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Fisiologia reprodutiva feminina

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• A reprodução começa com o desenvolvimento 
dos óvulos nos ovários; no meio de cada ciclo 
sexual mensal, um só óvulo é expelido do 
folículo ovariano para a cavidade abdominal 
próxima das aberturas fimbriadas das duas 
trompas de Falópio; 
• O óvulo, então, cursa por uma das trompas de 
Falópio até o útero; se tiver sido fertilizado por 
espermatozoide, o óvulo implanta-se no 
útero, onde se desenvolve no feto, na placenta 
e nas membranas fetais, e por fim, em um 
bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
Patologias que acometem o reto e a bexiga podem ser 
confundidas com disfunções uterinas e ovarianas e vice-
versa. 
 
OÔGENESE 
Desenvolvimento folicular fetal 
• Um ovo em desenvolvimento (oócito) 
diferencia-se em óvulo maduro (óvulo) 
através de uma série de etapas, chamada 
oôgenese; 
• Durante o desenvolvimento embrionário inicial 
as células germinativas primordiais dividem-
se repetidamente; 
• Quando essas células atingem o epitélio 
germinativo, elas convertem-se em ovogônias 
ou oócitos primordiais; 
• Em seguida, cada óvulo primordial passa a ser 
chamado de folículo primordial, reunindo em 
torno de si uma camada de células do 
estroma ovariano e as células da granulosa e 
assim o óvulo passa a ser chamado de oócito 
primário, e ainda é imaturo; 
• As oogônias no ovário embrionário completam 
a replicação mitótica e a primeira fase da 
meiose no quinto mês de desenvolvimento 
fetal, cessando-se em seguida, a mitose. 
 
Desenvolvimento folicular na puberdade 
• A primeira divisão meiótica do oócito ocorre 
após a puberdade, dividindo cada oócito em 
 
 
duas células, um óvulo grande (oócito 
secundário) e um primeiro corpo polar; O 
primeiro corpo polar pode sofrer, ou não, uma 
segunda divisão meiótica e depois se 
desintegra. 
• O óvulo é submetido a uma segunda divisão 
meiótica e ocorre uma pausa na meiose. Se o 
óvulo for fertilizado, ocorre o estágio final da 
meiose; 
• Quando o ovário libera um óvulo (ovulação) e, 
se este for fecundado, ocorre a meiose final. 
A metade das cromátides irmãs permanece 
no óvulo fertilizado, e a outra metade é 
liberada em um segundo corpo polar, que, em 
seguida, se decompõe. 
• A vida reprodutiva, geralmente, se estende 
dos 13 aos 46 anos de idade. Ao fim da 
capacidade reprodutora (menopausa), 
somente uns poucos folículos primordiais 
permanecem nos ovários, e mesmo esses 
folículos se degeneram em pouco tempo. 
 
SISTEMA HORMONAL FEMININO 
• Consiste em três hierarquias de hormônios: 
o O hormônio de liberação hipotalâmica, 
chamado hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH). 
o Os hormônios sexuais hipofisários 
anteriores, o hormônio foliculoestimulante 
(FSH) e o hormônio luteinizante (LH), 
ambos secretados em resposta à 
liberação de GnRH do hipotálamo. 
o Os hormônios ovarianos, estrogênio e 
progesterona, que são secretados pelos 
ovários, em resposta aos dois hormônios 
sexuais femininos da hipófise anterior 
• Esses diversos hormônios são secretados 
com intensidades drasticamente distintas, 
durante as diferentes partes do ciclo sexual 
feminino mensal; 
 
CICLO OVARIANO MENSAL 
• Os anos reprodutivos normais da mulher se 
caracterizam por variações rítmicas mensais 
da secreção dos hormônios femininos e 
correspondem a alterações nos ovários e nos 
outros órgãos sexuais; 
• O ciclo dura, em média, 28 dias; 
• Pode variar entre 20 dias ou 45 em algumas 
mulheres, embora o ciclo de duração normal 
esteja, geralmente, associado a menor 
fertilidade; 
• Existem dois objetivos do ciclo sexual feminino: 
1) Liberação de um óvulo do ovário a cada 
mês, de maneira que geralmente, apenas 
um só feto, por vez, começará a crescer; 
2) Preparação do endométrio uterino para 
implantação do óvulo fertilizado. 
Hormônios gonadotrópicos e seus efeitos 
• Na ausência dos hormônios FSH e LH, os 
ovários permanecem inativos, como ocorre 
durante toda a infância; 
• Entre os 9 e 12 anos de idade, a hipófise 
começa a secretar progressivamente mais 
FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais 
 
 
normais, que começam entre 11 e 15 anos de 
idade; 
o Esse período de mudança é denominado 
puberdade e o primeiro ciclo menstrual é 
denominado menarca. 
 
Crescimento do folículo ovariano 
• Durante toda a infância, acredita-se que as 
células da granulosa ofereçam nutrição ao 
óvulo e secretem um fator inibidor da 
maturação do oócito que mantém o óvulo 
parado em seu estado primordial; 
• Depois da puberdade, FSH e LH começam a ser 
secretados em quantidades significativas e os 
ovários, em conjunto com alguns dos folículos 
em seu interior, começam a crescer. 
• Após uma semana ou mais de crescimento, 
mas antes de ocorrer a ovulação, um dos 
folículos começa a crescer mais do que os 
outros, e os outros 5 a 11 folículos sofrem 
atrésia; 
• Esse processo de atresia é importante, pois 
normalmente permite que apenas um dos 
folículos cresça o suficiente todos os meses 
para ovular, evitando que mais de uma criança 
se desenvolva em cada gravidez. 
Ovulação 
• A ovulação na mulher que tem ciclo sexual de 
28 dias se dá 14 dias depois do início da 
menstruação; 
1. A parede externa do folículo incha 
rapidamente, e, através do estigma 
começa a vazar o líquido do folículo; 
2. Depois que o estigma se rompe 
inteiramente, um líquido mais viscoso 
contendo o óvulo cercado por células da 
granulosa é lançado para fora, denominada 
coroa radiada; 
• Para que aconteça a ovulação é necessário que 
haja um pico do hormônio luteinizante, pois o 
LH é necessário para o crescimento folicular 
final e para a ovulação; 
o Sem esse hormônio, mesmo em grandes 
quantidades de FSH, o folículo não progride 
ao estágio de ovulação 
• 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH e 
FSH pela hipófise anterior aumenta bastante; 
os dois hormônios agem sinergicamente 
causando a dilatação do folículo durante os 
últimos dias da ovulação; 
• O LH ainda tem um efeito específico nas 
células da granulosa e tecais, convertendo-as 
em células secretoras de progesterona; 
• Assim, a secreção de estrogênio começa a cair 
cerca de um dia antes da ovulação, enquanto 
quantidades cada vez maiores de 
progesterona começam a ser secretadas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase lútea 
• Durante as primeiras horas depois da 
expulsão do óvulo do folículo, as células da 
granulosa e tecais internas remanescentes se 
transformam em células luteiínicas; 
• O corpo lúteo é a massa total de células, com 
inclusões lipídicas, dando-lhe uma aparência 
amarelada; 
• As células da granulosa no corpo lúteo 
desenvolvem vastos retículos 
endoplasmáticos, os quais formam grandes 
quantidades de progesterona e estrogênio, 
com prevalência de progesterona nessa fase; 
• As células tecais formam os androgênios 
androstenediona e testosterona, em vez de 
hormônios sexuais femininos. Entretanto, a 
maioria desses hormônios é convertida em 
estrogênios; 
• O corpo lúteo cresce até 8 dias após a 
ovulação; Cerca de 12 dias depois, ele passa a 
involuir, perdendo suas funções secretoras e 
sua aparência amarelada e se transformando 
em corpus albicans; 
 
A gonadotrofina coriônica é outro hormônio com 
quase as mesmas propriedades do LH; é 
secretada pela placenta e pode agir no corpo 
lúteo, prolongando sua vida — geralmente durante, 
pelo menos, os primeiros 2 a 4 meses de 
gestação. 
 
• O estrogênio, em especial, e a progesterona 
secretados pelo corpo lúteo, têm efeitos de 
feedback na hipófise anterior, mantendo 
intensidades secretoras reduzidas de FSH e 
LH; 
o Além disso, as células luteinicas secretam 
o hormônio inibina que inibem a secreção 
de FSH e LH; 
• Com os níveis de FSH e LH baixos no sangue, o 
corpo lúteo se degenera completamente, 
cerca de dois dias antes de começar a 
menstruação; 
o Nesse momento, há uma parada súbita da 
secreção do estrogênio, progesteronae 
inibina pelo corpo lúteo, permitindo que 
outro ciclo ovariano se inicie a partir das 
secreções de FSH e LH. 
 
Interação de células da teca folicular e da granulosa 
para produção de estrogênio. 
As células da teca, sob controle de hormônio 
luteinizante (LH), produzem androgênio que se difunde 
para as células da granulosa. Em folículos maduros, o 
hormônio foliculoestimulante (FSH) age nas células da 
granulosa para estimular a atividade da aromatase, 
que converte androgênio em estrogênio. 
 
FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS 
Estrogênios 
• Na mulher não grávida, esses hormônios são 
secretados em quantidade significativa 
apenas pelos ovários e quantidades mínimas 
pelos córtices adrenais; 
• Já na mulher grávida, uma grande quantidade 
é secretada pela placenta; 
• Efeitos nas trompas: 
o Proliferação dos tecidos glandulares do 
revestimento mucoso das trompas; 
 
 
o Aumento da atividade ciliar que ajuda a 
propelir o óvulo fertilizado para o útero; 
• Efeitos nas mamas: 
o Desenvolvimento dos tecidos estromais 
das mamas; 
o Crescimento de um vasto sistema de 
ductos; 
o Dão início ao crescimento das mamas e do 
aparato produtor de leite; 
o Depósito de gordura nas mamas. 
• Efeitos no esqueleto: 
o Inibe a atividade osteoclástica nos ossos, 
estimulam o crescimento ósseo; 
o Causa a união das epífises com a haste dos 
ossos longos. 
o Osteoporose: Depois da menopausa, quase 
nenhum estrogênio é secretado pelos 
ovários e essa deficiência leva a: 
1. Maior atividade osteoclástica nos ossos; 
2. Diminuição da matriz óssea; 
3. Menos deposito de cálcio e fosfato ósseo. 
• Efeitos no metabolismo e depósito de 
gordura: 
o É devido a esse hormônio que a 
porcentagem de gordura no corpo das 
mulheres é consideravelmente maior do 
que no corpo dos homens. 
• Efeitos nos pelos e na pele: 
o Não afeta, muito a distribuição de pelos, 
pois os androgênios são os responsáveis 
pelo desenvolvimentos dos pelos na região 
pubiana e nas axilas após a puberdade; 
o Já na pele, o efeito do estrogênio está 
associado à grande vascularização e a uma 
textura macia e lisa. 
• Efeitos no equilíbrio eletrolítico: Os estrogênios 
causam retenção de sódio e água nos túbulos 
renais, causando um distúrbio hidroeletrolítico 
(DHE) principalmente durante a gravidez. 
 
Progesterona 
• Na mulher não grávida, a progesterona é 
secretada em quantidades significativas 
apenas na fase lútea de cada ciclo ovariano; 
• Na mulher grávida, grande quantidade desse 
hormônio é secretada pela placenta, 
especialmente depois do 4º mês de gestação; 
• Alterações secretoras no útero: 
o A progesterona promove alterações no 
endométrio uterino para preparar o útero 
para a implantação do óvulo fertilizado; 
o Além disso, a progesterona diminui a 
frequência e a intensidade das contrações 
uterinas, ajudando a impedir a expulsão do 
óvulo implantado. 
• Efeito nas trompas de Falópio: 
o Promove o aumento da secreção pelo 
revestimento mucoso das trompas de 
falópio, o qual nutre o óvulo fertilizado 
antes dele ser implantado no útero. 
• Efeito nas mamas: 
o Promove o desenvolvimento dos lóbulos e 
alvéolos das mamas, fazendo com que as 
células alveolares proliferem, aumentem 
e adquiram natureza secretora. 
o Mas cuidado! A progesterona não faz com 
que os alvéolos secretem leite, esse papel 
é do hormônio prolactina. 
 
CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E MENSTRUAÇÃO 
 
• Estágios do ciclo endometrial no revestimento 
do útero: 
1. Proliferação do endométrio uterino; 
2. Desenvolvimento de alterações 
secretoras no endométrio; 
 
 
3. Descamação do endométrio, que 
conhecemos como menstruação. 
• Fases do crescimento endometrial e da 
menstruação durante cada ciclo sexual 
mensal feminino: 
Fase proliferativa 
• É a fase estrogênica do ciclo endometrial e 
ocorre antes da ovulação; 
• Sob a influência da grande secreção de 
estrogênios no início do ciclo ovariano mensal, 
as células do estroma e as células epiteliais 
restantes da descamação do endométrio, 
proliferam rapidamente; 
• Antes de ocorrer a ovulação, a espessura do 
endométrio aumenta bastante, devido à 
grande quantidade de células estromais, 
glândulas endometriais e vasos sanguíneos; 
• As glândulas endometriais secretam um 
muco fino e pegajoso que ajuda a guiar o 
espermatozoide na direção correta da vagina 
até o útero. 
Fase secretora 
• É a frase progestacional do ciclo endometrial 
e corre após a ovulação; 
• A progesterona e o estrogênio são secretados 
em grande quantidade pelo corpo lúteo. O 
estrogênio promove leve proliferação celular 
adicional ao endométrio, enquanto a 
progesterona causa inchaço e 
desenvolvimento secretor acentuado do 
endométrio; 
• O endométrio fica ainda mais vascularizado e 
espesso para prover condições apropriadas à 
implantação do óvulo fertilizado. 
Menstruação 
• Se o óvulo não for fertilizado, cerca de dois 
dias antes do final do ciclo mensal, o corpo 
lúteo subitamente involui e a secreção de 
estrogênio e progesterona caem, e assim, 
ocorre a menstruação; 
• Com a queda dos hormônios, as células 
endometriais se reduzem, o endométrio 
involui sua espessura prévia e os vasos 
sanguíneos liberam materiais 
vasoconstritores das prostaglandinas; 
• Com as alterações citadas anteriormente, o 
endométrio sofre necrose, promovendo 
hemorragias e se descamando; 
• 4 a 7 dias após o início da menstruação, a 
perda de sangue cessa, porque nesse 
momento, o endométrio já se reepitalizou. 
Efeitos de feedback negativo do estrogênio e 
progesterona 
 
Em pequenas quantidades, o estrogênio tem 
forte efeito de inibir a produção de LH e FSH. Além 
disso, quando existe progesterona disponível, o 
efeito inibidor do estrogênio é multiplicado, muito 
embora a progesterona, por si só, tenha pouco 
efeito. 
Regulação por feedback do eixo hipotalâmico-
hipofisário-ovariano: Os efeitos estimulatórios 
são indicados pelo sinal de mais, e os efeitos de 
feedback negativo são indicados pelo sinal de 
menos. Os estrogênios e as progestinas exercem 
tanto os efeitos do feedback positivo quanto do 
negativo, na hipófise anterior e no hipotálamo, 
dependendo do estágio do ciclo ovariano. A inibina 
tem efeito de feedback negativo na hipófise 
anterior, enquanto a ativina tem efeito oposto, 
estimulando a secreção de FSH pela 
 
 
hipófise anterior. FSH, hormônio 
foliculoestimulante; GnRH, hormônio liberador de 
gonadotropina; LH, hormônio luteinizante; SNC, 
sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO ANOVULATÓRIOS 
 
• Se o pico pré-ovulatorio de LH não tiver 
grandeza suficiente, a ovulação não ocorrerá e 
diz-se que o ciclo é anovulatório; 
• As fases do ciclo sexual continuam, mas são 
alteradas das seguintes maneiras: 
o A ausência de ovulação leva ao não 
desenvolvimento do corpo lúteo, de 
maneira que não há quase nenhuma 
secreção de progesterona no final do ciclo; 
o O ciclo é encurtado por vários dias. 
Puberdade e Menarca 
• A puberdade significa o início da vida adulta e 
menarca significa o primeiro ciclo de 
menstruação; 
• O período da puberdade é causado por 
aumento gradual na secreção dos hormônios 
gonadotrópicos pela hipófise; 
• O início da secreção desses hormônios se inicia 
aos 8 anos de idade e culminam no início da 
puberdade e da menstruação, entre 11 e 16 
anos de idades; 
 Secreção de estrogênio durante toda a vida sexual da mulher. 
Menopausa 
 
• Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual 
geralmente torna-se irregular, e a ovulação 
muitas vezes não ocorre. Depois de alguns 
meses a alguns anos, o ciclo cessa totalmente; 
• A causa da menopausa é o “esgotamento” dos 
ovários; 
• Quando a produção de estrogênio cai abaixo de 
nível crítico, os estrogênios não conseguem 
mais inibir a produção das gonadotropinas FSH 
e LH. Em vez disso, as gonadotropinasFSH e 
LH FSH) são produzidas depois da menopausa 
em quantidades elevadas e contínuas, mas, 
como os folículos primordiais remanescentes 
ficam atrésicos, a produção de estrogênios 
pelos ovários cai quase a zero; 
• A perda dos estrogênios geralmente causa 
mudanças fisiológicas como 
o “Fogachos, caracterizados por rubor 
extremo da pele; 
o Sensações psíquicas de dispneia; 
o Irritabilidade; 
o Fadiga; 
 
 
o Ansiedade; 
o Diminuição da resistência e da calcificação 
dos ossos no corpo inteiro. 
 
Como tratar? 
O uso diário de estrogênio normalmente reverte 
os sintomas, e, ao diminuir a dose gradativamente, 
é provável que as mulheres na pós-menopausa 
possam evitar sintomas graves. No entanto, há 
evidencias que esse tratamento pode aumentar 
os riscos de doença cardiovascular. Por isso, esse 
tratamento já não é prescrito sistematicamente. 
Alguns estudos sugerem que o tratamento com 
estrogênios pode realmente reduzir o risco de 
doença cardiovascular caso seja iniciado 
precocemente. Portanto, recomenda-se que a 
mulher pós-menopáusica fale com seu médico 
para saber qual a melhor conduta. 
 
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO OVARIANA 
Hipogonadismo 
• No hipogonadismo ou quando as gônadas estão 
secretando poucas quantidades de 
estrogênios devido a outros fatores como, por 
exemplo, o hipotireoidismo, o ciclo ovariano, 
geralmente, não ocorre de maneira normal; 
• Em vez disso, muitos meses podem se passar 
entre os períodos menstruais, ou a 
menstruação pode cessar completamente 
(amenorreia); 
• Ciclos ovarianos prolongados estão 
frequentemente associados à ausência de 
ovulação, talvez devido à secreção insuficiente 
de LH no momento do pico pré-ovulatório de 
LH. 
 
 
Hipersecreção pelos ovários 
• A hipersecreção extrema de hormônios 
ovarianos é entidade clínica rara, já que a 
secreção excessiva de estrogênios 
automaticamente diminui a produção de 
gonadotropinas pela hipófise, o que limita a 
produção de hormônios ovarianos. Por 
conseguinte, essa hipersecreção, em geral, é 
reconhecida clinicamente apenas no 
desenvolvimento eventual de tumor 
feminilizante. 
• Um raro tumor de células da granulosa pode 
se desenvolver no ovário, ocorrendo com mais 
frequência após a menopausa do que antes 
dela. Eles secretam grandes quantidades de 
estrogênios, causando hipertrofia do 
endométrio uterino e sangramento irregular 
desse endométrio. 
 
A PÍLULA CONTRACEPTIVA 
• A administração de estrogênio ou 
progesterona pode inibir a ovulação, pois esses 
hormônios podem evitar o pico pré-ovulatório 
da secreção de LH pela hipófise; 
• O desafio de estabelecer métodos de 
supressão hormonal da ovulação tem sido 
desenvolver combinações adequadas de 
estrogênios e progestinas que suprimam a 
ovulação, mas não causem outros efeitos 
indesejáveis como sangramento menstrual 
anormal; 
• Por isso, quase todas as “pílulas” usadas no 
controle da fertilidade consistem em uma 
combinação de progestinas e estrogênios 
sintéticos, pois os hormônios naturais são 
quase inteiramente destruídos pelo fígado 
pouco tempo depois de serem absorvidos pelo 
trato gastrointestinal na circulação porta-
hepática, entretanto, muitos dos hormônios 
sintéticos conseguem resistir a essa 
propensão destrutiva do fígado. 
 
 
 
ESTERILIDADE FEMININA 
• Aproximadamente 5% a 10% das mulheres 
são inférteis, e essa infertilidade se deve à 
função fisiológica anormal do sistema genital 
ou desenvolvimento genético anormal dos 
próprios óvulos; 
• A causa mais comum é a falta de ovulação que 
pode ser resultado da hipossecreção de 
hormônios gonadotrópicos ou ovários 
anômalos que não permitem a ovulação; 
• A ausência de ovulação por hipossecreção de 
hormônios gonadotrópicos pode ser tratada 
pela administração de gonadotropina coriônica 
humana, o qual é secretado pela placenta, mas 
possui quase os mesmos efeitos que o LH e, 
por isso, é um poderoso estimulador da 
ovulação. Entretanto, o uso excessivo desse 
hormônio pode causar a ovulação de vários 
folículos simultaneamente, resultando em 
fetos múltiplos; 
Endometriose 
• É uma causa comum de esterilidade feminina; 
• O tecido endometrial, quase idêntico ao 
endométrio uterino normal, cresce e 
menstrua na cavidade pélvica ao redor do 
útero, das trompas de Falópio e dos ovários, 
causando fibrose por toda a pelve; 
• Essa fibrose, às vezes, envolve de tal maneira 
os ovários, que os obstrui e impossibilita a 
liberação de óvulo na cavidade abdominal. 
Salpingite 
• É a inflamação das trompas de Falópio; 
• Causa fibrose nas trompas, obstruindo-as; 
• Antigamente, essa inflamação ocorria, 
particularmente, em decorrência de infecções 
gonocócicas. Entretanto, com as terapias 
modernas, trata-se, hoje, de causa menos 
prevalente de infertilidade feminina. 
Secreção anormal do muco 
• No momento da ovulação, o meio hormonal do 
estrogênio causa secreção de muco com 
características especiais que permitem a 
rápida mobilidade dos espermatozoides para 
o útero, guiando-os; 
• Anormalidades do próprio colo uterino, como 
infecções ou inflamações de baixo grau, ou 
estimulação hormonal anômala do colo uterino, 
podem criar tampão de muco viscoso que 
impede a fertilização. 
 
Paciente, 29 anos, universitária, sem 
comorbidades, vem para consulta de rotina 
referindo que tem mais de 5anos que não passa 
numa consulta ginecológica e gostaria de fazer os 
exames de rotina. Refere que no momento está 
sem sintomas. 
1) Quais perguntas relevantes para história do 
paciente vocês poderiam fazer para a 
paciente? 
- Com qual idade teve sua menarca? 
- Sua menstruação é regular? 
- Faz uso de algum método contraceptivo? 
- Vida sexual ativa? Um parceiro fixo ou mais de 
um? 
- Usa preservativo nas relações sexuais? 
- Possui algum hábito ou vício? Estilo de vida, 
alimentação, atividade física, tabagismo; 
- Histórico familiar (tumores ovarianos)? 
Alguma alteração? 
- Qual o nível de intensidade das cólicas 
menstruais (dismenorreia)? 
- Fez alguma cirurgia recentemente? 
2) Qual exame deve ser realizado na paciente? 
- Exame físico ginecológico; 
- Exame especular de colo uterino; 
- Papanicolau. 
 
 
Paciente realizou o exame ginecológico que se 
apresentou sem achados. O exame Papanicolau 
também foi feito. 
A paciente pergunta qual a importância de ter 
feito o Papanicolau e de quanto em quanto tempo 
ele deve ser feito. 
3) Como você orienta a paciente? 
- A importância é o rastreio do câncer de colo 
de útero e alterações como HPV. 
- O exame deve ser feito 2x por ano, e se não 
houver alterações, o exame só precisa ser 
repetido após 3 anos. 
 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
• É também chamado de câncer cervical; 
• Causado pela infecção persistente por alguns 
tipos do Papilomavírus Humano - HPV 
(chamados de tipos oncogênicos); 
• A infecção genital por esse vírus é muito 
frequente e não causa doença na maioria das 
vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem 
alterações celulares que podem evoluir para o 
câncer. Essas alterações são descobertas 
facilmente no exame preventivo (conhecido 
também como Papanicolau), e são curáveis na 
quase totalidade dos casos. Por isso, é 
importante a realização periódica desse 
exame; 
• Excetuando-se o câncer de pele não 
melanoma, é o terceiro tumor maligno mais 
frequente na população feminina (atrás do 
câncer de mama e do colorretal); 
• É a quarta causa de morte nas mulheres e 
por isso o rastreio é tão importante. 
• É uma doença de desenvolvimento lento, que 
pode não apresentar sintomas em fase inicial. 
Nos casos mais avançados, pode evoluir para 
sangramento vaginal intermitente (que vai e 
volta) ou após a relação sexual, secreção 
vaginal anormal e dor abdominal associada a 
queixas urinárias ou intestinais. 
• Fatores de risco: 
o Início precoce da atividade sexual e 
múltiplos parceiros; 
o Tabagismo (a doençaestá diretamente 
relacionada à quantidade de cigarros 
fumados); 
o Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. 
• Como é feito o exame? 
o Para a coleta do material, é introduzido na 
vagina um instrumento chamado espéculo 
(conhecido popularmente como “bico de 
pato”, devido ao seu formato); 
o O profissional de saúde faz a inspeção 
visual do interior da vagina e do colo do 
útero; 
o O profissional promove a escamação da 
superfície externa e interna do colo do 
útero com uma espátula de madeira e 
uma escovinha; 
o As células colhidas são colocadas numa 
lâmina de vidro para análise em laboratório 
especializado em citopatologia. 
• Quem deve fazer e quando fazer o exame 
preventivo? 
o Toda mulher que tem ou já teve vida 
sexual e que estão entre 25 e 64 anos de 
idade. Devido à longa evolução da doença, o 
exame pode ser realizado a cada três 
anos. Para maior segurança do diagnóstico, 
os dois primeiros exames devem ser 
anuais. Se os resultados estiverem 
 
 
normais, sua repetição só será necessária 
após três anos. 
 
Voltando ao caso clínico... 
 
5 anos depois a paciente volta novamente 
referindo que está com dificuldades para 
engravidar e sente muita dor na região de baixo 
ventre no período menstrual. 
• Ao exame ginecológico: Nódulos enegrecidas em 
fundo de saco posterior ao exame especular. Ao 
toque o útero se apresenta com pouca mobilidade. 
4) Quais podem ser as causas de infertilidade 
nessa paciente? 
5) Qual sua suspeita diagnostica principal? 
6) Como diagnosticar essa doença? 
7) Como tratar essa paciente? 
 
ENDOMETRIOSE 
• Alteração benigna; 
• Tecido uterino fora do útero; 
• Atinge 5 a 10% da população feminina em 
idade fértil; 
• Pode ser do tipo ovariana, peritoneal ou 
profunda; 
• Sintomas: 
o Dismenorreia (cólicas menstruais); 
o Dor pélvica crônica ou dor acíclica; 
o Dispareunia de profundidade (dor na 
relação sexual); 
o Alterações intestinais cíclicas (distensão 
abdominal, sangramento nas fezes, 
constipação, disquezia (defecação 
dolorosa) e dor anal no período 
menstrual); 
o Alterações urinárias cíclicas (disúria, 
hematúria, polaciúria e urgência miccional 
no período menstrual); 
o Infertilidade. 
• O exame físico: 
o Nódulos ou rugosidades enegrecidas em 
fundo de saco posterior ao exame 
especular sugerem a doença; 
o Ao toque, útero com pouca mobilidade 
sugere aderências pélvicas (fibroses), 
nódulos geralmente dolorosos também 
em fundo de saco posterior podem estar 
associados a lesões retrocervicais, nos 
ligamentos úterossacros, no fundo de 
saco vaginal posterior ou intestinais; 
o Anexos fixos e dolorosos, assim como a 
presença de massas anexiais, podem 
estar relacionados a endometriomas 
ovarianos. 
• Exames complementares: 
o Ultrassonografia da pelve: O radiologista 
deverá contemplar em sua avaliação o 
útero, a região retro e a paracervical, os 
ligamentos redondos e os uterossacros, o 
fórnice vaginal posterior, o septo 
retovaginal, o retossigmoide, o apêndice, o 
ceco, o íleo terminal a bexiga, os ureteres, 
os ovários, as tubas e as paredes pélvicas 
– que são os locais mais frequentes da 
doença; 
o Transvaginal somente se a paciente não 
for virgem; 
o Videolaparoscopia apenas em casos 
selecionados. 
• Tratamento: 
o Caso a paciente venha a engravidar, isso 
lhe beneficiará, pois ela irá ficar meses 
sem menstruar; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & 
Hall Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer do 
colo do útero. 2020.

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