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TGP - revisão - questões objetivas

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 REVISÃO TEORIA GERAL DO PROCESSO QUESTÕES OBJETIVAS – –
 
 1. O que é interesse? 
 É o desejo de ter um determinado bem da vida, ou seja, de satisfazer uma necessidade. 
 
 2. O que é conflito de interesses? 
 É quando uma pessoa tem dois interesses e só pode satisfazer um. 
 
 3. O que é conflito intersubjetivo de interesses? 
 É quando duas ou mais pessoas têm a pretensão de se apropriar de um mesmo bem da 
vida, qualificado pela resistência do detentor do bem. 
 
 4. O que é direito objetivo? 
 Conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo sistematizar e regulamentar o 
comportamento humano e a sociedade. 
 
 5. O que é direito subjetivo? 
 É a pretensão do titular do interesse juridicamente protegido de fazer valer o direito 
objetivo, subordinando o interesse de outrem ao seu. 
 
 6. O que é relação jurídica? 
É o conflito de interesses regulado pelo direito. 
 
 7. O que é sujeito de direito? 
É o titular de um direito subjetivo. 
 
 8. O que é objeto de direito? 
É o bem da vida, limitado, com valor econômico ou afetivo que deu origem a lide. 
 
 9. O que é pretensão? 
É a exigência de submissão do interesse de outrem ao próprio. 
 
 10. O que é lide? 
É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
 
 11. O que é processo? 
É o meio ou instrumento de solução da lide. 
 
 12. O que é reconvenção? CPC. Art. 315 
 É uma ação do réu contra o autor, no mesmo feito e juízo em que é demandado. 
 
 13. O que é litígio? 
 É uma disputa ou controvérsia entre as partes formada em juízo. 
 
 14. Quais as formas de solução de conflito existentes? 
Autotutela ou autodefesa, autocomposição, arbitragem e jurisdição. 
 
 15. Quais as formas de solução de conflito que integram a justiça privada? 
Autotutela ou autodefesa, autocomposição e arbitragem. 
 
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 16. Quais as formas de solução de conflito que integram a justiça pública? 
Jurisdição. 
 
 17. O que é autotutela? 
 É fazer justiça com as próprias mãos. É a lei do mais forte ou do mais astuto. Proibida pelo 
 ordenamento jurídico art. 345 e 350, CP. Exceções: direito de retenção, penhor legal, 
cortar ramo de árvores limítrofes e desforço imediato (legítima defesa). 
 
 18. O que é autocomposição? 
 É a conciliação ou acordo entre as partes obtido em função da desistência do sujeito ativo, 
 da submissão do sujeito passivo ou mediante concessões mútuas entre as partes, 
 caracterizando um acordo ou transação, quando disponível o direito material. 
 
 19. Pode-se impor pena através da autocomposição ou da arbitragem? 
Não, somente o Estado pode punir. 
 
 20. O que é jurisdição? 
 É a função/obrigação, atividade e poder (que emana da soberania) do Estado de compor 
 os conflitos de interesses pela aplicação da lei ao caso concreto. 
 
 21. O que é mediação? 
 É um meio alternativo de solução de litígios, onde um terceiro, neutro/imparcial, de 
 confiança das partes, por elas livre e voluntariamente escolhido, intervém como 
“facilitador”, levando as partes a encontrarem a solução para as suas pendências. 
 
 22. Qual a diferença entre a Mediação, a Conciliação e a Arbitragem? 
 A conciliação é exercida por força de lei e obrigatoriamente por servidor público, que usa a 
 autoridade do cargo para tentar promover a solução do litígio. Na mediação, o mediador 
 não decide; quem decide são as partes; Na Arbitragem, o árbitro decide. 
 
 23. Como ocorre a conciliação? 
É um acordo entre as partes mediante concessões mútuas. 
 
 24. Como funciona a Arbitragem? 
 Na arbitragem, as partes elegem, de comum acordo, um árbitro para solucionar o conflito. 
 Tal árbitro deve ser de confiança mútua das partes, considerado justo e imparcial. As 
 partes, por sua vez, assumem o compromisso de acatar a decisão do árbitro. A lei que 
 regulamenta essa forma de solução de conflito é a Lei nº 9.307, de 1996. Os conflitos que 
 podem ser solucionados por esta lei são os seguintes: matéria civil (não-penal), na medida 
 da disponibilidade dos interesses substanciais em conflito. As partes em conflito podem 
 requerer esta forma mediante a assinatura de um contrato perante o juiz arbitral, com 
 limitação aos litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Ex. As partes assinam 
 uma convenção de arbitragem que deve se limitar aos litígios relativos a direitos 
 patrimoniais disponíveis; Restrições à eficácia da cláusula compromissória inserida em 
 contratos de adesão; Capacidade das partes; Possibilidade de escolherem as partes as 
 regras de direito material a serem aplicadas na arbitragem, sendo ainda admitido 
 convencionar que esta se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e 
 costumes e nas regras internacionais de comércio.; Não há necessidade de homologação 
 judicial da sentença arbitral; A sentença arbitral dos mesmos efeitos de uma sentença 
 judiciária, valendo como título executivo, se for condenatória; Possibilidade de controle 
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 jurisdicional ulterior se for provocado pela parte interessada; Possibilidade de 
 reconhecimento e execução de sentenças arbitrais produzidas no exterior; Os árbitros não 
 têm o poder jurisdicional do Estado, não podem executar suas próprias sentenças, nem 
impor medidas coercitivas; O árbitro sempre considera-se autorizado a julgar por eqüidade. 
 
 25. O que significa “Princípio”? Qual a importância de estudar os princípios? 
 É um mandamento nuclear que se irradia por todo o sistema jurídico, compondo-lhe o 
 espírito, servindo de critério para a sua exata compreensão, definindo-lhe a lógica e a 
 racionalidade, conferindo-lhe harmonia. Importância compreender o sistema jurídico –
 como um todo, único, indivisível, harmonioso e coerente. 
 
 26. Quais as espécies de princípios analisados? 
Constitucionais: 
Devido processo legal; 
Igualdade ou da isonomia; 
Contraditório e ampla defesa; 
Publicidade dos atos processuais; 
Inafastabilidade do Poder Judiciário; 
Inadmissão da prova ilícita; 
Duplo grau de jurisdição; 
Juiz e promotor natural; 
Motivação das decisões judiciais; 
Celeridade ou da brevidade. 
 
Infraconstitucionais ou Processuais: 
Princípio da imparcialidade do juiz; 
Princípio da iniciativa das partes; 
Princípio do impulso oficial; 
Princípio da disponibilidade 
Princípio da indisponibilidade; 
Princípio da lealdade processual; 
Princípio da oralidade; 
Princípio dispositivo; 
Princípio da livre convicção do juiz; 
Princípio da economia processual; 
Princípio da instrumentalidade das formas. 
 
 27. Princípio do devido processo legal. 
 Artigo 5º, LIV, CF Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido –
 processo legal. É o conjunto de garantias que asseguram às partes o exercício de suas 
 faculdades (direito material), poderes de natureza processual e, de outro, legitimam a 
 própria função jurisdicional. É a garantia da vida, da liberdade e dapropriedade. Sentido 
material garantir o direito material; Sentido processual garantir o acesso à justiça. – –
 
 28. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
 É a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de 
 primeiro grau ou de primeira instância, que corresponde a denominada instância inferior, 
 garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de 
 segundo grau. É adotado pela generalidade dos sistemas processuais contemporâneos. A 
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 corrente doutrinária opositora é minoria. 1ª instância juízo ; 2ª instância juízo – ad quo – ad 
quem. 
 
 29. Princípio da isonomia ou da igualdade das partes. 
 Todos são iguais perante a lei. O juiz deve ser imparcial e assegurar às partes igualdade 
 de tratamento. No processo penal, é atenuado pelo favor rei, ou seja, o interesse do 
acusado prevalece no contraste com o direito de punir do Estado. 
 
 30. Princípio do contraditório. 
 É o direito ou oportunidade de defesa, de contestação, assim, o juiz deve ouvir as 
 alegações das duas partes antes de tomar uma decisão. Artigo , , CF aos litigantes, 5º LV –
 em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
 contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Como 
 conseqüência deste princípio é necessário que se dê ciência a cada litigante dos atos 
 praticados pelo juiz e pelo adversário, efetivando-se o contraditório e possibilitando a ampla 
defesa. 
 
 31. Princípio da ampla defesa. 
 É o direito de alegar fatos relevantes juridicamente e comprová-los por quaisquer meios de 
 prova admitidos em direito, assim, os réus e os acusados em geral não podem ser 
cerceados em seu direito de defesa. 
 
 32. Quais as formas de ciência dos atos processuais? 
Citação, notificação e intimação. 
 
 33. O que é citação? 
 É o ato pelo qual se chama a juízo o réu a fim de se defender. Art. 213 CPC. 
 
 34. O que é intimação? 
 É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou 
deixe de fazer alguma coisa. Art. 234 CPC. 
 
 35. Princípio da Publicidade (restrita ou relativa) 
 Inciso LX do art, 5º da Constituição - “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. 
 
 Art. 155 CPC – “Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça 
 os processos…”) e no processo penal, o art. 792 do Código Adjetivo Penal reafirma o 
 caráter público das audiências, enquanto o parágrafo primeiro deste artigo excepciona o 
princípio geral da publicidade, para salvaguardar a ordem pública. 
 
 Os atos processuais, via de regra, devem ser publicados para serem considerados válidos 
 e legítimos perante o nosso ordenamento jurídico, exceto, nos casos em que a publicidade 
 dos atos possa violar o direito fundamental dos cidadãos à sua intimidade e também 
 quando a publicidade dos atos possa prejudicar o interesse público. Ex.: Violação da 
intimidade: casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão da separação em 
 divórcio, alimentos e guarda de menores. Interesse público segurança nacional, –
 despesas do Presidente da República com os cartões corporativos. 
 
 
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 36. O que é prova ilícita? 
 São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meio ilícito. A igo , LVI, CF. É rt 5º
 aquela que viola o nosso ordenamento jurídico. Proibição de natureza material. Ex. grampo 
ou escuta telefônica obtida sem ordem judicial se for utilizada como prova em um processo. 
 
 37. Princípio do juiz e promotor natural. 
Artigo , XXXVII, CF não haverá juízo ou tribunal de exceção; 5º –
 Artigo , LIII, CF ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 5º –
competente. 
 Trata-se de uma garantia constitucional de que ninguém será julgado, processado ou 
 sentenciado senão por um tribunal legítimo e competente dentro do nosso ordenamento 
 jurídico, assim como, ninguém será processado senão por um promotor natural legítimo e 
 competente (dentro da sua área de jurisdição e atribuições) e também que ninguém será 
 sentenciado senão por um juiz natural legítimo e competente, dentro da sua área de 
 jurisdição e atribuições do cargo. Assim, juiz natural é aquele previsto expressa ou 
implicitamente em norma jurídico-constitucional. 
 
 38. Tribunal de Exceção 
 É um Tribunal (especial), criado especificamente para julgar um determinado caso. Ad Hoc
 Pode ser criado por lei ou não, irrelevante a já existência de Tribunal. Órgãos competentes 
 – – são aqueles instituídos pela ; Órgãos Pré-constituídos CF ninguém pode ser julgado por 
 órgão que tenha sido criado após a ocorrência do fato; Juízes competentes são aqueles –
 que no âmbito de suas atribuições, delegadas pela , têm poderes jurisdicionais sobre CF
determinada causa. 
 
 39. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS (ART. 93, IX, CF) 
 O objetivo é de assegurar a publicidade das decisões judiciais, bem como possibilitar a sua 
 impugnação e revogação, exercendo-se, assim, o controle de legalidade de tal decisão. 
 Entretanto, não devem restar dúvidas que fundamentar, no sentido constitucional, não é 
 apenas indicar o dispositivo legal e dar a decisão. É necessário que o julgador demonstre 
 os fatos, a base jurídica e a ligação entre eles, mostrando a motivação de sua decisão, sob 
pena de ser considerada nula ou ineficaz. 
 
 40. Princípio da Imparcialidade do Juiz 
O juiz deve ser isento, imparcial e equidistante em relação às partes e aos fatos da causa. 
 Para assegurar a imparcialidade do juiz, que é uma garantia de ordem pública, a CF lhes 
 oferece garantias e vedações, proíbe os Tribunais de Exceção e o CPC elenca os motivos 
de impedimento ou de suspeição. 
 
 41. Princípio da Iniciativa das Partes X Princípio do Impulso Oficial. 
 Artigo 2º do CPC nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o –
 interessado a requerer, nos casos e formas legais. O juiz não pode tomar a iniciativa do 
processo. 
 Princípio do impulso oficial uma vez instaurada a relação processual, compete ao juiz –
 mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional. 
 Conclusão: antes da abertura do processo pelas partes, o juiz não pode fazer nada, porém, 
 uma vez aberto o processo, o juiz tem a obrigação de fazê-lo andar de fase em fase até 
 exauri-lo. Também conhecido como Princípio da Ação (processo inquisitivo e acusatório) e 
 da Demanda. Exceções: artigo 878 CLT, execução trabalhista; art. 162 da Lei de Falências 
e Habeas Corpus de ofício. 
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 42. Princípio da Disponibilidade.É a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos. É a regra geral no 
processo civil, em que prevalece a verdade formal. 
 
 43. Princípio da Indisponibilidade. 
 É a obrigatoriedade de exercício dos direitos, em função de prevalecer o interesse público. 
 Regra geral no processo penal, em que prevalece a verdade material. Nestes casos, o 
 poder público é obrigado a agir. Ex. o crime é sempre considerado uma lesão irreparável 
 ao interesse público e a pena é reclamada para a restauração da ordem violada. Exceções: 
 crimes de menor potencial ofensivo. Crimes de ação penal pública, a autoridade policial é 
sempre obrigada a proceder as investigações preliminares e o Ministério Público é obrigado 
a fazer a representação penal. 
 
 44. Princípio Dispositivo? 
 O juiz só pode decidir com base no alegado e provado pelas partes. Em suma, o princípio 
 quer dizer que as partes devem ter a iniciativa para levar as alegações ao processo ou 
 indicar onde encontrá-las, bem como levar material probatório que poderá ser utilizado pelo 
 julgador para a formação do seu convencimento e fundamentação da decisão. Não é 
 absoluto. O princípio dispositivo manifesta-se sob dois aspectos: por primeiro, significa 
 dizer que a máquina judiciária apenas se movimenta mediante atividade das partes (inércia 
 da jurisdição) e, sob outro ângulo, “consiste na regra de que o juiz depende, na instrução 
 da causa, da iniciativa das partes quanto às provas e às alegações em que se 
 fundamentará a decisão”. Importância: evita-se que o juiz decida com base em provas 
 estranhas ao processo ou com base no que foi alegado, mas não foi provado pelas partes. 
 
 45. Princípio da Livre convicção do Juiz. Esse princípio se contrapõe ao Princípio 
da Imparcialidade do Juiz? 
 Este princípio regula a apreciação e a avaliação da provas produzidas pelas partes, 
 indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. Situa-se entre o sistema 
 da prova legal e do julgamento No primeiro (prova legal) atribui secundum conscientiam. 
 aos elementos probatórios valor inalterável e prefixado, que o juiz aplica mecanicamente. O 
 segundo significa o oposto: o juiz pode decidir com base na prova, mas também sem 
 provas e até mesmo contra elas. Essa liberdade de convicção, contudo, sofre 
 temperamento pelo próprio sistema que exige a motivação do ato judicial (art. 93, IX, CF; 
 art. 381, III, CPP; art. 131, 165 e 458, II, CPC etc.). Este princípio não se contrapõe ao 
princípio da imparcialidade do juiz. 
 
 46. Princípio da Oralidade. 
 O princípio da oralidade, em seu sentido mais tradicional, “consiste em um conjunto de 
 princípios distintos, embora intimamente relacionados entre si”, que são: o da “prevalência 
 da palavra falada sobre a escrita”; da “imediação entre o juiz e as pessoas cujas 
 declarações ele deva apreciar”; da “identidade da pessoa física do juiz, isto é, o juiz que 
 colher a prova é que deve julgar a causa”; da “concentração dos trabalhos de colheita da 
 prova, discussão da causa e seu julgamento em uma só audiência, ou em poucas 
 audiências próximas no tempo, para que as impressões do julgador se mantenham 
 frescas”; e da “inapelabilidade das interlocutórias para não suspender o curso da causa”, 
 todos esses princípios objetivando que a causa seja julgada pelo juiz que colheu as provas 
produzidas oralmente. 
 
 
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 47. Princípio da Lealdade Processual. 
 É o dever ético e moral de honestidade e boa-fé que se exige de todos aqueles que 
 participam do processo, repugnando-se as fraudes processuais, com o objetivo maior de 
resolver o conflito. 
 
 48. Princípios da economia processual e da instrumentalidade das formas. 
 O princípio da economia significa a obtenção do máximo resultado na atuação do direito 
 com o mínimo possível de dispêndio. É a conjugação do binômio: . A custo-benefício
 aplicação típica desse princípio encontra-se em institutos como a reunião de processos por 
 conexão ou continência (art. 105, CPC), reconvenção, ação declaratória incidente, 
 litisconsórcio etc. Importante corolário da economia processual é o princípio do 
 aproveitamento dos atos processuais (CPC, art. 250, de aplicação geral nos processos civil 
 e penal). Princípio da Instrumentalidade das Formas não importa a forma, o importante é –
 alcançar o objetivo, assim, os atos imperfeitos somente devem ser anulados se o objetivo 
não tiver sido atingido. 
 
 49. Princípio do Impulso Oficial 
 O juiz tem a obrigação de dar andamento ao processo, percorrendo todas as fases 
processuais, até a pronúncia da sentença. 
 
 50. Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário (art. 5º, XXX, CF). 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
 Também conhecido como Princípio do Direito de Ação ou de Acesso à Justiça; 
 
 51. Princípio da Celeridade ou da Brevidade (art. 5º, LXXVIII, CF) 
 A todos, no âmbito judicial e administrativo são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
 52. Norma Jurídica 
 É a forma de expressão, escrita ou não, do ordenamento jurídico. No Sistema jurídico 
brasileiro (Romano-Germânico) predominam as normas escritas. 
 
 53. Normas Jurídicas Materiais ou Substanciais 
 Criam o direito, definindo e regulando as relações; constituem o critério de julgar e sua 
inobservância leva ao “error in judicando”. 
 
 54. Normas Jurídicas Formais, Adjetivas, Instrumentais ou Processuais. 
 Disciplinam a criação e a atuação das regras jurídicas; constituem o critério de proceder e 
sua inobservância leva ao “error in procedendo”. 
 
 
 55. Qual o objeto das Normas Jurídicas Processuais? 
 Disciplinar o modo processual de resolver os conflitos de interesse mediante a atribuição 
 ao juiz de poderes para resolvê-los e, às partes, de faculdades e poderes para defender 
seus direitos, além da correlativa sujeição à autoridade do juiz. 
 
 56. Quais as características da norma jurídica processual? 
Pública, instrumental, representativa de ônus e destinada a disciplinar o processo. 
 
 
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 57. A norma jurídica é bilateral? 
 Sim, porque impõe deveres a uns e faculdades ou direitos, a outros. 
 
 58. Como se classificam as normas jurídicas quanto à incidência? 
Cogentes e Dispositivas 
 
 59. O que são normas cogentes ou de ordem pública? 
São aquelas de aplicação obrigatória. 
 
 60. O que são normas dispositivas ou facultativas? 
 São aquelas de aplicação facultativa, ou seja, depende da vontade das partes. 
 
 61. Qual a natureza jurídica das normas processuais? 
Via de regra, cogentes. 
 
 62. As normas processuais versam sobre quais assuntos? 
 Da organização judiciária, da capacidade das partes e dos atos processuais. Organização 
 judiciária - criação e estrutura dos órgãos do Poder Judiciário; Capacidade das partes –
 poderes e deveres das partesem relação ao processo; Atos processuais regulamentação –
 dos procedimentos, da estrutura e da coordenação dos atos que compõem o processo. 
 
 63. Qual a localização das normas processuais? 
Principais fontes: CF, CPC, CPP e leis extravagantes. 
Fontes secundárias: costumes, PGD, negócios jurídicos e jurisprudência. 
 
 64. Constituição Federal – Exemplo de norma processual. 
Art. 101 STF norma de organização judiciária. – –
 
 
 65. Como ocorre a interpretação processual? O que nos traz o art. 5º da LINDB? 
Através destes métodos mais a integração, ou seja, nas lacunas da lei, o juiz deve observar 
os fins sociais a que ela se destina e às exigências do bem comum. 
 
 66. O que é a integração? 
 É o preenchimento das lacunas da lei mediante a utilização da analogia, dos costumes e 
dos PGD. Art. 4º da LI . (eqüidade) NDB
 
67. Quais os meios previstos no art. 4º da LINDB para solucionar as lacunas? 
 Analogia é resolver um caso não previsto em lei, mediante a utilização de regra jurídica 
relativa a hipótese semelhante. 
 PGD são aqueles que decorrem do próprio ordenamento jurídico bem como aqueles que o 
 informam e lhe são anteriores e transcendentes. É o substrato da ciência jurídica, o início e 
o fim a que se destina. 
 Costumes são práticas reiteradas pela sociedade com a convicção de sua necessidade. –
 
 68. Princípio da Plenitude do Ordenamento Jurídico 
Significa que o ordenamento jurídico é completo, não tem lacunas. 
 
 
 
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 69. O que nos traz o art. 126 do Código de Processo Civil? 
 O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
 julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não havendo, recorrerá à analogia, 
aos costumes e aos PGD. 
 
 70. Lei Processual Penal 
Admite interpretação extensiva, analogia e PGD. 
 
 71. O que significa o Princípio da Indeclinabilidade do Juiz? 
O juiz não pode deixar de apreciar as lides que lhe são submetidas, sob qualquer alegação, 
 pois somente o Estado possui o poder de dizer o direito. O juiz não se exime de sentenciar 
 ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei (art.126, CPC). 
 
 72. O que é Direito Adquirido? 
 Art. 6º, parágrafo 2º, da LI - Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu NDB
 titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha 
termo prefixado, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
 
 73. O que é Coisa Julgada? 
 Art. 6º, parágrafo 3º, da LINDB - é a decisão judicial transitada em julgado, ou seja, é 
aquela em que não cabe recurso. Pode ser: 
Formal no âmbito do próprio processo, que não pode ser rediscutido; –
Material impede que a decisão seja discutida em outro processo. –
 
 74. O que é Ato Jurídico Perfeito? Art. 6º, § 1º LINDB 
 É aquele realizado de acordo com a lei vigente na época em foi concluído. 
 
 75. Explique a Teoria do Sistema da Unidade Processual e as suas hipóteses. 
 O processo é um todo, indivisível. A lei nova que entra em vigor só é aplicada no processo 
 se este reiniciar todas as suas etapas. Pode optar por terminar o processo com a lei antiga. 
 A lei processual, neste caso, é retroativa. Apesar de se desdobrar em uma série de atos 
 diversos, o processo somente pode ser regulado por uma única lei, a nova ou a velha, de 
 modo que a velha teria de se impor para evitar a retroação da nova, com prejuízo dos atos 
já praticados até a sua vigência. 
1ª hipótese incidência da lei velha começa e termina com a lei velha; – –
 2ª hipótese incidência da lei nova reinicia-se o processo com base na lei nova, – –
desprezando-se todos os atos processuais praticados com base na lei velha. 
 
76. Teoria do Sistema das Fases Processuais. 
 As etapas do processo constituem unidades e a lei nova somente poderá ser utilizada no 
 início da etapa processual seguinte. Neste caso, a lei processual é irretroativa. 
 Distinguem-se diversas fases processuais autônomas: postulatória, probatória, decisória e 
recursal, cada uma susceptível de per si ser disciplinada por uma lei diferente. 
 
 77. Teoria do Isolamento dos Atos Processuais. 
 Aos atos processuais ainda não realizados, aplica-se a lei nova, respeitados os atos 
realizados pela lei antiga. A lei processual, neste caso, é irretroativa. A lei nova não alcança 
 os atos processuais já realizados, nem seus efeitos, mas se aplica nos atos processuais a 
 serem praticados, sem limitações relativas às fases processuais. Art. 2º, CPC a lei –
 processual aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos já realizados sob a 
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 vigência da lei anterior; Art. 121, CPC ao entrar em vigor, suas disposições aplicar-se-– ão 
desde logo aos processos pendentes. 
 
 78. Princípio Tempus Regit Actum 
 É o próprio sistema de isolamento dos atos processuais, consagrado nos arts. 2º e 1211 do 
 CPC e também no art. 6º da LI , que diz: a lei em vigor terá efeito imediato e geral, NDB
 respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. As normas ao 
 serem criadas somente devem disciplinar os atos futuros, ou seja, que vierem a ser 
praticados. 
 
 78. Qual o Sistema que adotamos em nosso ordenamento jurídico? Qual o artigo 
do Código de Processo Civil que faz referência ao sistema adotado? 
Sistema de isolamento dos atos processuais. Art. 1211. 
 
 79. Com relação aos processos findos como devemos proceder? 
A lei não retroage. Os processos já encerrados não são alcançados pela lei nova. 
 
 80. Com relação aos processos a serem iniciados como devemos proceder? 
Aplica-se a lei nova. 
 
 81. Quanto à prova como se comporta no direito processual e no direito material? 
 No direito processual, prevalecem as provas formais (verdade formal), baseadas nas 
 normas vigentes na época da produção da prova e no direito material prevalecem as 
 provas materiais (verdade material) existentes no momento da constituição da prova. 
 
 82. Norma Processual no Espaço (Lex Fori – art. 1º, CPC) 
 Princípio da Territorialidade eficácia espacial das normas. Sempre que no território –
brasileiro seja proposta uma ação contra brasileiro ou estrangeiro domiciliado no país. 
 
 83. Qual a novidade trazida pela constituição de 1946 para a organização judiciária? 
Justiça do Trabalho, como órgão do Poder Judiciário. 
 
 84. O que é a Lei dos Ritos? 
 É o CPC, Lei nº 5.869, de 1973 (CPC), idealizada por Alfredo Buzaid, que introduziu o 
Processo Cautelar como processo autônomo. 
 
 85. Quando se iniciou a atual reforma do processo civil? 
Com a Constituição de 1988 nomeou o STF como guardião da CF e criou o STJ; –
Mini-reforma 1990, EC nº 45/2004, Processo Eletrônico e Citação eletrônica. –
 
 86. Quais as funções do Estado? 
Administrativa, Legislativa e Jurisdicional. 
 
 87. Função Jurisdicional 
 Caracteriza-se pela imparcialidade do órgão jurisdicional, que exerce a sua função sem 
interesse no resultado da sua atividade. 
 
 88. Função Legislativa 
 Atua em hipóteses consideradas em abstrato, criando normas aplicáveis a todos os fatos 
futuros que venham a se adequarà descrição contida na norma elaborada.

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