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2 AP Constitucional

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Questões
01) (Advogado/COPEL – UFPR) A Constituição de 1988 conferiu tratamento privilegiado aos direitos e garantias fundamentais. Em relação aos direitos e garantias constitucionalmente enunciados, considere as seguintes afirmativas: 
1. A Carta Constitucional de 1988 deu maior ênfase e tratamento jurídico diferenciado aos denominados direitos de primeira geração ou dimensão, que são aqueles direitos negativos, de abstenção, focados no princípio da fraternidade universal. 
2. Os direitos de segunda geração ou dimensão, voltados à intervenção estatal contra o arbítrio da liberdade individual e a busca de melhores condições materiais de vida, estão constitucionalmente previstos, todavia, em exegese meramente literal, não fazem parte do núcleo constitucional intangível. 
3. Os direitos de terceira geração ou dimensão, marcados por visão transpessoal e coletiva dos indivíduos, estão constitucionalmente previstos, todavia não se submetem ao regime jurídico de proteção dos direitos fundamentais, tendo em vista que são excluídos do título II da Constituição pátria. 
4. As garantias fundamentais constitucionalmente previstas têm caráter instrumental e assecuratório em relação aos direitos fundamentais, e justamente por isso, ao contrário do que ocorre com os direitos, possuem caráter absoluto, não sendo possível sua supressão temporária no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas. 
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
1. [FALSO]
Resposta: Os Direitos de 1º dimensão são os direitos civis e políticos, liberdades e inviolabilidades, absenteísmo estatal. Não se pode afirmar que deu maior ênfase aos direitos de 1º dimensão, até porque a Constituição busca um Estado Social de Direitos, com educação, saúde, segurança com intervencionismo estatal.
2. [CERTO]
Resposta: A questão está correta, pois, conforme o Art. 60, §4º, inciso IV da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: os direitos e garantias INDIVIDUAIS, que estariam previstas no art. 5ª. Interpretação meramente literal, os direitos de 2º dimensão: Sociais, econômicos e culturais, educação, saúde, segurança não fazem parte. ( DIREITOS COLETIVOS)
Os constituintes originários, inicialmente, pensavam em fazer dois capítulos: um só de direitos individuais e outro só de direitos coletivos, por fim, acabaram unificando os dois tipos de direitos em um só artigo e capítulo.
Ao fazer essa escolha de unir os dois grupos de direitos em um único artigo o constituinte acabou por não inserir no artigo parágrafo 4º do 60, inciso IV os DIREITOS COLETIVOS, mas estes por certo constituem o rol de cláusulas pétreas, não podendo ser alvo de projeto de emenda constitucional tendente a aboli-los.
"A melhor interpretação é a que inclui entre os direitos protegidos pela “cláusula pétrea” também esses direitos sociais. Sim, porque, sendo as liberdades (como a de ir e vir) e os direitos sociais (como o direito à educação) direitos fundamentais, absurdo seria que as primeiras gozassem de proteção de não poderem ser abolidas, enquanto os segundos poderiam sê-lo. Certamente, a redação do artigo 60, parágrafo 4º, IV, da Constituição, o constituinte disse menos do que queria” (Manoel Gonçalves Ferreira Filho)
3. [FALSO]
Resposta: O item 3 está seguindo o entedimento do item 2, porém sem utilizar a expressão "exegese meramente literal".
4. [FALSO]
Resposta: Para Alexandre de Morais (2003, p. 61), “os direitos e garantias fundamentais consagrados pela Constituição Federal não são ilimitados, uma vez que encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados pela carta Magna (princípio da relatividade).
02) (Analista Judiciário/TRF 4 – FCC) São direitos fundamentais classificados como de segunda geração
a) os direitos e garantias individuais clássicos.
b) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.
c) os direitos econômicos e culturais
d) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.
e) as liberdades públicas.
1° dimensão - LIBERDADE
P- políticos
C- civis
2° dimensão - IGUALDADE
E- econômicos
S- sociais
C- culturais
3° dimensão - FRATERNIDADE
C-coletivos
D-difusos
03) (Técnico/TCE-CE – FCC) São exemplos de direitos fundamentais difusos, denominados de terceira geração, previstos na Constituição Federal:
a) a liberdade de reunião e as normas de proteção trabalhista.
b) o meio ambiente e a defesa dos consumidores.
c) a saúde e a educação.
d) a liberdade de reunião e a assistência social.
e) as liberdades de expressão e de credo.
DIREITOS DE 1° GERAÇÃO:
Comparado a Revolucão Francesa:LIBERDADE
O ESTADO NÃO ATUA ( LIBERDADE NEGATIVA)
SAO DIREITOS POLITICOS E CIVIS
 
EX: Direito à vida, propriedade, liberdade de expressão, inviobilidade ao domicilio, liberdade de reunião...
 
DIREITOS DE 2° GERAÇÃO
Comparada a Revolução Francesa: IGUALDADE
O ESTADO ATUA (LIBERDADE POSITIVA)
SÃO DIREITOS SOCIAIS, ECONOMICOS E CULTURAIS
 
Ex: Saude, educação, assistencia e previdencia social
 
 
DIREITOS DE 3°GERAÇÃO:
Comparada a Revolução Francesa: FRATERNIDADE (solidariedade)
SÃO DIREITOS DIFUSOS
 
Ex: Direito ao meioabiente, a paz, ao patrimonio comum, e a defesa do consumidor...
 
 
Para alguns doutrinadores.... 4° e 5° geração
 
DIREITOS DE 4° GERAÇÃO
DEMOCRACIA, PLURALISMO E INFORMÇÃO
 
04) (Perito Papiloscópico Polícia Civil/ES – CESPE) A característica de relatividade dos direitos fundamentais possibilita que a própria Constituição Federal de 1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao exercício desses direitos. A assertiva é:
(X ) Certa
( ) Errada
Tanto o Judiciário quanto o Legislativo podem restringir ou limitar determinados direitos fundamentais (aqui não há que se falar em abolição desses direitos). Porém, deve-se respeitar sempre o núcleo essencial dos direitos fundamentais.
Um bom exemplo seria a prerrogativa do poder judiciário ao aplicar uma pena restritiva de liberdade, todo cidadão tem o direito de ir e vir, porém, esse direito é limitado pelo Estado em determinados contextos. O mesmo acontece com alguma legislação tendente a modificar o direito a propriedade rural em prol de um meio ambiente equilibrado, neste caso o legislativo estaria afetando o direito fundamental de propriedade do indivíduo.
05) (Técnico/CRM-DF – Quadrix) Julgue o item seguinte a respeito dos direitos e das garantias individuais na Constituição Federal de 1988 (CF).
A relatividade é uma característica dos direitos fundamentais, que, na medida em que podem colidir entre si, demandam necessária harmonização que viabilize sua convivência, sem que, contudo, se sacrifique qualquer deles.
(X ) Certo
( ) Errado
1º geração: direitos políticos e civis
2º geração: direitos econômicos,sociais, culturais
3º geração: direitos coletivos e difusos
06) (Analista Jurídico/SEAD-AP – FCC) Em relação à eficácia horizontal dos direitos fundamentais, são destinatários das normas constitucionais que dispõem sobre esses direitos:
a) as Entidades autárquicas.
b) os Órgãos do Poder Executivo.
c) as Entidades paraestatais.
d) os Particulares.
e) os Órgãos do Poder Judiciário.
A questão exige conhecimento doutrinário sobre teoria dos direitos fundamentais.
A eficácia dos direitos fundamentais foi reconhecida, pelo STF, como decorrente diretamente da CF\88, tanto na esfera privada, como na esfera pública. E é classificada doutrinariamente em vertical e horizontal. A vertical refere-se a relação entre Estado e particulares e a horizontal refere-se a relação entre particulares, fazendo com que a CF\88 incida diretamente nas relações entre estes destinatários. Especificamente em relação à eficácia horizontal, o objetivo é fazer com que a incidência direta da CF\88 reduza situações de desigualdade, injustiça ou onerosidade excessivas causadas pela autonomia da vontade e cumprimentoda legislação infra-constitucional.
07) (Juiz do Trabalho/TRT 9 – ESPP) Considere as proposições abaixo:
I. O conceito de eficácia estritamente vertical dos direitos fundamentais é albergado pela jurisprudência, razão pela qual, fundado nessa teoria, o STF vem acolhendo a tese de que o cidadão pode exigir ao Estado direitos de prestação positiva, como o direito à universalidade da cobertura e do atendimento da seguridade social.
II. A jurisprudência do STF adota apenas o conceito de horizontalidade (eficácia meramente horizontal) dos direitos fundamentais, afastando a ideia da sua verticalidade.
III. A jurisprudência do STF adota o conceito de eficácia vertical e horizontal dos direitos fundamentais.
IV. A jurisprudência do STF vem estabelecendo que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais dotadas de aplicação imediata são apenas aquelas referentes aos direitos individuais previstos art. 5° da Constituição da República, não estando alcançados, portanto, aqueles direitos individuais reconhecidos no seu art. 7°.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a proposição I é correta.
b) Apenas a proposição Ill é correta.
c) Apenas as proposições I e III são corretas.
d) Apenas as proposições II e III são corretas.
e) Todas as proposições são incorretas.
A alternativa I está correta até "...exigir ao Estado direito de prestação positiva". Exemplo clássico disso são as ações judiciais pleiteando medicamentos, trata-se de típica relação vertical de direito fundamental, na qual se exige prestação positiva do Estado.
O erro está no exemplo dado. Seguridade Social é igual a Previdência Social + Assistência Social + Saúde (art. 194, CF). Assim, não se pode exigir do Estado universalidade da cobertura e do atendimento quanto à Previdência e à Assistência, haja vista que somente aqueles que preenchem os requisitos legais têm direito aos serviços prestados pelo Estado. Exemplo: quem não tem renda inferior a 1/4 do salário mínimo não pode exigir que o Estado conceda benefício do LOAS.
A "III" parece ter se valido das lições de José Afonso da Silva, que distingue entre "aplicabilidade" e "aplicação", aduzindo que as normas programáticas, malgrado terem aplicabilidade mediata, por serem espécie de normas constitucionais de eficácia limitada, têm aplicação imediata, em razão do disposto no art. 5º, § 1º, da CF/88.
08 (Defensor Público/PR – FCC) O preâmbulo da Constituição dispõe que um dos propósitos da Assembleia Constituinte foi o de instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade e a segurança. Tal avanço se deve, em certa medida, à afirmação dos direitos fundamentais como núcleo de proteção da dignidade da pessoa humana. Considere:
I. No campo das posições filosóficas justificadoras dos direitos fundamentais, destaca-se a corrente jusnaturalista, para quem os direitos do homem são imperativos do direito natural, anteriores e superiores à vontade do Estado.
II. Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se submeter à esterilização irreversível.
III. A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
IV. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se vale do preceito fundamental da liberdade de expressão para garantir a manifestação que contenha discurso racista, desde que observada a vedação ao anonimato e não seja direcionado a um indivíduo específico.
V. O Supremo Tribunal Federal considera violadora do direito fundamental da intimidade ato normativo que permita que bancos privados repassem informações sigilosas sobre a movimentação financeira de seus correntistas ao fisco.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e V.
c) IV e V.
d) I, II e III.
e) I e II.
A dimensão subjetiva gravita em torno da posição jurídica do indivíduo, consubstanciando-se na faculdade de o titular de um direito exigir uma ação ou uma abstenção do Estado ou de outro indivíduo tendo em vista preservar a sua situação em particular: “O direito subjectivo consagrado por uma norma de direito fundamental reconduz-se, assim, a uma relação trilateral entre o titular, o destinatário e o objecto do direito” (CANOTILHO, 1992, p. 544). Christine Oliveira Peter da SILVA (2001, p. 49) salienta o viés subjetivo como a possibilidade de um titular “fazer valer” sua prerrogativa jurídica: “É importante destacar que, ao se falar sobre direitos fundamentais subjetivos, faz-se referência à possibilidade que tem o seu titular - o indivíduo ou a coletividade a quem é atribuído - de fazer valer judicialmente os poderes, as liberdades, o direito à ação ou mesmo as ações negativas ou positivas que lhe foram outorgadas pela norma consagradora de direito fundamental em questão.” Por sua vez, a dimensão objetiva destina-se a organizar uma atividade que tenha influência coletiva, funcionando como programa diretor para a realização constitucional (BARROS, 2003, p. 132-134). Para CANOTILHO (1992, p. 544), “Uma norma vincula um sujeito em termos objectivos quando fundamenta deveres que não estão em relação com qualquer titular concreto”. Como elementos da ordem jurídica da coletividade, as normas determinam “o objetivo, os limites e o modo de cumprimento” das tarefas estatais (HESSE, 1998, p. 241). Paulo BONAVIDES (2000, p. 541-542) traz um vasto rol de consequências da atribuição da dimensão objetiva aos direitos fundamentais, que aqui se reproduz para agregar valor ao tema enfrentado:
I - CORRETA
II - CORRETA
III - (INCORRETA) A dimensão Subjetiva (OBJETIVA) dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
IV- (INCORRETA) O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal.
V - (INCORRETA) Segundo entendimento dos Tribunais Superiores, nesses casos não há quebra de sigilo, apenas transferência.
 
Questões
01) (Promotor de Justiça/GO – MPE/GO) O preâmbulo é o pórtico da Constituição e revela a síntese do pensamento do legislador constituinte.
Acerca de sua natureza jurídica, marque a resposta correta:
a) Para o STF o preâmbulo constitucional deve ser contado como norma constitucional, integrando o articulado constitucional, possuindo eficácia jurídica plena.
b) O preâmbulo na CF/88 é dotado de força normativa cogente, fazendo parte da declaração de direitos e, por isso, tomado como cláusula pétrea.
c) O preâmbulo, por expressa disposição constitucional, tem como finalidade a resolução das chamadas lacunas ocultas, que são aquelas decorrentes de erro do Poder Constituinte ou de desatualização da Constituição.
d) Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor interpretativo das normas constitucionais, não servindo como parâmetro para o controle de constitucionalidade.
R. 
"O STF já decidiu pela ausência de força jurídica do preâmbulo da Constituição. Assim, ele não pode ser usado para tornar normas infraconstitucionais inconstitucionais. Embora despido de força jurídica, o preâmbulo pode servir de base para fins de interpretação constitucional.
2) (Promotor de Justiça/MA – MPE/MA) Sobre a natureza jurídica e força de aplicação das previsões normativas de direitos constantes do Preâmbulo da Constituição Federal de 1988, considere as assertivas abaixo e após assinale a opção correta:
I – Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie deintrodução ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresentando o processo que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação;
II - O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 constitui-se no marco da ruptura com o regime anterior e garante a instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em seguida e até então não dotados de força normativa constitucional suficiente para serem respeitados, sendo eles o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça;
III – Nos moldes jurídicos adotados pela CF de 1988, o preâmbulo se configura como um elemento que serve de manifesto à continuidade de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do passado - a situação de início que motivou a colocação em marcha do processo legislativo - com o futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição da situação que se aspira a chegar;
IV – Ao se analisar o texto constitucional Preambular do Estado democrático brasileiro, em sua forma de apresentação, pode-se identificar a referência aos conteúdos que seguem: soberania, narrativa histórica, objetivos supremos, identidade nacional e a Deus;
V - O voto emanado pelo então Ministro Ayres Brito, à época presidente do Supremo Tribunal Federal, que acompanhou o proferido pelo relator Ministro Ricardo Lewandowski, considerou improcedente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 186, reafirmou a validade das chamadas ações afirmativas sustentando que as políticas públicas de justiça compensatória, restaurativas, afirmativas ou reparadoras de desvantagens históricas são um instituto jurídico constitucional, e enfatizou ainda a distinção entre cotas sociais e raciais como uma construção dogmática feita a partir do Preâmbulo da Constituição da República que fala em assegurar o bem estar e na promoção de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.
a) Apenas as assertivas I e II são corretas;
b) Somente as assertivas III e IV são corretas;
c) Apenas a assertiva IV é incorreta;
d) Somente a assertiva V é correta;
e) Apenas a assertiva V é incorreta;
R.
IV – Ao se analisar o texto constitucional Preambular do Estado democrático brasileiro, em sua forma de apresentação, pode-se identificar a referência aos conteúdos que seguem: soberania, narrativa histórica, objetivos supremos, identidade nacional e a Deus; 
3) (Técnico/Agência Nacional de Saúde – FUNCAB) José Afonso da Silva classifica as normas constitucionais, quanto à aplicabilidade, em três espécies: normas de eficácia plena, contida e limitada. O artigo 93, inciso IX, da Carta Magna aduz que “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”. Neste sentido, o artigo é exemplo de norma constitucional:
a) limitada, pois a norma constitucional em apreço não é provida de aplicabilidade direta e imediata, dependendo esta de interposição legislativa.
b) contida, pois a norma constitucional em apreço é dotada de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, admitindo-se contenção de seu conteúdo.
c) plena, pois a norma constitucional em apreço não é dotada de aplicabilidade integral, vez que há a possibilidade do alcance do preceito ser reduzido pela legislação ordinária, de forma que a norma infraconstitucional logra restringir os efeitos da norma constitucional regulamentada.
d) plena, pois a norma constitucional em apreço dispõe de aplicabilidade direta, imediata e integral, tendo em vista que não depende de regulamentação para se tornar aplicável.
e) contida, pois a norma constitucional em apreço tem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, somente incidindo em sua totalidade após uma normativa ulterior que lhe desenvolva a eficácia.
R.
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA 
  - ENTRAM EM VIGOR COM A PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO. 
  - PRODUZEM EFEITOS JURÍDICOS IMEDIATAMENTE APÓS A SUA ENTRADA EM VIGOR, MAS NÃO TODOS. 
  - SÃO INCAPAZES DE, SOZINHAS, PRODUZIR A TOTALIDADE DOS SEUS EFEITOS POSSÍVEIS. 
  - DEPENDEM, PARA ISSO, DE LEI INFRACONSTITUCIONAL FUTURA QUE REGULAMENTE. 
  - A LEI INFRACONSTITUCIONAL AMPLIA OS EFEITOS JURÍDICOS DA NORMA. 
  
  
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA 
  - ENTRAM EM VIGOR COM A PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO. 
  - PRODUZEM TODOS OS EFEITOS JURÍDICOS IMEDIATAMENTE APÓS A SUA ENTRADA EM VIGOR. 
  - A INTERVENÇÃO DO PODER PÚBLICO, NO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA OU DO PODER REGULAMENTAR, PODE RESTRINGIR OS EFEITOS DA NORMA CONSTITUCIONAL.
4) (Analista/ANVISA – CETRO) Quanto à aplicabilidade, as normas constitucionais podem ser classificadas como de eficácia plena, contida e limitada. Sobre o assunto, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) As normas de eficácia plena são plenamente eficazes, desde sua entrada em vigor; não são suscetíveis de emenda não requerem normação subconstitucional subsequente.
( ) Quando a norma infraconstitucional pode restringir o alcance da norma constitucional, com autorização da própria constituição, será uma norma constitucional de eficácia limitada.
( ) As normas de eficácia limitada são repartidas em dois grupos ou categorias: as definidoras de princípio institutivo e as definidoras de princípio programático.
( ) Enquanto o legislador não produzir a norma restritiva, a norma de eficácia contida terá aplicabilidade plena e mediata.
( ) As normas de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta, imediata e reduzida.
a) V/ F/ F/ V/ V
b) F/ V/ V/ V/ V
c) V/ F/ F/ V/ F
d) F/ V/ V/ F/ V
e) F/ F/ V/ F/ F
R. (F) As normas de eficácia plena são plenamente eficazes, desde sua entrada em vigor; não são suscetíveis de emenda não requerem normação subconstitucional subsequente. Podem sim, se for tendente a abolir, teremos que analisar qual o direito assegurado pela norma. 
 
(F) Quando a norma infraconstitucional pode restringir o alcance da norma constitucional, com autorização da própria constituição, será uma norma constitucional de eficácia limitada. Quando a norma pode ser restringida, é de eficácia contida, isto é, produz efeitos, mas podem sofrer limitação. 
 (V) As normas de eficácia limitada são repartidas em dois grupos ou categorias: as definidoras de princípio institutivo e as definidoras de princípio programático. CORRETO
 (F) Enquanto o legislador não produzir a norma restritiva, a norma de eficácia contida terá aplicabilidade plena e mediata. IMEDIATA
 (F) As normas de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta, imediata e reduzida. MEDIATA
5) (Analista/TRE-PE – CONESUL) Segundo entendimento do constitucionalista pátrio José Afonso da Silva (in Aplicabilidade das normas constitucionais, Revista dos Tribunais, São Paulo: 1982, p. 89-91) o mesmo sugere “tradicional a classificação das normas constitucionais em relação a sua aplicabilidade em normas de eficácia plena, contida e limitada”. Assim, são normas constitucionais: 
I. de eficácia plena aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular. 
II. de eficácia contida são aquelas em que apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulteriorque lhes desenvolva a aplicabilidade; 
III. de eficácia limitada, são aquelas que o legislador constituinte regulou suficiente os interesses relativos a determinada matéria, masdeixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer; 
IV.de eficácia plena, aquelas que são normas programáticas, por não regularem diretamente interesses ou direitos nela consagrados mas limitarem-se a traçar alguns preceitos a serem cumpridos pelo Poder Público. Assim, considera(m)-se correta(s) apenas
a) a I.
b) a II.
c) a III e a IV.
d) a I e a III.
e) a II e a IV.
R. I. CORRETO - de eficácia plena aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular. A NORMA CONSTITUCIONAL EM SI JÁ GUARDA TODOS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS, TUDO AQUILO QUE ELE PRECISA PARA PRODUZIR A PLENITUDE DE SEUS EFEITOS JURÍDICOS.
II. ERRADO - de eficácia contida são aquelas em que apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulteriorque lhes desenvolva a aplicabilidade; TUDO ERRADO. A NORMA DE EFÍCÁCIA CONTIDA POSSUI APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA, NÃO INTEGRAL E PROSPECTIVA. A NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA TEM EFICÁCIA PLENA ATÉ QUE SEJA MATERIALIZADO O FATOR DE RESTRIÇÃO IMPOSTO PELA LEI INFRACONSTITUCIONAL, MOMENTO ESSE QUE PASSAM A TER EFICÁCIA NÃO INTEGRAL E RELATIVA.
III. ERRADO - de eficácia limitada, são aquelas que o legislador constituinte regulou suficiente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer. AS NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA SÃO INCOMPLETAS, NÃO BASTANTES EM SI, DE EFICÁCIA RELATIVA, DE INTEGRAÇÃO COMAPLEMENTÁVEL, OU SEJA, NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE NÃO SÃO AUTOAPLICÁVEIS. DEPENDEM DE INTERPOSTA LEI PARA GERAR SEUS EFEITOS PRINCIPAIS. É POR ESSE MOTIVO QUE A ATUAÇÃO DO LEGISLADOR É VINCULADA, E NÃO DISCRICIONÁRIA. 
IV. ERRADO - de eficácia plena, aquelas que são normas programáticas, por não regularem diretamente interesses ou direitos nela consagrados mas limitarem-se a traçar alguns preceitos a serem cumpridos pelo Poder Público. NORMAS QUE ESTATUEM PROGRAMAS A SEREM DESENVOLVIDOS PELO ESTADO SÃO CONSIDERADAS COMO NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA POR PRINCÍPIO PROGRAMÁTICO. AS NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA E APLICABILIDADE IMEDIATA NÃO PRECISAM DE PROVIDÊNCIA LEGISLATIVA PARA SER UTILIZADAS, POIS JÁ POSSUEM TODOS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À SUA AUTOEXCUTORIEDADE DIRETA E INTEGRAL.
06) (Procurador do Ministério Público de Contas/GO – FCC) Considerando a classificação que divide as normas constitucionais quanto à sua eficácia em normas de eficácia plena, de eficácia contida e de eficácia limitada, é exemplo de norma de eficácia contida:
a) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (art. 37, VII).
b) Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta (art. 11 -ADCT).
c) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações (art. 4º, parágrafo único).
d) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII)
e) Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput).
Letra A: errada. O direito de greve dos servidores públicos é norma de eficácia limitada.
Letra B: errada. A norma do art. 11, ADCT, é uma norma de eficácia exaurida, pois seus efeitos já se esgotaram.
Letra C: errada. O art. 4º, parágrafo único, é norma de eficácia limitada. Trata‐se de uma norma programática, que traça uma diretriz para a atuação estatal.
Letra D: correta. A liberdade de exercício profissional é norma de eficácia contida. É possível que a lei estabeleça restrições ao exercício profissional, definindo as qualificações profissionais a serem atendidas.
Letra E: errada. A imunidade material dos congressistas é norma de eficácia plena.
Questões
01) (Delegado de Polícia Federal – CESPE) A CF contempla hipótese configuradora do denominado fenômeno da recepção material das normas constitucionais, que consiste na possibilidade de a norma de uma constituição anterior ser recepcionada pela nova constituição, com status de norma constitucional.
( x ) Certo
( ) Errado
R. Recepção Material consiste na possibilidade de a norma de uma constituição anterior ser recepcionada pela nova constituição, com status de norma constitucional desde que ressalvadas de forma expressa.Destaca-se que a exigência de compatibilidade material e formal é com relação a constituição anterior, pois com a nova constituição a exigência é que a norma a ser inserida no novo ordenamento jurídico seja apenas material e desde que seja realizada de modo expresso.
02) (Analista Legislativo/Câmara dos Deputados – CESPE) De acordo com as noções gerais e os princípios fundamentais do direito constitucional positivo brasileiro, julgue os itens subsequentes. Nesse sentido, considere que as siglas CF e STF, sempre que utilizadas, se referem, respectivamente, à Constituição Federal de 1988 e ao Supremo Tribunal Federal.
Ocorre o fenômeno da não recepção de lei ordinária quando, a despeito da compatibilidade material, a nova ordem constitucional exige que a matéria por ela regulada seja disciplinada por lei complementar.
( ) Certo
( x ) Errado
R. UMA OBSERVAÇÃO: PARA A TEORIA DA RECEPÇÃO O OBSERVADO É A MATÉRIA, NÃO A FORMA.
AGORA, SE ESSA MATÉRIA COADUNA COM A NOVA CARTA, MAS ELA POSSUI INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL REFERENTE A CARTA PASSADA, NÃO SERÁ RECEPCIONADA. POIS UMA VEZ INCONSTITUCIONAL SEMPRE INCONSTITUCIONAL.
03) (Procurador/Pinhais-PR – AOCP) Relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Desconstitucionalização. 2. Recepção. 3. Repristinação Tácita. 4. Mutação Constitucional.
( ) Fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. 
( ) Consiste na restauração automática da vigência de norma efetivamente revogada. 
( ) Ocorre quando a norma infraconstitucional anterior é materialmente compatível com o novo texto constitucional. 
( ) Processo informal de alteração do conteúdo da Constituição sem a modificação de seu texto.
a) 1 – 2 – 3 – 4.
b) 2 – 4 – 1 – 3.
c) 2 – 3 – 1 – 4.
d) 3 – 4 – 2 – 1.
e) 1 – 3 – 2 – 4.
R.
Desconstitucionalização - Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. Ou seja, as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem.
Recepção - Todas as normas que forem incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas, por ausência de recepção. Vale dizer, a contrario sensu, a norma infraconstitucional (pré-constitucional), que não contrariar a nova ordem, será recepcionada, podendo, inclusive, adquirir uma outra “roupagem”. Como exemplo lembramos o CTN (Código Tributário Nacional — Lei 5.172/66), que, embora tenha sido elaborado com natureza jurídica de lei ordinária, foi recepcionado pela nova ordem como lei complementar.
Repristinação - Vejamos a situação: uma norma produzida na vigência da CF/46 não é recepcionada pela de 1967, pois incompatível com ela. Promulgada a CF/88, verifica-se que aquela lei, produzida na vigência da CF/46 (que fora revogada — não recepcionada — pela de 1967), em tese poderia ser recepcionada pela CF/88, visto que totalmente compatível com ela. Nessa situação, poderia aquela lei, produzida durante a CF/46, voltar a produzir efeitos?Ou seja, repristinaria? Como regra geral, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, salvo se a nova ordem jurídica expressamente assim se pronunciar.
Mutação Constitucional - a redação do dispositivo da Constituição não é alterada, mas o seu sentido interpretativo muda, surgindo, então, uma nova norma jurídica. As mutações constitucionais, portanto, exteriorizam o caráter dinâmico e de prospecção das normas jurídicas, por meio de processos informais. Informais no sentido de não serem previstos dentre aquelas mudanças formalmente estabelecidas no texto constitucional, como, por exemplo, as alterações por emendas constitucionais.
04) (Procurador da República – PGR) DENTRE OS ENUNCIADOS ABAIXO, ESTÃO CORRETOS:
I – O STF entendeu que a vedação constitucional à discriminação entre filhos não alcançava inventários pendentes, de pessoas falecidas antes da promulgação da CF/88, tendo em vista o princípio de que a sucessão deve ser regida pelas normas vigentes à época do óbito.
II – Para o STF, a vigência e a eficácia de uma nova Constituição implicam a supressão da existência, a perda da validade e a cessação da eficácia da anterior Constituição por ela revogada, não se cogitando indagar da recepção de preceitos constantes da Carta Política anterior.
III – Considerando que determinadas alterações impostas pela nova ordem constitucional demandam tempo para a sua implementação, o STF já consentiu com a manutenção provisória de normas anteriores à Constituição de 1988 e com ela incompatíveis.
IV – O STF não admite a figura da repristinação constitucional tácita, o que significa dizer que, se uma norma é editada de forma contrária à Constituição, a superveniência de emenda constitucional com ela compatível não lhe convalida o vício de origem.
a) todos estão corretos.
b) II, III e IV
c) I, II e III
d) I, III e IV
R.
05) (Delegado de Polícia Civil/MG – FUMARC) Quanto à aplicação das normas constitucionais no tempo e no espaço, pode-se considerar que
I. o princípio da recepção é observado no momento da revisão constitucional e da emenda à Constituição, enquanto que a conexão das normas constitucionais com as normas conflitantes ocorre sempre que o conflito entre elas se estabeleça no caso concreto.
II. as disposições constitucionais passíveis de desconstitucionalização são aquelas de natureza formal que não dispõem sobre a natureza material, enquanto que na conexão as regras materiais terão sempre de ser mediatizadas pelas regras de conflito.
III. a revogação de normas constitucionais ocorre a partir da distinção entre inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente, devendo ser aplicada tanto em situações advindas da Constituição nova como também daquelas oriundas de uma revisão constitucional.
IV. a derrogação do direito anterior se verifica sempre que a nova lei contiver disposições de caráter formal e material que versem sobre assuntos restritos à consagração de direitos e às limitações ao poder de governar.
Partindo de tais considerações, é CORRETO afirmar que
a) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
b) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) apenas a afirmativa IV é verdadeira.
d) as afirmativas I, II, III e IV são falsas.
R.
“I - o princípio da recepção é observado no momento da revisão constitucional e da emenda à Constituição, enquanto que a conexão das normas constitucionais com as normas confitantes ocorre sempre que o confito entre elas se estabeleça no caso concreto.  INCORRETA
Obs. “O princípio da recepção não ocorre na hipótese de revisão ou emenda à constituição, que pressupõe, sempre, a existência da constituição, que inclusive, estabelece os limites para o exercício do Poder de Reforma. Sendo assim, o direito ordinário anterior à revisão ou emenda ao texto constitucional continuará válido se compatível com a Constituição, ou inválido se com ela desconforme.” ( pág. 301)
 
II. as disposições constitucionais passíveis de desconstitucionalização são aquelas de natureza formal que não dispõem sobre a natureza material, enquanto que na conexão as regras materiais terão sempre de ser mediatizadas pelas regras de confito.  CORRETA
 
Obs. “As disposições constitucionais passíveis de desconstitucionalização são as de natureza formal, sem disporem de natureza material, pois sempre foram disposições de lei ordinária pela sua matéria.” (Pág. 300) “Outro ponto a ser examinado diz respeito à conexão das normas constitucionais com as normas de conflito, entendidas como aquelas que, diante das relações jurídicas com elementos de conexão ou contato com mais de um ordenamento, determinam o ordenamento a que eles hão de se submeter-se. As regras materiais, nesse domínio, terão de ser mediatizadas pelas regras de conflito.” (Pág. 304)
 
III. a revogação de normas constitucionais ocorre a partir da distinção entre inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente, devendo ser aplicada tanto em situações advindas da Constituição nova como também daquelas oriundas de uma revi- são constitucional. 
 
OBS. “Jorge Miranda escreve: “Recusamos, pois contrapôs inconstitucionalidade e caducidade (ou, para quem assim entendesse, revogação); a distinção é, sim, entre inconstitucionalidade originária e superveniente com ou sem regime específico. E isto aplica-se tanto à situações advenientes de constituição nova como às advenientes de revisão constitucional...”...” (Pág. 302)
 
IV. a derrogação do direito anterior se verifca sempre que a nova lei contiver disposições de caráter formal e material que versem sobre assuntos restritos à consagração de direitos e às limitações ao poder de governar. 
Obs. “Até porque, como expressamente contemplado no art. 2º da lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, a derrogação do direito antigo não se verifica se a nova lei contiver apenas disposições gerais ou especiais sobre o assunto...” (pág. 302)”
Questões
01) (Advogado/COPEL – UFPR) A Constituição de 1988 conferiu tratamento privilegiado aos direitos e garantias fundamentais. Em relação aos direitos e garantias constitucionalmente enunciados, considere as seguintes afirmativas: 
1. A Carta Constitucional de 1988 deu maior ênfase e tratamento jurídico diferenciado aos denominados direitos de primeira geração ou dimensão, que são aqueles direitos negativos, de abstenção, focados no princípio da fraternidade universal. 
2. Os direitos de segunda geração ou dimensão, voltados à intervenção estatal contra o arbítrio da liberdade individual e a busca de melhores condições materiais de vida, estão constitucionalmente previstos, todavia, em exegese meramente literal, não fazem parte do núcleo constitucional intangível. 
3. Os direitos de terceira geração ou dimensão, marcados por visão transpessoal e coletiva dos indivíduos, estão constitucionalmente previstos, todavia não se submetem ao regime jurídico de proteção dos direitos fundamentais, tendo em vista que são excluídos do título II da Constituição pátria. 
4. As garantias fundamentais constitucionalmente previstas têm caráter instrumental e assecuratório em relação aos direitos fundamentais, e justamente por isso, ao contrário do que ocorre com os direitos, possuem caráter absoluto, não sendo possível sua supressão temporária no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas. 
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
R. O que o item 2 diz é que "numa visão meramente literal", os direitos sociais não receberiam proteção de cláusula pétrea unicamente por não constarem no rol do artigo 60, p. 4º. O que não deixa de ser verdade... certo, Portanto,. O item 3 está errado porque afirma que os direitos fundamentais de 3ª geração não recebem a proteção dos demais direitos fundamentais hajam vista estarem fora do rol do título II da CF, o quenão procede.
02) (Analista Judiciário/TRF 4 – FCC) São direitos fundamentais classificados como de segunda geração
a) os direitos e garantias individuais clássicos.
b) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.
c) os direitos econômicos e culturais
d) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.
e) as liberdades públicas.
R. 1° dimensão – LIBERDADE: P- políticos, C- civis
2° dimensão – IGUALDADE: E- econômicos. S- sociais, C- culturais, 
3° dimensão – FRATERNIDADE: C-coletivos, D-difusos
03) (Técnico/TCE-CE – FCC) São exemplos de direitos fundamentais difusos, denominados de terceira geração, previstos na Constituição Federal:
a) a liberdade de reunião e as normas de proteção trabalhista.
b) o meio ambiente e a defesa dos consumidores.
c) a saúde e a educação.
d) a liberdade de reunião e a assistência social.
e) as liberdades de expressão e de credo.
R. Primeira geração (liberdade) → Políticos e Civis ( direitos negativos) → Ex: vida, liberdade, propriedade, liberdade de expressão, participação política e religiosa, inviolabilidade do domicílio, liberdade de reunião, etc. (SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS)
Segunda geração (igualdade) → Lembre de segundo em inglês SECOND → Sociais, Econômicos e Culturais (direitos positivos) Ex: educação, moradia, alimentação , transporte...
Terceira geração (fraternidade) → protege direitos Transindividuais (coletivos e difusos) Ex: Paz, meio ambiente ecologicamente equilibrado, patrimônio comum da humanidade, autodeterminação dos povos, defesa do consumidor
04) (Perito Papiloscópico Polícia Civil/ES – CESPE) A característica de relatividade dos direitos fundamentais possibilita que a própria Constituição Federal de 1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao exercício desses direitos. A assertiva é:
( x ) Certa
( ) Errada
R. 
Uma das características dos direitos fundamentais é:
Relatividade ou Limitabilidade: não há direitos fundamentais absolutos.
Trata-se de direitos relativos, limitáveis, no caso concreto, por outros direitos fundamentais.
No caso de conflito entre eles, há uma concordância prática ou harmonização: nenhum deles é sacrificado definitivamente. 
05) (Técnico/CRM-DF – Quadrix) Julgue o item seguinte a respeito dos direitos e das garantias individuais na Constituição Federal de 1988 (CF).
A relatividade é uma característica dos direitos fundamentais, que, na medida em que podem colidir entre si, demandam necessária harmonização que viabilize sua convivência, sem que, contudo, se sacrifique qualquer deles.
( X ) Certo
( ) Errado
R. Relatividade ou Limitabilidade: Não há direitos fundamentais absolutos. Trata-se de direitos relativos, limitáveis, no caso concreto, por outros direitos fundamentais. No caso de conflito entre eles, há uma concordância prática ou harmonização: nenhum deles é sacrificado definitivamente (Princípio da Ponderação).
06) (Analista Jurídico/SEAD-AP – FCC) Em relação à eficácia horizontal dos direitos fundamentais, são destinatários das normas constitucionais que dispõem sobre esses direitos:
a) as Entidades autárquicas.
b) os Órgãos do Poder Executivo.
c) as Entidades paraestatais.
d) os Particulares.
e) os Órgãos do Poder Judiciário.
R. 
EFICÁCIA VERTICAL: ESTADO X PARTICULAR. Os direitos fundamentais vão produzir efeitos na relação entre Estado e Particular: a de limitação das ações estatais e do “fazer” do Estado (Status positivo e negativo)
EFICÁCIA HORIZONTAL: PARTICULAR X PARTICULAR Os direitos fundamentais vão produzir efeitos na relação entres dois particulares.
EFICÁCIA DIAGONAL/TRANSVERSAL: EMPREGADOR X EMPREGADO. Os direitos fundamentais vão produzir efeitos nas RELAÇÕES DESIGUAIS entre dois particulares, como exemplo, as relações trabalhistas (chefe e empregado), relação entre consumidores e o poder econômico, etc.
07) (Juiz do Trabalho/TRT 9 – ESPP) Considere as proposições abaixo:
I. O conceito de eficácia estritamente vertical dos direitos fundamentais é albergado pela jurisprudência, razão pela qual, fundado nessa teoria, o STF vem acolhendo a tese de que o cidadão pode exigir ao Estado direitos de prestação positiva, como o direito à universalidade da cobertura e do atendimento da seguridade social.
II. A jurisprudência do STF adota apenas o conceito de horizontalidade (eficácia meramente horizontal) dos direitos fundamentais, afastando a ideia da sua verticalidade.
III. A jurisprudência do STF adota o conceito de eficácia vertical e horizontal dos direitos fundamentais.
IV. A jurisprudência do STF vem estabelecendo que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais dotadas de aplicação imediata são apenas aquelas referentes aos direitos individuais previstos art. 5° da Constituição da República, não estando alcançados, portanto, aqueles direitos individuais reconhecidos no seu art. 7°.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a proposição I é correta.
b) Apenas a proposição Ill é correta.
c) Apenas as proposições I e III são corretas.
d) Apenas as proposições II e III são corretas.
e) Todas as proposições são incorretas.
R. a questão (I) ignorou a existência da "eficácia horizontal" quando afirmou  que "o conceito de eficácia estritamente vertical dos direitos fundamentais é albergado pela jurisprudência". Ora, estritamente é um termo restritivo. Quando dizemos que duas pessoas mantém uma relação "estritamente profissional", não damos espaço para supor que elas tem relacionamento amoroso, por exemplo. 
08 (Defensor Público/PR – FCC) O preâmbulo da Constituição dispõe que um dos propósitos da Assembleia Constituinte foi o de instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade e a segurança. Tal avanço se deve, em certa medida, à afirmação dos direitos fundamentais como núcleo de proteção da dignidade da pessoa humana. Considere:
I. No campo das posições filosóficas justificadoras dos direitos fundamentais, destaca-se a corrente jusnaturalista, para quem os direitos do homem são imperativos do direito natural, anteriores e superiores à vontade do Estado.
II. Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se submeter à esterilização irreversível.
III. A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
IV. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se vale do preceito fundamental da liberdade de expressão para garantir a manifestação que contenha discurso racista, desde que observada a vedação ao anonimato e não seja direcionado a um indivíduo específico.
V. O Supremo Tribunal Federal considera violadora do direito fundamental da intimidade ato normativo que permita que bancos privados repassem informações sigilosas sobre a movimentação financeira de seus correntistas ao fisco.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e V.
c) IV e V.
d) I, II e III.
e) I e II.
R. 
"Podemos enxergar os Direitos Fundamentais a partir de duas perspectivas: subjetiva e objetiva.
A primeira dimensão é a subjetiva (ou seja, relativa aos sujeitos). É a dimensão mais conhecida, que você já aprendeu. É aquela que diz respeito aos direitos de proteção (negativos) e de exigência de prestação (positivos) por parte do indivíduo em face do poder público (perspectiva subjetiva).
A segunda dimensão é a objetiva. Os direitos fundamentais devem ser compreendidos também como o conjunto de valores objetivos básicos de conformação do Estado Democrático de Direito. Nessa perspectiva (objetiva), eles estabelecem diretrizes para a atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e para as relações entre particulares. Para a doutrina, trata-se da eficácia irradiante dos direitos fundamentais.
Então, o efeitoirradiante dos direitos fundamentais decorre da dimensão objetiva – capacidade que eles têm de alcançar os poderes públicos no exercício de suas atividades principais."
Questões
01) (Auditor Fiscal/SEFAZ-MT – FGV) Considerando o direito fundamental à privacidade, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A quebra do sigilo bancário ou fiscal pode ser determinada por Comissão Parlamentar de Inquérito.
( ) As provas provenientes de quebra irregular de sigilo bancário ou fiscal são nulas para fins de responsabilização administrativa e cível, mas não criminal.
( ) Não há vedação a que uma lei autorize certos órgãos do Poder Público a determinar a quebra de sigilo bancário ou fiscal, independentemente de autorização judicial.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e F.
b) V, F e F.
c) F, F e V.
d) F, F e F.
e) V, F e V.
De acordo com a jurisprudência dominante do STF, a quebra do sigilo de dados somente pode ser autorizada por ordem juducial fundamentada, bem como pelas Comissões Parlamentares de Inquérito, inclusive as estaduais, que também estão autorizadas a decretar a quebra de sigilo de dados, já que possuem o status de ''autoridade judiciária''
02) (Procurador da República – PGR) SEGUNDO JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EM MATÉRIA DE SIGILO BANCÁRIO,
a) o Ministério Público Federal pode, sempre que necessário à investigação, determinar a quebra de sigilo bancário de contas tituladas por investigados privados, sem autorização judiciai, eis que, no termos do art. 8.°, § 2 ° , da Lei Complementar n.° 75/1994, “nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência do caráter sigiloso da informação, do registro, do dado ou do documento que lhe seja fornecido'’;
b) o Ministério Público Federal pode, sempre que necessário à investigação, determinar a quebra de sigilo bancário de contas tituladas por investigados privados, sem autorização judicial, eis que, a par de o sigilo bancário não ter estatura de garantia constitucional, nos termos do art. 8.°, IV, se assegura aos membros do Ministério Público da União a prerrogativa de requisitar informações e documentos de entidades privadas;
c) o Ministério Público Federal não pode determinar a quebra de sigilo bancário de contas tituladas por investigados privados, eis que, por um lado, sendo o sigilo bancário protegido por via da garantia constitucional à intimidade (art. 5.°, X, da Constituição Federal), por outro, a norma inscrita no art. 129, VIII, da Constituição Federal, não autoriza ao Ministério Público, sem a interferência da autoridade judiciária, quebrar o sigilo bancário de alguém.
d) o Ministério Público Federal não pode determinar a quebra de sigilo de contas bancárias sem autorização judicial, sendo irrelevante, em todo o repertório jurisprudencial, incidir, a investigação, sobre recurso público ou privado.
Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
Tal dispositivo não ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos, por meio do princípio da capacdade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o Translado do dever de sigil da esfera bancária para a fiscal.
Pode: Poder Judiciário, CPI Estadual e Federal.
A Autoridade Fazendária (Fisco) pode requisitar a informação do banco, no sentido de uma transferência do sigilo entre o banco e o fisco.
Não pode: O MP, a CPI Municipal, e a autoridade policial (por ato próprio).
03) (Agente penitenciário/MT) Sobre o direito de privacidade, o sigilo bancário e fiscal, assinale a alternativa correta.
a) A quebra do sigilo fiscal exige prévia oitiva do investigado.
b) O Suprem o Tribunal Federal firmou o entendimento de que as Comissões Parlamentares de Inquérito não podem deliberar a quebra de sigilo bancário.
c) Processos judiciais com afastamento de sigilo bancário e fiscal devem tramitar sob segredo de justiça para preservação da privacidade daquele que teve contra si a quebra deferida.
d) O Supremo Tribunal Federal consente que a autoridade policial compartilhe com a Receita Federal informações que obteve por meio de quebra de sigilo bancário em inquérito policial em qualquer hipótese.
e) O Ministério Público não precisa de autorização judicial para requisitar informações bancárias ao Banco Central do Brasil.
a) ERRADO - A quebra do sigilo fiscal NÃO exige prévia oitiva do investigado. (O principio do contraditório não prevalece na fase inquisitorial)
 
b) ERRADO - O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que as Comissões Parlamentares de Inquérito podem deliberar a quebra de sigilo bancário.  (Ver cometário do Alexandre Trannin)
 
c) CORRETO - Processos judiciais com afastamento de sigilo bancário e fiscal devem tramitar sob segredo de justiça para preservação da privacidade daquele que teve contra si a quebra deferida. 
 
 d) ERRADO - O Supremo Tribunal Federal consente que a autoridade policial compartilhe com a Receita Federal informações que obteve por meio de quebra de sigilo bancário em inquérito policial em qualquer hipótese.(Autoridades Policiais não podem determinar a quebra do sigilo bancário. Além disso, os dados bancários somente poderão ser usados para os fins da investigação que lhes deu origem.)
 
 e) ERRADO - O Ministério Público precisa de autorização judicial para requisitar informações bancárias ao Banco Central do Brasil. (O MP*, o TCU, o BACEN e as Autoridades Policiais não podem determinar a quebra do sigilo bancário. Somente em situação excepcionalíssima, quando envolver a defesa do patrimônio público é que o MP poderá quebrar o sigilo bancário)
04) (Defensor Público/GO – Instituto Cidades) Pedro Fuscão, policial civil, foi denunciado por ter exigido pagamento de Rutibum Dornozela para não cumprir mandado de prisão contra a sua pessoa. Rutibum gravou o diálogo telefônico que teve com Pedro Fuscão, sem que este tivesse conhecimento. No diálogo, ficou clara a exigência do pagamento para que não fosse executada a prisão. Diante do enunciado supra, conclui-se que a prova é
a) nula, uma vez que produzida com violação da garantia constitucional da inviolabilidade da intimidade.
b) válida, por ter sido gravada pela vítima e em estado de legítima defesa de seu patrimônio·
c) nula, por se tratar de "gravação clandestina", por isso contaminada por vício de ilicitude·
d) válida, desde que não existam outras no processo, a fim de que o infrator não fique impune.
e) válida, desde que o acusado confirme em juízo o teor da conversa gravada.
o artigo 5 da constituição federal diz que a escuta telefônica pelos orgão do judiciário é precedida de ordem judicial(reserva legal), ou seja, autorização do poder judiciário para então realizar a interceptação, quanto ao próprio ofendido não há que se observar a mesma regra, ou seja, independe de ordem judicial. vlw!!!!!!!
Questões
01) (Analista Judiciário – TRE/BA – CESPE) Como exemplo da vedação expressa na CF a prática da tortura e ao tratamento desumano ou degradante, o STF editou súmula vinculante proibindo totalmente a utilização das algemas pela polícia judiciária, por ser arbitrária e ofender a integridade dos custodiados.
( ) Certo
(x ) Errado
SÚMULA VINCULANTE 11 Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidadecivil do Estado
02) (Juiz de Direito/BA – CESPE) De acordo com a doutrina e com a jurisprudência do STF, assinale a opção correta, acerca da proteção ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e da prática do crime de tortura:
a) Em tempo de paz, a vedação da prática de tortura está sujeita a regulamentação ou restrição do legislador.
b) A norma constitucional que veda a concessão de fiança, graça e anistia ao crime de tortura é de eficácia limitada.
c) A Lei de Anistia não se estende aos crimes de tortura praticados pelos agentes do Estado que atuaram na repressão durante os governos militares.
d) Segundo sua estrutura, a norma constitucional que veda a prática de tortura tem caráter de princípio, e não de regra.
e) É da justiça militar a competência para decretar a perda do oficialato de policial militar que for condenado pela prática do crime de tortura.
a) a própria CF veda a tortura em qualquer tempo. (PAZ ou GUERRA)
III -NINGUÉM será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
Em QUALQUER TEMPO, a vedação da prática de tortura NÃO está sujeita a regulamentação ou restrição do legislador.
b) XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Eficácia LIMITADA.
c) A Lei de Anistia se estende SIM aos crimes de tortura praticados pelos agentes do Estado que atuaram na repressão durante os governos militares.
Lei 6683/79, Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (vetado). 
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política. [Logo, o crime de tortura está, sim, abrangido]
d) A a tortura, assim como todo e qualquer tratamento desumano e degradante, encontra-se vedada por norma de direito fundamental específica, com estrutura de REGRA, pois se trata de norma proibitiva de determinada conduta.
III -NINGUÉM será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
e)Conforme o STJ, “A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que, nas condenações de policiais militares ocorridos na Justiça Comum, compete ao juiz prolator da sentença condenatória decretar a perda da função pública" 
03) (Gestor de atividade jornalística/Empresa Brasil de Comunicação – CESPE) Para a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação no Brasil, basta que o responsável legal solicite, nos casos previstos em lei, autorização expedida por órgão competente para tal fim.
( ) Certo
( X ) Errado
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
04) (Jornalista/ Empresa Brasil de Comunicação – CESPE) A liberdade de manifestação do pensamento coexiste, na CF, com a exigência de que o manifestante se identifique, assumindo claramente a autoria do produto do pensamento manifestado, para, sendo o caso, responder por eventuais danos a terceiros.
(X ) Certo
( ) Errado
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. Ou seja, quem manifestou o pensamento tem que assumir.
05) (Procurador Municipal/Aracaju-SE – CESPE) A função social da propriedade não se limita à propriedade rural, abrangendo também a propriedade urbana. A função social desta é cumprida quando se atendem as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, conforme previsto pelo Estatuto da Cidade.
(X ) Certo
( ) Errado
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
06) (Técnico administrativo/CRM-DF – Quadrix) No que concerne ao direito à intimidade e à privacidade, julgue o item subsequente. Não viola a intimidade do indivíduo a captação de sua imagem, sem fins comerciais, em local público, inferindo-se um consentimento tácito de sua parte a respeito da veiculação de sua figura.
(X ) Certo
( ) Errado
NESTE CASO NÃO GERA DIREITO À INDENIZAÇÃO
EX: EMISSORAS DE TV QUE GRAVAM REPORTAGENS NA RUA.
CUIDADO ! "O uso de imagem para fins comerciais sem a devida autorização, gera o dever de indenizar, não sendo exigida a prova do dano causado, tudo corroborado pela legislação e pelas interpretações dos tribunais."
07) Analise a situação hipotética a seguir, e ao final responda ao que for indagado. José da Silva expressou, gratuita e publicamente, desprezo pela pessoa de Raimundo de Oliveira, afirmando possuir este, dentre outras características depreciativas, a vilania, a vadiagem, a mentira e a prática contumaz de crimes diversos. Raimundo, então, move contra José ação de indenização por danos morais, sob a alegativa de ferimento de seu direito fundamental à imagem. Em sede de contestação, José defende-se alegando que estava apenas exercendo seu direito constitucionalmente garantido de liberdade de expressão. 
À luz do exposto, você, na qualidade de magistrado a julgar o processo em apreço, decidiria o caso a favor de quem? Por quê? 
Art5 cc inmciso x
Questões
01) (Técnico Judiciário/TER-AC – FCC) É INCORRETO afirmar que o princípio constitucional da igualdade
a) obriga a tratar de maneira igual os iguais e de maneira desigual os desiguais, na medida de sua desigualdade.
b) não veda que a lei ordinária estabeleça tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação.
c) veda que a lei ordinária imponha tratamento diferenciado entre pessoas, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação.
d) vincula tanto o legislador de qualquer esfera governamental, como o aplicador da lei aos casos concretos.
e) não será violado se a discriminação for admitida pela própria Constituição Federal.
não veda que a lei ordinária estabeleça tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação.
veda que a lei ordinária imponha tratamento diferenciado entre pessoas, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação.
alternativa fala exatamente o contrário, logo só por isso vc consegue perceber que uma delas está incorreta. Nesse caso, a última.
02) (Analista Judiciário/TRT4/MG – FCC) Tendo em vista os direitos individuais e coletivos, considere as assertivas abaixo:
I. O princípio da igualdade veda que a lei estabeleça tratamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções de grupo, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, entre outras.
II. Não se pode cogitar de ofensa ao princípio da igualdade quando as discriminações são previstas no próprio texto constitucional.
III. O princípio constitucional da isonomia não autoriza o Poder Judiciário a estendervantagens concedidas a um grupo determinado de indivíduos a outros grupos não contemplados pela lei.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
I - ERRADA
"O princípio da igualdade não veda que a lei estabeleça tratamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções de grupo social, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, entre outras; o que não se admite é que o parâmetro diferenciador seja arbitrário, desprovido de razoabilidade, ou deixe de atender a alguma relevante razão de interesse público. Em suma, o princípio da igualdade não veda o tratamento discriminatório entre indivídios, quando há razoabilidade para a discriminação."
II - CERTA
"Deve-se observar que não se pode cogitar de ofensa ao princípio da igualdade quando as discriminações são previstas no próprio texto constitucional. Nessas hipóteses, o próprio legislador constituinte determinou, explicitamente, que um dado critério deve ser adotado para efeito de desigualamento jurídico entre as pessoas."
III - CERTA
"É relevante registrar que, segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, o princípio constitucional da isonomia não autoriza o Poder Judiciário a estender vantagens concedidas a um grupo determinado de indivíduos a outros grupos não contemplados pela lei, sob pena de ofensa ao princípio da separação de Poderes (...)."
03) (Analista Judiciário/STJ – CESPE) Com base no constitucionalismo contemporâneo, é correto afirmar que a reserva legal tem abrangência menor que o princípio da legalidade.
(X) Certo
( ) Errado
Constitucionalismo é como se denomina o movimento social, político e jurídico e até mesmo ideológico, a partir do qual emergem as constituições nacionais. Em termos genéricos e supranacionais, constitui-se parte de normas fundamentais de um ordenamento jurídico de um Estado, localizadas no topo da pirâmide normativa, ou seja, sua Constituição. Seu estudo implica, deste modo, uma análise concomitante do que seja Constituição com suas formas e objetivos. O constitucionalismo moderno, na magistral síntese de Canotilho "é uma técnica específica de limitação do poder com fins garantir limitação do poder do Estado" (CANOTILHO).
04) (Juiz do Trabalho/TRT 21/RN – TRT) Assinale a alternativa correta, a partir das seguintes assertivas:
I - o princípio constitucional da reserva legal confunde-se com o princípio da legalidade, uma vez que este último significa a exclusiva submissão e o respeito à lei formal, conforme estabelecido no âmbito do processo legislativo;
II - a disciplina jurídica da remuneração dos agentes públicos em geral está sujeita ao princípio da reserva legal relativa, considerando a possibilidade excepcional de decisões judiciais garantidoras do direito a reajustes remuneratórios devidos a determinadas categorias;
III - as hipóteses de reserva legal relativa são estabelecidas diretamente pela Constituição Federal, que, de forma excepcional, permite a complementação da legislação por atos normativos infraconstitucionais;
IV - o princípio da reserva legal absoluta se materializa quando a norma constitucional exige, para sua integral regulamentação, a edição de lei formal, compreendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional elaborado de acordo com o devido processo legislativo;
V - a distinção doutrinária conferida à reserva legal absoluta e à reserva legal relativa fundamenta-se diretamente na aplicação dos princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade.
a) apenas as assertivas I, III, IV e V estão corretas;
b) apenas as assertivas III e IV estão corretas;
c) apenas as assertivas II, III e V estão corretas;
d) apenas as assertivas II, III e IV estão corretas;
e) apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
I) O princípio da legalidade, assim como o da cidadania, sempre foi visto de uma forma ''lato sensu'', mais ampla que o princípio da reserva legal. Legalidade na administração significa dizer que esta não tem vontade própria, sendo restrita suas ações à disposição da lei, esta nao somente em sentido formal, mas também incluindo os atos administrativos que servem de base para tantas decisões.
II) O aumento da remuneração, assim como a criação de cargos, no serviço público depende de lei, reserva legal absoluta, com previsão na lei orçamentária anual, tais assuntos financeiros sao tratados em lei complementar específica.
III) um exemplo é o presidente da república poder, por decreto, extinguir funções ou cargos públicos, quando vagos.
IV) princípio da reserva legal absoluta: Impossibilidade de trtar de determinado assunto senão por lei formal ( impossibilidade de ser por qualquer ato administrativo normativo ).
V) Não é discricionária a decisão se um assunto será tratado somente por lei formal ou se poderá ser tratado por ato infralegal, as hipóteses sao trazidas pelas constituição federal. 
05) Analise a situação hipotética que segue, e ao final responda ao que for indagado. Maria, maior de idade e capaz, foi vítima de estupro por João. Desse ato criminoso decorreu a gravidez. Maria, ciente de que não conseguirá lidar emocionalmente com a situação de um filho oriundo do ato descrito, opta por proceder ao aborto, o que foi feito. A partir de uma perspectiva estritamente jurídica, responda:
a) A conduta de Maria foi lícita ou ilícita? Por quê? Caso sua resposta seja pela licitude, explique necessariamente como deve se dar a relativização do direito fundamental “vida”.
Lícita. Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal." Se a gravidez é resultante de estupro ou atentado violento ao pudor, crimes hoje previstos numa só norma incriminadora (art. 213 do CP), o aborto só é permitido em face de prévio consentimento da gestante. É possível, porém, que ela seja incapaz (menor, doente mental etc.), exigindo-se o consentimento de seu representante legal. São excludentes da ilicitude, pois o Código dispõe sobre não ser punido o aborto. Não diz não se pune o médico, hipótese em que teríamos causa de exclusão da culpabilidade, diante do seu caráter pessoal.
Questões
01) (Investigador de Polícia/BA – VUNESP) Imagine que Marieta, brasileira nata, e Roger, americano nato, estejam residindo atualmente nos Estados Unidos, período em que ocorre o nascimento de Lucas, filho deles. Nessa situação, nos termos da disposição da Constituição acerca da nacionalidade, é correto afirmar que
a) caso Marieta esteja nos Estados Unidos a serviço da República Federativa do Brasil, o seu filho será considerado como brasileiro nato.
b) ainda que Lucas seja registrado perante o Consulado Brasileiro, não será considerado como brasileiro nato ou naturalizado, já que o Brasil adota como único critério o jus soli.
c) para ser considerado brasileiro naturalizado, Lucas deverá passar a residir no Brasil por pelo menos 1 (um) ano ininterrupto e possuir idoneidade moral.
d) Lucas poderá ser considerado brasileiro nato desde que venha a residir no Brasil e, depois de 10 (dez) anos ininterruptos de residência, opte pela nacionalidade brasileira.
e) para ser considerado brasileiro nato, basta que Lucas, a qualquer tempo, depois de atingir a idade mínima de 16 (dezesseis) anos, venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira.
Art. 12. São brasileiros
I - natos:
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
02) (Defensor Público Federal/DPU – CESPE) A respeito de nacionalidade, julgue os itens a seguir.
I – ( V ) Situação hipotética: Laura, filha de mãe brasileira e pai argentino, nasceu no estrangeiro e, depois de ter atingido a maioridade, veio residir no Brasil, tendo optado pela nacionalidade brasileira. Assertiva: nessa situação, a homologação da opção pela nacionalidade brasileira terá efeitos ex tunc e Laura será considerada brasileira desde o seu nascimento.
Essa é adenominada “nacionalidade potestativa”, cuja aquisição depende de opção feita em juízo. Trata-se de processo de jurisdição voluntária, que se encerra com sentença judicial que homologa a opção feita pelo indivíduo.
No RE 916.043, o STF decidiu que homologação da opção pela nacionalidade brasileira produz efeitos “ex tunc”, o que faz com o indivíduo seja considerado brasileiro nato desde o seu nascimento.
II – ( E ) Brasileiro nato que, tendo perdido a nacionalidade brasileira em razão da aquisição de outra nacionalidade, readquiri-la mediante o atendimento dos requisitos necessários terá o status de brasileiro naturalizado.
Brasileiro Nato volta como Nato, brasileiro naturalizado volta como naturalizado
03) (Defensor Público/SC – FCC) Sobre o tema da nacionalidade na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
a) Aos portugueses com residência permanente no País, ainda que não houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.
b) São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de cinco anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
c) É privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
d) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
e) São brasileiros natos nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo que estes estejam a serviço de seu país.
a) ERRADA! Aos portugueses com residência permanente no País, ainda que não houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.
Art. 12. § 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
 
 b) ERRADA! São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de cinco anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Art. 12. II - b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
 
 c) ERRADA! É privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça. 
Art. 12.  § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
 
 d) CORRETA! Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. 
Art. 12. § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
 
 e) ERRADA! São brasileiros natos nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo que estes estejam a serviço de seu país. 
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
04) (Procurador do Estado/MT – FCC) Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma livre e espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de homicídio contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade com a legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins de extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Juliana,
a) poderá ser imediatamente extraditada, uma vez que a perda da nacionalidade brasileira neste caso é automática.
b) não poderá ser extraditada, por continuar sendo brasileira nata, mesmo tendo adquirido nacionalidade norte-americana.
c) poderá ter cassada a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os Estados Unidos para ser julgada pelo crime que lhe é imputado.
d) não poderá ser extraditada, pois, ao retornar ao território brasileiro, não poderá ter cassada sua nacionalidade brasileira.
e) não poderá ser extraditada se optar a qualquer momento pela nacionalidade brasileira em detrimento da norte-americana.
A – ERRADO: Depende de processo administrativo perante o Ministério da Justiça - artigo 12, § 4º, inciso II da CF/88, combinado com o art. 250 do Decreto nº 9.199/2017.
B – ERRADO: artigo 12, § 4º, inciso II da CF/88.
C – CORRETO: O brasileiro – ainda que nato – pode perder a nacionalidade brasileira e até ser extraditado, desde que venha a optar, voluntariamente, por nacionalidade estrangeira. A decisão inédita foi tomada nesta terça-feira (19/4), pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por 3 votos a 2, ao confirmar, em julgamento de mandado de segurança, portaria do Ministério da Justiça, de julho de 2013, que declarou a “perda da nacionalidade brasileira” de Claudia Cristina Sobral, carioca, 51 anos.
D – ERRADO: artigo 12, § 4º, inciso II da CF/88.
E – ERRADO: artigo 12, § 4º, inciso II da CF/88
05) (Delegado de Polícia/MT – CESPE) O boliviano Juan e a argentina Margarita são casados e residiram, por alguns anos, em território brasileiro. Durante esse período, nasceu, em território nacional, Pablo, o filho deles. Nessa situação hipotética, de acordo com a CF, Pablo será considerado brasileiro
a) naturalizado, não podendo vir a ser ministro de Estado da Justiça.
b) nato e poderá vir a ser ministro de Estado da Defesa.
c) nato, mas não poderá vir a ser presidente do Senado Federal.
d) naturalizado, não podendo vir a ser presidente da Câmara dos Deputados.
e) naturalizado e poderá vir a ocupar cargo da carreira diplomática.
Será considerado brasileiro Nato, pelo critério IUS SOLIS (regra) aplicada aos nascidos em território brasileiro.

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