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Ensaio de Fluência PROFA. DRA. HILLANE L IMA Fluência ❑Deformação plástica que ocorre em função do tempo para um material submetido a uma tensão constante; ❑Ocorre devido a movimentação de falhas na estrutura do material; ❑Fator determinante da vida útil de um componente; ❑Ocorre em qualquer tipo de material; ❑No caso dos metais é um fenômeno influenciado pelo acréscimo da temperatura para valores acima de T ≥ 0,4 Tfusão para a maioria dos metais, sendo considerado T≥ 0,2 ~ 0,3 Tfusão para os metais de baixa temperatura de fusão. Tensão estática Tempo Temperatura ENSAIOS DOS MATERIAIS 2 Fluência ❑Aplicação cada vez maior de componentes em condições de serviço a altas temperaturas levou ao desenvolvimento de ligas metálicas especiais e de materiais compostos que resistem à deformação plástica sob condições de cargas estáticas e temperaturas maiores que 1000 °C. ENSAIOS DOS MATERIAIS 3 Fluência ENSAIOS DOS MATERIAIS 4 Ensaio de fluência ❑Caracterização do comportamento mecânico de materiais em temperaturas elevadas e submetidos a tensões estáticas por longos períodos. ❑É executado pela aplicação de uma carga uniaxial constante a um CP de mesma geometria dos utilizados no ensaio de tração, a uma temperatura elevada e constante. ❑A carga é aplicada por pesos e é feito o controle da temperatura e do tempo. ❑Condições de compressão, flexão, torção e esforços cíclicos também podem ser empregados nos ensaios. ❑Para metais a maioria do ensaios são conduzidos sob tração uniaxial; ❑Para materiais frágeis o ensaio é conduzido principalmente com compressão uniaxial. Esquema do ensaio e configuração do CP. ENSAIOS DOS MATERIAIS 5 Ensaio de fluência Máquinas para o ensaio ENSAIOS DOS MATERIAIS 6 Ensaio de Fluência Corpo de Prova ❑Apresentam, geralmente, dimensões e geometria semelhantes àquelas utilizadas nos ensaios de tração; ❑São submetidos inicialmente a certas temperaturas até atingirem a homogeneização térmica, para posteriormente se iniciar o ensaio. ❑Recomenda-se um bom acabamento superficial na região útil de análise, bem com a inexistência de defeitos superficiais e erros de concordâncias entre diâmetros. ❑Para ensaios em corpos de prova com entalhes recomenda-se a norma ASTM E292, e para a realização de ensaios com altas taxas de deformação recomenda-se a norma ASTM E150. ENSAIOS DOS MATERIAIS 7 Ensaio de Fluência Corpo de Prova ENSAIOS DOS MATERIAIS 8 Ensaio de Fluência Corpo de Prova ❑Recomenda-se a instrumentação do CP com extensômetro para medir a deformação longitudinal sofrida pelo material em função do tempo. ❑No caso de materiais que apresentam alta reatividade em altas temperaturas recomenda-se o emprego de atmosfera inerte ou no vácuo. ❑A temperatura deve ser medida em dois ou três pontos, preferencialmente por meio de pirômetros ligados ao corpo de prova por termopares aferidos, de pequeno diâmetro. ENSAIOS DOS MATERIAIS 9 Ensaio de Fluência Corpo de Prova ❑Normalmente empregam-se fomos com aquecimento resistivo ou indutivo, com controle de temperatura por meio de termopares, e que possibilitam o aquecimento do CP e equalização da sua temperatura em aproximadamente 1 hora. • A prática comum é aquecer primeiro o corpo de prova até 10°C abaixo da temperatura do ensaio, por um período de 1 a 4 horas, para completa homogeneização da estrutura. Só depois disso o corpo de prova deve ser levado à temperatura do ensaio. ENSAIOS DOS MATERIAIS 10 Ensaio de Fluência Temperatura do ensaio ❑Verificou-se que pequenas variações de temperatura podem causar alterações na velocidade de fluência; ❑Em aço carbono e duralumínio submetidos a uma tensão de 3,5 Kgf/mm2 durante 1000h: ENSAIOS DOS MATERIAIS 11 Ensaio de Fluência Temperatura do ensaio ENSAIOS DOS MATERIAIS 12 ENSAIOS DOS MATERIAIS 13 Ensaio de fluência ❑O tempo de aplicação da carga é principalmente em função da esperada vida útil do componente que será fabricado com o material submetido ao ensaio. ❑Pode durar um mês ou mais de um ano. ❑As deformações que ocorrem no CP são medidas em função do tempo de realização do ensaio; ❑São realizados inúmeros ensaios variando carga aplicada e/ou T do ensaio Curva típica de fluência apresentando os três estágios do ensaio ENSAIOS DOS MATERIAIS 14 Análise dos resultados obtidos ❑Estágio primário ou fluência primária: caracterizado por um decréscimo contínuo da taxa de fluência → a inclinação da curva diminui com o tempo. ❑A deformação plástica vai se tornando progressivamente mais difícil devido a multiplicação e interação das discordâncias, as quais se ancoram nos contornos de grãos dificultando escorregamento dos planos cristalográficos. ❑O estágio permanece até que se estabeleça uma condição estacionária. ❑A deformação instantânea observada no gráfico deve- se ao carregamento inicial da carga no corpo de prova. ENSAIOS DOS MATERIAIS 15 Análise dos resultados obtidos Estágio secundário ou fluência secundária em regime estacionário ❑A taxa de fluência é essencialmente constante e a curva apresenta-se com aspecto linear. ❑Essa região de inclinação decorre do equilíbrio entre dois fenômenos atuantes e competitivos: encruamento e recuperação. ❑Na recuperação, com a temperatura mais alta, a mobilidade atômica aumenta e vacâncias são ocupadas, discordâncias geradas. ❑O valor médio da taxa de fluência no estágio secundário é chamado de taxa mínima de fluência. ENSAIOS DOS MATERIAIS 16 Análise dos resultados obtidos Estágio terciário ou fluência terciária ❑Aceleração na taxa de fluência até a ruptura do CP. ❑Ocorre principalmente para ensaios submetidos a cargas e/ou temperaturas elevadas. ❑Nesse estágio tem início o processo interno de fratura: separação de contornos de grão, formação, coalescimento e propagação de trincas; ❑Redução localizada de área no CP e consequente aumento na taxa de deformação. ❑Em certas condições, alguns materiais podem deixar de apresentar o estágio terciário. ENSAIOS DOS MATERIAIS 17 Curvas de fluência para aços-liga sob diferentes cargas; a curva B não apresenta o estágio III em função da baixa carga aplicada Curvas de fluência para uma liga de alumínio (24S-T4) a temperatura constante de 182°C e diferentes tensões aplicadas ENSAIOS DOS MATERIAIS 18 Análise dos resultados obtidos ❑Para o caso de materiais frágeis, o ensaio é empregado utilizando-se esforços de compressão para a melhor caracterização das propriedades em fluência, visto que não ocorre a intensificação das tensões devidas às microtrincas da superficie do material e posterior fratura frágil. ENSAIOS DOS MATERIAIS 19 Parâmetros característicos do ensaio ❑Um dos parâmetros mais importantes no ensaio de fluência é a taxa mínima de fluência → inclinação da curva do estágio secundário de fluência. ❑É o parâmetro a se considerar em projetos de componentes para aplicações de longa duração. ❑Ex. Peças de reatores nucleares, que são especificadas para durar várias décadas. ❑Para componentes de vida relativamente mais curta, como lâminas de turbinas para motores a jato, o parâmetro determinante é o tempo de ruptura. Classificação do ensaio ❑Ensaio de fluência (resistência à fluência, vida útil do material); ❑Ensaio de ruptura por fluência (resistência à ruptura por fluência); ❑Ensaio de relaxação: fornece informações sobre a redução da tensão aplicada ao corpo de prova quando a deformação em função do tempo é mantida constante a uma certa temperatura ENSAIOS DOS MATERIAIS 20 Parâmetros característicos do ensaio Ensaio de ruptura ❑Semelhante ao convencional só que neste caso os CP’s são levados até a ruptura. ❑Utilizam-se cargas maiores e, portanto maiores velocidades de fluência. ❑A deformação atingida pelos CP’s é bem maior: enquanto no ensaio de fluência a deformação poucas vezes ultrapassa 1%, nos ensaios de ruptura por fluência pode atingir 50%. ❑A tensão e a temperaturasão mantidas constantes neste ensaio. ❑Sua duração fica em torno de 1.000 horas. Porém, são necessários muitos corpos de provas, ensaiados com cargas diferentes, para se obter resultados significativos. ❑Resultados obtidos no ensaio são: tempo para a ruptura do corpo de prova, medida da deformação e medida da estricção, em certos casos. ENSAIOS DOS MATERIAIS 21 Parâmetros característicos do ensaio Ensaio de relaxação ❑O ensaio de relaxação produz dados sobre velocidade de fluência/tensão numa gama variada de velocidades, com apenas um corpo de prova. ❑A relaxação de tensão ocorre em peças juntadas por parafuso ou montagens ajustadas a quente → em altas T podem se tornar frouxas e produzir desconexão se a tensão inicial não for adequada. ❑Na sua forma mais simples, é feito mantendo a deformação constante, por meio da redução da tensão aplicada ao corpo de prova ao longo do tempo. ❑O resultado é a queda da tensão ao longo do tempo, que mantém a velocidade de deformação constante, num dado valor. ❑A maioria dos ensaios de relaxação duram de 1.000 a 2.000 horas. ❑Os resultados não têm relação direta com aplicação prática e são extrapolados empiricamente para situações reais. ❑A principal desvantagem deste ensaio prende-se às exigências do equipamento, cujo sistema de medição de força deve permitir medições precisas de pequenas variações de carga ao longo do tempo. ENSAIOS DOS MATERIAIS 22 Parâmetros característicos do ensaio ENSAIOS DOS MATERIAIS 23 ❑Os resultados são também apresentados em termos do logaritmo da tensão versus o logaritmo do tempo de ruptura resultando em uma linha reta aproximada aos dados reais. Liga de níquel com baixo teor de carbono para três diferentes temperaturas Liga lnconel 718* para quatro diferentes temperaturas ENSAIOS DOS MATERIAIS 24 Parâmetros característicos do ensaio ❑Algumas equações empíricas correlacionam o fenômeno da fluência em materiais; ❑A partir da taxa mínima de fluência em função da tensão e temperatura: ❑k1 e n1 são constantes para cada material. ❑Para o caso de dependência da taxa mínima de fluência com a tensão, a relação é: ❑Em termos de temperatura e tensão ❑A e n são constantes dependentes do material ❑Essa é outra forma de apresentação dos resultados do ensaio de fluência e deve ser utilizada como valor de referência para projetos de componentes que devam resistir à fluência. ❑As taxas podem ser apresentadas em %/h; %/1000 h; m/m ·h ou s- 1 ENSAIOS DOS MATERIAIS 25 Parâmetros característicos do ensaio ❑Várias abordagens teóricas foram propostas para explicação do comportamento em fluência, e no sentido de introduzir parâmetros relacionados aos mecanismos de deformação e difusão atômica que ocorrem durante o processo de fluência, bem como variáveis relacionadas aos mecanismos de início e propagação da fratura. ❑A literatura apresenta uma relação empírica entre taxa mínima de fluência e o tempo de ruptura, tr dada por: ❑ B e m são constantes. ❑ Esse tipo de relação permitiria a determinação de tr uma vez determinada a taxa mínima de fluência, o que em termos práticos implicaria a realização do ensaio somente até o estágio II. ENSAIOS DOS MATERIAIS 26 Tensão-taxa mínima de fluência para liga de níquel com baixo teor de carbono para três diferentes temperaturas (escala log-log). Tensão-taxa mínima de fluência para Magnésio puro em diferentes temperaturas. ENSAIOS DOS MATERIAIS 27 Tensão-taxa mínima de fluência para um aço inoxidável AISI 304 para quatro diferentes temperaturas (escala log-log). (Adaptado de ASM Handbook. v. 8, 2000.) Tensão-taxa mínima de fluência para um aço inoxidável AISI 316 para três diferentes temperaturas. (Adaptado de Dieter, 1988.) ENSAIOS DOS MATERIAIS 28 Tensão-taxa mínima de fluência para um aço Cr -Mo-V para três diferentes temperaturas (escala mono-log). (Adaptado de ASM Handbook, v. 8, 2000.) Tensão-taxa mínima de fluência para ferros fundidos cinzentos com 4%5i e 4%5i + 2%Mo (escala log-log}. (Adaptado de ASM Handbook, vol. 1, 2000.) ENSAIOS DOS MATERIAIS 29 Parâmetros característicos do ensaio ❑Resistência à fluência: tensão a uma determinada temperatura que produz uma taxa mínima de fluência, por exemplo, de 0,0001 por cento/hora ou 0,001 por cento/hora. ❑Resistência à ruptura: tensão a uma determinada temperatura que produz uma vida até a ruptura de 100, 1000 ou 10.000 horas. ➢Por exemplo, uma turbina a jato, que deve apresentar uma taxa mínima de fluência de 0,0001%, implica uma deformação de 1% a cada 10.000 horas de operação. ENSAIOS DOS MATERIAIS 30 Extrapolação de características de fluência para longos períodos ❑Em função da impraticabilidade de ensaios de longa duração, uma solução que se adota é avaliar o comportamento à fluência em condições de temperatura acima das especificadas, por tempos mais curtos e no mesmo nível de tensão, e, a partir dos resultados, fazer uma extrapolação para as condições de operação do componente. ❑Uma extrapolação segura só pode ser feita quando se tem certeza de que na região da extrapolação não ocorrerão mudanças estruturais que resultem na variação da inclinação da curva. Parâmetro de Larson-Miller ❑Por questões práticas e como essa constante C não varia muito, geralmente assume-se C= 20. ENSAIOS DOS MATERIAIS 31 Extrapolação de características de fluência para longos períodos Valores da constante C para alguns aços ENSAIOS DOS MATERIAIS 32 Exemplo ❑Previsão do tempo de ruptura de um componente fabricado com o material da figura quando submetido a uma tensão de 400 MPa a uma temperatura de 600°C. ❑A figura indica que, para uma tensão de 400 MPa, o parâmetro de Larson-Miller é 20·103: Curva tensão-parâmetro de Larson-Miller do aço S-590 (CoCrNi) ENSAIOS DOS MATERIAIS 33 Exemplo ❑Um componente de aço S-590 deve possuir um tempo de vida até a ruptura por fluência de pelo menos 20 dias a 650°C. Calcule o nível máximo de tensão permissível. Curva tensão-parâmetro de Larson-Miller do aço S-590 (CoCrNi) ENSAIOS DOS MATERIAIS 34 Exemplo ❑Considere um componente de aço S-590 que está submetido a uma tensão de 55 Mpa. Em qual temperatura o seu tempo de vida até a ruptura será de 200horas? Curva tensão-parâmetro de Larson-Miller do aço S-590 (CoCrNi) ENSAIOS DOS MATERIAIS 35 Fratura Principais mecanismos de deformação observados a temperaturas elevadas ❑Movimento de discordâncias; ❑Recristalização; ❑Escorregamento de contornos de grãos. PROCESSO DE FRATURA ❑Formação de microcavidades nos contornos de grão; ❑Aumento de microcavidades e formação de microtrincas; ❑Coalescimento das microtrincas e formação de uma macrotrinca. Favorecidos com o aumento da temperatura. ENSAIOS DOS MATERIAIS 36 Fratura ❑Superfície de fratura destacando as microcavidades em contornos de grãos de uma liga Nimonic 105 submetida a 800 °C por longo período de tempo. (Engel. 1981.) ❑Ao final do ensaio, a amostra foi resfriada em nitrogênio liquido e fraturada para observação do processo de ruptura ENSAIOS DOS MATERIAIS 37 Fratura ❑Micrografias de diferentes regiões de uma amostra de aço baixo carbono (ABNT/SAE 1018) retirado de uma tubulação de vapor superaquecido que foi substituída por apresentar vazamentos. ❑Presença de pequenas microcavidades nos contornos de grãos da ferrita, principalmente em pontos triplos. Micrografias de uma tubulação de vapor superaquecido que sofreu fluência. (ABNT/SAE 1018.) ENSAIOS DOS MATERIAIS 38 Influência da tensão e temperatura ❑A deformação instantânea que surge no momento inicial de aplicação de carga cresce com a tensão e T ❑Aumento da taxa de fluência do estágio II ❑Vida útil do corpo de prova representada pelo tempo de ruptura diminui. ENSAIOS DOS MATERIAIS 39 Fatores que afetam as propriedades de fluência ❑Temperatura de fusão; ❑Módulo de elasticidade; ❑Tamanho de grão cristalino. • Com a eliminação gradativa de contornosde grãos do primeiro processo ao último, o componente de deformação por escorregamento de contornos de grãos vai perdendo sua influência, produzindo um aumento na resistência à fluência. • O tempo de ruptura é aumentado em cerca de 2,5 vezes quando se passa da fundição convencional para a solidificação unidirecional, e em cerca de 9 vezes quando se trata de lâminas monocristalinas. Laminas de turbinas produzidas: (a) fundição convencional; (b) solidificação unidirecional; e (C) monocristal. ENSAIOS DOS MATERIAIS 40 Fatores que afetam as propriedades de fluência ❑Resultados obtidos com uma liga Zn-22%Al (%em massa) com diferentes tamanhos de grão submetida a ensaios de fluência por longos períodos à temperatura de 220 °C. ❑Mesmo para pequenas diferenças nos valores dos tamanhos de grãos observa-se uma significativa diferença na resposta à fluência ou na taxa de deformação. Influência do tamanho de grão cristalino na fluência de uma liga Zn-22AI. (Adaptado de ASM Handbook, v. 8, 2000) ENSAIOS DOS MATERIAIS 41 Fatores que afetam as propriedades de fluência Precipitação de fases ou precipitados ❑Exemplo de estrutura bruta de solidificação de uma liga de magnésio-zinco-aluminio-cálcio-lantânio desenvolvida para estimular a precipitação de compostos intermetálicos que impeçam escorregamento dos contornos de grãos. ❑Presença de intermetálicos de Al-Ca e AI-La na forma de pequenas agulhas transgranulares nas regiões de contornos de grãos, atuando com um grampo entre estes. ❑As análises qualitativas de composição química por meio de EDS- MEV demonstraram a presença dos elementos Mg-Al-La (EDS2) e Mg-Al-Ca (EDS3) formando os precipitados, os quais são considerados estáveis para as temperaturas desejadas de aplicabilidade (100 °C). ENSAIOS DOS MATERIAIS 42 Fatores que afetam as propriedades de fluência Materiais mais resistentes à fluência em altas temperaturas ❑Aços inoxidáveis ❑Super ligas ou ligas à base de níquel, cobalto ou ferro ou suas combinações; ❑Ligas refratárias, que apresentam elevadas temperaturas de fusão, e são formadas à base de nióbio, molibdênio, tungstênio, titânio, tântalo e cromo. ➢Essas ligas apresentam temperatura de fusão da ordem de 2000 °C ou mais; ➢Alto módulo de elasticidade; ➢Dureza alta ➢Alta resistência corrosão, tanto em temperaturas normais quanto em temperaturas elevadas. ENSAIOS DOS MATERIAIS 43 Fatores que afetam as propriedades de fluência Materiais mais resistentes à fluência em altas temperaturas ENSAIOS DOS MATERIAIS 44 Fatores que afetam as propriedades de fluência Materiais mais resistentes à fluência em altas temperaturas ENSAIOS DOS MATERIAIS 45 Propriedades de fluência de polímeros ❑Muitos polímeros também são suscetíveis à fluência quando o nível de tensão é mantido constante durante um determinado tempo; ❑Essa característica é chamada de fluência viscoelástica, a qual inclui a parcela de deformação elástica, seguida de uma deformação viscoelástica; ❑Esse tipo de deformação nos polímeros pode ocorrer até em temperatura ambiente e com tensões bem menores que o limite de escoamento. ❑Para polímeros amorfos, em geral a temperatura considerada limite para a ocorrência de fluência é a temperatura de transição vítrea (Tg), acima da qual a taxa de fluência aumenta significativamente. ❑Normalmente os ensaios seguem os mesmos procedimentos recomendados para os metais, com algumas exceções. ENSAIOS DOS MATERIAIS 46 Propriedades de fluência de polímeros ❑Para os polímeros termoplásticos o comportamento à fluência depende dos mecanismos de movimentação cooperativa das cadeias de moléculas, e cuja resistência será maior quanto maior for a quantidade de ligações cruzadas entre elas, bem como com o aumento do peso molecular do polímero. ENSAIOS DOS MATERIAIS 47 Propriedades de fluência de compósitos e cerâmicas ❑Para o caso de materiais compósitos de matriz polimérica, a adição de fibras como reforço não altera o mecanismo de fluência da matriz, ocorrendo fluência também nessa classe de materiais. ❑No entanto, o tipo, a morfologia, o comprimento, a distribuição e a resistência da fibra., entre outros fatores, podem melhorar significativamente a resistência à fluência. ❑Estudos realizados com a finalidade de analisar o comportamento de materiais cerâmicos sob condições de fluência, principalmente em condições de tensões de compressão em altas temperaturas → se observou comportamento similar aos encontrados nos metais, porém em níveis de temperaturas bem maiores. ENSAIOS DOS MATERIAIS 48
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