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Capítulo 6 Transistor efeito de campo ELET~ÔNICA 2 mm is1or efei to de campo (FF,.T,fie/d tjfm trmisinor) é um dis- positivo que controla o fluxo de corrente por meio da censáo aplicada em um de seus rerminai , , diferenremenre do rra.ns iscor blpobr (BJT, bipolar j 1mctio11 trt1Y1Jistor), cm que o fluxo de corrente depende da om:mc aplicada cm seus icrm inais. prindpio de fun ionamemo de e dispo- si tivo esrá baseado na modulação ap licada em seus elementos (portas) , que ,,ai controlar a corrente que circulará em uma região denominada canal. Existem basicamente dois tipos de transistor efeito de campo: MOSFET (metal- ·oxide-semiconductor FET), também chamado de IGMOS (insulated gate MOS) ou transistor MOS, e JFET (junction FET). Os MOSFETs são mais usados, principalmente em circuitos integrados e como dispositivos de potência. Esses transistores podem ser encontrados com polaridades de canal N e canal P. Existem muitas diferenças entre o transistor efeito de campo e o transistor bipo- lar; as principais são: • Controle do fluxo da corrente: no FET é por tensão e no BJT por corrente. • Impedância de entrada: no FET é muito alta (> 1 MO) e no BJT baixa (por causa da junção PN polarizada diretamente). • Tipo de portador: no FET é um elétron livre ou lacuna e no BJT são elétron e lacuna. • Ganho de rensáo: no FET é menor que no BJT. 6.1 Transistor efeito de campo de junção A figuni 6.la mos1rn, de manei ra simplificada, n esrrucur:i fülc de um transi t0r cfci10 de campo de junção ca nal N . A figu ras 6. lb e 6. lc ilustram a simbologia para canal N e canal P, respectivamente. Observe que o dispositivo tem três terminais: o dreno (D, drain em inglês), a fonte (S, source) e a porta (G, gate). A dopagem da região da porta é muito maior que a do canal; desse modo, a região de depleção (região de carga espacial) será muito maior do lado do canal. Observe nas figuras 6.lb e 6.lc que a posição da seta no meio ou próxima à fonte pode sugerir que é possível trocar o dreno pela fonte, o que é permitido em alguns modelos, mas não em todos; a simbologia em que a seta está mais próxima à fonte identifica os dispositivos que permitem essa troca. Na literatura sobre o tema. é po ível i:nconctat as dllaS in1bologias. O sentido da seta indica o sentido deconduçáo. como em um diodo com um de junção ponce-cnnal fPN). lº'-1 D D G~ G-4; D SCfan~ G~ G~ ' (a) (b) (e) Para entendermos o funcionamento, vamos analisar o modelo JFET canal N . Para o modelo JFET canal P, basta inverter o sentido da corrente e das tensões. Consideremo inicialmente, na figura 6.2a, a rensáo V05 = O e a 1cn -o Vcs polarizando reversamente a junção P . essas condições, o canal entre o dreno e a fonte está roralmente aberro e com determinado valor de resistência. Corno a rensâo aplicada nessa resistência é 1.ero, a correnre rn 111bém é zero (10 = O). Se eleva rmos a tensão de porta, a polarização reversa aurncaca, o qllc faz a região de carga espacial avançar no canal até fechá-lo totalmente (figura 6.26). Observe que a região de depleção avança mais no canal do que no lado da porta, porque a dopagem da porta é maior. Região de carga especial D (a) (b) Figura 6.1 a} Estrutura flsic;a de JITT canal N, b) simbologia para JFET canal N e e) s,mbolog1a para JFET canal P. Figura 6.2 a) Polarização da porta com tensão negativa e b) fechamento total do canal CAPITULO 6 ELHRÔNICA 2 Figura 6.3 a) Polarização do dreno com tensão pequena (0.1 V) e b) pinçarnento atingido 01,). O va lor da tensão de porta (Vp) que provoca o fechamenro rotai do canal é cl1amada de tensão de pinçamenro (pinch-off, em inglês), apresentando va lor negativo para cana l N e positivo pa ra canal P. Ag ra , v:1mo nsidcrnr VGs = O e plicar uma u:n ão entre o dreno e" fonte com a polaridade indi ada na ligura G.3, que acontece com a corre me quando V05 varia! 1 nida l mcme, como o v;ilor de V 0 5 e baixo, a região do canal praricameme náo se alcem e, dencro de cerros li mires. o dispositivo se comporra como resisrencia (figura 6 .3a). À medida que V08 aumemn (ligurn 6.3b). a corrente de dreno se eleva. causando queda de 1cn,áo ao longo do canal e seu afunilamento. A cor- reme de dreno provoca emre o pomo A e a fonte uma censão VA e emre o ponto B e a fonre um, rens:io V6 , ou seja, VA > V8 . Essa ren ões são aplicadas na junçiio de maneira rever a, e no ponto onde a tensão reversa e ma ior a re- gião de carga espacial avança mais no canal, isto é, o estreitamento é m:i.ior pr6xi mo ~o dreno. G la) (b) e trcítamcnto m:iidmo o orrc qu, nd o v, lor da tcns.io de dr1·no é igua l (em módulo) à de pinçamento. Se a tensão de dreno continua aumentando, o dispositivo passa a se comportar como fonte de corrente constante. Isso porque as regiões de carga espacial não se unem e o estreitamento aumenta ao longo do =al (figura 6.4). Desse modo, a corrente de dreno se manté m aproxi madamenre consranre em 1055. a pra11ca. exisre pequeno aume mo cm 10 quando V05 se deva a lém de VF" e, tcn fto de drcn ontinuar. u- memando, provocara a rup rura da junção, destruindo o dispositivo. Essa rcns.ln é d lgnad~ por BVoss• V,,.> IV,j 6.1.1 Curvas caracterlsticas de dreno 1\ figu r:1 6.5 ilum:i o gráfico do comporcamtmo do JI' ~ c,m:i.l com Vp =-2 V, V05 = O e rens o de dreno varian o. Quando V05 = O, a orrcnre de dreno 10 rambé111 é ,em. Conforme Vos aumcnra e se ma ntém cóm valor menor que Vp, o con1porra.mento é o de um resistor, isro é se a tensão de dreno se eleva, o valor da correme de d reno aumenra proporcionalmeme. A região de operação é chamada. de regifo ôh miCà. À medid~ que a rensiío de dreno se aproxima da ren'>ão de pinçam(;nto, o canal se aproxima do estreitamento máximo e a curva começa a se incl ina r. Se a tensão aumenm além desse ,·alor, n variação d.a correme de dreno praricnmenre não exJsre. Diz-se que o disposirivo emrou na regiiio de saturação 011 de ampli lia,ç;ío. Va mos considerar um e emplo em que a ren lo de porta é VGs = - 1 V e a ren ã de d reno est:í variando. esse caso. obn!m-sc: uma curva scmclhame à da figura 6.5, porém com valor de corrente na saruraçáo menor que 1088 • 1 ..!? 0.000 , .000 2.000 l.000 ..COO 5.000 6.000 7.000 uoo Vo< (V) Figura 6.4 Aspecto do canal quando a ten5âo de dreno aumenta alem de V •. - O significado de saturação no FET é oposto ao do transistor bipolar. O valor da tensão de dreno para a qu11l ocorre o pinçamento maximo é V0 5 = 2V e IV•I• Figura 6.5 Curva característica de â-=o para Vc., = OV para JFET com V,= - 2V. CAPITULO 6 ELH RÔNICA 2 Figura 6.6 Curva caracter-fstica de dreno para dNeí50s valores de V C:S· 5.000m 4.000m < 3.000m ~ - º 2.000m ..... , 1.000m 0.000,n 0.000 Figura 6.7a Curvas Cílracter<st,cas de dreno. 5.000m • ,6 MA 4,000m :;- 3.C00m ~ 2,6MA - º 2.000m 1,2MA 1.000m O,l MA 0 .000m 0,000 A f1gura 6.6 mosrra a curva caracrerísricu de dreno para alguns lores de VGs· Obs.-rvc que das não são cquidiscanrcs nem lineares. v .. ~-o.sv t t v.,-- ,v 1.000 2.000 l.000 •.ooo 5.000 a.ooo 7.000 ll.000 v .. M 6.1.2 Curva característica de transferência onsider~rnos. para o gnifico da fi gura 6.7a, um dispositivo com V 05 = 4 V. Asso iado a cada valor de VGs exlsce um v,ilor de 10 . e desenharmos o gráfico de 10 • VGs• b1ercmo . curv~ nraccc rlsrk :i d~ rrnn,fortn i,. poi os V:tlorc de entrad, s,io rr:ms rido parn a saíd •. A fig ura 6.7a mo tra como obcer n,1s curvas aracrerí d de dreno O.'l dndo, pa • de. enhar o gmfi da figuna 6.7b. (a) \t.&1- "'. D,.5 V v .... ... ,v 1,000 2.000 l .000 <l.000 5.000 6.000 7 .000 8.000 (b) lo (MA) --------------------~ 5.0 1 .... 1. 1 2.0 v, -1.5 -1.0 -0,5 4,6 4.0 3.0 2.6 3.0 1,l 1.0 0,3 A equação que relaciona corrente de dreno com tensão de porta é dada aproxi- madamente por: em que 1058 é a corrente dedreno na sacuraçáo para V05 = O e Vp a ce~o de pi nçamcnto. 6.1.3 Transcondutância se é um importante par5mcrro de um FET, defi nido por: · ·se p:11~ mcrro é nun1cricamcncc igu 1 :i. incli11a ão (dcrivnd:i) cm determi- nado ponto da urva de uan fcrencia. fig ura 6.8 m tra o significado da Lrnnscond miln a. Figura 6.7b Curva caracten'stic:..a de transferência. CAPITULO 6 llET~Ô NIC _. l Figura 6.8 Obtenção da vanscondutãnc,a a partir da curva de transferência. l0(mA) 1.., 5,0 4,6 4,0 3.0 2.6 2.0 1.0 Resistência de saída A resistência de saída representa fis icamente a inclinação da curva na região de saturação. Ela pode ser determinada por: V. ío = :.::.::..l!t (6.3} ó los Em um circuito idea l, o va lor de r0 deveria ser in finiro, isro é. na região desa- rur:1çfo, para determinada variação de tensão de dreno, :, va riaç~o da corrente de dreno seria zero e , portanto, as cur vas ficariam pandeias ao eixo horizontal. 6.1.4 O principio de funcionamento como amplificador Consideremos o circuito da figura 6.9, ampli ficador d reno comum. O JF ET uti- lizado nesse circuito apresenta as características ind icadas na figu ra 6.7. Na entra- da, a tensão da bateria polariza a porta em - 0,5 V (ponto Q). Se a esse valor de rensão é adicionada uma rensáo senoidal de 0,25 V de pico (óVGs = Vg, = 0 ,25 V), a rensão de porca varia enrre -0,25 V e -0,75 V, deslocando o pomo qu ies- cente entre A e 8 na rera de carga. Consequentemente, a tensão entre o d reno e a fonte também varia. Como essa variação é maior que a da tensão de porta, há ganho de tensão no dispositivo. Para não ocorrer d istorção, a variação deve acon- tecer em um t recho aproximadamente linear das curvas de dreno ou de transfe- rência. O ganho de tcnsáo nos am plifi cadores com .FET co tuma ser menor que nos nmplilicadores com tra.nsisror bipohr (BJT). R., 2~ (a) V • 0,,V v., v, O..B V., (bJ 50 •A> lJ) 2.0 ,.o O.O lo.DO J» {MA) $.O •.6 <J) "~ : 1, = Al0 I J) ·2.D 1.0 -<I.S o.o o.o v.1vi 2 V • V • AV_, _ __, .. (e) Oucra maneira de moscrar o principio de operação do FET como am püficador é por meio d~ urva de: uan fcrên fo (10 • Vc,s). Nu figura 6.9 , ess,r curva ui re- presentada com um sin al de 0.25 V de pico aplicado ao redor do ponto quiescen- te Vaso = -0.5 V. A variação da tensão de: porta provoca alteração na corrente CAPITULO 6 Figura 6.9 Ampírfiador dreno comum: a) oro.J1to, b} curvas de dc,mo com reta de carga e e) curva de 1ransferência mostrando a relação entre a entrada 01 u.) e a saída O" ou Vr,,;). EléT~ÔNICA 1 Figura 6.10 Fonna.s de onda do crcuno da figura 6.9a para VCNJ = -0,5 V. de dreno, que, ao passar pela resistência de dreno, volta a ocasionar variação de tensão no dreno. O ganho de tensão é então calculado por: Av = Vs = Ro . lo (6.4) v, VGS As formas de onda da entrada e da saída estão representadas na figura 6.10. Para essas condições, o ganho de tensão pode ser determinado por: esse aso, a saída é 6.64 vr:zcs mai r que a cmrad e defasada de 180º. Pode- mos apresenlllr essa in formação de outro modo. dizendo simplesmente que o ga nho vale -6.64. ... .. v ... s.a ,. - ... . ].JJ ll 6.1.5 Polarização do JFET uando escudamos Ir.ln i 1or bipolar, vimo que polariur um 1ransls1or ig- nifi a I caliu,r seu pon~ qukscencc ( . ·s a polariuição g:,ramc 1uc, ao va- riarmos a tensão de entrada, o ponto Q se desloca na reta de carga de tal modo que permanece na região de amplificação ou região ativa (região do patamar das curvas de dreno). Se o ponto Q não for bem localizado, pode ocorrer aumento da distorção no sinal de saída. Vamos analisar o que ocorrerá com o ponto Qrepresentado na figura 6.!0a se o sinal ap.licado .:ontinuar tendo ampl.i tudc de 0,5 V ,.,. porém alterando Vcso para -l ,5 V, Ob.servc na Eigur.1 6.1 1 como passa m a ser as formas de onda. o o.sv,.. ~ Note que houve redução da amplitude do sinal e elevação do grau de distorção, ocasionando mudanças na localização do ponto Q. Polarização fixa Retorne ao circuito da figura 6.9a e veja como a polarização está ocorrendo; fa lrn um ca min ho pa.ra a correme reversa da junção P . No circui to da figu ra 6.1 2, também há polariz.1çío, po rém o caminho para a corren[e reversa é pela resistência RG. Se dura nte a polarizaçáo a corrente reversa é d esprezada, a queda de te.ns!\o na re,i cencia R., cende • zero e, porrnnto, V05 = V00. Para que :ir.,_ sisiência de enrrada apresenre o maior valor possível, recomenda•se que o re"L,mr R., rcnh, rc,lsrfn ia elevada. mo na pr.íci a , orrcnrc rcv nrn não é zero e d pende da cemperacura, a rcnsão e etivamenc de polariza o diminuiria. R,, 2K +-- c,1-----v-:~ .. c.•:n:V< V .J A fi gura 6.13 ilusrra a derermin açâo do pomo Q de manei ra di reta, isco é, com VGsa = - 0,5 V Para isso, desen ha-se a teca de carga do d reno e observa- e onde e.la imcrcepta a curva de VGS = - 0 ,5. É essa imerseçáo que decermina o pomo Q pa ra os ou"os valores. Assim: loq = 2,6 mA V 000 = 10 - 2 K • 2,6 mA = 4,8 V. que é igual ao valor obtido dirernmence no gnífica da figura 6.13. Figura 6.1 1 fom,35 de onda do c,rcutto da figura 6.9a paraV0 ,Q = l,S V. CAPITULO 6 Figura 6.12 Amplificador rente comum com polanzaçào fixa. ELHRÔNICA 2 Figura 6.13 De-..ermina~o do ponto Q- potanza,;ão ~xa. Figura 6. 14 Amphficador fonte comum com autopolanzaçao. l,(M.,\) 5.0 40 3.0 2.0 1.0 o.o o.coo Autopolarização O ir uiro de pobriz3ç5 6x usa duas fonre.<: V00 e V00• ircuiro d:i figura 6. 14, conhecido por au1opola rizaçáo, ur ili za sc,menre 3 fonre V00 para polarizar o dreno e a pon:a. e c:iso, a polari,.aç;io ocorre por meio da tens.lo cm R6 , isto é, V GS= -R6 • 10 , admitindo que a corrente revt>JSa é desprezível; puna.mo, a queda de tensão em f¾G também pode ser considerada igual a zero. 10V Para o clrcui10 da figura 6.1 , sao vál idas as equações: o circuito de aumpolariz.ação, ao desenhar a reta de ca,ga no circu ito de dre- no, a deiermin:içio do ponm Q não é táo simples como no caso do circu ito de polariwçáo lixa. pois o valor de VGso é itrt flOStO por uma fonr..- eparada (V0 ~. Parn determinar o pomo no ircuico de amopolariza .i , ê a on d h, vcl u nr a curva d rran fer'ncia. A incerseç. o dessa curva com a reca de Cllrg:i da fome dctcrm I na o ponto Na figura 6.15, com a determinação do ponto Q, podemos obter os seguintes valores: VGso = - 0 ,52 V e 100 = 2 ,57 mA. Portanto: V050 = 10 - (0 ,2 + 2) · 2 ,57 mA = 4,35 V .z m dos problemas que os transi tores efeito de campo apresentam é a variação de parâmetros. Por exemplo, pJ_rll wn mesmo úpo de tn n. isror, n valor de Vp pode var iar cmre dois limhcs, ahcrondo, consequcncememc. o ponto de operação. A figura 6.16 mosrra o que a onr e com o pomo quando 0 11 id ram,, <lua curvas-l i mire. uma para um ITTn inor com Vp = - 2 V outra com VP = -1,8 V parn doi.i vo !ores de re, i>têu ia de fonte: R5 = 200 n e R5 = 1 000 n. bserve que, quanro maior o valor de R6 , menor é a variação ( lo). porém o ponto de operação se dar:í em uma região menos linear e de menor ganho. Figura 6.15 Curva de tr.msferência e .-.,ra de carga da fonte. Figura 6.16 lnfiuênc,a da vanaç o do ponto Q quando V, e são diferentes e para óferentes valores de 1\. CAPITULO 6 ELHRÔNICA 2 Figura 6.17 Reta de carga da fonte para 1} ~utopolanzação e 1) polarização por- dM.- de tensão. -2 -1.S Figur.a 6.18 a) Polanzação por· drw;or de tensão e b} momo eqUtvalente de porta Polarização por divisor de tensão Como vimos no circuito de autopolarizaçáo, o resiscor R5 deve rer o maior valor de resiscencia possível para que variações 110s parimerro do FET nâo cal.l$em mudanças no pomo Q. l , porém, leva o lrculco a pcrar com baixos va lor~s de corrente e, em consequência, baixo ganho de tensa.o. masoluçio para traba- lh. r m ,~tore. de Rs maiores em\indi ado no gr:ifi da figura 6. 17. -1 -0.5 o V.,(V) o.s 1.5 Nesse gráfico, podemos observar que a inclinação das duas retas é a mesma (a inclinação depende do valor da resistência). Observe que a reta 2 se estende para valores de V GS positivos. Os ci rcuitos da figura 6.18 perm item obter o gráfico da reta 2 da figura 6.17. A equação da reta 2 é: li, lb) Ob,servc que aparemememe • f, me VGG polarl1,. ,i porr, de maneira direita, ma de fato isso não acontece, pois a tensão aplicada em Rs é alta o baseante para que VGs < O. Desse modo, podemos obter: Polarização por corrente constante Considere um circuito em que na fome seja colocado um gerador de corrente on tantc de valor lss; portan,o, 10 = 155. Ess:i ~itu. ão corresponde • ter um va lor de R5 e tn:mamcnce elevado; u e n cquência ê que se houver va riaç.ão de par:irnerro a variaçlo de corrente é zero. ·2.50 -2.00 ·1.50 -1.00 -0.50 o.o R,. e, v, e, R. v. 1\. v .. v.., e.. Figura 6.19 Crclll o ele polanza.ção por íonte de corrente constante. CAPITULO 6 ELH RÔNICA 2 Figura 6.20 Aspeao físico do JITT BF245A. com encapsutamento T0 -92. Tabela6.I l.Jmrt.es máximos do JFET BF2'4SA {T, = 25 'O, a figura 6.19, o dispositivo TR, é um transistor amplificador e TR2 um trn n- sisror que é funre de com:nre constante. Para dererminarmos R5, devemos im- por um valor de 10 - por e:xemplo . 2 mA - , consulrar a curva de uansferência e determinar qual valor de VGs corresponde a esse va lor em 111- upondo que a u rva u ·ada scj a maxima (Vp = - 2 V), o va lor dcrcrminado será de aprox lmn- da meme 0,68 V. Emiio. o va lor estimado para Rs será de: Rs= O,GSV = 034K =340'1 (6.19) 2mA ' Exemplo de JFET comercial Vamos considerar apenas um exemplo de JFET comercial, o BF24SA. A figura 6.20 mostra a pinagem e o aspecto desse dispositivo; na tabela 6.1 , encontram-se os limites máximos; e a tabela 6.2 ap resenta a lgumas caracte- ríst ica elérri a . . Voo O.-ain-Gate Volcage 30 V Vos Gate-Source Volcagc 30 V loF Forward Gate Current 10 mA Po Total Device Dissipation @TA = 25 •e 3S0 mW Oerate above 25 ºC 28 mW/"C TJ,T STG Opeming and Scorege Junctlon - 55 - 150 ·e Tempe.-a.ture Range - Parameter Test Conditton • V1a~JB$< Gate-Source BreakdownVolcage Vos = O, 10 = 1 µA Gatc-Sourcc Bf245A BF24SAB BF245C V00{off) Gate-Source Cut,0/JVoltage loss Gate Reverse Currenr Zero-Gace Volcage Orain Current BF245A BF14SAB BF245C Common Source Forward Transconduccance Vos = 15V, 10 = 200µA V05 = 15 V, 10 = 10 nA VGS = 20V, Vr,s = O Vos= 15V, Vos= O VGS = 15 V. VGS = O, f = 1 KHz. 6.1.6 Amplificador de pequenos sinais A fi gura 6.21 apresenrn o circuito equi vaJenre do FET para frequências baixas (as capacitâncias parasitas não são kvadas cm conta). (a) (b) O conceito de circuito equivalente para pequenos sinais é semelhante ao apre- sentado no estudo do transistor bipolar, possibilitando estimar o valor do ganho. Nesse circuito, a entrada é representada por uma junção polarizada reversamente e o circuito equivalente, em consequência, por um circuito aberto. Já o circuito equivalente de saída é representado por uma fonte de corrente cujo valor depende da tensáo entre a porta (G) e a fome (S) de rensiio, em que o fator de propor- cional idade é chamado de rranscondu ,ânci a (gm), já definida na seção 6 .1.3 . A resistênci a r0 é a resistência de saída, que idealmente é infinita , mas na prática tem um v,1lor. A figura 6.22a apíC5Cnta um amplifi cador fonte: comum com auto- polnr itaç:io e, figura 6.22b, o circuito equivalente. 30 V 0.4 2.2 1.6 3.8 V 3.2 7.5 -0.S -8 V 2 6 12 3 Tabela 6.2 5 6.5 15 25 6.5 nA mA mo Algumas caractenstJcas fisicas do JFET BF245 CTc = 25 ºCJ. Figur 6.2 1 a) fET e b) modelo simphficado para pequenos sinais. CAPITULO 6 llET~ÔNIC_. l r· "'" Rm IM Figura 6.22 a) Amplificador fonte comum e b) circu ito equivalente. ~ ,. - V G !, D IOV - ,, , ,, - ,, e, 9- , w• '· 1\, {a) lb) É irn pori•mc r ordar que, para obrc r o ircui ro cqui leme, o apa irore e , fonte de\'Cffi ser colocado cm curto• ircL1ito. rensóc e corrcate r pre- sentadas na figura 6.226 são variações. A determinação do ganho de tensão pode ser: 6.2 Transistor MOSFET Corno vi to no inicio deste cap/ru lo, existe mais de um ripo de 1ransi tor efeito de campo. O rransisror de junção (JFET ) usa a rensão reversa aplicada em uma junção PN para variar a largura da região de carga espacial na região do canal, alterando, desse modo, sua condutividade. O outro tipo de transistor efeito de campo é o MOSFET (metal-oxide-semiconductor FET) ou IGFET (insulatedgate FET). Esse dispositivo controla também a condutividade do canal condutor por meio da tensão aplicada entre o canal e a porta, criando um caminho que conec- ta o dreno e a fonte com um isolante. Assim, mesmo invertendo a tensão, não haverá corrente de porta. Existem basicamente dois tipos de MOSFET: depleção e intensificação; crescimen- to ou acumulação (enhancement), cada um deles podendo ter canal N ou canal P. A figura 6.23 mostra a estrutura simplificada e a simbologia de dois MOSFETs tipo intensificação, um canal N e outro canal P. O MOSFET é fabricado com uma base chamada substrato (no caso de MOS- FET c.·rnal N, essa n:giáo é P). Duas regiões fortemente dopadas tlpo são cria- das no subsrraro. originando o d reno e a fome. Uma camada isolante d~ d ióx i- do de silício ulrrapuro com espessura enrre 3 nm e 20 nm e depo irada obre a região do subscraro entre o dreno e a fome. o início da indú,1: ria clcrrônica, aplicava-se uma camada de metal (o M de M 'FET) sobre a camada de d ióxido. Atualmente, para atender lls necessidades 1.ecnológica , e= camada é de sillcio policrisralino. °""""'" .. li D D J Jl+-- S8 G j s s (a) (b) Na maior parte das apl icações, o substrato é ligado à fonte (S), o que não altera o funcionamento do circuito. Existem casos em que o substrato pode funcionar como uma segunda porta, fazendo com que uma tensão aplicada no substrato Itere a corrente de dreno. Em no a an:ílise . con idcrar mo ub trat m- pre ligad() /1 fome. 6.2.1 Funcionamento do MOSFET tipo crescimento Para entendermo a operação desse dispositivo, vamos con iderar o MO FET tipo crescimenro e.mal da figura 6.24, que mo rra a polaridade das tensões (Vos e V0 5) e o sentido da corrente de dreno (1 0 ). om a aplicaç:io de uma tensão positiva na porta, os elétrons (mi noritário J do substrato são atraídos para a região abaixo do óxido de porta e as lacunas livres do substrato se movem para baixo. Na região de silício abaixo da porta, quando a densidade de cargas livres negativas for maior que a de positivas, será induzido um canal condu tor, ligando a região da fome à do dreno. essa condiçáo, o valor da rensão de porrn resu lranre é chamado de rensão de limiar (threshold vo!tage, Vr), O valor de Vr é controlado du rante a fabricação do dispositivo, podendo var iar de 1 V a 5 V. Q uanto maior a direrença de rensáo entre os valores de V65 e de V T• maior será a indução de cugas nega1ivas no canal. o que, consequenre- mentc, nti mtntor-J a conduri,•idadt do n:il, u cj , 11 o ndurividade do canal é proporcional a V Gs - V r• Porurnto, a corn:nte de dreno é conrrolada pelo v.ilor da tensilo de porm. Figura 6.23 Estrutura nsira de MOSFETs: a) anal N e b) canal P. com as respcarvas s,mbolog,as, CAPITULO 6 ELHRÔNICA 2 Figura 6.24 MOSFET ·po cresamento com tensões de polarililção. Figura 6.25 MOSFET tJpO crescome~to comVo, V1 eVPI = Va, V1 = Vos..,. Se levarmos em coota o aumento da rensão VDs• a corrente de dreno se elevará, e, inicialmente para pequenos valores de V 0 8 , a corrente de d reno será proporcional à 1.e11.São de dreno. O transistor, enrão, se comportará como resistência com rolada por tensão. Aumentando o ,•alor de V08, para V05 = Vcs - VT = Vos.a, (tensão de saturação), ocanal próximo ao d reno ficará muito estreito (figura 6.25). Continuando a análise, vamos considerar a tensão de dreno aumentando além da tensão de saturação. Nesse caso, observaremos o estreitamento aumentando no sent ido da fonte (figura 6.26), e, a part ir desse valor. a Córrentc de dre110 fiairá pnuic:tmeme consranre. A figura 6 .27 mostra a curva de dreno para um valor de VGs e as ués regiões de ope ração (t rioda, saruraç.:lo e CC>rte). SaMllçk, v .. A fig ura (i.28a apreSe.nt~ a Ul"V3 de dreno para um rra n isror om V1 = 1 V. e a fii;ura 6.28b. a operação com baixo Vos, demonstrando que é po sfrel utili- 1.:1.r esse d isposirivo como resinênc:ia c:onrrolada por tens5o. Figura 6.26 MOSFET tipo cres,;imeoto comV .. , >Vr e V05 >Vc,, V, Figura 6.27 Regiões de operação do MOSFET. CAPITULO 6 ELH RÔNICA 2 a) Figura 6.28 a) Curvas caracten'sticas de dreno MOSFET llpo cresamento c,,nal N e b) operação do MOSFET como resistência controlada por tensào. Figura 6.29 Curva caracterfStlca de transferência. V• =+SV V111 • +3V A íigur:i 6.29 mo cm a CUJ'V3 de tr.uuferén ia ou de cran onducãncia. A parre in i- ia l d~ urv:i rep nta ma memo em que V06 = Vr, u~ndo VGS é menor qu e V1, a 0rrente de dreno é praticamente nu la. Quando é maior, o dispositivo entra em conduç.io e a corre.nre de d reno passa a ser conrrolada pela rensão de porra. A corrente para VGs $ O é muito pequena, da ordem de alguns nA. Quando V8 s > O, a corrente de d reno se eleva devaga r e depois acentuadamente com o aumenro de Vos, O fohria me indi01 um valor de rensáo de porra para o qual a corremc de dreno atinge dettrm inaclo v,tlo r - por cxcmplo, 20 pA. ;\ corrente 10 (on) repn:senta o v.,lor máximo d,i co rrente de d reno e V88 (on), o valor ele tensão de porra correspondence. A re lação enrre a corrence d e dreno e a censáo de dreno é apro~i,mdam.enre quadrárica, is to é: cm que a constante K esrá relacionada com parâmetros ffsicos. 6.2.2 Funcionamento do MOSFET tipo depleção Quando escudamos o JFET, vimos que a condutividade cln canal pode ser al- terada awnenra ndo a polarização reversa, isto é, faze ndo com que a região de dc:plcç,io (região desprovida de portad R.' de cargas li vr ) avance brc o anll, A figura 6.30 mostra a estrutura simplificada e a simbologia de dois MOSFETs tipo depleção, um canal N e outro canal P. Observe que eles possuem um ca- nal ligando o dreno à fonte, isto é, mesmo sem tensão de porta haverá corren- te de dreno. SII (o) (bJ A figura 6.31 ilustra a opcraçáo de acordo com Vr,s no modo dcpleçáo. lal lbl (e) Figura 6.30 Estrutura fisica de MOSFETs tipo depleção: a) canal N e b) canal P, com as respectivas simbologias. Figura 6.31 MOSFET tipo depleção canal N o perando com: a)V"' = O, b)VGS > O e c)VGS < O. CAPITULO 6 EléT~ÔNICA 1 Figura 6.32 Cur.ras características de dreno MOSFET 1,po deple<;ão canal N. Figura 6.33 Curva caraaerística de transferênc,a. Quando a porta é positiva em relação ao canal, os elétrons são atraídos do subs- trato, aumentando a condutividade do canal (figura 6.31). Quando a porta é negativa, os elétrons são repelidos para fora do canal, diminuindo a condutivi- dade deste. Se a tensão de porta é suficientemente negativa, o estreitamento do canal pode atingir o valor máximo, anulando a corrente de dreno. A figura 6.32 apresenta as curvas características de dreno. Analisando-as, é possível verificar omo ocorre 3 v:irla de rcn , o nos modo, dcpleç:'io e cre lmcnio. V •+2V {~- V•1=2V Modo Vl,6..:0 [ ~v,.~ v,~ 4v °"~ v,,. A figum 6.33 mostra J urvn de transferência ou de tmn ondutln la. V, Modo Oopltç.lo Modo Crticlmento 6.2.3 Polarização e amplificador O conceito de polarização e a análise dos circuitos são os mesmos abordados no estudo do J 1: ET (seç.ão 6.1.5). 6.2.4 Inversor CMOS Em qu alquer circuiro lógico digira!, o elemenro básico é o inversor CMOS (complementa.ry metal-oxide-semíconductor). Esse dispositivo consiste em dois u nsist.ores tipo cres immro, um canal N (TR1) e outro ca nal P (TRv, como mostra a figura 6.34. V Na figura 6.35a, cm que v. = V00, pode-se adm iti r c1uc o tr, nsi e r TR, ( nal conduz, pois a ren ão . plicada enrre porra e a fonre é maior que VT, rran- sistor TR2 ( ana l P) est.í onado, uma vC?. que . 1en . o ent r . porca e a f, nce é zero, portanto menor qu Vy. Observe que a fome de TR2 esd cone cada cm V0 0 . A figura 6.35b iluma a condição em que TR 2 ésubsriruido por u.macha,-e aberta e TR, represenra uma resistência de baixo valor R05 . (ai (bJ Figura 6.34 Inversor CMOS. Figura 6.35 a) Inversor CMOS com entrada allil (V, = V110) e b) circuito equiva lente, CAPITULO 6 ELHRÔNICA 2 Figura 6.36 a) l1111ersor CMOS com entrada bauca (V, - O) e b) circu,ro equivalente. Se a entrada for nívd lógico "O" ou O V, TR1 cortará, poi a tensão entre a porca e a fome sera menor que VT, enquanto a censáo aplicada entre a porta e a fome do rramistor TR2 será negativa (- V00), indu2indo um canal P; desse modo, TR, conduzirá e a saída ser:í alra, ou eja, V00 (figura 6.36). li;,. V1=Voo v.,, V'° ! (a) (b) A principal vantagem dessa tecnologia em relação às outras é seu baixo consumo de energia, o que cem permitido a fabricação de aparelhos portáteis como cal- culadoras, relógios digitais e outros dispositivos alimentados, por exemplo, com uma única pi lha. 6.2.5 MOSFET de potência A invenção do MOSFET de potência veio suprir a deficiência dos transistores bi- polares de potência utilizados em eletrônica (transistores de potência são aqueles que suportam correntes de no mínimo 1 A). Os transistores bipolares de potência são controlados por corrente. Assim, para controlar uma corrente de valor elevado, é necessária uma corrente de base rela- tivamente alta. Para cortar o transistor com rapidez, a corrente reversa de base deve ter valor elevado, porém, por possuir lacunas como portadores de carga, o tempo para mudança de estado também aumenta. Os MOSFETs podem ope- rar com grandes velocidades de comutação quando ligados em tensões abaixo de 200 V. O s MOSFETs de potência têm aparência diferente dos outros transistores e, por isso, são chamados de MOSFETs verticais (V-MOS, do inglês vertical MOS- FET) . Há vários tipos de MOSFETs, projetados para diversas aplicações. Um deles. por c:xtrnplo. de estrutura similar à do transistor tradicional. é u.1ado cspe- cilicamenre nos emigios de sa ída de ampl ifi cadores de :iudio. A figura 6.37 mostra a pinagem, o aspecto e algumas características elétricas do MOSFET de potência IRF2804S-7P, para uso automotivo, e a cabea 6.3, os limites máximos. D 10 @Tc = 25°C Continuous Drain Current. VGS @ 10 V (Silicon Límited) I0 @Tc= 100ºC Conlinuous Draín Current, VGS @ 10 V (See Fig. 9) I0 @ Tc = 25ºC Conlinuous Orain Current, v,,,. @ 10 V (Package Límited) ''™ Pulsed Drain Current (ll ?0 @ Tc =25 ºC Max. mum Power D sslpatlon Unear Derat,ng Factor VGS Garn-to-Sour-ce Voltage EAs Single Pulse Avalanche Energy (Thennally Limited) k EAS (tested) Single Pulse Avalanche Energy Tested Value <lil 1,.,. Avalanche Current (IJ E"" Repetitiva Avalanche Energy G> TJ Operating Juscdon anda Tsm Storage Temperature Range Soldering Temperacure, for 1 O seconds Moundng torque. 6-32 or M3 screw Figura 6.37 Aspecto fi'sico e algumas caracten'sbcas elétncas do IRF2804S-7P Tabela 6.3 l..tmltf!Smáxtmos do IRF28045-7P 320 230 160 1360 330 2.2 ±20 630 1050 See fig. I2a. 12b. lS. 16 -55 to+ 175 300 ( 1.6 mm from case) 10 lbfin (I.I Nm} A w wrc V mJ A mJ ºC CAPITULO 6
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