquisa científica ou tecnológica. 
 31 
 
 
 
 Dado o valor da vida útil do bem você pode calcular a 
 taxa de depreciação anual 
 
 100% 
 Taxa de depreciação anual = 
 Vida Útil Provável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que significa o Valor Contábil de um bem? 
 
Representa a diferença entre o custo de aquisição e a depreciação acumulada. 
 
 
VALOR CONTÁBIL = CUSTO DE AQUISIÇÃO – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 
 
 
 
Exemplo: 
Uma empresa possui uma máquina no valor de $ 24.000 e a depreciação acumulada até o 
momento de $ 7.200. Qual será o valor contábil da máquina? 
 
 Máquinas e equipamentos .............. $ 24.000 
(-) Depreciação Acumulada ............... $ 7.200 
(=) Valor Contábil ............................... $ 16.800 
 32 
 
Atividade 20 
 
Calcular a depreciação anual de um veículo adquirido ao custo de $ 80.000, com vida útil 
estimado de 5 anos, pelo Método da Linha Reta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Comentada 
 
Toda vez que o enunciado não informar o valor residual, considerar valor nulo. 
 
Pelo Método da Linha Reta a depreciação é calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual Estimado 
Quota de depreciação anual = 
 Vida Útil Provável 
 
 
 
 
 80.000 – 0 
Quota de depreciação anual = 
 5 anos 
 
 
 
Quota de depreciação anual = 16.000,00 
 
 
 33 
 
Atividade 21 
 
Preencher a tabela da atividade 20. 
 
ANO CUSTO HISTÓRICO 
 
a 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
B 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
c 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a – c 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Comentada 
 
ANO CUSTO HISTÓRICO 
 
a 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
B 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
c 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a – c 
1 80.000,00 16.000,00 16.000,00 64.000,00 
2 80.000,00 16.000,00 32.000,00 48.000,00 
3 80.000,00 16.000,00 48.000,00 32.000,00 
4 80.000,00 16.000,00 64.000,00 16.000,00 
5 80.000,00 16.000,00 80.000,00 0,00 
 
 34 
 
Atividade 22 
 
Calcular a depreciação anual de um veículo adquirido ao custo de $ 600.000, com vida útil 
estimado de 5 anos e valor residual estimado em $ 20.000, pelo Método da Linha Reta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Comentada 
 
Pelo Método da Linha Reta a depreciação é calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual Estimado 
Quota de depreciação anual = 
 Vida Útil Provável 
 
 
 
 
 600.000 – 20.000 
Quota de depreciação anual = 
 5 anos 
 
 
 
Quota de depreciação anual = 116.000,00 
 
 
 
 
 
 
 35 
Atividade 23 
 
 Preencher a tabela referente ao enunciado da atividade 22. 
 
ANO CUSTO HISTÓRICO 
 
A 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
B 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
c 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a – c 
1 
2 
3 
4 
5 
 
 
 
 
ANO CUSTO HISTÓRICO 
 
A 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
B 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
c 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a – c 
1 600.000,00 116.000,00 116.000,00 484.000,00 
2 600.000,00 116.000,00 232.000,00 368.000,00 
3 600.000,00 116.000,00 348.000,00 252.000,00 
4 600.000,00 116.000,00 464.000,00 136.000,00 
5 600.000,00 116.000,00 580.000,00 20.000,00 
 
 
 
Procedimentos contábeis referentes à Depreciação 
 
Como vimos anteriormente o fato que registra a diminuição do valor dos bens tangíveis, 
basicamente do Ativo Imobilizado é conceituado como Depreciação. 
 
O lançamento contábil será efetuado na conta Despesa de Depreciação e terá como 
contrapartida a conta Depreciação Acumulada (conta retificadora de Ativo). 
 
Bens Tangíveis 
Despesa de Depreciação Demonstração do Resultado do Exercício 
Depreciação Acumulada Balanço Patrimonial 
 
 
 
 Os imóveis alugados são depreciados e 
 classificam-se no Intangível. 
 36 
Exemplo: 
 
Máquinas e Equipamentos: $ 1.200.000 
Despesa de Depreciação: $ 120.000 
Lançamento contábil do valor da depreciação anual, no valor de $ 120.000 relativo ao 
primeiro exercício (X1). 
 
 
DESPESA DE DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 
 
(1) 120.000 120.000 (1) 
 
 
 
 
Onde: 
 
(1) lançamento de ajuste relativo à depreciação do exercício de X1. 
 
 
Apresentação da conta Depreciação Acumulada no Balanço Patrimonial, em 31/12/X1 
 
ATIVO PASSIVO 
........................................... ............... ......................................... ..................... 
........................................... ............... ......................................... ..................... 
 ......................................... ..................... 
Ativo Imobilizado:......................................... ..................... 
Máquinas e Equipamentos 1.200.000 ......................................... ..................... 
(-) Depreciação Acumulada ( 120.000) ......................................... ..................... 
 
Atividade 24 
O saldo da conta “Depreciação Acumulada - Veículos” é: 
( ) a. credor e representa o total das depreciações feitas até o encerramento do ultimo 
 exercício. 
( ) b. credor e encerrado conta a conta “Apuração de Resultado do Exercício”, para 
 apuração do resultado do exercício. 
( ) c. devedor e representa o total das depreciações feitas até o encerramento do último 
 exercício. 
( ) d. devedor e encerrado conta a conta “Apuração de Resultado do Exercício”, para 
 apuração do resultado do exercício. 
 37 
 
 
Resposta Comentada 
 
A opção a é a correta. 
 
Depreciação Acumulada é uma conta de saldo credor que aparece no lado do Ativo (contas 
de saldos devedores) retificando seus valores. 
 
 
 
 
Método de Unidades Produzidas: em vez de anos de vida útil considera como base para 
construção de depreciação a quantidade de produtos que serão fabricados utilizando-se o 
referido bem; 
 
 
A depreciação por este método é calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual 
Quota de depreciação anual = x Unidades produzidas no ano 
 Nº. de unidades estimadas a serem 
 produzidas durante a vida útil do bem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Método utilizado, quando é possível ao fabricante estimar o 
 número de unidades que o equipamento poderá produzir. 
 Neste caso, o conceito de vida útil do equipamento deixa de ser 
 medido em anos para ser estimado pela capacidade total de 
 produção. 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
 
 
 
 
Exemplo 
A Indústria de Papel Rio das Flores adquiriu uma máquina de dobrar papelão, no valor de 
$ 30.000,00, e cujo fabricante estima que dobrará 1.000.000 unidades de caixas, durante 
sua vida útil. No primeiro ano de operação a empresa produziu 70.000 caixas. 
O valor da depreciação que a empresa calculou no 1º. Ano, utilizando o método de 
unidades produzidas foi obtido da seguinte maneira: 
 
 
 $ 30.000 - 0 
Quota de depreciação anual = x 70.000 unidades ao ano 
 1.000.000 unidades 
 
 
 
 
 Quota de depreciação anual = $ 2.100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando não é fornecido o valor residual, 
 considera-se zero. 
 
 
 
 
 
 39 
Método de Horas Trabalhadas: uma variação do método de quotas constantes, 
utilizando-se o número de horas estimadas de vida útil em vez de anos de vida útil. 
 
A depreciação por este método é calculada pela seguinte fórmula: 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual 
Quota de depreciação anual = x Nº. de horas trabalhadas no ano 
 Nº. de horas estimadas a serem 
 trabalhadas durante a vida útil do bem 
 
 
 
 
 
 
 Método utilizado, quando é possível ao fabricante estimar o 
 número de horas que o equipamento poderá trabalhar. 
 Neste caso, o conceito de vida útil do equipamento deixa de ser 
 medido em anos para ser estimado pela capacidade total de 
 horas trabalhadas. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 
 
A Indústria de Tecidos Magé adquiriu uma máquina industrial, no valor de $ 100.000,00, 
cuja estimativa de utilização, por toda a sua vida útil,seja de 40.000 horas. No primeiro ano 
de operação a empresa utilizou efetivamente 1.000 horas. 
O valor da depreciação que a empresa computou no 1º. ano, utilizando o método de de 
horas trabalhadas foi obtido da seguinte maneira: 
 
A fórmula para calcular a quota de depreciação pelo método de horas trabalhadas é a 
seguinte 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual 
Quota de depreciação anual = x Nº. de horas trabalhadas no ano 
 Nº. de horas estimadas a serem 
 trabalhadas durante a vida útil do bem 
 40 
 
Substituindo, os valores na fórmula, apura-se a quota de depreciação anual. 
 
 
 $ 100.000 - 0 
Quota de depreciação anual = x 1.000 horas 
 40.000 horas 
 
 
 
 
 Quota de depreciação anual = $ 2.500 
 
 
 
 
 
 
Método da Soma dos Dígitos dos Anos ou Método de Cole : neste método, a 
depreciação não é distribuída equitativamente pelo número de anos da vida útil, sendo seu 
valor decrescente, ou seja, quotas de depreciação maiores no início e menores no fim da 
vida útil. 
 
A depreciação por este método é calculada da seguinte forma: 
 
O valor do bem é multiplicado por uma fração onde o denominador é o resultado da soma 
dos algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem. E o numerador dessa 
fração é obtido da seguinte forma: 
1º ano = n (numero de anos da vida útil) 
2º ano = n-1 
3º ano = n-2 
4º ano = n- 3 e assim sucessivamente 
 
 
 As depreciações maiores nos primeiros anos serão compensadas 
 pelas maiores despesas de manutenção e reparos que os bens precisarão nos 
 últimos anos, permitindo maior uniformidade nos custos, já que os bens 
 novos os gastos com manutenção e reparos são menores.
 41 
 
Exemplo 
Um veículo adquirido por $ 50.000, com vida útil estimada em 5 anos. 
A depreciação do veículo utilizando Método da Soma dos Dígitos dos Anos ou Método de 
Cole, seria a seguinte, conforme demonstrado na tabela a seguir: 
n = número de anos de vida útil 
n = 5 
O denominador da fórmula é calculado pela soma dos anos => (1 + 2 + 3 + 4 + 5) = 15 
 
ANO CÁLCULO DEPRECIAÇÃO ANUAL 
1 
15
5
 X 50.000,00 
 
16.666,67 
2 
15
4
 X 50.000,00 
 
13.333,33 
3 
15
3
 X 50.000,00 
 
10.000,00 
4 
15
2
 X 50.000,00 
 
 6.666,67 
5 
15
1
 X 50.000,00 
 
3.333,33 
 
 
 
Atividade 25 (Auditor/TCE – ES – 2001/ESAF) 
 
Certa empresa adquiriu uma máquina industrial por R$ 4.000,00, financiada em 60 meses e 
depreciável em cinco anos, com valor residual atribuído em R$ 1.000,00. Após três anos de 
uso, a máquina foi vendida por R$ 2.200, à vista. 
Sabendo-se que a depreciação dessa máquina era feita pelo método de Cole, em forma 
decrescente, ao examinarmos o assunto chegaremos à conclusão de que: 
( ) a) o encargo de depreciação no segundo exercício foi de R$ 800,00 
( ) b) a depreciação acumulada ao fim do segundo exercício foi de R$ 1.200,00 
( ) c)a depreciação acumulada ao fim do terceiro exercício foi de R$ 1.800,00 
( ) d) o valor contábil da máquina por ocasião da venda era de R$ 2.200,00 
( ) e) a operação de venda da máquina rendeu lucro de R$ 1.200,00 
 42 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a letra a 
 
Para responder esta atividade é necessário calcular: 
a) depreciação de cada ano 
b) depreciação acumulada de cada ano 
c) valor contábil 
d) lucro 
 
 
Depreciação: 
 
ANO CÁLCULO DEPRECIAÇÃO 
 
1 
15
5
 X 3.000 
1.000 
2 
15
4
 X 3.000 
800 
3 
15
3
 X 3.000 
600 
4 
15
2
 X 3.000 
400 
5 
15
1
 X 3.000 
200 
 
n = 5 anos 
Valor Residual = $ 1.000 
Valor depreciável = custo de aquisição – valor residual 
Valor depreciável = 4.000 – 1.000 = 3.000 
 
 
Depreciação acumulada: 
 
ANO DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
1 1.000 1.000 
2 800 1.800 
3 600 2.400 
4 400 2.800 
5 200 3.000 
 
 
 
 43 
Memória de cálculo: 
 
Depreciação acumulada do ano = depreciação acumulada do ano anterior + depreciação do ano 
 
Depreciação acumulada do Ano 1 = 0 + 1.000 => 1.000 
Depreciação acumulada do Ano 2 = 1.000 + 800 => 1.800 
Depreciação acumulada do Ano 3 = 1.800 + 600 => 2.400 
Depreciação acumulada do Ano 4 = 2.400 + 400 => 2.800 
Depreciação acumulada do Ano 5 = 2.800 + 200 => 3.000 
 
Valor Contábil: 
 
ANO VALOR 
CONTÁBIL 
1 3.000 
2 2.200 
3 1.600 
4 1.200 
5 1.000 
 
 
Memória de cálculo: 
 
Valor Contábil = Valor do Bem – Depreciação Acumulada 
 
Ano 1: 4.000 – 1.000 = 3.000 
Ano 2: 4.000 – 1.800 = 2.200 
Ano 3: 4.000 – 2.400 = 1.600 
Ano 4: 4.000 - 2.800 = 1.200 
Ano 5: 4.000 – 3.000 = 1.000 
 
Lucro = Preço de Venda – Valor Contábil 
 
Como a empresa vendeu após o 3º ano, tem-se: 
Lucro = 2.200 – 1.600 
Lucro = 600 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
 
Depreciação Acelerada 
 
As taxas de depreciação fixadas pela legislação do Imposto de Renda são para uma jornada 
normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto, quando ocorre a adoção de dois ou três 
turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente utilizados, poderão ser 
adotados os coeficientes de aceleração de 1,5 quando são dois turnos, é de 2,0, quando são 
três turnos. Isso porque é admissível que o uso intensivo do bem reduzirá sua vida útil. 
 
Para dois turnos: 
 
Item de Imobilizado Taxa Normal Coeficiente Taxa Acelerada 
Máquinas 10% 1,5 15% 
Ferramentas 20% 1,5 30% 
............................ ............ 1,5 ............ 
 
Para três turnos: 
 
Item de Imobilizado Taxa Normal Coeficiente Taxa Acelerada 
Máquinas 10% 2,0 20% 
Ferramentas 20% 2,0 40% 
............................ ............ 2,0 ............ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ]] A legislação fiscal (art. 255) admite, á opção da empresa, 
 uma aceleração na depreciação dos bens móveis, 
 em função do número de horas diárias de operação. 
 
 
 45 
 
 
Exemplo 
 
Uma máquina sujeita a depreciação de 10% ao ano, esteja operando em dois turnos de 8 
horas. 
Como o coeficiente de aceleração aplicável para dois turnos é de 1,5 a taxa de depreciação 
acelerada é de 15% (1,5 x 10%) 
 
 
Atividade 26 
 
A Indústria Kalina S.A. mantém um controle individual de seu imobilizado. Em 31/12/X1, 
O Imobilizado apresentava os seguintes saldos: 
Ficha de controle do Imobilizado 
Itens Máquinas e Equipamentos Depreciação Acumulada 
Torno mod 5.500 R$ 64.785 R$ 51.555 
Torno Mod 10.200 A R$ 95.040 R$ 79.740 
 
Sabendo-se que os tornos foram utilizados em três turnos de oito horas, em todo o período 
de X2. A empresa adota o Método da Linha Reta, sendo sua vida útil de 10 anos. Qual o 
valor da depreciação em X2? 
( ) a. R$ 15.982,5 
( ) b. R$ 37.676,0 
( ) c. R$ 28.530,0 
( ) d. R$ 31.965,0 
 
 46 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a d. 
 
Quando um bem é utilizado em mais de um turno, consideram-se os seguintes coeficientes 
de aceleração: 1,0 para 8 horas (1 turno), 1.5 para 16 horas (2 turnos) e 2,0 para 24 horas (3 
turnos) 
Nesta atividade não foi fornecida a taxa de depreciação, mas sabendo-se a vida útil do 
bem, basta dividir 100% pela vida útil para achar a taxa de depreciação. 
 
anos 10
100%
 = 10% a.a 
 
Como os tornos trabalharam 3 turnos, multiplica-se a taxa de depreciação pelo coeficiente 
2,0, para o cálculo da depreciação acelerada. 
 
2,0 x 10% a.a = 20% a.a 
 
Aplicando-se a taxa de 20% sobre os valores dos equipamentos, tem-se o seguinte: 
 
Torno mod 5.500 = $ 64.785 x 20% a.a = $ 12.957 
Torno mod 10.200 A = $ 95.040 X 20% a.a = $ 19.008 
Total = $ 31.965 
 
 
Atividade 27 
As seguintes informações foram fornecidas pelo departamento de Contabilidade da 
Empresa Delta. 
- compra de um equipamento em1/12/X6, por $ 6.000. 
- vida estimada do equipamento: 10 anos 
- valor residual: zero 
- método de depreciação: linha reta 
 - venda do equipamento em 31/3/X9, por $ 5.000 
- o exercício social incide com o ano civil (1/1 a 31/12) 
 
De quanto foi o lucro ou prejuízo? 
 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Comentada 
 
 
Aplicando a fórmula do método da linha reta, tem-se: 
 
 
 
 Custo do Bem – Valor Residual Estimado 
Quota de depreciação anual = 
 Vida Útil Provável 
 
 
 
 
 6.000 – 0 
Quota de depreciação anual = 
 10 anos 
 
 
 
Quota de depreciação anual = 600,00 
 
Como o veículo foi adquirido em 1/12/X6 é necessário calcular a depreciação relativa ao 
mês de dezembro/X6. 
 
 600,00 
quota de depreciação mensal = 
 12 meses 
 
 
Quota de depreciação mensal = 50,00 
 48 
 
Preenchendo a tabela fica mais fácil responder a esta atividade. 
 
ANO CUSTO HISTÓRICO 
 
A 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
B 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
C 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a – c 
X6 6.000,00 50,00 50,00 5.950,00 
X7 6.000,00 600,00 650,00 5.350,00 
X8 6.000,00 600,00 1.250,00 4.750,00 
X9 6.000,00 150,00 1.400,00 4.600,00 
 
 
Apuração do lucro ou prejuízo na venda do veículo: 
 
Venda do veículo: 5.000,00 
(-) Valor contábil 4.600,00 
(=) Lucro 400,00 
 
Memória de cálculo: 
 
Depreciação relativa ao Ano X6: 50,00 ( 1 x 50,00) 
Depreciação relativa ao Ano X7: 600,00 (12 x 50,00) 
Depreciação relativa ao Ano X8: 600,00 (12 x 50,00) 
Depreciação relativa ao Ano X9: 150,00 ( 3 x 50,00) 
 
 
Atividade 30 
 
A Indústria Macifer adquiriu um torno no valor de $ 18.000, a prazo. Para colocá-lo em 
funcionamento gastou $ 2.000 em instalação. Após completar 3 anos de uso, a conta 
Depreciação Acumulada apresentava um saldo de $ 12.000. , a empresa resolve vender o 
torno por $ 8.000, á vista. 
Qual foi o resultado dessa transação? 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
Resposta Comentada 
 
Não houve lucro nem prejuízo com a venda do torno, conforme demonstrado a seguir: 
 
Você viu nesta aula, que a conta Máquinas e Equipamentos inclui todos os gastos 
ocorridos na aquisição e na instalação, em outras palavras, todos os gastos necessários para 
que o equipamento entre em funcionamento é computado no valor do equipamento. 
 
 Custo de aquisição: 18.000,00 
(+) Instalação: 2.000,00 
(=) Valor a depreciar: 20.000,00 
 
Valor contábil = Custo do bem – Depreciação acumulada 
Valor contábil = 20.000,00 – 12.000,00 = 8.000,00 
 
 Vendas:8.000,00 
(-) Valor contábil 8.000,00 
(=) Lucro 0,00 
 
Atividade 29 
Em 31/12/X8, o saldo da conta Veículos formado por um único veiculo adquirido em 
2/1/X8 era de $ 15.000 e a Depreciação Acumulada de $ 3.000. Em 30/6/X9, o saldo da 
conta Veículos continuava o mesmo, mas a Depreciação Acumulada era de $ 5.000. Para 
regularização do saldo da conta Depreciação Acumulada, neste mês, o contabilista deverá 
fazer o lançamento: 
( ) a. Débito: Despesa de Depreciação $ 500 
 Crédito: Depreciação Acumulada $ 500 
 
( ) b. Débito: Depreciação Acumulada $ 2.000 
 Crédito: Despesa de Depreciação $ 2.000 
 
( ) c. Débito: Despesa de Depreciação $ 2.000 
 Crédito: Depreciação Acumulada $ 2.000 
 
( ) d. Débito: Depreciação Acumulada $ 500 
 Crédito: Despesa de Depreciação $ 500 
 
 50 
Resposta Comentada 
 
A opção correta é a d. 
 
A conta Depreciação Acumulada recebeu no 1º ano um valor de 3.000,00 como 
contrapartida de despesa de depreciação de X6. 
Se o bem foi depreciado em $ 3.000 ao ano, isto significa, que a taxa de depreciação 
aplicada foi de 20%, conforme demonstrado pela regra de três simples. 
 
15.000 _________ 100% 
 3.000 _________ X 
 
X = 20% 
 
A depreciação relativa a 1/1/X9 a 30/6/X9 (6 meses) seria de 1.500,00, porém a conta 
Depreciação Acumulada foi creditada em $ 2.000 (a contrapartida desse lançamento é 
débito de $ 2.000 na conta despesa de depreciação) , lançado a maior $ 500,00 
Para regularizar o lançamento ocorrido, deve-se debitar Depreciação Acumulada em 
 $ 500,00 e creditar Despesa de Depreciação com igual valor. 
 
Outra maneira de resolver esta atividade: 
Valor correto da depreciação do 1º semestre de X9: 
$ 15.000 x 20%: $ 1.500 
Valor registrado da depreciação do 1º semestre de X9 
$ 5.000 - $ 3.000 ($ 2.000) 
Valor da depreciação registrado a maior ($ 500) 
 
O lançamento contábil original foi: 
 Débito Crédito 
Despesa de Depreciação 2.000 
Depreciação Acumulada 2.000 
 
O lançamento contábil de regularização é: 
 Débito Crédito 
Despesa de Depreciação 500 
Depreciação Acumulada 500 
 
O lançamento contábil de regularização representa somente um estorno da parcela de 
depreciação registrada a maior anteriormente. 
 
 51 
 
Atividade 30 
 
Dados: 
- Bem: Tear automático Oxford 
- Data de aquisição: 1/4/X2, pagamento a vista 
- Data da entrada em funcionamento 16/4/X2 
- Valor original (conforme nota fiscal): $ 240.000 
- Despesas com frete e instalação por conta do fornecedor do tear ($ 20.0000) 
- Taxa anual de depreciação: 10% 
 
Calcule, com utilização dos dados necessários, a depreciação (encargo) dos meses de 
abril/X2 e maio/X2 e assinale, em seguida, a opção que tem em si a soma dos valores 
correspondentes a cada mês. 
( ) a. $ 6.800 
( ) b. $ 6.020 
( ) c. $ 5.310 
( ) d. $ 4.000 
( ) e. $ 6.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
Resposta Comentada 
 
A opção d é a correta 
Esta atividade aborda dois aspectos relevantes: 
O primeiro refere-se ao momento em que o bem deve ser depreciado. 
Vimos neste caderno que o bem começa a ser depreciado quando entra em operação. 
Como entrou em funcionamento em 16/4/X2, qual seria o procedimento a adotar? 
Consideraria o primeiro mês integral (abril), independente do dia em que entrou em 
operação ou não consideraria, e começaria a depreciar a partir de maio. Repare que o 
enunciado pede os meses de abril e maio, portanto esta empresa considera o primeiro mês 
integral 
Outro aspecto interessante é em relação às despesas com frete e instalação do bem 
adquirido. Não foram adicionados esses gastos ao valor de aquisição do bem, porque 
ocorreram por conta do fornecedor. Se fosse por conta da empresa adquirente seria 
adicionado ao valor do bem adquirido. 
 
Quota de depreciação anual = Taxa de depreciação x Valor do Equipamento 
 
Quota de depreciação anual = 10% x $ 240.000 
 
Quota de depreciação anual = 24.000 
 
Quota de depreciação mensal = 2.000 ( 24.000 / 12 meses) 
 
Abril = 2.000 
Maio = 2.000 
Total = 4.000 
 
 
 
 53 
 
Atividade 31 
 
A Indústria pega Leve adquiriu uma máquina em janeiro de X1, colocando-a em 
funcionamento no mesmo mês. Sabendo-se que; 
- a taxa de depreciação adotada foi de 20% ao ano; 
- o valor de aquisição da máquina foi de $ 220.000; 
- a depreciação é contabilizada ao final de cada mês; 
- a máquina foi vendida por $ 200.000, em julho de X4. 
Pode-se afirmar que o valor contábil da máquina em 31/12/X3, era de: 
( ) a. $ 220.000 
( ) b. $ 134.000 
( ) c. $ 112.000 
( ) d. $ 88.000 
( ) e. $ 80.000 
 
Resposta Correta 
 
A resposta correta é a d. 
 
Para resolver esta atividade você deverá calcular as despesas de depreciação relativa aos 
anos X1, X2 e X3, para determinar os valores da depreciação acumulada em 31/12/X3. 
Sabendo-se o valor da depreciação acumulada em 31/12/X3 determina-se o valor contábil 
em 31/12/X3. 
O preenchimento desta tabela facilita a resolução desta atividade. 
ANO CUSTO 
DO BEM 
a 
DESPESA DE 
DEPRECIAÇÃO 
b 
DEPRECIAÇÃO 
ACUMULADA 
C 
VALOR 
CONTÁBIL 
d = a - c 
X1 220.000,00 44.000,00 44.000,00 176.000,00 
X2 220.000,00 44.000,00 88.000,00 132.000,00 
X3 220.000,00 44.000,00 132.000,00 88.000,00 
 
 54 
 
Como se deve mensurar a depreciação de um bem adquirido usado? 
 
Segundo a legislação tributária, o prazo de depreciação será o maior dentre os seguintes: 
- metade da vida útil original. 
- tempo de vida útil remanescente (diferença entre o tempo de vida útil original e a idade 
do bem). 
 
Exemplo 
A Indústria Metal Flex adquiriu um equipamento novo, em 1/1/X2, com vida útil estimada 
em 4 anos. No dia 1/1/X3 vendeu o equipamento para a Empresa Porto Belo. 
Para a empresa Porto Belo qual seria a vida útil do bem a ser considerada para o cálculo da 
depreciação? 
 
a. Tempo de vida útil original ........................................... 4 anos 
b. Idade do bem quando adquirido em 1/1/X3 ................. 1 ano 
c. Tempo de vida útil remanescente .................................. 3 anos 
d. Metade da vida útil original ......................................... 2 anos 
 
Logo, prevalecerá o tempo de 3 anos (o maior prazo) 
 
Atividade 32 
 
Em 1/1/2008 a Empresa Topa Tudo comprou um veículo de passageiros Fiat 2006, para o 
setor de vendas, pelo valor de $ 42.000,00. Considerando-se que a vida útil original do 
veículo é de 5 anos e um valor residual nulo. 
Como deve ser mensurada a depreciação anual desse veículo? 
 
 
 
 
 
 
 55 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta Comentada 
 
A depreciação anual é de $ 14.000,00 
 
O Fiat 2006, adquirido com 2 anos de uso (idade), será depreciado em três anos (tempo de 
vida útil remanescente de 3 anos), em função de vida útil remanescente ser superior à 
metade da vida útil original, conforme demonstrado a seguir: 
 
 
Cálculo do tempo de vida útil 
a. TVU 5 anos 
b. Idade 2 anos 
c. TVU remanescente (a-b) 3 anos 
d. Metade da vida original (a/2) 2,5 anos 
 
Legenda: 
TVU: tempo de vida útil 
 
Fiat 2006, adquirido com dois anos de uso 
a. Valor original 42.000,00 
b. Valor residual - 
c. Valor depreciável (a-b) 42.000,00 
d. tempo de vida útil 3 anos 
e. Depreciação anual (c/d) 14.000 ao ano 
 
 56Exaustão 
 
A Exaustão corresponde à perda do valor, decorrente da exploração de direitos cujo objeto 
seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
Ao contrário das propriedades que se deterioram física ou economicamente, os Recursos 
Naturais se esgotam. O esgotamento representa a extinção dos recursos naturais e a 
exaustão é a extinção do custo ou do valor desses recursos naturais (mina, floresta, poço 
petrolífero etc.). 
Assim, à medida que se extinguir o Recurso Natural registra-se a Exaustão do valor desse 
recurso. 
 
A quota de exaustão será determinada tomando-se por base o seguinte: 
 
a) pelo volume de produção do ano; ou 
b) em função do prazo de concessão. 
 
 
a) Pelo volume da produção do ano: 
 
Nesse caso, considera-se como parâmetro para a determinação da exaustão a quantidade 
explorada no período, em função do total previsto para a jazida. 
 
1) Cálculo da taxa de exaustão do período: 
 
 exploração do período 
Taxa de exaustão do período = x 100 
 capacidade de exploração total 
 
 
 
 
2) Cálculo da exaustão do período: 
 
 
 Exaustão do período = % da capacidade total explorada x custo da jazida 
 
 
 57 
Exemplo: 
 
Custo da mina 120.000,00 
Capacidade de exploração total 10.000 t 
Exploração anual prevista 2.000 t 
Prazo do término da concessão 5 anos 
 
Supondo que a exploração do primeiro ano fosse de 2.500 t, teríamos: 
 
1) Cálculo da taxa de exaustão do período: 
 
 
 2.500 t 
Taxa de exaustão do período = x 100 = 25% 
 10.000 t 
 
 
2) Cálculo da exaustão do período: 
 
 Exaustão do período = 25% x $ 120.000,00 = $ 30.000,00 
 
 
 
 
b) Em função do prazo de concessão 
 
Se preferida pela empresa essa base, ou quando a produção for inferior à capacidade anual 
prevista. 
 
Reportando-se ao exemplo anterior, suponhamos que a exploração não tenha atingido as 
2.000 t previstas, ou seja, tenham sido retiradas 1500 t. Nesse caso, o parâmetro para o 
cálculo da exaustão será o prazo para o término da concessão, isto é, 20% a.a. (100% /5 anos). 
Assim sendo, a quota de exaustão do período será de $ 24.000,00 (20% x $ 120.000,00) 
 
 58 
 
Atividade 33 
 
A Cia de mineração Vale do Brasil adquiriu em X1 uma mina de carvão pelo valor de 
$ 140.000, com uma reserva estimada de 700.000 toneladas. 
Em 1 de janeiro de X4, foi descoberto um novo veio de carvão, cuja reserva foi estimada 
em 1.500 toneladas. 
Quantidade de carvão extraídas nos 4 primeiros anos de exploração da mina: 
 
ANO TONELADAS 
X1 80.000 
X2 114.000 
X3 156.000 
X4 160.000 
 
 
As despesas de exaustão nos exercícios de X1 a X3 foram respectivamente: 
( ) a. $ 8.000, $ 11.400 e $ 15.600 
( ) b. $ 8.000, $ 19.400 e $ 35.000 
( ) c. $ 16.000, $ 22.800 e $ 31.200 
( )d. $ 16.000, $ 38.800 e $ 70.000 
( ) e. $ 16.000, $ 35.000 e $ 70.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 59 
 
Resposta Comentada 
 
A opção c é a correta 
 
Esta atividade pode ser resolvida da seguinte maneira. 
 
1) Calcular o custo por tonelada: 
 
 
 
 valor da mina 
Custo por tonelada = 
 reserva estimada 
 
 
 
 $ 140.000 
Custo por tonelada = = $ 0,20/t 
 700.000 t 
 
 X1: 80.000 t x 0,20/t = $ 16.000 
 X2: 114.000 t x 0,20/t = $ 22.800 
 X3: 156.000 t x 0,20/t = $ 31.200 
 
 60 
 
Procedimentos contábeis referentes à Exaustão 
 
Quando a diminuição do valor se referir a direitos obtidos para exploração de reservas 
minerais, florestais, etc., o lançamento contábil será efetuado na conta Despesa de 
Exaustão e terá como contrapartida a conta Exaustão Acumulada (conta retificadora de 
Ativo Intangível). 
 
Direitos obtidos para exploração de reservas minerais, florestais, etc. 
Despesa de Exaustão Demonstração do Resultado do Exercício 
Exaustão Acumulada Balanço Patrimonial 
 
Exemplo: 
 
Direitos de Lavras de Minas: $ 12.900.000 
Despesa de Exaustão: $ 1.485.714 
Lançamento contábil do valor da exaustão anual, no valor de $ 1.485.714, relativo ao 
primeiro exercício (X1). 
 
 
DESPESA DE EXAUSTÃO EXAUSTÃO ACUMULADA 
 
(1) 1.485.714 1.485.714 (1) 
 
 
 
 
Onde: 
 
(1) lançamento de ajuste relativo a exaustão do exercício de X1. 
 
 
Apresentação da conta Exaustão Acumulada no Balanço Patrimonial, em 31/12/X1 
 
ATIVO PASSIVO 
........................................... ............... ......................................... ..................... 
........................................... ............... ......................................... ..................... 
 ......................................... ..................... 
Ativo Intangível: ......................................... ..................... 
Direitos de Lavras de Minas 12.900.000 ......................................... ..................... 
(-) Exaustão Acumulada (1.485.714) ......................................... ..................... 
 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Valor Residual é bastante comum para o cálculo de exaustão. Por exemplo, 
 o touro, para uma fazenda, é imobilizado até o momento em que deixar de ser eficiente 
 como reprodutor. Isto não significa que o touro não valha mais nada, pois poderá ser 
 vendido a um frigorífico, para abate. O valor residual será a estimativa de seu valor para 
 abate no final de sua vida útil como reprodutor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: A Empresa Vale do Sol adquire uma pedreira, o terreno onde está localizada a 
pedreira deverá, no cálculo da exaustão, ser destacado, dado que no final da exploração da 
pedreira, continuará como propriedade da Empresa Vale do Sol. 
Preço pago pela E,presa vale do Sol pela pedreira, com o terreno: $ 12.900.000,00 
Valor estimado do terreno por ocasião da compra; $ 2.500.000,00 
Prazo estimado para esgotamento total da pedreira: 7 anos 
 
 
 
 $ 12.900.000 - $ 2.500.000 
 Exaustão anual = = $ 1.485.714 
 7 anos 
 
 
 
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Amortização 
 
É aplicável aos bens imateriais (direitos), intangíveis, ou àqueles bens de uso temporário, 
que não se integrarão ao patrimônio da empresa com duração ou utilização superior ao 
exercício social, normalmente em contas classificadas no Ativo não-Circulante, 
basicamente no subgrupo Intangível. 
 
Cálculo da Amortização 
A grosso modo, o Intangível é amortizado da mesma forma que o Imobilizado é 
depreciado , com a vantagem de que a legislação não estabeleceu taxa de amortização para 
cada intangível, sendo seu cálculo baseado em função da vida útil econômica – nos termos

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