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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR AULA 06 – EC6 Saúde Mental Profª Walquíria Silva HUMOR TRANSTORNOS AFETIVOS DO HUMOR È uma condição psiquiátrica caracterizada por episódios de alternância de quadro de humor de difícil controle – Depressão ou Mania. A alteração do humor vem acompanhada de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. DSM-IV-TR, APA, 1995 A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes. TRANSTORNOS AFETIVOS BIPOLARES (OMS, 2004) FISIOPATOFISIOLOGIA DO TBH AMBIENTE COMPORTAMENTO Cognitivo/Afetivo/Sensomotor SISTEMAS Circuitos neurais CELULAR Crescimento celular Sobrevivência/Morte Morfologia celular MOLECULAR Suscetibilidade Genética Gens Protetores Fatores de Transcripção mRNA Neurotransmissão: Neurotransmissores e Neuropeptídeos Conectividade Sináptica Fatores Ambientais: Estressores psicossociais Fatores Internos: Deprivação de Sono EIXO HPA/gonadal TÔNICA DO TAB Alternância da fase Depressiva e/ou Mania, podendo ser iniciado por qualquer uma, de forma abrupta ou gradativa. Formas mistas do TAB Mania Depressão Hipomania HUMOR elevação persitente, expansividade ou irritação pode haver sintomas psicóticos Duração: 1 semana Humor depressivo, perda de interesse ou prazer em quase todas as atividade alucinações e delírios congruentes com humor Duração pelo menos 2 semanas, na maior parte do dia , quase todo o dia Sintomas: pelo menos 5 , sendo que pelo menos um deve ser humor depressivo ou perda do interesse prazer ganho ou perda de peso insônia ou hiperônia retardo ou agitação psicomotora falta de energia, cansaço culpa diminuição da concentração, raciocínio e capacidade de tomada de decisão pensamentos de morte e suicídio CLASSIFICAÇÃO TRANSTORNO BIPOLAR I / 22.bin TRANSTORNO BIPOLAR II / 23.bin CLASSIFICAÇÃO DEPRESSAO / 24.bin TRATAMENTO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO THB - ESTABILIZADORES DO HUMOR Sais de Lítio O lítio é reconhecido como o tratamento de eleição para a maioria dos casos de mania aguda e para a profilaxia das recorrências das fases maníaco-depressivas. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO THB ESTABILIZADORES DO HUMOR Anticonvulsivantes Apesar da eficácia comprovada dos sais de lítio, uma percentagem não desprezível de pacientes não respondem ao mesmo ou apresentam problemas de intolerância. Valproato Carbamazepina Oxcarbazepina TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO THB ANTIDEPRESSIVOS Antidepressivos Triciclicos: imipramina, clomipramina ISRS: paroxetina, fluoxetina ( recaptção da serotonina) IMAO: seleginina ( Monoamina Oxidase) Átípicos:bupropiona TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO THB - ANTIPSICÓTICOS Antipsicóticos Incisivos: Haloperidol e Flufenazina Sedativos: Amplictil, Neozine Atípicos: Olanzapina, Quetiapina TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO THB PSICOTERAPIA Psicoterapia Terapias individuais. Terapias de família. Técnicas cognitivo-comportamentais. Promovem melhoria dos aspectos subjetivos, como autoestima, autoconhecimento, relações interpessoais, etc. TRANSTORNO DEPRESSIVO Transtorno mental grave, de curso episódico, recorrente ou persistente ao longo do tempo; Prejuízos funcionais nas esferas: psicológicas, comportamentais, sociais, familiares e ocupacionais. Corresponde a 4,4% do impacto de todas as doenças na saúde global; Prevalência de 16 a 20% ao longo da vida; Incidência 2 x mulheres; Idade média de início 30 a 35 anos. TRANSTORNO DEPRESSIVO – FATORES DE RISCO TRANSTORNO DEPRESSIVO - ETIOPATOGÊNESE: TRANSTORNO DEPRESSIVO – APRESENTAÇÃO CLÍNICA TRANSTORNO DEPRESSIVO E SEUS TIPOS DEPRESSÃO REATIVA OU SECUNDÁRIA: - Surge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doença física importante (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, etc.), uso de drogas. - Corresponde a mais de 60% de todas as depressões. TRANSTORNO DEPRESSIVO E SEUS TIPOS DISTIMIA É uma desordem depressiva crônica durando pelo menos 2 anos em adultos e que se manifesta pela presença da síndrome depressiva, onde o paciente consegue funcionar socialmente mas sem experimentar prazer. DEPRESSÃO MENOR Caracterizado por episódios depressivos mais leves, mas que ainda carregam um mínimo de 3 a 4 sintomas. TRANSTORNO DEPRESSIVO E SEUS TIPOS DEPRESSÃO MAIOR OU UNIPOLAR É uma desordem depressiva primária, endógena, que não tem relação causal com situações estressantes, patologias orgânicas ou psiquiátricas; caracterizada por episódios puramente depressivos em períodos variáveis da vida do paciente geneticamente predisposto à doença. Resultaria de uma inclinação inata determinada por fatores hereditários e bioquímicos. Corresponde a cerca de 25% de todas as depressões. DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Possui relação com prevalência de casos na família, que se manifesta não só em adultos, mas pode dar indícios em crianças e adolescentes. O que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar. DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS – DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Em média 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe risco de surgirem distúrbios bipolares; As fases de depressão se alternam com fases de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, ideias de grandeza e comportamentos de risco. CRITÉRIOS DSM V 1. Baixa do humor (tristeza, desânimo) 2. Anedonia, perda do prazer 3. Aumento ou diminuição do sono 4. Aumento ou diminuição do apetite ou peso 5. Aumento ou diminuição das atividades 6. Falta de energia 7. Falta de concentração 8. Baixa da autoestima 9. Sentimento de culpa 10. Idéia de morte, doença ou suicídio DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS DEPRESSÃO MAIOR: Pelo menos cinco dos sintomas relacionados. Pelo menos um dos dois primeiros deve estar presente. Os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas. DISTIMIA: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS - TRATAMENTO Farmacoterapia: antidepressivos Psicoterapia: terapia cognitiva, interpessoal, comportamental, familiar. ECT DISTÚRBIOS DEPRESSIVO - TRATAMENTO: FASES Aguda Objetivo: remissão dos sintomas e melhora do funcionamento psicossocial Duração: em geral, de 6 a 8 semanas Continuação Objetivo: prevenção de recaídas e recuperação do funcionamento psicossocial Duração: em média, de 4 a 9 meses Manutenção Objetivo: prevenção de recorrências Duração: indefinida FARMACOTERAPIA DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS Antidepressivos tricíclicos (ADT) Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) Inibidores da monoamina oxidase (imao) Antidepressivos atípicos DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS Antidepressivos tricíclicos (ADT) Imipramina, desipramina, clomipramina. Bloqueia a recaptação de aminas pelas terminações nervosas através de sua competição pelo sítio de ligação das proteínas transportadoras. Potencializam a transmissão realizada pela 5-ht e na. Perigosos em superdosagens: toxicidade aguda. DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) Fluoxetina, paroxetina, sertralina. São recomendados na depressão, síndrome do pânico e distúrbios obsessivos-compulsivos (TOC) e fobia social. DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS Inibidores da monoamina oxidase (IMAO): Fenelzina, selegilina, iproniazida. Inibição irreversível das enzimas mao (a e b). Mao-a possui como substrato essenciala 5-ht. Mao-b possui como substrato essencial a feniletilamina Ambas atuam sobre a na e dopamina. Efeitos colaterais associados às inibições da mao-a. Aumentam consideravelmente a 5-ht, na e dopamina cerebral = euforia e excitação. DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS ANTIDEPRESSIVOS “ATÍPICOS”: Trazodona, bupropiona, maprotilina Bloqueadores fracos da captação de monoaminas Ação curta DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS Antidepressivos ADT ISRS IMAO Exemplos Imipramina Desipramina Clomipramina Fluoxetina Paroxetina Sertralina Fenelzina Selegilina Efeito Imediato sobre o humor Sedação Nenhum Euforia DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS EXAME DO ESTADO MENTAL: Retardo psicomotor; Humor, afeto e sentimentos; Linguagem; Perturbações da percepção; Pensamento; Controle dos impulsos; DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS CAUSAS DE ABANDONO DO TRATAMENTO ANTIDEPRESSIVO: Sentem-se melhor Efeitos adversos Medo de ficar dependente Sentimento de desconforto Falta de eficácia “Tenho que me curar sozinho” PROCESSO DE ENFERMAGEM Investigação Histórico Familiar; Recidiva do quadro e que fase prevalece; Uso regular da medicação e psicoterapia; Ambiente familiar. Diagnóstico Identificação da fase aguda e seus sintomas presentes no momento. / / PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO Otimizar a saída da fase aguda. Internação Melhorar a adesão ao tratamento. Orientar sobre a importância dos psicofármacos; Estimular uso contínuo dos psicofármacos; Orientar e estimular a prática de psicoterapia. / / AVALIAÇÃO Acompanhamento ambulatorial Consultas periódicas médicas e de enfermagem; Participação familiar. / PLANO DE CUIDADOS PARA CLIENTES DEPRIMIDOS Risco de violência autodirigida relacionado a humor deprimido, sentimento de menos valia, raiva voltada internamente para própria pessoa, interpretações errôneas da realidade. PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM Perguntar ao cliente diretamente: “ Você já pensou em se ferir de algum modo? Em caso afirmativo, “o que você planeja fazer? Você tem os meios para colocar em prática esse plano? ” Criar um ambiente seguro para o cliente. Formular um contato verbal ou escrito de curta duração no sentido do cliente não se ferir. Encorajar o cliente a expressar com franqueza os sentimentos inclusive de raiva Distúrbio da autoestima relacionado a impotência aprendida, sentimentos de abandono por ente querido, distúrbio de cognição estimulando visão negativa da própria pessoa evidenciado por expressões de menos valia, hipersensibilidade a insultos ou críticas, perspectivas negativas e pessimistas. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Aceitar o cliente e passar tempo com ele ainda que o pessimismo e negativismo pareçam passíveis de objeção. Focalizar os pontos positivos e as conquistas e minimizar os insucessos. Encorajar o paciente a ser o mais independente possível. Ensinar técnicas de assertividade e comunicação. Impotência relacionado a processo de pesar disfuncional, estilo de vida de impotência evidenciado por sentimento de falta de controle sobre a situação de vida, dependência excessiva dos outros para a satisfação das necessidades. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Encorajar o cliente a verbalizar sentimentos sobre áreas cuja o controle não esteja ao seu alcance. Sofrimento espiritual relacionado a luto disfuncional relativamente a perda de um objeto que se preza, evidenciado por raiva de Deus, questionar o sentido da própria existência, incapacidade de participar nas praticas religiosas habituais. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Aceitar e não fazer criticas quando o cliente expressar raiva e amargura em relação a Deus. Encorajar o cliente a verbalizar sentimentos relacionados ao sentido da própria existência . Assegurar ao cliente que ele não estar sozinho ao se sentir inadequado na busca das resposta da vida. “É como se minha vida fosse magicamente dirigida por duas correntes elétricas: contente positiva e desesperançada negativa — a que estiver em ação no momento domina minha vida, inunda-a. Agora estou inundada de desespero, quase histeria, como se estivesse sufocando. Como se uma grande coruja musculosa estivesse sentada em meu peito.” Sylvia Plath DEPOIMENTO DE UM BIPOLAR Quando soltamos uma boa gargalhada, nem imaginamos o quanto estamos ajudando o nosso organismo. O ritmo cardíaco acelera. Em alguns casos, os batimentos podem atingir 120 pulsações por minuto - em repouso, o coração tende a bater, em média, 70 vezes por minuto. Quando a pulsação aumenta, o sangue passa a circular pelo organismo mais rápida e intensamente, o que provoca um aumento significativo na oxigenação de todas as células, tecidos e órgãos. Mais vida pulsando!
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