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Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 1 AULA 19: PLANEJAMENTO E CONTROLE SUMÁRIO PÁGINA CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1 1. INTRODUÇÃO 2 2. METODOLOGIAS 9 3. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO 21 4. QUESTÕES COMENTADAS 27 5. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 71 6. GABARITO 91 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 91 E aí pessoal, animados! A bibliografia principal adotada nesta aula é o livro Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras, do autor Carl V. Limmer, e o livro Planejamento e Controle de Obras, do autor Aldo Dórea Mattos. Pessoal, a introdução desse assunto é repleta de conceitos de planejamento e controle. Em seguida, entraremos nas metodologias e cronograma, que eu considero mais simples de guardar as informações. Bons estudos ! Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS 1 – INTRODUÇÃO O projeto pode ser entendido como um conjunto de atividades que resultam na consecução de um objetivo, atendendo-se a parâmetros previamente fixados de prazo, custo, qualidade e risco. As atividades componentes de um projeto devem ser necessárias e inter-relacionadas, caracterizando-se esse inter- relacionamento por uma sequência lógica de execução, que cria uma dependência direta ou indireta de cada atividade em relação às demais. O planejamento de um projeto é feito em nível estratégico e tático para ser, posteriormente, desenvolvido em nível operacional, constituindo-se então em programação. De um modo geral, os projetos industriais são executados obedecendo à seguinte sequência: - Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica1 - desenvolvimento do Projeto de Engenharia Básico - Projeto de Engenharia Detalhado para Execução - Suprimento dos Insumos necessários à materialização do projeto; e - Construção Não há necessidade de se aguardar o fim de uma etapa para iniciar a seguinte, mas sim, ao se atingir certo grau de 1 Avaliação da exeqüibilidade do projeto, considerando recursos tecnológicos disponíveis e a relação custo-benefício a ser obtida quando da utilização do produto resultante do projeto. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 3 desenvolvimento de uma etapa, dela se extraem dados para iniciar a seguinte, ganhando-se com isso no prazo total de execução do empreendimento. Para atingir a produtividade desejada, é preciso que o gerenciamento de um projeto seja feito como um todo, concatenando-se recursos humanos, materiais, equipamentos e também políticos, de forma a obter-se o produto desejado – a obra construída – dentro dos parâmetros de prazo, custo, qualidade e risco previamente estabelecidos. Para tanto é necessário planejar e controlar o projeto, visto que planejar e controlar são atividades mutuamente exclusivas: uma não existe sem a outra. Uma não faz sentido sem a outra e podem ser consideradas como atividades de racionalização vinculadas a uma situação de escassez de recursos e à melhor forma de utilizá- los. O controle permite avaliar a qualidade do que foi planejado e programado. Planejar é decidir por antecipação e controlar é conhecer e corrigir os desvios que venham a ocorrer em relação ao planejado. Inicialmente é preciso: - planejar a duração do projeto em todas as suas fases. Para isso se deve conhecer em detalhes cada componente do produto. Definir os tipos de insumos a serem empregados e, cruzando-os com os componentes do projeto, estabelecer um plano de contas; - estabelecer, também, a estrutura organizacional que irá implementar o projeto, definindo logo um responsável para cada componente do produto; - determinar as atividades requeridas para a materialização de cada componente; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 4 - quantificar os recursos necessários à execução e saber como distribuí-los ao longo do tempo, obtendo-se o cronograma físico- financeiro; - a partir dos custos orçados e do cronograma físico-financeiro, estabelecer o multiplicador dos custos (também conhecido como BDI) para chegar-se ao preço de venda; - em paralelo com tudo isso é preciso coletar dados durante a execução do projeto, transformá-los em informações e com elas alimentar o sistema de controle do projeto; - comparar o que foi planejado com os resultados obtidos e, se necessário, corrigir os desvios por meio de ordens de alteração às partes envolvidas. Tais correções de desvios são feitas nos cronogramas como também nos orçamentos planejados, tantas vezes quantas forem necessárias para manter o projeto no rumo desejado. Esse é um processo contínuo, que se desenvolve ao longo de todo o projeto, usando-se técnicas de planejamento para cronogramação (PERT, CPM, Precedência, Linha de Balanço) e para orçamentação (por correlação, por quantificação de insumos e por preços unitários), além de técnicas de controle, como a da aplicação do princípio de execução (o gerenciador só toma conhecimento das exceções) ou da aplicação do princípio de previsão (o gerenciador toma conhecimento de todos os resultados obtidos). Um fator pouco considerado no gerenciamento de projetos (obras) é o risco incorrido em cada decisão gerencial. O risco pode ser definido como a probabilidade de ocorrência de um evento e as consequências adversas decorrentes desse evento. O empreendimento da construção também se enquadra como uma indústria, a chamada indústria da construção, onde cada empreendimento se caracteriza por ser de duração relativamente curta e com um produto final fixo embora não rotineiro – cada obra é Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 5 uma obra e é única. Ao contrário da produção fabril tradicional, os insumos se agregam ao produto, deslocando-se em torno dele. Por isso, necessita de uma organização específica no que se refere ao pessoal (mão de obra) que nela atua, da empresa que a promove, da forma de trabalho para a sua execução e de um sistema de informações gerenciais flexível e adaptável às mudanças constantes que ocorrem durante a execução da obra. O planejamento permite: - definir a organização para executar a obra; - tomar decisões; - alocar recursos; - integrar e coordenar esforços de todos os envolvidos; - assegurar boa comunicação entre os participantes da obra; - suscitar a conscientização dos envolvidos para prazos, qualidade e custos; - caracterizar a autoridade do gerente; - estabelecer um referencial para controle; - definir uma diretriz para o empreendimento. Os fracassos mais comuns do planejamento se atribuem a: - ausência de planos formais; - abandono prematuro do plano elaborado; - falta de confiança no plano; - plano elaborado para atender cliente; - visão de curto prazo do gerente; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 6 - visão limitada do gerente; - modismo. O uso do planejamento formal requer: - análise sistemática; - previsão; - entendimento das atividades e de seus inter-relacionamentos; - uso de técnicas modernas (computadorizadas); - imaginação; - criatividade; - fantasia. Um plano tem que ser flexível. No entanto é preciso entender que mudar só é aconselhável quando o desvio entre o realizado e o planejado for significativo. Não se muda um plano por qualquer motivo. Mas, se o plano teimar em não corresponder àquilo que se está executando, que se verifiquem as premissas adotadas no planejamento, pois elas podem ser falsas. Para gerenciar um projeto é necessário planejá-lo e ao longo de sua execução controlá-lo, sendo preciso, para tanto e antes de tudo, conhecê-lo o melhor possível. Diz-se possível porque, no início, as informações sobre o projeto são escassas, uma vez que este não se encontra ainda cabalmente definido.A fim de conhecê-lo da melhor forma possível, é preciso proceder de maneira metódica, decompondo-o em elementos cada vez mais simples através da análise estruturada de seus componentes. Por outro lado, interessa a quem planeja saber que tipos e quantidades de insumos, como mão de obra, materiais e Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 7 equipamentos, serão gastos na materialização de cada elemento e, por meio da análise dos respectivos custos, determinar o custo do projeto. É ainda necessário, por meio da análise da estrutura operacional que deverá estar à frente da execução do projeto, caracterizar responsabilidades pela materialização de cada elemento do produto no qual se aplicam os diferentes tipos de insumos. A vida de um projeto compõe-se de quatro estágios básicos: concepção, planejamento, execução e finalização. - concepção: identificação da necessidade de um projeto ser implantado. Decidida a implantação, segue-se para a etapa de verificação da viabilidade técnica e econômica do projeto, geralmente definindo um plano preliminar de implantação, um projeto preliminar de engenharia, uma estimativa de custos e um cronograma preliminares, as possíveis condições de financiamento, a identificação de alternativas, a apresentação daquelas de maior atratividade para apreciação do proprietário e, finalmente, a definição da alternativa a ser implementada, bem como a obtenção da componente aprovação e da autorização para prosseguir na implementação do projeto. - planejamento: compreende o desenvolvimento de um plano de projeto que servirá de diretriz para a sua implementação, contendo desenhos, especificações de materiais, de equipamentos e técnicas de execução, cronogramas, orçamentos e diretrizes gerais. - execução: contempla o estabelecimento de uma estrutura organizacional para o gerenciamento e a implementação do projeto, a aquisição de recursos de materiais e mão de obra, a materialização dos componentes físicos do projeto, a garantia de qualidade, a avaliação do desempenho, a análise do progresso alcançado e as modificações de projeto ditadas pela retroalimentação do sistema. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 8 - finalização: visa colocar em operação a obra construída, treinando-se, para isso, operadores; transferir sobras de materiais aos seus legítimos proprietários; documentar resultados; transferir responsabilidades; desmobilizar recursos e realocar a equipe envolvida na execução. O planejamento e o controle de um projeto exigem o conhecimento deste, o mais detalhadamente possível, o que só pode ser alcançado por meio da análise dos elementos que o compõem, sendo, portanto, o primeiro passo para bem planejá-lo. O caminho mais simples e imediato é o da análise dos componentes do projeto, procedendo-se à sua partição a partir do todo, até atingir-se um componente de porte adequado ao planejamento e controle de sua materialização. Limmer cita Pascal no trecho: ―acho impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, nem conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes.‖ Para chegar ao conhecimento do todo, é necessário: - analisar, de maneira detalhada e sistemática, todos os documentos (desenhos, especificações etc.) e demais informações disponíveis sobre o projeto, de forma a caracterizar, de maneira inequívoca, cada um dos elementos componentes do projeto; - estabelecer critérios de análise do projeto em função de objetivos a serem alcançados, tais como: - obtenção de elementos para o planejamento do projeto, o mais completo possível, em termos de prazos e custos; - a tipologia dos insumos a serem aplicados, orçados e controlados; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 9 - a definição de responsabilidade pela aplicação correta dos insumso. 2 - METODOLODIAS 2.1 – Estrutura Analítica do Projeto ou Estrutura Analítica de Partição do Projeto (EAP) A EAP é uma das ferramentas mais importantes do gerente de projeto, pois objetiva dividir o projeto em componentes de tamanho adequado e, assim, permitir que seja conhecido em todos os seus detalhes. Além disso, ela permite metodizar a elaboração de estimativas de recursos, incluindo-se nestas a estimativa de custos, propiciando uma estimativa de custo com maior precisão. Ela também metodiza o planejamento do projeto através de uma visão global do mesmo e serve como ferramenta de controle. De acordo com Mattos (2010), a maneira mais prática de identificar as atividades é por meio da elaboração da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que é uma estrutura hierárquica, em níveis, mediante a qual se decompõe a totalidade da obra em pacotes de trabalho progressivamente menores. A EAP tem a vantagem de organizar o processo de desdobramento do trabalho, permitindo que o rol de atividades seja facilmente checado e corrigido. Segundo o mesmo autor, para se planejar uma obra é preciso subdividi-la em partes menores. Esse processo é chamado decomposição. Por meio da decomposição, o todo — que é a obra em seu escopo integral — é progressivamente desmembrado em unidades menores e mais simples de manejar. Os grandes blocos são sucessivamente esmiuçados, destrinchados na forma de pacotes de trabalho menores, até que se chegue a um grau de detalhe que Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 10 facilite o planejamento no tocante à estipulação da duração da atividade, aos recursos requeridos e à atribuição de responsáveis. No planejamento e no controle de um projeto, a informação é elementos essencial. A EAP funciona como elemento de comunicação, constituindo-se em verdadeiro dicionário do projeto para o entendimento preciso e uniforme de seus componentes por todos os envolvidos na sua concretização. Ainda de acordo com Limmer, a EAP pode conter qualquer número de níveis de partição ou de desdobramento, não se devendo passar de 6 níveis, pois o detalhamento torna-se muito grande, sendo 4 o número recomendável de níveis. A EAP, também denominada de Estrutura de Elementos de Trabalho (EET), pode ser considerada como o primeiro passo para produzir uma estimativa de custos de um projeto, visto que ela proporciona um arcabouço sólido sobre o qual a estimativa pode ser erguida. Além da estimativa de custos, a EAP ou EET serve de base para o planejamento da duração do projeto. Uma das mais significativas técnicas de partição é o uso de grupos de atividades ou pacotes de trabalho na codificação das contas de custo. Pacotes de trabalho são grupos selecionados de atividades de acordo com a estruturação do projeto. Eles caracterizam os tipos e as quantidades de serviços gerenciáveis para fins de planejamento (compreendida a orçamentação), de programação e de controle, com horizonte de duração facilmente discernível e que, preferencialmente, represente uma parte ou componente acabado do projeto ou da obra após sua execução. Seguem algumas propriedades da EAP, segundo Mattos (2010): Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 11 - cada nível representa um refinamento do nível imediatamente superior; - as subtarefas representam 100% do escopo da tarefa do nível imediatamente superior (regra dos 100%), ou seja, se um pacote de trabalho é desmembrado em três atividades, elas representam a totalidade do alcance do pacote de trabalho; - a soma do custo dos elementos de cada nível è igual a 100% do nível imediatamente superior; - o custo de cada elemento da estrutura equivale à soma dos custos dos elementos subordinados; - juntas, as atividades de nível mais baixo nos diversos ramos da EAP representam o escopo total do projeto; - uma mesma atividade não pode estar em mais de um ramo; -duas atividades são mutuamente excludentes: não pode haver sobreposição de trabalho entre elas (seria uma redundância desnecessária); - atividades não incluídas na EAP não tomam parte do projeto; - as atividades são relacionadas em ordem lógica de associação de idéias, não em ordem cronológica; - as atividades de nível mais baixo são mensuráveis e podem ser atribuídas a um responsável (pessoa ou equipe). De acordo com o mesmo autor, a EAP pode ser apresentada em 3 diferentes configurações - árvore, analítica (ou sintética) e mapa mental, conforme os exemplos da figura a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 12 a) EAP analítica A EAP na forma de listagem analítica ou sintética é a que os principais softwares de planejamento trabalham. Cada novo nível da EAP é "indentado" em relação ao anterior, isto é, as atividades são alinhadas mais internamente. Tarefas de um mesmo nível têm o mesmo alinhamento. Quanto mais indentadas as atividades, menor o nível a que pertencem, conforme a figura acima. A EAP analítica geralmente vem associada a uma numeração lógica, segundo a qual cada novo nível ganha um dígito a mais. Por isso, ela é mais indicada para relatórios, conforme a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 13 b) EAP como mapa mental Um mapa mental é um diagrama utilizado para representar ideias, que são organizadas radialmente a partir de um conceito central, conforme o item c da figura acima. A estrutura do mapa mental é de árvore, com ramos divididos em ramos menores, como na árvore de blocos. A diferença é que o mapa permite a criação da EAP de maneira que fixa mais a Imagem, centralizando a ideia central e o espírito de decomposição progressiva das idéias. Em relação à EAP por blocos, o mapa mental tem a vantagem de mostrar toda a decomposição do projeto em uma tela única. 2.2. Curva S A curva S mostra a distribuição de um recurso, de forma cumulativa, podendo representar o projeto como um todo, em termos de homens-hora ou de moedas necessários à sua execução, assim como permite visualizar o ritmo de andamento previsto para a sua implementação. O ritmo é definido pelo coeficiente angular da curva. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 14 2.3. Curva ABC A curva ABC decorre da classificação dos itens em ordem decrescente de importância relativa, expressa de forma percentual. Pessoal, o livro ―Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras‖ do autor Carl Limmer traz uma explicação detalhada acerca de Curva ABC, que vale trazer aqui para vocês, com a seleção de alguns trechos reproduzidos nos parágrafos seguintes. De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do princípio de Pareto, também conhecido como princípio dos ―pouco significativos e muitos insignificantes‖. Baseando nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 15 com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. Pessoal, esses valores percentuais citados por Carl Limmer variam caso a caso. Por exemplo, em auditoria, para análise dos custos de uma obra pública, costuma-se considerar como faixa A o grupo de itens que representam 80% do valor total. Mas o que vale aqui é entender o que é classificação ABC e a correspondente curva ABC. Retornando ao livro do LIMMER (2009), os itens do conjunto devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem um ponto e, com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser representada de forma gráfica, conforme figura a seguir: A classe A reflete os itens mais importantes e que merecem tratamento especial por parte do gerenciamento da obra, em termos de acompanhamento e controle. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 16 No caso de obras de construção civil, o processo da curva ABC pode ser aplicada tanto para os itens de serviço como para os itens de insumos (materiais, mão de obra e equipamentos). Tranquilo curva ABC, não é pessoal? 2.4 – Método da Linha de Balanço ou do Tempo-Caminho Na construção civil as atividades têm, em geral, repetitividade muito baixa. O mesmo não ocorre em obras lineares, como a construção de rodovias, ferrovias, tubovias, conjuntos habitacionais, a até alguns tipos de edifícios em que, à exceção do térreo e da cobertura, os demais pavimentos são padronizados. Obras executadas com pré-moldados também se encaixam nesse critério. Nas obras com baixa repetitividade o método usual de planejamento do tempo é o PERT/CPM, o diagrama de Roy ou de precedência e o cronograma de barras ou de Gantt. Já nas obras com atividades repetitivas, pode-se usar no seu planejamento a técnica da linha de balanço (line of balance), também conhecida como técnica do tempo-caminho. Essa técnica consiste basicamente em traçar, referidas a par de eixos cartesianos, linhas que representam, cada uma delas, uma atividade e seu respectivo andamento, conforme mostrado na figura abaixo. No eixo das abscissas marca-se o tempo e, no das ordenadas, os valores acumulados do andamento planejado para cada unidade do conjunto. 2.5 – Análise de Valor Agregado (Mattos, 2010) A análise do valor agregado ou EVA (earned value analysis) é uma técnica adotada para a avaliação de desempenho de empreendimentos, que permite ao planejador ter uma clara noção da Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 17 situação atual do projeto e fazer análises de variância e tendências a partir de resultados precisos obtidos a partir da integração de dados reais de tempo e custo. O método EVA compara o valor do trabalho planejado com o do trabalho realmente concluído para avaliar se os desempenhos de custo e programação do empreendimento estão de acordo com o planejado, por meio de indicadores de desempenho, que permitem antever o resultado provável do projeto em termos de custo e prazo. O ponto de partida para a implementação do EVA é o cronograma físico-financeiro. Este se baseia em uma EAP e gera como subproduto a curva S de custos, conforme a figura a seguir. A curva S serve de parâmetro para a análise da relação entre o valor agregado e o valor planejado do trabalho em um dado período. O tripé de comparação envolve as seguintes grandezas: - Valor previsto (VP): é o custo que deveria ter sido incorrido no período de aferição. Ele corresponde ao custo orçado do trabalho agendado (ou planejado), ou seja, calculado de acordo com o orçamento/planejamento da obra. O VP não tem nada a ver com o que foi fisicamente realizado. Ele corresponde á linha de base. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 18 - Valor agregado (VA): o custo orçado do trabalho realizado. O VA refere-se ao custo orçado e não se relaciona com o custo real, ou seja, é o custo do que foi executado com base nos preços planilhados e não nos preços de mercado atualizados. - Custo real (CR): é o custo real do trabalho realizado, que representa quanto custou o que foi executado. O CR refere-seà realidade física e não se relaciona com o planejamento prévio da obra. As diferenças entre essas 3 dimensões de custo denominam-se variações (ou variâncias), que podem ser: - variação de custo (VC): é dada pela diferença entre o valor agregado e o custo real. VC = VA – CR. - variação de progresso ou de prazo (VPr): é dada pela diferença entre o valor agregado e o valor previsto. VPr = VA – VP. Representa o desvio entre quanto trabalho foi produzido até a data de aferição e quanto deveria ter sido produzido de acordo com o planejado. Portanto, se VPr > VP, significa que houve execução maior que a prevista. O quadro abaixo mostra a interpretação para as possíveis combinações de VC e VPr (sinal positivo ou negativo): Há também o Índice de Desempenho de Custo (IDC), que é dado pelo quociente entre o valor agregado (VA) e o custo real (CR). O IDC mostra qual percentual do custo real o valor agregado representa, isto é, a que taxa o projeto tem conseguido converter o CR em VA. Segue o significado dos resultados desse índice: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 19 E o índice de desempenho de prazo (IDP), que é dado pelo quociente entre o valor agregado (VA) e o valor previsto (VP). O IDP mostra qual percentual do valor previsto o valor agregado representa, isto é, a que taxa o projeto vem conseguindo converter o VP em VA: A estimativa no término (ENT) é uma previsão que se faz para o custo total do projeto até sua conclusão. A variação no término (VNT) é a diferença entre o custo total orçado (ONT) e o custo final projetado (ENT). A VNT representa o quanto acima ou abaixo do orçamento vamos estar ao final do projeto. E há o índice de desempenho de custos de recuperação (IDCR), também conhecido pela sigla TCPl, que é um parâmetro de projeção do EVA, é um indicador com foco no desempenho futuro, com o intuito de se encontrar o IDC do trabalho restante para que Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 20 não haja estouro de orçamento, ou seja, serve para dar uma ideia do esforço que custa para recolocar o projeto nos eixos. Matematicamente, o IDCR é dado pelo quociente entre o trabalho restante e os fundos restantes: Os parâmetros do método do valor agregado estão representados com relação à curva S do projeto, na figura a seguir: Fonte: Mattos (2010) Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 21 A curva S feita no início do projeto representa a linha de base (baseline), que é a referência com a qual se compara o progresso realizado. 3. CRONOGRAMAS FÍSICO E FÍSICO-FINANCEIRO Cronograma é uma representação gráfica da execução de um projeto, indicando os prazos em que deverão ser executadas as atividades necessárias, mostradas de forma lógica, para que o projeto termine dentro de condições previamente estabelecidas. Pode ser apresentado como rede (gráficos PERT/CPM ou Roy) ou como gráfico de barras (gráfico de Gantt), sendo estes mais utilizados para mostrar partes detalhadas daqueles. O cronograma físico-financeiro de uma obra pode ser entendido como a representação gráfica do andamento previsto para a obra ou serviço, em relação ao tempo e respectivos desembolsos financeiros. O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o cumprimento dos prazos e identificar e prevenir possíveis atrasos e o acompanhamento do cronograma financeiro permite informar os recursos necessários ao andamento da obra. No planejamento e no controle de projetos são usados dois tipos básicos de cronogramas: o cronograma em rede e o cronograma em barras. 3.1 – Cronogramas em Redes As redes podem ser representadas de duas maneiras: com as atividades em setas (AES) e as atividades em nós (AEN). a) Redes de Atividades em Setas (AES) Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 22 Para a elaboração de uma rede AES são utilizadas correntemente duas técnicas de origem diversa: a PERT e a CPM. A técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é muito utilizado no planejamento, revisão e avaliação de projetos, sendo uma técnica que utiliza três estimativas de tempo para cada atividade da rede. A técnica PERT foi desenvolvida em 1957 para uso no Departamento de Defesa dos Estados Unidos na execução do Polaris, um míssil lançado de um submarino, projeto que envolveu 250 empreiteiros, cerca de 9.000 subempreiteiros e a fabricação de 70.000 componentes, muitos dos quais nunca antes produzidos em série. O prazo inicialmente previsto era de 5 anos mas, por razões políticas, objetivou-se reduzi-lo para 3 anos. Como não havia experiência com relação aos prazos de fabricação de cada componente, perguntou-se aos fabricantes que prazos máximo, normal e mínimo seriam necessários para produzir cada peça. Assim, se forem estimados o prazo mínimo ―a‖, o prazo máximo ―b‖ e o prazo normal ―m‖, pode-se, através de tratamento estatístico, determinar o tempo esperado como sendo: 建勅鎚椎勅追銚鳥墜 噺 欠 髪 ね兼 髪 決は Em função desse tratamento estatístico, a técnica PERT é chamada de probabilística. A técnica CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico), foi desenvolvida também em 1957 pela E. I. Dupont de Neymours, uma empresa de produtos químicos que, ao expandir seu parque fabril, resolveu planejar suas obras por meio da técnica de redes, considerando para as atividades as durações obtidas em projetos muito semelhantes executados por ela anteriormente. Assim, para uma dada atividade, a Dupont possuía em seus arquivos o registro do prazo e das condições em que fora executada, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 23 possibilitando a elaboração da rede com uma única determinação de prazo para cada atividade. Como para cada atividade é feita uma única determinação de prazo de duração, baseada em experiência pregressa, o CPM é chamado determinístico. Com o tempo, as duas técnicas foram se fundindo, passando-se a usar a denominação PERT/CPM para esse tipo de redes onde as atividades são representadas por setas. A seta que representa a atividade caracteriza-se por um nó inicial ―i‖, denominado evento de início, e por um nó final ―j‖, chamado de evento de fim. É orientada de ―i‖ para ―j‖ por meio de uma cabeça de seta e leva em cima a designação da atividade e embaixo a sua duração, conforme figura a seguir: Duas ou mais atividades podem ser sucessivas ou paralelas, sendo que estas podem ter ou as mesmas datas (eventos) de início, ou as mesmas datas de fim, ou as mesmas datas de início e de fim. Em atividades paralelas, quando representadas graficamente, as respectivas setas se superpõem, tornando-se difícil distingui-las. Para diferenciá-las, usa-se uma atividade fantasma (AF) ou atividade de conveniência, muda ou virtual, conforme figura a seguir: Em contraposição à atividade fantasma tem-se a atividade de espera, cuja característica é consumir apenas tempo e nenhum outro recurso. É o caso, por exemplo, do tempo gasto na cura do concreto após o seu lançamento e adensamento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 24 O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Em uma rede pode haver mais de um caminho crítico. b) Redes de Atividades em Nós (AEN) A técnica de redes com as atividades representadas por meio de nós, conhecida também como Neopert ou Rede de Precedências, foi desenvolvida pelo francês Roy. Os tempos de duração das atividades podem ser determinados de forma probabilística, como no PERT, ou de forma determinística, como no CPM, sendo as atividades ilustradas por retângulos, conforme figura a seguir:Na rede Roy não existe atividade fantasma, uma vez que as atividades paralelas, como B e C, na figura a seguir, são interligadas de maneira clara à atividade antecessora. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 25 3.2 – Cronogramas de Barras Também é denominado Gráfico de Gantt. O cronograma de barras é a representação dos serviços programados numa escala cronológica de períodos expressos em dias corridos, semanas, ou meses, mostrando o que deve ser feito em cada período. Ele é construído listando-se as atividades de um projeto em uma coluna e as respectivas durações, representadas por barras horizontais, em colunas adjacentes, com extensão de acordo com a unidade de tempo adotada no projeto, de acordo com a figura a seguir: O cronograma de barras tem, entretanto, a desvantagem de não mostrar com clareza a interdependência das atividades. Às vezes, indica-se essa interdependência por meio de setas pontilhadas, constituídas por linhas retas ou curvas, o que acaba tornando extremamente complexa uma figura que se pretende simples. Outra desvantagem é que as datas de início e de fim de uma Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 26 atividade, assim como as folgas, devem ser definidas antes de se desenhar o cronograma. Apresenta como vantagem a facilidade de aplicação e de entendimento, além da possibilidade de seu emprego como complemento de outras técnicas de programação. Ele é perfeitamente aplicável quando se lida com um número não muito grande de atividades e de durações relativamente curtas, como é o caso do detalhamento de pacotes de trabalho. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 27 4. QUESTÕES COMENTADAS 1) (41 – MPU/2004 – ESAF) Diversas ferramentas de planejamento podem ser utilizadas para a montagem de um cronograma físico para execução de obras. Com relação às ferramentas utilizadas para planejamento de obras, é incorreto afirmar que: a) a aplicação do método da Linha de Balanço se restringe a projetos de construção com serviços não repetitivos. b) os métodos PERT e CPM fundamentam-se na montagem de uma rede de trabalho que retrate o projeto real. c) o caminho crítico representa a seqüência de atividades que definem o prazo mínimo para realização de uma obra. d) o Diagrama de Gantt é um recurso gráfico que permite a visualização direta das datas de início e término das atividades previstas. e) a apresentação do planejamento PERT pode ser feita com o uso de diagramas de flechas ou de diagramas de blocos. De acordo com Limmer (1997), na construção civil as atividades têm, em geral, repetitividade muito baixa. O mesmo não ocorre em obras lineares, como a construção de rodovias, ferrovias, tubovias, conjuntos habitacionais, a até alguns tipos de edifícios em que, à exceção do térreo e da cobertura, os demais pavimentos são padronizados. Obras executadas com pré-moldados também se encaixam nesse critério. Nas obras com baixa repetitividade o método usual de planejamento do tempo é o PERT/CPM, o diagrama de Roy ou de precedência e o cronograma de barras ou de Gantt. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 28 Já nas obras com atividades repetitivas, pode-se usar no seu planejamento a técnica da linha de balanço (line of balance), também conhecida como técnica do tempo-caminho. Portanto, o item ―a‖ está incorreto e os demais estão corretos, podendo ser considerados didáticos. Gabarito: A 2) (43 – MPU/2004 – ESAF) A curva S é uma ferramenta gráfica utilizada para controle da aplicação e consumo de recursos ao longo da execução de um empreendimento. Com relação a esta ferramenta, é incorreto afirmar que a) a curva S depende da existência de um planejamento adequado para o consumo de recursos durante a execução da obra. b) a curva S pode ser utilizada como ferramenta no controle do consumo de concreto durante a execução da obra. c) a curva S caracteriza os recursos a serem utilizados apenas em termos monetários, relacionando-os às datas previstas de utilização. d) a curva S pode ser utilizada na avaliação do progresso físico da obra em função do custo apropriado. e) a curva S apresenta sempre o consumo acumulado de recursos ao longo do tempo de construção. De acordo com Limmer (1997), a curva S mostra a distribuição de um recurso, de forma cumulativa, podendo representar o projeto como um todo, em termos de homens-hora ou de moedas necessários à sua execução, assim como permite visualizar o ritmo de andamento previsto para a sua implementação. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 29 Portanto, o item C está incorreto ao restringir o uso da curva S apenas para os recursos em termos monetários. Os demais itens acabam sendo didáticos, por estarem corretos. Gabarito: C 3) (19 – CGU/2008 – ESAF) A curva ABC representa os insumos em ordem decrescente de preço de um determinado serviço ou serviços de uma obra. Assinale a opção incorreta. a) A curva ABC é baseada no princípio de Pareto. b) O princípio de Pareto, no qual a curva ABC se baseia, indica que poucas causas usualmente concorrem para a maioria dos resultados. c) Apesar do nome, a curva ABC é um relatório, podendo ser representada graficamente. d) Em um gráfico hipotético da curva ABC, a tangente deve ser maior no início da curva. e) A curva ABC permite avaliar as variações significativas de custo em função da variação de preços de insumos. O gabarito preliminar forneceu o item D como incorreto, contudo esta questão foi anulada. Limmer (1997) apresenta um exemplo de gráfico hipotético da curva ABC, conforme a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 30 A curva ABC advém do custo total de cada item, em ordem decrescente de valor. As ordenadas correspondem ao valor acumulado desses custos. Logo, as primeiras ordenadas corresponderão a acréscimos maiores de valores, acréscimos estes que vão decrescendo item a item (abscissa). Logo, a tangente à curva vai reduzindo de um máximo inicial até um mínimo final. Logo, não consegui visualizar de que forma a tangente não seria maior no início da curva. Gabarito: Anulada 4) (1 – CGU/2012 – ESAF) Para a construção de qualquer empreendimento, é necessário que exista planejamento, para definir a melhor forma de execução, e controle, que permita o gerenciamento, o acompanhamento e a adoção de correções, quando necessário. Com relação ao planejamento e controle, analise as afirmações abaixo. I. O método PERT - COM utiliza conceitos de redes (grados) para planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 31 Pessoal, houve erro de digitação no CPM, que saiu COM e em grafos, que saiu como ―grados‖. Considerando as palavras CPM e grafos, a definição de PERT/CPM está correta. Contudo, a banca considerou esses erros de digitação e alterou o gabarito deste item de C para E. Cabe complementar que o PERT-CPM é um método de planejamento, replanejamento, e avaliação de progresso, com a finalidade de melhor controlar a execução de um programa ou projeto, utilizando os conceitos de Redes (grafos) para planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto. Gabarito Preliminar: Correta Gabarito Definitivo: Errada II. A Linha de Balanço é a técnica de planejamento e controle que considera cada tarefa representada por uma linha e os dias, semanas ou meses como colunas que determinam a duração de cada tarefa no projeto. De acordo com Carl Limmer, essa técnica consiste basicamente em traçar, referidas a par de eixos cartesianos, linhasque representam, cada uma delas, uma atividade e seu respectivo andamento. No eixo das abscissas marca-se o tempo e, no das ordenadas, os valores acumulados do andamento planejado para cada unidade do conjunto. Contudo, o tempo não é representado por colunas, a exemplo dos histogramas, mas por pontos na abscissa. Em suma, a Linha de Balanço é uma técnica de planejamento e controle que considera o caráter repetitivo das atividades de uma edificação. A descrição dada no comando deste item II refere-se ao Diagrama de Gantt. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 32 Gabarito: Errada III. O planejamento de médio prazo, considerado como um segundo nível de planejamento, o tático, busca vincular as metas fixadas no plano principal com aquelas designadas no planejamento operacional. De acordo com Carl Limmer, o planejamento de um projeto é feito em nível estratégico e tático para ser, posteriormente, desenvolvido em nível operacional, constituindo-se então em programação. No trabalho de Antonio Gil Nogueira Filho e Bruno da Silva Andrade, intitulado ―Planejamento e Controle em Obras Verticiais‖, disponível no sitio <http://www.unama.br/novoportal/ensino/graduacao/cursos/ engenhariacivil/attachments/article/128/PLANEJAMENTO-CONTROLE-OBRAS-VERTICAIS.pdf> consta que: - No planejamento de longo prazo, os horizontes dos planos abrangem todo o período de construção e têm como principal objetivo a definição dos ritmos das atividades que constituem as grandes etapas e seus processos construtivos. - O planejamento em médio prazo tem como principal função ajustar os planos produzidos no planejamento de longo prazo. Estes ajustes devem ser interligados de modo a se compatibilizarem entre os recursos disponíveis, a capacidade de produção das equipes e o cumprimento de prazos e custos. Esse plano é considerado como um segundo nível de planejamento, o tático, que busca vincular as metas fixadas no plano principal com aquelas designadas no operacional. 2 (grifos nossos) 2 BALLARD, G. The last planner system of productions control. 2000. (Thesis) - Dpt. Of Civil Engineering, University of Birmingham, Birmingham, U.K., June, 2000. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 33 Dentre as principais funções do planejamento de médio prazo destaca-se a de decompor o plano de longo prazo em pacotes de trabalho. - O planejamento de curto prazo tem por objetivo atingir a maior produtividade na consecução de uma atividade programada para ser executada num período entre cinco a quinze dias. Nesse tipo de planejamento operacional é necessário detalhar todos os recursos necessários e acercar-se de todas as condições favoráveis, fixando metas plausíveis, detectando as possíveis causas de variabilidade na execução e exercendo controle com ações rápidas e eficazes para corrigir os problemas3. (grifos nossos) No planejamento de curto prazo são designados os pacotes de trabalho para as equipes de produção, normalmente num horizonte de uma semana de trabalho, informando o local onde devem ocorrer as tarefas4. Critérios de qualidade para a elaboração do plano de curto prazo, considerados como a chave para a eficácia deste nível do planejamento5: a) Definição: os pacotes de trabalho devem ser bem definidos, de forma a permitir que após o período planejado, verifiquem-se os quais foram efetivamente concluídos; b) Disponibilidade: todos os recursos que são necessários para a realização das tarefas devem estar disponíveis; c) Seqüenciamento: o dimensionamento das tarefas deve ser adequado, de maneira que os pacotes de trabalho possam ser realizados seguindo um seqüenciamento que permita continuidade do fluxo de produção; 3 SERPELL BLEY, Alfredo. Administracion de operaciones de construccion. Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 1993. 4 TOMMELEIN, I. D.; BALLARD, G. Lookhead planning: screening and pulling. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE LEAN CONSTRUCTION, 2, 1997, São Paulo. Anais… São Paulo Instituto de Engenharia de São Paulo/ Logical System, 1997. 5 BALLARD, G. The last planner system of productions control. 2000. (Thesis) - Dpt. Of Civil Engineering, University of Birmingham, Birmingham, U.K., June, 2000. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 34 d) Tamanho: os pacotes de trabalho devem levar em consideração a capacidade produtiva de cada equipe de produção; e) Aprendizagem: as razões para o não cumprimento dos planos devem ser identificadas e realizadas as ações corretivas necessárias. Portanto, verifica-se que o comando deste item III corresponde ao que consta na tese de doutorado de Ballard, citada anteriormente. Gabarito: Correta IV. O planejamento de curto prazo, normalmente realizado em ciclos semanais, tem como principal função orientar diretamente a execução da obra. Conforme acabamos de ver no item anterior, este comando está correto. Gabarito: Correta É correto apenas o que se afirma em a) I, III e IV. b) I, II e III. c) II e III. d) III e IV. e) I e IV. Gabarito Preliminar: A Gabarito Definitivo: D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 35 5) (13 – CGU/2012 – ESAF) Considere o cronograma físico- financeiro e a composição de preço unitário apresentados a seguir e analise as afirmativas. I. O item alvenaria corresponde a aproximadamente 10% do valor total da obra e estará concluído no sexto mês. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 36 Correto, ela representa 10,04% e estará concluído no sexto mês conforme os dados da planilha de cronograma físico-financeiro. II. Até o quinto mês, mais de 60% da obra estará concluída. De acordo com a planilha de cronograma físico-financeiro, até o quinto mês 60,03% da obra estará concluída. III. O desembolso acumulado até o terceiro mês da obra será de R$ 630.000,00. Errado, o valor de R$ 630.000,00 corresponde ao valor medido no 3º mês. IV. Para cumprir o prazo do cronograma, com equipes trabalhando 44 horas por semana, será necessário ter na obra mais de 50 pedreiros no quinto mês para executar os serviços de alvenaria. No 5º mês serão executados 7.200 m2 de alvenaria (50%). De acordo com a composição anexa, cada pedreiro gasta 1,12 h para executar 1 m2 de alvenaria. Logo, serão gastas 6.428,57 horas de pedreiros, que divididos por 44 x 4 = 176 horas, resulta em 36,53 pedreiros. V. O custo total com mão de obra para o serviço de alvenaria pode ser calculado pelo produto do custo horário com pedreiro, servente e operador de betoneira pela quantidade de alvenaria a ser executada. Incorreta, pois para obtermos o custo total com mão de obra temos que multiplicar o custo horário (inclusos os encargos sociais) Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 37 pelo respectivo coeficiente de produtividade e pela quantidade de alvenaria. É correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I, II e III. c) II, IV e V. d) III, IV e V. e) I, II e V. Gabarito Preliminar: E Gabarito Definitivo: A 6) (21 – CGU/2012 – ESAF) Sobre a programação de obras, assinale a opção correta. I. Para se definir a duração de uma atividade, pode-se usar os índices de produtividade das equipes de trabalho. II. Para se definir a duração de uma atividade, pode-se usar a estimativa de três pontos. III. A estimativa de três pontos é calculada a partir da média ponderada das durações otimistas, pessimistas e realista (ou mais provável), em que a duração realista tem peso 4 e as demaispeso 1. a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item II está correto. c) Apenas os itens I e III estão corretos. d) Apenas os itens I e II estão corretos. e) Todos os itens estão corretos Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 38 Adotando-se a estimativa de 3 pontos não se define a duração de uma atividade, e sim estima-se, pois trata-se de um tratamento estatístico. Determina-se o tempo esperado. Por isso, a técnica PERT, que adota essa estimativa, é chamada de probabilística, conforme ensina Carl Limmer, no livro Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Com isso, o item II está errado. Gabarito: C 7) (23 – CGU/2012 – ESAF) Uma técnica utilizada para gerenciar projetos no que se refere ao acompanhamento, monitoramento e controle é a Análise de Valor Agregado. Sobre a técnica, assinale a resposta correta. I. A partir desta técnica, é possível controlar o custo e o prazo de um empreendimento. A análise do valor agregado ou EVA (earned value analysis) é uma técnica adotada para a avaliação de desempenho de empreendimentos, que permite ao planejador ter uma clara noção da situação atual do projeto e fazer análises de variância e tendências a partir de resultados precisos obtidos a partir da integração de dados reais de tempo e custo. O método EVA compara o valor do trabalho planejado com o do trabalho realmente concluído para avaliar se os desempenhos de custo e programação do empreendimento estão de acordo com o planejado, por meio de indicadores de desempenho, que permitem antever o resultado provável do projeto em termos de custo e prazo. Gabarito: Correta Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 39 II. A técnica possui a limitação de não ser possível fazer estimativas para o término. Pelo método EVA pode-se aferir o desempenho do projeto até a data de aferição do progresso, com relação ao valor previsto, valor agregado e custo real. O conhecimento desses valores permite estimar quanto ainda falta gastar até sua conclusão, adotando-se 4 premissas: - otimista: baseia-se no orçamento original, em que se assume que o trabalho remanescente será realizado com o custo orçado antes do início do projeto: Onde: - EPT: estimativa para o término - ONT: orçamento no término – soma total dos custos previstos para o projeto. - realista: baseia-se no desempenho de custos. Assume-se que o trabalho remanescente será realizado com o padrão de custos verificado até o momento. Para isso, a projeção é calculada com base no IDC até a data: - pessimista: baseia-se no desempenho de custos e prazo. Assume-se que o trabalho remanescente será realizado com o padrão de custos e prazo verificados até o momento. Os custos que ainda ocorrerão são estimados com base nos índices de desempenho de custo e de prazo até a data: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 40 - nova estimativa: faz-se novo orçamento para o trabalho que ainda tem de ser realizado. Gabarito: Errada III. O tripé de comparação para o uso da técnica envolve as seguintes grandezas: Valor Previsto, Valor Agregado e Custo Real. Exato, o tripé de comparação do EVA envolve as seguintes grandezas: - Valor previsto (VP): é o custo que deveria ter sido incorrido no período de aferição. Ele corresponde ao custo orçado do trabalho agendado (ou planejado), ou seja, calculado de acordo com o orçamento/planejamento da obra. O VP não tem nada a ver com o que foi fisicamente realizado. Ele corresponde á linha de base. - Valor agregado (VA): o custo orçado do trabalho realizado. O VA refere-se ao custo orçado e não se relaciona com o custo real, ou seja, é o custo do que foi executado com base nos preços planilhados e não nos preços de mercado atualizados. - Custo real (CR): é o custo real do trabalho realizado, que representa quanto custou o que foi executado. O CR refere-se à realidade física e não se relaciona com o planejamento prévio da obra. Gabarito: Correta a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item II está correto. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 41 c) Apenas os itens I e II estão corretos. d) Apenas os itens I e III estão corretos. e) Todos os itens estão corretos. Gabarito: D 8) (35 – Metrô/2008 – FCC) O mercado altamente competitivo fez com que muitas empresas da construção civil buscassem novos paradigmas de gestão. O gerenciamento de projeto é a coordenação eficaz e eficiente de diferentes recursos, atendendo-se a parâmetros pré-definidos de (A) custo, qualidade e técnica construtiva. (B) prazo, custo, flexibilidade e técnica construtiva. (C) prazo, custo, qualidade e risco. (D) prazo, qualidade e técnica construtiva. (E) custo, qualidade, flexibilidade e técnica construtiva. De acordo com Limmer, o projeto pode ser entendido como um conjunto de atividades que resultam na consecução de um objetivo, atendendo-se a parâmetros previamente fixados de prazo, custo, qualidade e risco. Gabarito: C 9) (42 – Defensoria/2009 – FCC) Sobre planejamento de obras, considere: I. O planejamento da construção consiste na organização para a execução e inclui o orçamento e a programação da obra. O orçamento contribui para a distribuição das atividades no Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 42 tempo e a programação refere-se ao controle das relações econômicas relacionada às etapas da obra. De acordo com González (2008), o planejamento da construção consiste na organização para a execução, e inclui o orçamento e a programação da obra. O orçamento contribui para a compreensão das questões econômicas e a programação é relacionada com a distribuição das atividades no tempo. Portanto, houve a troca entre orçamento e programação no texto. Gabarito: Errada II. O planejamento de médio prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento, considerando as grandes definições, tais como emprego de mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, organização do canteiro de obras, prazo de entrega, forma de contratação. De acordo com González (2008), o planejamento de longo prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento, considerando as grandes definições, tais como emprego de mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, organização do canteiro de obra, prazo de entrega, forma de contratação (preço de custo ou empreitada), e relacionamento com o cliente. O plano inicial tem pequeno nível de detalhamento, em geral indicando macro-itens, tais como ―fundações‖, ―estrutura‖, ―alvenaria‖ e assim por diante. Em uma obra de dois a três anos, o plano da obra é definido em semestres, por exemplo. Esse nível é utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões de nível organizacional (gerência da empresa). No nível de planejamento de médio prazo trabalha-se com atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 43 seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada para a remoção de empecilhos à produção, através da identificação com antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros (―lookahead planning‖). O planejamento de curto prazo visa à execução propriamente dita. Esse planejamento desenvolve uma programação para um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as atividades a serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de materiais e mão de obra, bem como o conhecimento do ritmo normal da obra. Adota-se a idéia de produção protegida contra os efeitos da incerteza (―shielding production‖), ou seja, as atividades programadas têmgrande chance de ocorrerem. É comum medir a qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas. Desta forma o planejamento das próximas atividades poderá ser aprimorado. Portanto, observa-se que o item II refere-se ao planejamento de longo prazo. Gabarito: Errada III. No nível de planejamento de longo prazo trabalha-se com atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada para a remoção de empecilhos à produção, através da identificação com antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros. Conforme vimos no item anterior, o item III refere-se ao planejamento de médio prazo. Gabarito: Errada Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 44 IV. Com a adoção da produção protegida contra os efeitos da incerteza, as atividades programadas têm grande chance de ocorrer, sendo comum medir a qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas, condição para o aprimoramento do planejamento das próximas atividades. Conforme vimos nos comentários do item II, o item IV está de exatamente de acordo com a publicação de González (2008). Gabarito: Correta Está correto o que consta APENAS em: (A) III. (B) IV. (C) III e IV. (D) II e III. (E) II, III e IV. Gabarito: B 10) (78 – TCE-AM/2012 – FCC) A curva ABC I. é uma ferramenta utilizada para o gerenciamento focado nos itens mais importantes do ponto de vista financeiro de um projeto, materiais ou serviços. Ok, não é pessoal, está de acordo com o que vimos na aula. A classe A reflete os itens mais importantes e que merecem tratamento especial por parte do gerenciamento da obra, em termos de acompanhamento e controle. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 45 No caso de obras de construção civil, o processo da curva ABC pode ser aplicada tanto para os itens de serviço como para os itens de insumos (materiais, mão de obra e equipamentos). Gabarito: Correta II. representa os diversos insumos ou etapas de uma obra em ordem crescente de quantidade e volume. Conforme explicado por LIMMER (2009), os itens do conjunto devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem um ponto e, com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser representada de forma gráfica, conforme figura a seguir: Portanto, os insumos ou etapas são ordenados em ordem decrescente de importância. Gabarito: Errada III. foi idealizada a partir do princípio de que um pequeno número de serviços ou insumos é responsável por uma parcela mais significativa do custo total da obra. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 46 De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do princípio de Pareto, também conhecido como princípio dos ―pouco significativos e muitos insignificantes‖. Baseado nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. Gabarito: Correta IV. é um método gráfico, de fácil visualização e que define com exatidão o caminho crítico de uma obra. Conforme vimos, a curva ABC não define o caminho crítico de uma obra. Este é definido pelo cronograma em rede PERT/CPM. O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Gabarito: Errada Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 47 Gabarito: B 11) (65 – TCE-PR/2011 – FCC) A hierarquização de serviços e insumos em um processo de produção é de extrema importância. A classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor é denominada (A) PERT/CPM. (B) curva ABC. (C) curva de Pareto. (D) curva 70/30. (E) curva PMBOK. De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do princípio de Pareto, também conhecido como princípio dos ―pouco significativos e muitos insignificantes‖. Baseado nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. Gabarito: B Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 48 12) (70 – TCE-PR/2011 – FCC) A curva ABC, utilizada para análise orçamentária e planejamento de obras, (A) é uma ferramenta de gerenciamento, focada nos itens menos importantes do ponto de vista financeiro de um projeto, materiais ou serviços. Ao contrário, a curva ABC ajuda a focar nos itens mais importantes. Gabarito: Errada (B) representa os diversos insumos ou etapas de uma obra em ordem crescente de quantitativo. Ao contrário, a curva ABC ordena os itens em ordem decrescente de importância. Gabarito: Errada (C) permite gerenciar a obra ou serviço, através das folgas e interdependências, e as atividades fantasmas. O cronograma PERT/CPM é que permite visualizar as folgas e interdependências, assim como atividades fantasmas. Gabarito: Errada (D) é um método gráfico, de fácil visualização, que define com exatidão o caminho crítico de uma obra. Conforme vimos, a curva ABC não define o caminho crítico de uma obra. Este é definido pelo cronograma em rede PERT/CPM. O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Gabarito: Errada Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 49 (E) foi idealizada a partir do princípio de que um pequeno número de serviços ou insumos é responsável por uma parcela mais significativa do custo total da obra. Exato, conforme vimos na questão anterior. Gabarito: E 13) (82 – TCE-PI/2005 – FCC) É correto afirmar que a curva ABC (A) tem sido usada para a gestão de compras. De acordo com Limmer, a classificação ABC permite concluir quais itens do projeto devem ser controlados. Portanto, a curva ABC é ferramente de controle em vez de compras. Gabarito: Errada (B) é obtida pela ordenação dos itens conforme a sua importância absoluta. Errado, a ordenação ocorre pela importância relativa de cada item. (C) permite conhecer os itens de estoque considerados prioritários para aumentar a estocagem dos mesmos e facilitar a disponibilização para os usuários. Na verdade permite conhecer os itens de maior valor relativo para o seu maior controle. (D) é adotada como instrumento auxiliar na administração de materiais das empresas privadas,pois nas públicas não apresentam resultados práticos. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 50 O gerenciamento de obras públicas também demanda as técnicas de gerenciamento aplicadas pelo setor privado. Afinal, a racionalização dos recursos públicos é dever dos gestores. (E) permite identificar aqueles itens que requisitam tratamento adequado quanto a sua administração. Exato, a curva ABC é ferramenta que permite selecionar racionalmente quais itens devem ser controlados, em função da sua importância relativa. Gabarito: E 14) (84 – TCE-AM/2008 – FCC) A tabela abaixo mostra o cálculo de valores relacionados aos itens consumidos por uma construtora, em um período de 12 meses. De acordo com o conceito da Curva ABC, produtos estão corretamente classificados em: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 51 Curva ABC: Parte A: itens mais relevantes em ordem decrescente: - P1 (30,4%), P6 (22,1%) e P5 (19%) = 71,5% Parte B: itens intermediários: selecionam-se os que representam entre 5% e 10% do total: P2, P3 e P4 Parte C: itens menos relevantes: representam menos que 2%: P7 a P15. Já na primeira alínea encontram-se os itens corretamente classificados. Gabarito: A 15) (15 – SAEP/2014 – VUNESP) Na figura, tem-se o cronograma físico-financeiro de uma obra pública apresentado na contratação e que foi atendido até o segundo bimestre. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 52 O desembolso financeiro do realizado no segundo bimestre de construção foi de (A) R$ 29.000,00. (B) R$ 26.150,00. (C) R$ 31.200,00. (D) R$ 24.500,00. (E) R$ 27.500,00 No 2º bimestre realizaram-se 60% das fundações, 40% da alvenaria e 30% da estrutura. Segue o desembolso do 2º bimestre = (60%.R$ 12.000,00) + (40%.30.000,00) + (30%.40.000,00) = R$ 7.200,00 + R$ 12.000,00 + R$ 12.000,00 = R$ 31.200,00 Gabarito: C 16) (42 – Metrô-SP/2010 – FCC) Considerando a orçamentação de contratos de serviços e obras civis, a planilha onde aparecem: unidade, quantidade, preço unitário, preço global, percentual de participação do insumo no Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 53 orçamento global e percentual de participação acumulado de cada insumo no orçamento global, é classificada como (A) Orçamento por Etapas. (B) Curva ABC. (C) Quantitativo Sequencial de Materiais. (D) Listagem de Composições de Serviços. (E) Listagem Resumida das Composições de Serviços. Conforme vimos na questão anterior, a descrição do comando da questão refere-se à Curva ABC. Gabarito: B 17) (53 - TRE-PI/2009 – FCC) Considere as seguintes afirmações sobre orçamentos e acompanhamento de obras: I. A curva ABC representa os diversos insumos ou etapas em ordem crescente de preço. Essa técnica baseia-se no princípio, segundo o qual um grande número de serviços ou insumos é responsável por uma parcela mais significativa do custo total da obra. Errado, pois a ordem é decrescente. II. O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o cumprimento dos prazos e identificar e prevenir possíveis atrasos. Correto, pois o cronograma físico representa graficamente a execução de um projeto, indicando os prazos em que deverão ser executadas as atividades necessárias, mostradas de forma lógica, Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 54 para que o projeto termine dentro de condições previamente estabelecidas. III. O acompanhamento do cronograma financeiro permite informar os recursos necessários ao andamento da obra. Correto, pois o cronograma financeiro de uma obra representa graficamente o andamento previsto para a obra ou serviço, em relação ao tempo e respectivos desembolsos financeiros. IV. Preço é a importância necessária para que se obtenha um bem ou serviço. O orçamento é que representa o montante previsto para a obtenção dos bens ou serviços. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. Gabarito: C 18) (34 – Metrô/2009 – FCC) Na análise do diagrama de flechas, no acompanhamento administrativo da obra por um técnico de manutenção civil, o caminho crítico é aquele (A) que apresenta a relação de eventos, com caminho mais curto entre as tarefas. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 55 (B) que possui maior número de tarefas na execução do projeto. (C) em que a tarefa ocorre antes do tempo previsto. (D) que utiliza um número maior de trabalhadores durante sua execução. (E) que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Conforme vimos nas questões anteriores, o caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Gabarito: E 19) (69 – TCE-SE/2011 – FCC) No cronograma de redes da figura, o tempo é indicado em dias. A folga total possível de ser aplicada, em dias, no caminho das atividades A, D e L, sem comprometer o tempo definido pelo caminho crítico da obra, é Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 56 (A) 28 (B) 23 (C) 18 (D) 16 (E) 10 O prazo total entre os eventos 1 a 11 é o que totaliza maior número total de dias, no caso, 28 dias, no caminho das atividades C, F, I, K e M. As atividades A, D e L consomem (5 + 2 +3) dias = 10 dias. Portanto, a folga no caminho A, D e L, de forma a não haver atraso na obra é de (28 dias – 10 dias) = 18 dias. Gabarito: C 20) (67 – TCE-CE/2010 – FCC) Considere a rede PERT-CPM da reforma de uma residência, como representada na figura abaixo. Nessa rede, os círculos representam os eventos e as letras, as atividades. A duração de cada atividade, em dias, é indicada abaixo das letras. O tempo, em dias, para concluir a obra, definido pelo caminho crítico, é (A) 15 (B) 25 (C) 30 (D) 35 (E) 45 O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 57 O caminho crítico não apresenta folga livre. Com isso, é o caminho cujas atividades consomem maior número de dias. O caminho que consome mais dias é o das atividades A, E e H, que totaliza (10 + 20 + 15) = 45. Gabarito: E 21) (54 - TRE-PI/2009 – FCC) Considere a rede PERT/CPM representada na seguinte figura: Na rede PERT/CPM da figura, os círculos representam os eventos e as letras representam as atividades, cuja duração, em semanas, é indicada ao seu lado. O tempo previsto, em semanas, pelo caminho crítico dessa rede é (A) 13 (B) 12 (C) 11 (D) 9 (E) 8 O caminho crítico não apresenta folga livre. Com isso, é o caminho cujas atividades consomem maior número de dias. O caminho que consome mais dias é o das atividades A, D, G e J, que totaliza (2 + 2 + 6 + 3) = 13. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 58 Gabarito: A 22) (45 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Para um determinado serviço de engenharia, o diagrama da figura tem os eventos representados por letras em círculos e a duração das atividades em semanas entre os eventos junto das setas. O caminho crítico (tempo mínimo) para execução deste serviço de engenharia é de (A) 9 semanas. (B) 10 semanas. (C) 11 semanas. (D) 12 semanas. (E) 13 semanas. O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do projeto. O caminho crítico não apresenta folga livre. Com isso, é o caminho cujas atividades consomem maior número de dias. Caminhos e durações: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 59 - A-C-B-E-H: 3 + 3 + 1 + 3 = 10semanas - A-C-B-E-F-H: 3 + 3 + 1 + 2 + 3 = 12 semanas - A-C-G-F-H: 3 + 2 + 3 + 3 = 11 semanas - A-D-G-F-H: 2 + 2 + 3 + 3 = 10 semanas Portanto, o caminho de maior duração possui prazo de 12 semanas. Gabarito: D 23) (17 – SAEP/2014 – VUNESP) As interferências em uma obra podem ser verificadas no diagrama da figura a seguir, no qual os eventos estão representados por círculos e a duração das atividades entre eventos, em semanas, é dada junto às setas. É correto afirmar que o tempo mínimo de conclusão desse projeto é (A) 13. (B) 12. (C) 11. (D) 10. (E) 14. O tempo mínimo corresponde ao caminho crítico: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 60 - A-B-C-G-H: 2+2+1+2 = 7 semanas - A-B-C-D-H: 2+2+4+6 = 14 semanas - A-E-F-H: 3+4+3 = 10 semanas Portanto, o caminho crítico possui prazo de 14 semanas, que corresponde ao tempo mínimo para a execução da obra. Gabarito: E (TRE-MS 2007 – FCC) As questões de números 31 e 32 referem-se a figura abaixo que é uma representação gráfica de um diagrama PERT CPM. 24) 31. A data mais cedo do evento 3 é: (A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5 (E) 6 A atividade ―b‖, que antecede o evento 3, consome 3 dias. Logo, a data mais cedo do evento 3 será 3 dias, pois não há como a atividade ―c‖ iniciar antes, de acordo com o cronograma PERT/CPM apresentado acima. Gabarito: B Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 61 25) 32. A data mais tarde do evento 3 é: (A) 1 (B) 3 (C) 4 (D) 5 (E) 8 A atividade ―f‖ ocorre após as atividades ―b‖ e ―c‖ e as atividades ―a‖ e ―d‖. Essas consomem (3 + 7) = 10 dias. Já aquelas, consomem (3 + 2) = 5 dias. Logo, no caminho das atividades ―b‖ e ―c‖ há uma folga livre de 5 dias. Com isso, a data mais tarde do evento 3 é (3 + 5) = 8. Pois é possível executar a atividade ―c‖ nos 2 dias restantes sem atrasar a atividade ―f‖. Gabarito: E 26) (45 – Infraero – Arquitetura/2009 – FCC) O método PERT (Program Evaluation and Review Technique), é muito utilizado no planejamento, revisão e avaliação de projetos, sendo (A) um diagrama de desenvolvimento progressivo. (B) uma técnica que utiliza três estimativas de tempo para cada atividade da rede. (C) uma técnica que utiliza uma estimativa de tempo para cada segmento crítico de tarefas. (D) conhecido como método do caminho crítico. (E) um diagrama de fluxo de trabalho. De acordo com Limmer, a técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é muito utilizado no planejamento, revisão e avaliação de projetos, sendo uma técnica que utiliza três estimativas de tempo para cada atividade da rede. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 62 A técnica PERT foi desenvolvida em 1957 para uso no Departamento de Defesa dos Estados Unidos na execução do Polaris, um míssil lançado de um submarino, projeto que envolveu 250 empreiteiros, cerca de 9.000 subempreiteiros e a fabricação de 70.000 componentes, muitos dos quais nunca antes produzidos em série. O prazo inicialmente previsto era de 5 anos mas, por razões políticas, objetivou-se reduzi-lo para 3 anos. Como não havia experiência com relação aos prazos de fabricação de cada componente, perguntou-se aos fabricantes que prazos máximo, normal e mínimo seriam necessários para produzir cada peça. Assim, se forem estimados o prazo mínimo “a”, o prazo máximo “b” e o prazo normal “m”, pode-se, através de tratamento estatístico, determinar o tempo esperado como sendo: Em função desse tratamento estatístico, a técnica PERT é chamada de probabilística. Gabarito: B 27) (59 – TCE-PI/2005 – FCC) O tempo talvez seja o único recurso que é absolutamente irrecuperável, o que torna este fator absolutamente crítico para o projeto. Para tal precisa-se: I. elaborar o cronograma; II. definir as atividades desenvolvidas em escopo; III. estimar suas durações; IV. seqüenciar as atividades, definindo suas interdependências. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 63 A seqüência correta de atividades para elaborar o cronograma físico é (A) I ; IV ; III ; II (B) II ; I ; III ; IV (C) II ; IV ; III ; I (D) III ; IV ; II ; I (E) IV ; III ; I ; II De acordo com Limmer, para elaborar uma rede de planejamento, procede-se da seguinte maneira: - listar todas as atividades do projeto (II) - estabelecer a ordem de execução das atividades (IV) - determinar a duração de cada atividade (III) - determinar os eventos inicial e final da rede (I) - determinar as atividades que podem ser executadas em paralelo (I) - calcular as datas dos eventos inicial e final de cada atividade (I) Gabarito: C 28) (44 – PBGAS/2007 – FCC) Anteprojeto de obras civis trata-se de Sobre este assunto, vale trazer uma tabela desenvolvida por Melhado et al. (2004) apud Jardim (2007): Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 64 (A) projeto detalhado em nível pré-executivo, utilizado em caso de contratações por meio de licitação e de concorrência pública ou para concorrências de obras particulares, atendendo aos parâmetros e exigências do programa de necessidades, permitindo avaliar o partido arquitetônico adotado e a configuração física das edificações, inclusive a implantação no terreno. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 65 Projeto Básico. (B) concepção e representação gráfica preliminar, atendendo aos parâmetros e exigências do programa de necessidades, permitindo avaliar o partido arquitetônico adotado e a configuração física das edificações, inclusive a implantação no terreno. Análise de Viabilidade – Estudo Preliminar. (C) conjunto de informações técnicas suficientes e na forma padronizada para aprovação do projeto pelas autoridades competentes, com base nas exigências legais (municipais, estaduais, federais), e obtenção de alvarás e licenças. Projeto Legal. (D) representação preliminar da solução adotada para o projeto, em forma gráfica e de especificações técnicas, incluindo: definição de tecnologia construtiva, pré- dimensionamento estrutural e de fundação, concepção de sistemas de instalações prediais, com informações que permitam avaliações da qualidade do projeto e do custo da obra. Anteprojeto. (E) solução intermediária para atender à necessidade de discussão das interfaces não anteriormente resolvidas, utilizado em caso de contratações por meio de licitação e de concorrência pública ou para concorrências de obras particulares. Projeto Básico ou Pré-Executivo. Gabarito: D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 66 29) (25 – PMSP/2008 – FCC) Considere as afirmativas. I. O ciclo PDCA, cuja sigla está em Inglês, é um método utilizado para alcançar metas como manutenção da qualidade da atividade ou melhoria do seu padrão. Suas quatro fases são Planejar (P), Executar (D), Verificar (C) e Corrigir (A). Conforme Mattos (2010), por ciclo PDCA, entende-se o conjunto de ações ordenadas e interligadas entre si, dispostas graficamente em um círculo em que cada quadrante corresponde a uma fase do processo: - P (plan = planejar); - D (do = fazer, desempenhar); - C (check = checar, controlar); e - A (act = agir, atuar). Conforme o gráfico a seguir: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ 67 O ciclo PDCA foi desenvolvido originalmente por Walter Shewart, na década de 1920, mas ganhou notoriedade com Edwards Deming na década de 1950. Deming é autor dos famosos princípios do Gerenciamento da Qualidade Total (TQM). Alguns deles são: - Deve haver constância de propósitos para a melhoria do
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