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Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 185 AULA 17: ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA SUMÁRIO PÁGINA 1. INTRODUÇÃO 2 2. BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) 7 3. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 15 4. ORÇAMENTO SINTÉTICO E ANALÍTICO 18 5. ENCARGOS SOCIAIS 20 6. SINAPI 29 7. SICRO 31 8. QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS 57 9. QUESTÕES COMENTADAS 64 10. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 140 11. GABARITO 170 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 171 13. RESOLUÇÃO 114 - CNJ 172 14. RESOLUÇÃO 70 - CSJT 186 Olá Pessoal, Primeiramente, apresento os conceitos teóricos da estrutura do orçamento, chegando ao nível da composição dos custos unitários e dos encargos sociais, assim como conceitos do SINAPI e SICRO, e considerações adotadas nas quantificações de serviços. Em seguida, apresento as questões comentadas, de forma a complementar a teoria e mostrar o estilo das bancas. Ao final, apresentamos a Resolução 114 do CNJ. Bons estudos! Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 185 E a Tabela 2 apresenta uma planilha orçamentária sintética. Tabela 2 – Exemplo de uma planilha orçamentária sintética OBRA : XXX LOCAL: YYY CONTRATADA: XYZ ÁREA : 375 M² DATA: D/M/A CUSTO CUSTO ITEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE UN UNITÁRIO TOTAL 1 SERVIÇOS PRELIMINARES 01 01 RASPAGEM E LIMPEZA DO TERRENO 300,00 M² 0,48 144,00 01 02 BARRACO DA OBRA 30,00 M² 105,75 3 172,50 01 03 PLACA DA OBRA 6,00 M² 20,32 121,92 01 04 LOCAÇÃO DA OBRA 260,00 M² 0,85 221,00 01 09 REMOÇÃO DE ENTULHO 4,80 M³ 6,59 31,63 01 10 ATERRO 155,00 M³ 9,62 1 491,10 01 11 CORTE 85,00 M³ 6,69 568,65 TOTAL ITEM 001 5 750,80 2 INFRAESTRUTURA 02 01 ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS ATÉ 2,00 M 97,00 M³ 6,26 607,22 02 02 APILOAMENTO DE FUNDO DE VALAS 34,00 M² 2,89 98,26 02 03 REATERRO APILOADO DE VALAS 86,50 M³ 7,71 666,92 02 04 ESTACA PRÉ-MOLDADA CONCRETO 20 T 360,00 ML 21,79 7 844,40 02 05 FORMA DE TÁBUA DE CEDRINHO PARA FUNDAÇÃO 136,00 M² 10,34 1 406,24 02 06 CONCRETO ESTRUTURAL TIPO B, FCK = 150 KGF/CM² - Fundações 88,00 M³ 227,90 20 055,20 02 07 AÇO CA-50 2 620,00 KG 2,26 5 921,20 02 08 AÇO CA-60 2 205,00 KG 1,48 3 263,40 02 09 LASTRO DE CONCRETO MAGRO 1,70 M³ 96,72 164,42 TOTAL ITEM 002 40 027,26 3 SUPERESTRUTURA 03 01 FORMA EM CHAPA COMPENSADA PARA CONCRETO ESTRUTURAL 291,00 M² 28,93 8 418,63 03 02 CONCRETO ESTRUTURAL TIPO B, FCK = 150 KGF/CM² - Estruturas 140,00 M³ 243,28 34 059,20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 19 01 QUADRO PARA CANETAS,CONFORME DETALHE 2,00 UN 334,74 669,48 19 02 EXAUSTOR AXIAL, D = 30 CM 1,00 UN 107,76 107,76 19 03 EXAUSTOR EÓLICO, CONFORME ESPECIFICAÇÃO 1,00 UN 301,98 301,98 19 04 SISTEMA ACOPLADO DE SEGURANÇA, CONFORME ESPECIFICAÇÃO 1,00 UN 1 135,73 1 135,73 19 06 ARMÁRIOS SOB BANCADAS,CONFORME DETALHE 12,00 M² 71,73 860,76 19 07 MESA COM BANCOS EM CONCRETO APARENTE 5,00 UN 154,22 771,10 19 08 BANCADA COMPLETA 12,00 UN 698,57 8 382,87 19 09 GRAMA EM PLACAS 120,00 M² 3,48 417,60 19 10 LIMPEZA GERAL DA OBRA 374,00 M² 1,34 501,16 TOTAL ITEM 019 13 148,44 CUSTO TOTAL 195 535,09 BDI (30%) 58 660,53 TOTAL GERAL (REMUNERAÇÃO) 254 195,62 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 185 O Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, de 2003, apresenta a seguinte estrutura de custos, que totalizam o Preço de Venda ou Preço Total: Segue essa mesma estrutura apresentada de outra forma, no Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, DNIT (2003), reproduzido no Manual Implantação Básica de Rodovia do DNIT, de 2010, ajustado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012 – LDO/2012 (Administração Local não faz parte do BDI) e art. 9º do Decreto 7.983/2013: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 185 De acordo com a LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011), art. 125, § 7º e o Decreto 7.983/2013, art. 9º: “O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas - BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo: I - taxa de rateio da administração central; II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e IV - taxa de lucro.“ (grifou-se) Os tributos de natureza direta e personalística são: Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). De acordo com a Resolução 114/10, do CNJ, art. 15: “A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas: a) Taxa de rateio da Administração Central; b) Taxa das despesas indiretas; c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS); e) Margem ou lucro. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 185 Parágrafo único. Despesas relativas à administração local de obras, mobilização e desmobilização e instalação e manutenção do canteiro deverão ser incluídas na planilha orçamentária da obra como custo direto, salvo em condições excepcionais devidamente justificadas.” Aproveita-se para apresentar demais conceitos que constam nesses mesmos manuais: - Custo direto dos serviços – representa a soma dos custos dos insumos (equipamentos, materiais e mão-de-obra, inclusive transportes) necessários à realização dos serviços de todos os itens da planilha. - Custos indiretos – Compreendem os itens A a G da fórmula acima. - Custo direto total – compreende a soma do custo direto dos serviços com os custos da instalação de canteiro e acampamento e das despesas de mobilização e desmobilização. - Canteiro e acampamento – denomina-se de canteiro e acampamento o conjunto de instalações destinadas a apoiar as atividades de construção. Compreende número expressivo de elementos, com características bastante diferenciadas que, embora não se incorporem fisicamente ao empreendimento, representam parcela significativa do custo de investimento e, como tal, devem ser criteriosamente orçados. Não existem padrões fixos para esses tipos de instalações. Elas são funções do porte e das peculiaridades do empreendimento, das circunstâncias locais em que ocorrerá a construção e das alternativas tecnológicas e estratégicas para sua realização. - Mobilização e desmobilização - a mobilização e desmobilização são constituídas pelo conjunto de providências e Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 185 operações que o executor dos serviços tem que efetivar, a fim de levar seus recursos, em pessoal e equipamento, até o local da obra e, inversamente, para fazê-los retornar ao seu ponto de origem, ao término dos trabalhos. A mobilização e desmobilização são, essencialmente, operações de transportes. 2. BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) O BDI é a relação entre o preço de venda ou preço final e o custo direto de uma obra. Seguem demais conceitosde BDI extraídos do relatório que acompanhou o Acórdão nº 325/2007-TCU-Plenário: “O Instituto de Engenharia conceitua BDI como „o resultado de uma operação matemática para indicar a margem que é cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e logicamente sua remuneração pela realização de um empreendimento‟.1 André Luiz Mendes e Patrícia Reis Leitão Bastos definem BDI como a „taxa correspondente às despesas indiretas e ao lucro que, aplicada ao custo direto de um empreendimento (materiais, mão-de- obra, equipamentos), eleva-o ao seu valor final‟.2 O TCU, na Decisão 255/1999-Plenário, definiu o BDI „como um percentual aplicado sobre o custo para chegar ao preço de venda a ser apresentado ao cliente‟. Compreendida como uma relação matemática entre os custos indireto e direto para formação do preço da obra, essa incidência pode ser explicitada pela seguinte fórmula: 1 Instituto de Engenharia. Metodologia de cálculo do orçamento de edificações – composição do custo direto e do BDI/LDI. Disponível em http://www.institutodeengenharia.org.br/IE_documentos html. Acesso em 03/05/2006. 2 MENDES, André Luiz e BASTOS, Patrícia Reis Leitão. Um aspecto polêmico dos orçamentos de obras públicas: Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). Revista do Tribunal de Contas da União. Brasília, v. 32, n.88, abr/jun 2001. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 185 LDICDPV 1 onde PV = preço de venda; CD = custo direto; LDI = taxa de lucro e despesas indiretas.” De acordo com SARIAN (2009), o BDI corresponde ao valor das despesas indiretas e do lucro da empresa. É usualmente expresso em forma percentual e estabelecido como fator multiplicador que, aplicado ao valor total do custo direto, fornece o preço final da obra. Segundo o mesmo autor, o ideal é que apenas despesas indiretas proporcionais ao custo total de execução ou ao preço final, além do lucro, estejam no BDI. Para as demais despesas indiretas que podem ser estimadas sem a utilização de percentuais é recomendável que sejam especificadas na própria planilha orçamentária. A uma, pela transparência do orçamento; a duas, pela facilidade no gerenciamento dos aditivos; e a três, pela diminuição do risco de cobrança de valores em duplicidade. De acordo com o Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, DNIT (2003), reproduzido no Manual Implantação Básica de Rodovia do DNIT, de 2010, que denomina BDI de LDI: Vale a pena repetir a estrutura de custos adotada pelo DNIT, ajustada pela LDO/2012 e Decreto 7.983/2013: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 185 Os itens relacionados na composição de BDI são conceituados pelo SICRO conforme a seguir: - ISS (Imposto sobre serviços) - É um tributo municipal; assim sendo, sua alíquota não é a mesma para todo o País. Ela varia, conforme o Município, desde aqueles que isentam a construção civil do tributo até os que a taxam com percentuais, que variam na faixa de 2,0% a 5,0% sobre o valor da obra. Tendo em vista essa circunstância, o SICRO adota alíquota média de 3,5%, para fazer face a esta despesa. Entretanto, cabe ao projetista, por ocasião da elaboração de um orçamento real, relativo a uma obra bem definida, verificar a alíquota real de ISS a ser paga. - Administração Central - Cada operação que o executor realiza deve absorver uma parcela dos custos relativos à sua administração central. Tais custos envolvem, entre outros: honorários de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal, administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente, treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc., É um valor extremamente difícil de ser determinado por via analítica, pois depende do porte da empresa, de sua estrutura organizacional, de sua política de negócios e, ainda, do volume de obras que está Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 185 realizando, ou seja, da composição do seu faturamento, sobre o qual recai este ônus. - Administração Local – Compreende o conjunto de atividades realizadas no local do empreendimento pelo executor, necessárias à condução da obra e à administração do contrato. É exercida por pessoal técnico e administrativo, em caráter de exclusividade. Seu custo é representado pelo somatório dos salários e encargos dos componentes da respectiva equipe, que inclui pessoal de serviços gerais e de apoio. A administração local deve exercer certo número de atividades básicas, que são: Chefia da Obra, Administração do Contrato, Engenharia e Planejamento, Segurança do Trabalho, Produção, Manutenção de Equipamento, Gestão de Materiais, Gestão de Recursos Humanos, Administração da Obra. Despesas Diversas: veículos leves para transporte de pessoal, combustível e manutenção; energia elétrica para iluminação pública e domiciliar; cópias xerográficas e heliográficas; telefonemas; telex; fotografias; fax; material de escritório; medicamentos; consultoria externa; aluguéis; segurança: polícia e vigilância; seguro saúde. - Custos Financeiros – Resultam da necessidade de financiamento da obra por parte do executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem superiores às receitas acumuladas. Tais custos são calculados como um percentual equivalente à taxa de juros básicos do Banco Central (SELIC), aplicado sobre o preço de venda menos a margem, durante um mês. As despesas financeiras decorrentes de inadimplência do contratante, por serem eventuais, não podem ser consideradas na elaboração dos custos referenciais do DNIT. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 185 E por fim, a fórmula adotada no relatório que acompanhou o Acórdão nº 325/2007-TCU-Plenário: 1001 100 1 100/1100/1100/1100/1 x I LRDFAC LDI Onde: AC = taxa de rateio da Administração Central; DF = taxa das despesas financeiras; R = taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; I = taxa de tributos; L = taxa de lucro. Verifica-se que os itens Administração Central (AC), Despesas Financeiras (DF), Risco, Seguro e Garantia (R), e o Lucro (L), encontram-se no numerador, por incidirem sobre o valor total dos demais custos previstos analiticamente na planilha e que o item Tributos (I) encontra-se no denominador, por incidir sobre o valor total resultante da incidência dos itens previstos no numerador sobre os demais custos. Isso se explica porque os tributos recaem sobre o valor final da nota fiscal, ou seja, sobre o valor total. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, atual LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011), traz no § 7º do art. 125 os itens que devem compor o BDI: “O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas - BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo: I - taxa de rateio da administração central; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.brPágina 12 de 185 II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e IV - taxa de lucro.“ (grifou-se) Esse mesmo texto encontra-se no art. 9º do Decreto 7.983/2013. Os tributos de natureza direta e personalística são: Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). Além disso, a administração do canteiro de obras, considerada como Administração Local, deve fazer parte do custo direto para não causar distorções, pois se esse item estiver percentualmente previsto no BDI, e se ocorrerem aditivos, pode ocorrer uma desproporção entre a elevação do preço do item Administração Local e o acréscimo de quantidade de determinado serviço, por exemplo. Suponhamos que houve a troca de um equipamento mais barato por outro mais caro, com a mesma complexidade de instalação. Se a Administração Local estiver no BDI, prevista percentualmente, seu valor irá aumentar proporcionalmente ao aumento de valor do contrato, em desfavor do contratante, pois não houve qualquer alteração no seu custo. De acordo com a Resolução 114/10, do CNJ, art. 15: “A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas: a) Taxa de rateio da Administração Central; b) Taxa das despesas indiretas; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 185 c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS); e) Margem ou lucro. Parágrafo único. Despesas relativas à administração local de obras, mobilização e desmobilização e instalação e manutenção do canteiro deverão ser incluídas na planilha orçamentária da obra como custo direto, salvo em condições excepcionais devidamente justificadas.” O Acórdão TCU 2622/2013-Plenário definiu faixas aceitáveis para valores de taxas de BDI específicas para cada tipo de obras pública e para a aquisição de materiais e equipamentos relevantes, com utilização de critérios contábeis e estatísticos, assim como controle da representatividade das amostras selecionadas. Seguem os valores definidos por este acórdão: VALORES DO BDI POR TIPO DE OBRA TIPOS DE OBRA 1ºQuartil Médio 3º Quartil CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 20,34% 22,12% 25,00% CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS 19,60% 20,97% 24,23% CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONSTRUÇÕES CORRELATAS 20,76% 24,18% 26,44% CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 24,00% 25,84% 27,86% OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS 22,80% 27,48% 30,95% BDI PARA ITENS DE MERO FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 1º QUARTIL MÉDIO 3º QUARTIL 11,10% 14,02% 16,80% Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 185 Além desses valores, o referido acórdão definiu os seguintes percentuais detalhados, que compõem o BDI: TIPOS DE OBRA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL SEGURO + GARANTIA RISCO 1ºQuartil Médio 3º Quartil 1º Quartil Médio 3º Quartil 1º Quartil Médio 3º Quartil CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 3,00% 4,00% 5,50% 0,80% 0,80% 1,00% 0,97% 1,27% 1,27% CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FER- ROVIAS 3,80% 4,01% 4,67% 0,32% 0,40% 0,74% 0,50% 0,56% 0,97% CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABAS- TECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONS-TRUÇÕES CORRE-LATAS 3,43% 4,93% 6,71% 0,28% 0,49% 0,75% 1,00% 1,39% 1,74% CONSTRUÇÃO DE MANUNTEÇÃO DE ESTAÇÕES E RE-DES DE DISTRIBUI-ÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 5,29% 5,92% 7,93% 0,25% 0,51% 0,56% 1,00% 1,48% 1,97% OBRAS PORTUÁ-RIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS 4,00% 5,52% 7,85% 0,81% 1,22% 1,99% 1,46% 2,32% 3,16% TIPOS DE OBRA DESPESA FINANCEIRA LUCRO 1ºQuartil Médio 3º Quartil 1º Quartil Médio 3º Quartil CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 0,59% 1,23% 1,39% 6,16% 7,40% 8,96% CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS 1,02% 1,11% 1,21% 6,64% 7,30% 8,69% CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONS- TRUÇÕES CORRELATAS 0,94% 0,99% 1,17% 6,74% 8,04% 9,40% Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 185 CONSTRUÇÃO DE MANUTEN-ÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENER-GIA ELÉTRICA 1,01% 1,07% 1,11% 8,00% 8,31% 9,51% OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍ-TIMAS E FLUVIAIS 0,94% 1,02% 1,33% 7,14% 8,40% 10,43% BDI PARA ITENS DE MERO FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARCELA DO BDI 1ºQuartil Médio 3º Quartil ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 1,50% 3,45% 4,49% SEGURO + GARANTIA 0,30% 0,48% 0,82% RISCO 0,56% 0,85% 0,89% DESPESA FINACEIRA 0,85% 0,85% 1,11% LUCRO 3,50% 5,11% 6,22% Este acórdão também estabeleceu percentuais de referência para análise do impacto esperado para os itens associados à Administração Local no valor total do orçamento: Percentual de Administração Local inserido no Custo Direto 1º Quartil Médio 3º Quartil CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 3,49% 6,23% 8,87% CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS 1,98% 6,99% 10,68% COSNTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONSTRUÇÕES CORRELATAS 4,13% 7,64% 10,89% CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 1,85% 5,05% 7,45% OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS 6,23% 7,48% 9,09% 3. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS Lembrem-se de que o entendimento do projeto básico não se limita somente ao art. 6º, mas também ao restante da Lei nº Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 185 trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador acrescido dos encargos sociais. Os equipamentos são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. Na tabela 3, o único equipamento utilizado é a betoneira. A forma de composição de custo unitário da Tabela 3, acima, em que os coeficientes de consumo/produtividade referem-se à unidade de serviço, no caso o m2, é adotada pelo SINAPI e pela PINI. O SICRO2 adota outra forma de composição, em que os coeficientes referem-se à unidade horária (h), conforme consta na composição da Tabela 4, a seguir: Tabela 4: Composição de custo unitário do Sicro2 A existência das composições dos custos unitários não só importa para o cumprimento da lei (art. 7º, §2º, inciso II), mas permite que se saiba o que se levou em conta para a obtenção dos preços a serem contratados. Cabe ressaltar que a elaboração dessas composições requer um projeto detalhado, com todas as informações possíveis a respeito da obra a ser executada. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 185 Percebam que para se obter o preço unitário, divide-se o custo horário de execução (R$ 2.684,90), pela produção da equipe (320 m3), obtendo-se R$ 8,39/m3. Em seguida, aplica-se o LDI, de 27,84%, resultando no preço unitário de R$ 10,73/m3. Veremos mais sobre as composições do SICRO no capítulo 7, específico sobre esse assunto. De acordo com o art. 13 da Resolução 114/10, do CNJ, “deverão fazer parte da documentação que integra o orçamento-base no procedimento licitatório: a) composições de custounitário dos serviços utilizadas no cálculo do custo direto da obra; (...)” E de acordo com o art. 14 da mesma resolução: “Os editais de licitação deverão exigir que as empresas licitantes apresentem os seguintes elementos: a) composições unitárias dos custos dos serviços de todos os itens da planilha orçamentária; b) composição da taxa de BDI; c) composição dos encargos sociais.” 4. ORÇAMENTO SINTÉTICO E ANALÍTICO Um exemplo de orçamento sintético está na planilha apresentada na Tabela 1 da nossa Introdução, que contém a listagem de itens e/ou serviços, com as respectivas quantidades e preços unitários. Outro exemplo está no trecho de uma planilha orçamentária, abaixo: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 185 analítico é imprescindível para a realização da licitação de obra pública. 5. ENCARGOS SOCIAIS Os encargos sociais são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores, representados por uma parcela percentual que pode variar de acordo com a região e com as peculiaridades da obra. Os encargos sociais dividem-se em três níveis: encargos básicos e obrigatórios; encargos incidentes e reincidentes; e encargos complementares. De acordo com o Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, do DNIT, 2003, os encargos sociais são divididos em 4 (quatro) grupos: - Grupo A: neste grupo estão incluídas as obrigações, que incidem diretamente sobre a folha de pagamento e que são regulamentadas de acordo com a legislação. - Grupo B: neste grupo são considerados os dias em que não há prestação de serviço, mas que o funcionário tem direito de receber sua remuneração. Sobre estes dias incidem também os encargos do grupo A. - Grupo C: neste grupo estão os encargos pagos diretamente aos empregados e, assim sendo, os que não incidem sobre eles os encargos do Grupo A. - Grupo D: neste grupo estão os encargos referentes à incidência sobre outros encargos: incidência do Grupo A sobre B e incidência de multa do FGTS sobre o 13° salário. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 185 Percebam que o grupo C refere-se à dispensa do funcionário. Os valores mencionados na tabela acima referem-se à uma taxa de rotatividade média adotada pelo SICRO de 9 meses, para 95% dos empregados, conforme se demonstra adiante. Esse prazo médio varia de empresa para empresa. Portanto, verifica-se que os encargos são variáveis conforme as peculiaridades da empresa. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 185 Os encargos acima relacionados referem-se ao profissional horista, que se encontra previsto nas composições de custos unitários dos serviços. Já os mensalistas, representados, por exemplo, pelos profissionais da Administração Local da obra, cuja remuneração não está diretamente relacionada à quantidade de serviços executados, não incide nos encargos o repouso semanal remunerado, feriados, auxílio-enfermidade, licença-paternidade e outros. Com isso, os encargos sociais dos mensalistas são menores que os dos horistas, conforme se vê no cabeçalho da composição do SINAPI a seguir: Sobre o custo da mão de obra podem incidir também os seguintes encargos: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 185 A parte principal dos encargos sociais está apresentada acima. Nas próximas páginas desse capítulo apresento a memória de cálculo dos percentuais do Grupo B, C e D, para quem tiver interesse em compreender melhor os detalhes desses grupos. Senão, vocês podem pular para o próximo capítulo. Afinal, Memória de Cálculo do Grupo B - primeiramente, calculam-se as horas efetivamente trabalhadas por ano de acordo com os seguintes parâmetros: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 185 - das horas trabalháveis por ano, devem ser descontados os dias não trabalhados, previstos pela legislação, (conforme abaixo indicado) para se obter os dias efetivamente trabalhados: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 185 - Cálculo das horas correspondentes aos dias não trabalhados: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 185 - Cálculo dos percentuais do Grupo B: Memória de Cálculo do Grupo C: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 185 Memória de Cálculo do Grupo D: 5.1 – Encargos Sociais do SINAPI Segue abaixo a planilha de encargos sociais adotada pelo SINAPI tanto para horistas como para mensalistas. Reparem nas diferenças entre horistas e mensalistas, em especial quanto à consideração do repouso semanal remunerado e nos feriados, que não oneram os encargos sociais dos mensalistas. O SINAPI considera no item B7 os dias de chuvas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 185 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 185 6. SINAPI O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi é o referencial oficial adotado para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos de origem do Orçamento da União, conforme o art. 125 da LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011) e o art. 3º do Decreto 7.983/2013: “Art. 125. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.” (grifou-se) Fonte: <http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_des_urbano/SINAPI/saib a_mais.asp> O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI. A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção, equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a estabelecimentoscomerciais, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 185 industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da Federação. A manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Os projetos, a relação de serviços, as especificações e as composições de custos, constituem a base técnica de engenharia do sistema. Com o conhecimento dos materiais e suas respectivas quantidades, bem como a mão de obra e o tempo necessário para realização de cada serviço, é possível, a partir dos preços e salários, calcular o seu custo. Somando-se as despesas de todos os serviços, determina-se o custo total de construção relativo a cada projeto. Em caso de projetos residenciais e comerciais, um mesmo serviço pode ser executado de acordo com diferentes especificações que atendem a diferentes padrões de acabamento: alto, normal, baixo e mínimo. A partir da ponderação dos custos de projetos residenciais no padrão normal de acabamento, são calculados os custos médios para cada Unidade da Federação - UF. Ponderando-se os custos obtidos nas UF's são determinados os custos regionais e a partir destes, o custo nacional, que dão origem aos índices por UF, Região e Brasil. As séries mensais de custos e índices do SINAPI referem-se ao custo do metro quadrado de construção, considerando-se os materiais, equipamentos e a mão de obra com os encargos sociais. Não estão incluídos nos cálculos os Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, administração, financiamentos, e equipamentos mecânicos como elevadores, compactadores, exaustores e ar condicionado. Desde sua implantação as séries de custos e índices sofreram algumas descontinuidades, ora devido às atualizações das referências técnicas do sistema, ora devido aos planos econômicos. A série atualmente publicada foi iniciada em janeiro/99 (base dez/98=100). Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 185 Mensalmente são publicados: - Relatórios de Preços de Insumos e Custos de Serviços; - Custos de Projetos - Residenciais, Comerciais, Equipamentos Comunitários, Saneamento Básico, Emprego e Renda; - Conjuntura - Evolução de Custo e Indicadores da Construção Civil; e - Consulta Pública - Composições Analíticas com a discriminação dos insumos utilizados e das quantidades previstas por unidade de produção. O módulo de orçamentação do SINAPI denomina-se SINAPI-SIPCI. 7. SICRO – SISTEMA DE CUSTOS RODOVIÁRIOS O SICRO é um sistema de cálculo dos custos unitários dos insumos e serviços necessários à execução das obras de construção, restauração e sinalização rodoviária e dos serviços de conservação rodoviária e foi desenvolvido para servir como referencial de custos para as licitações de obras rodoviárias. Assim que abrimos o arquivo do SICRO com as tabelas de preços referenciais, aparece a seguinte tela: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 185 Além disso, os preços dos insumos (mão de obra, materiais e equipamentos) são pesquisados mensalmente nas capitais dos estados. Os preços são apresentados com abrangência estadual e regional, conforme a seguir: Percebam que vocês podem escolher para verificar os preços referenciais da região Norte ou do estado do Amazonas. Os preços dos estados são os pesquisados nas capitais e os regionais são estabelecidos pelos seguintes critérios: - Materiais e Equipamentos: menor preço pesquisado entre os estados da Região; - Mão de obra: maior piso salarial da região pesquisada, resultante de Convenção Coletiva de Trabalho. Para as categorias não contempladas nas Convenções de Trabalho, realiza se pesquisa salarial e adota-se o valor médio. Vejamos mais detalhes sobre a pesquisa de preços do SICRO. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 185 7.1. Custos Unitários dos Insumos 7.1.1. Custos da Mão-de-obra A coleta dos custos da mão-de-obra deve ser feita, em todos os estados, através de: - Pisos salariais acordados nas Convenções Coletivas de Trabalho, celebradas entre os Sindicatos dos Trabalhadores e Patronais, da Construção Pesada e, na ausência desta, no da Construção Civil. - Para as categorias não contempladas nas Convenções Coletivas, realiza-se pesquisa dos valores médios praticados, obtidos junto aos sindicatos regionais ou em outras fontes. - Sugere-se freqüência anual mínima para as revisões de rotina, podendo haver pesquisas intermediárias caso ocorrem mudanças significativas no mercado de mão de obra. O estabelecimento do salário ocorre da seguinte forma: - Para as categorias de serventes e operários qualificados, que têm o piso básico determinado nas convenções coletivas de trabalho, são adotados, para a região, o maior valor encontrado nos diversos estados que o compõem, conforme vimos anteriormente. - Para as demais categorias devem ser calculados pela fórmula: - Padrões salariais das principais categorias das regiões que compõem o SICRO2: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 185 O custo da mão de obra é calculado pelo SICRO considerando todo o trabalho desenvolvido em horas normais. Não serão incluídos no sistema os cálculos do custo da mão-de-obra em horas extraordinárias e em trabalho noturno. Lembrem-se que sobre os salários pesquisados incidem os encargos sociais, que estudamos no Capítulo 5 desta aula. Além dos encargos sociais, devem ser feitas as seguintes observações com referências a outros custos que incidem sobre a mão-de obra, a seguir relacionados, que foram intitulados de ADICIONAL À MÃO-DE-OBRA, pois são diretamente proporcionais à mão-de-obra empregada. Percentuais correspondentes aos itens acima relacionados: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 185 - Equipamento de Proteção Individual: Percentual mínimo de equipamento de proteção individual de segurança sobre a mão-de- obra é de 1,12%. - Transporte: - percentual do transporte em relação ao salário médio: 6,8% - participação dos empregados de acordo com art. 9, inciso I, do decreto 95.247/87 = 6% - percentual de dedução fiscal de acordo com instrução do MAJUR de 1996 = 25% Transporte = [0,068 x (1-0,06)] X ( 1-0,25) X 100% = 4,79% - Alimentação: - percentual do custo médio de alimentação em relação ao salário médio - 16% - percentual da participação máxima do trabalhador permitida de acordo com a Lei 6.321, de 14 de abril de1976 - 20% - percentual de dedução fiscal (instrução do MAJUR de 1996) - 25% Alimentação = [0,16 x (1-0,20) ] X (1-0,25) X 100% = 9,60% - Ferramentas Manuais - percentual sobre a mão-de-obra do custo com ferramentas manuais, necessária a execução de determinados serviços, é de 5,00%. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 185 7.1.2. Custo dos Materiais Os custos dos materiais devem corresponder aos preços de aquisiçãodos materiais levantados pela pesquisa e que atendem às seguintes condições: - Se refiram a preços para condições de pagamento à vista; - Contenham toda a carga tributária que sobre eles incide; Nos estados onde se realizam pesquisas, são coletadas informações de preço para cada material, em pelo menos três estabelecimentos. São considerados como informantes os estabelecimentos comerciais credenciados, preferencialmente atuando no comércio atacadista, que comercializem regularmente os materiais pesquisados e que sejam expressivos para o comércio local. Para os estados onde não seja possível a pesquisa de um item, deve ser considerado o preço unitário estimado para a região. O SICRO buscará aumentar o tamanho das amostras de coleta de preços de materiais e equipamentos (ideal: mínimo de três preços de cada item) ou, na impossibilidade, utilizará preços colhidos por outras entidades, reconhecidamente idôneas, como aferidores das reais condições de mercado, permitindo, ainda, que se alcance leque de ofertas mais amplo que não está sendo atingido pelas pesquisas. Os preços dos materiais, levantados pelo sistema de coleta, não incluem fretes para seu transporte até o local da obra, uma vez que estes se destinam à inclusão nas tabelas do SICRO2, para uso genérico e não para o caso de qualquer obra em particular. O engenheiro de custos, ao elaborar um orçamento específico, deve utilizar composições de transporte comercial, para levar em conta o custo desse deslocamento. Os preços dos materiais betuminosos são os acompanhados e divulgados pela Agência Nacional do Petróleo – ANP, de acordo com a Portaria 349, de 6/3/2010, do DNIT, conforme o art. 1º, que diz: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 185 “Art. 1º - Todos os materiais betuminosos necessários às obras ou serviços rodoviários do DNIT financiadas com Recursos Ordinários do Tesouro serão inseridos nas planilhas de quantidade de projetos e de planos de trabalho, para aquisição pela empresa contratada, com os preços definidos pelo acompanhamento de preços regionais de distribuição de asfaltos, realizado pela Agência Nacional do Petróleo – ANP, acrescidos das respectivas alíquotas de ICMS e com LDI de 15% (quinze por cento).” (grifei) 7.1.3. Custo dos Equipamentos O custo horário de um equipamento é a soma dos custos de propriedade, manutenção e operação referidos à unidade de tempo (hora). - Custo de Propriedade - Depreciação - Custo de Oportunidade do Capital - Seguros e impostos - Custo de Manutenção - Reparos em geral - Material rodante / pneus - Partes de desgaste (bordas cortantes, dentes de caçamba, ferramenta de penetração no solo,entre outras) - Custo de Operação - Combustível - Filtros e lubrificantes - Mão-de-obra de Operação Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 185 7.1.3.1. Custo de Propriedade a) Depreciação Relativamente à parcela de depreciação, o valor correspondente depende do valor de aquisição do equipamento e seu valor residual (ao final da vida útil) e da vida útil do equipamento. O modelo adotado pelo SICRO2 é o método da linha reta, que se traduz na seguinte formulação: Sendo: Para o valor de aquisição é considerado o preço à vista, acrescido dos impostos (ICM e IPI), frete e embalagem. Serviços extras como supervisão de montagem, garantia, assistência técnica, peças de reposição, etc, não deverão ser incluídos no preço dos equipamentos. Eventuais bonificações praticadas pelo fabricante ou distribuidor autorizado, como desconto por quantidade ou qualquer outra mensurável em dinheiro, deverão ser utilizadas visando melhor aproximar o preço coletado com o realmente cobrado pelo estabelecimento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 185 Nos estados onde se realizam pesquisas, são coletadas informações de preço, preferencialmente, junto aos representantes autorizados. Caso não exista representação local, são considerados os preços cobrados pelos fabricantes, ou seus distribuidores nacionais acrescido do respectivo custo de frete até a capital do estado. O valor residual é obtido por meio de pesquisa de mercado de máquinas usadas, nas praças do Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, o SICRO pode adotar valores percentuais, obtidos por pesquisa, em relação ao valor de cada tipo de equipamento novo, conforme a seguir: Tipo de Equipamento Valor Residual (%) Caminhão Basculante 20 Distribuidor de Agregados 10 Escavadeira Hidráulica 20 Motoscraper 15 Rolo Compactador Pé de Carneiro Vibratório 10 A vida útil é obtida por pesquisa junto a fabricantes, usuários e publicações especializadas. A vida útil é influenciada tanto pelas condições de manutenção como pelas condições de trabalho. O SICRO2 considera as três condições de trabalho: Leves, Médias e Pesadas. Contudo, as composições de custos levam em conta os custos horários dos equipamentos trabalhando em condições médias. Segue um trecho da tabela adotada pelo SICRO2: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 185 b) Custo de Oportunidade de Capital Dentre os diferentes itens tradicionais que compõem a estrutura de custos de construção encontram-se os juros sobre o capital imobilizado para o desenvolvimento da atividade. Eles representam o custo, incorrido pelo empresário, pelo fato de aplicar, num negócio específico, seu capital próprio ou o capital captado de terceiros. No que diz respeito aos juros relativos ao capital aplicado em equipamentos, existem duas alternativas de imputação. Tradicionalmente, eles são imputados diretamente no cálculo do custo horário do equipamento. Outra forma de fazê-lo, seria computar seu valor agregado ao resultado da operação global, ou seja, remetê-los ao LDI. Embora a forma tradicional de cálculo apresente algumas vantagens, dentre as quais a principal é a maneira simples como se efetua seu cálculo, optou-se por incluir essa parcela de custo no LDI, ou seja, a margem de lucro prevista é que deve remunerar o custo do capital investido em equipamento de construção. c) Seguros e Impostos Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 185 Regra geral, devido ao alto custo envolvido, os grandes frotistas de equipamentos não fazem seguro de todos seus equipamentos em companhias seguradoras, a não ser em casos especiais. Eles próprios bancam os riscos, representados principalmente por avarias, já que os roubos de equipamentos de maior porte são raros. Já com relação aos veículos o procedimento é distinto. A porcentagem dos que são segurados tende a crescer, mas é muito variável de empresa para empresa. O SICRO2 considera, a título de Seguros e Impostos, somente o IPVA e o Seguro Obrigatório necessário para a regularização do veículo. O IPVA, (Imposto de Propriedade de Veículos Auto Motores), imposto estadual relativo a licenciamento de veículos, varia com a idade do mesmo, segundo regras próprias para cada Estado, além do Seguro Obrigatório, ligado a ele, seriam os únicos valores a serem considerados nessa rubrica, totalizando incidência total de 2,5% sobre o investimento médio em veículos. 7.1.3.2. Custo de Manutenção Os custos horáriosde manutenção utilizados pelo SICRO 2 são obtidos através da expressão: Sendo: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 185 Os valores do coeficiente k, variáveis para cada modalidade de equipamento e em função da qualificação/habilidade dos operadores e das condições de trabalhos, estão, com base em modelos dos fabricantes, tabelados pelo SICRO. Os custos de manutenção incluem materiais e mão de obra necessários para execução dos reparos em geral, material rodante ou pneus e materiais especiais de desgaste. Admite-se, como premissa dos cálculos de custo, que o equipamento será operado razoavelmente e terá bom atendimento para sua manutenção. Na tabela a seguir são apresentados os valores de K de alguns equipamentos calculados pelo SICRO: Tipo de Equipamento Coeficiente K Caminhão Basculante 0,90 Distribuidor de Agregados Rebocável 0,50 Escavadeira Hidráulica 0,90 Motoscraper 0,90 Rolo Compactador Pé de Carneiro Vibratório 0,80 7.1.3.3. Custo de Operação a) Combustível Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 185 Com base em pesquisas em Manuais de Fabricantes e Revistas Técnicas especializadas, o SICRO2 adotou as seguintes taxas de consumo específico de combustíveis, valores esses que incluem as despesas com lubrificantes s filtros: Para os equipamentos a gasolina, elétricos ou a álcool, as taxas de consumo adotadas são as seguintes: b) Filtros e Lubrificantes O SICRO2 adota para os motores a óleo diesel, acréscimo de 20% sobre o custo de combustível, para incluir as despesas de óleos lubrificantes e filtros, e para motores a gasolina, acréscimo de 10%. c) Mão de Obra de Operação No custo horário da mão-de obra de operação devem ser incluídos o salário horário dos motoristas e operadores, os encargos sociais e o adicional à mão de obra. 7.1.4. Custo de Transporte O SICRO considera dois tipos de transporte: local e comercial. a) Transporte Local Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 185 Os transportes locais são aqueles realizados no âmbito da obra para o deslocamento dos materiais necessários á execução das diversas etapas de serviço. A produção do equipamento de transporte depende do tipo de Rodovia e da distância percorrida, as quais irão determinar a velocidade média de trajeto. A produção, também, é dependente dos tempos gastos em manobras para carga e descarga e dos tempos de carga e descarga. A produção horária de um caminhão é dada pela expressão: Onde: Vemos que a questão está exatamente de acordo com o que vimos, ou seja, com o Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, de 2003. Correta. b) Transporte Comercial São aqueles relativos ao deslocamento de materiais que vêem de fora dos limites da obra. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 185 Esse tipo de transporte é feito, geralmente, com caminhão carroceria, a não ser no caso de brita e areia cujo transporte comercial é feito em caminhão basculante. Para o cálculo do preço do transporte, devido às longas distâncias, despreza-se a parcela fixa relativa a manobras, carga e descarga. Para o caso particular do cimento a granel, a prática no comércio é a do fornecimento CIF, isto é, a Fábrica entrega o cimento na Central de Concreto do comprador. Portanto, o transporte já está incluído no preço do material, logo não é aqui considerado. c) Transporte de Material Betuminoso O transporte de material betuminoso é regulado pela Instrução de Serviço nº 2, de 18/1/2011, do DNIT, a qual prevê equações tarifárias que distinguem, por um lado, o transporte do material a quente e a frio e, por outro, o tipo de revestimento da rodovia em que este se realiza, a saber: rodovia com revestimento asfáltico, rodovia com revestimento primário e rodovia em leito natural. 7.2 – Composições de Custos Unitários Até aqui vimos como são estabelecidos os preços dos insumos necessários para a execução dos serviços rodoviários. Agora, para a obtenção do preço unitário do serviço, é necessário relacionar os insumos. Para tanto, apresento a vocês, nos parágrafos seguintes, as Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 185 principais premissas adotadas pelo SICRO para a montagem das suas composições. Na maior parte dos casos, os serviços de construção são realizados por grupos de equipamentos de diferentes tipos, que trabalham em conjunto constituindo o que usualmente se denomina equipe mecânica ou patrulha. Do fato de ter cada um desses equipamentos, nas condições em que trabalha, uma determinada produção efetiva, resulta a necessidade de se dimensionar a quantidade dos diferentes tipos de equipamentos de forma a maximizar a produção da patrulha. Isso é usualmente denominado otimização do equilíbrio interno da patrulha. Obter-se-á sempre maior economicidade no trabalho da patrulha quando o equipamento escolhido para comandar seu ritmo for aquele de maior custo horário. Outro ponto a ser observado é o que se refere à determinação da incidência dos insumos na composição, que é a quantidade de determinado insumo, necessária à realização de uma unidade de produção. A "produção efetiva" traduz a quantidade de serviço produzido pelo equipamento por hora de operação efetiva. Os equipamentos, em geral, realizam operações repetitivas, ou seja, trabalham em ciclos. Entende-se por ciclo o conjunto de ações ou movimentos que o equipamento realiza desde sua partida, de uma determinada situação, até seu retorno a uma situação semelhante, que marca o início de um novo ciclo. O tempo decorrido entre as duas situações é denominado “duração do ciclo” ou “tempo total do ciclo”, que determina um intervalo, durante o qual o equipamento em questão realiza certa quantidade de serviço. Para o estabelecimento do equilíbrio da patrulha, o equipamento principal trabalha sem parar, ou seja, em 100% do Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 185 tempo ele é operativo, e os demais equipamentos, com velocidade de produção distinta, precisam esperar por tempo determinado, a cada ciclo, para também produzir. Com isso, esses equipamentos apresentam parcela do tempo improdutivo. Durante a hora operativa, o equipamento está operando normalmente, sujeito às restrições que são levadas em conta quando se aplica o fator eficiência. Na hora improdutiva, o equipamento está parado, com o motor desligado, aguardando que o equipamento que comanda a equipe permita-lhe operar. Em conseqüência desses conceitos, o custo horário operativo é calculado somando-se os custos horários de depreciação, operação, manutenção e mão-de-obra. O custo horário improdutivo é igual ao custo horário da mão-de-obra. Não se consideram os outros custos, pois se admite que estes ocorram somente ao longo da vida útil, expressa em horas operativas. O coeficiente de utilização produtivo é o quociente de divisão da produção da equipe pela produção de cada tipo de equipamento e é sempre menor ou igual a 1. O coeficiente de utilização improdutiva é obtido por diferença.Está ficando complicado, né pessoal? Mais à frente apresentarei uma composição do SICRO2 para aplicarmos os conceitos aqui apresentados, de forma a simplificar a compreensão. A produção das equipes mecânicas corresponde sempre à de seu equipamento principal. Esta produção pode ser determinada por métodos teóricos, que levam em conta as características de catálogo do equipamento ou por meio de métodos empíricos, que implicam medições feitas diretamente no campo. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 185 7.2.1. Método Teórico Conforme vimos anteriormente, a produção da patrulha é a do seu equipamento principal, que é calculada por meio de fórmulas, as quais levam em conta uma série de variáveis intervenientes, que são função das características do equipamento e do serviço que este realiza, bem como alguns fatores de correção: - fator de eficiência - fator de conversão - fator de carga a) Fator de Eficiência: É a relação entre o tempo de produção efetiva e o tempo de produção nominal. Em regra, o SICRO2 adota a seguinte consideração: para cada hora do tempo total de trabalho do equipamento, será estimada a produção efetiva de 50 minutos, para que sejam levados em consideração os tempos gastos em alterações de serviço ou deslocamentos, preparação da máquina para o trabalho e sua manutenção. Para as obras de restauração o fator de eficiência adotado é de 45 min / 60 min = 0,75. Para os transportes locais, o Fator de Eficiência acima citado é multiplicado por 0,90, que supõe a perda de 10% do tempo realmente utilizado no trabalho, em esperas causadas por interferências de outras frentes ou equipamentos em serviço na obra; desta forma, para os transportes locais o Fator de Eficiência fica: (0,90 x 0,83 = 0,75). Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 185 b) Fator de Conversão: É a relação entre o volume do material para o qual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo material que está sendo manuseado. Na terraplenagem, representa a relação entre o volume do corte e o volume do material solto. O SICRO2 adota os seguintes valores: Percebam que o fator de conversão está relacionado ao fator de empolamento. Cada material apresenta fator de empolamento específico. Contudo, o SICRO2 adotou valores representativos de materiais mais comuns em terraplenagem como o intuito de estabelecer preços referenciais. c) Fator de Carga: É a relação entre a capacidade efetiva do equipamento e sua capacidade nominal. Os valores adotados encontram-se nas faixas recomendadas pelos fabricantes e são os seguintes: d) Cálculo do preço unitário Pessoal, a ESAF costuma cobrar o cálculo das composições do SICRO. Portanto, apresento a aplicação dos conceitos do SICRO na Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 185 composição de preços para facilitar a compreensão dessas informações. Segue a composição do serviço de ECT – Escavação, Carga e Transporte de material de 1ª Categoria, para DMT entre 1.200 m e 1.400 m com motoscraper: No cabeçalho vocês podem perceber a data-base, de Janeiro/2011, e o estado a que se refere o preço unitário, Goiás. Outra importante informação neste espaço é a “Produção da Equipe”, de 320 m3. As composições do SICRO referem-se à produção horária, portanto, a produção da equipe representada nessa composição é de 320 m3/h. No campo “A – Equipamento” podemos verificar a composição da patrulha mecânica, formada por 1 trator de esteiras, 8 motoscrapers e 1 motoniveladora. Observando os coeficientes de utilização operativa e improdutiva podemos identificar o equipamento que comanda a patrulha, que corresponde ao que está 100% operativo ou com coeficiente de utilização operativa igual a 1, que é o trator de esteiras. O custo horário da patrulha corresponde à soma dos custos horários dos equipamentos. Para facilitar a explicação, segue a Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 185 obtenção do custo horário dos motoscrapers: 8 x (0,89 x 312,02 + 0,11 x 19,44) = 2.238,73. Lembrem-se que o valor de R$ 19,44 corresponde à remuneração horária do operador, já acrescida de encargos sociais e adicionais de mão de obra. Soma-se o custo horário da patrulha ao custo horário da mão de obra obtendo-se o custo horário de produção. Dividindo-o pela produção da equipe, obtém-se o custo unitário do serviço. Aplica-se o BDI ou LDI e encontra-se o preço unitário do serviço. Contudo, como é que se chegou aos coeficientes de utilização operativa e improdutiva? É aí que se aplicam várias premissas que vimos até aqui, tais como os fatores de correção e tempo de ciclo. Repete-se a composição sem os preços para melhor visualização: Apresenta-se agora a planilha com a memória de cálculo dos coeficientes da composição que vimos acima: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 185 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 185 Primeiramente, descobre-se a produção da equipe por meio da produção efetiva do equipamento principal, no caso, o trator de esteiras. Para tanto, basta multiplicar (15,3 m3 x 0,90 x 0,77 x 0,83) = 8,8 m3. Essa é a produção efetiva do trator de esteiras em 1,65 minutos. Para se saber a produção efetiva horária, basta multiplicar 8,8 por 60 minutos e dividir por 1,65 minutos = 320 m3/h. Essa é a produção efetiva horária da equipe. Convém esclarecer que o trator de esteiras nessa patrulha tem a função de pusher, ou seja, de empurrar o motoscraper no momento que ele está cortando o terreno. Portanto, após o trator de esteiras empurrar o motoscraper, este fica carregado com 8,8 m3 de material de 1ª categoria. A partir produção efetiva horária da equipe encontraremos o equilíbrio da patrulha. O motoscraper, como vimos, também produz 8,8 m3. Contudo, a sua produção horária é de 8,8 x (60/11,78) = 44,82 m3/h. Para atingir a produção horária da equipe são necessários 8 motoscrapers, que têm capacidade de produção efetiva de 8 x 44,82 = 358,56 m3. Para eles se adequarem à produção de 320 m3, basta que fiquem uma parcela do tempo parados aguardando a sua vez. Com isso, temos que o coeficiente de utilização operativa é de 320/358,56 = 0,89. E o coeficiente improdutivo é de 1 – 0,89 = 0,11. No caso da motoniveladora, ela somente é utilizada para a manutenção dos caminhos de serviços. Com isso, os coeficientes de 0,30 e 0,70 foram estabelecidos pelo SICRO2. Há ainda que se considerar os custos de transporte, refletidos na composição acima pelos tempos de ciclo, para os quais deve-se considerar as etapas de Carga, Descarga, Manobra e Transportes na Obra. Os custos de transporte são, em geral, calculados através de equações lineares que comportam dois termos; um fixo e outro variável: Y = ax + b, onde: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 185 - Y- Custo total da tonelada transportada - a – Custo unitáriopor tonelada-quilômetro transportada - x – Distância de transporte - b – Custo fixo relativo às operações de carga, descarga e manobra 7.2.2 – Método Empírico Pessoal, cuidado aqui para não confundir os conceitos do Método Teórico, baseado em considerações teóricas e manuais dos fabricantes, descritas acima, a partir do qual são montadas as composições de preços referenciais do SICRO2, com os do Método Empírico, baseado em observações de campo e ainda não adotado pelo DNIT para formulação das suas composições referenciais oficiais. A avaliação empírica da produtividade dos equipamentos, na realização de certos serviços, requer que se conheçam basicamente os valores de duas grandezas: produção realizada durante um período determinado e os tempos de cada uma das fases por que o equipamento passou, ao longo do mesmo período, isto é seu tempo operativo e seus tempos improdutivos devidos às diversas causas inerentes ao serviços realizados, sejam elas normais ou ocasionais. A determinação da produção realizada não oferece maiores problemas. Ela será calculada pela através da diferença de duas medições; a primeira, realizada no início do período e, a segunda, no seu término. A mensuração dos intervalos de tempo, correspondentes às diversas fases atravessadas pelo equipamento durante a realização dos serviços, requer algumas considerações preliminares que têm por finalidade definir que tempos devem ser levantados e de que forma fazê-lo. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 185 A rigor, tais tempos podem ser classificados em: • Operativo - Produtivo - Em esperas • Improdutivo Tempo operativo é aquele em que o equipamento está dedicado ao serviço, na frente de trabalho, com seus motores ou acionadores ligados, quando for o caso, ou em condições de trabalho, quando se tratar de equipamento não propelido mecanicamente. O equipamento operativo comporta duas situações: produtivo e em espera. Quando em espera, o equipamento está aguardando que algum outro componente da patrulha complete sua parte, de modo a abrir frente para que ele possa atuar. Tais esperas têm sua origem em desequilíbrios internos, e resultam de se juntar numa mesma patrulha equipamentos com capacidades e níveis de produtividades diferentes, de tal sorte que o ritmo do mais lento condiciona a produção do conjunto. Aplica-se este conceito apenas quando as esperas forem de curta duração que não justifiquem desligamento de motores. Durante as esperas, assim caracterizadas, os motores estarão funcionando em marcha lenta ou os equipamentos realizando pequenos deslocamentos para melhor se posicionarem. Os tempos improdutivos, por sua vez, comportam paradas de mais longa duração, em que os equipamentos continuam vinculados ao serviço e seus operadores permanecem mobilizados, mesmo que seus motores tenham sido desligados. Tais paradas podem ter as mais diversas razões como, por exemplo, chuva, falta de material, necessidades do operador, quebra ou falha do equipamento em questão ou de algum outro componente da patrulha, reabastecimento de combustível etc. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 185 Tomadas essas providências iniciais e preparatórias, o método mais óbvio para se realizar as apropriações de tempo seria a cronometragem contínua. Nela, um apontador, munido de cronômetro, acompanharia o equipamento durante todo o tempo em que este estivesse na frente de trabalho, anotando as horas de suas mudanças de fase. Trata-se de trabalho enfadonho, que possibilita distrações e perda de informação, além de oneroso, pois imobiliza um apontador durante todo o tempo em que cada equipamento esteja sendo levantado. Com vistas a evitar esses inconvenientes, preconiza-se que os levantamentos dos tempos característicos das fases de trabalho dos equipamentos sejam feitos mediante a utilização do Método das Observações Instantâneas. Segundo este, que é um método de amostragem estatística, em vez de acompanhamento contínuo, o equipamento é observado em momentos precisos. Com relação aos momentos em que serão feitas as observações instantâneas, alguns cuidados devem ser tomados. Estes decorrem, sobretudo, do fato dos serviços observados serem cíclicos, isto é, se processarem num determinado ritmo e de forma repetitiva. Se, por ventura, o intervalo de observação também fosse cíclico, poderia ocorrer um vício de observação, pois esta estaria sujeita a recair sucessivamente sobre a mesma ou as mesmas fases. Este inconveniente pode ser evitado fazendo com que o horário de observação seja gerado a partir de uma Tabela de Números Aleatórios. Intervalos de tempo que se deseja levantar: • Tempo Operativo Produtivo • Tempo Operativo em esperas • Tempo Operativo em manobras • Tempo Improdutivo Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 185 8. QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS A unidade de medição adotada para cada material e/ou serviço sinaliza a forma de quantificação a partir dos projetos e desenhos existentes. Sobre esse assunto, o Cespe costuma explorar a quantificação de serviços de terraplenagem, em que o volume de escavação é o volume medido no corte, por meio dos desenhos de projeto, e o volume de aterro é considerado após compactação. Deve-se atentar para o volume transportado, que corresponde ao volume do corte divido pelo fator de empolamento (< 1) ou o volume do corte multiplicado pelo empolamento (> 1). Com relação aos serviços de edificações, cabe trazer alguns casos que diferem da simples intuição, tomando por base o “Manual de Obras Públicas – Edificações – Projeto” da SEAP (vale verificar os casos em que há desconto de vazios e/ou vãos): - Levantamentos Planialtimétricos: considera-se a área efetivamente levantada, medida no plano horizontal, em m². - Sondagens: - por poços de inspeção: volume efetivamente escavado, em m³, medido no poço. - a trado, rotativas e a percussão: metro efetivamente perfurado no subsolo. - sísmicas por refração: metro de superfície efetivamente percorrido. - Ensaios: unidade de ensaio - Construções provisórias – escritórios, depósitos, oficinas, refeitórios e dormitórios: área da edificação, descontando-se as áreas de beirais, iluminação e ventilação, em m². Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 185 - Tapumes e cercas: área efetiva em m², considerando a altura desde o nível do solo até a borda superior do tapume e o comprimento corrido, descontando-se portas ou portões (se estes foram pagos à parte). - Portões: área efetiva dos portões instalados, em m². - Demolição de concreto simples: metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto. - Demolição de concreto armado: metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto, incluindo cortes da armadura. - Demolição de estruturas metálicas: peso em kg da estrutura demolida, obtido através de pesagem em balança ou através dos pesos padronizados de tabelas. - Demolição de madeira: volume de estrutura de madeira efetivamente desmontado, em m³. - Demolição de pisos: metro cúbico de piso demolido, obtendo- se o volume através das dimensões de projeto. - Fundações – escavação de valas: volume escavado, em m³, medido no corte, cujas dimensões em plantaestão limitadas por linhas paralelas distantes de 0,50 m das faces laterais das fundações. Essa distância adicional de 0,50 m é necessária para haver espaço para a montagem de formas dentro da escavação. - Estacas pré-moldadas de concreto armado, protendido e de madeira: metro de estaca cravada, considerando-se o comprimento definido pela cota de fundação na ponta da estaca e pela cota de arrasamento, sendo tolerado apenas o que exceder no comprimento, até 3,00 m acima da face inferior do bloco. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 185 - Estacas metálicas: comprimentos originais das estacas utilizadas, independentemente da profundidade atingida. - Estacas moldadas no local – Broca, tipo Strauss, tipo Raiz, Escavadas (estacão): metro, considerando-se o comprimento desde a cota de fundação até a cota de arrasamento. - Estacas moldadas no local – tipo Franki: comprimento de estaca efetivamente executada, em m, obtido pela soma dos comprimentos dos tubos de revestimento. - Formas para escada: dimensões indicadas no projeto, apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m². Não são deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos degraus. - Concreto protendido – peças protendidas – formas: dimensões indicadas no projeto, apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m², sendo integralmente descontadas as áreas de vazios previstas no projeto, quando superiores a 0,30 m². - Concreto protendido – peças protendidas – armadura de protensão: resumos indicados no projeto, em kg. - Concreto protendido – peças protendidas – bainhas: metro de bainha instalada, conforme o projeto. - Estruturas metálicas: peso obtido das listas de materiais indicadas no projeto, em kg. - Estruturas de madeira: volume da estrutura, conforme o projeto, em m³. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 185 - Paredes de alvenaria: m², apurando-se a área conforme as dimensões indicadas no projeto e descontando-se integralmente todos os vãos, áreas de vazios ou de elementos estruturais que interfiram nas alvenarias. - Paredes de divisórias de chapas compensadas: área delimitada por montantes extremos, rodapés e vergas de cada conjunto de painéis, sem considerar desconto algum, em m², conforme as dimensões indicadas no projeto. - Porta de madeira: unidade colocada, conforme as dimensões indicadas no projeto. - Porta de vidro: área da esquadria, obtida através das dimensões indicadas no projeto. - Vidro comum liso e temperado liso: área de vidro obtida através das dimensões indicadas no projeto, em m², devendo ser arredondadas para mais, em múltiplos de 0,05 m. - Vidro aramado: área de vidro obtida através das dimensões indicadas no projeto, em m², devendo ser arredondadas para mais, em múltiplos de 0,25 m. - Cobertura com telhas de barro, de fibrocimento, alumínio, chapa acrílica etc.: área de projeção da cobertura no plano horizontal, conforme projeto, em m². - Pisos cimentados, cerâmicos, de pedras, de mármore, de granito, granilite, de alta resistência, de tacos etc.: área de piso, conforme as dimensões indicadas no projeto, em m², sendo Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 61 de 185 descontadas as áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,50 m². - Contrapiso e regularização da base: m², conforme projeto. - Revestimentos de paredes – chapisco, emboço, reboco, argamassas especiais: m², obtendo-se a área de acordo com o projeto, descontando-se os vãos maiores que 2,00 m², áreas de vazios ou interferências. - Revestimentos de paredes – cerâmicas, azulejos, ladrilhos: m², descontando-se no que exceder a 1,00 m², os vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas. - Revestimentos de paredes – pedras, mármore, granito, madeira, laminado melamínico: m², conforme o projeto. - Revestimentos de forro – gesso acartonado, gesso em placas, PVC: m², conforme o projeto. - Pinturas – Massa Corrida, Tinta: m², descontando-se, apenas o que exceder a 2,00m², áreas de vazios ou interferências. - Impermeabilizações – multimembranas asfálticas, emulsões hidroasfálticas, resinas epóxicas, cristalizadores: m², conforme projeto, considerando os dobramentos verticais e descontando as áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,30 m². Com relação aos serviços rodoviários, segue a listagem do SICRO com a unidade de medição de cada serviço. Verifiquem que a maior parte dos serviços são medidos por m3, logo, vale a pena atentar Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 185 para os serviços que são medidos em outras unidades de medição, tais como m2 e m, na listagem a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 185 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 64 de 185 9 - QUESTÕES COMENTADAS 1) (12 – CGU/2012 – ESAF) Para a obtenção do preço final estimado de um empreendimento, é preciso aplicar sobre o custo direto total da obra a taxa de Benefício e Despesas Indiretas (BDI). Essa taxa contempla o lucro da empresa construtora e seus custos indiretos, e, aplicada sobre o custo da obra, eleva o preço final dos serviços. O quadro abaixo Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 65 de 185 apresenta despesas relacionadas a um empreendimento para demonstrar a composição analítica da taxa de Benefício e Despesas Indiretas utilizada no orçamento-base de uma licitação. Com base nestas informações, o valor correto para a taxa de BDI corresponde a a) 25,77%. b) 18,77%. c) 22,98 %. d) 20,68%. e) 27,56%. Houve a troca do I de impostos por 1 na fórmula. Contudo, para quem já conhecia essa fórmula pôde calcular o seguinte: BDI = [((1+5%)x(1+0,5%)C(1+1%)x(1+5%))/((1-(3%+3,62%+0,65%)) BDI = 20,68% Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 66 de 185 Percebam que a Administração Local e o IRPJ não entram na fórmula do BDI, de acordo com o art. 9º do Decreto 7.983/2013. Gabarito Preliminar: D Gabarito Definitivo: Anulada 2) (37 – CGU/2008 – ESAF) Baseando-se na metodologia e nos conceitos empregados pelo Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO), o único item que não integra o LDI (Lucro e Despesas Indiretas) é: a) impostos incidentes sobre o faturamento. b) instalações de canteiro. c) administração da obra. d) despesas financeiras. e) margem de lucro. Pessoal, a composição de BDI – Bonificações e Despesas Indiretas adotada pelo DNIT apresenta uma peculiaridade em relação à composição de BDI prevista no Decreto 7.983/2013, que é a previsão da Administração Local. Em regra, nos orçamentos de obras públicas, este item não deve constar no BDI. Contudo, por razões de economicidade específicas do setor de obrasrodoviárias do DNIT, o TCU tem admitido a presença deste item na composição de BDI do DNIT. Segue a versão da composição do BDI do DNIT, de 12 de junho de 2012: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 67 de 185 Portanto, baseando-se na metodologia e nos conceitos empregados pelo Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO), o único item que não integra o LDI (atualmente denominado BDI) é o de instalações de canteiro. Gabarito: B 3) (20 – CGU/2008 – ESAF) No cálculo de orçamento de obras de edificações, é necessária a presença de um profissional com experiência no ramo para montar planilhas de composições de preços, identificar os componentes do Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 68 de 185 custo direto e o Benefício de Despesas Indiretas – BDI, entre outras atividades. Nesse contexto, assinale a opção correta. a) Os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual não devem ser classificados como encargos complementares. Conforme consta no Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, além dos encargos calculados (Grupos A, B, C e D), devem ser feitas as seguintes observações com referências à outros custos que incidem sobre a mão de obra, a seguir relacionados, que foram intitulados de ADICIONAL À MÃO-DE-OBRA, pois são diretamente proporcionais à mão-de-obra empregada: Para considerá-los no cálculo dos custos da mão-de-obra, o SICRO calculou os percentuais correspondentes aos itens acima relacionados. • Equipamento de Proteção Individual: percentual mínimo de EPI de segurança sobre a mão de obra é de 1,12%. • Transporte: - percentual do transporte em relação ao salário médio 6,8% - participação dos empregados de acordo com art. 9º, inciso I, do decreto 95.247 de 87=6% - percentual de dedução fiscal de acordo com instrução do MAJUR de 1996 = 25% Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 69 de 185 Transporte = [0,068 x (1-0,06)] X ( 1-0,25) X 100% = 4,79% • Alimentação - percentual do custo médio de alimentação em relação ao salário médio - 16% - percentual da participação máxima do trabalhador permitida de acordo com a Lei 6.321 de 14 de abril de1976 - 20% - percentual de dedução fiscal (instrução do MAJUR de 1996) - 25% Alimentação = [0,16 x (1-0,20) ] X (1-0,25) X 100% = 9,60% • Ferramentas Manuais - percentual sobre a mão de obra do custo com ferramentas manuais, necessária a execução de determinados serviços, é de 5,00% O SINAPI considera, na planilha de encargos sociais do Rio Grande do Sul, os itens Vale-Transporte e EPI como encargos complementares: Tisaka (2006) considera como encargos complementares os seguintes itens: - Transporte do trabalhador de sua residência ao local de trabalho – Lei nº 7.418/85 e Decreto 95.247/87 - Café da Manhã – Acordo Coletivo de Trabalho - Almoço e/ou jantar – Acordo coletivo de trabalho - EPI – Equipamento de Proteção Individual – Art. 166 da CLT e NR-6 e NR-18 da Lei nº 6.514/77 - Ferramentas manuais – fornecimento da empresa. - Seguro de vida – se constar do Acordo Coletivo. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 70 de 185 Portanto, os EPIs fazem parte dos encargos complementares. Gabarito: Errada b) Os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, não devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. Conforme vimos no item anterior, as ferramentas de uso pessoal são consideradas como encargos complementares que incidem diretamente sobre o custo da mão de obra. Gabarito: Errada c) No serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo devem incluir a carga e a descarga do caminhão. Conforme consta no Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO – Tomo I – Terraplenagem e Pavimentação, o custo do transporte será pago por momento de transporte, cuja unidade de medição adotada é a t.km. No entanto, as parcelas relativas às operações de manobra, carga e descarga do equipamento, que independem da distância a ser percorrida e do tipo de revestimento da rodovia utilizada, são computadas no custo de execução do serviço correspondente. Portanto, por este exemplo, verifica-se que os tempos de carga e descarga podem ser considerados nos coeficientes de consumo dos serviços de terraplenagem e não no item transporte especificamente. Gabarito: Errada d) Despesas de comercialização são despesas administrativas que devem ser enquadradas como despesas indiretas. De acordo com Tisaka (2006), as despesas comerciais são aquelas que não se enquadram nem como despesas diretas nem como indiretas, pois, a rigor, não são despesas administrativas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 71 de 185 São despesas impossíveis de ser alocadas a uma ou outra obra específica, pois incluem gastos com muitas tentativas frustradas de insucesso comercial ou em licitações públicas, e poucas satisfatórias. São considerados como despesas comerciais os seguintes gastos: - Gasto que a empresa faz para promover seu nome no mercado ou diretamente junto aos seus clientes preferenciais visando a determinadas obras. - Divulgação da empresa em anúncios de revistas técnicas, anúncios comemorativos, folder de apresentação da empresa, brindes, etc. - Despesas para a compra de edital, preparação de proposta técnica, consultores especiais, custo da documentação e da pasta técnica, seguro de participação em licitações, ART e certidões do CREA, despesas cartoriais com certidões, reconhecimento de firma e autenticações de documentos, cópias xerográficas e fotográficas, viagens e estadia para visita à obra, etc. - Gastos com representação comercial, tais como despesas de viagem e hospedagem, alimentação, comissão do representante, etc. - Promoção de eventos, brindes e presentes de Natal, contribuições beneficentes, contribuições político-eleitorais, etc. Gabarito: Errada e) O autor do orçamento deve recolher ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. Essa obrigação consta no art. 10 do Decreto 7.983/2013, em que a anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que integrar o edital de licitação, inclusive de suas eventuais alterações. Gabarito: Correta Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 72 de 185 Gabarito: E 4) (35 – TCE-RN/2000 – ESAF) Dados: - Traço de um concreto, em massa e areia seca: 1: 2,2 : 2,8: 0,55. - Massa específica do concreto = 2.358Kg/m3. - Custo atual do saco de cimento = R$ 11,00. O custo exato do cimento para a produção de 60 m3 deste concreto é: a) R$ 4.620,00 b) R$ 3.112,56 c) R$ 5.187,60 d) R$ 4.752,00 e) Os dados são insuficientes para calcular o custo do cimento O traço em massa significa que para cada kg de cimento, consome-se 2,2 kg de areia, 2,8 kg de brita e 0,55 kg de água. O volume de 60 m3 corresponde a 141.480 kg de concreto (2.358 kg/m3). Se considerarmos o todo do concreto dividido em 6,55 partes (1 + 2,2 + 2,8 + 0,55), teremos que uma parteserá de cimento. Portanto, dividimos 141.480 kg por 6,55 = 21.600 kg = 432 sacos de cimento de 50 kg, que multiplicados por R$ 11,00 resulta em R$ 4.752,00. Gabarito: D 5) (18 – CGU/2012 – ESAF) Assinale a opção correta sobre os encargos sociais. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 73 de 185 I. Os encargos sociais são obrigatórios, exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. II. Os encargos sociais são divididos em três níveis: Encargos Sociais Básicos e Obrigatórios; Encargos Incidentes e Reincidentes e Encargos Complementares. III. Os custos com ferramentas manuais e EPI (Equipamentos de Uso Individuais) fazem parte dos encargos complementares. a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item II está correto. c) Apenas os itens I e III estão corretos. d) Apenas os itens I e II estão corretos. e) Todos os itens estão corretos. De acordo com Maçahiko Tisaka, no livro Orçamentação na Construção Civil, os Encargos Sociais sobre a mão de obra são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultante de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis: • Encargos Básicos e Obrigatórios. • Encargos Incidentes e Reincidentes. • Encargos Complementares. Os Encargos Complementares são: • Vale-transporte • Refeição Mínima • Refeição - Almoço • Refeição - Jantar • EPI - Equipamento de Proteção Individual • Ferramentas manuais Logo, todos os itens estão corretos. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 74 de 185 Gabarito: E 6) (21 – MPOG/2006 – ESAF) A depreciação é um termo geral e amplo que engloba todas as influências que atacam os bens materiais ao longo do tempo, ocasionando perda de valor ou diminuição de preço. Dessa forma é correto afirmar que: a) a depreciação funcional corresponde ao desgaste ou deterioração dos materiais, enquanto a depreciação econômica constitui a perda de utilidade do bem. O Manual de Conceitos e Metodologia do DNIT traz o gráfico reproduzido a seguir, que representa a evolução dos principais componentes de custo de um equipamento ao longo de certo período para ilustrar o conceito de vida útil sob o ponto de vista econômico: De acordo com o gráfico apresentado, pode-se ver que os valores de depreciação vão diminuindo com o número de anos em Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 75 de 185 que o equipamento é utilizado, enquanto o custo dos reparos para mantê-lo em condições de utilização, vai aumentando com o passar dos anos. Existe um momento, em que as economias de custo de manutenção, que se pode obter pela utilização de um equipamento novo, são suficientes para cobrir a diferença para mais no custo de depreciação. Este seria o ponto ideal de troca, pois, embora nesse preciso instante, os custos totais das duas opções sejam os mesmos, o equipamento antigo entrará, daí por diante, em regime de custos crescentes e o novo em regime de custos decrescentes. Portanto, a depreciação constitui a perda de valor monetário de um bem. Gabarito: Errada b) a vida útil é o tempo decorrido desde que um bem é posto em serviço até a data em que é avaliada sua depreciação. O SICRO considera como vida útil do equipamento o número de anos indicado pelos fabricantes multiplicado pelo número de horas trabalhadas desde a sua aquisição até o momento de necessidade de sua troca, que pode ser definido como o momento em que o equipamento entra em regime de custos crescentes. Gabarito: Errada c) a depreciação pode ser calculada pelo método da linha reta, que consiste em considerar uma provisão variável para cada ano de serviço, ao longo da vida útil do bem. No método da linha reta o valor horário da depreciação é dado pela fórmula linear: Em que: dh = depreciação horária; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 76 de 185 Va = Valor de aquisição; R = Valor residual; n = Vida útil (em anos); HTA= Quantidade de horas trabalhadas por ano. Portanto, verifica-se que o método da linha reta considera a depreciação constante ao longo do tempo. Gabarito: Errada d) a vida remanescente é o período contado desde a data da observação até a data prevista para que o bem deixe de ser economicamente interessante. Ok, a vida remanescente seria o restante de vida útil do equipamento desde a data considerada de análise. Gabarito: Correta e) o valor residual refere-se ao valor da propriedade determinado a partir do custo necessário a sua substituição por outra igualmente satisfatória. O SICRO adota o preço de venda dos equipamentos que atingiram a vida útil estimada pelos fabricantes (n x HTA, sendo n = anos de vida útil e HTA= Quantidade de horas trabalhadas por ano) no mercado de máquinas usadas. Gabarito: Errada Gabarito da Questão: D 7) (39 – CGU/2012 – ESAF) A partir da planilha de produção horária apresentada a seguir, assinale a opção correta. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 77 de 185 a) A produção horária da equipe é de 235 m3. Pessoal, a produção horária da equipe é determinada pela produção horária do equipamento que comanda a patrulha ou equipe mecânica, ou seja, na composição acima é a carregadeira de pneus, identificada pelo coeficiente de utilização operativa igual a 1. Portanto, a produção horária da equipe é de 214 m3. b) O equipamento mais requisitado na equipe mecânica é a motoniveladora. O equipamento mais requisitado é o que possui menor coeficiente de utilização improdutiva, no caso zero, da carregadeira de pneus. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 78 de 185 c) O trator de esteira passará cerca de 10 minutos, a cada hora de trabalho, aguardando o carregamento dos caminhões. O coeficiente de utilização improdutiva do trator de esteiras é 0,09, ou seja, ele aguarda 0,09 x 60 = 5,4 minutos a cada hora. d) Se a distância percorrida pelo trator fosse de 20m, sua produtividade diminuiria para 230 m3/h. Pelo contrário, se a distância diminuísse ocorreria aumento da sua produtividade, pois ele preencheria a sua capacidade de carga em menos tempo. Isso reduziria o tempo total de ciclo, que é inversamente proporcional à produção. e) Utilizando-se caminhões basculantes com capacidade de 10 m3 por viagem, sua produção horária será de 53 m3. Pela fórmula da produção horária, a capacidade de carga é a letra b. Alterando esse item de 14 para 10 m3, o valor de 74 reduz para (74 x 10/14) = 52,86 m3, ou seja, aproximadamente 53 m3/h. Gabarito: E As questões 38 a 40 deverão ser respondidas com base na Composição de Custo Unitário de Referência e na Planilha de Produção da Equipe Mecânica apresentadas na figura abaixo: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 79 de 185 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof.Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 80 de 185 8) (38 – CGU/2008 – ESAF) Para execução do serviço de escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria, DMT 400 a 600m, com carregamento, qual a utilização operativa e improdutiva do trator de esteiras em horas, respectivamente? a) 1,00 e 0,00 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 81 de 185 b) 0,91 e 0,09 c) 0,95 e 0,05 d) 0,93 e 0,07 e) 0,50 e 0,50 Na primeira planilha verifica-se que a produção horária da equipe é de 214 m3/h. A produção da equipe mecânica corresponde à produção do equipamento que a comanda. Verifica-se na segunda planilha que o trator de esteiras pode produzir 235 m3/h. Contudo, ele precisa de um tempo de espera para se adequar à produção da equipe de 214 m3/h. Com isso, tem-se 214/235 = 0,91 ou 91% do tempo operativo e (1 – 0,91 = 0,09) ou 9% do tempo improdutivo. Gabarito: B 9) (39 – CGU/2008 – ESAF) A planilha de Produção da Equipe Mecânica considera a utilização de caminhões basculantes com 14m3 de capacidade para compor a equipe mecânica. Qual o tempo total de ciclo deste equipamento e o número de caminhões necessários para garantir a produtividade da equipe? a) 3,75 min e 1 caminhão. b) 6,56 min e 2 caminhões. c) 6,56 min e 3 caminhões. d) 5,31 min e 2 caminhões. e) 5,31 min e 3 caminhões. O tempo total do ciclo corresponde à soma do tempo fixo (carga, descarga e manobra), tempo de percurso (ida) e tempo de retorno = 2,81 + 2,50 + 1,25 = 6,56 min. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 82 de 185 Quanto ao número de caminhões, verifica-se que a produção horária de um caminhão é de 74 m3/h e a produção horária da equipe é de 214 m3/h. Logo, são necessários 214/74 = 2,89 caminhões, ou seja, são necessários 3 caminhões. Gabarito: C 10) (40 – CGU/2008 – ESAF) Considerando que existam 1000m3 a serem executados do serviço 2.S.01.100.11. Quantas horas improdutivas do equipamento E006 serão gastas para realizar este volume de serviço? a) 0,55 h b) 4,67 h c) 0,65 h d) 2,83 h e) 4,02 h Pela primeira tabela verifica-se que o equipamento E006 é a motoniveladora. A utilização improdutiva da motoniveladora é de 86% ou 0,86 do período. Em uma hora a equipe produz 214 m3. A quantidade de horas consumidas para a produção de 1.000 m3 é de 1000/214 = 4,67 horas. Para se saber o número de horas improdutivas, basta multiplicar 4,67 por 0,86 = 4,02 horas improdutivas. Gabarito: E 11) (41 – CGU/2008 – ESAF) Os índices de produtividade, sempre que possível, devem ser apropriados, ou seja, conferidos durante a execução das obras. Ao apropriar o Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 83 de 185 serviço de regularização do subleito de uma rodovia, avaliou- se a produtividade da motoniveladora. Durante um dia de trabalho, das 7h às 17h, foram feitas 100 observações aleatoriamente distribuídas ao longo da jornada. A produção da motoniveladora, medida ao final do dia, foi de P (m2), correspondente à largura x comprimento da via. As observações pretendiam levantar os tempos operativos produtivos, em espera e em manobra, além do tempo improdutivo. A tabela a seguir apresenta o número de observações realizadas durante o dia. Dessa forma, o tempo operativo da motoniveladora será de: a) 7,8 horas. b) 2,8 horas. c) 6,6 horas. d) 5 horas. e) 6,2 horas. O procedimento descrito na questão é o da avaliação empírica, descrita no item 5.3.2 do Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO2 do DNIT, de 2003. Na avaliação empírica o tempo operativo considera duas situações do equipamento: operativo e em espera. Os tempos improdutivos, por sua vez, comportam paradas de mais longa duração, em que os equipamentos continuam vinculados ao serviço e seus operadores permanecem mobilizados, mesmo que seus motores tenham sido desligados. Tais paradas podem ter as mais diversas razões como, por exemplo, chuva, falta de material, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 84 de 185 necessidades do operador, quebra ou falha do equipamento em questão ou de algum outro componente da patrulha, reabastecimento de combustível etc. Com base na tabela acima, pela metodologia da avaliação empírica, observa-se que 22% do tempo total é improdutivo e 78% é operativo. O período total considerado é de 10 horas (17h – 7h). Portanto, 78% de 10h resulta em 7,8h de tempo operativo. Gabarito: A 12) (22 – CGU/2012 – ESAF) Na fase de execução, são estabelecidos critérios de medição e de progresso físico. Assinale a opção incorreta para determinar estes critérios. a) Para medir o serviço de impermeabilização, recomenda-se identificar a área (m2) de superfície acabada, de acordo com o projeto. Já o progresso físico é representado pelo percentual da área total de impermeabilizações prevista. b) Para a fabricação de pré-moldados, usa-se a área (m2) das peças acabadas, incluindo formas, armação, cabos e bainhas para medir. O progresso físico é o percentual da área das peças pré-moldadas previsto. c) Para a drenagem, usa-se como critério de medição o comprimento da tubulação assentada e a unidade para caixas de passagem. O progresso físico é determinado pelo percentual do comprimento total da tubulação previsto e o percentual da quantidade de caixas prevista. d) Para aterros usa-se o volume (m3) medido no local. O progresso físico é dado pelo percentual do volume total de aterro previsto. e) Os vidros são medidos pela área (m2) de vidros assentados. As portas e divisórias em vidro devem incluir as ferragens e Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 85 de 185 acessórios. O progresso físico é dado pelo percentual da área total de vidros prevista. O item errado é o B, pois os itens bainha e cabos integram elementos de concreto protendido, os quais são medidos por volume (m3) em vez de área (m2). Gabarito: B 13) (21 – CGU/2008 – ESAF) Considerando-se o croqui apresentado a seguir, referente à planta de forma da cobertura da estrutura de concreto armado de um galpão, e havendo a necessidade de realizar o quantitativo para o orçamento das formas de concreto, tem-se que os quantitativos de formas (em m2) para o pilar P1 e para a viga V1 são, respectivamente: a) 2,725 e 2,225 b) 2,825 e 1,200 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 86 de 185 c) 3,000 e 1,20 d) 2,677 e 2,700 e) 2,625 e 2,310 - Área do pilar: o pilar é quadrado nas dimensões 0,25 m x 0,25 m. - Altura do pilar: distância entre pisos subtraída da altura das vigas, que é de 0,30 m de uma lado e 0,40 m de outro. - Área da face 1 do pilar: (2,8 – 0,4) x 0,25 = 0,6 m2 - Área da face 2 do pilar: (2,8 – 0,3) x 0,25 = 0,625 m2 - Área das faces externas do pilar: 2 x 2,8 x 0,25 = 1,4 m2 Somando as áreas acima resulta na área total de forma do pilar P1 de 2,625 m2. A área de forma da viga V1 será: - base de V1: 3 x 0,25 = 0,75 m2 - lateral interna de V1: 3 x (0,30 – 0,08) =0,66 m2 - lateral externa de V1: 3 x 0,30 = 0,90 m2 Somando as áreas acima resulta na área total de forma da viga V1 de 2,31 m2. Gabarito Preliminar: E Gabarito Definitivo: Anulada Pessoal, para o cálculo da área de forma acima foi necessário considerar o pilar P1 com seção quadrada. Contudo, a questão não traz essa informação. Essa seria a primeira inconsistência. Outra inconsistência seria a questão não ter informado a espessura das chapas de forma consideradas, de 10 mm, 12 mm ou de 20 mm. O cálculo acima só considerou a área das faces das peças estruturais, mas não considerou a espessura. Por exemplo, na viga, a forma inferior teria que avançar, além da largura da viga, a Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 87 de 185 espessura da chapa lateral da mesma viga. O mesmo ocorre no pilar, onde em uma das faces, a forma avança, além da largura dessa face, a espessura da chapa da outra face do pilar. 14) (37 – MPOG/2006 – ESAF) Para executar a sapata da figura será preciso um volume de concreto de: a) 0,52 m3. b) 0,36 m3. c) 0,26 m3. d) 0,82 m3. e) 0,16 m3. Para calcular o volume dessa peça, podemos desmembrá-la em uma pirâmide de base quadrada, conforme a seguir: Computando-se para o volume da nossa sapata metade do volume dessa pirâmide, e mais os volumes das partes restantes, além da base: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 88 de 185 Volume da pirâmide: (1/3).Abase.h = (1/3).(1,6.1,6).0,2 = 0,17 m3. Para a sapata, divide-se esse volume por 2: 0,17/2 = 0,085 m3 Volume das partes restantes: Volume1 = [((2 – 0,4).0,2)/2].0,2 = 0,032 m3 Volume2 = (0,2.0,4).0,2 = 0,016 m3 Volume3 = [(0,8.0,2)/2].0,4 = 0,032 m3 Volume da base = 2.1.0,1 = 0,2 m3 Volumetotal = 0,085 + 0,032 + 0,016 + 0,032 + 0,2 = 0,365 m3 Gabarito: B Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 89 de 185 15) (36 – Metrô/2008 – FCC) Dentre os conceitos utilizados no planejamento de uma construção, o termo “composição unitária” significa a quantidade (A) de serviços necessários para a execução de uma unidade dos insumos. (B) de insumos para a realização de uma unidade de determinado serviço. (C) total de material, equipamento e mão-de-obra para a execução de um serviço completo. (D) de mão-de-obra necessária para a construção de 1m2 de um determinado serviço. (E) de tempo necessária para a elaboração de um determinado serviço. Mattos (2006) apresenta o seguinte exemplo de composição unitária: Portanto, a composição unitária significa a quantidade de insumos para a realização de uma unidade de determinado serviço. Gabarito: B Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 90 de 185 16) (49 – Metrô/2009 – FCC) Dos itens abaixo, fazem parte do cálculo do preço unitário de um concreto estrutural virado em obra APENAS: (A) 1 - 3 - 5 - 8 – 9 - 10 - 12 (B) 1 - 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (C) 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 12 (D) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (E) 2 - 4 - 6 - 8 - 10 – 12 O SINAPI apresenta a seguinte composição de concreto virado na obra: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 91 de 185 Observa-se que não fazem parte da composição do concreto os itens 2, 4, 7, 11 e 13. Gabarito: A 17) (37 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Considere a seguinte tabela de insumos: Na composição do custo unitário para a execução do metro quadrado de formas planas plastificadas para concreto aparente, o custo da mão de obra representa, em relação ao custo unitário do serviço, o percentual de (A) 28,00 (B) 40,00 (C) 52,00 (D) 60,00 (E) 66,67 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 92 de 185 Total de mão de obra = (2 x 4,20 + 2 x 3,50) = R$ 15,40. Custo unitário do serviço: Formas planas plastificadas para concreto aparente (m2) Insumo Unidade Qdade Custo unitário (R$) Custo total (R$) Carpinteiro hora 2 4,20 8,40 Ajudante de carpinteiro hora 2 3,50 7,00 Pontalete pinho de 3"x3" m 3 4,00 12,00 Tábua de pinho de 1"x12" m2 0,1 17,00 1,70 Chapa compensada plastificada e = 12 mm m2 0,3 28,00 8,40 Prego kg 0,2 5,00 1,00 TOTAL 38,50 Custo da MO / Custo total = 15,40/38,50 = 40% Gabarito: B 18) (29 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) No emboço externo de uma edificação, de espessura de 2 cm, o custo da mão de obra é R$ 150,00/m3 e o do material é R$ 100,00/m3. Se a área de revestimento é igual a 3 000,00 m2, então o custo total desse emboço é (A) R$ 6.000,00. (B) R$ 10.000,00. (C) R$ 12.000,00. (D) R$ 15.000,00. (E) R$ 18.000,00. Espessura estimada do emboço = 2 cm Volume do emboço = 3000 x 0,02 = 60 m3 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 93 de 185 Custo total = 60 x (150 + 100) = R$ 15.000,00 Gabarito: D 19) (30 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) A área de revestimento de espessura 4 cm de uma edificação é igual a 5.000,00 m2, e o peso específico do material utilizado é 20 kN/m3. Em kN, a carga vertical permanente devido a esse revestimento é de (A) 2 000. (B) 3 600. (C) 4 000. (D) 4 200. (E) 5 000 Carga total = 5.000 x 0,04 x 20 = 4000 kN Gabarito: C 20) (55 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Considere um concreto de traço em peso (1:2:3:0,5) onde se utilizam 500 kg de cimento por m3 e areia de custo unitário R$ 60,00/m3. Sabendo que a massa unitária da areia é igual a 1 000 kg/m3, o custo total do insumo areia na produção de 5 m3 de concreto é (A) R$ 480,00. (B) R$ 450,00. (C) R$ 400,00. (D) R$ 300,00. (E) R$ 280,00. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 94 de 185 Traço: 1 de cimento para 2 de areia, 3 de brita e 0,5 de água 500 kg de cimento corresponde a 1000 kg de areia 1000 kg de areia corresponde a 1 m3 de areia Portanto, 5 m3 de concreto consome 5 m3 de areia Custo total da areia = 5 x 60 = R$ 300,00 Gabarito: D 21) (59 – Metrô-SP/2012 – FCC) O custo unitário de um serviço é o valor ou a importância correspondente a uma unidade do serviço considerado. Pode conter os custos de mão de obra, de materiais e de aplicação de equipamentos para uma unidade do serviço considerado. Os elementos abaixo estão contidos na composição analítica de custo unitário de um serviço, EXCETO: (A) os preços unitários dos insumos. (B) os coeficientes de consumo dos materiais. (C) os coeficientes de produtividade de mão de obra por categoria de operários. (D) os coeficientes de utilização de equipamentos. (E) a descrição dos insumos analisados e respectivos fabricantes. De acordo com o parágrafo 8º do art. 102 da LDO/2013 (Lei 12.708/2012), entende-se por composições de custos unitários aquelas que apresentem descrição semelhante a do serviço a ser executado, com discriminação dos insumos empregados, quantitativos e coeficientes aplicados. Edificações ʹ2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 95 de 185 Não há necessidade de descrição dos fabricantes dos insumos na composição do custo unitário. As características técnicas dos insumos devem constar nas especificações técnicas do projeto. Lembrem-se que os custos unitários dos serviços são obtidos a partir das suas respectivas composições, as quais são constituídas pela combinação dos coeficientes de consumo unitário dos insumos (material, mão-de-obra e equipamentos) que integram o respectivo serviço. O valor do custo unitário do serviço resulta do somatório das multiplicações dos coeficientes de consumo dos seus insumos pelos correspondentes custos unitários, incluindo os encargos sociais da mão-de-obra, conforme a tabela a seguir: Gabarito: E 22) (77 – TCE-AM/2012 – FCC) Considere a planilha de composição de custo unitário seguinte: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 96 de 185 Na composição do custo unitário de execução de um metro cúbico de alvenaria de fundação e embasamento com tijolos maciços comuns, (A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário. Custo da mão de obra = R$ 45,50 + R$ 47,50 = R$ 93,00 R$ 93,00 / R$ 262,00 = 35,5% Gabarito: Correta (B) os custos dos materiais representam menos de 60% do custo unitário. Não há equipamentos na composição. Logo, o % do Custo do material = 100% - 35,5% = 64,5% Gabarito: Errada (C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é menor que 0,40. R$ 93,00/ R$ 169,00 = 55% Gabarito: Errada Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 97 de 185 (D) o insumo areia representa o maior custo percentual da composição. O maior custo percentual é do tijolo, que representa R$ 112,00 / R$ 262,00 = 42,7% Gabarito: Errada (E) os custos dos tijolos representam 30% do custo unitário. Conforme vimos acima, eles representam 42,7% do custo unitário. Gabarito: Errada Gabarito: A (DNOCS/2010 – FCC) Para responder às questões de números 44 a 46, considere a tabela de valores de referência abaixo, obtida de um banco de dados de engenharia para o cálculo de preços unitários e orçamentos. 23) 44. O valor correto para o custo, em reais, de mão de obra de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, corresponde a Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 98 de 185 (A) 11,50. (B) 21,25. (C) 17,85. (D) 28,25. (E) 10,85. O valor total da mão de obra será = 1,00 + 4,90 +0,15 + 0,70 + 0,70 + 0,35 + 0,45 + 0,2 x (0,70 + 6,65 + 5,65) = R$ 10,85 Gabarito: E 24) 45. O valor correto para o custo, em reais, de materiais de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, equivale a (A) 83,33. (B) 201,75. (C) 100,00. (D) 95,55. (E) 123,45. Valor total de materiais = 34,20 + 1,00 + 1,05 + 7,45 + 0,23 + 7,00 + 0,2 x 162,00 = R$ 83,33 Gabarito: A 25) (59 – TCE-PR/2011 – FCC) A elaboração de uma composição de preços para serviços de engenharia é tarefa bastante complexa, pois os insumos a serem considerados são Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 99 de 185 bastante variados. Esta composição deve levar em conta tanto os custos diretos quanto os custos indiretos. Para serviços prestados ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), devem ser verificadas as composições de preços padronizadas pelo órgão. Atualmente, a composição de preços de serviços e insumos do DNIT é disponibilizada através de tabela denominada (A) TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. (B) SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. (C) TPU – Tabela de Preços Unitários. (D) SICRO – Sistema de Custos Rodoviários. (E) TCU – Tabela de Custos Unitários. O DNIT adota o SICRO – Sistema de Custos Rodoviários para orçar obras ou serviços de natureza rodoviária. O SICRO, juntamente com o SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil são os referenciais oficiais de preços adotados para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos de origem do Orçamento da União, conforme o art. 125 da LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011), conforme a seguir: “Art. 125. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 100 de 185 tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.” O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI. A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção, equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da Federação. A manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Os projetos, a relação de serviços, as especificações e as composições de custos, constituem a base técnica de engenharia do sistema. Já a TCPO trata-se de uma publicação da editora PINI com Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. E TCU corresponde a Tribunal de Contas da União. Gabarito: D 26) (81 – TCE-PR/2011 – FCC) Para a concretagem de um tubulão cilíndrico, com diâmetro igual a 160 cm e altura de 6 m deverá ser encomendado concreto a ser transportado em caminhão betoneira. Recomenda-se que o volume mínimo de entrega de concreto não seja inferior a 1/5 da capacidade máxima do caminhão betoneira. Considerando que os Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 101 de 185 caminhões serão carregados com 2/3 da capacidade máxima, de 10 m3, há necessidade de (A) 1 caminhão. (B) 2 caminhões. (C) 3 caminhões. (D) 7 caminhões. (E) 20 caminhões. 2/3 da capacidade de 10 m3 = 20/3 m3 Volume do tubulão = 6 x (3,14) x (0,8)^2 = 12 m3 Quantidade de caminhões = 12/(20/3) = 1,8 caminhões Portanto, são necessários 2 caminhões. Gabarito: B (TCE-SE/2011 – FCC) Considere o texto abaixo para responder às questões de números 67 e 68. A execução de um metro quadrado de alvenariade tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo requer os seguintes materiais: 0,080 m3 de areia (R$ 80,00/m3); 14 kg de cal hidratada (R$ 0,35/kg); 7 kg de cimento (R$ 0,40/kg); 140 unidades de tijolo comum maciço (R$ 0,20/unidade), além de 2,4 horas de pedreiro (R$ 5,00/h) e 3,20 horas de servente (R$ 4,00/h). 27) 67. Para esses insumos, o custo unitário, por metro quadrado, da execução desse tipo de alvenaria, sem contar os encargos e leis sociais, é, em reais, (A) 24,80 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 102 de 185 (B) 33,45 (C) 42,10 (D) 66,90 (E) 91,70 Segue a composição de custo unitário da alvenaria de tijolo de barro maciço descrita no comando da questão: Alvenaria de tijolo maciço (m2) unidade consumo custo unitário custo total areia m3 0,08 80,00 6,40 cal hidratada kg 14 0,35 4,90 cimento kg 7 0,40 2,80 tijolo maciço un. 140 0,20 28,00 pedreiro h 2,4 5,00 12,00 servente h 3,2 4,00 12,80 TOTAL 66,90 Gabarito: D 28) 68. Na composição do custo unitário de execução de um metro quadrado de alvenaria de tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo, (A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário. Conforme a composição acima, a MO representa 24,80/66,90 = 37%. Gabarito: Correta (B) os custos dos materiais representam menos de 50% do custo unitário. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 103 de 185 Conforme a composição acima, ao materiais representam 42,10/66,90 = 62,9%. Gabarito: Errada (C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é 0,40. A relação entre os MAT e a MO é 42,10/24,80 = 1,7. Gabarito: Errada (D) a relação entre os custos da mão de obra e o custo de materiais é 1,50. A relação entre a MO e os MAT é 24,80/42,10 = 0,59. Gabarito: Errada (E) os custos dos tijolos representam 20% do custo unitário. Os tijolos representam 28,00/66,90 = 42% do custo unitário. Gabarito: Errada Gabarito: A 29) (48 – Infraero IV/2011 – FCC) BDI é o elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, num empreendimento (obra ou serviço), segundo critérios claramente definidos, classificam-se como indiretas, e, também, necessariamente, atender ao lucro. Na planilha de orçamento de uma determinada obra foram listadas as despesas de acordo com o projeto e a execução. Dentre as parcelas apresentadas abaixo, a que NÃO pode ser incluída no BDI é: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 104 de 185 De acordo com Mattos (2006), dá-se a designação de Benefícios (ou Bonificação) e Despesas Indiretas (BDI) ao quociente da divisão do custo indireto (DI) - acrescido do lucro (B) - pelo custo direto da obra. O BDI, portanto, inclui: - despesas indiretas de funcionamento da obra; - custo da administração central (matriz); - custos financeiros; - fatores imprevistos; - impostos; - lucro. Tanto o termo benefícios quanto bonificação querem dizer lucro. Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha da obra para se chegar ao preço de venda. Segundo Tisaka (2006), o BDI é composto dos seguintes elementos: - Despesas ou Custos Indiretos: são os custos específicos da Administração Central diretamente ligados a uma determinada obra, tais como gerente de contrato, engenheiro fiscal e as respectivas despesas de viagem e alimentação e o rateio de todos os custos da Administração Central constituídos por salários de todos os funcionários, pró-labore de diretores, apoio técnico-administrativo e de planejamento, compras, contabilidade, contas a receber e a pagar, almoxarifado central, transporte de material e de pessoal, impostos, taxas, seguros, etc. - Taxa de Risco do Empreendimento - Custo financeiro do capital de giro - Tributos - Taxa de comercialização - Benefício ou Lucro. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 105 de 185 Pessoal, cabe atentar para o caso de obras públicas custeadas com recursos federais, pois só cabem as parcelas previstas na LDO, conforme vimos na questão anterior. Portanto, se a questão falasse que a obra é federal, todos os itens relacionados não deveriam constar no BDI. (A) equipe administrativa de campo. Essa equipe integra a Administração Local da obra. De acordo com Mattos (2006), ela faz parte do BDI. No caso de obras custeadas com recursos federais, esse item não poderia estar no BDI. (B) vigia do canteiro. O vigia do canteiro também faz parte da Administração Local da obra. (C) água e luz no canteiro. As despesas de água e luz no canteiro são despesas de funcionamento da obra, as quais, para Mattos (2006), fazem parte do BDI. De acordo com Tisaka (2006), essas despesas fazem parte da Administração Local, cujos principais itens de despesas são: - Aluguel de equipamentos administrativos: mobiliário do escritório, telefones fixos e celulares, computadores, aparelhos de ar- condicionado, ventiladores, geladeiras e fogão para copa, extintores de incêndio, relógio de ponto, etc. - Aluguel de veículos leves e sua manutenção para locomoção na obra e serviços administrativos; - Consumos: materiais de escritório, materiais de limpeza, água e café, despesas com contas de água, energia e telefone, combustível para abastecimento de veículos, etc. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 106 de 185 - Salários: engenheiro responsável, engenheiros setoriais, mestre de obras, técnicos de produção, planejamento e de segurança do trabalho, enfermeiro, apontador, almoxarife, vigias, segurança patrimonial e demais funcionários administrativos, exceto pessoal diretamente envolvido na produção que faz parte dos custos diretos. - Serviços de apoio estratégico e logístico da obra: medicina e segurança do trabalho, controle tecnológico de qualidade dos materiais e da obra. Percebam que Tisaka (2006), acima, ao discriminar os itens do BDI, não considera a Administração Local, mas a Central. Portanto, segundo Tisaka (2006), essas despesas não fazem parte do BDI. A LDO, ao regular sobre obras custeadas com recursos federais, também não as prevê no BDI, conforme a questão anterior. O DNIT, de forma excepcional, prevê a Administração Local no BDI. (D) aluguel de equipamentos. Esse item faz parte das despesas gerais dos custos indiretos, constituindo, portanto, o BDI, segundo Mattos (2006). Conforme o item anterior, Tisaka (2006) considera-o como parte da Administração Local, não a prevendo no BDI. A LDO, ao regular sobre obras custeadas com recursos federais, também não prevê aluguel de equipamentos no BDI. (E) matéria prima. A matéria prima da obra é representada pelos materiais aplicados na obra. Ao materiais, mão de obra e equipamentos (insumos) são considerados como custos diretos da obra. Portanto, a matéria-prima não faz parte do BDI. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 107 de 185 Gabarito: E 30) (50 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Na composição do BDI (benefício e custos indiretos), a taxa entendida como umaprovisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante a obra, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto, é a taxa denominada de (A) Rateio da Administração. (B) Risco de Execução. (C) Reserva de Contigência. (D) Benefício. (E) Operacional de Risco. Conforme vimos na questão anterior, tanto o termo benefícios quanto bonificação querem dizer lucro. De acordo com Tisaka (2006), o Orçamento para a execução de obras e serviços na Construção Civil é composto pelos seguintes elementos ou etapas de cálculo: a) Cálculo do Custo Direto: despesas com material e mão-de- obra que serão incorporadas ao estado físico da obra. Despesas da administração local, instalação do canteiro de obras e sua manutenção e sua mobilização e desmobilização. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 108 de 185 b) Cálculo das Despesas Indiretas: despesas que, embora não incorporadas à obra, são necessárias para a sua execução, mais os impostos, taxas e contribuições. c) Cálculo do Benefício: previsão de Benefício ou lucro esperado pelo construtor mais uma taxa de despesas comerciais e reserva de contingência. Ainda segundo Tisaka (2006), a taxa adotada como Benefício deve ser entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante as obras, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto. É diferente da taxa de risco de execução, do qual já falamos anteriormente. Podem fazer parte da taxa do benefício algumas eventuais despesas com: - Pagamentos de assessorias jurídicas ou custas judiciais. - Eventuais falhas na elaboração do orçamento. - Atrasos nos pagamentos absorvidos pela empresa. - Falha no dimensionamento da mão-de-obra indireta. - Reservas de contingência para furtos em obra, assaltos, chuvas e inundações excepcionais, mudanças não previsíveis na economia etc. Gabarito: D 31) (57 – Metrô-SP/2012 – FCC) Para a orçamentação de uma obra ou serviço, é comum a adoção de um percentual que Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 109 de 185 se adiciona aos custos diretos referente a todas as despesas indiretas da Administração Central, as quais devem cobrir os gastos de aluguel da sede, almoxarifado e oficina central, salários e benefícios de todo o pessoal administrativo e técnico, pro labore dos diretores, todos os materiais de escritório e de limpeza, consumos de energia, telefone e água, mais os tributos e o lucro. A esse percentual dá-se o nome de (A) Margem de custo. (B) Custos Indiretos. (C) Lucro. (D) Benefícios e Despesas Indiretas. (E) Margem de preço. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, atual LDO/2013 (Lei 12.708, de 17 de agosto de 2012), art. 102, § 7º, a taxa de rateio da Administração Central faz parte do BDI: “O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas - BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo: I - taxa de rateio da administração central; II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e IV - taxa de lucro.“ (grifou-se) Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 110 de 185 Conforme vimos nesta aula, de acordo com o DNIT, a Administração Central envolve os custos da sede da empresa executora, tais como: honorários de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal, administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente, treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc.. Gabarito: D 32) (65 – TRF2/2012 – FCC) Para o cálculo do BDI é necessário previamente determinar as Despesas Indiretas. Estes são gastos que não fazem parte dos custos da obra, mas que são necessários para a sua execução. São basicamente despesas da administração da sede da empresa, mais os encargos financeiros do capital de giro necessários na produção e os riscos envolvidos no empreendimento. Dentre os gastos que compõem a administração, NÃO é correto citar como componente para o cálculo do BDI: (A) equipamentos, como computadores. (B) o aluguel dos imóveis. (C) o alojamento. (D) mão de obra indireta. (E) serviços de copiadoras. O alojamento faz parte do Canteiro de Obras e os demais itens fazem parte da Administração Local da obra. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 111 de 185 De acordo com Tisaka (2006), acerca da estrutura de um canteiro de obras, a infra-estrutura física da obra que possibilite o perfeito desenvolvimento da execução consiste no seguinte: - Regularização do terreno do canteiro de obras, construção provisória para escritório da obra, sala para a chefia, sala para a fiscalização, sanitários completos, oficinas, bandeja salva-vida no caso de prédios, etc. - Alojamentos completos, refeitórios, vestiários, guaritas, etc. - Instalações provisórias de água, esgoto, telefone, eletricidade, iluminação, tapumes, cercas, etc. - Estradas de acesso, pavimentação provisória, etc. - Placas de obra de acordo com as especificações do cliente. Nas obras custeadas com recursos federais, de acordo com a LDO, a Administração Local não faz parte do BDI. Exceção a esse comando ocorre nas obras contratadas pelo DNIT, que inclui a Administração Local no BDI, conforme a planilha a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 112 de 185 Percebam que o Canteiro de Obras não faz parte do BDI do DNIT. Conforme vimos em questão anterior, Tisaka (2006) também não considera o Canteiro de Obras no BDI. Contudo, Mattos (2006) contempla este item no BDI. O importante é sabermos que a banca da FCC considera a Administração Local no BDI e o canteiro de obras fora dele. Contudo, se a obra for custeada com recursos federais, vale o que diz a LDO. Gabarito: C Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 113 de 185 33) (51 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Num orçamento, para calcular o BDI (benefício e custos indiretos), é necessário ter em mãos uma série de informações que vão constar da sua composição: I. custo direto da obra; De acordo com Mattos (2006), chama-se BDI o fator a ser aplicado ao custo direto para obtenção do preço de venda. O preço de venda é o preço final da obra. O BDI é percentual obtido pela divisão entre os custos indiretos e lucro e o custo direto da obra. Portanto, precisamos saber o custo direto da obra para estabelecermos o percentual de BDI. Gabarito: Correta II. prazo de execução da obra; Conforme vimos, a FCC considera que a Administração Local faz parte do BDI. O custo total da Administração Local depende do prazo da obra, pois abrange os profissionais mensalistase demais custos administrativos mensais da obra. Gabarito: Correta III. ISS da prefeitura local; Conforme vimos na aula, o ISS faz parte dos tributos que integram o BDI. Gabarito: Correta Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 114 de 185 IV. se a contabilidade da empresa é por lucro real ou presumido. O lucro faz parte do BDI. A forma como o lucro da empresa é apurado contabilmente interfere na base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Portanto, a alteração da alíquota desses tributos interfere no BDI. O IRPJ e a CSLL são considerados tributos de natureza personalística. Nas obras custeadas com recursos federais, a LDO veda a sua inclusão no BDI. Gabarito: Correta É correto o que consta em (A) I e IV, apenas. (B) II e III, apenas. (C) II, III e IV, apenas. (D) I, II, III e IV. (E) II, apenas. Gabarito: D 34) (48 – Metrô/2009 – FCC) São fatores que devem ser considerados no cálculo do BDI: (A) COFINS; ISS; IPTU; IRRL. (B) Custos de telefone; salários de operários; contas de água e energia. (C) IPTU; IRRL; UTM; GPS. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 115 de 185 (D) COFINS; ISS; Lucro; CSLL; Imposto de Renda. (E) Salários de operários; contas de água e energia; IPTU; IRRL. O TCU, no Acórdão 2369/2011 – Plenário, estabeleceu a seguinte composição de BDI, aplicável a obras de edificação custeadas com recursos federais: Nesta composição não consta o IRPJ e a CSLL, pois esses tributos são personalíssimos e, portanto, vedados pela LDO. Contudo, a questão não particularizou tratar-se de obras públicas federais. Logo, pode-se incluir estes tributos no BDI. Gabarito: D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 116 de 185 (TRE-PB/2007 – FCC)Para responder as questões de números 58 e 59 considere o texto: Na composição de preços e custos na construção civil vários termos são utilizados: custos direto e indireto, encargos sociais, BDI, entre outros. 35) 58. No cálculo das leis e encargos sociais, NÃO é correto considerar (A) parte do salário refeição custeado pelo empregador. Conforme consta no Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, além dos encargos calculados (Grupos A, B, C e D), devem ser feitas as seguintes observações com referências à outros custos que incidem sobre a mão de obra, a seguir relacionados, que foram intitulados de ADICIONAL À MÃO-DE-OBRA, pois são diretamente proporcionais à mão-de-obra empregada: Para considerá-los no cálculo dos custos da mão-de-obra, o SICRO calculou os percentuais correspondentes aos itens acima relacionados. (...) • Alimentação Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 117 de 185 - percentual do custo médio de alimentação em relação ao salário médio - 16% - percentual da participação máxima do trabalhador permitida de acordo com a Lei 6.321 de 14 de abril de1976 - 20% - percentual de dedução fiscal (instrução do MAJUR de 1996) - 25% Alimentação = [0,16 x (1-0,20) ] X (1-0,25) X 100% = 9,60% Portanto, deve ser considerada nos encargos sociais. (B) parte do vale transporte custeado pelo empregador. Dando continuidade ao item anterior: (...) • Equipamento de Proteção Individual: percentual mínimo de EPI de segurança sobre a mão de obra é de 1,12%. • Transporte: - percentual do transporte em relação ao salário médio 6,8% - participação dos empregados de acordo com art. 9º, inciso I, do decreto 95.247 de 87=6% - percentual de dedução fiscal de acordo com instrução do MAJUR de 1996 = 25% Transporte = [0,068 x (1-0,06)] X ( 1-0,25) X 100% = 4,79% • Ferramentas Manuais - percentual sobre a mão de obra do custo com ferramentas manuais, necessária a execução de determinados serviços, é de 5,00% O SINAPI considera, na planilha de encargos sociais do Rio Grande do Sul, os itens Vale-Transporte e EPI como encargos complementares: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 118 de 185 Tisaka (2006) considera como encargos complementares os seguintes itens: - Transporte do trabalhador de sua residência ao local de trabalho – Lei nº 7.418/85 e Decreto 95.247/87 - Café da Manhã – Acordo Coletivo de Trabalho - Almoço e/ou jantar – Acordo coletivo de trabalho - EPI – Equipamento de Proteção Individual – Art. 166 da CLT e NR-6 e NR-18 da Lei nº 6.514/77 - Ferramentas manuais – fornecimento da empresa. - Seguro de vida – se constar do Acordo Coletivo. Portanto, deve ser considerado nos encargos sociais. (C) licença paternidade. Segue abaixo a planilha de encargos sociais adotada pelo SINAPI tanto para horistas como para mensalistas: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 119 de 185 Portanto, deve ser considerado nos encargos sociais. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 120 de 185 (D) o PIS/PASEP que incide sobre o faturamento bruto. Conforme vimos nas questões sobre BDI, o PIS/PASEP integra o BDI, não fazendo parte, portanto, dos encargos sociais, que incidem diretamente sobre os salários da mão de obra. Portanto, NÃO deve ser considerado nos encargos sociais. (E) dias de chuva, faltas justificadas e acidentes de trabalho. Conforme vimos na composição acima, esses itens integram os encargos sociais. Gabarito: D 36) 59. NÃO se deve considerar no cálculo dos custos indiretos, chamados de BDI (Benefício e Despesas Indiretas), (A) a administração central (apoio técnico, supervisão, administração, etc). (B) despesas com manutenção do canteiro de obra. (C) custos financeiros. (D) encargos fiscais (imposto de renda, PIS, PASEP, ISS, etc). (E) a administração local (apoio técnico, supervisão, administração, etc) da obra. Conforme vimos nas questões sobre BDI, as despesas de instalação e manutenção do canteiro de obras não integram o BDI. Gabarito: B Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 121 de 185 37) (58 – Metrô-SP/2012 – FCC) Em função da fase em que o empreendimento se encontra, o detalhamento do projeto é distinto e, por isso, as informações disponíveis para a orçamentação também diferem, principalmente com relação à aderência das quantidades estimadas das executadas. A avaliação do preço global da obra, obtida através do levantamento dos serviços e quantitativos obtidos dos projetos básicos, fundamentado em planilhas que expressem a composição de todos os custos, é conhecida por orçamento (A) detalhado. De acordo com Mattos (2006), o orçamento analítico ou detalhado é elaborado com composição de custos e extensa pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem próximo do custo "real", com uma reduzida margem de incerteza. O orçamento detalhado é o mesmo que orçamento analítico, descrito a seguir. (B) estimativo. Segundo Mattos (2006), a estimativa de custos é uma avaliação expedita feita com base em custos históricos e comparaçãocom projetos similares. Dá uma idéia da ordem de grandeza do custo do empreendimento. Em geral, a estimativa de custos é feita a partir de indicadores genéricos, números consagrados que servem para uma primeira abordagem da faixa de custo da obra. A tradição representa um aspecto relevante na estimativa. No caso de obras de edificações, um indicador bastante usado é o custo do metro quadrado construído. Inúmeras são as fontes de referência desse parâmetro, sendo o Custo Unitário Básico (CUB) o Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 122 de 185 mais utilizado. Cada construtora, no entanto, pode ir gerando seus próprios indicadores com o passar do tempo. Outros indicadores genéricos são: - Custo por metro linear de rede de drenagem ou esgoto; - Custo por hectare de urbanização; - Custo por megawatt de energia instalado (para usinas hidrelétricas); - Custo do quilômetro de estrada; - Custo do quilômetro de linha de transmissão de alta tensão. (C) preliminar. De acordo com Mattos (2006), o orçamento preliminar está um degrau acima da estimativa de custos, sendo um pouco mais detalhado. Ele pressupõe o levantamento expedito de algumas quantidades e a atribuição do custo de alguns serviços. Seu grau de incerteza é mais baixo do que o da estimativa de custos. No orçamento preliminar, trabalha-se com uma quantidade maior de indicadores, que representam um aprimoramento da estimativa inicial. Os indicadores servem para gerar pacotes de trabalho menores, de maior facilidade de orçamentação e análise de sensibilidade de preços. Em obras similares, a construtora pode ir gerando seus próprios indicadores. Embora os prédios tenham projetos arquitetônicos distintos e acabamentos diferentes, nota-se que os indicadores não flutuam muito. (D) analítico. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 123 de 185 Segundo Mattos (2006), o orçamento analítico constitui a maneira mais detalhada e precisa de se prever o custo da obra. Ele é efetuado a partir de composições de custos e cuidadosa pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem próximo do custo "real". O orçamento analítico vale-se de uma composição de custos unitários para cada serviço da obra, levando em consideração quanto de mão-de-obra, material e equipamento é gasto em sua execução. Além do custo dos serviços (custo direto), são computados também os custos de manutenção do canteiro de obras, equipes técnica, administrativa e de suporte da obra, taxas e emolumentos, etc. (custo indireto), chegando a um valor orçado preciso e coerente. (E) sintético. No orçamento sintético consta a discriminação dos serviços, com as respectivas unidades de medição, e preços ou custos unitários (com e sem BDI, respectivamente), sem as respectivas composições. Percebe-se que, com base na literatura especializada, o comando da questão enquadra-se na descrição do orçamento analítico ou detalhado. Por isso, as letras A e D estariam corretas sob o ponto de vista da literatura especializada. Gabarito Oficial: B Gabarito Proposto: Anulação 38) (43 – Defensoria/2009 – FCC) Assinale a alternativa que apresenta coerência de margem de erro e elementos técnicos necessários para o tipo de orçamento citado. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 124 de 185 Limmer (1997) considera uma margem de erro mínima de 5% para o nível máximo de detalhamento do projeto. De acordo com a Cartilha “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, do TCU, de 2008, com relação ao nível de precisão adequado, pode-se tomar por base as informações da tabela abaixo: E o IBRAOP (Instituto Brasileiro de Obras Públicas), na sua OT – IBR – 004/2012, apresenta a seguinte tabela: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 125 de 185 Ávila, A. V., Librelotto, L.I., Lopes, O.C. (2003) apud Gonçalves (2011) apresentam os tipos de orçamento, as margens de erro comumente esperadas, bem como os elementos técnicos que os caracterizam: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 126 de 185 Portanto, o item C está correto. Gabarito: C 39) (39 – Metrô/2009 – FCC) Dimensionar a equipe implica em estipular o número de operários necessários para a realização de uma determinada atividade, que depende de vários fatores, dentre os quais é correto destacar: (A) tamanho da obra e suas interferências; especificidade das tecnologias adotadas no canteiro; implicações estabelecidas nos padrões comportamentais dos recursos humanos. (B) a ocupação dos trabalhadores; o volume de trabalho a ser executado; a importância do cumprimento do orçamento estabelecido nas auditorias da qualidade. (C) a disponibilidade de material alocado no canteiro; a escala de trabalho estabelecida pela gerência de produção da obra; o fator de relação hora-homem × homem- hora. (D) ensaios tecnológicos dos materiais; planilha de custos de mão-de-obra; tempo de experiência e formação profissional dos operadores registrados. (E) a quantidade de serviço a ser executada; a produtividade da mão-de-obra, mensurada por meio de indicador predefinido; o prazo destinado à execução do serviço. O dimensionamento de uma equipe necessita da definição dos serviços a executar, das suas quantidades, do prazo e das produtividades dos diferentes profissionais. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 127 de 185 Gabarito: E 40) (61 – TCE-MG/2009 – FCC) Em relação às diversas modalidades de contratos de mão-de-obra para a construção civil (preço fechado, administração por homem/hora etc), considere as afirmações abaixo: I. Escavação de vala-medição − executada pelo volume medido (“cubicado”) no corte. Para o transporte do material é preciso considerar o empolamento (aumento de volume), que depende do terreno e fica em torno de 25%. Exato, a medição de escavações é realizada pelo volume do corte. Para a estimativa do transporte necessário do material escavado, deve-se considerar o volume do material solto. O volume solto resulta da multiplicação do volume do corte (estado natural) pelo empolamento (> 1), o qual depende do material, conforme a tabela a seguir, de Mattos (2006): Mattos (2006) considera o fator de empolamento (<1, inverso do empolamento) com o nome de fator de conversão, também adotado pelo Sicro2. Tendo em vista que a maior parte dos materiais escavados correspondem à terra comum, considera-se que o empolamento fica em torno de 25%, para efeito de estimativas preliminares. Contudo, para orçamentos e projetos básicos, o empolamento deve ser o específico do solo a ser escavado. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 128 de 185 Gabarito: Correta II. Alvenaria − descontar apenas a área que exceder a 2,0 m2 em cada vão. Por exemplo: calcula-se a área da parede inteira, depois desconta-se os vãos; para aqueles com 5,0 m2 serão considerados apenas3,0 m2. A área de 2,0 m2 é devido ao trabalho que o pedreiro terá para requadrar o vão. De acordo com Mattos (2006), a área de alvenaria servirá de base para o levantamento de quantidades de outros serviços, tais como chapisco, emboço, reboco, pintura e azulejo. Quando num pano de parede existirem aberturas - portas, janelas, basculantes, elementos vazados etc, há algumas regras práticas para o levantamento da área de alvenaria: - Área da abertura inferior a 2 m2 - despreza-se o vão da abertura, isto é, não se faz desconto algum na parede; - Área da abertura igual ou superior a 2 m2 - desconta-se da área total o que exceder a 2 m2. Essa regra parte do pressuposto que a execução da alvenaria nas bordas da abertura demanda tempo com ajustes, arestamento, escoramento dos blocos, colocação de verga e contraverga, e que esse tempo seria equivalente ao que o pedreiro levaria para preencher o vão se a parede fosse inteira. A regra não é perfeita porque faz uma compensação de homem-hora por material, mas ainda assim é uma prática muito difundida entre os orçamentistas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 129 de 185 Gabarito: Correta III. Concreto − mede-se na planta ou na própria obra. Alguns índices médios de consumo nas estruturas de concreto: Peso do aço − 80 a 120 kg/m3 de concreto aplicado; Área de formas − 10 a 12 m2/m3 de concreto aplicado; Agregado para concreto – as soma dos volumes de areia + brita 1 + brita 2 para a preparação de 1 m3 de concreto é de 1,62 m3. De acordo com Mattos (2006), o volume de concreto de um pavimento engloba pilares, vigas, lajes e escadas. Define-se espessura média como a espessura que o volume de concreto do pavimento atingiria se fosse distribuído regularmente pela área do pavimento. Mattos (2006) sugere os seguintes indicadores: A espessura média refere-se apenas à superestrutura do prédio: não inclui concreto de fundações (blocos, tubulões), quadras esportivas etc. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 130 de 185 Mattos (2006) sugere alguns traços de concreto, a exemplo da composição unitária a seguir: Mattos (2006) também sugere que os volumes de brita e areia totalizam aproximadamente 1,65 m3 para cada 1 m3 de concreto. A questão apresenta os seguintes dados: - traço em volume – 1:3:4,5 - consumo de cimento: 6 sacos/m3 - 1 saco = 36 L Com isso, temos que: - Para 1 m3 de concreto consome-se 6 sacos de cimento = 300 kg de cimento, equivalente a 216 L. - O volume da areia = 3 x volume de cimento = 648 L - Volume de brita = 4,5 x volume de cimento = 972 L Somando os volumes de areia e brita teremos 1.620 L = 1,62 m3 de agregados, conforme o item III da questão. Com relação à armação, Mattos (2006) destaca que embora lajes, pilares e vigas tenham solicitações distintas e que sejam armados com diferentes densidades de aço por metro cúbico de concreto, verifica-se que em construções prediais a taxa de aço média fica numa faixa, conforme a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 131 de 185 E quanto às fôrmas, segundo Mattos (2006), embora a quantidade de fôrma para moldagem de um pilar seja bem mais representativa do que para uma laje, verifica-se que a utilização média de fôrma cai sempre numa determinada faixa, conforme a seguir: Para a determinação do quantitativo de fôrmas, é importante que haja um projeto executivo, com o detalhamento das diversas peças. Para fôrmas de madeira, normalmente encontram-se os seguintes componentes: chapa compensada (resinada, plastificada), sarrafo, prego, desmoldante. Só com um projeto de fôrmas é que o orçamentista pode estimar com segurança o quantitativo de todos esses elementos. Taxas por m2 de fôrmas: - pregos: 0,20 a 0,25 kg/m2 - desmoldante: 0,10 L/m2 Portanto, as taxas apresentadas no item III aproximam-se das indicadas pela literatura especializada para estimativas orçamentárias. Gabarito: Correta Está correto o que se afirma em Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 132 de 185 (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. (D) II e III, apenas. (E) III, apenas. Obs.: Dado: traço em volume 1: 3: 4,5 consumo de cimento: 6 sacos/m3 1 saco = 36 L Gabarito: C 41) (35 – TRE-MS/2007 – FCC) Admitindo um volume de terra, medido no corte de 8.000 m3, o volume solto para efeito de transporte é, em m3, de aproximadamente: (A) 10.000 (B) 8.900 (C) 8.000 (D) 7.200 (E) 6.400 Conforme vimos na questão anterior, considerando um empolamento de 25%, teremos o volume solto de 8.000 x 1,25 = 10.000 m3. Gabarito: A Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 133 de 185 42) (71 – TCE-PI/2005 – FCC) Dados relativos aos produtos P1 e P2. O consumo médio de matéria-prima para cada unidade de produto fabricado é: - Para o produto P1: 6 unidades métricas - Para o produto P2: 3 unidades métricas Foi feito o seguinte plano de produção para fevereiro de 2005: - Produto P1: 1.850 peças - Produto P2: 360 peças São desejados os seguintes estoques finais para a matéria- prima: - Para o final de janeiro de 2005: 14.090 unidades métricas - Para o final de fevereiro de 2005: 14.300 unidades métricas A quantidade de matéria-prima a ser adquirida, em unidades métricas, é (A) 210 (B) 2.210 (C) 11.970 (D) 12.180 (E) 12.390 A matéria-prima a ser adquirida corresponde à produção prevista para fevereiro de 2005: - produto P1: 6 x 1.850 = 11.100 unidades métricas - produto P2: 3 x 360 = 1.080 unidades métricas Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 134 de 185 Total a ser consumido = 12.180 unidades métricas Deseja-se estoque adicional de 14.300 – 14.090 = 210 unidades métricas. Portanto, deve-se adquirir 12.180 + 210 = 12.390 unidades métricas. Gabarito: E 43) (36 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Para a construção de uma laje utilizou-se concreto com traço em peso (1:2:3:0,5) com consumo de 350 kg de cimento por m3 de concreto, areia com inchamento de 20% e massa unitária seca de 1.400 kg/m3. Se o custo do m3 de areia é R$ 50,00, o custo total do insumo areia é (A) R$ 15,00 (B) R$ 20,00 (C) R$ 26,00 (D) R$ 30,00 (E) R$ 45,00 A água contida na areia é contabilizada no fator x, água/cimento = 0,5, indicado no traço. Portanto, o traço representa a proporção do peso seco dos agregados e cimento. De acordo com o traço (c:a:b:x) = (1:2:3:0,5), o peso da areia seca é o dobro do peso do cimento. Portanto: Peso da areia seca = 2 x 350 kg = 700 kg Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 135 de 185 O coeficiente de inchamento é dado pela relação entre o volume úmido da areia e o volume seco da areia (Vh / Vo). O volume seco da areia (Vo) é: Vo = 700 kg/1.400 kg/m3 = 0,5 m3 O inchamento é de 20%. Com isso, temos: (Vh / Vo) = 1,2 ї Vh = 1,2 x 0,5 = 0,6 m3 O caminhão do fornecedor traz a areia comprada úmida, no caso, com umidade que provoca inchamento de20%. Portanto: Custo total da areia = 0,6 x 50,00 = R$ 30,00 Gabarito: D 44) (60 – TRE-PB/2007 – FCC) Os critérios normalmente utilizados para apropriação dos custos na locação de uma obra e nos serviços de drenagem e escavação manual de um terreno são, respectivamente, área (A) de projeção da edificação e volume transportado pelo caminhão. (B) total do terreno e volume transportado pelo caminhão. (C) de projeção da edificação e volume de terra medido na vala. (D) total do terreno e área do talude. (E) total do terreno e volume de terra medido na vala. De acordo com o Manual de Projeto da SEAP a medição da locação será efetuada por metro quadrado, apurando-se a área de Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 136 de 185 projeção de cada edificação, medida em planta, conforme o projeto, descontando-se os beirais, áreas de ventilação e iluminação. Conforme vimos nas questões anteriores, a medição da escavação será efetuada pelo volume escavado, medido no corte em m3. Gabarito: C 45) (60 – Metrô-SP/2012 – FCC) Um engenheiro pretende estimar o valor a ser dispendido na elaboração de um projeto geométrico, na escala 1:1000, para avaliação do traçado de uma extensão de uma linha de Metrô existente. A extensão dessa linha terá 4,5 km em linha reta. Esse projeto será pago por folha de desenho formato A1 produzida, sendo que cada desenho será remunerado em R$ 6.000,00. Sabe-se que uma folha A1 tem 841 × 594 mm, o valor a ser pago pelos desenhos do projeto será, em R$, igual a (A) 36.000,00. (B) 30.000,00. (C) 42.000,00. (D) 60.000,00. (E) 24.000,00. Escala 1:1000 significa que cada 1 m na planta corresponde a 1.000 m no terreno. Em uma planta com 0,841 m de comprimento caberia até 841 m de comprimento no terreno, desconsiderando-se as margens do desenho. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 137 de 185 Dividindo-se 4.500 m/841 m, obtém-se a necessidade de 5,35 folhas A1, ou seja, haverá necessidade de 6 folhas A1. Valor total = 6 x R$ 6.000,00 = R$ 36.000,00 Gabarito: A 46) (57 – TRE-AM/2003 – FCC) Num terreno de 1.500 m2 está sendo implantado um edifício de 10 pavimentos (térreo mais 9) e um subsolo com as áreas de construção abaixo. Dados: Áreas de construção: - subsolo: 1.500 m2 - térreo e demais pavimentos: 800 m2/cada Espessuras médias de concreto: - fundações: 10 cm/m2 - outras lajes: 20 cm/m2 Preço do concreto: R$ 800,00/m3 O custo da estrutura de concreto em R$ × 1.000 é, aproximadamente, (A) 1.528 (B) 1.640 (C) 1.648 (D) 1.656 (E) 1.768 Fundações: 1.500 m2 x 0,1 m de concreto = 150 m3 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 138 de 185 Laje do subsolo: 1.500 m2 x 0,2 m de concreto = 300 m3 Outras lajes: 10 x 800 x 0,2 m = 1.600 m3 Volume total = 1.900 m3 Preço total da estrutura: 2.050 x 800 = R$ 1.640 x 1.000,00 Gabarito: B 47) (64 – TCE-SE/2009) Para a execução de um piso cerâmico foram indicados os seguintes consumos abaixo relacionados: Para um piso retangular de 32 m2 as quantidades de areia, cal, cimento e placas de piso cerâmico, serão, respectivamente, de Quantidades: - 32 x 0,0305 = 0,976 m3 de areia - 32 x 1,83 = 58,56 kg de cal hidratada - 32 x 8,6 = 275,2 kg de cimento = 5,5 sacos de cimento - 32 x 1,19 = 38,08 m2 de piso cerâmico = 423 placas (A) 0,70 m3; 58 kg; 5,60 sacos de 50 kg; 421 placas. (B) 0,80 m3; 59 kg; 5,70 sacos de 50 kg; 422 placas. (C) 0,97 m3; 58,56 kg; 5,51 sacos de 50 kg; 423 placas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 139 de 185 (D) 1,00 m3; 60 kg; 5,80 sacos de 50 kg; 424 placas. (E) 1,01 m3; 61 kg; 5,91 sacos de 50 kg; 425 placas. Gabarito: C 48) (65 – TCE-SE/2009 – FCC) Considere os dados abaixo. De acordo com a tabela e analisando as unidades e quantidades, o número mínimo de caçambas de entulho com capacidade para 4 m3 é (A) 15 (B) 25 (C) 55 (D) 80 (E) 150 - Volume de alvenaria = 160 x 0,25 = 40 m3 - Pisos e contrapisos = 100 x 0,1 = 10 m3 - Laje de concreto = 45 x 0,15 = 6,75 m3 - Remoção de azulejos = 155 x 0,01 = 1,55 m3 - Volume total = 58,3 m3 s 14,58 caçambas s 15 caçambas Gabarito: A Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 140 de 185 10 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 1) (12 – CGU/2012 – ESAF) Para a obtenção do preço final estimado de um empreendimento, é preciso aplicar sobre o custo direto total da obra a taxa de Benefício e Despesas Indiretas (BDI). Essa taxa contempla o lucro da empresa construtora e seus custos indiretos, e, aplicada sobre o custo da obra, eleva o preço final dos serviços. O quadro abaixo apresenta despesas relacionadas a um empreendimento para demonstrar a composição analítica da taxa de Benefício e Despesas Indiretas utilizada no orçamento-base de uma licitação. Com base nestas informações, o valor correto para a taxa de BDI corresponde a a) 25,77%. b) 18,77%. c) 22,98 %. d) 20,68%. e) 27,56%. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 141 de 185 2) (37 – CGU/2008 – ESAF) Baseando-se na metodologia e nos conceitos empregados pelo Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO), o único item que não integra o LDI (Lucro e Despesas Indiretas) é: a) impostos incidentes sobre o faturamento. b) instalações de canteiro. c) administração da obra. d) despesas financeiras. e) margem de lucro. 3) (20 – CGU/2008 – ESAF) No cálculo de orçamento de obras de edificações, é necessária a presença de um profissional com experiência no ramo para montar planilhas de composições de preços, identificar os componentes do custo direto e o Benefício de Despesas Indiretas – BDI, entre outras atividades. Nesse contexto, assinale a opção correta. a) Os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual não devem ser classificados como encargos complementares. b) Os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, não devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. c) No serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo devem incluir a carga e a descarga do caminhão. d) Despesas de comercialização são despesas administrativas que devem ser enquadradas como despesas indiretas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 142 de 185 e) O autor do orçamento deve recolher ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. 4) (35 – TCE-RN/2000 – ESAF) Dados: - Traço de um concreto, em massa e areia seca: 1: 2,2 : 2,8: 0,55. - Massa específica do concreto = 2.358Kg/m3. - Custo atual do saco de cimento = R$ 11,00. O custo exato do cimento para a produção de 60 m3 deste concreto é: a) R$ 4.620,00 b) R$ 3.112,56 c) R$ 5.187,60 d) R$ 4.752,00 e) Os dados são insuficientes para calcular o custo do cimento 5) (18 – CGU/2012 – ESAF) Assinale a opção correta sobre os encargos sociais.I. Os encargos sociais são obrigatórios, exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. II. Os encargos sociais são divididos em três níveis: Encargos Sociais Básicos e Obrigatórios; Encargos Incidentes e Reincidentes e Encargos Complementares. III. Os custos com ferramentas manuais e EPI (Equipamentos de Uso Individuais) fazem parte dos encargos complementares. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 143 de 185 a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item II está correto. c) Apenas os itens I e III estão corretos. d) Apenas os itens I e II estão corretos. e) Todos os itens estão corretos. 6) (21 – MPOG/2006 – ESAF) A depreciação é um termo geral e amplo que engloba todas as influências que atacam os bens materiais ao longo do tempo, ocasionando perda de valor ou diminuição de preço. Dessa forma é correto afirmar que: a) a depreciação funcional corresponde ao desgaste ou deterioração dos materiais, enquanto a depreciação econômica constitui a perda de utilidade do bem. b) a vida útil é o tempo decorrido desde que um bem é posto em serviço até a data em que é avaliada sua depreciação. c) a depreciação pode ser calculada pelo método da linha reta, que consiste em considerar uma provisão variável para cada ano de serviço, ao longo da vida útil do bem. d) a vida remanescente é o período contado desde a data da observação até a data prevista para que o bem deixe de ser economicamente interessante. e) o valor residual refere-se ao valor da propriedade determinado a partir do custo necessário a sua substituição por outra igualmente satisfatória. 7) (39 – CGU/2012 – ESAF) A partir da planilha de produção horária apresentada a seguir, assinale a opção correta. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 144 de 185 a) A produção horária da equipe é de 235 m3. b) O equipamento mais requisitado na equipe mecânica é a motoniveladora. c) O trator de esteira passará cerca de 10 minutos, a cada hora de trabalho, aguardando o carregamento dos caminhões. d) Se a distância percorrida pelo trator fosse de 20m, sua produtividade diminuiria para 230 m3/h. e) Utilizando-se caminhões basculantes com capacidade de 10 m3 por viagem, sua produção horária será de 53 m3. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 145 de 185 As questões 38 a 40 deverão ser respondidas com base na Composição de Custo Unitário de Referência e na Planilha de Produção da Equipe Mecânica apresentadas na figura abaixo: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 146 de 185 8) (38 – CGU/2008 – ESAF) Para execução do serviço de escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria, DMT 400 a 600m, com carregamento, qual a utilização operativa e improdutiva do trator de esteiras em horas, respectivamente? a) 1,00 e 0,00 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 147 de 185 b) 0,91 e 0,09 c) 0,95 e 0,05 d) 0,93 e 0,07 e) 0,50 e 0,50 9) (39 – CGU/2008 – ESAF) A planilha de Produção da Equipe Mecânica considera a utilização de caminhões basculantes com 14m3 de capacidade para compor a equipe mecânica. Qual o tempo total de ciclo deste equipamento e o número de caminhões necessários para garantir a produtividade da equipe? a) 3,75 min e 1 caminhão. b) 6,56 min e 2 caminhões. c) 6,56 min e 3 caminhões. d) 5,31 min e 2 caminhões. e) 5,31 min e 3 caminhões. 10) (40 – CGU/2008 – ESAF) Considerando que existam 1000m3 a serem executados do serviço 2.S.01.100.11. Quantas horas improdutivas do equipamento E006 serão gastas para realizar este volume de serviço? a) 0,55 h b) 4,67 h c) 0,65 h d) 2,83 h e) 4,02 h 11) (41 – CGU/2008 – ESAF) Os índices de produtividade, sempre que possível, devem ser apropriados, ou seja, conferidos durante a execução das obras. Ao apropriar o Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 148 de 185 serviço de regularização do subleito de uma rodovia, avaliou- se a produtividade da motoniveladora. Durante um dia de trabalho, das 7h às 17h, foram feitas 100 observações aleatoriamente distribuídas ao longo da jornada. A produção da motoniveladora, medida ao final do dia, foi de P (m2), correspondente à largura x comprimento da via. As observações pretendiam levantar os tempos operativos produtivos, em espera e em manobra, além do tempo improdutivo. A tabela a seguir apresenta o número de observações realizadas durante o dia. Dessa forma, o tempo operativo da motoniveladora será de: a) 7,8 horas. b) 2,8 horas. c) 6,6 horas. d) 5 horas. e) 6,2 horas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 149 de 185 12) (22 – CGU/2012 – ESAF) Na fase de execução, são estabelecidos critérios de medição e de progresso físico. Assinale a opção incorreta para determinar estes critérios. a) Para medir o serviço de impermeabilização, recomenda-se identificar a área (m2) de superfície acabada, de acordo com o projeto. Já o progresso físico é representado pelo percentual da área total de impermeabilizações prevista. b) Para a fabricação de pré-moldados, usa-se a área (m2) das peças acabadas, incluindo formas, armação, cabos e bainhas para medir. O progresso físico é o percentual da área das peças pré-moldadas previsto. c) Para a drenagem, usa-se como critério de medição o comprimento da tubulação assentada e a unidade para caixas de passagem. O progresso físico é determinado pelo percentual do comprimento total da tubulação previsto e o percentual da quantidade de caixas prevista. d) Para aterros usa-se o volume (m3) medido no local. O progresso físico é dado pelo percentual do volume total de aterro previsto. e) Os vidros são medidos pela área (m2) de vidros assentados. As portas e divisórias em vidro devem incluir as ferragens e acessórios. O progresso físico é dado pelo percentual da área total de vidros prevista. 13) (21 – CGU/2008 – ESAF) Considerando-se o croqui apresentado a seguir, referente à planta de forma da cobertura da estrutura de concreto armado de um galpão, e havendo a necessidade de realizar o quantitativo para o orçamento das formas de concreto, tem-se que os Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 150 de 185 quantitativos de formas (em m2) para o pilar P1 e para a viga V1 são, respectivamente: a) 2,725 e 2,225 b) 2,825 e 1,200 c) 3,000 e 1,20 d) 2,677 e 2,700 e) 2,625 e 2,310 14) (37 – MPOG/2006 – ESAF) Para executar a sapata da figura será preciso um volume de concreto de: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 151 de 185 a) 0,52 m3. b) 0,36 m3. c)0,26 m3. d) 0,82 m3. e) 0,16 m3. 15) (36 – Metrô/2008 – FCC) Dentre os conceitos utilizados no planejamento de uma construção, o termo “composição unitária” significa a quantidade (A) de serviços necessários para a execução de uma unidade dos insumos. (B) de insumos para a realização de uma unidade de determinado serviço. (C) total de material, equipamento e mão-de-obra para a execução de um serviço completo. (D) de mão-de-obra necessária para a construção de 1m2 de um determinado serviço. (E) de tempo necessária para a elaboração de um determinado serviço. 16) (49 – Metrô/2009 – FCC) Dos itens abaixo, fazem parte do cálculo do preço unitário de um concreto estrutural virado em obra APENAS: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 152 de 185 (A) 1 - 3 - 5 - 8 – 9 - 10 - 12 (B) 1 - 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (C) 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 12 (D) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (E) 2 - 4 - 6 - 8 - 10 – 12 17) (37 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Considere a seguinte tabela de insumos: Na composição do custo unitário para a execução do metro quadrado de formas planas plastificadas para concreto Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 153 de 185 aparente, o custo da mão de obra representa, em relação ao custo unitário do serviço, o percentual de (A) 28,00 (B) 40,00 (C) 52,00 (D) 60,00 (E) 66,67 18) (29 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) No emboço externo de uma edificação, de espessura de 2 cm, o custo da mão de obra é R$ 150,00/m3 e o do material é R$ 100,00/m3. Se a área de revestimento é igual a 3 000,00 m2, então o custo total desse emboço é (A) R$ 6.000,00. (B) R$ 10.000,00. (C) R$ 12.000,00. (D) R$ 15.000,00. (E) R$ 18.000,00. 19) (30 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) A área de revestimento de espessura 4 cm de uma edificação é igual a 5.000,00 m2, e o peso específico do material utilizado é 20 kN/m3. Em kN, a carga vertical permanente devido a esse revestimento é de (A) 2 000. (B) 3 600. (C) 4 000. (D) 4 200. (E) 5 000 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 154 de 185 20) (55 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Considere um concreto de traço em peso (1:2:3:0,5) onde se utilizam 500 kg de cimento por m3 e areia de custo unitário R$ 60,00/m3. Sabendo que a massa unitária da areia é igual a 1 000 kg/m3, o custo total do insumo areia na produção de 5 m3 de concreto é (A) R$ 480,00. (B) R$ 450,00. (C) R$ 400,00. (D) R$ 300,00. (E) R$ 280,00. 21) (59 – Metrô-SP/2012 – FCC) O custo unitário de um serviço é o valor ou a importância correspondente a uma unidade do serviço considerado. Pode conter os custos de mão de obra, de materiais e de aplicação de equipamentos para uma unidade do serviço considerado. Os elementos abaixo estão contidos na composição analítica de custo unitário de um serviço, EXCETO: (A) os preços unitários dos insumos. (B) os coeficientes de consumo dos materiais. (C) os coeficientes de produtividade de mão de obra por categoria de operários. (D) os coeficientes de utilização de equipamentos. (E) a descrição dos insumos analisados e respectivos fabricantes. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 155 de 185 22) (77 – TCE-AM/2012 – FCC) Considere a planilha de composição de custo unitário seguinte: Na composição do custo unitário de execução de um metro cúbico de alvenaria de fundação e embasamento com tijolos maciços comuns, (A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário. (B) os custos dos materiais representam menos de 60% do custo unitário. (C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é menor que 0,40. (D) o insumo areia representa o maior custo percentual da composição. (E) os custos dos tijolos representam 30% do custo unitário. (DNOCS/2010 – FCC) Para responder às questões de números 44 a 46, considere a tabela de valores de referência abaixo, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 156 de 185 obtida de um banco de dados de engenharia para o cálculo de preços unitários e orçamentos. 23) 44. O valor correto para o custo, em reais, de mão de obra de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, corresponde a (A) 11,50. (B) 21,25. (C) 17,85. (D) 28,25. (E) 10,85. 24) 45. O valor correto para o custo, em reais, de materiais de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, equivale a (A) 83,33. (B) 201,75. (C) 100,00. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 157 de 185 (D) 95,55. (E) 123,45. 25) (59 – TCE-PR/2011 – FCC) A elaboração de uma composição de preços para serviços de engenharia é tarefa bastante complexa, pois os insumos a serem considerados são bastante variados. Esta composição deve levar em conta tanto os custos diretos quanto os custos indiretos. Para serviços prestados ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), devem ser verificadas as composições de preços padronizadas pelo órgão. Atualmente, a composição de preços de serviços e insumos do DNIT é disponibilizada através de tabela denominada (A) TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. (B) SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. (C) TPU – Tabela de Preços Unitários. (D) SICRO – Sistema de Custos Rodoviários. (E) TCU – Tabela de Custos Unitários. 26) (81 – TCE-PR/2011 – FCC) Para a concretagem de um tubulão cilíndrico, com diâmetro igual a 160 cm e altura de 6 m deverá ser encomendado concreto a ser transportado em caminhão betoneira. Recomenda-se que o volume mínimo de entrega de concreto não seja inferior a 1/5 da capacidade máxima do caminhão betoneira. Considerando que os caminhões serão carregados com 2/3 da capacidade máxima, de 10 m3, há necessidade de Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 158 de 185 (A) 1 caminhão. (B) 2 caminhões. (C) 3 caminhões. (D) 7 caminhões. (E) 20 caminhões. (TCE-SE/2011 – FCC) Considere o texto abaixo para responder às questões de números 67 e 68. A execução de um metro quadrado de alvenaria de tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo requer os seguintes materiais: 0,080 m3 de areia (R$ 80,00/m3); 14 kg de cal hidratada (R$ 0,35/kg); 7 kg de cimento (R$ 0,40/kg); 140 unidades de tijolo comum maciço (R$ 0,20/unidade), além de 2,4 horas de pedreiro (R$ 5,00/h) e 3,20 horas de servente (R$ 4,00/h). 27) 67. Para esses insumos, o custo unitário, por metro quadrado, da execução desse tipo de alvenaria, sem contar os encargos e leis sociais, é, em reais, (A) 24,80 (B) 33,45 (C) 42,10 (D) 66,90 (E) 91,70 28) 68. Na composição do custo unitário de execução de um metro quadrado de alvenaria de tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteliwww.estrategiaconcursos.com.br Página 159 de 185 (A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário. (B) os custos dos materiais representam menos de 50% do custo unitário. (C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é 0,40. (D) a relação entre os custos da mão de obra e o custo de materiais é 1,50. (E) os custos dos tijolos representam 20% do custo unitário. 29) (48 – Infraero IV/2011 – FCC) BDI é o elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, num empreendimento (obra ou serviço), segundo critérios claramente definidos, classificam-se como indiretas, e, também, necessariamente, atender ao lucro. Na planilha de orçamento de uma determinada obra foram listadas as despesas de acordo com o projeto e a execução. Dentre as parcelas apresentadas abaixo, a que NÃO pode ser incluída no BDI é: (A) equipe administrativa de campo. (B) vigia do canteiro. (C) água e luz no canteiro. (D) aluguel de equipamentos. (E) matéria prima. 30) (50 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Na composição do BDI (benefício e custos indiretos), a taxa entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 160 de 185 desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante a obra, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto, é a taxa denominada de (A) Rateio da Administração. (B) Risco de Execução. (C) Reserva de Contigência. (D) Benefício. (E) Operacional de Risco. 31) (57 – Metrô-SP/2012 – FCC) Para a orçamentação de uma obra ou serviço, é comum a adoção de um percentual que se adiciona aos custos diretos referente a todas as despesas indiretas da Administração Central, as quais devem cobrir os gastos de aluguel da sede, almoxarifado e oficina central, salários e benefícios de todo o pessoal administrativo e técnico, pro labore dos diretores, todos os materiais de escritório e de limpeza, consumos de energia, telefone e água, mais os tributos e o lucro. A esse percentual dá-se o nome de (A) Margem de custo. (B) Custos Indiretos. (C) Lucro. (D) Benefícios e Despesas Indiretas. (E) Margem de preço. 32) (65 – TRF2/2012 – FCC) Para o cálculo do BDI é necessário previamente determinar as Despesas Indiretas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 161 de 185 Estes são gastos que não fazem parte dos custos da obra, mas que são necessários para a sua execução. São basicamente despesas da administração da sede da empresa, mais os encargos financeiros do capital de giro necessários na produção e os riscos envolvidos no empreendimento. Dentre os gastos que compõem a administração, NÃO é correto citar como componente para o cálculo do BDI: (A) equipamentos, como computadores. (B) o aluguel dos imóveis. (C) o alojamento. (D) mão de obra indireta. (E) serviços de copiadoras. 33) (51 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Num orçamento, para calcular o BDI (benefício e custos indiretos), é necessário ter em mãos uma série de informações que vão constar da sua composição: I. custo direto da obra; II. prazo de execução da obra; III. ISS da prefeitura local; IV. se a contabilidade da empresa é por lucro real ou presumido. É correto o que consta em (A) I e IV, apenas. (B) II e III, apenas. (C) II, III e IV, apenas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 162 de 185 (D) I, II, III e IV. (E) II, apenas. 34) (48 – Metrô/2009 – FCC) São fatores que devem ser considerados no cálculo do BDI: (A) COFINS; ISS; IPTU; IRRL. (B) Custos de telefone; salários de operários; contas de água e energia. (C) IPTU; IRRL; UTM; GPS. (D) COFINS; ISS; Lucro; CSLL; Imposto de Renda. (E) Salários de operários; contas de água e energia; IPTU; IRRL. (TRE-PB/2007 – FCC)Para responder as questões de números 58 e 59 considere o texto: Na composição de preços e custos na construção civil vários termos são utilizados: custos direto e indireto, encargos sociais, BDI, entre outros. 35) 58. No cálculo das leis e encargos sociais, NÃO é correto considerar (A) parte do salário refeição custeado pelo empregador. (B) parte do vale transporte custeado pelo empregador. (C) licença paternidade. (D) o PIS/PASEP que incide sobre o faturamento bruto. (E) dias de chuva, faltas justificadas e acidentes de trabalho. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 163 de 185 36) 59. NÃO se deve considerar no cálculo dos custos indiretos, chamados de BDI (Benefício e Despesas Indiretas), (A) a administração central (apoio técnico, supervisão, administração, etc). (B) despesas com manutenção do canteiro de obra. (C) custos financeiros. (D) encargos fiscais (imposto de renda, PIS, PASEP, ISS, etc). (E) a administração local (apoio técnico, supervisão, administração, etc) da obra. 37) (58 – Metrô-SP/2012 – FCC) Em função da fase em que o empreendimento se encontra, o detalhamento do projeto é distinto e, por isso, as informações disponíveis para a orçamentação também diferem, principalmente com relação à aderência das quantidades estimadas das executadas. A avaliação do preço global da obra, obtida através do levantamento dos serviços e quantitativos obtidos dos projetos básicos, fundamentado em planilhas que expressem a composição de todos os custos, é conhecida por orçamento (A) detalhado. (B) estimativo. (C) preliminar. (D) analítico. (E) sintético. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 164 de 185 38) (43 – Defensoria/2009 – FCC) Assinale a alternativa que apresenta coerência de margem de erro e elementos técnicos necessários para o tipo de orçamento citado. 39) (39 – Metrô/2009 – FCC) Dimensionar a equipe implica em estipular o número de operários necessários para a realização de uma determinada atividade, que depende de vários fatores, dentre os quais é correto destacar: (A) tamanho da obra e suas interferências; especificidade das tecnologias adotadas no canteiro; implicações estabelecidas nos padrões comportamentais dos recursos humanos. (B) a ocupação dos trabalhadores; o volume de trabalho a ser executado; a importância do cumprimento do orçamento estabelecido nas auditorias da qualidade. (C) a disponibilidade de material alocado no canteiro; a escala de trabalho estabelecida pela gerência de produção da obra; o fator de relação hora-homem × homem- hora. (D) ensaios tecnológicos dos materiais; planilha de custos de mão-de-obra; tempo de experiência e formação profissional dos operadores registrados. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 165 de 185 (E) a quantidade de serviço a ser executada; a produtividade da mão-de-obra, mensurada por meio de indicador predefinido; o prazo destinado à execução do serviço. 40) (61 – TCE-MG/2009 – FCC) Em relação às diversas modalidades de contratos de mão-de-obra para a construção civil (preço fechado, administração por homem/hora etc), considere as afirmações abaixo: I. Escavação de vala-medição − executadapelo volume medido (“cubicado”) no corte. Para o transporte do material é preciso considerar o empolamento (aumento de volume), que depende do terreno e fica em torno de 25%. II. Alvenaria − descontar apenas a área que exceder a 2,0 m2 em cada vão. Por exemplo: calcula-se a área da parede inteira, depois desconta-se os vãos; para aqueles com 5,0 m2 serão considerados apenas 3,0 m2. A área de 2,0 m2 é devido ao trabalho que o pedreiro terá para requadrar o vão. III. Concreto − mede-se na planta ou na própria obra. Alguns índices médios de consumo nas estruturas de concreto: Peso do aço − 80 a 120 kg/m3 de concreto aplicado; Área de formas − 10 a 12 m2/m3 de concreto aplicado; Agregado para concreto – as soma dos volumes de areia + brita 1 + brita 2 para a preparação de 1 m3 de concreto é de 1,62 m3. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. (D) II e III, apenas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 166 de 185 (E) III, apenas. Obs.: Dado: traço em volume 1: 3: 4,5 consumo de cimento: 6 sacos/m3 1 saco = 36 L 41) (35 – TRE-MS/2007 – FCC) Admitindo um volume de terra, medido no corte de 8.000 m3, o volume solto para efeito de transporte é, em m3, de aproximadamente: (A) 10.000 (B) 8.900 (C) 8.000 (D) 7.200 (E) 6.400 42) (71 – TCE-PI/2005 – FCC) Dados relativos aos produtos P1 e P2. O consumo médio de matéria-prima para cada unidade de produto fabricado é: - Para o produto P1: 6 unidades métricas - Para o produto P2: 3 unidades métricas Foi feito o seguinte plano de produção para fevereiro de 2005: - Produto P1: 1.850 peças - Produto P2: 360 peças São desejados os seguintes estoques finais para a matéria- prima: - Para o final de janeiro de 2005: 14.090 unidades métricas - Para o final de fevereiro de 2005: 14.300 unidades métricas Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 167 de 185 A quantidade de matéria-prima a ser adquirida, em unidades métricas, é (A) 210 (B) 2.210 (C) 11.970 (D) 12.180 (E) 12.390 43) (36 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Para a construção de uma laje utilizou-se concreto com traço em peso (1:2:3:0,5) com consumo de 350 kg de cimento por m3 de concreto, areia com inchamento de 20% e massa unitária seca de 1.400 kg/m3. Se o custo do m3 de areia é R$ 50,00, o custo total do insumo areia é (A) R$ 15,00 (B) R$ 20,00 (C) R$ 26,00 (D) R$ 30,00 (E) R$ 45,00 44) (60 – TRE-PB/2007 – FCC) Os critérios normalmente utilizados para apropriação dos custos na locação de uma obra e nos serviços de drenagem e escavação manual de um terreno são, respectivamente, área (A) de projeção da edificação e volume transportado pelo caminhão. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 168 de 185 (B) total do terreno e volume transportado pelo caminhão. (C) de projeção da edificação e volume de terra medido na vala. (D) total do terreno e área do talude. (E) total do terreno e volume de terra medido na vala. 45) (60 – Metrô-SP/2012 – FCC) Um engenheiro pretende estimar o valor a ser dispendido na elaboração de um projeto geométrico, na escala 1:1000, para avaliação do traçado de uma extensão de uma linha de Metrô existente. A extensão dessa linha terá 4,5 km em linha reta. Esse projeto será pago por folha de desenho formato A1 produzida, sendo que cada desenho será remunerado em R$ 6.000,00. Sabe-se que uma folha A1 tem 841 × 594 mm, o valor a ser pago pelos desenhos do projeto será, em R$, igual a (A) 36.000,00. (B) 30.000,00. (C) 42.000,00. (D) 60.000,00. (E) 24.000,00. 46) (57 – TRE-AM/2003 – FCC) Num terreno de 1.500 m2 está sendo implantado um edifício de 10 pavimentos (térreo mais 9) e um subsolo com as áreas de construção abaixo. Dados: Áreas de construção: - subsolo: 1.500 m2 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 169 de 185 - térreo e demais pavimentos: 800 m2/cada Espessuras médias de concreto: - fundações: 10 cm/m2 - outras lajes: 20 cm/m2 Preço do concreto: R$ 800,00/m3 O custo da estrutura de concreto em R$ × 1.000 é, aproximadamente, (A) 1.528 (B) 1.640 (C) 1.648 (D) 1.656 (E) 1.768 47) (64 – TCE-SE/2009) Para a execução de um piso cerâmico foram indicados os seguintes consumos abaixo relacionados: Para um piso retangular de 32 m2 as quantidades de areia, cal, cimento e placas de piso cerâmico, serão, respectivamente, de (A) 0,70 m3; 58 kg; 5,60 sacos de 50 kg; 421 placas. (B) 0,80 m3; 59 kg; 5,70 sacos de 50 kg; 422 placas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 170 de 185 (C) 0,97 m3; 58,56 kg; 5,51 sacos de 50 kg; 423 placas. (D) 1,00 m3; 60 kg; 5,80 sacos de 50 kg; 424 placas. (E) 1,01 m3; 61 kg; 5,91 sacos de 50 kg; 425 placas. 48) (65 – TCE-SE/2009 – FCC) Considere os dados abaixo. De acordo com a tabela e analisando as unidades e quantidades, o número mínimo de caçambas de entulho com capacidade para 4 m3 é (A) 15 (B) 25 (C) 55 (D) 80 (E) 150 11 – GABARITO 1) Anulada 13) Anulada 25) D 37) B 2) B 14) B 26) B 38) C 3) E 15) B 27) D 39) E 4) D 16) A 28) A 40) C 5) E 17) B 29) E 41) A 6) D 18) D 30) D 42) E 7) E 19) C 31) D 43) D 8) B 20) D 32) C 44) C 9) C 21) E 33) D 45) A 10) E 22) A 34) D 46) B 11) A 23) E 35) D 47) C 12) B 24) A 36) B 48) A Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 171 de 185 12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - DNIT. Manual de Custos Rodoviários. 2003. - DNIT. Manual de Implantação Básica de Rodovia, 2010. - DNIT. Manual de Pavimentação, 2006. - Ávila, A. V., Librelotto, L.I., Lopes, O.C.. Orçamento de Obras. Universidade do Sul de Santa Catarina – Curso de Arquitetura e Urbanismo – Planejamento e Gerenciamento de Obras, 2003. - Gonçalves, Cilene Maria Marques. Método para Gestão do Custo da Construção no Processo de Projeto de Edificações. Dissertação de Mestrado. USP, 2011. - González, Marco Aurélio Stumpf. Noções de Orçamento e Planejamento de Obras. Notas de Aula. Unisinos. 2008. - Limmer, Carl Vicente. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: LTC, 1997. - Mattos, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. São Paulo. Pini:2006. - Tisaka, Maçahiko. Orçamento na Construção Civil – Consultoria, Projeto e Execução. São Paulo: Editora PINI, 2006. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 172 de 185 RESOLUÇÃO 114 do CNJ Art. 1º O planejamento, a execução e o monitoramento de obras no Poder Judiciário obedecerão ao disposto nesta Resolução. Art. 2º Os tribunais elaborarão o plano de obras, a partir de seu programa de necessidades, de seu planejamento estratégico e das diretrizes fixadas pelo CNJ. § 1º Cada obra terá o indicador de prioridade, obtido a partir da implantação de sistema de avaliação técnica que contemple, entre outros, os critérios de pontuação e de ponderação agrupadosa seguir: I - Conjunto 1 - Estrutura física do imóvel ocupado. São critérios voltados à avaliação, por pontuação: a) Da cobertura e dos acabamentos (piso, parede, teto, fachada, esquadrias, entre outros); b) Das instalações elétricas, de voz, de dados e congêneres; c) Das instalações hidráulicas; d) Da segurança (grades, gradil, alarme, prevenção e combate a incêndio e congêneres); e) Das condições de ergonomia, higiene e salubridade; f) Da potencialidade de patologias da edificação (em função de sua idade e/ou do estado de conservação); g) Da funcionalidade (setorização e articulação dos espaços); h) Da acessibilidade, da localização e interligação com os meios de transporte públicos; i) De outros critérios objetivos julgados pertinentes. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 173 de 185 II - Conjunto 2 - Adequação do imóvel à prestação jurisdicional. São critérios voltados à avaliação, por ponderação, do atendimento às necessidades da atividade jurisdicional, tendo em vista: a) A política estratégica do tribunal de substituição do uso de imóveis locados ou cedidos por próprios, com ênfase na adequação à prestação jurisdicional; b) A política estratégica do tribunal de concentração ou dispersão de sua estrutura física; c) A disponibilidade do espaço atual em relação aos referenciais de área indicados pelo Conselho Nacional de Justiça; d) A movimentação processual ao longo dos anos e a sua projeção para os próximos; e) A demanda da população atendida e o desenvolvimento econômico-social da região; f) Possíveis alterações da estrutura administrativa do tribunal, como a criação de novas varas ou o aumento do número de servidores e magistrados; g) A adoção de novas tecnologias (informática, eficiência energética, diretrizes de sustentabilidade, entre outros). § 2º São requisitos para realização da obra: a) A disponibilidade de terreno em condição regular; b) A existência dos projetos básico e executivo; c) O valor estimado da obra; d) As demais exigências contidas na Resolução de monitoramento de obras. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 174 de 185 Art. 3º As obras prioritárias serão segregadas em três grupos, de acordo com o seu custo total estimado: I - Grupo 1 - Obras de pequeno porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, a, da Lei nº 8.666/93. (até R$ 150.000,00) II - Grupo 2 - Obras de médio porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, b, da Lei nº 8.666/93. (até R$ 1.500.000,00) III - Grupo 3 - Obras de grande porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, c, da Lei nº 8.666/93. (acima de R$ 1.500.000,00) Art. 4º As obras, com a indicação do grau de prioridade e agrupadas pelo custo total, comporão o plano de obras do tribunal, o qual deverá ser aprovado pelo seu pleno ou corte especial, bem como suas atualizações ou alterações, quando necessárias. Parágrafo único. As obras emergenciais e aquelas abrangidas pelo Grupo 1 poderão ser realizadas sem a aprovação prevista no caput, fiscalizadas pela unidade de controle interno. Art. 5º A inclusão orçamentária de uma obra constante do referido plano condicionar-se-á à realização dos estudos preliminares e à elaboração dos projetos, básico e executivo, necessários à construção, atendidas as exigências constantes desta Resolução, bem como da Resolução nº 102/2009 do Conselho Nacional de Justiça. § 1º Os projetos arquitetônicos e de engenharia deverão obedecer aos referenciais fixados pelo Conselho Nacional de Justiça, bem como estarem registrados e aprovados pelos órgãos públicos competentes, consoante a legislação vigente. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 175 de 185 § 2º Para novas edificações, é imprescindível a existência de terreno para o qual o tribunal detenha autorização para construir. § 3º Poderão ser alocados recursos orçamentários para a realização de estudos preliminares, elaboração ou contratação dos projetos, básico e executivo, e aquisição do terreno, sendo vedada, nesse caso, a execução de qualquer etapa posterior da obra até a conclusão dos procedimentos definidos neste artigo. § 4º Para possibilitar a alocação de recursos prevista no parágrafo anterior, o tribunal elaborará estudo técnico detalhado (anteprojeto), com estimativas e justificativas das áreas, tipos de materiais e acabamentos, instalações e, especialmente, custos, com o intuito de subsidiar a análise da unidade de controle interno. § 5º Para a avaliação, aprovação e priorização das obras será emitido parecer técnico pelas unidades de planejamento, orçamento e finanças e pela unidade de controle interno, a que se refere o art. 8º desta Resolução, tendo em vista o planejamento estratégico e as necessidades sistêmicas do ramo da justiça, a finalidade, o padrão de construção, o custo estimado da obra e demais aspectos, observados os critérios e referenciais fixados pelo Conselho Nacional de Justiça. § 6º As obras em andamento, assim entendidas aquelas que apresentem percentual de execução financeira de acordo com os critérios estabelecidos nas leis de diretrizes orçamentárias, terão preferência na alocação de recursos, os quais priorizarão a conclusão de etapas dos projetos ou a obtenção de uma unidade completa. § 7º Os projetos novos somente serão contemplados depois de atendido o disposto nesta Resolução e assegurados recursos suficientes para a manutenção do cronograma físico-financeiro dos projetos em andamento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 176 de 185 § 8º As ocorrências relevantes relacionadas a alterações substanciais dos projetos, procedimentos licitatórios, alterações dos contratos e do valor, bem como interrupção da execução da obra, deverão ser comunicadas pelo Presidente do respectivo Tribunal, imediatamente, ao Conselho Nacional de Justiça. Art. 6º As obras do Poder Judiciário classificadas no Grupo 3 (Obras de grande porte) deverão ser levadas ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça, após a aprovação pelo respectivo Tribunal ou Conselho. Art. 7º Para subsidiar as decisões do Presidente, dos colegiados dos tribunais e dos conselhos, as unidades de controle interno produziram notas técnicas/pareceres, ou se socorrerão de pareceres técnicos especializados. Art. 8.º Os Editais para contratação de obras e serviços de engenharia no âmbito do Poder Judiciário Nacional deverão adotar como critérios mínimos os parâmetros e orientações para precificação, elaboração de editais, composição de BDI, critérios mínimos para habilitação técnica e cláusulas essenciais nos contratos, conforme dispostos nesta Resolução. Parágrafo único. Os Editais para contratação de obras e serviços de engenharia no âmbito do Poder Judiciário Nacional deverão prever a obrigação das empresas contratadas em absorver, na execução do contrato, egressos do sistema carcerário, e de cumpridores de medidas e penas alternativas em percentual não inferior a 2%. Art. 9.º O custo global de obras e serviços executados pelos órgãos do Poder Judiciário serão obtidos a partir de custos unitários de insumos ou serviços iguais ou menores que a mediana de seus correspondentes, no Sistema Nacional de Pesquisa de Custose Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 177 de 185 índices da Construção Civil (SINAPI), mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal. §1º Os Tribunais de Justiça dos Estados poderão utilizar as bases de preços dos respectivos Estados da Federação, bem como aqueles fixados pelos órgãos estaduais responsáveis por obras e serviços de engenharia, quando esses apresentarem valores menores dos que os da Caixa Econômica Federal. §2° Quando da contratação de obras de terraplanagem, pavimentação, drenagem ou obras de arte especiais, em áreas que não apresentem interferências urbanas, deverão, preferencialmente, ser utilizadas as tabelas do sistema Sicro do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes- DNIT como parâmetro de custos. §3º Nos casos em que o SINAPI ou o Sicro não oferecerem custos unitários de insumos ou serviços, poderão ser adotados aqueles disponíveis em tabela de referência formalmente aprovada por órgão ou entidade da administração pública federal, ou estadual para os Tribunais de Justiça dos Estados, incorporandose às composições de custos dessas tabelas, sempre que possível, os custos de insumos constantes do SINAPI. §4º Somente em condições especiais, devidamente justificadas em relatório técnico circunstanciado, elaborado por profissional habilitado e aprovado pela autoridade competente, poderão os respectivos custos unitários exceder o limite fixado no caput e no parágrafo primeiro deste artigo, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle interno e externo. §5º As fontes de consulta devem ser indicadas na memória de cálculo do orçamento que integra a documentação do processo licitatório. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 178 de 185 §6° Na planilha de custos do orçamento-base de uma licitação, deverão ser evitadas unidades genéricas como verba, conjunto, ponto ou similares. Art. 10 Na elaboração do orçamento deverão ser estabelecidos critérios de aceitabilidade de preços unitários, com a fixação de preços máximos. Art. 11 A opção pelo parcelamento do objeto, previsto no § 1 o do art. 23 da Lei n° 8.666/93, deve ser precedida de comprovação técnica e econômica, bem como de avaliação quanto a possíveis dificuldades na atribuição de responsabilidades por eventuais defeitos de construção. Art. 12 Deverão ser realizadas licitações separadas para a aquisição de equipamentos e mobiliário para o início da utilização da obra. Parágrafo único. Os equipamentos que fizerem parte da estrutura ou composição necessária para obra poderão fazer parte da licitação, desde que justificados pela área técnica, analisados pela unidade de controle interno e aprovados pelo Presidente ou Órgão Colegiado do Poder Judiciário. Art. 13 Deverão fazer parte da documentação que integra o orçamento-base no procedimento licitatório: a) composições de custo unitário dos serviços utilizadas no cálculo do custo direto da obra; b) ARTs dos profissionais responsáveis pela elaboração do orçamento-base da licitação; e c) declaração expressa do autor das planilhas orçamentárias quanto à compatibilidade dos quantitativos e dos custos constantes Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 179 de 185 de referidas planilhas com os quantitativos do projeto de engenharia e os custos do Sinapi ou do previsto no Art. 2.º. Art. 14 Os editais de licitação deverão exigir que as empresas licitantes apresentem os seguintes elementos: a) composições unitárias dos custos dos serviços de todos os itens da planilha orçamentária; b) composição da taxa de BDI; c) composição dos encargos sociais. Art. 15 A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas: a) Taxa de rateio da Administração Central; b) Taxa das despesas indiretas; c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS); e) Margem ou lucro. Parágrafo único. Despesas relativas à administração local de obras, mobilização e desmobilização e instalação e manutenção do canteiro deverão ser incluídas na planilha orçamentária da obra como custo direto, salvo em condições excepcionais devidamente justificadas. Art. 16 Na etapa de habilitação técnica é vedado o estabelecimento de exigências que restrinjam o caráter competitivo do certame, como: a) restrição do número máximo de atestados a serem apresentados para comprovação de capacidade técnico-operacional; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 180 de 185 b) comprovação da execução de quantitativos mínimos excessivos; c) comprovação de experiência anterior relativa a parcelas de valor não significativo em face do objeto da licitação; d) comprovação de capacidade técnica além dos níveis mínimos necessários para garantirem a qualificação técnica das empresas para a execução do empreendimento; e) utilização de critérios de avaliação não previstos no edital. Art. 17 A vistoria técnica do local da obra deve-se ser feita individualmente, com cada um dos licitantes, em data e horário previamente estabelecidos, inviabilizando conhecimento prévio acerca do universo de concorrentes. Art. 18 A declaração do licitante de que conhece as condições locais para a execução do objeto e entrega da obra supre a necessidade de visita técnica. Art. 19 Para fins de aferição de inexequibilidade de preços, caberá à Administração consultar os licitantes para verificar sua efetiva capacidade de executar os serviços no preço oferecido, com vistas a assegurar a escolha da proposta mais vantajosa, nos termos do art. 48, Inciso II, da Lei n° 8.666/93. Art. 20 No caso de empreendimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, a Administração não poderá iniciá-lo sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de ordenação de despesa não autorizada (Art. 359-D do CP). §1° Somente serão autorizados serviços para os quais existam os créditos orçamentários correspondentes, devidamente Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 181 de 185 empenhados, em conformidade com os arts. 58, 59 (caput) e 60 (caput) da Lei n° 4.320/1964. §2° As obras só serão iniciadas com previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma. Art. 21 As Alterações de projeto, especificações técnicas, cronograma físico-financeiro e planilhas orçamentárias deverão ser justificadas por escrito, analisadas pela unidade de controle interno e previamente autorizadas pela autoridade competente. Art. 22 No caso de alterações de especificações técnicas, é obrigatório assegurar a manutenção da qualidade, garantia e desempenho dos insumos a serem empregados, conforme o contrato firmado ou proposta inicial. Art. 23 Nas alterações contratuais deve-se verificar a existência de jogo de planilha, caracterizado por alterações, sem justificativas coerentes e consistentes, de quantitativos, reduzindo quantidades deserviços cotados a preços muito baixos e/ou aumentando quantidades de serviços cotados a preços muito altos, causando sobrepreço e superfaturamento. Art. 24 Os acréscimos de serviços serão objeto de aditivos ao contrato pelos mesmos preços unitários da planilha orçamentária apresentada na licitação. Parágrafo único. No caso de alteração nos serviços contratados, o pagamento pela execução dos novos serviços somente poderá ser efetuado após a realização do aditivo contratual, sob risco de antecipação de pagamento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 182 de 185 Art. 25 Quando acrescida ao contrato a execução de serviços não licitados, os preços devem ser pactuados tendo como limite as referências de preços estabelecidas no Art. 2.º desta Resolução. Art. 26 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pelo contratado e aprovados pela fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e as modificações expressa e previamente aprovadas pelo contratante, após a análise da unidade de controle interno. Parágrafo único. As diferenças e irregularidades verificadas durante as medições pela área de controle interno deverão ser comunicadas à Autoridade competente, que imediatamente as comunicará ao Conselho Nacional de Justiça. Art. 27 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pelo contratado, onde estão registrados os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados. Art. 28 A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e pagamento. Art. 29 O contratante efetuará os pagamentos das faturas emitidas pelo contratado com base nas medições de serviços aprovadas pela fiscalização, obedecidas às condições estabelecidas no contrato e no art. 19 desta Resolução. Art. 30 Instituir os referenciais de áreas a serem adotados para a elaboração de projetos de reforma ou construção de imóveis novos Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 183 de 185 no âmbito do Poder Judiciário, assim subdivididos no anexo desta Resolução: a)Poder Judiciário da União - TABELA I; b)Poder Judiciário Estadual - TABELA II. Art. 31 Os referenciais de áreas estabelecidos no art. 1º poderão sofrer uma variação a maior de até 20% (vinte por cento), de forma a possibilitar os necessários ajustes arquitetônicos das edificações a serem reformadas ou construídas para uso do Poder Judiciário. § 1º No caso de reformas, e a critério de cada tribunal, é permitida a adoção de áreas de trabalho menores do que as estipuladas nesta RESOLUÇÃO, desde que tecnicamente justificadas. § 2º Nos ambientes cujas referências são estipuladas por uma faixa de área determinada não incidirá a variação percentual do caput deste artigo. § 3º Os acréscimos de área de até 20% (vinte por cento), não poderão exceder os aumentos de custo previstos no § 1º do artigo 65 da Lei nº 8.666/93 (25% para novas obras e 50% para reforma). Art. 32 Caberá ao Conselho da Justiça Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ao Tribunal Superior Eleitoral, aos Tribunais de Justiça Estaduais e aos Tribunais de Justiça Militar, no âmbito de sua competência, por meio de regulamentação própria a ser editada no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias após a publicação desta Resolução, a fiscalização das áreas projetadas, vetando a construção ou reforma de imóveis que não se enquadrarem no estipulado nos artigos 30 e 31. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 184 de 185 Parágrafo único. A fiscalização a que se refere esse artigo será efetuada pelas unidades de controle interno, nos termos deste ato e da resolução 86/2009 do Conselho Nacional de Justiça. Art. 33 Institui o Prêmio Nacional de Arquitetura e Engenharia no âmbito do Judiciário, a ser conferido a cada dois anos pelo Conselho Nacional de Justiça, aos autores dos projetos e obras realizadas pelo Poder Judiciário que alcançaram os fins desta Resolução com eficiência e sustentabilidade. Parágrafo único. Regerá o prêmio regulamento cuja aprovação deverá ser levada a efeito pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça dentro de noventa Art. 34 O Conselho Nacional de Justiça sistematizará um cadastro com informações atinentes aos imóveis utilizados pelo Poder Judiciário e ao Plano de Obras de todos os tribunais do país, com o objetivo de identificar a possibilidade de compartilhamento de instalações existentes e dos projetos de arquitetura e engenharia ou de construção conjunta para futura utilização compartilhada. Art. 35 Os Tribunais e Conselhos, observado o respectivo planejamento estratégico, editarão, no prazo de 120 dias, normas complementares para, dentre outras matérias, disciplinar a implantação do sistema de priorização de obras. Art. 36 A aplicação das sanções previstas nos Artigos 87 e 88 da Lei de Licitações e Contratos pelos Tribunais ou Conselhos deverá ser comunicada, imediatamente, ao Conselho Nacional de Justiça, que providenciará a compilação destes dados e sua disponibilização através de cadastro nacional próprio e de amplo acesso. Parágrafo único. No que se refere à aplicação de sanções, incumbe ao Tribunal ou Conselho que registrar a irregularidade comunicar ao Conselho Nacional de Justiça quanto da eventual reabilitação. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 185 de 185 Art. 37 Esta resolução não implica em modificação nas áreas e destinações de prédios atualmente utilizados pelo Poder Judiciário. Art. 38 Aplica-se nos projetos de construção de novos prédios do Poder Judiciário as disposições relativas à segurança de seus ocupantes previstas na Resolução nº 104, de 06 de abril de 2010, do Conselho Nacional de Justiça. Art. 39 Os projetos de construção de Instalações do Judiciário que contenham unidades com competência na área penal e na infância relativamente a infratores deverão prever a necessidade de carceragem provisória, cujo padrão deverá observar as normas específicas, em especial o disposto no art. 5º, inciso XLVIII, da Constituição Federal e o disposto na Lei de Execução Penal. Art. 38 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.