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• O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos convolutos, onde é formado o esperma; cada um tem, em média, mais de 1 metro de comprimento; • O esperma, então, é lançado no epidídimo, o qual conduz ao canal deferente; • Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola, e os conteúdos da ampola e das vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos através do corpo da glândula prostática, então desaguando na uretra interna; • Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem para o ducto ejaculatório e daí para a uretra prostática; • Finalmente, a uretra é o último elo dos testículos com o exterior. ESPERMATOGÊNESE O desenvolvimento das células germinativas masculinas iniciam antes de nascer; Durante a formação do embrião, as células germinativas primordiais migram para os testículos e tornam-se células germinativas imaturas, chamadas espermatogônias; Na puberdade, as espermatogônias passam por divisões mitóticas, proliferado e se diferenciando para formar o esperma; A secção transversal de um túbulo seminífero mostra os estágios de desenvolvimento dos espermatozoides das espermatogônias; A espermatogênese ocorre durante toda a vida sexual ativa pela estimulação dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, começado aos 13 anos de idade, aproximadamente, e reduzindo-se acentuadamente na velhice; Meiose • A espermatogonia que chega às células de Sertoli, é progressivamente modificada para formar os espermatócitos primários, os quais irão sofrer divisão meiótica para formar dois espermatócitos secundários; • Assim, os espermatócitos secundários se transformam dias depois em espermátides, que são finalmente transformadas nos espermatozoides; • Durante as transformações, os 46 cromossomos do espermatócito se dividem para as duas espermátides, fazendo com que cada espermatozoide tenha 23 cromossomos; • Assim, os genes cromossômicos também se dividem, fazendo com que o possível feto tenha metade das características genéticas fornecida da pelo e a outra metade seja fornecida pelo oócito da mãe; • Todo esse período de espermatogênese dura aproximadamente 74 dias. Cromossomos sexuais • Em cada espermatogônia um dos 23 pares de cromossomos carrega a informação genética que determina o sexo do possível feto. Esse par é composto por um cromossomo feminino X e um cromossomo masculino Y; • Durante a divisão meiótica, um X vai para uma espermátide, formando o espermatozoide feminino e um Y vai para outra espermátide, formando o espermatozoide masculino. Assim, o sexo do feto é determinado pelo tipo de espermatozoide que fertiliza o ovo. Anatomia do esperma • Cada espermatozoide é composto por uma cabeça e uma cauda; • Na cabeça encontra-se o núcleo condensado da célula e na parte anterior da cabeça, está o capuz chamado de acrossomo formado pelo Complexo de Golgi; o O acrossomo contém várias enzimas, incluindo a hialuronidase; essas enzimas possibilitam que o espermatozoide entre no óvulo e o fertilize; • A reação do acrossomo com o óvulo, impede que outros espermatozoides penetrem, sendo assim somente um espermatozoide irá penetrar; • O movimento flagelar da cauda permite a mobilidade do espermatozoide; • A mitocôndria do espermatozoide não irá participar da fecundação, ou seja, doenças mitocondriais estão associadas, particularmente à mãe; Hormônios que estimulam a espermatogênese • Testosterona: secretada pelas células de Leydig, localizadas no testículo; o Esse hormônio é essencial para o crescimento e divisão das células germinativas testiculares do primeiro estágio de formação do espermatozoide; • Luteinizante (LH): secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Leydig a secretar testosterona; • Folículo-estimulante (FSH): também secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Sertoli, para que o processo de espermiogênese ocorra; • Estrogênios: formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando são estimuladas pelo FSH, também são essenciais para a espermiogênese; • Hormônio do crescimento (GH): necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos; o Em anões hipofisários, a espermatogênese é deficiente ou ausente, causando, assim, infertilidade. MATURAÇÃO DO ESPERMATOZOIDE • O espermatozoide requer muitos dias para passar pelo túbulo do epidídimo, após a sua formação, pois ele ainda não é móvel e não pode fertilizar o óvulo; • Após permanecer no epidídimo por 18 a 24 horas, ele desenvolve a capacidade de mobilidade. • A estocagem geralmente dura até um mês, mantendo sua fertilidade; o Durante esse tempo, são mantidos em estado inativo por múltiplas substâncias inibitórias; o Por sua vez, com alto nível de atividade sexual e ejaculações, a armazenagem pode durar menos de alguns dias; • Maturação: ocorre após a ejaculação, quando os espermatozoides se tornam móveis e capazes de fertilizar o óvulo; o As células de Sertoli e epitélio do epidídimo secretam o líquido com os espermatozoides (esperma); o Esse líquido contém hormônios (testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes essenciais para a maturação; • A atividade do espermatozoide é muito aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino, como o existente no sêmen ejaculado, mas é muito deprimida em meio ligeiramente ácido, como na vagina. Um meio fortemente ácido pode causar a morte rápida do espermatozoide. VESÍCULAS SEMINAIS • Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso que secreta material mucoso contendo frutose, ácido cítrico, prostaglandinas e fibrinogênio; • Na ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório; • As prostaglandinas auxiliam na fertilização de duas maneiras: 1. Protegem os espermatozoides do muco vaginal ácido; 2. Induz contrações peristálticas para mover os espermatozoides ejaculados em direção aos ovários. PRÓSTATA • Secreta um líquido fino, leitoso que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina; • A cápsula da próstata se contrai, juntamente com as contrações do canal deferente, de modo que esse líquido da próstata seja adicionado ao sémen; • Uma leve alcalinidade característica do líquido prostático pode ser muito importante para a fertilização bem-sucedida do óvulo, uma vez que o líquido do canal deferente é relativamente ácido e o sêmen deve ser alcalino; o Com isso, o líquido prostático ajuda a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais, promovendo a mobilidade e fertilização efetiva do espermatozoide; SÊMEN • É a soma das secreções da próstata: o Líquido do canal deferente (10%); o Líquido das vesículas seminais (60%); o Líquido prostático (30%); o Pequena quantidades de líquido das glândulas bulbouretrais; o O pH está em torno de 7,5; • Embora os espermatozoides possam viver por muitas semanas nos ductos genitais masculinos, uma vez ejaculados no sêmen, sua expectativa máxima de vida é de somente 24 a 48 horas, à temperatura corporal. Capacitação dos espermatozoides • Embora os espermatozoides sejam considerados “maduros” quando deixam o epidídimo, eles só são ativados de fato quando entram em contato com o sistema genital feminino; • Após a ejaculação no canal genital feminino, os espermatozoides sofrem múltiplas alterações, as quais em conjunto são chamadas de capacitação do espermatozoide; são elas: 1. Os líquidos das trompas de Falópio e do útero eliminam os vários fatores inibitórios dos espermatozoides; 2. Após a ejaculação, os espermatozoides perdem uma capa de vesículasde colesterol que fazem com que a membrana do acrossomo fique mais fraca para poder fertilizar o óvulo; 3. Aumento do movimento flagelado dos espermatozoides através de íons de cálcio. PENETRAÇÃO NO ÓVULO • Para a penetração ocorrer, as enzimas do acrossomo começam a ser liberadas. A hialuronidase, especialmente, é importante para abrir caminhos entre as células granulosas, de modo que o espermatozoide possa atingir o óvulo; • Quando o espermatozoide atinge a zona pelúcida do óvulo, a membrana anterior do espermatozoide liga-se, especificamente, às proteínas receptoras, na zona pelúcida; • Em seguida, todo o acrossomo se dissolve rapidamente, e todas as enzimas são liberadas, abrindo uma via de penetração para a passagem da cabeça do espermatozoide; • Em seguida, as membranas celulares da cabeça do espermatozoide e do oócito se fundem, formando uma só célula. os materiais genéticos se combinam para formar um genoma celular. Esse é o processo de fertilização; Contagem, morfologia e motilidade dos espermatozoides • Em média, um total de 400 milhões de espermatozoides está presente em cada ejaculação. Quando o número de espermatozoides cai abaixo de 20 milhões, é provável que o indivíduo seja infértil; • Assim, embora um só espermatozoide seja suficiente para fertilizar o óvulo, a ejaculação deve conter uma quantidade enorme de espermatozoides para somente um deles fertilizar o óvulo; • É possível que o homem tenha quantidade normal de espermatozoides, mas, mesmo assim, seja infértil. Isso acontece quando os espermatozoides são anormais, como duas cabeças, caudas anormais ou são imóveis; • O exame para detectar a morfologia dos espermatozoides é o espermograma, no qual, consiste numa avaliação do sêmen. ATO SEXUAL MASCULINO • Os estímulos físicos sensoriais da glande do pênis e os estímulos psíquicos apropriados são extremamente importantes na realização do ato sexual; • O ato sexual masculino resulta de mecanismos reflexos inerentes, integrados na medula espinal sacral e lombar e esses mecanismos podem ser iniciados por estimulação psíquica ou estimulação sexual real dos órgãos sexuais, mas geralmente é uma combinação de ambas. Estágios do ato sexual • Papel dos nervos parassimpáticos: A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para o pênis; o Os impulsos parassimpáticos durante a estimulação sexual, além de promover a ereção, induzem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui pela uretra, auxiliando a lubrificação durante a relação sexual; o Entretanto, a maior parte da lubrificação do coito é fornecida pelos órgãos sexuais femininos, muito mais do que pelos masculinos. • Papel dos nervos simpáticos: A emissão e a ejaculação são o clímax do ato sexual masculino. o Quando o estímulo fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula começam a emitir impulsos simpáticos, que deixam a medula aos níveis T-12 a L- 2, e passam para os órgãos genitais, iniciando a emissão precursora da ejaculação. HORMÔNIOS SEXUAIS Testosterona • As células de Leydig formam a testosterona. Na infância, época em que os testículos quase não secretam testosterona, essas células são quase inexistentes; já no recém-nascido do sexo masculino nos primeiros meses de vida e no homem adulto após a puberdade, elas são bem numerosas; • A quantidade desse hormônio aumenta rapidamente por volta dos 10 aos 13 anos e permanecendo assim até os 50 anos e caindo para 20% a 50% dos valores máximos aos 80 anos; • O termo “androgênio” significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos masculinizantes, incluindo a testosterona; • É responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino; • Os testículos são estímulos pela gonadotropina coriônica, proveniente da placenta, a produzir quantidades moderadas de testosterona por toda a gravides e por 10 semanas ou mais após o nascimento; • Desenvolvimento fetal: A testosterona secretada inicialmente pelas cristas genitais e, posteriormente, pelos testículos fetais é responsável pelo desenvolvimento das características do corpo masculino, incluindo a formação do pênis e do saco escrotal, em vez do clitóris e da vagina; o Ainda, a testosterona induz a formação da próstata, das vesículas seminais e os ductos genitais masculinos, enquanto, ao mesmo tempo, suprime a formação dos órgãos genitais femininos. • Descida dos testículos: Os testículos descem para o saco escrotal, geralmente, durante os últimos 2 a 3 meses de gestação, quando começam a secretar quantidades de testosterona; o Se um menino nasce com os testículos normais, mas que não desceram para o saco escrotal, a administração de testosterona frequentemente faz com que eles desçam do modo habitual; o A administração de hormônios gonadotrópicos, que estimulam as células de Leydig dos testículos do menino recém-nascido a produzir testosterona, pode também induzir a descida dos testículos. • Características sexuais adultas primárias e secundárias: Esse hormônio tem influência no crescimento do pênis, saco escrotal e testículos; além disso, causa o desenvolvimentos das características sexuais secundárias, como: o Distribuição de pelos: no púbis, acima da linha alba do abdome, na face e geralmente no tórax; o Calvície: a testosterona reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça, mas pode estar associada também a herança genética e as grandes quantidades hormônios androgênicos; o Voz: produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe; o Aumento da espessura pele e ace: aumenta a espessura da pele de todo o corpo e a rigidez dos tecidos subcutâneos, além de aumentar a secreção de glândulas sebáceas, resultando em acne; o Desenvolvimento da musculatura: Resultado da elevação da quantidade de proteínas associado a esse hormônio; o Aumento da matriz óssea: os ossos nos homens são mais espessos e depositam grandes quantidades de sais de cálcio; o Aumento da taxa de metabolismo basal; aumento das hemácias: pode ser devido, pelo menos em parte, indiretamente ao metabolismo aumentado que ocorre após a administração de testosterona. o Distúrbio hidroeletrolítico (DHE): Hormônios esteroides como a testosterona podem aumentar a reabsorção de sódio nos túbulos distais renais. EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO • A maior parte do controle das funções sexuais, tantos dos homens quanto das mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRh) pelo hipotálamo, o qual irá estimular a hipófise anterior a secretar LH e FSH; • Assim, o LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos e FSH estimula a espermatogênese; Feedback negativo da testosterona • A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior. A maior parte dessa inibição, provavelmente, resulta de efeito direto da testosterona no hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH; • Esse efeito, por sua vez, produz redução correspondente na secreção de LH e de FSH pela hipófise anterior, e a redução no LH diminui a secreção de testosterona pelos testículos. • Ao contrário, pequenas quantidades de testosterona induzem o hipotálamo a secretar grande quantidade de GnRH, com o correspondente aumento da secreção de LH e FSH pela hipófise anterior e o consequente aumento da secreção testicular de testosterona. Puberdade e regulação do seu início • Durante a infância, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH, e uma das razões para isso é que na infância a pequena secreção de qualquer hormônioesteroide exerce efeito inibitório intenso na secreção GnRH; • Já na época da puberdade, a secreção de GnRH hipotalâmico supera a inibição infantil, iniciando a vida sexual adulta; • Climatério masculino (andropausa): Após a puberdade, os hormônios gonadotrópicos são produzidos pela hipófise pelo restante da vida. No entanto, a partir dos 50 a 60 anos, as funções sexuais começam a ser reduzidas lentamente; o Pode haver uma variação, na qual alguns homens mantem a virilidade após os 80 ou 90 anos; • Os sintomas são causados pela redução da secreção de testosterona e pode acarretar ondas de calor, sufocação e distúrbios psíquicos (quadro de depressão). o Esses sintomas podem ser abolidos pela administração de testosterona, androgênios sintéticos ou mesmo de estrogênios, mas não existe consenso sobre a reposição hormonal masculina e é até evitado muito, pois pode desenvolver sinais de agressividade; ANORMALIDADES DA FUNÇÃO MASCULINA Anormalidades da próstata • A próstata permanece pequena na infância e começa a crescer na puberdade sob estímulo da testosterona, atingindo tamanho estacionário aos 20 anos e regredindo aos 50 anos; • Fibroadenoma prostático benigno frequentemente se desenvolve na próstata de muitos homens idosos e pode causar obstrução urinária. Essa hipertrofia não é causada pela testosterona, mas, sim, pelo crescimento anormal do tecido prostático; • Câncer de próstata: as células cancerosas são estimuladas, em geral, a crescer mais rapidamente pela testosterona e são inibidas pela remoção de ambos os testículos, de modo que a testosterona não pode ser formada; o Pode ser inibido também pela administração de estrogênios, o qual não irá deter o câncer, mas o tornará mais lento. Hipogonadismo no homem • Quando os testículos do feto não são funcionais durante a vida fetal, nenhuma das características masculinas se desenvolve no feto. Isso explica por que o hipogonadismo é mais sintomático nas crianças; o Eunuquismo: Ausência dos estímulos aos testículos; o Órgãos sexuais e características sexuais infantis. A voz é infantil, não ocorre perda de cabelos na cabeça, e não ocorre a distribuição normal de pelos no rosto e por todo o corpo; • Quando o homem é castrado após a puberdade, algumas de suas características sexuais secundárias são alteradas, os órgão sexuais regridem, mas não para o estado infantil. o Contudo, há perda da produção masculina de cabelos e perda dos ossos espessos e da musculatura viril; o Além disso, os desejos sexuais diminuem, mas não cessam. A ereção ainda ocorre, mas a ejaculação raramente ocorre, pois os órgão que formam o sêmen se atrofiam. • Alguns casos de hipogonadismo são provocados por incapacidade genética do hipotálamo de secretar GnRH; esse distúrbio se associa, geralmente, a uma desregulação do centro da fome, fazendo com que a pessoa coma excessivamente, acarretando obesidade. o Essa condição pode ser chamada de síndrome adiposogenital, síndrome de Frohlich ou eunuquismo hipotalâmico. Tumores testiculares Tumor nas células de Leydig: • Esses tumores produzem até 100 vezes a quantidade normal de testosterona; • Nas crianças jovens, eles causam o crescimento rápido dos músculos e dos ossos, mas também causam a união precoce das epífises, de modo que o tamanho do adulto é realmente muito menor do que poderia ter sido atingido em condições normais; • Tais tumores das células intersticiais também provocam o desenvolvimento excessivo dos órgãos sexuais masculinos, dos músculos esqueléticos e de outras características sexuais masculinas; • No homem adulto, os tumores pequenos das células intersticiais são difíceis de diagnosticar porque os aspectos masculinos já estão presentes. Teratoma (tumor de células germinativas): • São mais comuns do que os tumores nas células de Leydig; • Muitos desses tumores contêm tecidos múltiplos, tais como placentário, cabelo, dente, osso e pele, todos encontrados juntos na mesma massa tumoral; • Geralmente, secretam poucos hormônios, mas se uma quantidade significativa de tecido placentário se desenvolve no tumor, ele pode secretar grande quantidade de hCG; • Hormônios estrogênicos também são secretados algumas vezes por esses tumores e causam a condição chamada ginecomastia (crescimento excessivo das mamas); • Podem ter características paraneoplásicas, ou seja, doenças que causam sintomas em locais distantes de um tumor. Orquite: inflamação dos testículos e destruição do epitélio germinativo causadas pela caxumba e que pode levar infertilidade masculina. Disfunção erétil: • Também chamada “impotência”, é caracterizada pela incapacidade do homem de desenvolver ou manter uma ereção de rigidez suficiente para relação sexual satisfatória; • Os fatores associados, são: o Substâncias: nicotina, álcool e antidepressivos; o Neurológico: pode ser causado por trauma nos nervos parassimpáticos devido à cirurgia de próstata (prosteoctomia), a qual pode causar ejaculação retrógrada; o Fatores psíquicos; o Distúrbios vasculares adjacentes: ocorre, geralmente, em homens acima dos 40 anos, no qual a hipertensão, diabetes e aterosclerose podem reduzir a capacidade de dilatação dos vasos, incluindo os no pênis; • A disfunção erétil causada por distúrbios vasculares pode frequentemente ser tratada com sucesso com inibidores da fosfodiesterase 5, tais como o famoso Viagra. A FUNÇÃO DA GLÂNDULA PINEAL • Estudos indicam que essa glândula controla a fertilidade sazonal, o que influencia diretamente na sexualidade e no sono; o Na presença de secreção da glândula pineal, a secreção do hormônio gonadotrópico é suprimida em algumas espécies de animais, e as gônadas ficam inibidas e mesmo parcialmente involuídas; isso aconteceria no inverno; o Contudo, após quatro meses de disfunção, a secreção do hormônio gonadotrópico supera o efeito inibitório da glândula pineal, e as gônadas voltam a ficar funcionais na primavera; • Essa função no controle da reprodução em humanos ainda é desconhecida. Entretanto, tumores na região da glândula pineal, geralmente, secretam quantidades excessivas de hormônios da pineal, enquanto outros são tumores dos tecidos adjacentes que agem pressionando a glândula e destruindo-a. Ambos os tipos de tumores estão associados frequentemente ao hipogonadismo ou ao hipergonadismo. Paciente de 85 anos, hipertenso, vem se queixando de levantar-se várias vezes para ir ao banheiro a noite e refere que não consegue eliminar toda a urina. Nega febre, perda de peso ou outros sintomas gerais. 1. Qual as suas suspeitas para o paciente? - Câncer de próstata, hiperplasia benigna, prostatites infecciosas; - Os tumores malignos de próstata só causam sintomas urinários se estiverem bem avançados e grandes, pois estão longe da uretra e por isso a maioria dos casos são assintomáticos; - Já a hiperplasia prostática benigna causa os sintomas urinários, pois eles se desenvolvem ao lado da uretra, comprimindo-a. 2. Qual o exame poderia ser feito para ajudar nesse diagnóstico do paciente? - Exame físico e toque retal. 3. Existe algum rastreio para essa doença? - Rastreamento através do exame de sangue que mede o PSA (antígeno prostático específico); mas ainda é controverso para alguns indivíduos. É preciso analisar a idade, raça e histórico familiar do indivíduo e características específicas dos tumores de próstata, pois alguns pacientes desenvolvem um tumor de progressão tão lenta que a indicação seria não realizar nenhum tratamento. Referência: HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
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