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Fisiologia reprodutiva masculina

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• O testículo é composto por até 900 túbulos 
seminíferos convolutos, onde é formado o 
esperma; cada um tem, em média, mais de 1 
metro de comprimento; 
• O esperma, então, é lançado no epidídimo, o 
qual conduz ao canal deferente; 
• Duas vesículas seminais, uma de cada lado da 
próstata, desembocam na terminação 
prostática da ampola, e os conteúdos da 
ampola e das vesículas seminais passam para 
o ducto ejaculatório e são conduzidos através 
do corpo da glândula prostática, então 
desaguando na uretra interna; 
• Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da 
glândula prostática e o conduzem para o ducto 
ejaculatório e daí para a uretra prostática; 
• Finalmente, a uretra é o último elo dos 
testículos com o exterior. 
ESPERMATOGÊNESE 
O desenvolvimento das células germinativas 
masculinas iniciam antes de nascer; 
Durante a formação do embrião, as células 
germinativas primordiais migram para os 
testículos e tornam-se células germinativas 
imaturas, chamadas espermatogônias; 
Na puberdade, as espermatogônias passam por 
divisões mitóticas, proliferado e se diferenciando 
para formar o esperma; 
A secção transversal de um túbulo seminífero 
mostra os estágios de desenvolvimento dos 
espermatozoides das espermatogônias; 
 
A espermatogênese ocorre durante toda a vida 
sexual ativa pela estimulação dos hormônios 
gonadotrópicos da hipófise anterior, começado 
aos 13 anos de idade, aproximadamente, e 
reduzindo-se acentuadamente na velhice; 
Meiose 
• A espermatogonia que chega às células de 
Sertoli, é progressivamente modificada para 
formar os espermatócitos primários, os quais 
irão sofrer divisão meiótica para formar dois 
espermatócitos secundários; 
 
 
• Assim, os espermatócitos secundários se 
transformam dias depois em espermátides, 
que são finalmente transformadas nos 
espermatozoides; 
• Durante as transformações, os 46 
cromossomos do espermatócito se dividem 
para as duas espermátides, fazendo com que 
cada espermatozoide tenha 23 
cromossomos; 
• Assim, os genes cromossômicos também se 
dividem, fazendo com que o possível feto 
tenha metade das características genéticas 
fornecida da pelo e a outra metade seja 
fornecida pelo oócito da mãe; 
• Todo esse período de espermatogênese dura 
aproximadamente 74 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cromossomos sexuais 
• Em cada espermatogônia um dos 23 pares de 
cromossomos carrega a informação genética 
que determina o sexo do possível feto. Esse 
par é composto por um cromossomo 
feminino X e um cromossomo masculino Y; 
• Durante a divisão meiótica, um X vai para uma 
espermátide, formando o espermatozoide 
feminino e um Y vai para outra espermátide, 
formando o espermatozoide masculino. 
Assim, o sexo do feto é determinado pelo tipo 
de espermatozoide que fertiliza o ovo. 
Anatomia do esperma 
• Cada espermatozoide é composto por uma 
cabeça e uma cauda; 
• Na cabeça encontra-se o núcleo condensado 
da célula e na parte anterior da cabeça, está 
o capuz chamado de acrossomo formado pelo 
Complexo de Golgi; 
o O acrossomo contém várias enzimas, 
incluindo a hialuronidase; essas enzimas 
possibilitam que o espermatozoide entre 
no óvulo e o fertilize; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A reação do acrossomo com o óvulo, impede 
que outros espermatozoides penetrem, 
sendo assim somente um espermatozoide irá 
penetrar; 
• O movimento flagelar da cauda permite a 
mobilidade do espermatozoide; 
 
 
• A mitocôndria do espermatozoide não irá 
participar da fecundação, ou seja, doenças 
mitocondriais estão associadas, 
particularmente à mãe; 
Hormônios que estimulam a espermatogênese 
• Testosterona: secretada pelas células de 
Leydig, localizadas no testículo; 
o Esse hormônio é essencial para o 
crescimento e divisão das células 
germinativas testiculares do primeiro 
estágio de formação do espermatozoide; 
• Luteinizante (LH): secretado pela hipófise 
anterior, estimula as células de Leydig a 
secretar testosterona; 
• Folículo-estimulante (FSH): também 
secretado pela hipófise anterior, estimula as 
células de Sertoli, para que o processo de 
espermiogênese ocorra; 
• Estrogênios: formados a partir da 
testosterona pelas células de Sertoli, quando 
são estimuladas pelo FSH, também são 
essenciais para a espermiogênese; 
• Hormônio do crescimento (GH): necessário 
para controlar as funções metabólicas basais 
dos testículos; 
o Em anões hipofisários, a 
espermatogênese é deficiente ou 
ausente, causando, assim, infertilidade. 
MATURAÇÃO DO ESPERMATOZOIDE 
• O espermatozoide requer muitos dias para 
passar pelo túbulo do epidídimo, após a sua 
formação, pois ele ainda não é móvel e não 
pode fertilizar o óvulo; 
• Após permanecer no epidídimo por 18 a 24 
horas, ele desenvolve a capacidade de 
mobilidade. 
• A estocagem geralmente dura até um mês, 
mantendo sua fertilidade; 
o Durante esse tempo, são mantidos em 
estado inativo por múltiplas substâncias 
inibitórias; 
o Por sua vez, com alto nível de atividade 
sexual e ejaculações, a armazenagem pode 
durar menos de alguns dias; 
• Maturação: ocorre após a ejaculação, quando os 
espermatozoides se tornam móveis e 
capazes de fertilizar o óvulo; 
o As células de Sertoli e epitélio do epidídimo 
secretam o líquido com os 
espermatozoides (esperma); 
o Esse líquido contém hormônios 
(testosterona e estrogênio), enzimas e 
nutrientes essenciais para a maturação; 
• A atividade do espermatozoide é muito 
aumentada em meio neutro ou ligeiramente 
alcalino, como o existente no sêmen ejaculado, 
mas é muito deprimida em meio ligeiramente 
ácido, como na vagina. Um meio fortemente 
ácido pode causar a morte rápida do 
espermatozoide. 
VESÍCULAS SEMINAIS 
• Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso que 
secreta material mucoso contendo frutose, 
ácido cítrico, prostaglandinas e fibrinogênio; 
• Na ejaculação, cada vesícula seminal esvazia 
seu conteúdo no ducto ejaculatório; 
• As prostaglandinas auxiliam na fertilização de 
duas maneiras: 
1. Protegem os espermatozoides do muco 
vaginal ácido; 
2. Induz contrações peristálticas para 
mover os espermatozoides ejaculados em 
direção aos ovários. 
 
 
PRÓSTATA 
• Secreta um líquido fino, leitoso que contém 
cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de 
coagulação e uma pró-fibrinolisina; 
• A cápsula da próstata se contrai, juntamente 
com as contrações do canal deferente, de 
modo que esse líquido da próstata seja 
adicionado ao sémen; 
• Uma leve alcalinidade característica do líquido 
prostático pode ser muito importante para a 
fertilização bem-sucedida do óvulo, uma vez 
que o líquido do canal deferente é 
relativamente ácido e o sêmen deve ser 
alcalino; 
o Com isso, o líquido prostático ajuda a 
neutralizar a acidez dos outros líquidos 
seminais, promovendo a mobilidade e 
fertilização efetiva do espermatozoide; 
SÊMEN 
• É a soma das secreções da próstata: 
o Líquido do canal deferente (10%); 
o Líquido das vesículas seminais (60%); 
o Líquido prostático (30%); 
o Pequena quantidades de líquido das 
glândulas bulbouretrais; 
o O pH está em torno de 7,5; 
• Embora os espermatozoides possam viver 
por muitas semanas nos ductos genitais 
masculinos, uma vez ejaculados no sêmen, sua 
expectativa máxima de vida é de somente 24 
a 48 horas, à temperatura corporal. 
Capacitação dos espermatozoides 
• Embora os espermatozoides sejam 
considerados “maduros” quando deixam o 
epidídimo, eles só são ativados de fato quando 
entram em contato com o sistema genital 
feminino; 
• Após a ejaculação no canal genital feminino, os 
espermatozoides sofrem múltiplas 
alterações, as quais em conjunto são 
chamadas de capacitação do espermatozoide; 
são elas: 
1. Os líquidos das trompas de Falópio e do 
útero eliminam os vários fatores 
inibitórios dos espermatozoides; 
2. Após a ejaculação, os espermatozoides 
perdem uma capa de vesículasde 
colesterol que fazem com que a 
membrana do acrossomo fique mais 
fraca para poder fertilizar o óvulo; 
3. Aumento do movimento flagelado dos 
espermatozoides através de íons de cálcio. 
PENETRAÇÃO NO ÓVULO 
• Para a penetração ocorrer, as enzimas do 
acrossomo começam a ser liberadas. A 
hialuronidase, especialmente, é importante 
para abrir caminhos entre as células 
granulosas, de modo que o espermatozoide 
possa atingir o óvulo; 
• Quando o espermatozoide atinge a zona 
pelúcida do óvulo, a membrana anterior do 
espermatozoide liga-se, especificamente, às 
proteínas receptoras, na zona pelúcida; 
• Em seguida, todo o acrossomo se dissolve 
rapidamente, e todas as enzimas são 
liberadas, abrindo uma via de penetração para 
a passagem da cabeça do espermatozoide; 
• Em seguida, as membranas celulares da 
cabeça do espermatozoide e do oócito se 
fundem, formando uma só célula. os 
materiais genéticos se combinam para 
 
 
formar um genoma celular. Esse é o processo 
de fertilização; 
Contagem, morfologia e motilidade dos 
espermatozoides 
• Em média, um total de 400 milhões de 
espermatozoides está presente em cada 
ejaculação. Quando o número de 
espermatozoides cai abaixo de 20 milhões, é 
provável que o indivíduo seja infértil; 
• Assim, embora um só espermatozoide seja 
suficiente para fertilizar o óvulo, a ejaculação 
deve conter uma quantidade enorme de 
espermatozoides para somente um deles 
fertilizar o óvulo; 
• É possível que o homem tenha quantidade 
normal de espermatozoides, mas, mesmo 
assim, seja infértil. Isso acontece quando os 
espermatozoides são anormais, como duas 
cabeças, caudas anormais ou são imóveis; 
• O exame para detectar a morfologia dos 
espermatozoides é o espermograma, no qual, 
consiste numa avaliação do sêmen. 
 
ATO SEXUAL MASCULINO 
• Os estímulos físicos sensoriais da glande do 
pênis e os estímulos psíquicos apropriados são 
extremamente importantes na realização do 
ato sexual; 
• O ato sexual masculino resulta de mecanismos 
reflexos inerentes, integrados na medula 
espinal sacral e lombar e esses mecanismos 
podem ser iniciados por estimulação psíquica 
ou estimulação sexual real dos órgãos sexuais, 
mas geralmente é uma combinação de ambas. 
Estágios do ato sexual 
• Papel dos nervos parassimpáticos: A ereção é 
causada por impulsos parassimpáticos que 
passam da região sacral da medula espinal 
pelos nervos pélvicos para o pênis; 
o Os impulsos parassimpáticos durante a 
estimulação sexual, além de promover a 
ereção, induzem a secreção mucosa pelas 
glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse 
muco flui pela uretra, auxiliando a 
lubrificação durante a relação sexual; 
o Entretanto, a maior parte da lubrificação 
do coito é fornecida pelos órgãos sexuais 
femininos, muito mais do que pelos 
masculinos. 
• Papel dos nervos simpáticos: A emissão e a 
ejaculação são o clímax do ato sexual 
masculino. 
o Quando o estímulo fica extremamente 
intenso, os centros reflexos da medula 
começam a emitir impulsos simpáticos, 
que deixam a medula aos níveis T-12 a L-
2, e passam para os órgãos genitais, 
iniciando a emissão precursora da 
ejaculação. 
HORMÔNIOS SEXUAIS 
Testosterona 
• As células de Leydig formam a testosterona. 
Na infância, época em que os testículos quase 
não secretam testosterona, essas células são 
quase inexistentes; já no recém-nascido do 
sexo masculino nos primeiros meses de vida e 
no homem adulto após a puberdade, elas são 
 
 
bem numerosas; 
• A quantidade desse hormônio aumenta 
rapidamente por volta dos 10 aos 13 anos e 
permanecendo assim até os 50 anos e caindo 
para 20% a 50% dos valores máximos aos 80 
anos; 
• O termo “androgênio” significa qualquer 
hormônio esteroide que tenha efeitos 
masculinizantes, incluindo a testosterona; 
• É responsável pelas características que 
diferenciam o corpo masculino; 
• Os testículos são estímulos pela gonadotropina 
coriônica, proveniente da placenta, a produzir 
quantidades moderadas de testosterona por 
toda a gravides e por 10 semanas ou mais 
após o nascimento; 
 
• Desenvolvimento fetal: A testosterona 
secretada inicialmente pelas cristas genitais e, 
posteriormente, pelos testículos fetais é 
responsável pelo desenvolvimento das 
características do corpo masculino, incluindo a 
formação do pênis e do saco escrotal, em vez 
do clitóris e da vagina; 
o Ainda, a testosterona induz a formação da 
próstata, das vesículas seminais e os 
ductos genitais masculinos, enquanto, ao 
mesmo tempo, suprime a formação dos 
órgãos genitais femininos. 
• Descida dos testículos: Os testículos descem 
para o saco escrotal, geralmente, durante os 
últimos 2 a 3 meses de gestação, quando 
começam a secretar quantidades de 
testosterona; 
o Se um menino nasce com os testículos 
normais, mas que não desceram para o 
saco escrotal, a administração de 
testosterona frequentemente faz com 
que eles desçam do modo habitual; 
o A administração de hormônios 
gonadotrópicos, que estimulam as células 
de Leydig dos testículos do menino 
recém-nascido a produzir testosterona, 
pode também induzir a descida dos 
testículos. 
 
• Características sexuais adultas primárias e 
secundárias: Esse hormônio tem influência no 
crescimento do pênis, saco escrotal e 
testículos; além disso, causa o 
desenvolvimentos das características sexuais 
secundárias, como: 
o Distribuição de pelos: no púbis, acima da 
linha alba do abdome, na face e 
geralmente no tórax; 
o Calvície: a testosterona reduz o 
crescimento de cabelos no topo da cabeça, 
mas pode estar associada também a 
 
 
herança genética e as grandes 
quantidades hormônios androgênicos; 
o Voz: produz hipertrofia da mucosa 
laríngea e alargamento da laringe; 
o Aumento da espessura pele e ace: 
aumenta a espessura da pele de todo o 
corpo e a rigidez dos tecidos subcutâneos, 
além de aumentar a secreção de glândulas 
sebáceas, resultando em acne; 
o Desenvolvimento da musculatura: 
Resultado da elevação da quantidade de 
proteínas associado a esse hormônio; 
o Aumento da matriz óssea: os ossos nos 
homens são mais espessos e depositam 
grandes quantidades de sais de cálcio; 
o Aumento da taxa de metabolismo basal; 
aumento das hemácias: pode ser devido, 
pelo menos em parte, indiretamente ao 
metabolismo aumentado que ocorre após 
a administração de testosterona. 
o Distúrbio hidroeletrolítico (DHE): Hormônios 
esteroides como a testosterona podem 
aumentar a reabsorção de sódio nos 
túbulos distais renais. 
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO 
• A maior parte do controle das funções 
sexuais, tantos dos homens quanto das 
mulheres, começa com a secreção do 
hormônio liberador de gonadotropina (GnRh) 
pelo hipotálamo, o qual irá estimular a hipófise 
anterior a secretar LH e FSH; 
• Assim, o LH é o estímulo primário para a 
secreção de testosterona pelos testículos e 
FSH estimula a espermatogênese; 
Feedback negativo da testosterona 
• A testosterona secretada pelos testículos em 
resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir 
a secreção de LH pela hipófise anterior. A 
maior parte dessa inibição, provavelmente, 
resulta de efeito direto da testosterona no 
hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH; 
• Esse efeito, por sua vez, produz redução 
correspondente na secreção de LH e de FSH 
pela hipófise anterior, e a redução no LH 
diminui a secreção de testosterona pelos 
testículos. 
• Ao contrário, pequenas quantidades de 
testosterona induzem o hipotálamo a 
secretar grande quantidade de GnRH, com o 
correspondente aumento da secreção de LH e 
FSH pela hipófise anterior e o consequente 
aumento da secreção testicular de 
testosterona. 
 
Puberdade e regulação do seu início 
• Durante a infância, o hipotálamo não secreta 
quantidades significativas de GnRH, e uma das 
 
 
razões para isso é que na infância a pequena 
secreção de qualquer hormônioesteroide 
exerce efeito inibitório intenso na secreção 
GnRH; 
• Já na época da puberdade, a secreção de 
GnRH hipotalâmico supera a inibição infantil, 
iniciando a vida sexual adulta; 
• Climatério masculino (andropausa): Após a 
puberdade, os hormônios gonadotrópicos são 
produzidos pela hipófise pelo restante da vida. 
No entanto, a partir dos 50 a 60 anos, as 
funções sexuais começam a ser reduzidas 
lentamente; 
o Pode haver uma variação, na qual alguns 
homens mantem a virilidade após os 80 ou 
90 anos; 
• Os sintomas são causados pela redução da 
secreção de testosterona e pode acarretar 
ondas de calor, sufocação e distúrbios 
psíquicos (quadro de depressão). 
o Esses sintomas podem ser abolidos pela 
administração de testosterona, 
androgênios sintéticos ou mesmo de 
estrogênios, mas não existe consenso 
sobre a reposição hormonal masculina e é 
até evitado muito, pois pode desenvolver 
sinais de agressividade; 
ANORMALIDADES DA FUNÇÃO MASCULINA 
Anormalidades da próstata 
• A próstata permanece pequena na infância e 
começa a crescer na puberdade sob estímulo 
da testosterona, atingindo tamanho 
estacionário aos 20 anos e regredindo aos 50 
anos; 
• Fibroadenoma prostático benigno 
frequentemente se desenvolve na próstata 
de muitos homens idosos e pode causar 
obstrução urinária. Essa hipertrofia não é 
causada pela testosterona, mas, sim, pelo 
crescimento anormal do tecido prostático; 
• Câncer de próstata: as células cancerosas são 
estimuladas, em geral, a crescer mais 
rapidamente pela testosterona e são inibidas 
pela remoção de ambos os testículos, de 
modo que a testosterona não pode ser 
formada; 
o Pode ser inibido também pela 
administração de estrogênios, o qual não 
irá deter o câncer, mas o tornará mais 
lento. 
Hipogonadismo no homem 
• Quando os testículos do feto não são 
funcionais durante a vida fetal, nenhuma das 
características masculinas se desenvolve no 
feto. Isso explica por que o hipogonadismo é 
mais sintomático nas crianças; 
o Eunuquismo: Ausência dos estímulos aos 
testículos; 
o Órgãos sexuais e características sexuais 
infantis. A voz é infantil, não ocorre perda 
de cabelos na cabeça, e não ocorre a 
distribuição normal de pelos no rosto e por 
todo o corpo; 
• Quando o homem é castrado após a 
puberdade, algumas de suas características 
sexuais secundárias são alteradas, os órgão 
sexuais regridem, mas não para o estado 
infantil. 
o Contudo, há perda da produção masculina 
de cabelos e perda dos ossos espessos e 
da musculatura viril; 
o Além disso, os desejos sexuais diminuem, 
mas não cessam. A ereção ainda ocorre, 
mas a ejaculação raramente ocorre, pois 
 
 
os órgão que formam o sêmen se 
atrofiam. 
• Alguns casos de hipogonadismo são 
provocados por incapacidade genética do 
hipotálamo de secretar GnRH; esse distúrbio 
se associa, geralmente, a uma desregulação 
do centro da fome, fazendo com que a pessoa 
coma excessivamente, acarretando 
obesidade. 
o Essa condição pode ser chamada de 
síndrome adiposogenital, síndrome de 
Frohlich ou eunuquismo hipotalâmico. 
 
Tumores testiculares 
Tumor nas células de Leydig: 
• Esses tumores produzem até 100 vezes a 
quantidade normal de testosterona; 
• Nas crianças jovens, eles causam o 
crescimento rápido dos músculos e dos ossos, 
mas também causam a união precoce das 
epífises, de modo que o tamanho do adulto é 
realmente muito menor do que poderia ter 
sido atingido em condições normais; 
• Tais tumores das células intersticiais também 
provocam o desenvolvimento excessivo dos 
órgãos sexuais masculinos, dos músculos 
esqueléticos e de outras características 
sexuais masculinas; 
• No homem adulto, os tumores pequenos das 
células intersticiais são difíceis de diagnosticar 
porque os aspectos masculinos já estão 
presentes. 
 Teratoma (tumor de células germinativas): 
• São mais comuns do que os tumores nas 
células de Leydig; 
• Muitos desses tumores contêm tecidos 
múltiplos, tais como placentário, cabelo, dente, 
osso e pele, todos encontrados juntos na 
mesma massa tumoral; 
• Geralmente, secretam poucos hormônios, 
mas se uma quantidade significativa de tecido 
placentário se desenvolve no tumor, ele pode 
secretar grande quantidade de hCG; 
• Hormônios estrogênicos também são 
secretados algumas vezes por esses 
tumores e causam a condição chamada 
ginecomastia (crescimento excessivo das 
mamas); 
• Podem ter características paraneoplásicas, ou 
seja, doenças que causam sintomas em locais 
distantes de um tumor. 
 
Orquite: inflamação dos testículos e destruição do 
epitélio germinativo causadas pela caxumba e que 
pode levar infertilidade masculina. 
 
Disfunção erétil: 
• Também chamada “impotência”, é 
caracterizada pela incapacidade do homem de 
desenvolver ou manter uma ereção de rigidez 
suficiente para relação sexual satisfatória; 
• Os fatores associados, são: 
o Substâncias: nicotina, álcool e 
antidepressivos; 
 
 
o Neurológico: pode ser causado por trauma 
nos nervos parassimpáticos devido à 
cirurgia de próstata (prosteoctomia), a 
qual pode causar ejaculação retrógrada; 
o Fatores psíquicos; 
o Distúrbios vasculares adjacentes: ocorre, 
geralmente, em homens acima dos 40 
anos, no qual a hipertensão, diabetes e 
aterosclerose podem reduzir a capacidade 
de dilatação dos vasos, incluindo os no 
pênis; 
• A disfunção erétil causada por distúrbios 
vasculares pode frequentemente ser tratada 
com sucesso com inibidores da 
fosfodiesterase 5, tais como o famoso 
Viagra. 
A FUNÇÃO DA GLÂNDULA PINEAL 
• Estudos indicam que essa glândula controla a 
fertilidade sazonal, o que influencia 
diretamente na sexualidade e no sono; 
o Na presença de secreção da glândula 
pineal, a secreção do hormônio 
gonadotrópico é suprimida em algumas 
espécies de animais, e as gônadas ficam 
inibidas e mesmo parcialmente involuídas; 
isso aconteceria no inverno; 
o Contudo, após quatro meses de disfunção, 
a secreção do hormônio gonadotrópico 
supera o efeito inibitório da glândula pineal, 
e as gônadas voltam a ficar funcionais na 
primavera; 
• Essa função no controle da reprodução em 
humanos ainda é desconhecida. Entretanto, 
tumores na região da glândula pineal, 
geralmente, secretam quantidades 
excessivas de hormônios da pineal, enquanto 
outros são tumores dos tecidos adjacentes 
que agem pressionando a glândula e 
destruindo-a. Ambos os tipos de tumores 
estão associados frequentemente ao 
hipogonadismo ou ao hipergonadismo. 
Paciente de 85 anos, hipertenso, vem se 
queixando de levantar-se várias vezes para ir ao 
banheiro a noite e refere que não consegue 
eliminar toda a urina. Nega febre, perda de peso 
ou outros sintomas gerais. 
1. Qual as suas suspeitas para o paciente? 
- Câncer de próstata, hiperplasia benigna, 
prostatites infecciosas; 
- Os tumores malignos de próstata só causam 
sintomas urinários se estiverem bem 
avançados e grandes, pois estão longe da 
uretra e por isso a maioria dos casos são 
assintomáticos; 
- Já a hiperplasia prostática benigna causa os 
sintomas urinários, pois eles se desenvolvem 
ao lado da uretra, comprimindo-a. 
2. Qual o exame poderia ser feito para ajudar 
nesse diagnóstico do paciente? 
- Exame físico e toque retal. 
3. Existe algum rastreio para essa doença? 
- Rastreamento através do exame de sangue 
que mede o PSA (antígeno prostático 
específico); mas ainda é controverso para 
alguns indivíduos. É preciso analisar a idade, 
raça e histórico familiar do indivíduo e 
características específicas dos tumores de 
próstata, pois alguns pacientes 
desenvolvem um tumor de progressão tão 
lenta que a indicação seria não realizar nenhum 
tratamento. 
 
Referência: HALL, John Edward; 
GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado 
de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017.

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