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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA Relatório Experimental de Física II Agosto, 2014 Amanda Coelho de Assunção Jefferson da Silva Cândido Lucas Manuel Resende Rodrigues Lucas Albino Martins 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA “Balança Magnética – Lei de Ampère e Força de Lorentz” Agosto, 2014 Relatório da prática “Balança Magnética – Lei de Ampère e Força de Lorentz”, apresentado à disciplina de Experimental de Física II no dia 01 de agosto de 2014 da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia. Professor: Paulo César Peres de Andrade. 3 Sumário 1. Introdução .......................................................................................................................... 4 2. Objetos ............................................................................................................................... 5 3. Materiais Utilizados .......................................................................................................... 5 4. Procedimento Experimental ............................................................................................. 5 5. Resultados obtidos ............................................................................................................. 6 6. Cálculo e Análise dos Resultados ..................................................................................... 8 7. Conclusão ......................................................................................................................... 12 8. Referências ....................................................................................................................... 12 4 1. Introdução Ao passar dos anos foram criados vários equipamentos que utilizam o princípio da balança magnética, como por exemplo, em uma campainha de uma casa ou em uma lente de leitor de DVD. Este princípio tem haver com a geração de um campo magnético com a passagem de uma corrente elétrica por um fio. Havendo um campo magnético em determinada região do espaço, este, exercerá uma força sobre uma carga em movimento. Então dado um campo magnético ⃗ , este, exerce uma força sobre uma carga , que se desloca em um campo elétrico ⃗ com velocidade , logo a força atuando sobre a carga, é expressa por: ( ⃗ ⃗ ) (1) Esta expressão é conhecida como Força de Lorentz. Quando o campo elétrico está ausente, a equação (1) pode ser escrita como: ⃗ Se adicionarmos um fio em um campo magnético uniforme, as cargas sofrerão a ação da força de Lorentz, resultando em uma força atuando em um seguimento do fio de comprimento . Em nosso experimento, fizemos uso de sondas de cobre de comprimento . Dessa maneira temos que a variação da força magnética é: ⃗ Sabemos que a corrente é a taxa de variação de carga no tempo, logo: Então podemos reescrever a força magnética como: ⃗ Temos que a velocidade é a variação do comprimento no tempo, então: Substituindo na equação anterior: ⃗ Simplificando a equação temos: ⃗⃗ ⃗ ⃗ 5 Como ˚, temos que a força magnética é dada por: Comparando esta equação a equação , sabemos que: 2. Objetos O experimento teve com objetivo observar a direção do movimento do braço da balança ao ligar a corrente em polaridades diferentes e através do coeficiente angular do gráfico obter o campo magnético aplicado pelas espiras. 3. Materiais Utilizados Para realizar o experimento foi utilizada uma balança com precisão de 0,01g, suporte para fios suspensos, sondas de comprimento diversificado, fonte DC variável com controle de corrente e tensão, duas espiras de 900 voltas e , dois fios maleáveis com conectores, fonte de tensão, um voltímetro. 4. Procedimento Experimental Para a realização da prática experimental, inicialmente, ligamos as bobinas de 900 espiras em série com a fonte e em seguida estimamos a corrente que iria passar pelo circuito para que ela não ultrapasse a valor máximo fornecido pelo fabricante. Figura 1: Representação esquemática da montagem do experimento. 6 Com o valor máximo de corrente estimado, conectamos a fonte de tensão nas bobinas na voltagem permitida. Em seguida conectamos o voltímetro na saída da fonte na escala de e ligamos a fonte de tensão e anotamos o valor obtido. A partir dos valores nominais das resistências da bobina calculamos a corrente que fluiria no circuito. Ainda na montagem do experimento, conectamos os fios que saem da fonte simétrica e a sonda ao suporte. Prendemos a sonda de comprimento na balança magnética colocando-a em equilíbrio, o valor da massa inicial foi anotado. Variamos o valor da corrente lentamente e medimos a massa com a balança na sua nova posição de equilíbrio. Este mesmo procedimento foi realizado para cinco valores diferentes de corrente em três sondas de comprimentos diferentes. Ao final do experimento retornamos a corrente a zero colocando a balança novamente em equilíbrio e logo em seguida ligamos a corrente elétrica e observamos a direção em que o braço da mesma movimentava. Repetimos o teste, porém desta vez com os fios na saída da fonte invertia. Precauções tomadas: Regulem mínima da tensão e da corrente na fonte simétrica antes de ligarmos a mesma. Não ultrapassamos de corrente. 5. Resultados obtidos Após a montagem do circuito, estimamos a corrente que irá passar pelas bobinas: A corrente máxima que a bobina suporta indicada pelo fabricante é de , sendo assim o valor estimado não ultrapassa o valor nominal conforme o desejado. Conectamos a fonte de tensão nas bobinas com a voltagem de , voltagem permitida para que não ultrapasse o valor de corrente permitido. Prendemos a sonda de comprimento na balança magnética colocando-a em equilíbrio, o valor da massa inicial foi anotado. Variamos o valor da corrente lentamente e 7 medimos a massa com a balança na sua nova posição de equilíbrio. Os resultados foram anotados conforme mostra a tabela a seguir. ( ) ( ) 0 32,64 0,5 33,20 1,0 33,72 1,5 34,36 2,0 34,82 2,5 35,36 Tabela 1: Resultados obtidos para a sonda de comprimento ( ) ( ) 0 27,42 0,5 27,70 1,0 28,00 1,5 29,28 2,0 28,56 2,5 28,84 Tabela 2: Resultados obtidos para a sonda de comprimento ( ) ( ) 0 28,62 0,5 28,80 1,0 28,94 1,5 29,11 2,0 29,25 2,5 29,41 Tabela 3: Resultados obtidos para a sonda de comprimento Ao final do experimento retornamos a corrente à zero colocando a balança novamente em equilíbrio e logo em seguida ligamos a corrente elétrica e observamos a direção em que o braço da mesma movimentava. Repetimos o teste, porém desta vez com os fios na saída da fonte invertia. Ao observar as duas situações foi possível notar as interações existentes entre a corrente elétrica e o campo magnético. Essa interação é comprovada pelo surgimento de uma força magnética que é paralela ao peso da placa. No caso experimental, a depender do sentido da corrente, poderemos ter a força magnética somando ou subtraindo-se da força gravitacional sendo este fato evidenciado pela variação da massa registrada na balança. No primeiro caso ao ligar a fonte e aumentando a corrente que passa no sistema foi observado que o braço da balança girou em sentido anti-horário, isso ocorreu devido ao sentido inicial da corrente. 8 No segundo caso, ao inverter os polos da fonte, quando ligamos a fontee aumentamos a corrente que passa no sistema obtivemos um resultado diferente do primeiro, o braço da balança girou em sentido horário, seguindo o novo sentido da corrente. 6. Cálculo e Análise dos Resultados Placa L = 50 mm ( ) ( ) ( ) ( ) 0,00 32,64 0,00 0,000 0,50 33,20 0,56 5,480 1,00 33,72 1,08 10,568 1,50 34,36 1,72 16,830 2,00 34,82 2,18 21,331 2,50 35,36 2,72 26,615 ( )[ ] ( ) y = 10,679x + 0,1214 0 5 10 15 20 25 30 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 F(mN) 9 Placa L = 25 mm ( ) ( ) ( ) ( ) 0,00 27,42 0,00 0 0,50 27,70 0,28 2,740 1,00 28,00 0,58 5,675 1,50 28,28 0,86 8,415 2,00 28,56 1,14 11,155 2,50 28,84 1,42 13,895 [ ] ( ) y = 5,5689x + 268,32 266 268 270 272 274 276 278 280 282 284 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 F(mN) 10 Placa L = 12,5 mm ( ) ( ) ( ) ( ) 00,00 28,02 0,00 0,000 00,50 28,80 0,78 7,632 11,00 28,94 0,92 9,002 11,50 29,11 1,09 10,666 22,00 29,25 1,23 12,036 22,50 29,41 1,39 13,601 [ ] ( ) y = 4,7361x + 2,9028 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Fm(mN) 11 O coeficiente angular dos gráficos obtidos pode ser interpretado como sendo a norma do produto vetorial entre o campo magnético ⃗ e o percurso , onde: ‖ ⃗ ‖ ‖ ⃗ ‖‖ ‖ Como, a placa de comprimento ‖ ‖ foi posicionada de tal forma que o campo magnético ⃗ criado pela bobina é ortogonal à trajetória descrita pela mesma, então, temos: ‖ ⃗ ‖ ‖ ⃗ ‖‖ ‖ ‖ ⃗ ‖‖ ‖ ( ⁄ ) ‖ ⃗ ‖‖ ‖ Portanto, o coeficiente angular encontrado em cara gráfico representa o produto dos valores absolutos do campo magnético com o comprimento da placa de circuito impresso utilizada. ( ) A partir dos valores do coeficiente angular que obtivemos para cada sonda utilizada, podemos determinar qual o valor absoluto campo magnético aplicado pela espira. Campo magnético devido à primeira placa ( ): Campo magnético devido à segunda placa ( ): 12 Campo magnético devido à terceira placa ( ): 7. Conclusão É fornecido nas especificações técnicas das espiras que o campo magnético induzido em seus centros ao serem percorridas por determinado valor de corrente elétrica é . Percebemos que ao utilizarmos as placas de comprimentos e , os valores do campo magnético aplicados pelas espira foram semelhantes ( ), o que era esperado para as três placas (campo magnético uniforme no centro das espiras). O campo magnético devido a terceira placa resultou em um valor fora do que era esperado( ), pois, foi notável a não linearidade em nossos dados amostrais que pode ter sido ocasionada por um mau posicionamento da balança. 8. Referências Halliday, David, 1916 – Fundamentos de Física, v.3: eletromagnetismo, 7ºed. / David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker, tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. – Rio de Janeiro: LTC, 2007 4 v.: il. H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica, Eletromagnetismo, Vol. 3, Editora Edgard Blucher, 2003.
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