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Logística e Cadeia de Suprimentos Parte 02-1

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Logística e Cadeia de Suprimentos
Atividades Logísticas
Profº. Msc. Cleiton Mendes
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Objetivos:
O aluno deverá reconhecer a importância da logística e identificar as principais atividades logísticas.
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Importância da Logística
1. Custos são significativos
7,2%
4,9%
9,5%
21,5%
3,7%
3,9%
2,8%
12,1%
12,8%
5,2%
26,9%
8,9%
2,3%
4,6%
2%
8,9%
Indústria
Comércio
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Transporte	Brasil	Europa	Brasil	Europa	7.0999999999999994E-2	3.6999999999999998E-2	0.128	2.3E-2	Armazenagem	Brasil	Europa	Brasil	Europa	4.9000000000000002E-2	3.9E-2	5.1999999999999998E-2	4.5999999999999999E-2	Inventário	Brasil	Europa	Brasil	Europa	9.5000000000000001E-2	2.8000000000000001E-2	8.8999999999999996E-2	0.02	
2. As expectativas do Serviço Logístico ao Cliente estão aumentando
Índices de erro de menos de um em cada mil pedidos despachados.
Custos logísticos bem abaixo de 5% do valor das vendas.
Giro de estoques de bens acabados de 20 ou mais vezes por ano.
Tempo de ciclo total dos pedidos de cinco dias úteis.
Custo de transporte de 1%, ou menos, da receita das vendas.
Importância da Logística
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3. Os Clientes desejam nível de atendimento cada vez mais alto
Customização.
Resposta rápida.
Aumento dos lucros, mesmo que haja aumento dos custos.
Importância da Logística
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Fundamentos da Logística
Atividades Logísticas
photoxpress
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Transporte
 É o deslocamento de bens de um ponto a outro da rede logística, respeitando as restrições de integridade da carga e de confiabilidade de prazos. 
Não agrega valor aos produtos, mas é fundamental para que os mesmos cheguem ao seu ponto de aplicação, de forma a garantir o melhor desempenho dos investimentos dos diversos agentes econômicos envolvidos no processo. 
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É comum confundir-se transporte com logística.
(existem transportadores que afirmam que “fazem logística” e só transportam)
O profissional de logística é responsável: 
a) pela escolha dos meios de transporte;
b) pela escolha das empresas que farão o transporte; 
c) pela definição das rotas a serem utilizadas;
d) pela administração envolvida (análise das faturas das transportadoras, devoluções, danos ocorridos no transporte, seguro de carga).
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Movimentação dos materiais
Operações de recebimento, conferência, descarregamento, transporte interno até onde será armazenado ou processado as matérias primas;
Matérias-primas ou produtos semi-acabados a serem manufaturados, movimentados entre as diversas etapas da produção;
Produtos acabados movimentados das linhas de produção para o armazém, colocados no estoque; 
Produtos acabados enviados aos clientes, observando-se as operações de separação, montagem da carga, carregamento e expedição.
Outra parte importante no fluxo de materiais é a movimentação, que é feita em diferentes etapas:
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Armazenagem
 Armazenagem é a parte do sistema logístico que estoca matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos acabados, entre os pontos de origem e consumo. O local de armazenagem é chamado de depósito, centro de distribuição ou simplesmente armazém. 
sxc.hu
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Compensar custos de transporte e produção - lotes econômicos de produção, reduzindo o custo total de transporte.
A armazenagem permite coordenar o balanço entre o fornecimento e a demanda. O estoque funciona como um pulmão.
A armazenagem pode auxiliar o processo de produção - bebidas em envelhecimento, armazenado em tanques ou tonéis.
Estoques intermediários de produtos semi-acabados (também conhecidos como “material em processo” ).
A armazenagem pode auxiliar ao processo de venda – disponibilidade do produto próximo ao cliente. 
Os custos de armazenagem e manuseio se justificam pelas seguintes razões:
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Objetivos da Função Armazenagem 
Máximo uso do espaço; 
Efetiva utilização da mão-de-obra e equipamentos; 
Pronto acesso a todos os itens; 
Máxima proteção dos itens estocados; 
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Objetivos da Função Armazenagem 
Boa organização; 
Satisfazer as necessidades do cliente; 
Registro das operações; 
Agregar valor ao produto;
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LayOut Finalidades Básicas
Redução de custos; 
Redução de desperdício de materiais; 
Aumento na capacidade produtiva; 
Melhorar condições de trabalho; 
Melhor aproveitamento da área de trabalho;
Critérios de Armazenagem
Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-se em função dos seguintes parâmetros : 
fragilidade; 
combustibilidade; 
volatilização; 
oxidação; 
explosividade; 
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Classificação e Codificação dos Materiais
Classificar um material significa agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo e uso. 
Em outras palavras, classificar um material significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo com as suas semelhanças. 
wikimedia
Localização de Materiais
O objetivo de um sistema de localização de materiais é estabelecer os meios necessários à perfeita identificação da localização dos materiais. Normalmente é utilizada uma simbologia (codificação) alfanumérica que deve indicar precisamente o posicionamento de cada material estocado , facilitando as operações de movimentação e estocagem. 
Localização de Materiais
Sistemas de endereçamento ou localização dos estoques; 
Existem dois métodos básicos: 
o sistema de endereços fixos e 
o sistema de endereços variáveis; 
Classificação e Codificação dos Materiais
Um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam procedimentos de armazenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização correta do almoxarifado. 
Classificação e Codificação dos Materiais
A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de materiais e acelerando o seu manuseio. 
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Classificação e Codificação dos Materiais
A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e fornecedor é o código de barras lineares ou código de distribuição. Esse código pode ser lido com leitores óticos (scanners);
wikimedia
Classificação e Codificação dos Materiais
Os fabricantes codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no depósito decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para a operação dos sistemas de movimentação interna, principalmente os automatizados. 
wikimedia
Localização de Materiais
Tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) 
Identificação por rádio frequência 
Divulgação de Marca: Motorola 
Classificação e Codificação dos Materiais
Normalização : essa palavra deriva de normas, que são as prescrições sobre o uso do material; portanto significa a maneira pela qual o material deve ser utilizado em suas diversas aplicações; 
Classificação e Codificação dos Materiais
Padronização: significa estabelecer idênticos padrões de peso, medidas e formatos para os materiais, de modo que não existam muitas variações entre eles. Por exemplo, a padronização evita que centenas de parafusos diferentes entrem em estoque. 
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Classificação e Codificação dos Materiais
Vantagens da Padronização: 
Possibilita a simplificação de materiais; 
Facilita o processo de normalização de materiais; 
Aumenta poder de negociação; 
Reduz custos de aquisição e controle; 
Reduz possibilidade de erros na especificação; 
Facilita a manutenção; 
Possibilita melhor programação de compras; 
Estruturas de Armazenagem
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Estruturas de Armazenagem
Porta-Pallets: Estrutura onde as prateleiras são substituídas por plano de carga (longarinas). Este sistema tem 100% de seletividade, porém baixa densidade de estocagem.
Estruturas de Armazenagem
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Estruturas de Armazenagem
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Porta-Pallets Vantagens 
Localização e movimentação de qualquer pallets em a necessidade de se mover outros pallets; 
Possibilidade de rearranjos para acomodar cargas de alturas variáveis; 
Adapta às cargas de rotação relativamente alta.
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Estruturas de Armazenagem
Cantilever: é ideal para armazenar produtos com dimensões, formas, volumes e pesos variados (tubos metálicos, PVC, madeira). 
Divulgaçãode Marca: Fab-Master
Divulgação de Marca: Ramada
Princípios da Movimentação
Criação DI
Princípio do Planejamento 
É necessário determinar o melhor método do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação.
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Princípio da Simplificação 
Devemos procurar sempre reduzir ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários 
Princípio da Verticalização 
O aproveitamento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas de movimentação e a redução dos custos de armazenagem. 
Equipamentos de Movimentação 
Elevação e Transferência 
Utilizados normalmente para movimentar cargas variáveis de forma intermitente entre qualquer ponto de uma área fixa, quando a função primária é transferir. Exemplos: Pontes rolantes, Pórticos, Guindaste Giratórios, Talhas..... 
Elevação e Transferência 
Divulgação de Marca: Munck
Elevação e Transferência 
Talhas
Divulgação de Marca: Berg-Steel
Elevação e Transferência 
Divulgação de Marca: Emalto
Elevação e Transferência 
Divulgação de Marca: Ventowag
Transportadores Contínuos
Podem ser equipamentos motorizados ou por gravidade, usados para mover cargas uniformes continuamente de um ponto a outro, por caminhos fixos, onde a função primária é o transporte contínuo.
Transportadores Contínuos
Divulgação de Marca: Tekroll
Transportadores Contínuos
Divulgação de Marca: Tekroll
Transportadores Contínuos
Transportador de correia 
Divulgação de Marca: Tekroll
Transportadores Contínuos
Transportador de correntes
Divulgação de Marca: Tekroll
Escolha de uma Empilhadeira 
Tipo de carga a ser movimentada; 
Peso da carga ser movimentada; 
Dimensões da carga a ser movimentada;
Escolha de uma Empilhadeira 
Ciclo de movimentação da carga: o local onde a empilhadeira trabalhará, a distância ser percorrida. 
Tipo de terreno a ser percorrido; 
O percurso a ser percorrido tem rampas? 
O percurso tem passarelas aéreas, pontes? 
Escolha de uma Empilhadeira 
Criação DI
Escolha de uma Empilhadeira 
Paleteira Elétrica
Divulgação de Marca: Paletrans
Escolha de uma Empilhadeira 
Paleteira Manual
Divulgação de Marca: Paletrans
Pallets
Um pálete (do inglês pallet) é um estrado de madeira, metal ou plástico que é utilizado para movimentação de cargas. 
A função do pálete é a otimização do transporte de cargas, que é conseguido através da empilhadeira e a paleteira, obtendo com isso vantagens como:
Pallets
As vantagens: 
Redução do custo homem/hora; 
Menores custos de manutenção do inventário bem como melhor controle do mesmo; 
Rapidez na estocagem e movimentação das cargas. 
Racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento vertical da área de estocagem; 
Diminuição das operações de movimentação; 
Redução de acidentes pessoais; 
Diminuição de danos aos produtos; 
Pallets
As desvantagens: 
Espaços perdidos dentro da unidade de carga; 
Investimentos na aquisição de páletes; 
Acessórios para a fixação da mercadoria à plataforma e equipamentos para a movimentação das unidades de carga; 
O peso do pálete e o seu volume podem aumentar o valor do frete. 
Pallets
Paletes de madeira – matéria-prima básica para a fabricação de paletes. 
Desvantagens: 
Durabilidade; 
Necessidade de reposição; 
Custo de reposição;
Pallets
Paletes de Plástico - são relativamente novos no cenário da movimentação de cargas. 
Vantagens: 
Resistência à umidade; 
Resistência aos agentes químicos; 
Baixo peso; 
Superfícies lisas, sem pregos, parafusos ou grampos; 
Baixo custo;
Pallets
Paletes Metálicos – são aplicados em situações específicas como a exigência de utilização de unidade metálicas devido ao peso excessivo das cargas, altas temperaturas e trabalhos pesados. A utilização de solda elimina a necessidade de pregos e parafusos, propiciando, ainda, grande rigidez e estabilidade dimensional. 
Pallets
Pallets de madeira
Wikimedia
Pallets
Pallets de alumínio
Wikimedia
Pallets
Pallets de plástico
Wikimedia
Pallets com Shrink
Manual
Elétrico
Wikimedia
Formação e controle de estoque
O profissional de logística é responsável pelo dimensionamento dos estoques, desde o ponto de origem até o ponto de consumo. 
Os estoques não podem ser muito altos ( porque custam dinheiro ) e nem muito baixos ( porque poriam em risco a produção e a venda ).
 O estoque representa uma armazenagem de mercadorias com previsão de uso futuro. Tem, como objetivo, atender a demanda, assegurando-lhe a disponibilidade de produtos.
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Sua formação é onerosa, uma vez que representa de 25% a 40% dos custos totais. 
Com o propósito de se evitar o descontrole financeiro, é necessário que haja uma sincronização perfeita entre a demanda e a oferta de mercadorias. Como isso é difícil, pode-se formar um estoque essencialmente para atender a demanda, minimizando seus custos de formação.
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Distribuição física
A distribuição física de produtos ou distribuição física são os processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. (NOVAES, 1994).
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A distribuição física tem, como foco principal, todos os produtos que a companhia oferece para vender, ou seja, desde o instante em que a produção é terminada até o momento em que o cliente recebe a mercadoria (produto)
Em função desses elementos pode-se estudar os lead times ( tempo real gasto em cada processo ) de recebimento e processamento de pedidos, frequência de entregas. Dimensões dos lotes de entrega, roteirização (atividade que otimiza as rotas de transporte ), otimização das cargas.
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Embalagens
Dependendo do foco em que está sendo analisado, o conceito de embalagem pode variar.
 
Para um profissional da área de distribuição, por exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de proteger o produto durante sua movimentação. 
Para um profissional de marketing a embalagem é muito mais uma forma de apresentar o produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protegê-lo.
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Um conceito mais abrangente proposto por Moura
e Banzato (2000) faz referência à embalagem como:
“Conjunto de artes, ciências e técnicas utilizadas na preparação das mercadorias, com o objetivo de criaras melhores condições para seu transporte,armazenagem, distribuição, venda e consumo, ou alternativamente, um meio de assegurar a entrega de um produto numa condição razoável ao menor custo global” MOURA & BANZATO (2000, p.11).
A embalagem que abriga diretamente o produto chama-se embalagem primária. Ex. uma lata de refrigerante. As embalagens que abrigam as primárias chamam-se secundárias, e normalmente servem para movimentação interna e transporte. Exemplo caixas, engradados, contêineres, etc. 
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Administração dos pedidos
A entrada e o processamento de pedidos ( também chamados de “ordens” ) é uma atividade muito importante.
O ciclo de pedido do cliente inclui o tempo decorrido desde a colocação do pedido até seu recebimento no estoque do cliente.
 Um ciclo típico compreende:
Preparação e transmissão do pedido.
Recebimento e entrada do pedido
Processamento do pedido
Separação no estoque e embalagem 
Expedição 
Entrega e descarregamento no cliente
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Processamento de pedidos
É representado por uma variedade de atividades incluídas no ciclo de pedido do cliente, incluem a preparação , transmissão , recebimento e expedição do pedido, e o relatório da situação do pedido.
O tempo necessário para completar cada uma das atividades depende do tipo de pedido, e representam entre 50 e 70 % do tempo total do ciclo do pedido de muitas indústrias e necessitam ser gerenciadas com cuidado e eficiência.
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Programação do produto
O administrador de logística deve contribuir para a definição e operação do sistema de administração da produção. 
Esse Sistema é o coração do processo produtivo, e tem o objetivo de planejar e controlaro processo de manufatura, incluindo materiais, equipamentos, mão de obra, fornecedores, e distribuidores. É através desse Sistema que se alinham a estratégia da empresa com as decisões sobre o que, quando, quanto, e com o que produzir e comprar.
Sistemas utilizados no planejamento da produção: Just-in-time, Kanban, MRP II e outros
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Logística e Cadeia de Suprimentos
UNITIZAÇÃO DE CARGAS
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Unitização de Cargas
Conceito: Agrupar vários volumes pequenos ou grandes em um maior, ou único volume, para facilitar o manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da carga.
Unitização de Cargas
Carga unitilizada (unit load) - É a carga constituída de materiais (embalados ou não) arranjados e acondicionados de modo a possibilitar a movimentação e estocagem por meios mecanizados como uma única unidade. Constitui uma base para um sistema integrado de acondionamento, movimentação, armazenagem e transporte de materiais. 
(continuação)
Unitização de Cargas
Vantagens:
Redução do número de volumes a manipular;
Menor número de manuseios de carga;
Menor utilização de mão-de-obra;
Possibilidade do uso de mecanização;
Melhoria no tempo das operações de embarque e desembarque;
(continuação)
Unitização de Cargas
Redução de custos com embalagens;
Diminuição das avarias e roubos de mercadorias;
Padronização internacional dos recipientes de utilização.
Recipientes: Pallet e Container.
(continuação)
Paletização
Palete (pallet) - É uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, constituída de vigas ou blocos com a(s) face(s) sobre os apoios, cuja altura é compatível com a introdução de garfos de empilhadeira ou de outros sistemas de movimentação. Permite o arranjo e o agrupamento de materiais, possibilitando a movimentação, estocagem e transporte como uma única carga.
Paletização
Paletização (palletization) - Arranjo de carga unitária sobre um palete para facilitar a movimentação e estocagem. A colocação dos materiais sobre um palete facilita a movimentação com o uso de uma empilhadeira.
(continuação)
Paletização
Paletizador / despaletizador (palletizer / depalletizer) 
	Paletizador é um equipamento automático ou semi-automático consistindo de transportadores contínuos sincronizados e mecanismos que recebem as embalagens do transportador posicionando-as sobre paletes de acordo com um arranjo preestabelecido. 
(continuação)
Paletização
Paletizador / despaletizador (palletizer / depalletizer) 
	O despaletizador é uma máquina automática que consiste de transportadores sincronizados e mecanismos para desmonte de uma carga paletizada e descarga em embalagens unitárias.
(continuação)
Pallet
Palete cativo (captive pallet) - Palete para uso confinado em uma instalação única, com sistema de coleta se transportado para outra empresa. Sem intenção de intercâmbio. 
Palete de aluguel (rental pallet) - Palete cuja propriedade é de outro que não o usuário do mesmo, que é alugado para o usuário.
Pallet
Palete de expedição (shipping pallet) - Palete projetada para ser utilizado para movimentação em uma direção da unidade de carga do embarcador para o recebedor, ele então é reciclado ou descartado.
Palete de intercâmbio (exchange palete) - Palete de múltiplo uso para um grupo designado de embarcadores e recebedores, onde é transferido para o proprietário com a carga.
(continuação)
Pallet
Palete reciclável (recycle pallet) - Palete usado, descartado, reparado ou refeito para novamente passar por outro ciclo ou ciclos de uso, com uma atitude ambientalmente responsável.
Palete retornável (returnable pallet) - Palete projetada para ser utilizado em mais de uma viagem. Palete de múltiplo uso.
Paletes reutilizáveis (reusable pallets) - Paletes, geralmente de madeira, que após inspeções, são reparados e retornam ao uso.
(continuação)
Fixação da Carga – Keddi (2005, p.55) fala que toda a carga colocada sobre o Pallet deve estar bem fixada para possibilitar sua movimentação, proteção e, também, para evitar o furto de volumes que só será efetivo se esta fixação for danificada. Esta amarração pode ser feita através de cintas, redes, lonas e etc.. E mesmo com filmes plásticos ou resinas diversas, ou qualquer outro objeto disponível, pratico e conveniente.
	
Pallet
(continuação)
	(...) Os filmes, que, além da proteção e fixação, permitem impermeabilizar as cargas são denominados de:
	a) Shrink – quando se tratar de saco para envolvimento do pallet, o que pode ocorrer também com caixa de papelão e outras embalagens. É um saco encolhível e que se ajusta à carga por meio de encolhimento realizado de maneira manual ou com maquinas apropriadas;
	
Pallet
(continuação)
	
	b) Stretch – quando se tratar de filme esticável para envolver o pallet ou mesmo caixa de papelão ou outras embalagens. Esta impermeabilização pode ser realizada através de equipamento apropriado ou mesmo manualmente.
Pallet
(continuação)
Pallet
Photoxpress.com
(continuação)
Foi criado por Malcolm McLean. Pode ser retirado pelo embarcador para colocação da carga e devolução ao armador para transporte.
Em geral é construído em aço ou alumínio. O seu piso é sempre de madeira e costuma conter ganchos nas laterais, ao longo da unidade, tanto na parte superior como inferior.
Por serem unidades intercambiáveis entre os navios, são padronizados e construídos de forma a terem a melhor utilização possível.
Container
Medidas e Espaços de Containers.
Os containers são padronizados nas medidas inglesas pés (feet). Um container é identificado pelo seu comprimento e suas medidas são externas, sendo que internamente, não existe qualquer padronização, dependendo unicamente do material utilizado e do fabricante.
Container
(continuação)
Medidas e Espaços de Containers.
Os containers mais utilizados são os de 20’ e 40’, não havendo maior interesse pelas demais medidas padronizadas. As unidades de 20’ são utilizadas como unidade-padrão, representando um TEU (Tweenty Feet or Equivalente Unit), utilizadas para medição
Container
(continuação)
Quanto a altura, são em sua maioria de 2.591 mm e uma minoria de2.826 mm. Este último denominado de High Cube, podendo comportar um volume maior, exclusivos dos containers de 40’
A largura do container é fixa e sempre com 2.352 mm, devido a padronização dos navios e outros veículos transportadores.
Na utilização do container, a colocação e retirada da carga é denominada de ova ou estufagem e desova, respectivamente.
Container
(continuação)
Para mercadorias embaladas, as suas medidas de comprimento, largura e altura vão determinar o que pode ser colocado nele, o que também dependerá das medidas do CNTR.. Para mercadorias a granel pode-se realizar-se o cálculo através da cubagem do CNTR, em face delas ocuparem todos os espaços disponíveis.
Container
(continuação)
Na estufagem do CNTR, deve-se ter a preocupação de ocupar todos os espaços disponíveis, pois os movimentos podem danificar a carga. Caso isto não seja possível, a carga deverá ser escorada através de amarração. É muito importante que a carga não fique solta no CNTR.
Container
(continuação)
Determinadas cargas devem ter cuidados especiais, como por exemplo aquelas que exigem controle de temperatura. As cargas perigosas também exigem cuidados especiais e seu transporte deve respeitar as regulamentações IMO - (International Maritime Organization).
Na entrega do CNTR ao embarcador, o armador costuma vistoriá-lo antes, procedendo a uma inspeção pré-embarque, em inglês PTI (Pre Trip Inspection)‏
Container
(continuação)
O prazo de permanência de um CNTR com o importador, na sua chegada, é definido na reserva de praça (normalmente de 10 dias), e o atraso na sua devolução ao armador pode gerar uma multa diária ao seu cliente, denominada demurrage.
Container
(continuação)
Estas multas existem, em especial, pelo fato do armador, normalmente, não dispor de todas as unidades necessárias à sua operação ao redor do mundo, ou pode ocorrerde ter as unidades necessárias, mas não sobras suficientes para cobrir os atrasos. Para isto necessita proceder ao aluguel de container com terceiros, o que significa gastos adicionais desnecessários e imprevistos.
Container
(continuação)
DRY BOX 20’- CNTR básico 
com portas no final, 
para cargas gerais.
Dim.Ext. CxLxA(mm) 6.058x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 5.900x2.352x2.395
Capacidade/Volume: 21,6ton / 33,2m3
DRY BOX40’ High Cube.
Dim.Ext. CxLxA(mm) 12.192x2.438x2.896
Dim.Int. CxLxA(mm) 12.022x2.352x2.696
Capacidade/Volume: 26,5ton / 76,2m3.
Container
Imagens: Divulgação de marca
 Hamburg Süd
(continuação)
DRY BOX40’- CNTR básico com portas no final, para cargas gerais.
Dim.Ext. CxLxA(mm) 12.192x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 12.022x2.352x2.395
Capacidade/Volume: 26,5ton / 67,7m3.
Container
OPEN TOP 20’ e 40’.
Dimensões e capacidade iguais ao Dry Box de 20’ e 40’, respectivamente.
A maioria destes CNTR são equipados com
cobertura de tecido.
Imagens: Divulgação de marca
 Hamburg Süd
(continuação)
REFRIGERADO 20’ e 40’.
20’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 6.058x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 5.498x2.270x2.267
Capacidade/Volume: 25,4ton / 28,3 m3.
40’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 12.192x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 11.151x2.225x2169
Capacidade/Volume: 26 ton / 55 m3.
Container
Imagens: Divulgação de marca
 Hamburg Süd
(continuação)
FLAT RACK 20’ e 40’.
20’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 6.058x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 5.798x2.408x2.336
Capacidade/Volume: 21,6ton / 33,2 m3.
40’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 12.192x2.438x2.591
Dim.Int. CxLxA(mm) 12.092x2.404x2.002
Capacidade/Volume: 26,5 ton / 67,7 m3.
Container
Imagens: Divulgação de marca
 Hamburg Süd
(continuação)
Container
PLATAFORM 20’ e 40’.
20’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 6.058x2.438
Dim.Int. CxLxA(mm) 6.020X2.413
Capacidade/Volume: 21,6ton / 33,2 m3.
40’
Dim.Ext. CxLxA(mm) 12.192x2.438
Dim.Int. CxLxA(mm) 12.150x2.290
Capacidade/Volume: 26,5 ton / 67,7 m3.
Imagens: Divulgação de marca
 Front End
(continuação)
TANK.
Dim.Ext. CxLxA(mm) 6.058x2.438x2.591
Capacidade / Volume: 19ton / 23mil litros.
VOLUME SECO 20’ e 40’.
Dimensões e capacidade iguais ao Dry Box de 20’ e 40’, respectivamente.
Designado para transporte de carga tais como
produtos químicos secos e grãos.
Container
Front End
Hamburg Süd
Imagens: Divulgação de marca
(continuação)
Fonte: DATAMAR e Comissão Portos
Movimentação de contêineres - Brasil
Período 2003 a 2005* 
Longo curso + cabotagem 
Comissão Portos
Movimentação de contêineres - Brasil
Período 2003 a 2005* 
Longo curso + cabotagem 
*2005 de Janeiro a Julho
(continuação)
O container deve ser ovado ou desovado em locais ajustados entre armador e embarcador ou consignatário, sendo os custos e a responsabilidade por estes serviços também combinada entre ambos.
Ele pode ser ovado ou desovado nos domicílios dos comerciantes, considerados estes como seus próprios armazéns ou pátios ou em locais disponibilizados para eles por prestadores de serviços, ou nos portos de embarque e desembarque.
Locais de Ova, Desova 
e Responsabilidades
Onde este serviço será realizado é definido na reserva de praça com o armador. 
Os termos usados para isto são o house e o pier, sendo que se pode fazer com eles quatro combinações, sempre dependendo de onde o equipamento será ovado.
Locais de Ova, Desova 
e Responsabilidades
(continuação)
Quanto aos custos e quem deve proceder a ova e desova, também deve ser ajustado com o armador. Os termos utilizados para isto são (FCL) full container load e (LCL) less than a container load.
O FCL significa realização pelo comerciante e o LCL pelo armador.
Locais de Ova, Desova 
e Responsabilidades
(continuação)
Rotulagem e Marcação 
de Volumes 
A rotulagem tem a função de transmitir a imagem da empresa, observando as regras de identificação do produto de acordo com a legislação do país importador. Sendo assim, você deve se informar acerca dessa legislação antes de criar os rótulos para o seu produto.
 
A marcação dos volumes, feita pelo próprio exportador, é a identificação das mercadorias e do lote a ser embarcado. 
Rotulagem e Marcação 
de Volumes 
Esse procedimento tem a função de individualizar as mercadorias, facilitando sua identificação por parte do importador e das autoridades alfandegárias e fiscais, tanto no embarque quanto no desembarque.
 
Alguns dos símbolos utilizados internacionalmente para identificar mercadorias com características especiais são: 
(continuação)
Rotulagem e Marcação 
de Volumes 
Frágil
Fragile
Handle with care
Sensível ao calor
No heat
Sensível à umidade
No moist
No Wet
Imagens: aprendendoaexportar.gov.br
(continuação)
Rotulagem e Marcação 
de Volumes 
Não pode ser tombada
This ead up
This side up
Handle with care
Não admite uso de guincho
No grapple
Imagens: aprendendoaexportar.gov.br
(continuação)
Embalagem de Mercadoria
Aspectos importantes quando da preparação da mercadoria para exportação: 
 Merece atenção especial o controle da qualidade das embalagens utilizadas (embalagem para transporte e a que será apresentada ao consumidor final). São vários os motivos para isso, dentre os quais se destacam: 
Exigências do mercado internacional, tanto sob o aspecto de cumprimento da legislação dos países importadores, quanto da adaptação da aparência externa de seu produto ao gosto do consumidor; 
Embalagem de Mercadoria
Imagem do país no exterior, pois a sua mercadoria estará sendo uma espécie de "cartão de visitas" de nosso país. 
Via de regra, as mercadorias devem ser embaladas pelo vendedor, tendo em vista a proteção durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização e consumo. 
(continuação)
Intermodalidade e Multimodalidade
Logística e Cadeia de Suprimentos
Prof.Msc. Cleiton Mendes
116
Objetivos:
O aluno deverá reconhecer os conceitos intermodalidade e multimodalidade aplicados ao processo logístico
117
Clientes
Fornecedores
Bens
Bens
Intermodalidade e Multimodalidade
Imagens: phtoxpress.com
118
Intermodalidade e Multimodalidade
Rodoviário
Dutoviário
Ferroviário
Aeroviário
Aquaviário
Terminal
Imagens: photoxpress.com
(continuação)
119
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
1991 - Intermodalidade
“Movimento de produtos entre a origem e o destino usando vários modos de transporte como avião, navio, barcaça, trem e caminhão.” 
	(Bontekoning et al., 2003)
(continuação)
120
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
1993 - Intermodalidade
“Movimento de bens em uma única unidade de carregamento, que usa sucessivos modais de transporte sem manuseio dos bens na mudança de um modal para o outro.” 
		(European Conference of Ministers of Trasnport)
(continuação)
121
1995 - Intermodalidade
“Transporte realizado por mais de um modal, caracterizando um serviço porta a porta com uma série de operações de transbordo realizadas de forma eficiente e com a responsabilidade de um único prestador de serviços através de documento único. Para o transporte intermodal que utiliza Contêiner, a carga permanece no mesmo Contêiner por toda viagem.” 
					 (Intermodal Freight Transportation)
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
(continuação)
122
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
1996 - Multimodalidade
“Transporte de mercadorias realizado por dois ou mais modais através do porte de um contrato de transporte multimodal, desde a origem da mercadoria até o seu destino final em outro país, ficando o Operador de Transporte Multimodal (OTM) como responsável pela mercadoria até o destino final.” 
	 (UNCTAD – Convênio da ONU)
(continuação)
123
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
1998 – Transporte Multimodal de Cargas
“Transporte que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino,e é executado sob a responsabilidade única de um OTM.”
				 (Lei 9.611 – Ministério dos Transportes)
(continuação)
124
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de documento de transporte para cada modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os transportadores - cada um assume a responsabilidade pelo seu transporte.
Quanto ao embarcador, a responsabilidade pela mercadoria é sua e, em havendo qualquer problema com a carga, ele deve recorrer ao seu seguro, ou contra aquele que lhe causou dano.
Intermodalidade e Multimodalidade
Resumo
(continuação)
125
Intermodalidade e Multimodalidade
Resumo
A multimodalidade caracteriza-se pela emissão de apenas um documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de origem até o ponto de destino. 
Este documento é emitido pelo OTM, que também toma para si a responsabilidade total pela carga sob sua custódia.
(continuação)
126
Intermodalidade e Multimodalidade
Definições
Operador de Transporte Multimodal (OTM)
“O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros.” 
(Ministério dos Transportes, 1998)
(continuação)
127
Operador de Transporte Multimodal - OTM
O OTM assume a responsabilidade pela execução desses contratos, pelos prejuízos resultantes dos danos ou avarias às cargas sob sua custódia, assim como por àqueles decorrentes de atraso, quando houver prazo acordado. 
Além dos transportes inclui os serviços de coleta, unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega da carga ao destinatário.
Também pode consolidar e desconsolidar cargas e documentos.
128
Operador de Transporte Multimodal - OTM
O exercício da atividade do OTM depende de prévia habilitação e registro na ANTT. 
Caso o OTM deseje atuar em âmbito internacional, deverá também se licenciar na Secretaria da Receita Federal. Essas habilitações serão concedidas por um prazo de 10 anos.
O Decreto Lei nº 3.411, de 12/04/00, que regulamenta a lei nº 9.611, e a Resolução ANTT nº 794, de 22/11/04 definem os requisitos necessários para a obtenção das habilitações.
(continuação)
129
Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC)
A ANTT define o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas como aquele que evidencia o contrato de transporte multimodal e rege toda a operação de transporte, desde o recebimento da carga até a sua entrega no destino final, podendo ser negociável ou não a critério do expedidor. 
A Lei nº 9.611 determina a emissão do documento de transporte multimodal de cargas, o qual evidencia o contrato e rege toda a operação. Nele, são mencionados os locais de recebimento e entrega da mercadoria, sob responsabilidade total do OTM.
130
Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC)
Adoção do documento fiscal possibilitará agilizar o transporte multimodal de cargas. 
O Diário Oficial da União publicou na edição do dia 15/10/03 o texto do Ajuste SINIEF-06/03, que institui o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC) como documento fiscal a ser utilizado pelo Operador de Transporte Multimodal (OTM).
O CTMC é a nota fiscal dos OTM’s.
(continuação)
131
132
133
Simplificação Documental gerada pelo CTMC
Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC)
CTRC
NF
CTAC
NF
CTRC
Transporte Rodoviário
Outros Serviços
Transporte Marítimo
Outros Serviços
Transporte Rodoviário
CMTC
(continuação)
134
LOGÍSTICA REVERSA 
135
Logística Reversa – Algumas definições
“Papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura". 
“Habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens”.
Council of Logistics Management (1993):
Stock (1998):
136
Logística Reversa – Algumas definições
“Rogers e Tibben-Lembke (1999):
Processo de planejamento, controle do fluxo de materiais desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recuperar valor ou adequar o seu destino”. Rogers e Tibben-Lembke (1999):
Rogers e Tibben-Lembke (1999):
(continuação)
137
“Área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios, ou ciclo produtivo, por meio de canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros”.
Paulo Roberto Leite (2003):
(continuação)
Logística Reversa – Algumas definições
138
Logística Reversa – Esquema
Representação Esquemática dos Processos Logísticos Direto e Reverso
Materiais
Novos
Materiais
Reaproveitados
Suprimento
Produção
Distribuição
Processo Logístico Reverso
Processo Logístico Direto
139
Logística Reversa – Indutores
Fatores ou causas que contribuem para o aumento do escopo e escala do processo de logística reversa
Questões ambientais
legislação ambiental torna as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus produtos e pelo impacto que estes produzem no meio ambiente. 
aumento de consciência ecológica dos consumidores tem gerado ações por parte das empresas para criar uma imagem institucional "ecologicamente correta".
140
Logística Reversa – Indutores
Concorrência - Diferenciação por serviço
clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos.
existência de legislação de defesa dos consumidores, garantindo-lhes o direito de devolução ou troca.
(continuação)
141
Redução de Custo
economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm trazido ganhos.
esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados.
Logística Reversa – Indutores
(continuação)
142
Logística Reversa 
Bens de Pós-venda
Logística Reversa
Bens de Pós-consumo
Diferenciadas pelo estágio ou fase do ciclo de vida útil do produto retornado:
 Bens com pouco ou nenhum uso que são devolvidos:
por razões comerciais ou legais; por erros ao processar o pedido;
por garantia de fabricação; por defeitos no funcionamento; por avarias no transporte...
 Bens descartados pela sociedade:
pelo fim da vida útil;
pela possibilidade de reutilização;
 Resíduos industriais.
Tipos de Logística Reversa
143
Logística Reversa 
de Embalagem
 Tendência mundial para se utilizar embalagens retornáveis, reutilizáveis ou de múltiplas viagens.
 Pode ser enquadrada na Logística Reversa de pós-venda ou pós-consumo.
Tipos de Logística Reversa
(continuação)
144
Logística Reversa – Atividades típicas
 
Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso 
 
 
Materiais
Secundários
Retornar ao Fornecedor
Revender
Recondicionar
Reciclar
Descarte
Expedir
Embalar
Coletar
Processo Logístico Reverso
145
Logística Reversa – Fatores críticos
Contribuem positivamente para o desempenho e eficácia do sistema de logística reversa
Bons controles de entrada: significa identificar corretamente o estado dos materiais que retornam para que possam seguir o fluxo reverso correto: revenda; recondicionamento; reciclagem; ou descarte. 
146
Logística Reversa – Fatores críticos
Processos padronizados e mapeados: a logística reversa não deve ser tratada de forma esporádica, e sim regular, sendo que seus processos devem ser corretamente mapeados e os procedimentos formalizados a fim de que se possa ter controle e obter melhorias.
(continuação)
147
Logística Reversa – Fatores críticos
Tempo de ciclo reduzidos: refere-se ao tempo entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento – ciclos longos atrasam a geração de caixa paraa empresa além de ocupar espaço de estoque entre outros aspectos.
(continuação)
148
Sistemas de informação acurados: construir ou adquirir sistemas de informação que tenham a capacidade de rastreamento de retornos, medição dos tempos de ciclo e medição do desempenho de fornecedores disponibilizando informações para negociação, melhoria de desempenho e identificação de abusos dos consumidores no retorno de produtos.
Logística Reversa – Fatores críticos
(continuação)
149
Rede logística planejada: a implementação da logística reversa demanda uma infraestrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. Instalações de processamento e armazenagem e sistemas de transporte devem desenvolvidos para ligar de forma eficiente os pontos de consumo onde os materiais usados devem ser coletados até as instalações onde serão utilizados no futuro.
Logística Reversa – Fatores críticos
(continuação)
150
Relações colaborativas entre clientes e fornecedores: como existem uma série de devoluções que são feitas em função de produtos danificados, é necessário uma relação de confiança e colaboração entre varejistas e indústrias, a fim de que ninguém se sinta lesado na transação. 
Logística Reversa – Fatores críticos
(continuação)
151
São comuns conflitos relacionados à interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados aos produtos. Fica claro que práticas mais avançadas de logística reversa só poderão ser implementadas se as organizações envolvidas na logística reversa desenvolverem relações mais colaborativas. 
Logística Reversa – Fatores críticos
(continuação)
152
FLUXOS REVERSOS PÓS – 
VENDA E PÓS – CONSUMO
BENS DE PÓS -VENDA
COMERCIAL
QUALIDADE
SUBSTITUIÇÃO COMPONENTES
BENS DE PÓS -CONSUMO 
FIM DE VIDA ÚTIL
EM CONDIÇÕES DE USO 
ESTOQUE
CONSERTO / RERFORMA
VALIDADE
RETORNO AO CICLO DE NEGÓCIOS 
MERCADO SECUNDÁRIO DE PRODUTOS 
DISPOSIÇÃO FINAL
RECICLAGEM 
COMPONENTES 
DESMANCHE 
REMANUFATURA 
MERCADO SECUNDÁRIO DE COMPONENTES
MERCADO DE 2ª MÃO
REUSO
MERCADO SECUNDÁRIO DE MAT. PRIMAS
153
São as diferentes formas de processamento e comercialização dos produtos de pós consumo ou de seus materiais constituintes – (Leite, 1999)
Canais de distribuição reverso
Bens de Pós Consumo
154
Após o
 consumo
Pode ainda 
ser utilizado?
Mercado
Secundário
Disposição
final
S
N
 Reuso - Veículos
 Desmanche - Veículos
 Reciclagem - Metais
 Disposição final - Aterro
Canais de distribuição reverso
Bens de Pós Consumo
(continuação)
155
Bens que são reintegrados ao ciclo de negócios por meio de diversas formas de comercialização e de processamentos.
Motivos:
Validade do produto
Estoques excessivos
Consignação
Qualidade
Erros nos pedidos
Canais de distribuição reverso
Bens de Pós Venda
(continuação)
156
Fonte: Rogers e Tibben-Lembke (1999)
Canais de distribuição reverso
	Porcentagem de retornos de bem de pós venda	
	Ramo de atividade 	% Médio de retorno 
	Editores de revistas 	50% 
	Editores de livros 	20-30% 
	Distribuidores de livros 	10-20% 
	Distribuidores de eletrônicos 	10-12% 
	Fabricantes de computadores 	10-20% 
	Fabricantes de CD-ROMs 	18-25% 
	Impressoras para computador	4-8% 
	Peças para a indústria automotiva	4-6% 
(continuação)
157
Motivos para operar canais reversos
	Motivo Estratégico	% Empresas respondentes
	Aumento de competitividade	 65,2%
	Limpeza de canal - estoques	33,4%
	Respeito às legislações	28,9%
	Revalorização econômica	27,5%
	Recuperação de ativos	26,5%
Fonte: Rogers e Tibben-Lembke (1999)
158
Relação entre fluxo direto e fluxo reverso
Canais diretos
Fluxo direto
(FD)
Canais reversos
Fluxo reverso
(FR)
FD/FR
Bens de pós-consumo
 FR = FD  Equilíbrio
 FR < FD  Poluição
Logística Reversa
de pós-consumo
159
Fatores de economia de 
revalorização nos canais reversos
 Economias obtidas com a redução no consumo de insumos
Diferencial de preços entre MP Primárias e Secundárias
Sucata de lata de alumínio vale 70% do custo do lingote de alumínio;
A sucata de papel é 4 vezes mais barata que o papel virgem.
160
Fatores de economia de 
revalorização nos canais reversos
Economia de componentes que entram na composição da matéria prima virgem:
 Utilização de liga de chumbo nas baterias de veículos
(continuação)
161
Fatores de economia de 
revalorização nos canais reversos
Economia na quantidade de energia utilizadas na fabricação:
 O alumínio consome 95% menos energia elétrica se fabricado a partir de alumínio reciclado
 O material plástico obtido de material reciclado utiliza 20% da energia elétrica gasta na produção da resina virgem
(continuação)
162
Fatores de economia de 
revalorização nos canais reversos
Economia obtida na diferença entre os investimentos em fábricas de matérias primas primárias e de matérias primas secundárias:
Fabricação de alumínio=> Investimento é de 5 mil dólares/ton produzida e a fábrica de reciclagem custa 350 dólares/ton.
(continuação)
163
Reciclagem
Conjunto de técnicas de aproveitamento e reutilização de resíduos em outro ciclo produtivo
Reciclagem
Produtos
Final da vida útil
Coleta
Separação
Processo
Mercado
Secundário
Logística Reversa
164
Grande parte dos
resíduos são
reutilizados
Porque reciclar?
Preservação do Meio Ambiente
Geração de empregos
Economia de energia
Aumento da vida útil dos aterros sanitários
Órgãos governamentais -> Legislação
Reciclagem
(continuação)
165
O que reciclar?
Papéis 
Plásticos
Metais
Vidros 
Resíduos de maior comercialização, maior importância econômica
Entulho
Pneus
Pilhas
Baterias 
Processos mais caros, responsáveis pela poluição do meio ambiente e requerem tratamento adequado no final de sua vida útil
poluição do meio ambiente
Reciclagem
(continuação)
166
O que pode e não pode ser reciclado
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Papel	
	Jornais e revistas	Etiqueta adesiva
	Folhas de caderno	Papel carbono
	Formulários de computador	Fita crepe
	Caixas em geral	Papeis sanitários
	Aparas de papel	Papéis metalizados
	Fotocópias	Papeis parafinados
(continuação)
167
O que pode e não pode ser reciclado
Fonte: www.compam.com.br
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Papel	
	Envelopes	Papeis plastificados
	Provas	Papeis sujos
	Rascunhos	Guardanapos
	Cartezes velhos	Bitucas de cigarro
	Papel de fax 	fotografias
(continuação)
168
Fonte: www.compam.com.br
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Metal	
	Lata de folha de flandres (lata de óleo)	Esponjas de aço
	Salsicha, leite em pó etc.)	canos
	Lata de alumínio	
	Sucos de reformas	
(continuação)
169
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Vídros	
	embalagens	Espelhos
	Garrafas de vários formatos	Vidros planos
	Lata de alumínio	lâmpadas
	Sucos de reformas	Cerâmica
		Porcelana
		Tubos de tv - gesso
(continuação)
170
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Plástico	
	Embalagem de refrigerante	Cabo de panela
	Embalagem de material de limpeza	Tomadas
	Copinho de café	Embalagem de biscoito
(continuação)
171
Reciclagem
	Reciclável	Não-reciclável também chamados de Rejeitos
	Plástico	
	Embalagem de margarina	Misturas de papel, plástico e metais
	Canos e tubos	
	Sacos plástico em geral	
(continuação)
172
Logística Reversa x Logística Verde
Logística Reversa (LR): estuda meios e operacionaliza a inserção de produtos descartados novamente no seu ciclo de negócio, agregando-lhes valor.
Logística Verde (LV): consiste em entender e minimizar o impacto ambiental causado ao longo do ciclo de vida dos produtos. Estuda meios de planejar e diminuir impactos ambientais da logística comum.
173
Produto que utilize embalagem reutilizável  envolve LR. 
Produto que utilize menos energia elétrica durante seu processo fabril  não envolve LR.
Um estudo para reutilização de pneus  envolve LR. 
 Todos são enquadrados como LV.
Logística Reversa x LogísticaVerde
Alguns assuntos de LV envolvem LR, outros não:
(continuação)
174
200320042005
CheiosVaziosTotalCheiosVaziosTotalCheiosVaziosTotal
SANTOS1.596.204 433.718 2.029.922 1.386.625 496.213 1.882.838 1.628.693 639.228 2.267.921 
RIO GRANDE314.087 227.163 541.250 343.535 245.448 588.983 378.091 278.410 656.501 
ITAJAÍ259.291 207.480 466.771 313.087 250.925 564.012 386.301 309.807 696.108 
PARANAGUÁ217.647 92.284 309.931 271.455 107.613 379.068 317.697 144.147 461.844 
RIO DE JANEIRO203.527 117.822 321.349 232.675 110.407 343.082 220.842 104.538 325.380 
S.F.SUL163.823 118.064 281.887 153.947 121.567 275.514 125.047 114.834 239.881 
SALVADOR99.478 70.114 169.592 116.818 74.808 191.626 98.374 142.735 241.109 
E. SANTO / VITÓRIA90.956 48.527 139.483 122.427 65.929 188.356 153.307 85.338 238.645 
SUAPE40.103 18.790 58.893 98.868 39.194 138.062 128.801 47.031 175.832 
SEPETIBA20.968 6.797 27.765 97.345 35.651 132.996 136.747 49.289 186.036 
MANAUS87.875 20.594 108.469 90.133 17.768 107.901 65.179 12.627 77.806 
FORTALEZA49.193 24.370 73.563 57.597 24.464 82.061 39.228 25.617 64.845 
PECEM40.816 25.317 66.133 46.392 32.722 79.114 63.124 44.830 107.954 
BELEM32.443 12.645 45.088 25.920 31 25.951 22.521 23.321 45.842 
P. ALEGRE / S. CLARA16.733 16.320 33.053 10.390 9.767 20.157 9.413 9.377 18.790 
VILA DO CONDE1.161 515 1.676 6.759 7.571 14.330 16.870 17.266 34.136 
TUBARÃO10.552 3.554 14.108 444 0 444 0 0 0 
RECIFE69.962 24.049 94.011 7.595 3.062 10.657 0 0 0 
MACEIÓ2.525 780 3.305 4.660 2.470 7.130 5.864 2.444 8.308 
NATAL738 1.000 1.738 1.898 1.786 3.684 2.622 2.396 5.018 
ILHEUS242 0 242 206 0 206 0 0 0 
SANTANA309 106 415 0 0 0 10.453 6.878 17.331 
CABEDELO15 15 30 0 0 0 0 0 0 
IMBITUBA0 0 0 0 0 0 3.824 2.767 6.591 
TOTAL
3.318.648 1.470.024 4.788.674 3.388.776 1.647.396 5.036.172 3.812.998 2.062.880 5.875.878 
Fonte: DATAMAR e Comissão Portos
PORTO
MOVIMENTAÇÃO TOTAL (CHEIOS + VAZIOS)
0 
500.000 
1.000.000 
1.500.000 
2.000.000 
2.500.000 
SANTOS
RIO GRANDE
ITAJAÍ
PARANAGUÁ
RIO DE JANEIRO
S.F.SUL
SALVADOR
E. SANTO / VITÓRIA
SUAPE
SEPETIBA
MANAUS
FORTALEZA
PECEM
BELEM
P. ALEGRE / S. CLARA
VILA DO CONDE
TUBARÃO
RECIFE
MACEIÓ
NATAL
ILHEUS
SANTANA
CABEDELO
TEU´s
200320042005 *

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