Funções reprodutivas e hormonais masculinas

@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Funções reprodutivas e hormonais masculinas

As funções podem ser divididas, geralmente em 3 grandes: espermatogênese, desempenho sexual masculino, regulação das funções sexuais (hormônios).

Anatomia fisiológica:

O testículo é composto por ate 900 tubulos seminíferos, onde são produzidos esperma. Corre pelo epidídimo ate chegar ao ducto deferente ate se alargar na ampola do canal deferente , localizada exatamente anterior ao corpo da próstata. Existem ainda 2 vesiculas seminais , dentro da próstata, que despejam seu conteúdo no ducto ejaculatório . Tudo isso desagua na uretra interna . Ainda é unido ao muco proveniente da uretra, produzido pelas glândulas uretrais.

Estágios da espermatogênese

Ocorre nos túbulos seminíferos, estimulados pelos hormônios gonadotróficos produzidos na hipófise, que faz com que as células de leydig produzam testosterona estimulados por LH.

No primeiro estagio, a espermatogonia migra entre as células de sertoli em direção ao lúmen dos túbulos seminíferos.

As grandes espermatogonias se dividem formando espermatócitos primários , que se dividem em espermatocitos secundários que ainda se dividem para formar espermátides . Cada um desses vai diminuindo, não so de tamanho, mas também de quantidade de cromossomos, no final, cada espermátide tendo somente 23 cromossomos .

Cada espermatozoide é composto por uma cabeça e uma cauda. Na cabeça encontra-se o núcleo condensado da célula. Na parte anterior à cabeça, se encontra o acrossomo que tem ^ quantidade de golgi , que produz grande quantidade de enzimas ( HIALURONIDASE e enzimas proteolíticas ).

No flagelo (subdividido em pescoço, corpo e cauda) existem 11 microtubúlos, chamados axonema , que batem para ocorrer motricidade, uma grande quantidade de mitocôndrias (corpo) para promover energia na parte proximal da cauda e tudo isso é revestido por membrana celular.

- Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese:

1. Testosterona secretada pelas células de Leydig

2. LH, secretado pela hipófise, estimula as células de leydig

3. FSH também produzido pela hipófise, estimula as células de Sertoli(auxilia na maturação espermática)

4. Estrógenos, formados a partir de sertoli

5. GH, controla as funções metabólicas basais dos testículos: promove a divisão precoce da espermatogonia.

A maior parte dos espermatozoides é estocada no canal deferente, sem mobilidade por enzimas secretadas no liquido epididimal, apesar de já ter capacidade de bater o flagelo.

A maturação se dá na capacidade do esperma em fertilizar o óvulo, desde as divisões até a motricidade adquirida conforme ele matura.

As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam liquido nutriente que contem hormônios como testosterona e estrogênio para continuidade de maturação dos espermatozoides.

A atividade metabólica e de movimentação do espermatozoide é ^ em meios neutros e alcalinos e ^ da Tº , e \u2193 em meios ácidos. O ^ do metabolismo \u2193 o tempo de vida .

Função das vesículas seminais

Túbulo de células epiteliais que secretam muco contendo frutose , ácido cítrico, fibrinogênio e substancias nutritivas . Após o canal deferente ter propulsionado seus espermatozoides, a vesícula libera sua substancia dentro do canal prostático.

A prostaglandina liberada pelas vesículas seminais tem ações para facilitar a fertilização, como promoção de movimentos contrateis contrários no cérvice da vagina.

Função da próstata

Secreta cálcio, citrato, fosfato, enzima de coagulação e pró-fibrinolisina. Esses ions auxiliam a aumentar o pH, gerando leve alcalinidade , para que o espermatozoide possa ter seu metabolismo ativado e permanência do metabolismo tanto na saída quanto na vagina (que tem pH baixo, entre 3,5 a 4) para fecundar o óvulo.

Sêmen

Espermatozoides: 10%

Vesículas seminais: 60%

Próstata: 30%

A liberação da fibrinosina (vesícula) faz com que o sêmen tenha capacidade de coagulação para colar na parede do útero. Após um tempo, combinada com o pró fibrinogênio (próstata), quebra a fibra e libera os espermatozoides para se mover.

Capacitação dos espermatozoides :

São capacitados para fecundação pelos líquidos do trato genital feminino, como

1. Contato com líquidos das trompas de falopio

2. Perda do excesso de colesterol, liberado nos ductos to trato genital masculino, conforme se move no TGF(trato genital feminino), fazendo com que as enzimas do próprio espermatozoide possam ser liberadas.

3. Membrana dos espermatozoides permeável a ions de cálcio, ^ a atividade do flagelo.

Enzimas do acrossomo

Tem capacidade de quebrar as proteínas celulares para conseguir abrir passagem. Quebram proteínas de células granulosas e da zona pelúcida(com dissolução de todo o acrossomo por conexão com proteínas da zona pelúcida).

Quando a fecundação acontece, o cálcio que entrou pela permeabilidade aumentada, entra junto para dentro da membrana celular do ovulo. Isso faz com que ele libere grande quantidade de grânulos corticais , que contem substancias que permeiam toda zona pelúcida e impedem ligação de espermatozoide adicional.

Espermatogênese anormal pode acontecer por várias doenças, além da destruição dos túbulos seminíferos por caxumba, podem acontecer afecções como epitélio tubular degenerado, criptorquismo, defeito na morfologia do esperma, além de temperatura excessiva dos testículos, dando esterilidade temporária.

Ato sexual masculino

A iniciação dos sinais sensoriais é feita através da glande do pênis, extremamente sensível, também podendo ser feita em regiões perineais como anus e escroto, transmitindo a modalidade sensorial de sensação sexual .

Elementos psíquicos também são importantes

A estimulação, apesar de poder ser iniciada ou inibida, pela medula e córtex não tem papel essencial. A estimulação genital apropriada tem capacidade de causar ejaculação após corte de feixes da medula.

Estágios do ato sexual masculino:

1. Ereção peniana: papel dos nervos parassimpáticos (liberam óxido nítrico - ^ perfusão sanguínea -, além de AcH).

2. Lubrificação pelas glândulas mucosas da uretra

3. Emissão e ejaculação- simpatico. Inicia por contração do canal deferente e da ampola, seguido por contração prostática e contração das vesículas seminais. Todos os líquidos se misturam com o muco, chamada emissão . Já a ejaculação ocorre por sinalização quando o sêmen está na uretra. Musculatura pélvica se contrai ritmicamente, com aumento de sangue no pênis propulsionando o sêmen para fora, a ejaculação .

Testosterona e outros hormônios

A testosterona é formada nas células de Leydig , situado no interstício entre os túbulos seminíferos. Ainda produzem a forma mais ativa diidrotestosterona e androstenediona, além de outros andrógenos. Essas células são praticamente inexistentes quando crianças, mas são numerosas no RN masc. e homens adultos.

Glândulas adrenais auxiliam na produção de andrógenos em ambos os sexos. Ovário normal também produz pequenas quantidades de andrógenos.

Os andrógenos são esteroides , portanto podem ser produzidos a partir de colesterol ou até mesmo de AcetilCoA.

97% da testosterona é transportada pela BETAGLOBULINA (lig mais forte) ou albumina plasmática. A maior parte da testosterona carreada é transformada em diidro no tecido alvo. Isso é importante porque a depender da ação é necessária que a diidro esteja presente.

A degradação da testosterona não utilizada ocorre pela conversão dela em androsterona e ligada a um glicuronídeo. Após isso, liberada no intestino e excretada.

Ainda existe produção de estrogênio no macho. Apesar de não ser conhecida realmente sua origem, provavelmente tem papel importante na espermiogenese. Também é formado estrogênio a partir de testosterona, quando em excesso, no fígado.

Funções da testosterona

É responsável pelas características masculinas. Desde a vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotropina coriônica para ocorrer produção de testosterona por todo desenvolvimento fetal (a partir da 7 semana) e ate 10 meses após o nascimento.

A grande diferença entre homens e mulheres é o GENE SRY, que tem capacidade de produção de proteínas testiculares. A proteína sry inicia a cascata de ativações genéticas fazendo com que as células do tubérculo genital se diferenciem em células que produzem testosterona, enquanto no gene feminino é iniciada a produção de células que iniciam a produção de estrógeno.

Efeito da testosterona na descida dos testículos

Após a puberdade, a quantidade de testosterona produzida volta a crescer, fazendo com que o saco escrotal aumente em ate 8x, além das características sexuais secundarias , como crescimento de pelos no púbis e subindo pela linha alba, na face, no tórax. Também há o engrossamento da voz. Pode ocorrer calvície, espessamento da pele e contribui para o desenvolvimento de acne

O aumento da testosterona também aumenta a formação de proteínas, como um todo.

Testosterona aumenta a matriz óssea , estimulando a retenção de cálcio. Também faz com que haja deposição de cálcio em cartilagens, fazendo com que alguns locais se tornem enrijecidos, até auxiliando o crescimento ósseo.

Testosterona ^ metabolismo basal , pelo anabolismo proteico, como já dito anteriormente. Também ^ a quantidade de hemácia, pelo metabolismo ser elevado, necessitando de mais oxigenação.

Enzima de conversão: 5alfa-redutase

Controle pelos hormônios hipotalâmicos hipofisários

Tudo inicia com hormônio liberador de gonadotropina GnRH (hipotálamo) liberado no sistema porta hipofisario, que estimula a liberação de hormônios gonadotrópicos luiteinizante Lh (Testo) e folículo-estimulante FSH (espermatogênese).

A liberação se dá por ciclos controlados por feedback negativo. Inclusive por um hormônio chamado inibina liberado pela Sertoli

FSH e Lh atuam por sistema de segundo mensageiro AMPc que atuam fazendo com que células de leydig e Sertoli sejam ativadas.

Funções reprodutivas e hormonais masculinas

Fisiologia Humana I

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