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11 - Reabilitação criminal

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Reabilitação criminal.
			A reabilitação criminal visa:
1. Restituir os direitos que foram retirados como efeitos secundários extrapenais da sentença condenatória.
2. Assegurar o sigilo sobre o processo e a condenação.
 			Ocorre que a Lei de execuções penais no artigo 202 já prevê o sigilo independentemente da concessão da reabilitação criminal:
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei.
 			Certo que a reabilitação assegura maior sigilo, já que a condenação anterior só pode ser registrada, após a reabilitação, por ordem judicial; enquanto que o sigilo garantido pela LEP, no mencionado artigo 202, não se aplica às certidões solicitadas pela autoridade policial, por órgão do Ministério Público, ou ainda, para fim de concurso público.
			Então, a principal função da reabilitação é garantir a suspensão de alguns dos efeitos secundários da condenação. É o que vem disposto no artigo 93, parágrafo único do Código Penal: 
 A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo.
			Concedida a reabilitação o agente pode, por exemplo: voltar a dirigir (quando teve a habilitação cassada como efeito secundário da condenação, ser nomeado como funcionário público (não, porém, no cargo em que estava).
			São pressupostos para a concessão da reabilitação:
a. Já ter decorrido dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação (art. 94, caput, do Código Penal)
b. tenha tido domicílio no País no prazo acima referido
c.  tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado
d. tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. 
 			 A reabilitação deve ser requerida ao juízo da condenação.
			Caso seja negado o pedido, ele pode ser reapresentado desde que instruído com novas provas
			Caso a reabilitação seja concedida, o juiz deverá encaminhar os autos para o segundo grau de jurisdição para o reexame obrigatório (art. 746 do CPP).
			Caso negada a reabilitação a parte tem dois caminhos:
a. apresenta novo pedido ao próprio juiz que antes havia denegado a reabilitação, instruído com provas novas.
b. Oferece recurso de apelação (art. 593, II, do CPP)
 			Segundo o artigo 95 do CP: 
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.

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