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Apostila - Férias

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1 
 
DIREITO DO TRABALHO II Professora: Ellen Camila Remedi Pontual 
 
UNIDADE 1 
FÉRIAS 
 
 
Fundamentação Legal 
- Art. 7º, XVII, CF 
- Art. 129 a 148 da CLT 
- Decreto nº 3.197/99 
 
As férias correspondem ao período do contrato de trabalho em que o empregado não presta 
serviços, com o fim de restaurar suas energias, mas recebe remuneração do empregador. 
 
O legislador, considerando que o trabalho contínuo é prejudicial à saúde, confere um período 
de descanso prolongado ao trabalhador, após o período de doze meses, a fim de assegurar sua 
saúde física e mental. 
 
Tamanha é a sua importância que até a Declaração Universal dos Direitos do Homem, no item 
XXIV, declara que toda pessoa tem direito a férias periódicas remuneradas. As férias são, 
pois, uma conquista da classe trabalhadora. A CLT trata detalhadamente desse tema. 
 
Diz-se que as férias são individuais quando esse direito é concedido a apenas um empregado 
ou a alguns empregados simultaneamente, não a todos ao mesmo tempo, hipótese de férias 
coletivas. 
 
→ PERÍODO AQUISITIVO: O período aquisitivo do direito às férias é de 12 (DOZE) 
MESES, ou seja, o empregado deve trabalhar um ano para ter direito às férias (Art. 130, 
CLT). 
 
→ CONDIÇÃO PARA A CONCESSÃO DAS FÉRIAS: O cumprimento do período 
aquisitivo constitui condição para a concessão das férias ao trabalhador. 
 
 2 
 
→ PERÍODO CONCESSIVO: Completado o período aquisitivo, que é de 12 meses, o 
empregador terá de conceder as férias nos 12 meses subsequentes, período a que se dá o nome 
de período concessivo. 
 
O empregado, portanto, deverá gozá-las, de preferência, num único período continuo dentro 
do período concessivo. 
 
IMPORTANTE→ A concessão das férias é ato exclusivo do empregador, independendo 
de pedido ou concordância do empregado. É o empregador que irá determinar a data da 
concessão das férias do empregado, da forma que melhor atenda aos interesses da empresa. O 
empregado, salvo as exceções dos §§ 1º e 2º do art. 136 da CLT, não tem direito de 
escolha. 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses 
do empregador. 
 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou 
empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se 
disto não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer 
coincidir suas férias com as férias escolares. 
 
 
Durante as férias, o empregado não pode trabalhar para outro (salvo no caso de empregados 
que mantém vários contratos de trabalho regulares) – Art. 138, CLT. 
 
→ DURAÇÃO DAS FÉRIAS – (Art. 130, I a IV, CLT). 
 
As férias são de 30 (trinta dias) corridos, quando o empregado não tiver mais de 5 (cinco) 
faltas. As férias dos empregados em geral são gozadas em dias corridos, úteis e não úteis, 
sendo que a sua duração depende da assiduidade do empregado, sofrendo diminuição na 
proporção das suas faltas injustificadas. 
 
Nº de faltas injustificadas no 
período aquisitivo 
Duração do período de férias 
Até 5 30 dias corridos 
De 6 a 14 24 dias corridos 
De 15 a 23 18 dias corridos 
De 24 a 32 12 dias corridos 
Acima de 32 Nenhum dia de férias 
 
 3 
 
 
Faltas Justificadas – Art. 473, CLT 
Inexistência de faltas – Art. 131, CLT 
 
O período de férias é computado como tempo de serviço do empregado na empresa, para 
todos os efeitos – trata-se de Interrupção do contrato de trabalho (Art. 130, §2º, CLT) 
 
A duração das férias do empregado que trabalha a tempo parcial é prevista no Art. 58-A, 
CLT. 
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração 
não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares 
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, 
com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. 
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será 
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas 
 
§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter 
um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. 
 
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 
desta Consolidação. 
 
 
→ PERDA DO DIREITO – As causas que inviabilizam a aquisição de férias são (conforme 
Arts. 131 a 133 da CLT): 
 
● Deixar o emprego e não ser readmitido dentro de 60 dias subsequente à 
saída; 
● Permanecer em gozo de licença, com percepção de salário, por mais de 30 
dias; 
● Deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias, em 
virtude de paralisação parcial ou total de atividade da empresa; 
● Ter recebido da Previdência Social prestação de acidente de trabalho ou de 
auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
 
→ REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS - Será a mesma, como se estivesse em serviço, 
coincidindo com a do dia da concessão, acrescida de 1/3 (CF, art. 7º, XVII e Súmula 328 
TST) 
 
 4 
Súmula nº 328 do TST 
FÉRIAS. TERÇO CONSTITUCIONAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da 
CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. 
 
Equivale à remuneração normal do empregado, acrescida de 1/3 (Art. 142, CLT) 
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na 
data da sua concessão. 
§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do 
período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das 
férias. 
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da produção no 
período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na 
data da concessão das férias. 
 § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a 
média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das 
férias. 
§ 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão 
computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das 
férias. 
§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional 
do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a 
média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, 
mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. 
 
Se o salário for pago por comissão ou percentagem, apurar-se-á a média dos pagamentos dos 
12 meses anteriores à concessão. 
 
É vedado descontar da remuneração do período de férias as faltas do empregado ao 
serviço! O trabalhador terá menos dias de descanso na proporção das faltas, mas a 
remuneração das férias será correspondente aos 30 (trinta) dias. (Art. 129, CLT) 
 
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem 
prejuízo da remuneração. 
 
OJ 181 SDI 1 – 
181. COMISSÕES. CORREÇÃO MONETÁRIA. CÁLCULO (inserida em 
08.11.2000) 
O valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida obter-se a 
média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias. 
 
→ FÉRIAS VENCIDAS - São aquelas cujo período aquisitivo já foi completado e que não 
foram ainda concedidas ao empregado. Dispõe CLT no seu art. 146: 
 
 5 
 
a) Férias simples – quando não decorrido o período concessivo 
b) Fériasem dobro – quando já decorrido o período concessivo 
 
“Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a 
sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em 
dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo 
direito tenha adquirido”. 
 
SÚMULA 450. FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. 
PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 
137 E 145 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 
386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 
23.05.2014. 
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o 
terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que 
gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo 
previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. 
 
Súmula nº 81 do TST 
FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão 
ser remunerados em dobro. 
 
 
→ CONCESSÃO FORA DO PERÍODO - Sempre que as férias forem concedidas fora do 
prazo, isto é, após o período concessivo, o empregador estará obrigado a pagá-las em 
DOBRO (Art. 137, da CLT). 
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o 
art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. 
Depois de esgotado o período concessivo de férias, sem que o empregador as haja concedido, 
poderá o empregado ajuizar reclamação trabalhista pedindo ao juiz a fixação das férias, por 
sentença, para o fim de gozá-las. Nessa circunstância, o juiz terá poderes para fixar o período 
das férias, nos termos do Art. 137, § 1º da CLT. 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido 
as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por 
sentença, da época de gozo das mesmas. 
 
 6 
→ FÉRIAS PROPORCIONAIS - As férias proporcionais são aquelas cujo período 
aquisitivo não está completo no momento da rescisão. É o caso, por exemplo, do empregado 
dispensado com 7 meses de trabalho, ou daquele com 2 anos e 7 meses de trabalho. 
O valor a ser pago é proporcional, correspondendo a 1/12 por mês do período aquisitivo, 
contando-se a fração superior a 14 dias como um mês e desprezando-se a igual ou inferior. 
(Art. 146, parágrafo único, CLT). 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, 
será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o 
caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses 
de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, 
terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo 
com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou 
fração superior a 14 (quatorze) dias. 
 
As férias indenizadas, sejam vencidas ou proporcionais, são devidas com o adicional de um 
terço constitucional (CF, art. 7º, XVII). 
→ POSSIBILIDADE DE FRACIONAMENTO - As férias são concedidas, regra geral, em 
um só período (Art. 134, CLT). Excepcionalmente, autoriza a CLT a concessão em ATÉ 03 
(três) períodos, sendo que sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos 
e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. (Art. 134, § 1º, CLT) 
 
IMPORTANTE! Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de 
idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. (Art. 134, §2º, CLT – Revogado) 
 
 
O fato de o empregado ter suas férias reduzidas em razão de faltas não afetará a possibilidade 
de fracionamento, contanto que ele permaneça com direito a pelo menos, 20 dias corridos de 
férias. Por exemplo, o trabalhador com 6 a 14 faltas injustificadas no período aquisitivo 
(portanto com direito a 24 dias de férias) poderá ter suas férias fracionadas em um período de 
14 dias e outro de 10 dias ou um período de 14 dias e dois períodos de 05 dias cada. 
 
 
 
 7 
→ DIREITO DE COINCIDÊNCIA - A CLT prevê direito de coincidência para os 
estudantes menores de 18 anos, que têm o direito de que suas férias no serviço sejam 
coincidentes com as férias escolares, isto é, o empregador deverá escolher o período de 
férias do menor estudante dentro do período de férias escolares (Art. 136, § 2º, CLT). 
 
Os MEMBROS DA MESMA FAMÍLIA que trabalharem no mesmo estabelecimento ou 
empresa igualmente terão direito de coincidência das férias de todos, que serão, assim, 
gozadas na mesma época, se assim o desejarem e se disso não resultar prejuízos ao 
empregador (Art. 136, § 1º, CLT). 
 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os 
interesses do empregador. 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento 
ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem 
e se disto não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer 
coincidir suas férias com as férias escolares. 
 
 
→ COMUNICAÇÃO E PAGAMENTO DAS FÉRIAS - A concessão das férias será 
comunicada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo 30 dias. Dessa 
comunicação, o empregado dará recibo (Art. 135, CLT). 
 
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, 
com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o 
interessado dará recibo. 
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao 
empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja 
anotada a respectiva concessão. 
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de 
registro dos empregados. 
 
O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem apresentar a CTPS ao empregador 
para que nela seja anotada a respectiva concessão, anotação esta que também deve ser feita no 
livro ou ficha de registro do empregado (Art. 135, §§ 1º e 2º, CLT). 
 
O pagamento das férias e, se for o caso, o do respectivo abono de férias será efetuado até 
2 dias antes do início do respectivo período de gozo, devendo o empregado dar quitação do 
recebimento (Art. 145, CLT). 
 
 
 8 
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono 
referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo 
período. 
Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do 
início e do termo das férias. 
 
IMPORTANTE! Trata-se de dias corridos e não úteis! 
 
→ ABONO DE FÉRIAS - A lei permite a transformação de 1/3 das férias em pagamento em 
dinheiro. Haverá a redução do número de dias de férias e o proporcional aumento no ganho do 
empregado. O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período 
aquisitivo (Art. 143, § 1º, CLT). 
 
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de 
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe 
seria devida nos dias correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do 
término do período aquisitivo. 
 
 
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo 
deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato 
representativo da respectiva categoria profissional, independendo de 
requerimento individual a concessão do abono. 
 
 
IMPORTANTE → Com a Reforma Trabalhista o empregado contratado a tempo 
parcial também poderá converter parte das suas férias em abono pecuniário (Art. 143, § 
3º, CLT - Revogado). 
 
O abono pecuniário deve ser calculado sobre a remuneração das férias já acrescida do 
adicional de um terço, previsto constitucionalmente. Se a remuneraçãodo empregado é de R$ 
900,00 (novecentos reais), e vier ele solicitar o abono pecuniário, este terá o valor de R$ 
300,00, que corresponde a 1/3 de R$ 1.200,00, valor da remuneração acrescida de 1/3 
constitucional (R$900,00 + R$ 300,00 = R$1.200,00). 
 
O prazo para o pagamento do abono ao empregado é o mesmo estabelecido para o 
pagamento das férias, isto é, até 02 (dois) dias antes do início das férias (Art. 145, CLT). 
 
 
 9 
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono 
referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo 
período. 
 
O abono salarial tem natureza indenizatória e não integra a remuneração do empregado para 
todos os fins (Art. 144, CLT) 
 
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em 
virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de 
convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não 
integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. 
 
→ PRESCRIÇÃO DAS FÉRIAS - Extinto o contrato de trabalho, o empregado tem o prazo 
de 02 (dois) anos para ingressar com a ação trabalhista. Durante a relação de emprego, o 
prazo prescricional é de 05 (cinco) anos (Art. 7º, XXIX, CF). 
Com relação às férias, a prescrição de 05 (cinco) anos, durante o contrato de trabalho, é 
contada a partir do fim do período concessivo. O prazo prescricional de 02 (dois) anos, após a 
extinção do contrato de trabalho, conta-se, evidentemente, a partir da data de cessação do 
ajuste. 
No caso de CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (Art. 146 a 148, CLT, 
Súmulas 14, 171, 261, 328, TST), há pagamento do valor das férias, de acordo com os 
seguintes critérios: 
 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será 
devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, 
correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de 
serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito 
à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, 
na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 
(quatorze) dias 
 
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de 
trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses 
de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de 
conformidade com o disposto no artigo anterior. 
 
 
 
 10 
 As férias vencidas são pagas em qualquer hipótese (até mesmo na justa 
causa), por serem um direito adquirido do empregado; 
 As férias proporcionais são pagas no caso de dispensa por ato do 
empregador sem justa causa; são calculadas à base do percentual de 1/12 por 
mês componente do contrato (a fração acima de 14 dias é computada como 
um mês); 
Súmula nº 171 do TST 
FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO 
(republicada em razão de erro material no registro da referência legislativa), 
DJ 05.05.2004 
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato 
de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias 
proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 
147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51). 
 
 As férias proporcionais, em caso de pedido de demissão do empregado, 
são devidas. Alguns doutrinadores não entendiam que o empregado com 
menos de doze meses de trabalho, fazia jus ao recebimento das férias 
proporcionais. De acordo com a Convenção nº. 132 da OIT, são devidas as 
férias proporcionais com 1/3 em qualquer pedido de demissão (mesmo 
quando o empregado tem menos de doze meses do trabalho); 
Súmula nº 261 do TST 
FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO. CONTRATO 
VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 
19, 20 e 21.11.2003 
O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço 
tem direito a férias proporcionais. 
 
 As férias proporcionais são devidas nos contratos por prazo determinado. 
 As férias proporcionais também são devidas no caso de culpa recíproca. 
Nesse caso o empregado tem direito a 50% do valor das férias proporcionais 
(Súmula 14, TST) 
 
 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da 
CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso 
prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. 
 
 
 
 11 
→ FÉRIAS COLETIVAS – Art. 139 DA CLT. 
 
A CLT permite que sejam concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa, 
ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 
 
Trata-se de poder potestativo do empregador, não depende de acordo ou convenção coletiva 
de trabalho. 
 
Incumbe exclusivamente ao empregador a decisão sobre a conveniência de conceder férias 
coletivas, o momento de sua concessão, o fracionamento, bem assim sobre sua abrangência 
(se alcançará todos os estabelecimentos da empresa, alguns estabelecimentos, ou mesmo um 
único setor). 
 
É possível o fracionamento das férias coletivas em 02 (dois) períodos, desde que não sejam 
inferiores a 10 dias cada um (Art. 139, § 1º, CLT). 
 
A) Formalidades a serem cumpridas na concessão de férias coletivas - A CLT exige a 
prévia comunicação Ao órgão local do Ministério do Trabalho e ao sindicato dos 
trabalhadores, com a antecedência mínima de 15 dias, informando as datas de início e de fim 
das férias coletivas, bem assim dos estabelecimentos ou setores atingidos pela medida (Art. 
139, §2º, CLT). 
 
Conclui-se do dispositivo acima, que a Lei não exige que a empresa solicite autorização do 
Ministério do Trabalho ou do sindicato dos trabalhadores para a concessão das férias 
coletivas. Deverá apenas comunicar-lhes que irá concedê-las, com a antecedência mínima de 
15 dias. 
 
A anotação da CTPS das férias coletivas poderá dar-se mediante carimbo, a ser aprovado pelo 
Ministério do Trabalho, quando o número de empregados contemplados com as férias for 
superior a 300 (Art. 141, CLT). 
 
B) Possibilidade de conversão de abono pecuniário - A CLT admite a possibilidade de 
conversão de 1/3 das férias coletivas em pagamento em dinheiro. O abono, nesse caso, 
deverá ser ajustado mediante negociação coletiva da respectiva categoria profissional, 
 
 12 
independendo de requerimento individual do trabalhador. (Art. 143, §2º, CLT). Isto é, 
prevalecerá a vontade manifestada pelo Sindicato, submetendo-se a ela os trabalhadores. 
 
C) Férias coletivas proporcionais - Havendo a concessão de férias coletivas, os empregados 
contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-
se, então, novo período aquisitivo (Art. 140, CLT). 
 
Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, 
na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período 
aquisitivo. 
 
Pode acontecer, porém, de a empresa ter interesse em conceder, a todos os seus empregados, 
férias coletivas com duração de 30 dias. Nessa hipótese, como fica a situação dos empregados 
que só têm direito a férias proporcionais? Poderá a empresa, posteriormente descontar da 
remuneração desses empregados os dias a mais que obtiveram de férias? Ou, poderá exigir-
lhes a compensação desses dias com futuros períodos de férias? 
 
A doutrina não aceita o desconto da remuneração, assim como a exigência de qualquer 
compensação futura, em face da inexistência de previsão legal. O ônus, no caso, deve ser 
suportado pelo empregador, a quem favorecem as férias coletivas. O período concedido a 
mais será consideradolicença remunerada. 
 
Por outro lado, se as férias coletivas concedidas forem inferiores ao período a que o 
trabalhador teria direito, o período remanescente deverá ser concedido pelo empregador em 
outra oportunidade, dentro do período concessivo. O período remanescente poderá ser 
concedido de forma individual. Assim, se o empregado tinha direito a 30 dias de férias e a 
empresa só concedeu férias coletivas de 15 dias, os outros 15 dias deverão ser concedidos 
dentro do período concessivo, sob pena de pagamento em dobro pelo empregador.

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