Buscar

TRÁFICO DE SERES HUMANOS NO TERRITÓRIO NACIONAL PARA FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRÁFICO DE SERES HUMANOS NO TERRITÓRIO NACIONAL PARA FIM 
DE EXPLORAÇÃO SEXUAL. 
 Hevellyn Rocha da Silva1 
 
RESUMO 
O presente artigo foi realizado com o intuito de averiguar as peculiaridades 
e episódios que levam o ser humano a serem traficado nas mãos da organização 
criminosa, envolvendo assim o tráfico de seres humanos para fins de exploração 
sexual. Desse modo para e facilitar o entendimento do trabalho, foi estudado a 
origem histórica do ilícito, embora, sendo uma atividade que vem se expandindo 
ao longo do tempo, desde os primórdios até os dias atuais, tornando assim um 
fenômeno multidisciplinar devido a sua dinâmica e invisibilidade. Em virtude dos 
dados levantados, o tráfico de pessoas é umas das atividades do mundo mais 
lucrativa que existe, tornando-se de extrema relevância a construção de 
princípios que contribuem para a exploração sexual. Levando-se em conta essa 
especialidade, o objetivo primordial da pesquisa constatou algumas discussões 
que acercam a exploração sexual, envolvendo é o enfrentamento para combater 
o crime organizado. Apontando questões relevantes nas definições pelas 
diversas Convenções Internacionais, foi aprimorado um detalhamento ao 
Protocolo de Palermo, com instrumento de maior relevância ao tráfico de 
pessoas para fim de exploração sexual. Por derradeiro, o Código Penal em seus 
referidos artigos sofreu alterações relevantes pela Lei 13.344, de 6 de outubro 
de 2016, que expressa sobre o tráfico de pessoas com aspecto abrangente 
atingindo alguns desfechos para o crime praticado. 
 
Palavras-Chaves: 
Tráfico de pessoas. Escravidão. Exploração sexual. Crime Organizado. 
Legislação. 
 
ABSTRACT: 
This article was carried out in order to investigate the peculiarities and 
episodes that lead the human being to be trafficked in the hands of the criminal 
organization, thus involving the trafficking of human beings for purposes of sexual 
exploitation. In this way, to facilitate and understand the work, the historical origin 
of the crime was studied, although, being an activity that has been expanding 
over time, from the beginning to the present day, thus making it a multidisciplinary 
phenomenon due to its dynamics and invisibility. Due to the data collected, 
human trafficking is one of the most lucrative activities in the world, with the 
 
1 Bacharelando em Direito pelo Centro de Universitário BrazCubas 
construction of principles that contribute to sexual exploitation becoming 
extremely relevant. Taking this specialty into account, the primary objective of the 
research found some discussions surrounding sexual exploitation, involving 
coping to fight organized crime. Pointing out relevant issues in the definitions by 
the various International Conventions, a detail was improved to the Palermo 
Protocol, with an instrument of greater relevance to human trafficking for the 
purpose of sexual exploitation. Finally, the Penal Code in its articles has 
undergone relevant changes by Law 13,344, of October 6, 2016, which 
expresses the trafficking of persons with a comprehensive aspect, reaching some 
outcomes for the crime committed. 
 
Keywords: 
Trafficking in persons. Slavery. Sexual exploitation. Organized crime. 
Legislation. 
 
SUMÁRIO: 
1.Introdução. 2. Tráfico de seres humanos no território nacional para fim 
de exploração sexual. 2.1 Origem no Brasil. 2.2. Evolução Histórica. 2.2.1 Tráfico 
de seres humanos, HOJE. 3. Príncipios que contribuem com o tráfico de seres 
humanos. 3.1 Globalização 3.2 Pobreza e ausência de oportunidade de trabalho. 
3.3 Turismo sexual 3.5 Exploração sexual. 4. Mecanismo para combater o crime 
organizado em relação ao tráfico de pessoas no Brasil. 4.1 Crime organizado 
transnacional. 4.2 Protocolos Adicionais à Convenção de Palermo x Legislação 
Penal Brasileira e suas contraversões. 5. Considerações Finais. 6. Referências 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O tráfico de seres humanos é um fenômeno que aumenta excepcionalmente na 
sociedade atual, embora não sendo um crime recente. Houveram diferenças na 
antiguidade, pois se tratava da não distinção entre cor e raça, pois o ser humano naquela 
época era tratado como mercadoria exposta em prateleiras nas favelas e guetos. 
 
De acordo com este crime, pode-se revelar que a pobreza, a falta de 
oportunidade de trabalho, e a globalização, torna-se interferências absurdas para que 
inúmeras pessoas possam mudar de cidade, estado ou até mesmo de pais, portanto 
essas ações criminosas aproveitam da vulnerabilidade de casa vítima, beneficiando dos 
sonhos para iludir e aprisionar, a parti da redenção dos documentos pessoas, violências, 
ameaças constantes, e inclusive de familiares. 
 
À vista disso, o crime organizado vem dominando o mercado e envolvendo de 
preferência o comercio exterior, pois é determinado a atividade mais lucrativa, perdendo 
apenas para o tráfico de drogas e de armas. Por isso, essa conduta, possui associação 
direita com princípios morais e éticos, desflorando a dignidade da pessoa humana e sua 
liberdade, principalmente liberdade sexual, que são considerados inerentes ao 
indivíduo, cabendo aos Estados a responsabilidade de protege-los. 
 
Consequentemente, a especialidade desta pesquisa constatou alguns 
problemas e discussões que norteiam o mundo da exploração sexual, detectando, por 
exemplo, as principais causas e consequências desse fenômeno. 
 
A metodologia utilizada se baseia em observações doutrinárias, assim como 
cartilhas de órgãos do Estado, entre diversos meios de informações pertinentes, que de 
certa forma, contribuíram para o aperfeiçoamento desse trabalho. Foi amparado a 
Convenção de Palermo e o Direito Penal Brasileiro. 
 
A justificativa da escolha desse questionamento é a relevância social, por se 
caracterizar num posicionamento de violação ao princípio da dignidade da pessoa 
humana. 
 
O objetivo geral dessa pesquisa é examinar e englobar as características que 
envolvem o tráfico de pessoas atribuindo os incidentes, em que parte apresenta com 
maior regularidade e sua repercussão na esfera jurídica interna. 
 
Dessa forma os objetivos específicos ao estudo, é apresentar a finalidade de 
erguer tais informações sobre a amplitude do tráfico de pessoas, baseando-se na 
história dos escravos da antiguidade, sendo assim investigar os princípios que 
contribuem para a pessoa ser traficando, no sentido de ser enganada, a violentada, e 
não ter sua própria liberdade e liberdade sexual. Investigar as medidas adotadas pelo 
Código Penal, a revogação da Lei nº. 13.344/2016, e o debate entre doutrinadores. 
 
Para compreender, a Convenção de Palermo é comtemplado por três Protocolos 
adicionais, que são: Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o 
Crime Organizado Transnacional, Protocolo Adicional à Convenção relativo à 
Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, e Protocolo contra a 
Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armar de Fogo. 
 
A legislação brasileira manteve atrasada em relação aos Protocolos, tratando de 
normas incompatíveis ao mesmo. A exemplo disto é possível citar a questão do 
consentimento, ou seja, os referidos artigos 231 e 231-A, que abordam o tráfico 
internacional e interno de pessoas, na iminência do consentimento legitimo e voluntário 
do atingido extingue o crime, no tempo em que a legislação brasileira consentia a 
permissão da vítima que era desprezível para sua concretização. 
 
Nada obstante, a Lei nº 13.344, aprovada em 06 de outubro de 2016, que expõe 
sobre o tráfico de pessoas, procurando conciliar o ordenamento jurídico brasileiro à 
legislação internacional, tal preceito trouxe inúmeras inovações no aspecto que o pais 
trata o crime, modificando os dispositivos legais existes sobre o mesmo, trazendo, até 
mesmo uma nova abordagem em relação ao consentimento. 
 
Preponderando o intuído de analisar o tráfico de pessoas, sendo o principal 
objetivo voltado pela prática com o fim de promover a exploração sexual. A pesquisa 
adentraum ponto de vista de alguns autores doutrinários em relação as questões das 
revogações que a Protocolo de Palermo trouxe ao Código Penal atual. 
 
A princípio será apresentada a evolução histórica do tráfico de seres humanos, 
levando em consideração que naquela época as pessoas eram visadas como 
mercadores exposta para seus senhores, tendo em vista, as mudanças que obteve ao 
longo desses anos passou-se a ser explorado não somente o trabalho escravo e sim a 
liberdade sexual, dando entrada ao crime organizado. 
 
Em sequência, exibe os princípios que contribuem ao tráfico de seres humanos, 
tais como: a globalizando trazendo as definições e conceitos de como engloba nas 
ações do crime organizado, em seguida a ausência de oportunidade de trabalho na 
sociedade, desenvolvendo o interesse no turismo e na exploração sexual. 
Posteriormente, apresenta-se o as mudanças sofridas pela legislação brasileira, 
provocadas pela Lei 13.344/2016, com intuito de aprimorar o Código Penal, no tráfico 
de seres humanos. Visando a elaboração dos instrumentos trazidos pela Convenção de 
Palermo. 
Por toda a extensão, aprimorasse diversas dificuldades existentes ao combate 
ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, com o objetivo de trazer 
informações para a sociedade de quão importante é o assunto exposto. Desde então, é 
um tema que atrai a atenção para diversas áreas, governantes, líderes de tosos os 
continentes, provocando grandes reflexões ao meio acadêmico e discussões. 
 
2.1 Origem Histórica 
 
O tráfico de seres humano é um fenômeno muito antigo que vem crescendo 
grandiosamente na sociedade atual. Desde o século XIV a XVII na Antiguidade Clássica 
estando presente na Grécia e posteriormente em Roma, sendo assim, naquela época 
era efetuado o tráfico de prisioneiros de batalha com a finalidade de utilizá-los como 
escravos dos senhores. 
 
Em concordância com Bonjovani; Mariana Strake: 
 
O primeiro caso de tráfico de seres humano que objetivou lucro aconteceu nas 
cidades italianas, entre o século XIV e XVII, durante o Renascimento. A prática 
estimulou o comércio mediterrâneo na Península Itálica, onde também teve 
início o pré-capitalismo, que pregava o acúmulo de capital. 
 
Observando um passado próximo, nota-se que o Brasil se tornou o segundo 
modelo de colonização decorrente ao tráfico de pessoas no país, embora eles eram 
vendidos ou trocados através de seus senhores sem nenhuma consideração a sua 
condição de humano, viviam em inúmeras torturas, das formas mais cruéis possíveis, 
assim desflorando umas séries de direitos humanos, como a liberdade física e sexual, 
a honra e a dignidade humana. Segundo Damásio de Jesus expõe que “os navios 
negreiros transportaram, durante 300 anos, milhões de pessoas, homens, mulheres e 
crianças, para o trabalho agrícola, que se estendia à servidão doméstica, a exploração 
sexual e às violações físicas.” Dessa forma pode violar não somente as vítimas, mas, 
por outro lado todos que são envolvidos juntos. 
 
Desde então, com a colonização houve a exaustão da mão-de-obra indígena 
que iniciou o tráfico negreiro, especificamente eram trazidos de a África com o intuito 
dos trabalhadores serem mais lucrativos do que os povos indígenas. 
 
A respeitos das explorações sofridas pelos escravos africanos, Boris Fausto 
narra que: 
Admitidas as várias formas de resistência, não podemos deixar de reconhecer 
que, pelo menos até as últimas décadas do século XIX, os escravos africanos 
ou afro-brasileiros não tiveram condições de desorganizar o trabalho 
compulsório. Bem ou mal, viram-se obrigados a se adaptar a ele. Dentre os 
vários fatores que limitaram as possibilidades de rebeldia coletiva, lembremos 
que, ao contrário dos índios, os negros eram desenraizados de seu meio, 
separados arbitrariamente, lançados em levas sucessivas em território 
estranho. 
É indiscutível que naquele período o tráfico de pessoas era respeitado, ou seja, 
se caracterizando como lícito, não havendo nenhuma forma de combate a tal conduta 
dos seus senhores. 
 
De acordo com Francisco Bismarck Borges Filho expões que: 
“Os negros eram tratados como verdadeiras mercadores, sem direito a 
qualquer proteção humanitária, possuindo grande valor econômico.” 
Pode-se mencionar que o tráfico de negreiros não era apenas de africanos 
homens, mas também de mulheres de várias idades, pela qual sofriam intensamente a 
exploração sexual, ainda que ocorressem essencialmente aos seus senhores. 
 
Em vista visto, o Gilberto Freyre explana: 
“Foram corpos das negras — às vezes meninas de dez anos — que 
constituíram, na arquitetura moral do patriarcalismo brasileiro, o bloco 
formidável que defendeu dos ataques, afoitezas dos don-juan a virtude das 
senhoras brancas.” 
Nos tempos Bíblicos, tanto no Antigo quanto Novo Testamento, a condeção é 
pela pratica de roubo de homens, que é o que acontecia na África no século XIX. Os 
africanos eram atacados por caçadores de escravos, que os vendiam aos traficantes de 
escravos, os quais, por sua vez, os levavam ao Novo Mundo para trabalhar em 
plantações e fazendas. Portanto, está prática é abominável para Deus. Des fato, a pena 
para tal crime na Lei Mosaica era a morte: “O que raptar alguém e vender, ou for achado 
na sua mão, será morto” (Êxodo 21:16). 
Além do mais, há algumas passagens bíblicas que elucida o tráfico de seres 
humanos e o descaso da liberdade sexual e dignidade humana. A primeira é que os 
irmãos de José, planejavam sua morte, mas ao invés de mata-lo concordaram em 
vende-lo para os Ismaelitas a troco de vinte barras de prata, no qual eram seus 
senhores. (Gênesis 37-26;28). Já a segunda passagem, ressalta o descaso da liberdade 
sexual e a dignidade humana, onde no livro de Ester, as mulheres escolhidas pelo rei, 
eram retiradas de sua própria casas, pois sendo assim submetidas ao tratamento 
exclusivo, onde ele a escolhesse uma como esposa e as demais viviam o resto de suas 
vidas no harém, pois só que entrava no harém, são moças virgens, já que uma vez 
deitada com ele não poderiam deitar com mais ninguém. 
2.2 Evolução Histórica 
2.2.1 Tráfico de seres humanos, HOJE. 
 
Atualmente, observa-se que o capitalismo vem gerando grandes repercussões 
na sociedade. A revolução da informática decorre da globalização mundial nas formas 
de trabalho e comunicações, assim conectando diversas pessoas aos redores do mundo 
a qualquer instante, com isso as mudanças que visam relações de sistemas 
tecnológicas abordando o deslocamento e o acesso a pessoas, favorecendo assim o 
tráfico de pessoas. 
 
Segundo a Organização Internacional de Trabalho (OIT) diz que: 
 
Com o processo cada vez mais acelerado da globalização, um mesmo país 
pode ser ponte de partida, de chegada, ou servir ligação entre outras nações 
no tráfico de pessoas” 
Nos mesmos pensamentos a Rodrigues, Thaís de Camargo (p.58, 2012) expõe: 
Hoje a globalização põe à disposição dos traficantes de pessoas todas as suas 
ferramentas utilizadas para fins lícitos, como a revolução dos meios de 
comunicação e a facilidade de transpor fronteiras. O tráfico é tratado como um 
negócio qualquer, e suas vítimas se transformam em commodities. Os 
traficantes buscam suas mercadorias em ambientes vulneráveis e as vendem 
nos mercados mais promissores. (RODRIGUES, Thaís de Camargo. O Tráfico 
Internacional de Pessoas para Fim de Exploração Sexual e a Questão do 
Consentimento. 2012. 
Na época atual, a liberdade de locomoção é embasada em direitos fundamentais 
da Constituição Federativa, que em na primeira geração goza em defesa de 
arbitrariedade do Estado no direito de ingressar, sair e permanecer. Portanto, o número 
de pessoas traficadas e exploradas é absurdamente apavorante, assim expõe a OIT. 
 
De acordo com Organização Internacional de Trabalho (OIT, e da Fundação Walf 
Free, com parceria com a Organização Internacional para Migração (OIM), dispõe: 
 
Em 2016 foi constatado que mais de 40 milhões de pessoas foram vítimasda 
escravidão moderna globalmente, nesta estimativa são entre mulheres e 
meninas desproporcionalmente chegando a 29 milhões (ou seja, 71%) no total. 
Logo, um a quatro vítimas da escravidão modernas são crianças (ou seja, 10 
milhões) e 37% (ou seja, 5,7milhões) das pessoas são forçadas a se casarem. 
O tráfico de seres humanos é um acontecimento incompreensível, é um crime 
que ganha cada vez mais força pelos aos redores do mundo, um descaso de muitos 
países que explora essa atividade sexual, podendo assim, gerar grandes oportunidades 
no desenvolvimento internacional, com isso abre-se espaço para as organizações 
criminosas, consequentemente, sua providência aglomera na dificuldade de estabelecer 
dados importantes sobre o crime, e as primordiais rotas do tráfico humano. 
 
Além do mais, o tráfico de pessoas hoje, é um crime que se engloba na 
escravidão moderna, ou seja, é habitável para o século atual. Por isso, é um crime 
extremamente silencioso, onde o objeto comercial é o próprio ser humano. Logo, por 
diversas iniciativas contra essa facção criminosa, o Brasil e no mundo, há milhares de 
trabalhos para que possa abranger medidas cautelares e combatê-los. 
 
3. Princípios que contribuem com o tráfico de seres humanos no Brasil 
3.1 Globalização 
 
A globalização é um conceito de múltiplos significados, que abarca as 
transformações na relação espaço de tempo," de comunicação em tempo real, on-line, 
de dissolução das fronteiras geográficas, de multilateralismo político-administrativo e de 
policentrismo decisório”. (Faria; José Eduardo, p.3, 2010) 
 
Segundo Boaventura de Souza Santos (2010, p. 437), […] 
 “aquilo que habitualmente designamos como globalização são, de fato, 
conjuntos diferenciados de relações sociais; diferentes conjuntos de relações 
sociais dão origem a diferentes fenômenos da globalização” 
As transferências de pessoas entre países e continentes se manifesta como uma 
característica importante, na história da humanidade ao longo dos séculos, 
diferenciando na intensidade, na extensão, na velocidade, de modo que ocorrem, além 
do impacto provado tanto para sociedade que recebe os migrantes quanto para que são 
abandonados para trás. O processo que ocasiona uma integração desigual e precária 
de um número sem fim, sejam eles da menor classe ou não. Em logicidade o sistema 
em pulsional um laço de indivíduos subordinados caracterizando a se manterem de 
forma desigual e desumana em busca de sobrevivência. 
Segundo Martins; José de Souza (1998), dispõe-se uma discordância sobre a 
exploração das classes, com termos de uma inclusão de subordinação, melhor dizendo, 
que se trata da exploração de menores e da prostituição no Brasil: 
Elas (menores prostituas) não são excluídas, ao contrário: elas são meretrizes 
justamente para ganhar o dinheiro que viabiliza sua inclusão na economia e no 
mercado. Com esse dinheiro elas (e suas famílias) se tornam, de algum modo, 
consumidores. Porque é com o dinheiro que elas ganham na prostituição, na 
sua exclusão moral, que elas se incluem na economia […]. Por isso, o 
problema está em discutir as formas de inclusão, o preço moral e social da 
inclusão, o comprometimento profundo do caráter desses membros das novas 
gerações, desde cedo submetidos a uma socialização degradante. 
Logo, o mecanismo efetivo da subordinação de classes aos níveis exploratórios 
de um sistema capitalista, e por mais, que seja impiedoso, as vítimas estão sujeitas a 
explorar seu próprio corpo, garantindo a inclusão subordinada para acesso à economia. 
 
Para o engajamento do sistema de capitalismo, Karl Marx no século XIX, goza 
que “tudo é mercadoria” 
3.2 Pobreza e ausência de oportunidade de trabalho 
 
Levando-se em consideração os aspectos necessários à sobrevivência das 
vítimas com a vulnerabilidade econômica, física, e social, os traficantes, que adentram 
o conhecimento estratégico para enganar, coagir e ganhar confiança das vítimas, 
envolvem promessas significantes que garantem uma oportunidade e condições de vida 
melhores. 
 
Em concordância com a Organização Internacional do Trabalho — OIT, detêm 
sua principal causa a favor do tráfico. 
“Pobreza: A pobreza faz com as pessoas se submetem às ações dos 
traficantes por força da necessidade de sobrevivência em razão da falta de 
perspectivas de vida futura.” 
 
Dessa maneira, muitas vezes as vítimas não conseguem enxergar esse terrível 
crime a que submetem, embora por diversas circunstâncias são subordinadas, suas 
famílias correm perigo ou até porque elas vivem em situações desfavoráveis, com o 
convívio de extrema violência e abuso sexual. 
 
Como rege a Organização Internacional de Trabalho — OIT, prevê a ausência 
de oportunidades de trabalho: 
“Assim como a pobreza, a falta de meios de garantir a subsistência a curto e 
médio prazo e de perspectivas de ascensão social impulsiona as vítimas na 
direção dos traficantes” 
A vítima do tráfico humano é qualquer pessoa que cruza uma divisão seja ela 
nacional ou internacional, buscando ensejo na vida. Especialmente as vítimas de grande 
vulnerabilidade, aquelas que são iludidas por falsas esperanças a procura do sucesso, 
casamento perfeito, homens ricos, etc. 
 
Em face a essa realidade, Brasília, 2006 p. 13, dispõe-se: As mulheres traficadas 
podem entrar nos países com visto de turista e as ativadas ilícitas são facilmente 
camufladas em atividades legais, como o agenciamento de modelos, babás, 
garçonetes, dançarinas ou, ainda, mediante a atuação de agências de casamentos. 
Onde existem, as leis são raramente usadas e as penas aplicadas não são 
proporcionais aos crimes. Traficantes de drogas recebem penas mais altas do que as 
dadas para aqueles que comercializam seres humanos. 
 
Por fim, a Organização das Nações Unidas — ONU, pautou os essenciais 
fundamentos que caracterizou a conjuntura de indivíduos com vítima do tráfico humano.: 
“Acreditar que têm de trabalhar contra sua vontade; ser incapazes de 
abandonar seus lugares de trabalho; mostrar sinais de que alguém está 
controlando seus movimentos; sentir que não podem ir embora de onde estão; 
dar indícios de ansiedade e medo; ser objeto de violência ou ameaças contra 
elas, seus familiares ou seus entes queridos; sofrer lesões ou incapacidades 
típicas de determinados trabalhos, ou medidas de controle; desconfiar das 
autoridades; receber ameaças de que serão relatadas às autoridades; sentir 
temor em revelar sua situação migratória não estar de posse de seus 
passaportes ou outros documentos de viagem, ou identificação, porque estes 
estão em poder de outra pessoa; ter documentos de identidade ou de viagem 
falsos; permitir que outros falem ir elas quando alguém lhes dirige a palavra 
diretamente; não ter dias livres; ter uma interação limitada ou nula com a rede 
social; não estar familiarizando com o idioma local; não conhecer o endereço 
da sua casa ou do seu trabalho; receber uma remuneração escassa ou nula; 
ter acesso à atenção médica; ter recebido o pagamento dos gastos com o 
transporte ao país de destino através de facilitadores e estar obrigados a 
reembolsá-los trabalhando.” 
Vale ressaltar que pelos fatores mencionados acima, as vítimas em situação de 
tráfico humano, sofrem uma constância violência psicológica, na grandeza de como são 
rebaixadas e o convívio desumano, privando a sua liberdade. Portanto, é caracterizado 
a vulnerabilidade dos aliciados em relação aos traficantes. 
 
3.3 Turismo sexual 
 
Rege Krinppendorp, Jost (p; 40,41; 2003) o imaginário de paraíso é fortemente 
vinculado pelos empresários do turismo, por estes agem segundo seus próprios 
interesses econômicos, interesses de receber grandes quantidades de turistas, sem se 
preocuparem com a motivação que levou estes turistas ao destino. Vivemos em um país 
mundialmente celebrado pela beleza das mulheres. Não obstante, trazendo inúmeras 
belezas, tais como, praias paradisíacas e uma cultura extremamente rica, observa-se 
que em todo o tempo,quando se vê uma propaganda do país, lamentavelmente, é 
exposta imagem de uma mulher praticamente seminua. Segundo Bem, Ari Soares 
(2005), as políticas de turismo contribuem na reprodução do turismo sexual quando 
vinculam essas imagens. Essa vulgaridade e a falta de consciência sobre a cultura local 
e o machismo, cria uma imagem ao país para que ele seja diferenciado no aspecto da 
procura para o turismo sexual. 
 
Enfatizando a Secretária de políticas para as Mulheres (p.14; 2011) em sua 
cartilha explana: 
Contribuem para essa realidade de exploração os estereótipos socialmente 
construídos e reproduzidos pelos menos de comunicação, que vinculam a 
imagem da mulher brasileira à sexualidade e acabam por incentivar, inclusive, 
o turismo sexual para o Brasil, uma das situações de risco para a ocorrência 
do tráfico de pessoas. 
Aponta Bignami, Rosana (2002) explana: 
Que a imagem do Brasil no turismo tem sido construída em cinco eixos: Brasil 
Paraíso, Lugar de Sexo Fácil, País de Carnaval, Lugar de Exótico e do Místico, 
Brasil do Brasileiro (sendo este último uma série de características, entre elas 
a ausência de racismo). 
Em contradição, o turismo sexual é praticado por dentro das inúmeras agências, 
hotéis e pousadas, possuindo pacotes gigantescos para a prostituição, portanto, ocorre 
a comercialização de pessoas em locais para satisfizer os desejos sexuais. Nessas 
ocasiões a tecnologia (redes sociais, sites de relacionamentos) entre outros, possui um 
poder enorme nas divulgações tais pacotes, sempre carregado de promessas de sexo 
fácil. 
 
Nessa direção, Jesus, Damásio Evangelista (op. cit. p. 159) de explana na 
Comissão Parlamentar de Inquérito — CPI 
 
Dizia o relatório. “O processo do pornografemos” inicia-se nas agências de 
viagens, que vendem o país como local de sexo fácil. Para esse tipo de 
comércio marginal contribui a propaganda que, oficialmente, nos países 
endossa: não já cartas ou folhetos de viajem sobre o Brasil em que faltem belos 
corpos nus, ou semidespidos em para paradisíacas. O maior afluxo de 
pornoturismo origina-se da Europa e EUA. São em sua maioria, homens entre 
30 e 50 anos, de classe operária ou média-baixa, que usam seu período de 
férias para uma temporada de orgia a baixo custo. Não vêm conhecer o País, 
mas sim conhecer brasileiras, famosas por uma fantasiosa sensualidade 
superior à das europeias ou americanas. Há voos charters lotados apenas com 
esse tipo de turismo”. 
No caso em tela, o tráfico humano é um crime ilícito que vem ultrapassando 
fronteiras, é com muita dificuldade que as autoridades não conseguem extingui-lo de 
forma adequada. Para que o ser humano seja conscientizado, deve ser realizada não 
só dentro do país, mas em toda a região do território nacional, mudar a imagem vulgar 
que o brasileiro tem no cenário mundial e todo o preconceito que o turista traz com ele. 
 
Sobre o assunto, elucida: Teresi, Verônica Maria, (p.64, 2012). No Brasil, o 
Código Penal não criminaliza o exercício da prostituição. São tipificados, no entanto, a 
exploração de casa de prostituição, o rufianismo e o tráfico de pessoas para fins de 
prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescente. Assim, no Brasil a 
prostituição não é crime, mas a sua exploração sim. 
 
Segundo os autores Júnior; Amílcar, Araújo Carneiro (p.873; 2015) Código Penal 
comentado e sua Interpretação pelos Tribunais. “O bem jurídico protegido pela lei penal 
é a moralidade pública sexual, com o objetivo particular de evitar o incremento e o 
desenvolvimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual. O lenocínio é um 
dos crimes maus degradantes e moralmente censurável, qual a civilização, ao longo do 
tempo, ou seja, de toda a sua história, não conseguiu eliminar”. 
 
Além disso, Masson, Cleber, (p. 278, 2018). “Exploração sexual é a atividade em 
que o sujeito busca algum proveito com a utilização da sexualidade alheia. Trata-se de 
elemento normativo do tipo, de índole cultural, cujo conceito deve ser obtido mediante 
a valoração do intérprete da lei penal”. 
 
É de conhecimento geral que, a exploração sexual é crime e está previsto no 
Código Penal, e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo assim dispõe: 
Lei n.º 2.848 de 7 de dezembro de 1940, CP 
" Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição, ou outra forma de exploração 
sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada 
pela Lei n.º 12.015, de 2009) 
Lei n.º 8.069 de 13 de julho de 1990, ECA 
“Art. 240 caput. “Produzir, reduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registar por 
qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornografia, envolvendo criança ou 
adolescente”. 
Devido ao avanço tecnológico, a potencialização ao acesso à ‘internet’ constitui 
crianças a usufruir de redes sócias mais cedo, com isso, indivíduos envolvidos no crime 
organizado, seja eles com razões econômicas ou por problemas mentais, possuem um 
disfarçados com perfis falsos com fulcro de aliciar crianças a produzirem algum tipo de 
material pornográfico, seja foto ou vídeo. 
 
Em concordância com HUGHES, Dona M. (p.161, 2003) explica: 
"Desde 1996, com a generalização do computador e do acesso à rede 
internacional, houve um aumento considerável da pornografia por meio da 
Internet. Assim, não somente o mercado ilegal passou a oferecer maiores 
"oportunidades" para crianças e adolescente, como também criou a figura 
daquela pessoa que alicia as crianças e as remete para locais distantes de sua 
família" 
Embora existam redes especializadas que divulgam imagens ou filmes com 
conteúdo sexuais infantis, reproduzindo acesso gratuitamente para qualquer pessoa. 
Logo, adversidade envolvendo pedofilia, a criança em si, não consegue se comunicar e 
muito menos se expressar de tal situação para terceiros, podendo assim, familiares, 
amigos serem o próprio abusador. 
4. Mecanismo para combater o crime organizado em relação ao tráfico de 
pessoas no Brasil 
4.1 Crime Organizado Transnacional 
 
No século XX, com a globalização e as facilidades de troca de informações e de 
trânsito livre entre os países, houve um crescimento vertiginoso do crime organizado 
transnacional no mundo, inclusive do tráfico de pessoas, especialmente de mulheres e 
crianças de países em desenvolvimento, como os países da América Latina. O 
crescimento das organizações criminosas veio acompanhado de refinamento dos tipos 
penais, fazendo com que surgissem novas modalidades de tráfico e de pessoas, a 
exempli de turismo sexual e da compra de noivas por correspondência. (Barreto Lima, 
Martonio Mont'Alverne; Andrade, Denise Almeida; Costa Jucá; Roberta Laena, p.139 
2013) 
A definição de crime organizado, localiza-se no dispositivo legal: Lei n.º 12.850, 
de 2 de agosto de 2013. 
Art. 1.º Esta lei define organização criminosa e dispões sobre a investigação 
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o 
procedimento criminal a ser aplicado. 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro), ou mais 
pessoas estruturalmente ordenadas e caracterizadas pela divisão de tarefas, 
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta o indiretamente, 
vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas 
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 
transnacional. 
Entretanto, no contexto da definição de crime organizado Penteado Filho, Nestor 
Sampaio, (2016, p. 94), certifica-se: "A criminalidade organizada pressupõe uma 
potencialidade destruidora e lesiva extremamente grande, pior ainda para a sociedade 
do que as infrações individuais, daí a justa preocupação dos Estados com a repressão 
ao tráfico de drogas e pessoas, ao terrorismo, ao contrabando etc." 
 
Consequentemente, a forma em que os criminosos agem são extremamente 
cautelosos e dinâmicos, assim existem três etapas distintas para aproximação pessoal 
com as vítimas. 
 
A primeira proposta é propícia à família da vítima,por meio de engano, 
motivando seu ego com o ensejo nas melhores condições de vida para seus filhos. Além 
do mais, essa etapa de captação pode ser ainda implementada mediante força física, 
rapto, ameaça ou formas de coação. (GERONIMI, p.13; 2002) 
 
A segunda proposta é a do transporte, translado e recepção no país de destino, 
sendo que os métodos de exploração não estão excluídos dessa fase. Podendo adentar 
no território estrangeiro de forma clandestina ou aparentemente legal, haja vista que, 
em muitos casos, utilizam documentos falsificados. (GERONIMO, p. 13; 2002) 
 
Por fim, a última proposta consiste na chegada ao país de destino, onde a vítima 
será vilmente explorada, normalmente é mantida em cárcere privado. As organizações 
criminosas prestam serviços ilegais específicos e essenciais ao sucesso de operação, 
como a falsificação dos documentos da vítima, seu alojamento, etc. 
Embora, as vítimas apresentam situações de vulnerabilidade, algo fácil nas 
mãos do crime organizado, essa prática desencadeia um enorme aumento lucrativo, 
desempenhando entre países que participam da operação. 
 
4.2 Protocolos adicionais à Convenção de Palermo x Legislação Penal 
Brasileira e suas contraversões 
 
A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizados, foi criada pela 
ONU em 2000, na época atual, é seguida por 147 países e foi ratificada pelo Brasil por 
meio do Decreto nº 5.017, no ano de 2004. 
 
Encontra-se três protocolos adicionais que possam visar o crime organizado, 
entre eles o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade 
Organizada Transnacional relativo à Prevenção, à Repressão e à Punição do Tráfico de 
Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças. 
 
Há controversas entre os Protocolos à Convenção de Palermo e o Código Penal 
Brasileiro, como por exemplo, a finalidade do tráfico de pessoas que no Protocolo de 
Palermo assume um sistema mais amplo, englobando a exploração sexual, com o 
trabalho forçado ou remoção de órgãos. 
 
De acordo com Priscitelli, Adriana, (p.42) 
 “as diferenças definições de tráfico de pessoas têm consequências na 
produção de conhecimento sobre o tema. Assim, enquanto o Judiciário 
apresenta decisões pautadas no conceito do art. 231 do Código Penal, que 
exclui o consentimento, algumas ONGs que surgem o conceito do Protocolo 
de Palermo só classificam como tráfico a ação que envolve violência, coação 
ou fraude”. 
Dessa maneira, MELO, Monica de; e MASSULA, Letícia. 
 “conceituam o tráfico de pessoas caracterizando a espécie de locomoção da 
pessoa envolvida através de ameaças, coação, falsas promessas, abuso de 
poder, abuso de uma situação de fragilidade sempre para fins de exploração. 
Essa exploração pode ser de natureza sexual, para fins de prostituição ou 
outras forma de exploração sexual ou para que a mulher seja explorada 
economicamente, através de trabalho sem remuneração ou com remuneração 
sempre inferior às dividas que é obrigada a contrair com a receptor que a 
mantém, envolvendo práticas similares à escravidão ou de serviços forçados, 
ou ainda para a remição de órgãos”. 
O Protocolo de Palermo abriga a preocupação estabelecida na Convenção 
Interamericana sobre o Tráfico Internacional de Menores para combater o Tráfico de 
pessoas com propósitos ilícitos, incluindo cláusula que proíbe qualquer forma de 
exploração do ser humano, seja para trabalho, exploração sexual ou remoção de 
órgãos. (CASTILHO, 2007) 
 
Enquanto Inês Virgínia Prado Soares (p. 79, 2013) diz que o Protocolo de 
Palermo é um documento que respalda as estratégias anti-tráfico pelo mundo afora. 
Suas concepções, pautadas na finalidade de se atingir a proteção global dos direitos 
humanos mais básicos como a vida e a liberdade, são atuais e suas diretrizes tem sido 
incorporadas no plano interno de cada Estado. 
 
Mediante as definições, o Decreto nº 5.017 de 12 de março de 2004, 
menciona em seu artigo 3º, alínea “a”, o conceito da expressão tráfico: 
 “Que significa o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou 
o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso de força ou a outras 
formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou 
à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou 
benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade 
sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a 
exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, 
o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à 
escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos” 
 
Entretanto na alínea “c” e “d”, do mesmo decreto, correlaciona sobre: 
“O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento, ou o acolhimento 
de uma criança para fins de exploração serão considerados “tráfico de 
pessoas”, considerando qualquer pessoa com idade inferior a 18 anos. 
CASTILHO, Ela Wiecko V. de, (op. cit. p. 14), respalda sobre consentimento das 
vítimas, que: “Houve intenso debate sobre o tema do consentimento. A redação 
aprovada é ambígua, no esforço de atender as tendências opostas (descriminalização 
total da prostituição com reconhecimento do “trabalho sexual” e criminalização dos 
clientes e dos proxenetas visando erradicar a prostituição). A “situação de 
vulnerabilidade” pode ser aplicada na maior parte dos casos em que ocorre exploração 
de qualquer natureza, mas depende da interpretação da polícia, do ministério público e 
do judiciário, permitindo a incidência de outro Protocolo, relativo à migração ilegal, que 
não considera o migrante como vítima. Ora, configura a finalidade de exploração de uma 
pessoa, há violação à dignidade humana como expresso na Convenção de 1949. O 
Estado não pode cancelar o consentimento”. 
 
A Convenção de 1949 trouxe a valorização da dignidade da pessoa humana, 
como também a proteger os bens violados com o tráfico, que colocam em risco a 
sociedade, a família e o conforto do indivíduo. Qualquer pessoa pode ser vítima do 
tráfico, independente de sexo e idade. (Castilho, 2007) 
 
Apesar de que, o protocolo é conhecido como “os três P’s”, como menciona 
JESUS. Damásio E. de, (op. cit. p.40). Preponderando a respeito, Rodrigues, Thaís de 
Camargo (op. cit. p.141) elenca: 
A prevenção consiste na adoção de medidas com o escopo de reduzir fatore 
com a pobreza, o subdesenvolvimento e a desigualdade de oportunidade, que 
tomam as pessoas vulneráveis ao tráfico; a punição afetiva dos traficantes, por 
meio de criminalização de condutas e cooperação internacional; e , finalmente 
, a proteção ou atenção às vítimas desse crime, respeitando plenamente seus 
direitos humanos. 
O Protocolo determina em seu artigo 5º, menciona que a criminalização do delito 
será especificada de acordo com a legislação interna de cada país, ou seja, o Estado-
Parte adotará medidas legislativas. Logo o artigo 6º, têm origem as medidas de proteção 
interna à vítima, como a proteção à privacidade e identidade e a prestação de 
informações e assistência jurídica por parte do Estado. As medidas que o país adotará 
são os acolhimentos, de modo temporário ou até permanente, artigo 7º. Por derradeiro, 
elenca o artigo 8º a facilitação do repatriamento da vítima e sua segurança. 
 
As abordagens dos doutrinadores contrariam o enunciado do Protocolo, portanto 
JESUS, Damásio E. de, (2003) explica: 
Os instrumentos contêm numerosos para proteger e assistir as pessoas 
traficadas que consentem em ser testemunhas nos processos movidos contra 
os traficantes, mas não fazem quase nada para proteger os direitos das 
pessoas traficadas que não consentem em ser testemunhas. As previsões 
propriamente policiais presentes no Protocolo possuem caráter mandatário, 
enquanto as provisões relativas à proteção e assistência da vítima são 
discricionárias. Os governos que assinarem o Protocolo “devem considerar as 
medidas “ou “tentar” providencias proteção e assistência em casos 
apropriados.É lastima que essas provisões sejam tímidas dessa maneira, mas 
os países foram quase unanimes na oposição que expressaram contra 
medidas mandatárias. 
MELLO, Monica de; MASSULA, Letícia, critica a ausência de algum meio para o 
oferecimento de denúncias em relação a violação do protocolo por parte dos Estados-
membros, levando a um monitoramento falho de efeito cumprimento do mesmo pelos 
países que eles fazem parte. 
 
Zaffaroni, Eugênio Raul, se refere as alterações da legislação argentina face ao 
Protocolo de Palermo, tece duras críticas aos procedimentos de internalização das 
normas internacionais pelo País. 
 
García, Gloria Paz, critica a intervenção do Protocolo na Espanha, foi feita de 
forma acrítica, sem levar em conta as especialidades do País, o que deu margem a uma 
fórmula legal imprecisa e excessivamente ampla. 
 
Portanto, Machado, Maíra Rocha, elenca que os tratados relacionados à matéria 
penal exprimem um consenso mínimo de uma grupo de países no tocante a tema 
específicos, sobre os quais se elaboram pautas de atuação de uma amplitude tal que a 
aplicação direta de suas disposições é raramente possível, cabendo ao Poder 
Legislativo a adequada elaboração ou modificação da legislação existente. 
 
Em suma o Código Penal Brasileiro do ano de 1940, obteve em seu artigo 231 e 
foi alterado em 2009, pela Lei nº 12.015, representa a seguinte redação: 
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que 
nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a 
saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. 
§ 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa 
traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, 
transferi-la ou alojá-la. 
§ 2 o A pena necessidade do Intercâmbio de informações e formação, definindo 
em seu item 2179 a exigência de cursos de formação aos funcionários dos 
serviços de imigração ou que possuem trabalho ligado ao tráfico de pessoas. 
Já os artigos 11º, 12º e 13º trazem questões referentes às fronteiras; o primeiro 
estabelece normas a serem adotadas, o segundo exige um controle de 
documentos já o terceiro versa sobre a legitimidade e validade de tais 
documentos. é aumentada da metade se 
I - A vítima é menor de 18 (dezoito) anos 
II - A vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato; 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, 
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se 
assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
ou 
IV - Há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 
§ 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-
se também multa. 
 
Por tratar das transformações que explana nesse dispositivo legal, Rodrigues, 
Thais; Camargo de, explica: 
Verificam-se as alterações mais relevantes ao longo das modificações 
ocorridas no art. 231 do Código Penal. A modificação do sujeito passivo de 
“mulher” passou a “pessoa”. Foi acrescida da exploração sexual, além da 
prostituição, como finalidade do tráfico, em seu limite mínimo de idade. Além 
disso, em 2009 o bem jurídico tutelado deixou de ser os costumes para ser a 
dignidade sexual. 
Em suma Nucci, Guilherme, “exige-se o elemento subjetivo especifico, 
consistente na vontade de lançar alguém na prática da prostituição ou em cenário de 
exploração. 
 
Não obstante o artigo 231-A do Código Penal, também modificado pela Lei nº 
12.015 que menciona sobre o tráfico nacional de pessoas: 
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território 
nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 
2016) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
§ 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar 
a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, 
transportá-la, transferi-la ou alojá-la 
§ 2 o A pena é aumentada da metade se: 
I - A vítima é menor de 18 (dezoito) anos 
II - A vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato; 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, 
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se 
assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
ou 
IV - Há emprego de violência, grave ameaça ou fraude 
§ 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-
se também multa 
 
Nucci, Guilherme, se posiciona sobre o dispositivo legal, que o crime é comum 
(pode ser praticado por qualquer pessoa); material (demanda resultado naturalístico, 
consistente na efetiva da prostituição ou outra forma de exploração sexual); de forma 
livre (pode ser cometido de qualquer maneira); comissivo (os verbos indicam ações); 
instantâneo ( o momento consumativo se dá em linha determinada no tempo), porém 
existe a continuidade habitual, condicionando a consumação; unis subjetivo (pode ser 
cometido por uma única pessoa); plurissubsistente ( demanda vários atos). Não admite 
tentativa, por se tratar de crime condicionado (depende do advento da prostituição ou 
da exploração sexual). 
 
Em suma o TRF promoveu que o crime se consuma com a promoção ou 
facilitação de entrada e saída de mulheres, a fim de exercer a prostituição, 
independentemente de que ela venha, efetivamente, a exercer o meretrício. (TRF, aC, 
Rel. Vladimir Freitas, Rt, 734:758) 
 
Em outro julgamento o relator Desembargador Federal Hilton Queiroz, julga o 
delito capitado no artigo 231 do Código Penal quem promove ou facilita a saída de 
mulhere para o exterior a fim de exercer a prostituição. Comprovada a participação em 
procedimento de encaminhamento de brasileiras par exercerem a prostituição no 
exterior, faz-se mister a condenação por tráfico internacional de mulheres. Resta 
incabível a devolução dos dólares apreedidos, considerando que o dinheiro estava 
sendo utilizado pelas apelantes para fins de prática do delito. (Apelação improvida. 
19046DF2000.34.00.019046-6, Data de julgamento:03/10/200, QUARTA TURMA, Data 
Publicação: 30/10/2006 DF p.160) 
 
Embora, o objetivo da Convenção de Palermo está expressamente descrito em 
seu artigo 1º e parágrafo único, no que consiste em promover a cooperação entre os 
países para prevenir e combater com eficácia a criminalidade organizada transnacional, 
donde se engloba o tráfico de pessoas. 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido no território 
nacional contra vítima brasileira ou estrangeira e no exterior contra vítima 
brasileira. 
Parágrafo único. O enfrentamento ao tráfico de pessoas compreende a 
prevenção e a repressão desse delito, bem como a atenção às suas vítimas. 
No que tange, a revogação dos artigos 231 e 231-1 do Código Penal Brasileiro, 
foi amparado pela Lei nº 13.344, em seu artigo 149-A vigente, visando o consentimento 
da vítima, quando não há meio de frauda-lo. 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou 
acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, 
com a finalidade de: 
I - Remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - Submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - Submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - Adoção ilegal; ou 
V - Exploração sexual. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa 
Antes, o tráfico de pessoas estava localizado nos arts. 231 e 231-A, ambos do 
CP, restrito à finalidade de exploração sexual. No entanto, percebendo que os 
documentos internacionais assinados pelo Brasildão ao delito um alcance bem maior, 
abrangendo outros tipos de exploração que não são sexual, a Lei 13.344/16 removeu o 
crime do Título VI- dos crimes contra a dignidade sexual-, migrando-o para o Capítulo 
IV do Título I, dos crimes a liberdade individual. Eis o bem jurídico tutelado. Contudo, 
bens outros aparecem no espectro de proteção, como o da dignidade corporal, a 
dignidade sexual e o poder familiar, como explana CUNHA, Rogério Sanches (p.225 
2017). 
 
Referentes aos outros dispositivos legais da referida Lei 13.344, em seu artigo 
2º apresenta-se os princípios ligados aos enfrentamentos ao tráfico de pessoas, traz o 
respeito à dignidade, promoção e garantia da cidadania, universalidade, indivisibilidade 
e interdependência, não discriminação por motivo de gênero, origem étnica ou social; 
transversalidade das dimensões de gênero; atenção integral às vítimas diretas e/ou 
indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em investigação ou 
processos judiciais; e proteção integral das crianças e adolescentes. 
 
Consequentemente, o artigo 3º, comtempla as diretrizes como o fortalecimento 
do pacto federativo, por meio da atuação conjunta e articulada das esferas de governo 
no âmbito das respetivas competências; articulações governamentais e não 
governamentais; incentivo à participação da sociedade em instâncias de controle social; 
o envolvimento de todas as esferas de governo na sociedade civil; fortalecimento das 
fronteiras, portos, aeroportos etc.; estímulo à cooperação internacional; incentivo à 
realização de estudos; os sigilos dos procedimentos administrativos e judiciais; e gestão 
integrada para coordenação da política. 
 
Os demais artigos, rege sobre as medidas de repressão, que se encontra 5º, já 
o 6º e o 7º são a proteção e o atendimento à vítima. 
 
À vista disso, o legislador brasileiro deve se preocupar com o ocorrido tráfico de 
seres humanos, que traz na integra o processo de escravidão. Sendo assim, um crime 
fracionado justificando a conduta ilícita que lesa ou desprotege um bem jurídico 
penalmente tutelado. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O tráfico de seres humanos, é um crime abrangente na sociedade, conceituando 
lesivo, que é aplicada contra a dignidade da pessoa humana e sua liberdade, portanto, 
praticado em diversos territórios, desde o início da humanidade. Mesmo sendo um 
complexo infame de desigualdades e de muita estranheza, a mídia divulga pouquíssimo 
dados sobre este crime, sendo assim não há nenhuma reportagem que transmite os 
inúmeros casos que as pessoas traficadas são submetidas no país ou até mesmo que 
verse sobre os programas de prevenção, proteção e repressão, proporcionados por 
órgãos não governamentais e governamentais. 
 
Por gerar injustiça, ainda no mundo moderno, averígua-se desigualdades entre 
homens e mulheres, por serem vítimas do tráfico de pessoas para fim de exploração 
sexual, e por sofrerem nas mãos das organizações criminosas, que evolui cada vez 
mais, gerando em si fins lucrativos, com vidas alheias. Por ser um conteúdo implausível, 
meramente desqualificado não é apresentado na integra, em telelevisão, redes socias 
(plataformas digitais), ou outros mesmos de esclarecimento, sendo assim, a cidadãos 
convivem sem nenhum conhecimento de quão grave é este crime. 
 
Após o revogamento da Lei nº 13.344/2016, predispôs um progresso exemplar 
para o ilícito, adequou diretrizes determinadas ao país pelo Protocolo de Palermo, 
apesar de que, manteve a legislação penal ultrapassada devido a relação aos 
instrumentos internacional. 
 
Sendo assim as conformidades ao Protocolo de Palermo em suas variadas 
medidas de proteção ao crime, o regulamento designa na criação de campanhas nos 
âmbitos da sociedade, visando alastrar tais informais sobre o ilícito. Na importância, o 
território nacional, têm diversas políticas públicas de enfrentamento ao tráfico de 
pessoas, devido à falta de recurso promovido pelas autoridades governamentais, essa 
preponderação não é dirigida a população, para que as vítimas ou pessoas mais 
susceptíveis sejam conscientizadas. 
 
Além do mais, as linhas de investigação traçadas no território nacional, não 
possuem um complexo de extremidade e importância nas organizações criminosas, 
voltadas ao tráfico de pessoas. 
 
Por esse motivo, a trajetória para esse caminho é exatamente longa, tanto no 
território nacional e internacional. Embora não se tenha lacunas na Lei nº 13.344/2016, 
a serem preenchidas para designar tais desfechos em relação da sua efetividade. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA. Mais de 45 milhões de 
deficientes sofrem com pouca atenção social. Disponível em: 
http://www.abep.org/blog/pesquisasabep/mais-de-45-milhoes-de-deficientes-sofrem-com-
pouca-atencao-social/. Acesso em: 16 jan. 2020. 
 
Código Penal Comentado e sua Interpretação Pelos Tribunais/ Amílcar Araújo Carneiro 
Júnior; Carlos Jose Reis de Almeida; Gilberto Ferreira Marcchetti Filho; Humberto Bernardinho 
Sena; José Domingues Filho; Luiz Augusto Coutinho; Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro; Maria 
Celeste da Costa e Silva; Paulo Alves Franco; Radamés de Almeida Domingos; Roberto Ferreira 
Filho; Wilson Vilalba Xavier. 2º ed. Campo Grande: Contemplar, 2015. 
 
BARRETO, Lima, Martonio Mont'Alverne; Andrade, Denise Almeida; Costa Jucá; 
Roberta Lana, p.139 2013 
 
BEM, Ari Soares de. A Dialética do Turismo Sexual. Campinas: Papirus, 2005. 
BIGNAMI, Rosana. A imagem do Brasil no turismo. São Paulo: Aleph, 2002 
BONJOVANI, Mariane Strake. Tráfico Internacional de Seres Humanos. 1. ed. São 
Paulo: op. cit. 2004. p. 23. 
 
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal – Parte Especial (Arts. 121 ao 
361). 9ª Ed. Vol. Único. Salvador: JUSPODVM. 2017. p. 225 
 
Fausto, Boris. História do Brasil. 11. Ed. São Paulo: EdUSP, 2003, p.50 
 
FARIA, José Eduardo. (2010), Sociologia Jurídica: Direito e Conjuntura. 2.ª edição, 
São Paulo: Saraiva 
 
GERONIMI, Eduardo. Aspectos jurídicos del tráfico y la trata de trabajadores 
migrantes. Ginebra: OIT, 2002. 
HUGHES, Donna M. The Internet and sex industries:partners in global sexual 
exploitation. Technology and. Society Magazine, Spring, 2000. In: JESUS, Damásio 
E. de. Tráfico internacional de mulheres e crianças - Brasil: aspectos regionais e 
nacionais. São Paulo: Saraiva. 2003. p.161. 
JESUS, Damásio E. de. Tráfico internacional de mulheres e crianças - Brasil: 
aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva. 2003. 403 f. 
op. cit. p.159. 
JUSBRASIL. PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE MULHERES, ART. 231 DO 
CÓDIGO PENAL. Tribunal Regional Federal da 1ª Região TRF-1 - APELAÇÃO 
CRIMINAL: ACR 19046 DF 2000.34.00.019046-0. Disponível em: https://trf-
1.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/2220357/apelacao-criminal-acr-19046-df-
20003400019046-0?ref=serp. Acesso em: 12 abr. 2020. 
 
KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do Turismo: Para uma nova compreensão do 
lazer e das viagens. São Paulo: Aleph, 2003. 
MASSULA, M. D. M. L. Artigos, Pareceres, Memoriais e Petições: Tráfico de Mulheres: 
Prevenção, Punição e Proteção. Revista Jurídica da Presidência, Brasília, v. 5, n. 58, p. 
1-8, jan./2004. Disponível em: 
<https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/article/view/647/638>. Acesso em: 
14 abr. 2020. 
 
MASSON. Cleber. Direito penal: parte especial: arts. 121 a 212 - 11. ed. rev., 
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2018 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual. São Paulo: revista 
dos tribunais, 2009 
OLIVEIRA, T. D. F. /. P. A. F. D. Tráfico de pessoas para fins de exploração sexual: 
Organização Internacional do Trabalho. Tráfico de pessoas para fins de exploração 
sexual, Brasília, v. 2, n. 2, p. 1-160, mai./2006. Disponível em: 
<https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---américas/---ro-lima/---ilo-
brasilia/documents/publication/wcms_233892.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2020. 
 
Piscitelli, Adriana. Entre as “máfias” e a “ajuda”:a construção de conhecimento 
sobre o tráfico de pessoas. Cadernos Pagu, p.42. 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS 
JURÍDICOS. DECRETO Nº 5.015, DE 12 DE MARÇO DE 2004. Promulga a Convenção 
das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5015.htm. Acesso em: 
3 mar. 2020. 
 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS 
JURÍDICOS. LEI Nº 13.344, DE 6 DE OUTUBRO DE 2016. Dispõe sobre prevenção e 
repressão ao tráfico interno e internacional de pessoas e sobre medidas de atenção 
às vítimas; altera a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, o Decreto-Lei nº 3.689, de 
3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e o Decreto-Lei. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13344.htm. Acesso em: 13 
abr. 2020. 
RODRIGUES, Thaís de Camargo. O Tráfico Internacional de Pessoas para Fim de 
Exploração Sexual e a Questão do Consentimento. 2012. 204 f. il. Dissertação 
(Mestrado em Direito). Universidade de São Paulo, São Paulo,2012, 204 p. p. 58 
REVISTA JURÍDICA DA PRESIDÊNCIA. Artigos, Pareceres, Memoriais e Petições 
Tráfico de Mulheres: Prevenção, Punição e Proteção. Disponível em: 
https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/article/view/647/638. Acesso em: 8 
abr. 2020 
 
REPÚBLICA, S. D. P. P. A. M. P. D. Secretaria de Políticas para as Mulheres Presidência 
da República. Tráfico de Mulheres, Brasília, v. 1, n. 1, p. 4-74, jan./2011. Disponível em: 
<https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/trafico-de-
mulheres-politica-nacional-de-enfrentamento>. Acesso em: 17 mar. 2020. 
SOUZA, José de. O Problema das Migrações no Limiar do Terceiro Milênio. In: 
Vários autores. O Fenômeno Migratório no Limiar do Terceiro Milênio: Desafios 
Pastorais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 
TERESI, Verônica Maria. Guia de referência para a rede de enfrentamento ao tráfico 
de pessoas no Brasil / Verônica Maria Teresi, Claire Healy. --Brasília: Ministério da 
Justiça, Secretaria Nacional de Justiça, 2012. 150 p.: il. 
UNODC UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME. UN. GIFT - Iniciativa 
Global da ONU contra o Tráfico de Pessoas. Disponível em: https://www.unodc.org/lpo-
brazil/pt/trafico-de-pessoas/ungift.html. Acesso em: 10 mar. 2020.

Continue navegando