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Direito empresarial 2 caso 5

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CASO CONCRETO: 5
Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões: 
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria? R: Ainda que a conta seja em conjunto é impossível a cobrança em face de Maria haja vista que o princípio da literalidade, pois o cheque foi emitido por Bernardo.
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? . R: Nos termos do art. 1° da lei 7357/85, são: a denominação “cheque ” no título, a ordem incondicional de pagar quantia de terminada, o nome do banco ou a instituição que deve pagar( sacado), indicação de lugar de pagamento, a indicação da data e lugar de pagamento eassinatura do emitente ( sacador).
 QUESTÃO OBJETIVA: 
(TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. Nesse caso, 
a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um único endosso. 
b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de responsabilidade pelo seu pagamento. 
c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como cheque. 
d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento do título. 
e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado.
- Jurisprudência 
0152645-46.2016.8.19.0001 – APELAÇÃO
	1ª Ementa
	Des(a). MARCELO LIMA BUHATEM - Julgamento: 28/01/2020 - VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
	
	 
	
	DIREITO CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA JULGADA PROCEDENTE - PARTE RÉ, PROMITENTE COMPRADORA DE IMÓVEL, QUE APRESENTOU CHEQUE DE TERCEIROS NO ATO DA LAVRATURA DA ESCRITURA DE COMPRA E VENDA QUE, POSTERIORMENTE, VERIFICOU-SE NÃO HAVER FUNDOS - COMO OS CHEQUES DADOS EM PAGAMENTO NÃO FORAM DESCONTADOS OU COMPENSADOS, POR AUSÊNCIA DE PROVISÃO DE FUNDOS, NÃO HOUVE A QUITAÇÃO DO PREÇO - NEGÓCIO JURÍDICO NÃO PERFECTIBILIZADO - PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 324, DO CÓDIGO CIVIL - INADIMPLÊNCIA COMPROVADA IRRESIGNAÇÃO DA PARTE RÉ NO APELO QUE NÃO MERECE ACOLHIMENTO - SENTENÇA VÁLIDA COM OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO DURANTE TODA A INSTRUÇÃO PROBATÓRIA - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO.
	 
	INTEIRO TEOR
	Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 28/01/2020 - Data de Publicação: 03/02/2020 (*)
	 
	INTEIRO TEOR
	Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 24/04/2020 - Data de Publicação: 28/04/2020 (*)
- Doutrina 
Essa é a posição da doutrina acerca do assunto. FÁBIO ULHOA COELHO:
“O sacado de um cheque não tem, em nenhuma hipótese, qualquer obrigação cambial. O credor do cheque não pode responsabilizar o banco sacado pela inexistência ou insuficiência de fundos disponíveis. O sacado não garante o pagamento do cheque, nem pode garanti-lo, posto que a lei proíbe o aceite do título (art. 6º), bem como o endosso (art. 18, §1º) e o aval de sua parte (art. 29). A instituição financeira sacada só responde pelo descumprimento de algum dever legal, como o pagamento indevido de cheque, a falta de reserva de numerário para a liquidação no prazo de apresentação do cheque visado, o pagamento de cheque cruzado diretamente ao portador não cliente, o pagamento em dinheiro de cheque para se levar em conta etc. Ou seja, o banco responde por ato ilícito que venha a praticar, mas não pode assumir qualquer obrigação cambial referente a cheques sacados por seus correntistas.” (in Manual de Direito Comercial, 26ª ed. São Paulo: Saraiva, 2.014, p 314/315).
A existência de fundos é verificada na apresentação do título, o banco sacado não tem condições de estabelecer qualquer mecanismo de controle para permitir que somente os correntistas que ostentem saldo emitam cheques, até porque o sacador pode ter valores suficientes depositados em sua conta quando da emissão do título e não os ter quando da sua apresentação para pagamento.
Sobre o tema, FÁBIO ULHOA COELHO leciona: (…) destarte, por entender que o banco sacado não pode ser responsabilizado pelos danos sofridos pelo recebedor do título em virtude da devolução da cártula por falta de provisão de fundos, votei pelo desprovimento do recurso, a fim de manter a sentença que reconheceu a ilegitimidade passiva da casa bancária.”

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