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TRÁFICO DE SERES HUMANOS NO TERRITÓRIO NACIONAL PARA FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL. Hevellyn Rocha da Silva1 RESUMO O presente artigo foi realizado com o intuito de averiguar as peculiaridades e episódios que levam o ser humano a serem traficado nas mãos da organização criminosa, envolvendo assim o tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual. Desse modo para e facilitar o entendimento do trabalho, foi estudado a origem histórica do ilícito, embora, sendo uma atividade que vem se expandindo ao longo do tempo, desde os primórdios até os dias atuais, tornando assim um fenômeno multidisciplinar devido a sua dinâmica e invisibilidade. Em virtude dos dados levantados, o tráfico de pessoas é umas das atividades do mundo mais lucrativa que existe, tornando-se de extrema relevância a construção de princípios que contribuem para a exploração sexual. Levando-se em conta essa especialidade, o objetivo primordial da pesquisa constatou algumas discussões que acercam a exploração sexual, envolvendo é o enfrentamento para combater o crime organizado. Apontando questões relevantes nas definições pelas diversas Convenções Internacionais, foi aprimorado um detalhamento ao Protocolo de Palermo, com instrumento de maior relevância ao tráfico de pessoas para fim de exploração sexual. Por derradeiro, o Código Penal em seus referidos artigos sofreu alterações relevantes pela Lei 13.344, de 6 de outubro de 2016, que expressa sobre o tráfico de pessoas com aspecto abrangente atingindo alguns desfechos para o crime praticado. Palavras-Chaves: Tráfico de pessoas. Escravidão. Exploração sexual. Crime Organizado. Legislação. ABSTRACT: This article was carried out in order to investigate the peculiarities and episodes that lead the human being to be trafficked in the hands of the criminal organization, thus involving the trafficking of human beings for purposes of sexual exploitation. In this way, to facilitate and understand the work, the historical origin of the crime was studied, although, being an activity that has been expanding over time, from the beginning to the present day, thus making it a multidisciplinary phenomenon due to its dynamics and invisibility. Due to the data collected, human trafficking is one of the most lucrative activities in the world, with the 1 Bacharelando em Direito pelo Centro de Universitário BrazCubas construction of principles that contribute to sexual exploitation becoming extremely relevant. Taking this specialty into account, the primary objective of the research found some discussions surrounding sexual exploitation, involving coping to fight organized crime. Pointing out relevant issues in the definitions by the various International Conventions, a detail was improved to the Palermo Protocol, with an instrument of greater relevance to human trafficking for the purpose of sexual exploitation. Finally, the Penal Code in its articles has undergone relevant changes by Law 13,344, of October 6, 2016, which expresses the trafficking of persons with a comprehensive aspect, reaching some outcomes for the crime committed. Keywords: Trafficking in persons. Slavery. Sexual exploitation. Organized crime. Legislation. SUMÁRIO: 1.Introdução. 2. Tráfico de seres humanos no território nacional para fim de exploração sexual. 2.1 Origem no Brasil. 2.2. Evolução Histórica. 2.2.1 Tráfico de seres humanos, HOJE. 3. Príncipios que contribuem com o tráfico de seres humanos. 3.1 Globalização 3.2 Pobreza e ausência de oportunidade de trabalho. 3.3 Turismo sexual 3.5 Exploração sexual. 4. Mecanismo para combater o crime organizado em relação ao tráfico de pessoas no Brasil. 4.1 Crime organizado transnacional. 4.2 Protocolos Adicionais à Convenção de Palermo x Legislação Penal Brasileira e suas contraversões. 5. Considerações Finais. 6. Referências 1. INTRODUÇÃO O tráfico de seres humanos é um fenômeno que aumenta excepcionalmente na sociedade atual, embora não sendo um crime recente. Houveram diferenças na antiguidade, pois se tratava da não distinção entre cor e raça, pois o ser humano naquela época era tratado como mercadoria exposta em prateleiras nas favelas e guetos. De acordo com este crime, pode-se revelar que a pobreza, a falta de oportunidade de trabalho, e a globalização, torna-se interferências absurdas para que inúmeras pessoas possam mudar de cidade, estado ou até mesmo de pais, portanto essas ações criminosas aproveitam da vulnerabilidade de casa vítima, beneficiando dos sonhos para iludir e aprisionar, a parti da redenção dos documentos pessoas, violências, ameaças constantes, e inclusive de familiares. À vista disso, o crime organizado vem dominando o mercado e envolvendo de preferência o comercio exterior, pois é determinado a atividade mais lucrativa, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Por isso, essa conduta, possui associação direita com princípios morais e éticos, desflorando a dignidade da pessoa humana e sua liberdade, principalmente liberdade sexual, que são considerados inerentes ao indivíduo, cabendo aos Estados a responsabilidade de protege-los. Consequentemente, a especialidade desta pesquisa constatou alguns problemas e discussões que norteiam o mundo da exploração sexual, detectando, por exemplo, as principais causas e consequências desse fenômeno. A metodologia utilizada se baseia em observações doutrinárias, assim como cartilhas de órgãos do Estado, entre diversos meios de informações pertinentes, que de certa forma, contribuíram para o aperfeiçoamento desse trabalho. Foi amparado a Convenção de Palermo e o Direito Penal Brasileiro. A justificativa da escolha desse questionamento é a relevância social, por se caracterizar num posicionamento de violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. O objetivo geral dessa pesquisa é examinar e englobar as características que envolvem o tráfico de pessoas atribuindo os incidentes, em que parte apresenta com maior regularidade e sua repercussão na esfera jurídica interna. Dessa forma os objetivos específicos ao estudo, é apresentar a finalidade de erguer tais informações sobre a amplitude do tráfico de pessoas, baseando-se na história dos escravos da antiguidade, sendo assim investigar os princípios que contribuem para a pessoa ser traficando, no sentido de ser enganada, a violentada, e não ter sua própria liberdade e liberdade sexual. Investigar as medidas adotadas pelo Código Penal, a revogação da Lei nº. 13.344/2016, e o debate entre doutrinadores. Para compreender, a Convenção de Palermo é comtemplado por três Protocolos adicionais, que são: Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, Protocolo Adicional à Convenção relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, e Protocolo contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armar de Fogo. A legislação brasileira manteve atrasada em relação aos Protocolos, tratando de normas incompatíveis ao mesmo. A exemplo disto é possível citar a questão do consentimento, ou seja, os referidos artigos 231 e 231-A, que abordam o tráfico internacional e interno de pessoas, na iminência do consentimento legitimo e voluntário do atingido extingue o crime, no tempo em que a legislação brasileira consentia a permissão da vítima que era desprezível para sua concretização. Nada obstante, a Lei nº 13.344, aprovada em 06 de outubro de 2016, que expõe sobre o tráfico de pessoas, procurando conciliar o ordenamento jurídico brasileiro à legislação internacional, tal preceito trouxe inúmeras inovações no aspecto que o pais trata o crime, modificando os dispositivos legais existes sobre o mesmo, trazendo, até mesmo uma nova abordagem em relação ao consentimento. Preponderando o intuído de analisar o tráfico de pessoas, sendo o principal objetivo voltado pela prática com o fim de promover a exploração sexual. A pesquisa adentraum ponto de vista de alguns autores doutrinários em relação as questões das revogações que a Protocolo de Palermo trouxe ao Código Penal atual. A princípio será apresentada a evolução histórica do tráfico de seres humanos, levando em consideração que naquela época as pessoas eram visadas como mercadores exposta para seus senhores, tendo em vista, as mudanças que obteve ao longo desses anos passou-se a ser explorado não somente o trabalho escravo e sim a liberdade sexual, dando entrada ao crime organizado. Em sequência, exibe os princípios que contribuem ao tráfico de seres humanos, tais como: a globalizando trazendo as definições e conceitos de como engloba nas ações do crime organizado, em seguida a ausência de oportunidade de trabalho na sociedade, desenvolvendo o interesse no turismo e na exploração sexual. Posteriormente, apresenta-se o as mudanças sofridas pela legislação brasileira, provocadas pela Lei 13.344/2016, com intuito de aprimorar o Código Penal, no tráfico de seres humanos. Visando a elaboração dos instrumentos trazidos pela Convenção de Palermo. Por toda a extensão, aprimorasse diversas dificuldades existentes ao combate ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, com o objetivo de trazer informações para a sociedade de quão importante é o assunto exposto. Desde então, é um tema que atrai a atenção para diversas áreas, governantes, líderes de tosos os continentes, provocando grandes reflexões ao meio acadêmico e discussões. 2.1 Origem Histórica O tráfico de seres humano é um fenômeno muito antigo que vem crescendo grandiosamente na sociedade atual. Desde o século XIV a XVII na Antiguidade Clássica estando presente na Grécia e posteriormente em Roma, sendo assim, naquela época era efetuado o tráfico de prisioneiros de batalha com a finalidade de utilizá-los como escravos dos senhores. Em concordância com Bonjovani; Mariana Strake: O primeiro caso de tráfico de seres humano que objetivou lucro aconteceu nas cidades italianas, entre o século XIV e XVII, durante o Renascimento. A prática estimulou o comércio mediterrâneo na Península Itálica, onde também teve início o pré-capitalismo, que pregava o acúmulo de capital. Observando um passado próximo, nota-se que o Brasil se tornou o segundo modelo de colonização decorrente ao tráfico de pessoas no país, embora eles eram vendidos ou trocados através de seus senhores sem nenhuma consideração a sua condição de humano, viviam em inúmeras torturas, das formas mais cruéis possíveis, assim desflorando umas séries de direitos humanos, como a liberdade física e sexual, a honra e a dignidade humana. Segundo Damásio de Jesus expõe que “os navios negreiros transportaram, durante 300 anos, milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças, para o trabalho agrícola, que se estendia à servidão doméstica, a exploração sexual e às violações físicas.” Dessa forma pode violar não somente as vítimas, mas, por outro lado todos que são envolvidos juntos. Desde então, com a colonização houve a exaustão da mão-de-obra indígena que iniciou o tráfico negreiro, especificamente eram trazidos de a África com o intuito dos trabalhadores serem mais lucrativos do que os povos indígenas. A respeitos das explorações sofridas pelos escravos africanos, Boris Fausto narra que: Admitidas as várias formas de resistência, não podemos deixar de reconhecer que, pelo menos até as últimas décadas do século XIX, os escravos africanos ou afro-brasileiros não tiveram condições de desorganizar o trabalho compulsório. Bem ou mal, viram-se obrigados a se adaptar a ele. Dentre os vários fatores que limitaram as possibilidades de rebeldia coletiva, lembremos que, ao contrário dos índios, os negros eram desenraizados de seu meio, separados arbitrariamente, lançados em levas sucessivas em território estranho. É indiscutível que naquele período o tráfico de pessoas era respeitado, ou seja, se caracterizando como lícito, não havendo nenhuma forma de combate a tal conduta dos seus senhores. De acordo com Francisco Bismarck Borges Filho expões que: “Os negros eram tratados como verdadeiras mercadores, sem direito a qualquer proteção humanitária, possuindo grande valor econômico.” Pode-se mencionar que o tráfico de negreiros não era apenas de africanos homens, mas também de mulheres de várias idades, pela qual sofriam intensamente a exploração sexual, ainda que ocorressem essencialmente aos seus senhores. Em vista visto, o Gilberto Freyre explana: “Foram corpos das negras — às vezes meninas de dez anos — que constituíram, na arquitetura moral do patriarcalismo brasileiro, o bloco formidável que defendeu dos ataques, afoitezas dos don-juan a virtude das senhoras brancas.” Nos tempos Bíblicos, tanto no Antigo quanto Novo Testamento, a condeção é pela pratica de roubo de homens, que é o que acontecia na África no século XIX. Os africanos eram atacados por caçadores de escravos, que os vendiam aos traficantes de escravos, os quais, por sua vez, os levavam ao Novo Mundo para trabalhar em plantações e fazendas. Portanto, está prática é abominável para Deus. Des fato, a pena para tal crime na Lei Mosaica era a morte: “O que raptar alguém e vender, ou for achado na sua mão, será morto” (Êxodo 21:16). Além do mais, há algumas passagens bíblicas que elucida o tráfico de seres humanos e o descaso da liberdade sexual e dignidade humana. A primeira é que os irmãos de José, planejavam sua morte, mas ao invés de mata-lo concordaram em vende-lo para os Ismaelitas a troco de vinte barras de prata, no qual eram seus senhores. (Gênesis 37-26;28). Já a segunda passagem, ressalta o descaso da liberdade sexual e a dignidade humana, onde no livro de Ester, as mulheres escolhidas pelo rei, eram retiradas de sua própria casas, pois sendo assim submetidas ao tratamento exclusivo, onde ele a escolhesse uma como esposa e as demais viviam o resto de suas vidas no harém, pois só que entrava no harém, são moças virgens, já que uma vez deitada com ele não poderiam deitar com mais ninguém. 2.2 Evolução Histórica 2.2.1 Tráfico de seres humanos, HOJE. Atualmente, observa-se que o capitalismo vem gerando grandes repercussões na sociedade. A revolução da informática decorre da globalização mundial nas formas de trabalho e comunicações, assim conectando diversas pessoas aos redores do mundo a qualquer instante, com isso as mudanças que visam relações de sistemas tecnológicas abordando o deslocamento e o acesso a pessoas, favorecendo assim o tráfico de pessoas. Segundo a Organização Internacional de Trabalho (OIT) diz que: Com o processo cada vez mais acelerado da globalização, um mesmo país pode ser ponte de partida, de chegada, ou servir ligação entre outras nações no tráfico de pessoas” Nos mesmos pensamentos a Rodrigues, Thaís de Camargo (p.58, 2012) expõe: Hoje a globalização põe à disposição dos traficantes de pessoas todas as suas ferramentas utilizadas para fins lícitos, como a revolução dos meios de comunicação e a facilidade de transpor fronteiras. O tráfico é tratado como um negócio qualquer, e suas vítimas se transformam em commodities. Os traficantes buscam suas mercadorias em ambientes vulneráveis e as vendem nos mercados mais promissores. (RODRIGUES, Thaís de Camargo. O Tráfico Internacional de Pessoas para Fim de Exploração Sexual e a Questão do Consentimento. 2012. Na época atual, a liberdade de locomoção é embasada em direitos fundamentais da Constituição Federativa, que em na primeira geração goza em defesa de arbitrariedade do Estado no direito de ingressar, sair e permanecer. Portanto, o número de pessoas traficadas e exploradas é absurdamente apavorante, assim expõe a OIT. De acordo com Organização Internacional de Trabalho (OIT, e da Fundação Walf Free, com parceria com a Organização Internacional para Migração (OIM), dispõe: Em 2016 foi constatado que mais de 40 milhões de pessoas foram vítimasda escravidão moderna globalmente, nesta estimativa são entre mulheres e meninas desproporcionalmente chegando a 29 milhões (ou seja, 71%) no total. Logo, um a quatro vítimas da escravidão modernas são crianças (ou seja, 10 milhões) e 37% (ou seja, 5,7milhões) das pessoas são forçadas a se casarem. O tráfico de seres humanos é um acontecimento incompreensível, é um crime que ganha cada vez mais força pelos aos redores do mundo, um descaso de muitos países que explora essa atividade sexual, podendo assim, gerar grandes oportunidades no desenvolvimento internacional, com isso abre-se espaço para as organizações criminosas, consequentemente, sua providência aglomera na dificuldade de estabelecer dados importantes sobre o crime, e as primordiais rotas do tráfico humano. Além do mais, o tráfico de pessoas hoje, é um crime que se engloba na escravidão moderna, ou seja, é habitável para o século atual. Por isso, é um crime extremamente silencioso, onde o objeto comercial é o próprio ser humano. Logo, por diversas iniciativas contra essa facção criminosa, o Brasil e no mundo, há milhares de trabalhos para que possa abranger medidas cautelares e combatê-los. 3. Princípios que contribuem com o tráfico de seres humanos no Brasil 3.1 Globalização A globalização é um conceito de múltiplos significados, que abarca as transformações na relação espaço de tempo," de comunicação em tempo real, on-line, de dissolução das fronteiras geográficas, de multilateralismo político-administrativo e de policentrismo decisório”. (Faria; José Eduardo, p.3, 2010) Segundo Boaventura de Souza Santos (2010, p. 437), […] “aquilo que habitualmente designamos como globalização são, de fato, conjuntos diferenciados de relações sociais; diferentes conjuntos de relações sociais dão origem a diferentes fenômenos da globalização” As transferências de pessoas entre países e continentes se manifesta como uma característica importante, na história da humanidade ao longo dos séculos, diferenciando na intensidade, na extensão, na velocidade, de modo que ocorrem, além do impacto provado tanto para sociedade que recebe os migrantes quanto para que são abandonados para trás. O processo que ocasiona uma integração desigual e precária de um número sem fim, sejam eles da menor classe ou não. Em logicidade o sistema em pulsional um laço de indivíduos subordinados caracterizando a se manterem de forma desigual e desumana em busca de sobrevivência. Segundo Martins; José de Souza (1998), dispõe-se uma discordância sobre a exploração das classes, com termos de uma inclusão de subordinação, melhor dizendo, que se trata da exploração de menores e da prostituição no Brasil: Elas (menores prostituas) não são excluídas, ao contrário: elas são meretrizes justamente para ganhar o dinheiro que viabiliza sua inclusão na economia e no mercado. Com esse dinheiro elas (e suas famílias) se tornam, de algum modo, consumidores. Porque é com o dinheiro que elas ganham na prostituição, na sua exclusão moral, que elas se incluem na economia […]. Por isso, o problema está em discutir as formas de inclusão, o preço moral e social da inclusão, o comprometimento profundo do caráter desses membros das novas gerações, desde cedo submetidos a uma socialização degradante. Logo, o mecanismo efetivo da subordinação de classes aos níveis exploratórios de um sistema capitalista, e por mais, que seja impiedoso, as vítimas estão sujeitas a explorar seu próprio corpo, garantindo a inclusão subordinada para acesso à economia. Para o engajamento do sistema de capitalismo, Karl Marx no século XIX, goza que “tudo é mercadoria” 3.2 Pobreza e ausência de oportunidade de trabalho Levando-se em consideração os aspectos necessários à sobrevivência das vítimas com a vulnerabilidade econômica, física, e social, os traficantes, que adentram o conhecimento estratégico para enganar, coagir e ganhar confiança das vítimas, envolvem promessas significantes que garantem uma oportunidade e condições de vida melhores. Em concordância com a Organização Internacional do Trabalho — OIT, detêm sua principal causa a favor do tráfico. “Pobreza: A pobreza faz com as pessoas se submetem às ações dos traficantes por força da necessidade de sobrevivência em razão da falta de perspectivas de vida futura.” Dessa maneira, muitas vezes as vítimas não conseguem enxergar esse terrível crime a que submetem, embora por diversas circunstâncias são subordinadas, suas famílias correm perigo ou até porque elas vivem em situações desfavoráveis, com o convívio de extrema violência e abuso sexual. Como rege a Organização Internacional de Trabalho — OIT, prevê a ausência de oportunidades de trabalho: “Assim como a pobreza, a falta de meios de garantir a subsistência a curto e médio prazo e de perspectivas de ascensão social impulsiona as vítimas na direção dos traficantes” A vítima do tráfico humano é qualquer pessoa que cruza uma divisão seja ela nacional ou internacional, buscando ensejo na vida. Especialmente as vítimas de grande vulnerabilidade, aquelas que são iludidas por falsas esperanças a procura do sucesso, casamento perfeito, homens ricos, etc. Em face a essa realidade, Brasília, 2006 p. 13, dispõe-se: As mulheres traficadas podem entrar nos países com visto de turista e as ativadas ilícitas são facilmente camufladas em atividades legais, como o agenciamento de modelos, babás, garçonetes, dançarinas ou, ainda, mediante a atuação de agências de casamentos. Onde existem, as leis são raramente usadas e as penas aplicadas não são proporcionais aos crimes. Traficantes de drogas recebem penas mais altas do que as dadas para aqueles que comercializam seres humanos. Por fim, a Organização das Nações Unidas — ONU, pautou os essenciais fundamentos que caracterizou a conjuntura de indivíduos com vítima do tráfico humano.: “Acreditar que têm de trabalhar contra sua vontade; ser incapazes de abandonar seus lugares de trabalho; mostrar sinais de que alguém está controlando seus movimentos; sentir que não podem ir embora de onde estão; dar indícios de ansiedade e medo; ser objeto de violência ou ameaças contra elas, seus familiares ou seus entes queridos; sofrer lesões ou incapacidades típicas de determinados trabalhos, ou medidas de controle; desconfiar das autoridades; receber ameaças de que serão relatadas às autoridades; sentir temor em revelar sua situação migratória não estar de posse de seus passaportes ou outros documentos de viagem, ou identificação, porque estes estão em poder de outra pessoa; ter documentos de identidade ou de viagem falsos; permitir que outros falem ir elas quando alguém lhes dirige a palavra diretamente; não ter dias livres; ter uma interação limitada ou nula com a rede social; não estar familiarizando com o idioma local; não conhecer o endereço da sua casa ou do seu trabalho; receber uma remuneração escassa ou nula; ter acesso à atenção médica; ter recebido o pagamento dos gastos com o transporte ao país de destino através de facilitadores e estar obrigados a reembolsá-los trabalhando.” Vale ressaltar que pelos fatores mencionados acima, as vítimas em situação de tráfico humano, sofrem uma constância violência psicológica, na grandeza de como são rebaixadas e o convívio desumano, privando a sua liberdade. Portanto, é caracterizado a vulnerabilidade dos aliciados em relação aos traficantes. 3.3 Turismo sexual Rege Krinppendorp, Jost (p; 40,41; 2003) o imaginário de paraíso é fortemente vinculado pelos empresários do turismo, por estes agem segundo seus próprios interesses econômicos, interesses de receber grandes quantidades de turistas, sem se preocuparem com a motivação que levou estes turistas ao destino. Vivemos em um país mundialmente celebrado pela beleza das mulheres. Não obstante, trazendo inúmeras belezas, tais como, praias paradisíacas e uma cultura extremamente rica, observa-se que em todo o tempo,quando se vê uma propaganda do país, lamentavelmente, é exposta imagem de uma mulher praticamente seminua. Segundo Bem, Ari Soares (2005), as políticas de turismo contribuem na reprodução do turismo sexual quando vinculam essas imagens. Essa vulgaridade e a falta de consciência sobre a cultura local e o machismo, cria uma imagem ao país para que ele seja diferenciado no aspecto da procura para o turismo sexual. Enfatizando a Secretária de políticas para as Mulheres (p.14; 2011) em sua cartilha explana: Contribuem para essa realidade de exploração os estereótipos socialmente construídos e reproduzidos pelos menos de comunicação, que vinculam a imagem da mulher brasileira à sexualidade e acabam por incentivar, inclusive, o turismo sexual para o Brasil, uma das situações de risco para a ocorrência do tráfico de pessoas. Aponta Bignami, Rosana (2002) explana: Que a imagem do Brasil no turismo tem sido construída em cinco eixos: Brasil Paraíso, Lugar de Sexo Fácil, País de Carnaval, Lugar de Exótico e do Místico, Brasil do Brasileiro (sendo este último uma série de características, entre elas a ausência de racismo). Em contradição, o turismo sexual é praticado por dentro das inúmeras agências, hotéis e pousadas, possuindo pacotes gigantescos para a prostituição, portanto, ocorre a comercialização de pessoas em locais para satisfizer os desejos sexuais. Nessas ocasiões a tecnologia (redes sociais, sites de relacionamentos) entre outros, possui um poder enorme nas divulgações tais pacotes, sempre carregado de promessas de sexo fácil. Nessa direção, Jesus, Damásio Evangelista (op. cit. p. 159) de explana na Comissão Parlamentar de Inquérito — CPI Dizia o relatório. “O processo do pornografemos” inicia-se nas agências de viagens, que vendem o país como local de sexo fácil. Para esse tipo de comércio marginal contribui a propaganda que, oficialmente, nos países endossa: não já cartas ou folhetos de viajem sobre o Brasil em que faltem belos corpos nus, ou semidespidos em para paradisíacas. O maior afluxo de pornoturismo origina-se da Europa e EUA. São em sua maioria, homens entre 30 e 50 anos, de classe operária ou média-baixa, que usam seu período de férias para uma temporada de orgia a baixo custo. Não vêm conhecer o País, mas sim conhecer brasileiras, famosas por uma fantasiosa sensualidade superior à das europeias ou americanas. Há voos charters lotados apenas com esse tipo de turismo”. No caso em tela, o tráfico humano é um crime ilícito que vem ultrapassando fronteiras, é com muita dificuldade que as autoridades não conseguem extingui-lo de forma adequada. Para que o ser humano seja conscientizado, deve ser realizada não só dentro do país, mas em toda a região do território nacional, mudar a imagem vulgar que o brasileiro tem no cenário mundial e todo o preconceito que o turista traz com ele. Sobre o assunto, elucida: Teresi, Verônica Maria, (p.64, 2012). No Brasil, o Código Penal não criminaliza o exercício da prostituição. São tipificados, no entanto, a exploração de casa de prostituição, o rufianismo e o tráfico de pessoas para fins de prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescente. Assim, no Brasil a prostituição não é crime, mas a sua exploração sim. Segundo os autores Júnior; Amílcar, Araújo Carneiro (p.873; 2015) Código Penal comentado e sua Interpretação pelos Tribunais. “O bem jurídico protegido pela lei penal é a moralidade pública sexual, com o objetivo particular de evitar o incremento e o desenvolvimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual. O lenocínio é um dos crimes maus degradantes e moralmente censurável, qual a civilização, ao longo do tempo, ou seja, de toda a sua história, não conseguiu eliminar”. Além disso, Masson, Cleber, (p. 278, 2018). “Exploração sexual é a atividade em que o sujeito busca algum proveito com a utilização da sexualidade alheia. Trata-se de elemento normativo do tipo, de índole cultural, cujo conceito deve ser obtido mediante a valoração do intérprete da lei penal”. É de conhecimento geral que, a exploração sexual é crime e está previsto no Código Penal, e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo assim dispõe: Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, CP " Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição, ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei n.º 12.015, de 2009) Lei n.º 8.069 de 13 de julho de 1990, ECA “Art. 240 caput. “Produzir, reduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registar por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornografia, envolvendo criança ou adolescente”. Devido ao avanço tecnológico, a potencialização ao acesso à ‘internet’ constitui crianças a usufruir de redes sócias mais cedo, com isso, indivíduos envolvidos no crime organizado, seja eles com razões econômicas ou por problemas mentais, possuem um disfarçados com perfis falsos com fulcro de aliciar crianças a produzirem algum tipo de material pornográfico, seja foto ou vídeo. Em concordância com HUGHES, Dona M. (p.161, 2003) explica: "Desde 1996, com a generalização do computador e do acesso à rede internacional, houve um aumento considerável da pornografia por meio da Internet. Assim, não somente o mercado ilegal passou a oferecer maiores "oportunidades" para crianças e adolescente, como também criou a figura daquela pessoa que alicia as crianças e as remete para locais distantes de sua família" Embora existam redes especializadas que divulgam imagens ou filmes com conteúdo sexuais infantis, reproduzindo acesso gratuitamente para qualquer pessoa. Logo, adversidade envolvendo pedofilia, a criança em si, não consegue se comunicar e muito menos se expressar de tal situação para terceiros, podendo assim, familiares, amigos serem o próprio abusador. 4. Mecanismo para combater o crime organizado em relação ao tráfico de pessoas no Brasil 4.1 Crime Organizado Transnacional No século XX, com a globalização e as facilidades de troca de informações e de trânsito livre entre os países, houve um crescimento vertiginoso do crime organizado transnacional no mundo, inclusive do tráfico de pessoas, especialmente de mulheres e crianças de países em desenvolvimento, como os países da América Latina. O crescimento das organizações criminosas veio acompanhado de refinamento dos tipos penais, fazendo com que surgissem novas modalidades de tráfico e de pessoas, a exempli de turismo sexual e da compra de noivas por correspondência. (Barreto Lima, Martonio Mont'Alverne; Andrade, Denise Almeida; Costa Jucá; Roberta Laena, p.139 2013) A definição de crime organizado, localiza-se no dispositivo legal: Lei n.º 12.850, de 2 de agosto de 2013. Art. 1.º Esta lei define organização criminosa e dispões sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro), ou mais pessoas estruturalmente ordenadas e caracterizadas pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta o indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Entretanto, no contexto da definição de crime organizado Penteado Filho, Nestor Sampaio, (2016, p. 94), certifica-se: "A criminalidade organizada pressupõe uma potencialidade destruidora e lesiva extremamente grande, pior ainda para a sociedade do que as infrações individuais, daí a justa preocupação dos Estados com a repressão ao tráfico de drogas e pessoas, ao terrorismo, ao contrabando etc." Consequentemente, a forma em que os criminosos agem são extremamente cautelosos e dinâmicos, assim existem três etapas distintas para aproximação pessoal com as vítimas. A primeira proposta é propícia à família da vítima,por meio de engano, motivando seu ego com o ensejo nas melhores condições de vida para seus filhos. Além do mais, essa etapa de captação pode ser ainda implementada mediante força física, rapto, ameaça ou formas de coação. (GERONIMI, p.13; 2002) A segunda proposta é a do transporte, translado e recepção no país de destino, sendo que os métodos de exploração não estão excluídos dessa fase. Podendo adentar no território estrangeiro de forma clandestina ou aparentemente legal, haja vista que, em muitos casos, utilizam documentos falsificados. (GERONIMO, p. 13; 2002) Por fim, a última proposta consiste na chegada ao país de destino, onde a vítima será vilmente explorada, normalmente é mantida em cárcere privado. As organizações criminosas prestam serviços ilegais específicos e essenciais ao sucesso de operação, como a falsificação dos documentos da vítima, seu alojamento, etc. Embora, as vítimas apresentam situações de vulnerabilidade, algo fácil nas mãos do crime organizado, essa prática desencadeia um enorme aumento lucrativo, desempenhando entre países que participam da operação. 4.2 Protocolos adicionais à Convenção de Palermo x Legislação Penal Brasileira e suas contraversões A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizados, foi criada pela ONU em 2000, na época atual, é seguida por 147 países e foi ratificada pelo Brasil por meio do Decreto nº 5.017, no ano de 2004. Encontra-se três protocolos adicionais que possam visar o crime organizado, entre eles o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional relativo à Prevenção, à Repressão e à Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças. Há controversas entre os Protocolos à Convenção de Palermo e o Código Penal Brasileiro, como por exemplo, a finalidade do tráfico de pessoas que no Protocolo de Palermo assume um sistema mais amplo, englobando a exploração sexual, com o trabalho forçado ou remoção de órgãos. De acordo com Priscitelli, Adriana, (p.42) “as diferenças definições de tráfico de pessoas têm consequências na produção de conhecimento sobre o tema. Assim, enquanto o Judiciário apresenta decisões pautadas no conceito do art. 231 do Código Penal, que exclui o consentimento, algumas ONGs que surgem o conceito do Protocolo de Palermo só classificam como tráfico a ação que envolve violência, coação ou fraude”. Dessa maneira, MELO, Monica de; e MASSULA, Letícia. “conceituam o tráfico de pessoas caracterizando a espécie de locomoção da pessoa envolvida através de ameaças, coação, falsas promessas, abuso de poder, abuso de uma situação de fragilidade sempre para fins de exploração. Essa exploração pode ser de natureza sexual, para fins de prostituição ou outras forma de exploração sexual ou para que a mulher seja explorada economicamente, através de trabalho sem remuneração ou com remuneração sempre inferior às dividas que é obrigada a contrair com a receptor que a mantém, envolvendo práticas similares à escravidão ou de serviços forçados, ou ainda para a remição de órgãos”. O Protocolo de Palermo abriga a preocupação estabelecida na Convenção Interamericana sobre o Tráfico Internacional de Menores para combater o Tráfico de pessoas com propósitos ilícitos, incluindo cláusula que proíbe qualquer forma de exploração do ser humano, seja para trabalho, exploração sexual ou remoção de órgãos. (CASTILHO, 2007) Enquanto Inês Virgínia Prado Soares (p. 79, 2013) diz que o Protocolo de Palermo é um documento que respalda as estratégias anti-tráfico pelo mundo afora. Suas concepções, pautadas na finalidade de se atingir a proteção global dos direitos humanos mais básicos como a vida e a liberdade, são atuais e suas diretrizes tem sido incorporadas no plano interno de cada Estado. Mediante as definições, o Decreto nº 5.017 de 12 de março de 2004, menciona em seu artigo 3º, alínea “a”, o conceito da expressão tráfico: “Que significa o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso de força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos” Entretanto na alínea “c” e “d”, do mesmo decreto, correlaciona sobre: “O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento, ou o acolhimento de uma criança para fins de exploração serão considerados “tráfico de pessoas”, considerando qualquer pessoa com idade inferior a 18 anos. CASTILHO, Ela Wiecko V. de, (op. cit. p. 14), respalda sobre consentimento das vítimas, que: “Houve intenso debate sobre o tema do consentimento. A redação aprovada é ambígua, no esforço de atender as tendências opostas (descriminalização total da prostituição com reconhecimento do “trabalho sexual” e criminalização dos clientes e dos proxenetas visando erradicar a prostituição). A “situação de vulnerabilidade” pode ser aplicada na maior parte dos casos em que ocorre exploração de qualquer natureza, mas depende da interpretação da polícia, do ministério público e do judiciário, permitindo a incidência de outro Protocolo, relativo à migração ilegal, que não considera o migrante como vítima. Ora, configura a finalidade de exploração de uma pessoa, há violação à dignidade humana como expresso na Convenção de 1949. O Estado não pode cancelar o consentimento”. A Convenção de 1949 trouxe a valorização da dignidade da pessoa humana, como também a proteger os bens violados com o tráfico, que colocam em risco a sociedade, a família e o conforto do indivíduo. Qualquer pessoa pode ser vítima do tráfico, independente de sexo e idade. (Castilho, 2007) Apesar de que, o protocolo é conhecido como “os três P’s”, como menciona JESUS. Damásio E. de, (op. cit. p.40). Preponderando a respeito, Rodrigues, Thaís de Camargo (op. cit. p.141) elenca: A prevenção consiste na adoção de medidas com o escopo de reduzir fatore com a pobreza, o subdesenvolvimento e a desigualdade de oportunidade, que tomam as pessoas vulneráveis ao tráfico; a punição afetiva dos traficantes, por meio de criminalização de condutas e cooperação internacional; e , finalmente , a proteção ou atenção às vítimas desse crime, respeitando plenamente seus direitos humanos. O Protocolo determina em seu artigo 5º, menciona que a criminalização do delito será especificada de acordo com a legislação interna de cada país, ou seja, o Estado- Parte adotará medidas legislativas. Logo o artigo 6º, têm origem as medidas de proteção interna à vítima, como a proteção à privacidade e identidade e a prestação de informações e assistência jurídica por parte do Estado. As medidas que o país adotará são os acolhimentos, de modo temporário ou até permanente, artigo 7º. Por derradeiro, elenca o artigo 8º a facilitação do repatriamento da vítima e sua segurança. As abordagens dos doutrinadores contrariam o enunciado do Protocolo, portanto JESUS, Damásio E. de, (2003) explica: Os instrumentos contêm numerosos para proteger e assistir as pessoas traficadas que consentem em ser testemunhas nos processos movidos contra os traficantes, mas não fazem quase nada para proteger os direitos das pessoas traficadas que não consentem em ser testemunhas. As previsões propriamente policiais presentes no Protocolo possuem caráter mandatário, enquanto as provisões relativas à proteção e assistência da vítima são discricionárias. Os governos que assinarem o Protocolo “devem considerar as medidas “ou “tentar” providencias proteção e assistência em casos apropriados.É lastima que essas provisões sejam tímidas dessa maneira, mas os países foram quase unanimes na oposição que expressaram contra medidas mandatárias. MELLO, Monica de; MASSULA, Letícia, critica a ausência de algum meio para o oferecimento de denúncias em relação a violação do protocolo por parte dos Estados- membros, levando a um monitoramento falho de efeito cumprimento do mesmo pelos países que eles fazem parte. Zaffaroni, Eugênio Raul, se refere as alterações da legislação argentina face ao Protocolo de Palermo, tece duras críticas aos procedimentos de internalização das normas internacionais pelo País. García, Gloria Paz, critica a intervenção do Protocolo na Espanha, foi feita de forma acrítica, sem levar em conta as especialidades do País, o que deu margem a uma fórmula legal imprecisa e excessivamente ampla. Portanto, Machado, Maíra Rocha, elenca que os tratados relacionados à matéria penal exprimem um consenso mínimo de uma grupo de países no tocante a tema específicos, sobre os quais se elaboram pautas de atuação de uma amplitude tal que a aplicação direta de suas disposições é raramente possível, cabendo ao Poder Legislativo a adequada elaboração ou modificação da legislação existente. Em suma o Código Penal Brasileiro do ano de 1940, obteve em seu artigo 231 e foi alterado em 2009, pela Lei nº 12.015, representa a seguinte redação: Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. § 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. § 2 o A pena necessidade do Intercâmbio de informações e formação, definindo em seu item 2179 a exigência de cursos de formação aos funcionários dos serviços de imigração ou que possuem trabalho ligado ao tráfico de pessoas. Já os artigos 11º, 12º e 13º trazem questões referentes às fronteiras; o primeiro estabelece normas a serem adotadas, o segundo exige um controle de documentos já o terceiro versa sobre a legitimidade e validade de tais documentos. é aumentada da metade se I - A vítima é menor de 18 (dezoito) anos II - A vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - Há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. § 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica- se também multa. Por tratar das transformações que explana nesse dispositivo legal, Rodrigues, Thais; Camargo de, explica: Verificam-se as alterações mais relevantes ao longo das modificações ocorridas no art. 231 do Código Penal. A modificação do sujeito passivo de “mulher” passou a “pessoa”. Foi acrescida da exploração sexual, além da prostituição, como finalidade do tráfico, em seu limite mínimo de idade. Além disso, em 2009 o bem jurídico tutelado deixou de ser os costumes para ser a dignidade sexual. Em suma Nucci, Guilherme, “exige-se o elemento subjetivo especifico, consistente na vontade de lançar alguém na prática da prostituição ou em cenário de exploração. Não obstante o artigo 231-A do Código Penal, também modificado pela Lei nº 12.015 que menciona sobre o tráfico nacional de pessoas: Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la § 2 o A pena é aumentada da metade se: I - A vítima é menor de 18 (dezoito) anos II - A vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - Há emprego de violência, grave ameaça ou fraude § 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica- se também multa Nucci, Guilherme, se posiciona sobre o dispositivo legal, que o crime é comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); material (demanda resultado naturalístico, consistente na efetiva da prostituição ou outra forma de exploração sexual); de forma livre (pode ser cometido de qualquer maneira); comissivo (os verbos indicam ações); instantâneo ( o momento consumativo se dá em linha determinada no tempo), porém existe a continuidade habitual, condicionando a consumação; unis subjetivo (pode ser cometido por uma única pessoa); plurissubsistente ( demanda vários atos). Não admite tentativa, por se tratar de crime condicionado (depende do advento da prostituição ou da exploração sexual). Em suma o TRF promoveu que o crime se consuma com a promoção ou facilitação de entrada e saída de mulheres, a fim de exercer a prostituição, independentemente de que ela venha, efetivamente, a exercer o meretrício. (TRF, aC, Rel. Vladimir Freitas, Rt, 734:758) Em outro julgamento o relator Desembargador Federal Hilton Queiroz, julga o delito capitado no artigo 231 do Código Penal quem promove ou facilita a saída de mulhere para o exterior a fim de exercer a prostituição. Comprovada a participação em procedimento de encaminhamento de brasileiras par exercerem a prostituição no exterior, faz-se mister a condenação por tráfico internacional de mulheres. Resta incabível a devolução dos dólares apreedidos, considerando que o dinheiro estava sendo utilizado pelas apelantes para fins de prática do delito. (Apelação improvida. 19046DF2000.34.00.019046-6, Data de julgamento:03/10/200, QUARTA TURMA, Data Publicação: 30/10/2006 DF p.160) Embora, o objetivo da Convenção de Palermo está expressamente descrito em seu artigo 1º e parágrafo único, no que consiste em promover a cooperação entre os países para prevenir e combater com eficácia a criminalidade organizada transnacional, donde se engloba o tráfico de pessoas. Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido no território nacional contra vítima brasileira ou estrangeira e no exterior contra vítima brasileira. Parágrafo único. O enfrentamento ao tráfico de pessoas compreende a prevenção e a repressão desse delito, bem como a atenção às suas vítimas. No que tange, a revogação dos artigos 231 e 231-1 do Código Penal Brasileiro, foi amparado pela Lei nº 13.344, em seu artigo 149-A vigente, visando o consentimento da vítima, quando não há meio de frauda-lo. Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: I - Remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; II - Submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; III - Submetê-la a qualquer tipo de servidão; IV - Adoção ilegal; ou V - Exploração sexual. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa Antes, o tráfico de pessoas estava localizado nos arts. 231 e 231-A, ambos do CP, restrito à finalidade de exploração sexual. No entanto, percebendo que os documentos internacionais assinados pelo Brasildão ao delito um alcance bem maior, abrangendo outros tipos de exploração que não são sexual, a Lei 13.344/16 removeu o crime do Título VI- dos crimes contra a dignidade sexual-, migrando-o para o Capítulo IV do Título I, dos crimes a liberdade individual. Eis o bem jurídico tutelado. Contudo, bens outros aparecem no espectro de proteção, como o da dignidade corporal, a dignidade sexual e o poder familiar, como explana CUNHA, Rogério Sanches (p.225 2017). Referentes aos outros dispositivos legais da referida Lei 13.344, em seu artigo 2º apresenta-se os princípios ligados aos enfrentamentos ao tráfico de pessoas, traz o respeito à dignidade, promoção e garantia da cidadania, universalidade, indivisibilidade e interdependência, não discriminação por motivo de gênero, origem étnica ou social; transversalidade das dimensões de gênero; atenção integral às vítimas diretas e/ou indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em investigação ou processos judiciais; e proteção integral das crianças e adolescentes. Consequentemente, o artigo 3º, comtempla as diretrizes como o fortalecimento do pacto federativo, por meio da atuação conjunta e articulada das esferas de governo no âmbito das respetivas competências; articulações governamentais e não governamentais; incentivo à participação da sociedade em instâncias de controle social; o envolvimento de todas as esferas de governo na sociedade civil; fortalecimento das fronteiras, portos, aeroportos etc.; estímulo à cooperação internacional; incentivo à realização de estudos; os sigilos dos procedimentos administrativos e judiciais; e gestão integrada para coordenação da política. Os demais artigos, rege sobre as medidas de repressão, que se encontra 5º, já o 6º e o 7º são a proteção e o atendimento à vítima. À vista disso, o legislador brasileiro deve se preocupar com o ocorrido tráfico de seres humanos, que traz na integra o processo de escravidão. Sendo assim, um crime fracionado justificando a conduta ilícita que lesa ou desprotege um bem jurídico penalmente tutelado. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O tráfico de seres humanos, é um crime abrangente na sociedade, conceituando lesivo, que é aplicada contra a dignidade da pessoa humana e sua liberdade, portanto, praticado em diversos territórios, desde o início da humanidade. Mesmo sendo um complexo infame de desigualdades e de muita estranheza, a mídia divulga pouquíssimo dados sobre este crime, sendo assim não há nenhuma reportagem que transmite os inúmeros casos que as pessoas traficadas são submetidas no país ou até mesmo que verse sobre os programas de prevenção, proteção e repressão, proporcionados por órgãos não governamentais e governamentais. Por gerar injustiça, ainda no mundo moderno, averígua-se desigualdades entre homens e mulheres, por serem vítimas do tráfico de pessoas para fim de exploração sexual, e por sofrerem nas mãos das organizações criminosas, que evolui cada vez mais, gerando em si fins lucrativos, com vidas alheias. Por ser um conteúdo implausível, meramente desqualificado não é apresentado na integra, em telelevisão, redes socias (plataformas digitais), ou outros mesmos de esclarecimento, sendo assim, a cidadãos convivem sem nenhum conhecimento de quão grave é este crime. Após o revogamento da Lei nº 13.344/2016, predispôs um progresso exemplar para o ilícito, adequou diretrizes determinadas ao país pelo Protocolo de Palermo, apesar de que, manteve a legislação penal ultrapassada devido a relação aos instrumentos internacional. Sendo assim as conformidades ao Protocolo de Palermo em suas variadas medidas de proteção ao crime, o regulamento designa na criação de campanhas nos âmbitos da sociedade, visando alastrar tais informais sobre o ilícito. Na importância, o território nacional, têm diversas políticas públicas de enfrentamento ao tráfico de pessoas, devido à falta de recurso promovido pelas autoridades governamentais, essa preponderação não é dirigida a população, para que as vítimas ou pessoas mais susceptíveis sejam conscientizadas. Além do mais, as linhas de investigação traçadas no território nacional, não possuem um complexo de extremidade e importância nas organizações criminosas, voltadas ao tráfico de pessoas. Por esse motivo, a trajetória para esse caminho é exatamente longa, tanto no território nacional e internacional. Embora não se tenha lacunas na Lei nº 13.344/2016, a serem preenchidas para designar tais desfechos em relação da sua efetividade. 6. 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