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Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 59 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 59 1 – INTRODUÇÃO A Fiscalização do Contratante responsabiliza-se pelo acompanhamento e aplicação dos recursos das obras. Portanto, inicio com a apresentação dos deveres da Fiscalização previstos no Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP. 1.1 – Atividades da Fiscalização A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades: - manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos, incluindo o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, caderneta de ocorrências, correspondência, relatórios diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços, protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras; - analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço apresentados pela Contratada no início dos trabalhos; - analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e obras a serem apresentados pela Contratada no início dos trabalhos; - obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização; - promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o andamento dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 59 - esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos; - solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras em execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados pelo Contratante; - promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for necessária a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os parâmetros, definições e conceitos de projeto; - paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do contrato; - solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras; - solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de qualidade dos serviços e obras objeto do contrato; - exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e obras, aprovando os eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos; - aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e atestar as respectivas medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela Contratada; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 59 - verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços solicitada pela Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base na comprovação da equivalência entre os componentes, de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; - verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras, elaborados de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; - solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou dificulte a ação da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao andamento dos trabalhos; - verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela Contratada, registrando todas as modificações introduzidas no projeto original, de modo a documentar fielmente os serviços e obras efetivamente executados. Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e obras. A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações ou registros na Caderneta de Ocorrências. A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como: modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, ajustes Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 59 no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização. A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra), com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas subcontratadas. As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas. É importante, também, que sejam mantidas no canteiro de obras, para rápida consulta, cópias da documentação completa dos elementos que auxiliam no entendimento da situação do empreendimento, como por exemplo: projetos, especificações técnicas constantes do edital, caderno de encargos, cronogramas, correspondências, resultados dos ensaios, laudos e atas de reunião (Altounian, 2008). 2 – MEDIÇÃO Os serviços de medição das obras de implantação têm por finalidade a apuração das grandezas dos seus diversos elementos, de modo a permitir o seu pagamento. 2.1 – Condições Gerais Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 59 Deverão ser obedecidas as seguintes condições gerais: a) Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. b) A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados.c) A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e pagamento. d) O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no contrato. 2.2 – Critérios de Medição O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como a regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento. Seguem os critérios de medição dos serviços de construção civil previstos no Manual de Obras Públicas – Edificações – Prática SEAP – Projetos: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 59 Serviço Critério de Medição Levantamentos Planialtimétricos Área efetivamente levantada, medida no plano horizontal, em m². Sondagens - Poços de inspeção Volume efetivamente escavado e aprovado pela Fiscalização, em m³, medido no poço. Sondagens a Trado Metro efetivamente perfurado no subsolo, entre os limites em que esse método de avanço for empregado e aceito pela Fiscalização. Sondagens a Percussão Metro efetivamente perfurado no subsolo aceito pela Fiscalização. O limite para medição poderá ser entre a superfície original do terreno e o fundo do furo. Sondagem Rotativa Metro efetivamente perfurado e aceito pela Fiscalização em rochas, matacões ou outra obstrução. O limite para a medição será entre a cota de início da rotação e a cota final da operação de rotação. Sondagem Mista Metro efetivamente perfurado e aceito pela Fiscalização. Ensaios Por unidade de ensaio. Canteiro de Obras – Escritórios, Depósitos, Oficinas, Refeitórios, Vestiários e sanitários, Dormitórios Área da edificação, descontando-se as áreas de beirais, iluminação e ventilação, em m². Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 59 Tapumes e Cercas Área efetiva em m², considerando a altura desde o nível do solo até a borda superior do tapume e o comprimento corrido, descontando-se portas ou portões (se estes foram pagos à parte). Muros Área de muros efetivamente executados, em m². Portões Área efetiva dos portões instalados, em m². Demolição de concreto simples e armado Metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto. Demolição de estruturas metálicas Peso em kg da estrutura demolida, obtido através de pesagem em balança ou através dos pesos padronizados de tabelas. Demolição de estruturas de madeira Volume de estrutura de madeira efetivamente desmontada, em m³. Demolição de pisos Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto. Demolição de cobertura Área em projeção horizontal da cobertura demolida, conforme projeto, em m². Demolição de revestimentos e forros Área de revestimento ou forro efetivamente removido, conforme projeto, em m². Demolição de Pavimentações Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto. No caso de pavimentos articulados, a medição será efetuada por metro quadrado de piso Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 59 demolido. Remoção das redes hidráulicas, elétricas e de utilidades. Metro linear de rede efetivamente removida. Carga, transporte, descarga e espalhamento de materiais provenientes da demolição Produto do volume efetivamente transportado, medido nos veículos de transporte, em metros cúbicos, pelas distâncias em quilômetros, em linha reta, entre os centros geométricos dos locais da demolição e do bota-fora. Locação de Edificações Metro quadrado, apurando-se a área de projeção de cada edificação, medida em planta, conforme o projeto, descontando-se os beirais, áreas de ventilação e iluminação. Locação de Sistemas Viários Internos e Vias de Acesso Metro de eixo locado, medido conforme o projeto. Limpeza e Preparo da Área - Capina e roçado Área efetivamente capinada e roçada, em m² . Destocamento de árvores Unidade de árvore destocada. Escavação Volume medido no corte. Aterro compactado Volume compactado, medido no aterro conforme projeto. Transporte, m3 x dam, apurando-se o volume medido no Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 59 Lançamento e Espalhamento de Material Escavado até a distância de 1km corte e determinando-se a distância entre os centros de massa dos locais de carga e descarga. O percurso será o autorizado pela Fiscalização. Distância > 1 km Idem na anterior, porém a medição será efetuada em m3 x km. Paredes-Guias Área de parede efetivamente executada, em m². Armadura A medição será efetuada conforme os resumos indicados no projeto, em kg, sem qualquer acréscimo a título de perdas e desbitolamento. Concreto Volume de concreto aplicado, medido de acordo com as dimensões indicadas no projeto, em m³, computando os volumes comuns a várias peças uma só vez. Estacas-prancha Área efetivamente escorada, em m² . Instalação de bombas para esgotamento de valas Produto da potência das bombas em HP pelas horas efetivamente trabalhadas e apontadas pela Fiscalização. Drenos Horizontais e Suborizontais, e verticais de areia Metro de dreno executado, conforme projeto. Fundações – Escavação de Valas Manual e/ou Mecanizada Volume escavado, em m³, medido no corte, cujas dimensões em planta estão limitadas por linhas paralelas distantes de 0,50 m das faces laterais das fundações. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 59 Reaterro compactado Volume compactado em m³, medido na vala. Escoramento contínuo e descontínuo de madeira Área da pranchada executada, em m². Estacas justapostas de solo-cimento Metro de coluna executada conforme projeto entre a cota de ponta e a cota de arrasamento. Gabiões tipo caixa, colchão e saco Volume obtido das dimensões indicadas no projeto em m³. Gabiões maciços de solo armado m² do paramento efetivamente executado entre o seu topo e a face superior de soleira. Lastro de concreto Volume obtido através das dimensões indicadas no projeto, em m³. Formas para sapatas isoladas A medição será efetuada de acordo com as dimensões indicadas no projeto, apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m², não sendo descontadas áreas de interseção no caso de cruzamentos ou interferências. Estaca pré-moldada de concreto armado ou protendido e Estaca de madeira Metro de estaca cravada, considerando-se o comprimento definido pela cota de fundação na ponta da estaca e pela cota de arrasamento, sendo tolerado apenas o que exceder no comprimento, até 3,00m acima da face inferior do bloco. Estaca Metálica Comprimentos originais das estacas utilizadas, independentemente da profundidade atingida. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V.Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 59 Estaca Franki Comprimento de estaca efetivamente executada, em m, obtido pela soma dos comprimentos dos tubos de revestimento. Impermeabilização com argamassa rígida de cimento, areia e impermeabilizante m³, conforme o projeto. Impermeabilização - Pintura com emulsão betuminosa Área, conforme projeto, em m², não descontando áreas de interseção de alvenarias. Impermeabilização com manta asfáltica m², conforme projeto, considerando os dobramentos verticais e descontando as áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,30m². Formas para estruturas de concreto A medição será efetuada de acordo com as dimensões indicadas no projeto, apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m², não sendo descontadas áreas de interseção no caso de cruzamentos ou interferências, sendo descontadas áreas de vazios previstas no projeto, quando superiores a 0,30 m². Formas para escadas Idem ao anterior, sendo que nas formas laterais não serão deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos degraus. Armadura de protensão A medição será efetuada conforme os resumos indicados no projeto, em kg, sem qualquer Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 59 acréscimo a título de perdas. Bainha Metro de bainha instalada, conforme o projeto. Ancoragem Unidade instalada, conforme o projeto. Junta de dilatação Metro de junta executada. Estrutura Metálica Peso obtido das listas de materiais indicadas no projeto, em kg. Parafusos Unidade instalada. Solda Metro de solda executada. Estrutura de madeira Volume da estrutura, conforme o projeto, em m³. Pregos Peso de pregos, em kg Porta de madeira Unidade colocada, conforme as dimensões indicadas no projeto. Batentes e guarnições de madeira Metro de batentes e guarnições efetivamente instalados. Vidro Área de vidro obtida através das dimensões de cada peça, conforme o projeto, em m², devendo ser arredondadas para mais, em múltiplos de 0,05m. Vidro aramado Idem ao anterior, porém as dimensões de cada peça serão arredondadas para mais, em múltiplos de 0,25m. Telhas Área de projeção da cobertura no plano horizontal, conforme projeto, em m². Revestimentos de pisos Área de piso, conforme as dimensões indicadas no projeto, em m², sendo descontadas as Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 59 áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,50m². Contrapiso e regularização de base m², conforme projeto. Chapisco, Emboço e Reboco A medição será efetuada por m², obtendo-se a área de acordo com o projeto, descontando- se os vãos maiores que 2,00m², áreas de vazios ou interferências. Revestimento de Parede Cerâmico e de Azulejo m², descontando-se no que exceder a 1,00m², os vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas. Revestimento de Parede de Pedras, Madeira, Borracha, Laminado Melamínico m², conforme o projeto. Revestimento de Parede com Argamassas Especiais m², obtendo-se a área de acordo com o projeto, descontando-se os vãos maiores que 2,00m², áreas de vazios ou interferências. Pinturas m², descontando-se, apenas o que exceder a 2,00m², áreas de vazios ou interferências. Brises Pagamento será efetuado por m². Cercas Metro linear de cerca pronta. 3 - PAGAMENTOS Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 59 De acordo com Altounian (2009), no caso de obras, a liquidação se faz com base em medição atestada e detalhada pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento dos devidos tributos e da implementação das demais condições exigidas no edital. Na liquidação e pagamento, verificar também: correção dos cálculos dos reajustes; atentar para as compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos e descontos por eventuais antecipações de pagamentos, conforme previsto no edital; não proceder a pagamentos antecipados, salvo em situações excepcionais e com as devidas garantias. Segundo a Lei 4.320/64: “Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.” 4 – REAJUSTAMENTO De acordo com Altounian (2009), o reajustamento tem como principal objetivo assegurar que os preços contratuais sejam compensados em função de variações dos preços dos insumos (material, mão de obra e equipamentos) que ocorrem em determinado período, ou seja, nada mais é do que a atualização do poder aquisitivo da moeda em face da inflação setorial. A conjuntura inflacionária ocasiona aumento periódico do preço dos insumos de construção civil, exigindo, portanto, reajustamento dos preços de serviços pagos às construtoras, de modo a evitar o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 59 Para a atualização dos preços são geralmente utilizados índices que refletem a variação dos custos do setor. Segundo a Lei 10.192/2000: “Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano. § 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano. Art. 3º (...) § 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.” 5 – MUDANÇA DE DATA-BASE Data-base: mês de referência do orçamento ou de cotação dos preços Mudança da data-base: aplicação dos índices de reajuste específicos de cada serviço/insumo do orçamento ou de índice geral ao total do orçamento. 6 – DIÁRIO DE OBRAS De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, a comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações ou registros na Caderneta de Ocorrências. A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será destinada ao registro de fatos Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 59 e comunicações que tenham implicação contratual, como: modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização. A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra), com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviçosem andamento, efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas subcontratadas. Segundo Altounian (2008), no caso de obra, documento de extrema relevância é o “Diário de Obra”, livro que registra todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de projeto etc. Em regra é composto por três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra, a segunda é destacada pelo fiscal e a terceira pela empresa. Segue um exemplo de Diário de Obra adotado pelo DNIT: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 59 7 - QUESTÕES COMENTADAS 1) (43 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Considere um critério de medição de serviço de pintura a látex por área pintada que desconta apenas o que exceder 2 m2 para vãos superiores a 2 m2. Uma fachada retangular de 20 m por 25 m dotada de 30 janelas de quarto (1,2 m por 1,25 m) e 15 janelas de sala (2,40 m por 1,25 m), quando totalmente pintada, gera uma medição de (A) 500 m2. (B) 490 m2. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 59 (C) 485 m2. (D) 440 m2. (E) 410 m2. Janelas de quarto: 1,2 x 1,25 = 1,5 m2 (não há desconto) Janelas de sala: 2,4 x 1,25 = 3 m2 (desconta-se 1 m2 por janela) Desconto total: 15 x 1 = 15 m2 Área medida = (20 x 25) – 30 = 485 m2 Gabarito: C 2) (16 – SAEP/2014 – VUNESP) Um critério de medição de serviço de pintura por área pintada não desconta vãos inferiores a 2,0 m2 e desconta apenas o que exceder 2,0 m2 por vão. Se em uma fachada retangular de 20,0 m por 25,0 m há 20 janelas de quarto (1,50 m x 1,20 m) e 10 janelas de sala (2,50 m x 1,20 m) então a medição de pintura totaliza (A) 480 m2. (B) 500 m2. (C) 450 m2. (D) 490 m2. (E) 475 m2. Janelas de quarto: 1,5 x 1,2 = 1,8 m2 (não há desconto) Janelas de sala: 2,5 x 1,2 = 3 m2 (desconta-se 1 m2 por janela) Desconto total: 10 x 1 = 10 m2 Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 59 Área medida = (20 x 25) – 10 = 490 m2 Gabarito: D 3) (47 – Pref. Cubatão/2012 – VUNESP) Na figura a seguir, tem-se o cronograma físico-financeiro de uma obra pública apresentado na contratação e que foi atendido até o terceiro mês. O desembolso financeiro do terceiro mês de construção foi de (A) R$ 62.000,00. (B) R$ 54.000,00. (C) R$ 27.500,00. (D) R$ 24.150,00. (E) R$ 16.500,00 Desembolso: (60%.15000) + (60%.20000) + (20%.15000) + (5%.3000) = 9000 + 12000 + 3000 + 150 = 24.150,00 Gabarito: D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 59 4) (57 – Infraero-Manutenção/2011 – FCC) No mês seguinte à assinatura de um contrato de serviço de uma obra de construção civil, observou-se que os custos da composição aumentaram 4%. No segundo mês houve diminuição de 2% em relação ao primeiro mês e no terceiro mês houve aumento de 3% em relação ao segundo mês. Após atualização dos custos, considerando os três meses consecutivos, observou-se que, em relação aos inicialmente calculados, os custos (A) aumentaram em 5,0000%. (B) reduziram em 4,9776%. (C) reduziram em 3,9584%. (D) mantiveram-se inalterados. (E) aumentaram em 4,9776%. Aumento dos custos no 1º mês: multiplicação por 1,04 Redução de 2% no 2º mês em relação ao 1º mês: (1,04 x 0,98) Aumento de 3% no 3º mês em relação ao 2º mês: (1,04 x 0,98 x 1,03) Atualização dos custos: (1,04 x 0,98 x 1,03) = 1,049776 Gabarito: E 5) (35 – TRE-RN/2005 – FCC) Em vistoria ao pátio de armazenamento de materiais, verificou-se que os sacos de cimento apresentavam as embalagens com marcas de umidade, rasgadas, e estavam acondicionados sobre paletes. Na disposição do empilhamento, os produtos fabricados e Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 59 recebidos mais recentemente estavam por cima. Após conclusão da análise deve-se (A) dispor os produtos empilhados em paletes com altura entre 18 e 20 sacos, com os produtos mais novos por cima da pilha, procurando cobrir com lona plástica para que, mesmo que chova no local, não umedeça o produto. (B) utilizar os produtos armazenados nas embalagem manchadas e rasgadas, imediatamente, solicitando para que os ajudantes refaçam o empilhamento dos sacos, mantendo a mesma ordem, em lugar seco e bem arejado. (C) solicitar que se misture os produtos das embalagens danificadas e deterioradas com produtos das embalagens perfeitas, em silos, para uso no concreto de forma que não ocorra grandes problemas estruturais, caso os produtos estejam comprometidos. (D) segregar os produtos com embalagens danificadas, selecionar outro lugar para armazenamento isento de umidade, coberto e fechado, promovendo o empilhamento de 10 sacos de altura, com os produtos mais novos por baixo. (E) escolher local plano com piso em concreto, para permitir o empilhamento com altura de 15 sacos dispostos diretamente sobre o piso, facilitando a retirada dos produtos de cima que deverão ter a data de produção mais antiga. Fonte: <http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/como-armazenar-cimento> O cimento é um produto perecível, o que exige cuidados com o seu transporte e armazenagem. A água é o maior aliado do cimento na hora de elaborar as argamassas e os concretos e depois da obra pronta por ocasião das Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 59 operações de cura. Mas é o seu maior inimigo antes da aplicação. Portanto, é preciso evitar a todo custo que o cimento estocado entre em contato com a água. A água não vem só da chuva, de uma torneira ou de um cano furado; também se encontra, sob forma de umidade, no ar, na terra, no chão e nas paredes. Por esse motivo, o cimento deve ser estocado em local seco, coberto e fechado, bem como afastado do chão, do piso e das paredes externas ou úmidas, longe de tanques, torneiras e encanamentos, ou pelo menos separado deles. Recomenda-se iniciar a pilha de cimento sobre um tablado de madeira, montado a pelo menos 30 cm do chão ou piso e não formar pilhas maiores do que 10 sacos. Quanto maior a pilha, maior o peso sobre os primeiros sacos da pilha. Isso faz com que seus grãos sejam de tal forma comprimidos que o cimento contido nesses sacos fique quase endurecido, sendo necessário afofá-lo de novo, antes do uso, o que pode acabar levando ao rompimento do saco e à perda de boa parte do material. A pilha recomendada de 10 sacos também facilita a contagem, na hora da entrega e no controle dos estoques ou na aplicação final e está prescrita pelas normas da ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnicas). É recomendável utilizar primeiro o cimento estocado há mais tempo, o que evita que um lote fique estocado por tempo excessivo, já que o cimento, bem estocado, é próprio para uso por três meses, no máximo, a partir dadata de sua fabricação. Toda sacaria estampa a data de fabricação, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Nas regiões de clima frio, a temperatura ambiente pode ser tão baixa que ocasionará um retardamento do início de pega. Para que isso não ocorra, convém estocar o cimento em locais protegidos de temperaturas abaixo de 12ºC. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 59 Portanto, pessoal, está correta a letra D, quando recomenda segregar os produtos com embalagens danificadas, selecionar outro lugar para armazenamento isento de umidade, coberto e fechado, promovendo o empilhamento de 10 sacos de altura, com os produtos mais novos por baixo. Gabarito: D 6) (83 – TCE-AM/2008 – FCC) No controle da execução de obras e serviços, considerando as condições específicas dos intervenientes nas atividades e serviços de engenharia e arquitetura, a fiscalização será responsável por (A) dispor do local desembaraçado física e legalmente, em tempo hábil, necessário para o início e desenvolvimento do empreendimento. (B) assumir os ônus decorrentes de eventual descumprimento dos prazos de liberação de recursos previamente ajustados. (C) assumir os ônus decorrentes de projeto e especificações ou conclusões apresentadas, desde que devidamente comprovados, quando profissional autônomo diretamente contratado pelo proprietário ou preposto. (D) notificar, a quem de direito, as inadimplências contratuais ou infringências da legislação das partes e as penalidades respectivas, quando previstas no contrato. (E) fornecer ao executante a comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas, sociais e tributárias, quando solicitado. A NBR 5671 – Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura, prevê o seguinte: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 59 “5.7 Do fiscal 5.7.1 É de responsabilidade do fiscal, em sentido geral: a) comprovar perante o executante: - sua condição de fiscal e a abrangência de sua atividade; - sua habilitação legal e competência nas áreas de suas atribuições; b) indicar seu preposto, no caso do fiscal se tratar de pessoa jurídica, o qual deverá também ter a necessária habilitação legal e competência nas áreas de sua atribuição; c) notificar, a quem de direito, as inadimplências contratuais ou infringências da legislação das partes e as penalidades respectivas, quando previstas no contrato; d) responder pelos prejuízos decorrentes da sua atuação quando for comprovada sua impropriedade. 5.7.2 É prerrogativa do fiscal, em sentido geral, ter acesso aos locais de atividades e aos documentos relacionados com sua atuação. 5.7.3 É de responsabilidade do fiscal técnico, além do constante em 5.7.1: a) fazer-se presente no local dos trabalhos, quando necessário; b) preservar a autonomia técnica do executante; c) receber oportunamente os serviços executados, de acordo com o contrato, quando tiver esta delegação; d) alertar os intervenientes quanto ao cumprimento das medidas de segurança previstas em regulamentos normativos, normas legais, referentes à medicina e segurança do trabalho e normas brasileiras registradas compulsórias. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 59 5.7.4 É prerrogativa do fiscal técnico, além do constante em 5.7.2: a) recusar serviços executados em desacordo com o contrato ou com o projeto; b) determinar a rejeição de materiais, equipamentos e componentes que estiverem em desacordo com as especificações constantes em contrato; c) vetar o emprego de pessoal comprovadamente desqualificado para a atividade que exerce; d) proibir a utilização de apetrechos, ferramentas e máquinas comprovadamente inadequados; e) determinar a paralisação dos trabalhos que estiverem sendo executados, quando em desacordo com o projeto ou com o contrato; f) ser comunicado em tempo hábil da ocorrência dos eventos por ele previamente relacionados, em que sua presença se fizer necessária. 5.7.5 É de responsabilidade do fiscal administrativo, além do constante em 5.7.1, manter sigilo das informações a que tiver acesso por força de sua atuação. 5.7.6 É prerrogativa do fiscal administrativo, além da constante em 5.7.2, determinar a paralisação de práticas administrativas em desacordo com o convencionado. Portanto, pessoal, verifica-se que a letra D encontra-se de acordo com a alínea “c” do subitem 5.7.1, que fala das responsabilidades do fiscal, da NBR 5671. Gabarito: D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 59 7) (22 – Metrô/2008 – FCC) Um técnico de manutenção civil foi destacado para acompanhar a execução do revestimento da cozinha anexa ao refeitório do edifício sede, que passou por reforma. Nesta etapa, para realizar a avaliação e liberação do serviço, o controle de planeza foi executado conforme determinações da norma específica. Assim, para cada 2,0 metros de revestimento aplicado, o desnível de planeza tolerado deve ser de (A) 2,0 mm. (B) 3,0 mm. (C) 4,0 mm. (D) 5,0 mm. (E) 6,0 mm. A norma NBR 9817 – Execução de Piso com Revestimento Cerâmico prevê o seguinte: “5.10.4 Planeza 5.10.4.1 Na verificação da planeza do piso acabado deve-se considerar as irregularidades graduais e as irregularidades abruptas. 5.10.4.2 As irregularidades graduais não devem superar 3 mm, em relação a uma régua com 2 m de comprimento. 5.10.4.3 As irregularidades abruptas não devem superar 1 mm, em relação a uma régua com 0,20 m de comprimento; esta exigência é válida tanto para os ressaltos entre pisos cerâmicos contíguos como para os desníveis entre partes do piso contíguas a uma junta de movimentação.” Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 59 Portanto, o desnível de planeza tolerado é de 3 mm. O gabarito oficial foi dado como a letra C. Mas a norma NBR 9817 é clara na definição dessa tolerância em 3 mm. Com isso, propõe-se como gabarito a letra B. Gabarito Oficial: C Gabarito Proposto: B 8) (53 - TRE-AM/2003 – FCC) Para que não falte cimento, em obras, o tempo e a necessidade de novas encomendas, devem ser previstas. Dados: 05 de março: estoque 1 000 sc (início da concretagem) Consumo diário: 2 m3/h Horas efetivas trabalhadas: 8 Prazo de entrega: 07 dias corridos Trabalho: 5 dia/semana Consumo de cimento: 5 sc/m3 Em uma concretagem contínua, a data da encomenda do cimento é, no máximo, até (A) 08/03. (B) 09/03. (C) 10/03. (D) 12/03. (E) 13/03. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 59 Primeiro, temos que saber quanto tempo irá durar o estoque de 1.000 sacos de cimento: Consumo = 5 x 2 = 10 sacos/h Tempo de estoque = 1000/10 = 100 h Dias = 100/8 = 12,5 dias de trabalho Considerando que o dia 5/3 seja uma segunda-feira, temos que 12,5 dias correspondem a 2 semanas e meia (5 dd + 5 dd + 2,5 dd) = 21/3. Portanto, estima-se o fim do estoque em 21/3. Logo, o novo lote de cimento deverá chegar no dia 20/3, pois no dia 21/3 o estoque de cimento durará somente 4 horas(0,5 dia). O pedido deverá ser feito até o dia 12/3, considerando-se o início da contagem do prazo de entrega, de 7 dias corridos, a partir do dia seguinte: 13/3. Gabarito: D 8 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 1) (43 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Considere um critério de medição de serviço de pintura a látex por área pintada que desconta apenas o que exceder 2 m2 para vãos superiores a 2 m2. Uma fachada retangular de 20 m por 25 m dotada de 30 janelas de quarto (1,2 m por 1,25 m) e 15 janelas de sala (2,40 m por 1,25 m), quando totalmente pintada, gera uma medição de (A) 500 m2. (B) 490 m2. (C) 485 m2. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 59 (D) 440 m2. (E) 410 m2. 2) (16 – SAEP/2014 – VUNESP) Um critério de medição de serviço de pintura por área pintada não desconta vãos inferiores a 2,0 m2 e desconta apenas o que exceder 2,0 m2 por vão. Se em uma fachada retangular de 20,0 m por 25,0 m há 20 janelas de quarto (1,50 m x 1,20 m) e 10 janelas de sala (2,50 m x 1,20 m) então a medição de pintura totaliza (A) 480 m2. (B) 500 m2. (C) 450 m2. (D) 490 m2. (E) 475 m2. 3) (47 – Pref. Cubatão/2012 – VUNESP) Na figura a seguir, tem-se o cronograma físico-financeiro de uma obra pública apresentado na contratação e que foi atendido até o terceiro mês. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 59 O desembolso financeiro do terceiro mês de construção foi de (A) R$ 62.000,00. (B) R$ 54.000,00. (C) R$ 27.500,00. (D) R$ 24.150,00. (E) R$ 16.500,00 4) (57 – Infraero-Manutenção/2011 – FCC) No mês seguinte à assinatura de um contrato de serviço de uma obra de construção civil, observou-se que os custos da composição aumentaram 4%. No segundo mês houve diminuição de 2% em relação ao primeiro mês e no terceiro mês houve aumento de 3% em relação ao segundo mês. Após atualização dos custos, considerando os três meses consecutivos, observou-se que, em relação aos inicialmente calculados, os custos (A) aumentaram em 5,0000%. (B) reduziram em 4,9776%. (C) reduziram em 3,9584%. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 59 (D) mantiveram-se inalterados. (E) aumentaram em 4,9776%. 5) (35 – TRE-RN/2005 – FCC) Em vistoria ao pátio de armazenamento de materiais, verificou-se que os sacos de cimento apresentavam as embalagens com marcas de umidade, rasgadas, e estavam acondicionados sobre paletes. Na disposição do empilhamento, os produtos fabricados e recebidos mais recentemente estavam por cima. Após conclusão da análise deve-se (A) dispor os produtos empilhados em paletes com altura entre 18 e 20 sacos, com os produtos mais novos por cima da pilha, procurando cobrir com lona plástica para que, mesmo que chova no local, não umedeça o produto. (B) utilizar os produtos armazenados nas embalagem manchadas e rasgadas, imediatamente, solicitando para que os ajudantes refaçam o empilhamento dos sacos, mantendo a mesma ordem, em lugar seco e bem arejado. (C) solicitar que se misture os produtos das embalagens danificadas e deterioradas com produtos das embalagens perfeitas, em silos, para uso no concreto de forma que não ocorra grandes problemas estruturais, caso os produtos estejam comprometidos. (D) segregar os produtos com embalagens danificadas, selecionar outro lugar para armazenamento isento de umidade, coberto e fechado, promovendo o empilhamento de 10 sacos de altura, com os produtos mais novos por baixo. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 59 (E) escolher local plano com piso em concreto, para permitir o empilhamento com altura de 15 sacos dispostos diretamente sobre o piso, facilitando a retirada dos produtos de cima que deverão ter a data de produção mais antiga. 6) (83 – TCE-AM/2008 – FCC) No controle da execução de obras e serviços, considerando as condições específicas dos intervenientes nas atividades e serviços de engenharia e arquitetura, a fiscalização será responsável por (A) dispor do local desembaraçado física e legalmente, em tempo hábil, necessário para o início e desenvolvimento do empreendimento. (B) assumir os ônus decorrentes de eventual descumprimento dos prazos de liberação de recursos previamente ajustados. (C) assumir os ônus decorrentes de projeto e especificações ou conclusões apresentadas, desde que devidamente comprovados, quando profissional autônomo diretamente contratado pelo proprietário ou preposto. (D) notificar, a quem de direito, as inadimplências contratuais ou infringências da legislação das partes e as penalidades respectivas, quando previstas no contrato. (E) fornecer ao executante a comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas, sociais e tributárias, quando solicitado. 7) (22 – Metrô/2008 – FCC) Um técnico de manutenção civil foi destacado para acompanhar a execução do revestimento da cozinha anexa ao refeitório do edifício sede, que passou Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 59 por reforma. Nesta etapa, para realizar a avaliação e liberação do serviço, o controle de planeza foi executado conforme determinações da norma específica. Assim, para cada 2,0 metros de revestimento aplicado, o desnível de planeza tolerado deve ser de (A) 2,0 mm. (B) 3,0 mm. (C) 4,0 mm. (D) 5,0 mm. (E) 6,0 mm. 8) (53 - TRE-AM/2003 – FCC) Para que não falte cimento, em obras, o tempo e a necessidade de novas encomendas, devem ser previstas. Dados: 05 de março: estoque 1 000 sc (início da concretagem) Consumo diário: 2 m3/h Horas efetivas trabalhadas: 8 Prazo de entrega: 07 dias corridos Trabalho: 5 dia/semana Consumo de cimento: 5 sc/m3 Em uma concretagem contínua, a data da encomenda do cimento é, no máximo, até (A) 08/03. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 59 (B) 09/03. (C) 10/03. (D) 12/03. (E) 13/03. 9 – GABARITO 1) C 2) D 3) D 4) E 5) D 6) D 7) C 8) D Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 59 RESOLUÇÃO 114 do CNJ Art. 1º O planejamento, a execução e o monitoramento de obras no Poder Judiciário obedecerão ao disposto nesta Resolução. Art. 2º Os tribunais elaborarão o plano de obras, a partir de seu programa de necessidades, de seu planejamento estratégico e das diretrizes fixadas pelo CNJ. § 1º Cada obra terá o indicador de prioridade, obtido a partir da implantação de sistema de avaliação técnica que contemple, entre outros, os critérios de pontuação e de ponderação agrupados a seguir: I - Conjunto 1 - Estrutura física do imóvel ocupado. São critérios voltados à avaliação, por pontuação: a) Da cobertura e dos acabamentos (piso, parede, teto, fachada, esquadrias, entre outros); b) Das instalações elétricas, de voz, de dados e congêneres; c) Das instalações hidráulicas; d) Da segurança (grades, gradil, alarme, prevenção e combate a incêndioe congêneres); e) Das condições de ergonomia, higiene e salubridade; f) Da potencialidade de patologias da edificação (em função de sua idade e/ou do estado de conservação); g) Da funcionalidade (setorização e articulação dos espaços); h) Da acessibilidade, da localização e interligação com os meios de transporte públicos; i) De outros critérios objetivos julgados pertinentes. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 59 II - Conjunto 2 - Adequação do imóvel à prestação jurisdicional. São critérios voltados à avaliação, por ponderação, do atendimento às necessidades da atividade jurisdicional, tendo em vista: a) A política estratégica do tribunal de substituição do uso de imóveis locados ou cedidos por próprios, com ênfase na adequação à prestação jurisdicional; b) A política estratégica do tribunal de concentração ou dispersão de sua estrutura física; c) A disponibilidade do espaço atual em relação aos referenciais de área indicados pelo Conselho Nacional de Justiça; d) A movimentação processual ao longo dos anos e a sua projeção para os próximos; e) A demanda da população atendida e o desenvolvimento econômico-social da região; f) Possíveis alterações da estrutura administrativa do tribunal, como a criação de novas varas ou o aumento do número de servidores e magistrados; g) A adoção de novas tecnologias (informática, eficiência energética, diretrizes de sustentabilidade, entre outros). § 2º São requisitos para realização da obra: a) A disponibilidade de terreno em condição regular; b) A existência dos projetos básico e executivo; c) O valor estimado da obra; d) As demais exigências contidas na Resolução de monitoramento de obras. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 59 Art. 3º As obras prioritárias serão segregadas em três grupos, de acordo com o seu custo total estimado: I - Grupo 1 - Obras de pequeno porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, a, da Lei nº 8.666/93. (até R$ 150.000,00) II - Grupo 2 - Obras de médio porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, b, da Lei nº 8.666/93. (até R$ 1.500.000,00) III - Grupo 3 - Obras de grande porte. São aquelas cujo valor se enquadra no estabelecido no art. 23, I, c, da Lei nº 8.666/93. (acima de R$ 1.500.000,00) Art. 4º As obras, com a indicação do grau de prioridade e agrupadas pelo custo total, comporão o plano de obras do tribunal, o qual deverá ser aprovado pelo seu pleno ou corte especial, bem como suas atualizações ou alterações, quando necessárias. Parágrafo único. As obras emergenciais e aquelas abrangidas pelo Grupo 1 poderão ser realizadas sem a aprovação prevista no caput, fiscalizadas pela unidade de controle interno. Art. 5º A inclusão orçamentária de uma obra constante do referido plano condicionar-se-á à realização dos estudos preliminares e à elaboração dos projetos, básico e executivo, necessários à construção, atendidas as exigências constantes desta Resolução, bem como da Resolução nº 102/2009 do Conselho Nacional de Justiça. § 1º Os projetos arquitetônicos e de engenharia deverão obedecer aos referenciais fixados pelo Conselho Nacional de Justiça, bem como estarem registrados e aprovados pelos órgãos públicos competentes, consoante a legislação vigente. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 59 § 2º Para novas edificações, é imprescindível a existência de terreno para o qual o tribunal detenha autorização para construir. § 3º Poderão ser alocados recursos orçamentários para a realização de estudos preliminares, elaboração ou contratação dos projetos, básico e executivo, e aquisição do terreno, sendo vedada, nesse caso, a execução de qualquer etapa posterior da obra até a conclusão dos procedimentos definidos neste artigo. § 4º Para possibilitar a alocação de recursos prevista no parágrafo anterior, o tribunal elaborará estudo técnico detalhado (anteprojeto), com estimativas e justificativas das áreas, tipos de materiais e acabamentos, instalações e, especialmente, custos, com o intuito de subsidiar a análise da unidade de controle interno. § 5º Para a avaliação, aprovação e priorização das obras será emitido parecer técnico pelas unidades de planejamento, orçamento e finanças e pela unidade de controle interno, a que se refere o art. 8º desta Resolução, tendo em vista o planejamento estratégico e as necessidades sistêmicas do ramo da justiça, a finalidade, o padrão de construção, o custo estimado da obra e demais aspectos, observados os critérios e referenciais fixados pelo Conselho Nacional de Justiça. § 6º As obras em andamento, assim entendidas aquelas que apresentem percentual de execução financeira de acordo com os critérios estabelecidos nas leis de diretrizes orçamentárias, terão preferência na alocação de recursos, os quais priorizarão a conclusão de etapas dos projetos ou a obtenção de uma unidade completa. § 7º Os projetos novos somente serão contemplados depois de atendido o disposto nesta Resolução e assegurados recursos suficientes para a manutenção do cronograma físico-financeiro dos projetos em andamento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 59 § 8º As ocorrências relevantes relacionadas a alterações substanciais dos projetos, procedimentos licitatórios, alterações dos contratos e do valor, bem como interrupção da execução da obra, deverão ser comunicadas pelo Presidente do respectivo Tribunal, imediatamente, ao Conselho Nacional de Justiça. Art. 6º As obras do Poder Judiciário classificadas no Grupo 3 (Obras de grande porte) deverão ser levadas ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça, após a aprovação pelo respectivo Tribunal ou Conselho. Art. 7º Para subsidiar as decisões do Presidente, dos colegiados dos tribunais e dos conselhos, as unidades de controle interno produziram notas técnicas/pareceres, ou se socorrerão de pareceres técnicos especializados. Art. 8.º Os Editais para contratação de obras e serviços de engenharia no âmbito do Poder Judiciário Nacional deverão adotar como critérios mínimos os parâmetros e orientações para precificação, elaboração de editais, composição de BDI, critérios mínimos para habilitação técnica e cláusulas essenciais nos contratos, conforme dispostos nesta Resolução. Parágrafo único. Os Editais para contratação de obras e serviços de engenharia no âmbito do Poder Judiciário Nacional deverão prever a obrigação das empresas contratadas em absorver, na execução do contrato, egressos do sistema carcerário, e de cumpridores de medidas e penas alternativas em percentual não inferior a 2%. Art. 9.º O custo global de obras e serviços executados pelos órgãos do Poder Judiciário serão obtidos a partir de custos unitários de insumos ou serviços iguais ou menores que a mediana de seus correspondentes, no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 59 índices da Construção Civil (SINAPI), mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal. §1º Os Tribunais de Justiça dos Estados poderão utilizar asbases de preços dos respectivos Estados da Federação, bem como aqueles fixados pelos órgãos estaduais responsáveis por obras e serviços de engenharia, quando esses apresentarem valores menores dos que os da Caixa Econômica Federal. §2° Quando da contratação de obras de terraplanagem, pavimentação, drenagem ou obras de arte especiais, em áreas que não apresentem interferências urbanas, deverão, preferencialmente, ser utilizadas as tabelas do sistema Sicro do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes- DNIT como parâmetro de custos. §3º Nos casos em que o SINAPI ou o Sicro não oferecerem custos unitários de insumos ou serviços, poderão ser adotados aqueles disponíveis em tabela de referência formalmente aprovada por órgão ou entidade da administração pública federal, ou estadual para os Tribunais de Justiça dos Estados, incorporandose às composições de custos dessas tabelas, sempre que possível, os custos de insumos constantes do SINAPI. §4º Somente em condições especiais, devidamente justificadas em relatório técnico circunstanciado, elaborado por profissional habilitado e aprovado pela autoridade competente, poderão os respectivos custos unitários exceder o limite fixado no caput e no parágrafo primeiro deste artigo, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle interno e externo. §5º As fontes de consulta devem ser indicadas na memória de cálculo do orçamento que integra a documentação do processo licitatório. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 59 §6° Na planilha de custos do orçamento-base de uma licitação, deverão ser evitadas unidades genéricas como verba, conjunto, ponto ou similares. Art. 10 Na elaboração do orçamento deverão ser estabelecidos critérios de aceitabilidade de preços unitários, com a fixação de preços máximos. Art. 11 A opção pelo parcelamento do objeto, previsto no § 1 o do art. 23 da Lei n° 8.666/93, deve ser precedida de comprovação técnica e econômica, bem como de avaliação quanto a possíveis dificuldades na atribuição de responsabilidades por eventuais defeitos de construção. Art. 12 Deverão ser realizadas licitações separadas para a aquisição de equipamentos e mobiliário para o início da utilização da obra. Parágrafo único. Os equipamentos que fizerem parte da estrutura ou composição necessária para obra poderão fazer parte da licitação, desde que justificados pela área técnica, analisados pela unidade de controle interno e aprovados pelo Presidente ou Órgão Colegiado do Poder Judiciário. Art. 13 Deverão fazer parte da documentação que integra o orçamento-base no procedimento licitatório: a) composições de custo unitário dos serviços utilizadas no cálculo do custo direto da obra; b) ARTs dos profissionais responsáveis pela elaboração do orçamento-base da licitação; e c) declaração expressa do autor das planilhas orçamentárias quanto à compatibilidade dos quantitativos e dos custos constantes Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 59 de referidas planilhas com os quantitativos do projeto de engenharia e os custos do Sinapi ou do previsto no Art. 2.º. Art. 14 Os editais de licitação deverão exigir que as empresas licitantes apresentem os seguintes elementos: a) composições unitárias dos custos dos serviços de todos os itens da planilha orçamentária; b) composição da taxa de BDI; c) composição dos encargos sociais. Art. 15 A taxa de Bonificação de Despesas Indiretas (BDI ou LDI), aplicada sobre o custo direto total da obra, deverá contemplar somente as seguintes despesas: a) Taxa de rateio da Administração Central; b) Taxa das despesas indiretas; c) Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; d) Taxa de tributos (Cofíns, Pis e ISS); e) Margem ou lucro. Parágrafo único. Despesas relativas à administração local de obras, mobilização e desmobilização e instalação e manutenção do canteiro deverão ser incluídas na planilha orçamentária da obra como custo direto, salvo em condições excepcionais devidamente justificadas. Art. 16 Na etapa de habilitação técnica é vedado o estabelecimento de exigências que restrinjam o caráter competitivo do certame, como: a) restrição do número máximo de atestados a serem apresentados para comprovação de capacidade técnico-operacional; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 59 b) comprovação da execução de quantitativos mínimos excessivos; c) comprovação de experiência anterior relativa a parcelas de valor não significativo em face do objeto da licitação; d) comprovação de capacidade técnica além dos níveis mínimos necessários para garantirem a qualificação técnica das empresas para a execução do empreendimento; e) utilização de critérios de avaliação não previstos no edital. Art. 17 A vistoria técnica do local da obra deve-se ser feita individualmente, com cada um dos licitantes, em data e horário previamente estabelecidos, inviabilizando conhecimento prévio acerca do universo de concorrentes. Art. 18 A declaração do licitante de que conhece as condições locais para a execução do objeto e entrega da obra supre a necessidade de visita técnica. Art. 19 Para fins de aferição de inexequibilidade de preços, caberá à Administração consultar os licitantes para verificar sua efetiva capacidade de executar os serviços no preço oferecido, com vistas a assegurar a escolha da proposta mais vantajosa, nos termos do art. 48, Inciso II, da Lei n° 8.666/93. Art. 20 No caso de empreendimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, a Administração não poderá iniciá-lo sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de ordenação de despesa não autorizada (Art. 359-D do CP). §1° Somente serão autorizados serviços para os quais existam os créditos orçamentários correspondentes, devidamente Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 59 empenhados, em conformidade com os arts. 58, 59 (caput) e 60 (caput) da Lei n° 4.320/1964. §2° As obras só serão iniciadas com previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executados no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma. Art. 21 As Alterações de projeto, especificações técnicas, cronograma físico-financeiro e planilhas orçamentárias deverão ser justificadas por escrito, analisadas pela unidade de controle interno e previamente autorizadas pela autoridade competente. Art. 22 No caso de alterações de especificações técnicas, é obrigatório assegurar a manutenção da qualidade, garantia e desempenho dos insumos a serem empregados, conforme o contrato firmado ou proposta inicial. Art. 23 Nas alterações contratuais deve-se verificar a existência de jogo de planilha, caracterizado por alterações, sem justificativas coerentes e consistentes, de quantitativos, reduzindo quantidades de serviços cotados a preços muito baixos e/ou aumentando quantidades de serviços cotados a preços muito altos, causando sobrepreço e superfaturamento. Art. 24 Os acréscimos de serviços serão objeto de aditivos ao contrato pelos mesmos preços unitários da planilha orçamentária apresentada na licitação. Parágrafo único. No caso de alteraçãonos serviços contratados, o pagamento pela execução dos novos serviços somente poderá ser efetuado após a realização do aditivo contratual, sob risco de antecipação de pagamento. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 59 Art. 25 Quando acrescida ao contrato a execução de serviços não licitados, os preços devem ser pactuados tendo como limite as referências de preços estabelecidas no Art. 2.º desta Resolução. Art. 26 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pelo contratado e aprovados pela fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e as modificações expressa e previamente aprovadas pelo contratante, após a análise da unidade de controle interno. Parágrafo único. As diferenças e irregularidades verificadas durante as medições pela área de controle interno deverão ser comunicadas à Autoridade competente, que imediatamente as comunicará ao Conselho Nacional de Justiça. Art. 27 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pelo contratado, onde estão registrados os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados. Art. 28 A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e pagamento. Art. 29 O contratante efetuará os pagamentos das faturas emitidas pelo contratado com base nas medições de serviços aprovadas pela fiscalização, obedecidas às condições estabelecidas no contrato e no art. 19 desta Resolução. Art. 30 Instituir os referenciais de áreas a serem adotados para a elaboração de projetos de reforma ou construção de imóveis novos Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 59 no âmbito do Poder Judiciário, assim subdivididos no anexo desta Resolução: a)Poder Judiciário da União - TABELA I; b)Poder Judiciário Estadual - TABELA II. Art. 31 Os referenciais de áreas estabelecidos no art. 1º poderão sofrer uma variação a maior de até 20% (vinte por cento), de forma a possibilitar os necessários ajustes arquitetônicos das edificações a serem reformadas ou construídas para uso do Poder Judiciário. § 1º No caso de reformas, e a critério de cada tribunal, é permitida a adoção de áreas de trabalho menores do que as estipuladas nesta RESOLUÇÃO, desde que tecnicamente justificadas. § 2º Nos ambientes cujas referências são estipuladas por uma faixa de área determinada não incidirá a variação percentual do caput deste artigo. § 3º Os acréscimos de área de até 20% (vinte por cento), não poderão exceder os aumentos de custo previstos no § 1º do artigo 65 da Lei nº 8.666/93 (25% para novas obras e 50% para reforma). Art. 32 Caberá ao Conselho da Justiça Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ao Tribunal Superior Eleitoral, aos Tribunais de Justiça Estaduais e aos Tribunais de Justiça Militar, no âmbito de sua competência, por meio de regulamentação própria a ser editada no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias após a publicação desta Resolução, a fiscalização das áreas projetadas, vetando a construção ou reforma de imóveis que não se enquadrarem no estipulado nos artigos 30 e 31. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 59 Parágrafo único. A fiscalização a que se refere esse artigo será efetuada pelas unidades de controle interno, nos termos deste ato e da resolução 86/2009 do Conselho Nacional de Justiça. Art. 33 Institui o Prêmio Nacional de Arquitetura e Engenharia no âmbito do Judiciário, a ser conferido a cada dois anos pelo Conselho Nacional de Justiça, aos autores dos projetos e obras realizadas pelo Poder Judiciário que alcançaram os fins desta Resolução com eficiência e sustentabilidade. Parágrafo único. Regerá o prêmio regulamento cuja aprovação deverá ser levada a efeito pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça dentro de noventa Art. 34 O Conselho Nacional de Justiça sistematizará um cadastro com informações atinentes aos imóveis utilizados pelo Poder Judiciário e ao Plano de Obras de todos os tribunais do país, com o objetivo de identificar a possibilidade de compartilhamento de instalações existentes e dos projetos de arquitetura e engenharia ou de construção conjunta para futura utilização compartilhada. Art. 35 Os Tribunais e Conselhos, observado o respectivo planejamento estratégico, editarão, no prazo de 120 dias, normas complementares para, dentre outras matérias, disciplinar a implantação do sistema de priorização de obras. Art. 36 A aplicação das sanções previstas nos Artigos 87 e 88 da Lei de Licitações e Contratos pelos Tribunais ou Conselhos deverá ser comunicada, imediatamente, ao Conselho Nacional de Justiça, que providenciará a compilação destes dados e sua disponibilização através de cadastro nacional próprio e de amplo acesso. Parágrafo único. No que se refere à aplicação de sanções, incumbe ao Tribunal ou Conselho que registrar a irregularidade comunicar ao Conselho Nacional de Justiça quanto da eventual reabilitação. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 59 Art. 37 Esta resolução não implica em modificação nas áreas e destinações de prédios atualmente utilizados pelo Poder Judiciário. Art. 38 Aplica-se nos projetos de construção de novos prédios do Poder Judiciário as disposições relativas à segurança de seus ocupantes previstas na Resolução nº 104, de 06 de abril de 2010, do Conselho Nacional de Justiça. Art. 39 Os projetos de construção de Instalações do Judiciário que contenham unidades com competência na área penal e na infância relativamente a infratores deverão prever a necessidade de carceragem provisória, cujo padrão deverá observar as normas específicas, em especial o disposto no art. 5º, inciso XLVIII, da Constituição Federal e o disposto na Lei de Execução Penal. Art. 38 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 59 11 - Resolução nº 179/2011 - CJF 11.1 - Introdução A resolução 179/2011 - CJF disciplina, no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, o planejamento, a execução e a fiscalização de obras e aquisição de imóveis, bem como os critérios de priorização para inclusão no Plano de Obras, regional e consolidado 11.2 - Definições a) ação orçamentária (projeto) – instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resultam produtos que concorrem para a expansão ou para o aperfeiçoamento da ação de governo, tais como construção, aquisição, reforma, modernização e ampliação de imóveis; b) ampliação de imóveis – conjugação de material e trabalho para aumentar a área ou a capacidade da construção ou edificação, sendo mantida a orientação do projeto originário, mas aumentada a área de construção; c) CADI-JUS – Sistema de Cadastro de Imóveis da Justiça Federal, que relaciona os imóveis da JustiçaFederal e as ações orçamentárias (projetos) destinadas à construção, à reforma, à modernização, à ampliação ou à aquisição de imóveis; d) Comitê Técnico de Obras da Justiça Federal – grupo formado por técnicos do Conselho da Justiça Federal e dos tribunais regionais federais cujas atribuições constam em regulamento próprio; e) estudo de ocupação – parecer técnico privativo dos profissionais de arquitetura e de engenharia sobre as condições da estrutura física espacial, resultante da análise do uso e da ocupação dos espaços edilícios pelo órgão; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 59 f) grupo de prioridade – classificação atribuída às obras e aquisições constantes do Plano de Obras das unidades da Justiça Federal, com base em critérios objetivos; g) indicador de necessidade – pontuação atribuída pelos tribunais regionais federais e pelo Conselho da Justiça Federal, com base no grau de relevância e de exequibilidade de suas obras e aquisições de imóveis, conforme as condições de estrutura física existentes em cada órgão, constantes do Plano de Obras da Justiça Federal; h) modernização – reformas, ampliações e modernização das instalações prediais, para proporcionar condições físicas adequadas ao bom funcionamento dos serviços jurisdicionais; i) obra – construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação edilícia realizada por execução direta ou indireta, segundo as determinações de um projeto e das normas adequadas; j) obra em andamento – aquela que apresenta percentual de execução financeira estabelecido nas Leis de Diretrizes Orçamentárias; k) obra de grande porte – aquela cujo valor se enquadre no limite estabelecido pela Lei 8.666 para a modalidade “concorrência”; l) obra de médio porte – aquela cujo valor se enquadre no limite estabelecido pela Lei 8.666 para a modalidade “tomada de preços”; m) obra de pequeno porte – aquela cujo valor se enquadre no limite estabelecido pela Lei 8.666 para a modalidade “convite”; n) Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal – documento consolidado e aprovado pelo Plenário do Conselho da Justiça Federal que relaciona as obras das unidades da Justiça Federal para inclusão nas propostas orçamentárias anual e plurianual, em ordem de prioridade; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 59 o) Plano de Obras Regional – documento aprovado pelo pleno ou pela corte especial do respectivo tribunal regional federal composto dos Anexos II, III, IV e V desta resolução, que relaciona as obras das unidades da Justiça Federal para inclusão nas propostas orçamentárias anual e plurianual, em ordem de prioridade; p) Programa de Necessidades – conjunto de características e condições das atividades dos usuários da edificação destinado à estimativa da área de construção, o qual subsidiará a escolha do terreno, o desenvolvimento do projeto arquitetônico e o cálculo aproximado do custo do empreendimento; q) projeto executivo e detalhamento – conjunto de informações técnicas, minuciosas e suficientes que detalha os elementos necessários à execução completa da obra; r) reforma – intervenção na edificação, por meio da conjugação do material e do trabalho, caracterizada pela colocação de seu objeto em condições adequadas de utilização ou funcionamento, sem alterar sua capacidade ou as medidas originais de seus elementos. 11.3 - Demais Informações As obras serão segregadas em três subgrupos, de acordo com seu custo total estimado: - Subgrupo 1 - obras de pequeno porte; - Subgrupo 2 - obras de médio porte; - Subgrupo 3 - obras de grande porte A inclusão de dotação no orçamento anual para execução de obra constante do Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal condicionar-se-á: - à disponibilidade de terreno em condição regular; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 59 - à realização de estudos preliminares; - à existência dos projetos básico e executivo; - ao valor estimado da obra; - às demais exigências contidas nesta resolução e no Guia de Projetos e Obras da Justiça Federal. Poderão ser alocadas dotações orçamentárias para a realização de estudos preliminares, elaboração ou contratação de projetos, básico e executivo, e aquisição de terreno, sendo vedada, nesses casos, a contratação ou execução de etapa posterior da obra. O Comitê Técnico de Obras da Justiça Federal é integrado por técnicos das áreas de arquitetura e engenharia do Conselho da Justiça Federal e dos tribunais regionais federais, sob a coordenação do primeiro, e tem por objetivo desenvolver estudos destinados à definição de padrões e diretrizes para projetos de construção, reforma e adaptação, bem como de manutenção predial, em toda a Justiça Federal, visando ao melhor direcionamento da aplicação dos recursos alocados em orçamento. Os tribunais regionais federais encaminharão ao Conselho da Justiça Federal formulário contendo as ocorrências relevantes relacionadas às alterações substanciais dos projetos, aos procedimentos licitatórios, às alterações dos contratos e do seu valor, bem como à interrupção da obra, as quais serão comunicadas ao Conselho Nacional de Justiça. As alterações de projeto, especificações técnicas, cronograma físico-financeiro e planilhas orçamentárias deverão ser justificadas por escrito, analisadas pela unidade de controle interno e previamente autorizadas pela autoridade competente. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 59 12 - Resolução 244/2013 - CJF 12.1 - Introdução A Resolução 244/2013 - CJF dispõe sobre o funcionamento dos comitês técnicos de obras no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. O Comitê Técnico de Obras Nacional da Justiça Federal, com atuação em todo o território nacional, será integrado por técnicos das áreas de arquitetura e de engenharia do Conselho da Justiça Federal e dos tribunais regionais federais. Os comitês técnicos de obras regionais da Justiça Federal serão integrados pelo arquiteto e pelo engenheiro, membros representantes dos respectivos tribunais regionais federais no Comitê Técnico de Obras Nacional, e por servidores que atuem nas áreas de arquitetura e engenharia de suas seções judiciárias. Os comitês técnicos de obras regionais terão atuação no âmbito de suas respectivas regiões. 12.2 - Atribuições dos Comitês Técnicos Serão atribuições privativas do Comitê Técnico de Obras Nacional da Justiça Federal: I - acompanhar o desenvolvimento e a atualização do sistema destinado ao cadastro dos imóveis e dos projetos de aquisição e obras da Justiça Federal, bem como gerir os dados que deverão ser nele disponibilizados pelos representantes dos comitês técnicos de obras regionais; II - alimentar e atualizar os dados que constem no sistema de cadastro de que trata o inciso I deste artigo é da competência do respectivo tribunal regional federal que poderá, ao seu critério, delegar tais atribuições às suas seções judiciárias; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 59 III - organizar a proposta para o Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal, apartir dos Planos de Obras Regionais, e encaminhá-la ao Conselho da Justiça Federal; IV - elaborar e conduzir manuais com diretrizes para projetos, obras, serviços de engenharia e manutenção predial; V - elaborar ou alterar normas e planos de ações, com o intuito de determinar condutas para a uniformização do dimensionamento de áreas, utilização de materiais construtivos e para instalações prediais, dentre outros assuntos, que possam ser implantados em âmbito nacional; VI - propor diretrizes a serem adotadas pelas equipes técnicas da Justiça Federal no que diz respeito às atividades concernentes a projetos, a obras e a serviços de engenharia; VII - analisar sugestões de alteração de diretrizes referentes a projetos, a obras e a serviços de engenharia provenientes dos comitês técnicos de obras regionais; VIII - submeter à aprovação do Conselho da Justiça Federal as proposições supracitadas nos incisos III, IV e V, bem como demais questões que considere relevantes em matéria de projetos, obras e serviços de engenharia da Justiça Federal de primeiro e segundo graus; IX - comunicar ao Conselho da Justiça Federal, quando tiver conhecimento, o descumprimento de condutas e normas por órgãos da Justiça Federal de primeiro e segundo graus no que diz respeito a projetos, a obras e a serviços de engenharia. Serão atribuições concorrentes dos comitês técnicos de obras nacional e regionais: Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 59 I - emitir pareceres técnicos concernentes a aquisições de imóveis, projetos, obras e serviços de engenharia, em atendimento aos dispositivos das leis, bem como das resoluções do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho da Justiça Federal em especial no que se refere a: a) programa de necessidades; b) viabilidade técnica para escolha de terreno; c) viabilidade técnica para construções e aquisições de edifícios; d) ocupação dos imóveis e dos espaços físicos destinados aos órgãos da Justiça Federal; e) temas e questionamentos relativos ao planejamento e gestão de obras; f) pedidos de inclusão e execução de dotação orçamentária, em conjunto com as áreas de orçamento. II - propor ações e a uniformização de: a) atividades, procedimentos e rotinas relacionadas à elaboração de programas de necessidades, bem como diretrizes de projetos arquitetônicos e complementares, de forma a dimensionar e otimizar os espaços físicos construídos ou a serem projetados; b) tecnologias, sistemas construtivos e de instalações prediais, mobiliário, recursos naturais e demais elementos que subsidiem a elaboração de projetos, a execução de obras e a manutenção predial; c) elementos arquitetônicos e de programação visual que permitam a criação de uma identidade visual nos edifícios da Justiça Federal; d) critérios de acessibilidade e inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais nos imóveis e nos espaços destinados à Justiça Federal; Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 59 e) procedimentos para a estimativa de custos de projetos e de obras da Justiça Federal. III - consultar especialistas das áreas de arquitetura e engenharia - e demais áreas a elas relacionadas - a fim de obter informações técnicas complementares referentes à aquisição de imóveis, aos projetos, às obras e aos serviços de engenharia; IV - propor cursos de aperfeiçoamento e capacitação dos servidores das áreas técnicas de arquitetura e engenharia da Justiça Federal, visando ao aprimoramento profissional em projetos, orçamentos, planejamento e gestão de obras; V - organizar encontros técnicos e seminários a distância ou presenciais, com o objetivo de integrar os servidores que atuem no acompanhamento de serviços afetos às áreas de arquitetura e engenharia da Justiça Federal. 12.3 - Demais Informações Os projetos de arquitetura e engenharia, cuja previsão orçamentária de execução da obra for igual ou superior ao definido por lei para a modalidade de licitação Tomada de Preços, deverão ser enviados ao respectivo comitê técnico de obras regional e posteriormente aos coordenadores do Comitê Técnico de Obras Nacional para análise. Os comitês técnicos de obras regionais e os coordenadores do Comitê Técnico de Obras Nacional emitirão parecer quanto à adequação dos projetos às normas e orientações do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho da Justiça Federal, sem prejuízo de outras observações que considerarem relevantes. Caso sejam observados conflitos entre os projetos e o determinado pelas normas e orientações, as adequações nos projetos deverão ser providenciadas pelo órgão responsável. Edificações ʹ 2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 59 No caso de divergência entre pareceres técnicos dos comitês nacional e regionais relativos aos projetos, obras ou serviços de engenharia, prevalecerá o entendimento do Comitê Técnico de Obras Nacional. O projeto cuja análise técnica resultar em decisão desfavorável à sua execução não poderá ter sua obra licitada até que seja revisado pelo órgão responsável e submetido à nova análise e à aprovação do Comitê Técnico de Obras Nacional.