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Capítulo 7 AmRlificadores diferenciais • • e operac1ona1s llET~ÔNIC_. l Figura 7. 1 Amplificador d,ferenc,al. 7.1 Amplificador diferencial O ampliJicador diferencial (A D) é um circuim com duas entradas nas quais são aplicada. rensões V1 e V2 e uma saída Vs. É importanre conhecer o amplifica- dor diíeren ial. pois ele é o pri111dro é t.ígio de um ampl ificador opcraciona.l, que será csrudado n;i seção 7.2; assim, o AD estabelece algumas das principais características do circuito. Vamos considerar uma condição ideal (figura 7.1), em que as tensões de entrada apresent am os mesmos va.lore$, ou seja, V1 = V2• Ne se caso, a tensão de sa ,d n será m, la. Is o aconrc e porque o A D é um ci rcuito que aprcscnt11 uma ren ão de saída proporcional à diferença entre os dois terminais de enrrada, rejei tando os si nai> de entrada quando esres forem iguais . Amplificador Diferencial v, \ - ,c;;;= __ 1d_e_a1_---aa=.,,,, v, _l_ No caso ideal: v, -!- em que~ é o gan ho diferencial de rensão e Vd = V1 - V2 o sinal diferença ou sinal erto. a prática, sempre existirá uma pequena tensão na sa ída mesmo qua ndo V, = V2 (situação chamada de modo comum). No caso de um AD real, a cxpressáo da tensão de saída em relação às entradas é dada por: V (V, +V2 ) cm que e= --2-- (: o sin al em modo comum e Ac o ganho cm m0<lo comum. É possível medira qualidade de um amplificador diferencial urilizando a figu ra de m érito conhecida por razão de rejciçáo cm modo comum (RRMC), defini- da como: ou, em decibéis (dB): RRMC (dB)= 20 -log Ad Ac Pelo exposto ameriormenre, podemos concluir que, no caso de um amplificador diferencial ideal, o valor de Ac deve ser zero, mas, na prática, os valores de~ e Ac dependem dos componentes usados na fabricação do AD, como veremos a segu ir. os circuitos da figura 7.2, vamos admitir que os rra.nsistores sáo idênticos e a fon re de corre.me é ideal (IE, + IE2 = 10 = constante). .., "e V"' V v,, o, /v -t,, ... '· (al (b) V v, v •. No circuito da figura 7.2b, va mos considerar a tensão na entrada 2 consran1e (V2 = E) e a tensão na entrada I como V,= VM, · senwt + E, isto é. uma rcn- o alternada enoidal com nívd médio E. .--Figura de mé1ito é um parâmetro usado para avaliar o desempenho de um dispositivo ou procedimento em relação a outros de mesma finalidade . Figura 7.1 Drns exemplos de ampfmador ófereno al d1screto. CAPITULO 7 ElET~ÔNIC_. l Figura 7.3 Formas de onda - amplificador diferencial discreto. Quando V1 = V2 = E, os dois rransisrore. conduzir.lo o mesma correnre (le, = le2 = lc/2), pois admitimos inicialmente transistores idênticos. Nessas condições, a rensão enrre o coletor e o cerra de cada c:ransis1or será: Portanto, a tensão entre os coletores valerá: Quando Vs, > V52, o mrnsismr TR, conduzirá ma.is correnre que TR2; enráo, lc1 aumemaci dim inuindo Vs, (lembre que V51 = Vcc - Rc, · 1, 1). o mesmo insmntc a e m:ntc lc2 dim inuir.\ e V~ aumentará (kmbrc que 10 = IE, + lu = constante; se le, au mem. r, le2 deve diminuir). Le--:indo em oma o .. ná li e~ ha na figur-J 7.2 e adornn<lo rransismrcs idemi os e fome de orrt'.me id~a l, podemos admirir que p3r:i es as condlç6e o ganho d iferencial de censâo, considerando a sa ída nos coletores, é: Nesse caso, a saída foi considerada na entrada l; se a saída for considerada entre os coletores, o ganho será o dobro. A figura 7.3 mostra as principais formas de onda para diferentes valores de tensão. E o~---------------------~ Anali ando os gráficos, podemos norarqueo sinal na ída 1 (V51) esrádefasado de 180° em relação à entrada 1 (V1) e o sinal na saída 2 (Vs.J estâ cm fase com a entrada 1. Com base nessa anilise, considerando a saída no coletor de TR2, a emrada I será chamada de não inversora (+) e a enrrada ~ de inversora (- ). 7.1.1 Amplificador diferencial com fonte de corrente simples a pr:íríca, nunca enconlrarcmos dois transistores idênticos 0/ BE e~ d iferem e o fome de correnre nua a serâ ideal. A figura 7.4 ilustra cir uiro de um AD pr.ii ico, em qu e n fi ntc - Vcc fun iona om a fonte de orreme. v,u va. O valor do forne de correnre é calc:ulado admitindo V1 = V2 = O (condi .bes quiescenres). Assim: Para esse circuito, o ganho diferencial, considerando a saída nos coletores, pode ser calculado por: Ad = Vs, = ~ = ~ vd (V2 - v , ) 2 . r .. A = ~ • 2 -r .. cm ,7uc r00 é B rcsistên ia incrcmcmal da jun o b .. c-emi sor. CAPITULO 7 Figura 7.4 AmphfiCiidor diferencial real. EléT~ÔNICA 1 Figura 7.5 Esquema de amp,ficador d1íer-enc1al com polam:ação por espelho de corrente. Seu valor pode ser estimado por: em qu IE é 3 orrcmc qui · enre de cmi sor. O ga nho diferencial pode ser e.sri mado mmbém por meio da funçáo do parâ- meuo h (híhridc»): em que r.,. = ~ , considerando h,. = ~. hre ga nho cm modo comum do cí rcu im é ca l u lado por: Ac = ~ 2RE Levando em oma que sempre é desej.1vel um ganho em modo comum com mcnor valor poli>ivd. uma a llc rnativa .,crí,l au mcma r o valor da rcsbcenda RE o máx imo pos ivd (observe, na equação amerior, que R, é inversam enre pro- porcional a Ac). No enrnnro, essa solução provocaria d iminuição nas corremes de pola rização, reduzindo o ga nho. Para mall Ler o mesmo va lor de o rren re, se RE aumentar, deve-se aumenrar proporcionalmeme Vrx:,, o que na prática náo é possível. Uma solução mais correca seria substituir RE por um cransismr TR3, pois e..sse dísposhivo simula alrn resis têllcia sem que seja necessário um valor de Vcc alto. A · im, obrém-se um valor de Ac muito baixo. O circuito da figura 7.5, chamado de amplificador diferencial com polarização por espelho de corrente, é muito usado em circuitos integrados. v., TR, v,., v,,,, v, rv TR, VBO D 7.1. 2 Amplificador diferencial com realimentação O circuito da figura 7.4 tem ganho instável, pois r"" apresenta valores diferenres para um mesmo tipo de transistor, além de suas características técnicas variarem de acordo com a temperatura de trabalho. Uma forma de contornar esses proble- mas é aplicar realimentação no circuito. Na figura 7.6, a realimentação é aplica- d a etn REh e, conseq uenre1n ence 1 RE2 d im inui o ga nho1 mantendo o c ircuiro estável. Em tal configuração, se os t ransisto res forem substitu ídos ou ocorrer variação de temperatura, o valor do ganho náo se altera , Os resistores de real i- mentação coscumam ter valores equivalenre : Re, = RE2 = Rex· v.., Para determinar o ganho de tensão considerando a saída nos coletores, pode-se utilizar: e Rex >> rhe as variações em r; provoc:.das pela t roca de t ransismr ou v:ll'iação na 1c111 pern1L1 ra serão ompcns:ida por R x• s im, o g:in h ser:\ e.uivei, pode.o• do ser dc t(· rm inadu por: ou segu ndo os parâm etros h .. e h ,.: Figura 7.6 Amplificador diferenoal com real1mentaçào. CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.7 Exemplos 1. Para o amplificador diferencial da figura 7. 7, pede-se: a) a corrcnu: de polari-zação (10 ); b) as correntes IEt e 10 e as tensões V51 , V82 e Vs em condições quiescenres (V, = V2 = 0); ) o g nhodi crcndal (A.,): d) o gráfico de V51 ·l ede V52 · 1 para V,= 20 mVp, senoidal, e V2 = O. 2k2 v,, 12V I 2k2 I 12V Solução: a) com V, = V2 = O, (12 - 0,7) 1 =~-~= 514mA 0 2k2 ' 1 b) lc, = le2 = le,= le2 = t = 2,57 mA V9,a = Vrx- Rc · lc, = 12 - 2k2 · 2,57 mA = 6,34 V= V520 = 1 11$Õc qL1ÍC-1· cenres de coletor. Portamo, em condições quicscenres: V s = V s2 - V s1 = O ) A _ Rc . _ 25 mV _ 25 mV _ 9 7 Q e d ~ , rhe - - - , r.,. 2,57 mA l'orranto: A = 2200 = 113 d 2 ,9,7 Como: V5, = ~ · (V1 - V,) = 113 · (O - 20 mV) = - 2,27 Vp. isLO é, dcfa.~ado de 180° cm rei. o à entrada V1, e V52 tem a me ma amplitude, porém n, fu · orn V1• v, v,. 8,61 V 6,HV 4,07V 0 V,l 8,61 V 6,34\1 4,07V o 2. Para o amplificador djferencial da fi gura 7.9, pede-se: a) lo, le1, IE2, lc,, lc2, V5, e V52 cm e ndi õe quie cences; b) o gn nho dífcrcn ial, on idcr~ndo a ,Ida cm um do olct res; e} as saídas Vc, e Vc2 para V, = 100 mVp, senoidal. 2k2 v,, v, TR, 100 100 2k2 12V 12V CAPITULO 7 Figura 7.8 Figura 7.9 ELH RÔNICA 2 Solução: a) 10 = (Vcç - 0,7)/(REx/2 + RE) = (12 - 0,7)1(50 + 2200) = 5 mA V81 = Vs2 = 12 - 2k2 · 2,5 mA = 6 ,5 V (em condi Oc:. quie cmc) b) A,, = Rc/2(r.' + R0 ); r; = 25 mV/2,5 mA = 10 O A,,= 220012 ·(10 + 100 ) = 10 e) V, = 100 mV; V2 = O; V, - V2 = 100 mV = 0,1 V. Pon:anro: V51 = A,,· (V1 - V2) = 10 · 0,1 = 1 V, dcfa do de 180~ cm relação a V,. 7.2 Amplificador operacional integrado amplifi ador opcrnci nal (A ) foi de nvolvido na dccad. de 1960. De início montado em uma placa com componentes discretos (t ransistores, resistores e capacitares), hoje, com o avanço da indústria eletrônica e o desenvolvimento de dispositivos minúsculos, é construído em circuitos integrados, conhecidos por chips (pastilhas de silício), com dezenas de transistores e outros componentes de pequenas dimensões. Os amplificadores operacionais têm diferentes aplicações em eletrônica, como: • Amplificadores lineares - Trata-se de sua principal aplicação, nos casos em que é necessário obter ganho estável independentemente da temperatura, tempo e mudanças no ganho de tensão em malha aberta. • Amplificadores não lineares - Amplificam o sinal de uma polaridade e não da outra - por exemplo, em retificadores de precisão. • Comparadores - Por apresentarem altíssimo ganho, possibilitam que a saí- da seja alterada de nível alto para baixo ou vice-versa, quando as tensões de entrada estão em valores próximos a décimos de m V. • Filtros - Permitem maior seletividade do filtro, pois é possível obter atenua- ções maiores que 20 dB/decada, impedância de entrada muito alta e de saída muito baixa, não havendo, portanto, necessidade de efetuar casamentos de impedância. Possibilidade de ganho de tensão. • Amplificadores logarítmicos - Usados quando na malha de realimentação há dispositivos não lineares, como diodos e transistores, proporcionando rela- ção logarítmica entre a saída e a entrada. Esses circuitos são chamados muitas vezes de compressores e expansores (comuns em circuitos de áudio ou vídeo). • Multivibradores - São basicamente os circuitos biestável, monoestável e es- tável. A grande vantagem em relação aos circuitos digitais é que a alimentação pode ser maior, oferecendo, portanto, a possibilidade de adicionar potência. • Geradores de forma de onda - Geram diferentes formas de onda: senoi- dais, quadradas (tempo alto e baixo v:tri:\vcis) e trian~u.larti (inclinações posiúva e negativa variáveis). • Reguladores - Podem ser utilizados para a montagem de reguladores de tensáo em série ou paralelo, com saída positiva ou negativa, com proteção contra curto-circuito etc. • Circuitos de amostragem e retenção - Esses circuitos são usados na con- versão de analógico para digital, e, por causa da impedância de entrada mui- to alta, os amplificadores operacionais são adequados, principalmente os que têm entrada com FET. O amplificador operacional tem alto ganho de acoplamento direto (não possui capa itor de acoplamento inttrest.ígios), a.lta resistên ia de entrada e ba ixa re is- 1ênci, de salda. A fi g,ira 7.10 apresenta os v:irios estágios amplificadores cransismrizados, sua simbologia e o ircuiro equi va le1ue. amplificador •ntraclas dlf•renclal de i!'ntrada (a) + '(·-□~ vJ ..L (e) 5e9undo ampliflcadot dlfer@nciat (bl 2 R. amplificador dHlocador d@! nlvel ...... A,, V• Figura 7.10 a) Diagrama de blocos de um AO. b) simbologia e e) orcutto equ,vale~te . V, l .b ampllllcador Mpotln<la CAPITULO 7 El éT~ÔNICA 1 Figur 7. 11 PD em malha aberta com entrada ,nversora aterrada: a) emnda nlio l/lller50ra posmw e saída posrtiva e b) erttrada nlio inversor-a negativa e saída negativa. Como o circuito interno é extremamente complexo, as análises serão feitas com base no circuito equivalente indicado na figura 7.10c. Observando-o, é possível definir os seguintes parâmettos de um amplificador operacional modelo LM741: • Resistência de entrada sem realimentação (RJ - É a resi stê□cia equ iva- lenre entre as duas entradas, uma das principais caracte.rísrica.s de um AO. ldca lmenrc, deveria ~er infin irn; ,,o caso do M74 I, é da ordem de 2 Mn . • Rcsist nci:t de ald:t cm rca limcnt.a~áo (Rol - · a re i 1,:n ia do cqu iva- lenre Thévi,nin qu~ uma carga (RL) "enxerga" qua ndo ligada à sa ída. ldeal- menre, deveria valer O il; na prârica e no caso do LM74 l , ê da ordem de 75 O. • Ganho de tensão em malha aberta (A,) - É o ganho de tensão em CC em malha aberta. Idealmente, dever ia set infinito; para o lM74 I , é da ordem de 200 000 V. Outtos parâmetros que não aparecem na figura 7.10c, ainda considerando o LM741, são: • Largura de faixa- É a faixa de frequências para as quais o ganho é constan- te. Idealmente, deveria ser infinita; no caso do LM741, é da ordem de 10 Hz. • Slew rate- Especificado em V/µs, esse parâmetro dá uma medida de quan- to a saída responde a um degrau de tensão na entrada. Idealmente, deveria ter valor infinito; no caso do LM741, é de cerca de 0,5 V/µs. • Tensão de offiet de entrada - É a diferença enrre as V BE dos cransis tores do primeiro par d iíerencial. lde.almenre, essa diferença deveria ser zero-; no c iso do LM741 , é da ordem de 2 mV. o ci rcuiro da figura 7. 10c, de r.ne-se o sinal d iferen 3 ou sin•J erro como V0 = V2 - V,. A principal forma de a limemar um AO é usando fon re simérrica ou fonre du pla (+V cc e - V ccJ, que pode ser obt ida com circuitos integrados específicos das fa- mílias 78XX para a fonte positiva e 79XX para a negativa. A rcnsáo de saturação (máxima tensão de saída), determinada pelo valor da fonte, é, na prática, cerca de 10% menor que a alimentação. A entrada positiva(+) é chamada de não inversora, porque a tensão nela aplicada apresenta resposta na saída sem alterar sua fase (figura 7.11) . A entrada negativa (- ) recebe o nome de inversora, porque a tensão nela aplicada tem resposta na sa.íd, defimda d 180° (figuro 7.1 2). Va V r + r♦ '"J-r '''Js1 -v. Cal (bl (a) (b) Em re lação às figuras 7. 11 e 7. 12, poderíamos genera lizar escrevendo que: • Se V. > V_, a saída satura positivamente • Se V. < V_, a saída sarnra nega , ivamente. • Se V. = V_, a saída deveria ser nul a, o que na p rática não acontece por causa dos erros de offier. Quando o AO é configurado em malha aberta, como nas figuras 7.11 e 7.12 , ele está sem realimentação (a saída não está ligada à entrada) e, como a saída tende a saturar facilmente porque o ganho é extremamente elevado, não pode ser usado como amplificador. Para obter um amplificador com o ganho estabilizado, deve- -se aplicar realimentação negativa no AO, e isso é feito ligando a saída à entrada inversora com uma rede de re isrencias. 7.2.1 Amplificadores básicos Esses circuitos servem de base para todas as outras aplicações lineares, sempre com realimentação negativa (saída conectada com a entrada inversora). Amplificador não inversor A figura 7.13 mostra o circuito básico do amplificador não inversor com rea- limentação negativa. Para determinar a expressão do ganho desse circuito, é preciso considerar: • Ganho em malha aberta infinito. Não há diferença de potencial entre as duas entradas. • Resistência de entrada infinita. Se Ri = O, então n correme rulli enmtdas é zero: 1, ::: L = O. Figura 7.12 AO em malha aberta com entrada não 11111er5ora aterr.ida: a) entrada ,nversora posrt,va e saída negatMl e b) entrada 1nversora negat,va e saída posit,va. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.13 Ampímcadar não mv;,rsar: 1 +Va: - v, l + l v. -v, 1 -V"' V ~ J_ ( l 1, -v, 1, Ganho de tensão em malha fechada O ganho de tensão em malha fechada (Av) ou com realimentação é calculado por: Podemosadmitir que: • Como a tensão cm R, é igual à tensão de entrada, as duas entradas estão e.urro-circuito: V. = V, = R, · 11 • A resiS1ência de entrada infi nirn esr,\ com valor infinito, poi 11 = 12, pareamo: Substit.uindo essas duas condições na expressão anterior, temos: Como 1, é zero, a impedância de encrnda desse circui ro é infinira (na prát ica, como 1. náo é zero, e sim da orckm de nA, a impedância é da ordem de centenas de MQ). Essa configuração, por causa. de sua alta resistência de entrada, é muito uli li'.ll!da em circui,os c,m que se deseja obter sinal de ensores. Exemplos 1. Determine a tensão na saída do circuito e a corrente na saída do AO no esque- ma da figura 7. 14 . Solução: O ganho do circu im vale: V R 4k Avr = ---ª- = 1+_._= 1+ - = 5 V. R, 1k Portanto: V5 =5 ·2V=10V utra forma de resolver t pela an:ili5<: do cir uiro, considerand que o A é Ideal. ·•. Fc r-- "( ,.Ir (1) CAPITULO 7 Figura 7.14 Figura 7.15 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.16 Podemos admitir que a tensão no resistor de 1 kO é igual ao valor de entrada, pois as duas entradas têm o mesmo potencial. Devemos, então, calcular a cor- rente nesse resistor, que é igual à corrente no resistor de 4 kO. 1 = 2 V =2mA =I ' 1 k 2 V2 = 4 k0.·2 mA = 8 V Assim: Vs = V1 + V2 = 2 V+ 8 V= 10 V Observe que é o mesmo resultado obtido usando a expressáo do ganho. 2. Construa os gráficos das tensões de entrada e de saída do circuito da figura 7.16, considerando que a tensão senoidal de entrada é de 2 V de pico. Solução: v. 2.sonw,t[V) 1 k · V« " 4k O circuito tem os mesmos valores do circuito do exemplo ! , portanto o ganho vale 5. A saída será: Vs = 5 · 2 senwt (V)= 10 senwt (V) Isso signifie:1 que a aída será uma scnoidc de IO V de pico e em fase com à entrada . A figura 7. 17 mostra como os gráficos das tensões de entrada e de saída são cons- truídos. Observe que a tensão de saída é dez vezes maior que a de entrada e os valores estão em fase . Saturação da saída - curva de transferência Como vimos, a máxima tensão que se pode obter na saída de um AO é chamada de censiio de saruração 0/,,,J. Esse valor depende do valor da tensão de alimenta- ção. a prática, a rensão de saruração é iníetio.r à de alimentação e assimétrica, ou seja, se a alimentação fur +12 /-1 2 V, a saturação positiva é aproxjmada- mente 11 V e a negativa, -10,5 V. Para facil itar a resolução do exercício a seguir, vamos considerá-las iguais, em módulo, com o mesmo valor da tensão da fonte . A curvn c:uacrerística de transferência represent. a relaç:i cnrrc vari:ív i d safdn <' de cmrad:1 de um Ltcma, isto~. rcpre enrndo grafi . 111 m por V8 • V1• o caso de um amplificador, ral relação é dada pelo ga nho Vs =A.,, · V1 • válida dentro da região linear. Exemplo Dado o ircui to da figura 7.18, desenhe a curva de transferência, consid r:1.ndo V.,w1 = +12 V e V111H =-12 V. +12V fYc_•l2V4k 1 k CAPITULO 7 Figura 7.17 Figul"a 7.18 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.19 Figura 7.20 Seguidor de tensão. Solução: A equação que relaciona a saída com a entrada é: Ela é válida para qualquer valor de entrada? Não, somente para os da região linear, cujos limites são: V - VS(móx) - 12V - 2 4 V o(máx) - Av, - 5 - ' ' para valores positivos e negativos, já que a saturação é simétrica. Porta.mo. para a primeira. equação, temos: V8 = 5 ·V •. para V0 S 2,4Ve V0 ~ -2,4 V Gralicameme: Buffer ou seguidor de tensão O ircui10 b11fferou guidor de tensão é um amplificador não inversor em uma condição especial. R2 = O e R, = in finito , como mosrra a figura 7.20. + v. ..l. O ganho de tensão pode ser obtido pela análise do circuito ou pela expressão do ganho do amplificador não inversor para essa condição. A., = 1, o ganho é, porr.:imo, igual a 1 (ten • o de saída igua l à de entrada). Além disso, tal circuito tem outras duas caraccerísticas: a resistência de enaada é altíssima (centenas de megaohms) e a de saída é praticamente nula (décimos de ohms). Em que situações se usa um circuito desse tipo? Basicamente, ele pode ser utilizado como interface entre um circuito com alta resistência de saída e uma car- ga de valor pequeno ou como reforçador de corrente. Observe o exemplo a seguir. Deseja-se transferir para a carga de 2 kQ a maior tensão possível de um gerador de 12 V e resistência interna de 10 kQ. Veja o que acontece se o gerador for liga- do d iretamente à carga (figura 7.21). A tensão na carga (V J será: V = 2 k , 12V = 2V L 10k +2 k ' l ' ' i ..................... . (b) l R, 1 10 k i v.l .. v. 12V ! ! ........................ ~ .. +V" l Como o bujfer tem resistência de entrada muito alta, a tensão na entrada não inversora é 12 V (lembre que a corrente através do 10 kQ é nula). Uma vez que as duas entradas têm o mesmo potencial e a entrada inversora está ligada à saída, a tensão de saída será de 12 V . Agora, vejamos um exemplo de áplicação do bujftr como reforçador de corrente. ma ca rga consome 20 rnA, alimentada pelo terminal de saída de um micro- Figura 7.21 a} Gerador ligado diretamente à carga e b) buflêr utJ1izado como interface entre gerador e carga. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.22 Buffer como rclorçado,- de corrente. (a) Figura 7.23 Ampl,flcador ,nversor. conrrobdor. que fornece a orreme máxima de I mA. Eslá claro que a carg:i n~o pode ser ligada dircramcmc à saída do microconrrolador. O que devemos fazer? Inserir um bufferencre a carga e a saída do microcomrolador (figur.i 7.22). (b) Nessa configuração, a corrente é fornecida à carga pelo buffer e náo pelo micro- controlador. Amplificador inversor O amplificador inversor (figura 7.23) tem realimentaçáo negativa como o náo inversor, porém o iaal a ser amp lificado é aplicado l1ll entrada inversorn . l l. A obrcnçáo da cxpre™o do ganho (V5/VJ é feira con idcrando resiscéacia de entrada e ganho~ malha aberta infinitos: A expressão mostro que o gan ho é estável, ou seja, não depende do AO, mas apenas da relação entre as resistências R2 e R1. O sinal negativo ·ignifica que a rensáo de saída está defasada de 180° em relação à de emrada . A rc isu!ncia de entrada desse circuito é R,, por Ga usa do terra vin ual na entrada inversora, isro é, a fonte de sinal V. enxerga a resisrencia R1 ligada entre seus terminais. Exemplos 1. Qual a indi çiio do volrimc1ro na figura 7.2 11.s v Soluçdo: R, 1k O ganho do circuito vale: 4k7 Av, =--= -4,7 1 k Isso significa um valor de tensáo de saída 4,7 vezes maior que a de entrada e defasada de 180°; portanto, a saída vale -4,7 V. 2. Determi ne, na figu_ra 7.25, a imensidade e o sentido da correnre na saída do A Sk v. 5000 CAPITULO 7 Figura 7.24 Figura 7.25 EléTAÔNICA 1 Figura 7.26 Solução: O ganho do circuito é: R2 5k A\ll=a - -=--= -5 R, 1k Como a tensáo de entrada vale V. = -2 V, a tensáo de sa ída é: Vs = (- 5) · (-2 V)= 10 V Sk 1 k Agora vamos calcular as correntes no circuito: 2 V 1, = 1k = 2 mA = l2 (lembre que as dl,a entradru estão ligada ,,irtualmence). A corrente na carga vale: 10 V IL =--= 20mA 0,5 k Como na saída do AO existe um nó, aplicando a primeira lei de Kirchhoff, pode-se determinar a corrente na saída do AO (que está fornecendo corrente): IAo = li + ll = 1 mA + 20 mA = 21 mA 3. O que acontece com a conente m saída do AO da questiio anterior e fo r invcnída a polaridade dn 1ensiio de em rada (V,= 2 V)? Solução: Em um amplificador operacional, todas as correntes e a tensão invertem de sen- tido na saída. Portanto, a corrente na saída do amplificador operacional valerá 21 mA, entrando; se convencionarmos que saindo é positivo, entrando será ne- gativo. 4. Considerando que a entrada é senoidal, qual a máxima amplitude que pode ter a tensão de entrada no circuito da figura 7.27 para que a saída não sature, di<tor e11do a senoide de ída? Solução: V« . 1 AO, • · V «4k t----...,,,.Y..---' 1k Sk •v 1 k " ~------ 1 O circuito da figura 7.27 é constituído de dois amplificadores ligados em casca- ta: o primeiro estágio é um amplificador não inversor de ganho 5 e o segundo, um amplificador inversor de ganho -5. O ganbo total é o ptoduto dos ga nhos individuaisJ isto é: V V V A :...!.:-9 . ....!!. = (-5) -5 = -25 VT V, V6, V, Qua ndo a sa ida for a m:b:ima possível, a emrada será a máxima permitida, isro é: V S(Olá>I 10 V v.1,.axi =-1--1 =--=0,4V AVT 25 A figura 7.28 mosrra as tn!.s formas de onda na cond ição-limite. ou seja. V, = 0.4 · senwt (V). CAPITULO 7 Figura 7,27 soou llET~ÔNICA l Figura 7.28 V,(mV) rn V1(V) .:v ---------.----. -s:_t(sl -10 Saída de potência A máxima corrente na saída (entrando ou saindo) de um AO é da ordem de mA (por exemplo, para o LM741, é de 25 mA). Como vimos, caso seja necessário alimentar uma carga com uma corrente maior, é preciso colocar entre o AO e a carga um transistor de potência na configuraçáo coletor (buffer). No circuito da figura 7.29a, a corrente na saída do AO é de 202 mA (veja o exemplo 2 desta seção), valor que o circuito integrado não tem condições de fornecer (no caso do LM741, quando a corrente ultrapassar aproximadamente 25 mA, a saída vai a zero enquanto permanecer a condição de corrente elevada). A soluçáo é colocar um transistor de potência entre a carga e o AO, conforme ilustrado na figura 7.29b. Tomando o exemplo da figura 7.296, vamos considerar que o transistor utilizado apresenta ~ = 100 e calcular os valores de corrente do AO. Como a tensão no re- sistor de 1 kO vale 2 V (os dois terminais têm mesmo potencial), a corrente é de 2 mA. Esse valor é o mesmo no resistor de 4 kO, no qual, portanto, a tensão vale 8 V. A tensáo na carga é a soma das duas tensões; logo, 2 + 8 = 10 V. Sabendo que a corrente na carga de 50 O é de 10 V, podemos determinar a corrente na carga: 1 = 1 O V = O 2 A= 200 mA = 1 = 1 L 50 Q ' E C A correme de base é igual à corrente na saída do AO, portanto: 1 .. 0 = 18 = ~ = 200 mA = 2 mA . que é um valor compatível com o AO. f3 100 '118V l·------+ 202mA 2V ~ n ,, (a) 118V .-11v l~ + 1 ISV .. lmA - v, 10v .. lOOmA! !;0 0 (b) cir uiro dn figura 7. O pc:rmirc que enrr:ida scj. nhernada. TR, onduz n scmic iclo positivo do sinal de enrr:ida e TR2• no scmici lo ncbrarivo. Sk +12 V 2k v. v, r- · l2V R, 1\ 50 -12V Figura 7.29 a) Corrente. em excesso na saída do AO e b) saída com reforço de corrente. Figura 7.30 Amplificador nversor classe B. CAPITULO 7 ELH RÔNICA 2 Figur 7.31 Encapsulamentos (a)T0-99 e (b) DIP 8. Tabe la 7. 1 L1mnes má>cimos da séne LM74 I, Absolute Maxlmum Ratings 7.2.2 Características de um amplificador operacional real a prárica, um AO apresema limiraçóes récoicas e físicas que devem ser obser- vadas para que os circuitos funcionem adequadamente. Começaremos mostran- do a pinagem e os tipos de encapsulamento mais usados. A figura 7.31 ilustra os dois tipos de encapsulamento mais conhecidos: o T0-99 e o DIP-8. Metal can Package NC Dual-ln-Line or 5.0 . Package NON-INVERTlNG PUT V- NC V' OUTPUT OFFSET Nl/U (a) (b) Em um datn1hu 1. obri m- e os li mires máximo.~ e as aracrerí ri s e.lérri as de um AO, como m05rmm A 1nbdas 7.1 e 7 . . lf Military/Aerospace speclfied devices are required, please contact the National Semlconductor Sales Office/ Distrlbutors for availability and specifications. Supply Volage ±22 V ±22 V ±18V Power Dissípation (Note 3) SOOmW SOOmW SOOmW Dílferential Input Volcage ±30V ±30 V ±30V lnputVoltage (Note 4) ±ISV ± ISV ±ISV Output Short Clrcuit Duration Continuous Continuous Continuous Operatlng Tempera cure Range -SSºC to + l lS' C -SS ºC 10 + 125°C -OºC to + 70°C Scongc Temperature Range -65"C to + 1 SO' C -65 ºC to+ ISOºC -6S"C to + I SOºC Electrical Characteristics (Note S) T,1 = 2S' C R, S 10kn lnput Offse, :, 500 Voltage TN,1,N ST -, '.5; T~ R • .s son Rs :, 10kn Average Input Offset Volrage Drlft Input Offset Volrage T, = zs•c ,v1 = ±20 v ±10 Adjustmen, Range Input Offset T~ -25•c Currcnt T,.,...,,.S: T..,S: TMll',X Average Input Offsot Current Drlfc Input Bias T, = 25' C Current T,_ ,n ,sT_, T, = zs•c . v, = tlO V 1.0 Input R.c:$istoncic1 T_,H ,sT_,.. 0.5 V•• :t:20 V Input T,..,a: 2.S•c Volcage Range T,_,:;T,,H_,. T, = ,25ºC, Rt_ ó?: 2 l<Q V, = :t:20 V.V0 = ±15 V 50 v. =:t: ISV.Vo =,tlOV u rge Slgnal Voltage T,-:!:T,,;T_,, Gain R,, ~ 2kll V1 = :t20V.\/0 =t1SV 35 V1 = :t: IS\/.\/0 s :t:IOV 10 \/1 • 1S V. \/0 • ±2 V LM7◄ 1 0.8 0.3 1.0 ◄.O IS ±IS 3.0 30 lO 70 85 0.5 30 80 80 0.210 6.0 0.3 2.0 ±12 ±13 50 200 15 CAPITULO 7 Tabela 7.2 CaradermJG!s elétnc:as da séne LM74 I. mV 5.0 2.0 6.0 mV mv 6.0 7.5 mV mVf'C ±.15 mv 200 20 200 nA soo 300 nA nA/' C soo 80 500 nA 15 0.8 µA O.l 2.0 MO Mil :t: 12 ,ti) V V VlmV 20 200 VlmV VlmV IS VlmV VlmV ELHRÔNICA 2 Tabela 7.2 Caracterlsticas elétncas da série LM74 I. EJectrical Characteristics (Note S) Oucpul Volage Swmg Oucpuc Short. C1n::ul Curren< Supply Vol~ Rtjecôon Ralio Traru.ienc Re.porue RlseTlme Ovenhool B.tndwldth (Note6) Sfew Rate V1 =±lOV R,_ ~ 10kU R,_ a2 lill V• = ±15 V R, ;, 10 kíl R,_a2k!l T. = 25•c T._ .!lô T, s T .. ....,. Ti11M•~ ~ T4 :!i: Ti'MA)I :t l 6 :tlS 10 10 t l 2 t i O 2S 35 40 LM7◄ 1 ti ◄ til i:13 tlO 25 LM7◄1C ti ◄ :til 25 V V V V mA mA R S IOl<O,V0• ~ ±12V S 50k!l,Vç,.=±12V 80 9S 70 90 70 90 dB dB TMtmlsT ~s T.....,'\M, V,= ±10V to V,= ±5 V Rss50kQ 86 96 77 96 77 96 dB dB R,. :1, 101<1.l, T.,:::: 25"C, Unlty G.t.1n T,= 25' C T • = 25 ' C. Unlty G:lln 0.25 6.0 0.◄37 I.S 0,3 0.7 o.a 20 0,3 s 05 Ganho de tensão e largura de faixa OJ s 05 m• " MHz V/ms Esses dois parâmetros estão interligados, como veremos a seguir. No caso ideal, o ganho de tensão e a largura de faixa são infinitos. Na prática, o ganho varia com a frequência e a temperatura. A figura 7.32 apresenta um exemplo de curva de resposta em frequência de um amplificador operacional de ganho em malha aberta 100 000. Note que a escala de frequência utilizada no gráfico é logarítmica, possibilitando que sejam representados valores distantes, como l Hz e 1 MHz. O eixo vertical. em que esrá indicado o ganho, pode apresentar o valor em logariano ou em de- ibéis. e o ganho é_ dado pd:1 rtl ílç:ío ~,me, l'ensiio de íd:i ta de éntrada (V 6/ VJ, a escala é logarítmica, com valores de I a 100000. a escala cm decibéis, que é linear, os limites s:ío O dB e 100 dB. Qual o significado de tudo isso? Observe a escala de ganho e considere 10 e 100 e a marca entre eles. Qual o valor correspondente a essa marca? Lembre que a escala é não linear. Para encontrarmos o valor que corresponde à marca entre 10 e 100, devemos determinar o valor em dB. Como a escala em decibéis é linear, podemos fa zer uma interpolação linear, isto é, 100 corresponde a 40 dB; logo, 10 corresponde a 20 dB e a marca entre 20 e 40 dB, a 30 dB. O valor da relação entre Vs e V, pode, ent.:\o, r detcrminad : V V 30 d8 = 20 -log(...!. ) ⇒ log(...!.)=1,5 v. v. É fácil determinar a. marca enue IO e IOO em uma calculadora cienrifica. Faça a seguinre operação: d igice 1,5 e cl ique em 10'; o valor re~u lcame será 31,6. Por- tanto, a marca entre 10 e 100 vale 31,6. Vf', ,o' "'" ,o' .. ,o' .. ,oi .o 'º 2{) lOJos,iVf',Jedtl ,. ilPf~ p,D("bl'l:hode ref.n ,.... .... ,oo 1k , .. m par~mcrro que aparece orno rcquên ·a de ganho unir, rio (fu) u bn11d• width. S/ew rate Slew rate (SR) é a taxa de variação da tensão de saída de acordo com o tempo em resposta a um degrau de tensão na entrada. Para entender essa definição, observe a ngu ta 7.33, crn que urn pulso é aplicado na entrada de urnseguidor de tensáo. CAPITULO 7 , ... IM figura 7.32 Cun, de respostil em frequência em malha aberta e em malha fechada. EléT~ÔNICA 1 sv ----- o Figura 7.33 R.espostil de um seguido,- de tensão a um pulso de entrada. -vn:. ..L A taxa de v~ri•ção ou ,lrw ratt: da tensão na iaída do A é dc1crm inada pda relação: /'J.V 5V SR=-=-=1 V/µs /'J.t 5µs Isso significa que a tensão de saída não pode ser mais rápida que 1 V/µs. Caso contrário, a saída não responderá, resultando em um sinal com distorção. A distorção decorrente do slew rate será tanto maior quanto maior for a fre- quência e/ou a amplitude do sinal. Para que um sinal de saída senoidal não seja discorcido, é nec=ário que o AO cen ha s!,w rnu maior que 2 · n · f · V rM>• em qué f é a frequência do sinal e V rM, sel1 valor de pi o. Exemplo Suponha um amplificador que amplifica um sinal de até 20 kHz. Determine a amplitude máxima do sinal de entrada para que o sinal de saída não tenha dis- torçáo. Considere um AO com SR = 0,5 V/µs. Solução: Para náo haver clisrorçá.o, SR > 2 · 1t · 20 · 1 O'· V máx o,s . 10• ou V'"ª'< 3 = 4 V . 2 · n -20 -10 7.2.3 Erros de offset Em razão dos de.scasamenros no primeiro esrágio diferencial, quando as enrra- das são nulas, surge na saída uma tensão CC (positiva ou negativa). Em alguns circuitos, como amplificadores de áudio, basta colocar um capacitor de acopla- mento que esse problema é eliminado. No entanto, quando se deseja amplificar pequenas tensões contínuas, como as obtidas em alguns sensores, é importante efetuar o ajuste de offiet. As principais causas dos erros de offiet são apresentadas a seguir. Tensão de o(fse! de emroda A tensão de offiet de emrada (V,J é gerada no primeiro esdgio do AO (figura 7.34). Eb pode ser cal ulada por V.,. = V8E2- V8E1, em qu e VBE2 e VeEt ~o os valores ck tensão basc-cmi>.sor d rransi core do primeiro par di f=ciaJ. o datashut apre.senrndo no quad.ro 7.2, podemos en onera r o va lor de tensão offit:t de 2 mY. +v,,. <a) Corrente de polarização de entrada A corrence de polar ii ação de entrada (lp) é defin ida como o va lor méd io das duas corrente.s de entrada, ou seja: Ela pode ampliar a tensão aplicada rrn entrada i nvcrsora, pois, ao passar pela re- sistência equivalente que existe nessa entrada, desenvolve uma tensão em relação à entrada aterrada, ampliando a diferença de tensão. Para eliminar ou minimizar tal problema, é colocada na outra entrada uma resistência de valor igual ao da resistência equiv-aleme, cujo valor é igual a R = R1//R2 (figura 7.35). a prád a, a olo ção da r i rên ia na entrada não i,wcrs ra nã elimina 10• talmente a rens:i.o de offirr na aida; a correção deve cr cfecuada por meio de circu im. adequado . CAPITULO 7 Figura 7.3◄ a) Tensão de offl;et de saida decorrente da tensão ele offse, de entrada e b) anulaçào da tensão de offset de saída. llET~ÔNIC_. l Figura 7.35 a) Erro de affset causado pela corrente de polarização de entrada emmVe b) correçao do er'ro. R, R, ,,_ t '· (a) ,, ., l\,d,rlll, Corrente de offset de entrada Define-se a corrente de ojfset de entrada (lio) como a diferença entre as duas cor- re ntes d e enrrada do AO. Segundo o d11ttlsbeet da cibcln 7.2, tipicame.nte o va lor é de 20 nA. A equaçno que del'e rmln a esse valor é: IJo = 1B2 - 1B1. Correção da tensão de offset de saída Como as correntes de polarização nas entradas não são iguais, a correção do erro de ojfset na saída é feita aplicando uma pequena tensão CC em uma das entradas. A figura 7.36 mostra três maneiras de fazer o ajuste; a da figura 7.36c só pode ser realizada se o AO tiver terminais para ajuste de ojfset. O circu ito da figura 7.36a é usado quando o si nal é aplicado na enuada i.nverso- ra. A ce11são CC (V.) ur ilizada para efemar o ajuste de ojfset na sa ída é o brida do d ivisor de tensão const ituído pelos resisrores de 100 kO e 100 O e pelo potenci- ômetro de 33 kO. A tensão CC pode variar entre +15 mV e-15 mV e é aplicada na entrada não inversora. O circuiro da figura 7.366 é usado quando se aplica o sinal na entrada não inversora. Portanto, a tensão CC de correção é aplicada na entrada inversora, podendo variar entre +15 mV e -15 mV. Se as duas entradas forem utilizadas para aplicar o sinal, é necessário que o AO tenha terminais adequados para fazer o ajuste de ojfset. Para o modelo LM741, o ajuste é realizado com um milivoldmctto conect:ldo na salda até obter V. = O, o que é feito por meio do porenciômetro. R, y ~ r15 V +l~SV • V, lk • 15V ., 00 (a) Curva característica de transferência 10 (cJ +1.S\/ v. ---. l !bl V A curva de transferência em malha aberta é o gráfico que relaciona a tensão de afda (V sl com a tcn ão difer ncial de entrada (Vd "' V. - V_), A figura 7.37 ilus- 1ro o grMico de um A om ganh em malha abcrrn de 100000. V,M V,(V, • V)(mV) Figura 7.36 Cn:uitos de aJuste da tensão de offset de salda. Figura 7.37 Curva característ,ca de transferência. CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.38 Ampl,fl(.1dor som:idor 1r,..er-.;or. a) todas as res1stênc,as diferentes, b) resistências de entrada ,gua,s e e) todas as resistências ,gua,s. Razão de rejeição em modo comum (RRMC) Esse parâmetro informa a medida da rejeição do sinal em modo comum, isto é, quando ilS emr.idas apresenrnm valores idêndcos. A0 Vs V5 RRMC = 20.log-; A =-- e Ar; =-V Ae V~ - V1 e Quanro maior o valor da RRM , mel hor o ganho do AO. O valor ide I para cs e parâmetro rende cr infinlco. 7.2.4 Aplicações lineares Os circuit aqui apresentado ão baseados no, estudado na seção "Amplifi a- dores básicos9 • Amplificador somador inversor Esse circuito é utilizado para somar algebricamente as tensões. Entre suas apli- cações estão a conversão de analógico para digital e vice-versa, a construção de misturadores de sinais (mixers) e sistemas de controle PID (proporcional, integral e derivativo). Derivado do amplificador inversor, ele tem mais de uma entrada. O número de entradas é limitado à máxima corrente de saída. A figura 7.38 mostra um amplificador inversor com três entradas. V, i f· -:!: 1/vu le) lbl R • •v~ Ji v, i -:!: 0 ~ l<I Observe que a tensão de saída do circuito da figura 7.38a está relacionada com as tensões de entrada pela expressão: RI V5 = - (-• V R . , 1 &. .v R • 2 2 ~ - V ) R oJ l Porém, se as resistências de entrada forem todas iguais, como ilustrado na figura 7.386, a expressão passa a ser: Note que, nesse caso, a tensão de saída passa a ser proporcional à soma das ten- sões de entrada. Agora, se todas as resistências forem iguais, como apresentado na figura 7.38c, a expressão da saída é: Nesse caso, a saída será igual à soma das tensões de entrada, ou seja, invertida. O nome operacional vem de certas aplicações como essa, que eferua aplicações matemáticas . Exemplos 1. D etermi ne a tensão de saída (Vs) do circu ito da 6gura 7.39. - 1 k 1, 2k - SV CAPITULO 7 Figura 7.39 EléT~ÔNICA 1 Figur 7.40 Solução: Consideremos primeiramente a solução direta que usa a expressão: em que R1 "' 1 k, R, = 1 k.Q, R2 = 2 kQ, R3 = 4 kQ e V., = V,n_ = V03 = 5 V, Então: 1k 1k 1k Vs = -(-.5 +-.5+-.5) = -8J5V 1k 2k 4k Por análise de circuito: 5V SV 5V 11 = - = SmA , ~ = - = 2,SmA e 1, =-= 1,25mA 1k 2k 4k A correme no resisror de realimentação é 1, = 5 + 2,5 + 1,25 = 8, 75 mA e, porrn nw, a rensão em R,- w le VR1 = 1 k!) · 8,75 mA = 8,75 V; a ,en~ão de saído escl relacionada com a tensão cm R1 por Vs = - V Ri, V5 = - 8,75 V. 2. Desenhe as formas de onda nas em radas (V01 , V,a) e na.sg lda (Vs) do dr u iro da figur:i 7.40. 1 k l k v, Solução: Observe que uma das entradas é alternada (senoidal) e a outra é contínua, porém isso não atrapalha o funcionamento, pois o circuito soma instantaneamente uma entrada com a outra e depois inverte o resultado (todas as resistências sãoiguais). A representação matemática pode ser expressa por: V5 = v., + Vo2 = 4 + 2 · senwt Com os valores obtidos da tensão de acordo com o tempo, é possível representar graficamente essa função. Outra maneira de representar seria somando ponto a ponto, o que, na prática, é impossível, pois existem infinitos pontos (basta con- siderar alguns deles). Os gráficos das entradas estão representados na figura 7.41. V0 1(V) V,(V) tl t2 t3 !4 Amplificador somador não inversor Uma alternativa ao circuito inversor é o da figura 7.42, que é derivado do ampli- ficador não inversor. Para simplificar a análise desse circuito, vamos considerar somente o caso em que as resis tências d e entrad a são iguais e. a d e realimentação é reg ulável, possibiBrnndo um valor de saída igual à soma das enrradas. Figura 7.41 Figura 7.42 Amplificador somador não inversor : a) ci rcuito genérico e b) OUJll.o para t<B emradas (N = 3). CAPITULO 7 ELHRÔN ICA 2 Figura 7.43 Figura 7,44 Para o ci rcu iro da figu ra 7.42, a rensão de saída em relaçilo !is encradas é dada por: Nesse caso, a resistência de realimentação vale 2R e todas as outras, R. Exemplo Determine a tensão na saída do circuito da figura 7.43. Solução: Podemos usar a expressão da saída em relação às entradas, isto é: V6 = V01 + Vo:i. = 2 + 1 = 3 V Outra maneira de resolver é por análise de circui ro. Para i55o, n mos aplica r o Teorema da Superposição. Primeiro, determ inamos a tensão na emrada não in- versora aplicada por V., (figura 7.44a). Com isso, o c ircui to resu ltante passa a ser o ilustrado na fig ura 7.446. lil O va lor da tensão na entrada não i,we rsora deco rrente apenas de v., vale: 1k V,v., = 1 I< + 1 I< . 2 V = 1 V O va lor da censio na entrada não inversora decorrente apenas de V02 vale: 1k V.v., = --- 1V = 0,5V 1k+ 1k Portanto, a tensão na entrada não inversora é de 1,5 V e, como o ganho do am- plificador não inversor vale 2, a tensão de saída é de 3 V, mesmo valor obtido usando a expressão. Amplificador diferencial É uma combinação dos circuitos inversor e não inversor, muito usado em ins- trumentos de medida de grandezas físicas (temperatura, pressão, deslocamento etc.). A fi gura 7.45 ilustra um circuito básico. A expressão da tensão de saída em relação às entradas é: R em que ....1. é o ga nho difrrend.al de tens:io (A.;). R, o entanm, se R2 = R,, a expressão passa a ser: ou sej!l., o circuho rea liza a diferença entre a duls rcn es de cnLrad . Figura 7.45 Amplrficador d,ferenc,aL CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.46 Amplókador drferencial com orcuoto offser em C-dda entrada. Figura 7.47 Em qua lquer um do caso , se V01 = V62 (modo comum), a ten ão no saída valerá zero (Vs = O). a prática. existirá uma pequrna tensão na saída cm decor[ê11cia dos erros de offier e do descasamenro em re os dois resiscores R2 (que deveriam ser iguais) e os dois resis1ores R,. Uma forma de minimiiar os erro de ojfiet é uriliiar rcsist rcs com mlcr:incia pcrro de 1%. Outro problema consi te na baixa resisrencia de entrada determinada por R, e R2• e, por exemplo, uma ~ nrc de inai (V" e V0 iJ apre " "rn dercrminado II lorde r i 1c!n ia Interna, no ser cone tad. cm um drcuiro, esse Víl lor passa a ser wmado • rc:sistên ·ias que rno em série com • fonte. Uma possivd solução é coloc:ir em cada emrada um ci rcuiro b1Jffer, que, por çaus,i de sua aldssima resis,encia de enrrnda, isob a fonte de ~i nal do amplifi ador (figura 7.46). Buth,r Isolado; 1 ♦ R, R, r V,. - t v, ~ ♦ R, ♦ l l V~ R, ..L ..L Exemplos 1. Derermine a rensão de saída em cada um dos circuitos das figuras a seguir. a) V, Solução: O ganho diferencial vale: A = ~ = 10 0 1 k e o sinal diferença: vd = 1,5 - 1 = 0,5 v Porra.1u o1 a tensão d e saída pode ser calcu lad a por: b) Fonte de sinal com resistência interna de 50 O i Fonte de sin.il com resistência interna de 100 O Solução: 11., 1\/ 50 1 k 10k v, O amplificador diferencial é o mesmo do exercício anterior, porém nessa con- figuração as fontes de sinais possuem resistência interna que deve ser somada às resistências em série de I kíl. modificando o ganho. Por anál ise de circwto, o btenml a tensáo de saída: .7 . CAPITULO 7 Figura 7.48 ELHRÔNICA 2 Figura 7.49 e) v, Solução: Nessa configuração, entre cada fonte de sinal e entrada do amplificador diferen- cial foi inserido um bujfer, porém, por causa da altíssima resistência de entrada, as tensões de entrada nos pontos indicados passam a valer: ponto 1: 1 V; ponto 2: 1,5 V; ponto 3: 1 V; ponto 4: 1,5 V. Portanto, independentemente das resistências internas das fontes, o valor da ten- são sempre aparece nas entradas do diferencial (pontos 3 e 4). Assim, o valor na saída é: V =_1__()_1<_·(15-1)=5 V s 1 k ' Amplificador de instrumentação É um amplificador diferencial utilizado em circuitos de instrumentos de me- didas de grandezas físicas (temperatura, massa, deslocamento, força etc .) e também em instrumentação médica (por exemplo, aparelhos de pressão ar- terial e ECG). O circuito da figura 7.45 (visto anteriormente) pode ser considerado um am- plificador de instrumentação por causa de sua altíssima resistência de entra- da, porém, quando há necessidade de mudar seu ganho, as duas resistências devem ser alteradas ao mesmo tempo, o que torna sua operação um tanto complicada. O circuito da figura 7. -o é mais prátko, pois nesse caso utiliza-se um únic:o rc- si,ror p:ira mud:tr o g:mho (R<,). Além disso, seus omponentes estáa inn,grn.dos em um mesmo encap ttlamenro, excero o resisror RG, que é posicionado e.~ter- namcntc, p rmirindo o ajuste do ganho. Para o c ircui ,o da figura 7.50. considere VRu = D. essa cond ição. a lensáo de saída em relação às entradas é dada por: 2 -R cm que 1 + -- é o ganho diferen ial (A.i). Rc e V REF for d ifereore de zero, e= valor será adicionado a V 5 • m exemplo de amplificidor de instrumemaçáo é o AD620, da Analog Devi- ces. fase modelo permite v:iriar o ganho com um resistor externo. A 6gura 7.-1 mostra o encapsulamento. 8 11,, -IN 2 7 +V1 +IN l + 6 OUTPUT - Vr. 4 • t 5 REF TOPV1EW Figura 7.50 Amplificador de instrumentação. Figura 7.51 Amplificador de nstrumentação AD620, da Analog Devlces. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.52 12V - IN (2) e +IN (3): te rm inais de ent rada em que se aplicam os sinais exte rnos. - V5 (4) e +V5 (7): termina is de al imentação simétrica . REF (5): 1crminal de entrada m que se aplica uma 1emâ.o para adicionar a V5; se esse terminal estiver a1-.rrado (caso mais comum), a saída seci dada pela ex- pressâo: Vs = (1 + 49R, 4 k ) . (V V ) •1 - . , G OUTPUT (6 ): cerminal de sa ída. Ro (1 e 8): entre cs.scs termina i , deve c r colocado o resiicor Ro, que permi1irá decl!rminar o g:inho, mkubdor por: Exemplos 1. Considere no circuito da figura 7.52 um voltímetro analógico (V) de 1 O V de fi m de escala e uma resistência (R) que varia com a temperatura confo rme a equação R = 5 000 + 100 · T, em que T é a temperatura em graus Celsius e R a resiscência em ohms. Com base nessas in formações, conscrua uma esca la de cemperacura que va rie de O ºC aré o va lor máximo que pode ser medido, com incerva lo d 10 ° , 2k S k V., V'., v., • IQk 1 k -v. 10k H H +\ln 10k 1 10 k + V'_, •Yn Solução: o circu ito, V0 , = 6 V e V,a = _ R __ ·12 . R + 5k O ganho do circuito vale: Como o ganho do estágio de saída é l , a censão de sa ída pode ser calculada por: 1\ tabela 7.3 mo era re i têncfa de acordo e m a re111per:m1 ra, o 1en - em R e rensáo de sa fda. o 10 20 30 ◄O 50 5000 6000 7000 8000 9000 10000 6,0 6.5 7,0 7 ,◄ 7,7 8,0 o 2.7 6.9 8,5 10 Com base nos dados da tabela, é possível elaborar uma escala que relaciona tensão com temperatura, assim como inferi r out ros valores intermediários de temperatura(5, 15, 25, 35 e 45 ºC). o lO 1 o 1 4 20 1 6 30 40 SO'C 1 1 1 1 1 1 8 1oy CAPITULO 7 Tabela 7.3 ELHRÔNICA 2 Figura 7.53 2. Qual a expressão da rensão na safda do circuiro da figura 7.53 em refação às entradas V5 = f {V,, V2, Vs)/ V Solur,ío: 2R V ' R 2R +V B ( A Para encontrarmos essa expressão, devemos iniciar a análise pela entrada que estiver mais afastada da saída e ir avançando para as saídas que estiverem mais próximas. Por exemplo, inicia mos com entrada Vx e a s:1ida no ponto A. O ganho enrrc o pomo A e Vx é - 2 . logo: VA = - 2 · Vx, que I: uma dos enrmdas do ·ir ui«o mador: a oumi é Vy. A ·aída dcs ~ ma.dor invcrwr é dada por: A rensão de saída V 5 esr:í relacionada com as enrradas por: Amplificadores com fonte única O amplificador operacional pode operar com uma única fonte, em geral a positi- va. No entanto, existem aplicações em que o AO náo tem a entrada para a fonte negativa. A seguir, veremos como deve ser usado o AO polarizado com fonte simples em apl icações como amplificador inversor e não inversor. Tais aplica- ções são simila res ao uso do rra nsisror em classe A, impl icando que a saída seja polarizada com metade de V00 , o que otim iza a máxima saída de pico a p.ico. Amplificador inversor com fonte única O ci rcui to é muito s,,mclhamt :10 circuito om fonte simétrica, poi, o gahho também é especjficado pela relação enrre as res istência, R1 e R2 (figu ra 7.54). A principal dife rença é a necessi.dade de polar izar a saída em merade do va lor de Vcc- Para isso, recomenda-se o uso do divisor de tensão consriruíclo pelas duas resisrência.s R. Observe que os capacitares devem se comportar como curto-circuito na menor frequência de operaçáo e ser dimensionados de acordo com a resistência que estão "enxergando" em série. As expressóes que apresentam esses valores são: 1 Cl~---- 2 · lt •f,1 •R, Inferior do irculro. 1 ~ C 2 ~ ----- cm que fc, é a frcqu€n ia de 2 -n - f0 -R._ nc R, 4 Figura 7.5-4 Ampl,ncildor ,nve~r com íonte única. Figura 7.55 Amplificador inversor com foote úrnca em condições quiescentes {V. = O). CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.56 Formas de onda de entrada, sai<ta e carga do AO. Em condições quiescentes (V.= 0), as te nsões, condnuru., nos pontos indicados na figilla 7.55 serão: • Ponto 3: por c.ausa do divisor de tensão e do valor da re.sisrênda de emrada do A ser multo ah-a, • Ponto 2: pdo Fam d.e :is enrradas esrnrem no me.smo po1encia.l, • V : V = V = Vc,;; 2 - - 2 • Ponto 4: como a corren[e que circula em R2 é. nula, seus rerminais: escáo no mesmo porencial : porran ro . 8 rensiio "º pomo é igual a ½ e merndc do va lor de Vcc• • Ponto 5: ni!Sse pomo a tensão vale zero, pois o capad1.or C2 isola a carga da saída do AO. Quando llm sinal é aplicado, as tensões va riam próximas a valores quies- cence~oi;;. Vamos considerar um circuito em que a al imentaçáo seja de 12 V, R, = 1 kQ e R 2 - RL = 10 kQ. Além disso, a tensão de entrada senoidal é de 0,4 V de ico a pico com frequência u ncieme para fozer o capaci1ores e comporta rem como se estive sem cm ci.mo-ci rcuito. A 5gura 7.56 mostra as formas de onda de entrada, :úda e carga do AO em um circuito com essas c:aracrerísti as. V,(V) I l......___.. __ · Z_ ... T?S __ · _s. __ z_7_ · Observando as formas de onda da figura 7.56, concluímos que: • O circuito defasa de 180° os sinais de entrada e saída. • A amplitude de pico a pico do sinal " ª saída do AO é de 4 VPP' portamo 10 vezes maior que a de entrada. • Na saída do AO a tensão varia ao redor de metade de V cc, isto é, 6 V. • Nn cnrgaov lorda1ensão é dc4 Vpp,ma< variando orcdor dcu ro, u j3, o çapa ' Ítor rcdra o nivd de Amplificador não inversor com fonte única O circuito de um amplificador não inversor com fonte única está indicado na fi- gura 7.57. Note que siío necessários três capacirores para que a polaii:z.açáo ocorra cm mernde de Vcc,. 2 +V« 4 5 + e, 3 R, l R, e, A figura 7.58 mostra o circuito em repouso (condições qu iescemes), isto é, v. = O. A censâo em cada um dos pomos indicados vale: • Ponto 1: zero por imposição (condições quiescentes). • Ponto 2: mernde de Vcc, por causa do d.ivisor de rensão com resisrências de va lores iguais. • Ponto 3: metade de V cc, pois as entradas do AO apresentam mesmo pocen- cia l (ligadas ,,irrnalmenre). • l'onro 4 : meradc de Vcc, poi nã ircul corrente no rcsis tores R2 e R,, uma vez que o apacitor C 2 está aberro. • Ponto 5: 1.cro, poi> n pomo lul ausc:n la de sinal. Figura 7.57 Amplificador n o inversor com fonte ün,ca. CAPITULO 7 ELH RÔNICA 2 Figura 7.58 Amplifrcador não imrersorcom fonte única em condições quiescentes (V, = O). Figura 7.59 Formas de onda de en\l'ada. salda e carga do AO. v. 2 R 4 s e, +V.,, e, R 3 R, R, R, e, Vamos considerar agora. llffi circuito em que a alimemaçáo .seja de U V, R 1 = 1 kQ e R 2 = RL = 9 kQ. Além disso, a tensão de entrada senoidal é de 0,4 V de pico a pico com freq L1ência suficiente para Fner os cap,icimres se comporta rem como se estivessem em curto•circuito. A figura 7.59 mostra as formas de onda de entrada, saída e erga do AO em um ci rcu iro com essas cnrnccerÍJitias. V,(V) v,M Observando as formas de onda da figura 7.59, concluímos que: • As tensões de entrada e saída estão em fase. • A omplicude de pico a pico do inol na s.~ld., do AO é de 4 VPr' portonro 10 vc-zcs maior que a de cmrada. • Na saída do A a tensão varia ao redor de metade de V cc, isto é, 6 . • Nn ca rga o vnl r da ccn o~ de M" porém v-:iriando 11 re.d r de uro, u seja, o :1padtor rccira o nível de 6 . Integrador O circuito conhecido por integrador é capaz de efetuar a integração de um sinal. O operador matemático usado para calcular a área abaixo de uma função entre dois intervalos chama-se integral. Esse circuito é utilizado em sistemas de controle PIO (proporcional, integral e derivativo) para modificar a forma de onda - por exemplo, para transformar uma onda quadrada em triangular. A figurn 7. 60a mo t rn o ircuito bili o e~ figura 7.60b, o ircuim pr:iric . e R, A e l v. R v. jv. 4- f v 4- (a) (bl A expressão rnatcmárica da saída em relação à entrada é: V = - - 1- ,J V ·dl s R-C • em que J é o sfmbolo do operador ma1em:íci o imegral. Em maremácica, emprega-se a integra l parn ca lcu la r a área abaixo de uma íu11- çáo. Veja, na figura 7.61, o gráfico da função y = x2 e considere do,s valores de X, X 1 = 2 e X 2 = 4, para os quais y vale respecciva meme y1 = 4 e y2 = 16. omo calcul ar a área ha hurada? Uma va que c·s. área não rcpr tnt-a n~-nhu• ma for ma conhecida (rriàngulo, quadrado, círcul etc.), a soluç:lo somente pode ser encom rnda usando o perndor inu,grnl. CAPITULO 7 Figura 7.60 Integrador: (a) orcuito básico e (b) c,rcuito prático. ELHRÔNICA 2 Figura 7.61 U50 do operador integral para cákulo de área. 2 4 X Você lembra por que o dispositivo se chama amplificador operacional? Porque ele realiza inúmeras operações, entre elas a integração. Vamos conhecer outras características desse circuito. O circuito da figura 7.60a não é usado por causa das limitações do AO, porque entra em saturação facilmente. Podemos observar que o capacitar é um circuito aberto em CC e, nessas condições, o ganho é muito elevado. Dessa maneira, qualquer tensão CC, por menor que seja, leva o AO a saturar. Entretanto, na prática, para o circuito da figura 7.606, colocamos um resistor em paralelo ao capacitor, o que resulta em uma realimentação em CC, limitando o ganho a: Em consequência, o circuito que efetuava a integração para qualquer frequência do sinal de entrada agora realiza para determinadas frequências. O circuito se comporta. como i.ntcgrador1 porém somente para frequências maiores que a fre~ quência de corre (fel, que é dada por: Reforçando o que foi dito, o circuito somente se comportará como integradorpara frequências muito maiores que a frequência de corte e como amplificador inversor para frequências muito menores. Observe que o circuito pode se comportar como um filtro passa-baixa, já que, acima da frequência de corte, o sinal é atenuado. Exemplo Considere o ciJCuito integrador da. fig ura 7.62. Qual a fonna de onda da saída se a emmda for uma onda quadrada? A frequência de corte do circuito vale: Solução: R 1 k R, IOk e o.qf v, O ga nho em CC va le l0 (20 d B). Se a frequência au menta , o ganho d iminu i, por causa da reduç:ío do re:uincio do cap:icimr. Por exemplo, na frequência de corre, é de 17 dB, ou seja. dB obai o do ganho no pacama r. A figLira 7,63 apre cnca a curva d re po ra em frequên ia do anho do circuir ..,. ... 20.000 17 IG.IIIIO ÍD '0 õ o.m .e e '" l!I -10.000 .,.,,,,,, 1 ..,.,,,,,,, J.............. 1 10 " 0 156 ,. , .. f(Hz) Figura 7.62 Grcurto integrado,: Figura 7.63 Curva de resposta em frequ6ncaa do g nho do circuito da figura 7.62. ·- CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.64 Resposta a uma on<:la quadrada de frequência 10 Hz I! amplrtude I V, Observe que o gráfico mostra a variação da amplitude quando a frequência aumenta. A taxa de atenuação é de 20 dB/decada. Esse valor é maior que a frequência de corte, pois o ganho diminui 10 vezes em razão de a frequência au menrnr 10 ve:Les. que acomece com a forma de onda da reDsáo na saída (Vs) se a emrada for uma onda quadrada? A resposta vai depender da frequência de operação. Se a frequência da onda quadrada for bem menor que 10 Hz, a saída será como indicado na fi gura 7.64. !.SOO 1.000 0.500 v.(V) G.000 l(ms) -<l.500 · 1.000 ·• .SOO 0.000 50.000 100.000 150.000 12.000 8.000 4.000 V,(V) 0000 -4000 t(ms) -l.000 12.000 0.000 50.000 100.000 150.000 Note que a saída é uma onda quadrada (com uma pequena distorção) invertida e amplificada 10 vezes . O que acontece se a frequência for muito maior que a de corte? O circuito se comportará como integrador e a forma de onda da saída será semelhante à da figura 7.65. A saída será uma onda triangular e invertida, reforçando o conceito de integral. Outra análise possível é imaginarmos o circuito como um filtro passa-baixa. Considere que a entrada é obtida somando uma tensão senoidal de 50 Hz e 1 V de pico a uma tensão senoidal de 2 kHz e 0,2 V de pico que funciona como ruído indesejável. A figura 7.66a mostra o si nal de ehmda e a figura 7.66b, 3 !:Úda após a filtragem. V.(V) "º {aJ V,IV) (b) Figura 7.65 Resposta a uma onda quadrada de frequência 2 kHz e ampl~ude I v. Figura 7.66 C,rcu1to integrador çomo filll'O passa-baixa: a) entrada e b) sai'da. CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.67 Concerto de derivada Diferenciador O diferenciador é oposto ao integrador, ou seja, apresenta na saída uma tensão proporcional derivada da tensão de entrada. Esse circuito é usado em sistemas de controle, na geração de pulsos e como filtro. A derivada ,ambém é um operador ma remá,ico, igual à incl inação ou rnogeme cm dete rminado pomo de um gráfi co. O gráfico da figura 7.67a rep resenta a função y = Sx e o da figura 7.67b, a Função y = X' . A derivada da função para X = 2 é uma tangenre. y X a) b) Nos dois gráficos, a derivada (inclinação) no ponto A é numericamente igual à tangente passando pelo ponto A. Está claro que a derivada é constante no caso da figura 7.67a e depende do ponto escolhido no caso da 7.67b. N o circuito da figura 7.68a, a tensão de saída será proporcional à derivada da tensão de entrada, podendo ser representada por: V = R-C- dV. s dt em que d significa variação muito pequena (infinitesimal). Por vezes isso vem escrito da seguinte forma: em que LI. (delta) representa variação finita. tN . . Portamo, --• e a vanaçào da cen ão de earrada de acordo com o tempo. l R R e ----i R C -+>J "' 1 '· vH l v. l v. .J.Ju -v,, Jv. -1. ~ ~ t•l (b) -1. N a prática, não se usa o circuito da figura 7.68a, pois o capacitar (C) instalado na entrada é suscetível a ruído 1 ( Xc = ---J, 2 -TT · Í · C ocasionando alta frequência, o que levaria a sa ída à satu ração. Utiliza-se, enráo, o circuito da figura 7.68b. O resistor (R) limita o ganho em frequências altas, mas o circuito só opera como diferenciador para frequências muito maiores que a frequência de corte, definida por: Para frequências maiores que a frequência de corte, o circuito se comportará como amplificador inversor de ganho: Exemplo C onsidere o circuito da fi gu.ra 769. Q ual a forma de onda da tensão na saída se o sinal de entrada fo r u.ma onda cri.angular? E se for uma onda quadr.tda? R 10k Figura 7.68 Diferenciador. a) orcuito básico e b) circuito práLico. Figura 7.69 C1rcu1to d,ferenclador. CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.70 Re$posta de um d,ferenciador a uma entrada t.nargular. Figura 7.71 Resposta de um diferenci.ador a uma envada qvadrada. Solução: A forma de onda da saída depende da frequência do sinal em relação à frequência de corte, que, nesse caso, vale: 1 fc = 3 _,. = 16000Hz 2 · rt ·10 -0,01 -10 Se o sinal de emrada for uma onda criangular de frequência bem menor que a de corte, o circuito será diferenciador e a onda de saída será quadrada, pois a derivada de uma rampa é uma constante. A figura 7.70 apresenta as formas de onda de entrada e sa ída nessas condições. ut1":l aplica o do diferenciador é obrer pul os a panir de uma onda quadrada (figura 7.7 1). ~I V,(V) --.f••·· •• l l 1 V,(VJ [-_., __ ,.! ....... ········~······ .. ' i t T-· i 1 10 O d iferenciador pode se comporrar como li ltro pa sa-a lta, conforme ilustra a ligura 7.72, em que a frequência de corre vale 16 k.Hz. Filtro s ativos Filtros são circuitos que deixam passar sinais de determinadas frequências, atenu- ando as outras e de acordo com essas características. Existem os seguintes filtros: • Filtro passa-alta (FPA) . • Filtro passa-baixa (FPB). • Filtro passa-faixa (FPF). • Filtro rejeita-faixa (FRF). Os filtros podem ser construídos apenas com elementos passivos (resistores, ca- pacitares e indutores) ou com elementos passivos e ativos, como os com amplifi- cador operacional, que permitem obter uma saída amplificada e com muito mais seletividade. Outra vantagem dos filtros com AO em relação aos filtros passivos é a resistência de entrada muito elevada e a resistência de saída muiro baixa, o que possibilita ligar o filtro a uma carga sem modificar a frequência de corte. Em razão da grande diversidade de circuiros, consideraremos aqui somente o filtro passa-baixa e o filtro passa-alta, de primeira e de segunda ordens. Os filtros de primeira ordem têm atenuação de 20 dB/decada e os de segunda ordem, de 40 dB/decada. Filtro passa-baixa de primeira ordem A figura 7.73 mostra o circuito e a curva de resposta em frequência de um FPB de primeira ordem. A frequência de corte é dada por: Figura 7.72 Curva de n,<;posta em frequência do circuito da figura 7.69. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 ; 1D 2. li ~ o -10 Figura 7.73 Fil!ro passa-baixa de pnme,ra ordem: (a) (ll"CUilO e (b) curva de ~osta. Acima da frequência de corre, o ganho é atenuado de _Q dB/decada . (a) R, 1 k (b) R, 9 k - curva rui pro•IINÇSo por trocho• do re t•• A expreisão da tensão d salda (V 5) em re.laçiio à entrada (V.) é dada por: Ganho = Vs = ~ v. 1 + j( f) fc O ga.nho é um mime.ro complexo, ou sej:1, tem módulo e fase. esse caso, A.,i é o ganho de malha fechada determinado pelos n:sisrores R1 e R2 - por exemplo, A,,= 1 O ou 20 dB - e fc a frequência de corre, dada por: 1 fc = -2---rt--R--C- 1 3 0 = 1 600 Hz 2 -n -10 -0,1-10· O módulo do ganho é calcul do por: A IGanhol = Vf FITT e, em decibéis: IGanhol = 20 -log [ Av, : FITT Para o circuito da figura 7.73a, a expressão do módulo do ganho em relação à frequência é:!Ganhai= -,--1-º-- 1 + C :oo r Se f = 1 600 Hz, o ganho vale: IGanhol = 10 =-,-º- =7 07 ( 1600) 2 J1 + (1)2 , 1+ -- 1600 e, em decibéis: IGanhol = 20 -1097,07 = 17 dB Filtro passa-alta de primeira ordem Essa configuração é obtida invertendo as posições de R e C, como no circuito da figura 7.74a. Para obter a frequência de corte, utiliza-se a expressão vista anteriormente: 1 fc= ---- 2 -rt -R-C esse caso, o módulo do ganho , ... lc, CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.74 Filtro passã-alta de primeira or-clem: a) orrurto e b) curva de resposta. e 0.1u r --'""1""'""-r------+ R 1 k (a) R, 1 k R, 9k Gi!inho (dB) - ~n:af _.. ;;1prci.d~pa,ndm,OI!~ .. . ,o 10 100 f(H,) lk 1,6 (b) Exemplo IOk Considere que no circuito da figura 7.74a a entrada é senoida.1, de frequência 50 Hz e amplitude 5 Vp. Qual a amplitude da tensão na saída' Solução: Para calcularmos a amplitude da saída, precisamos determinar o ganho nessa frequência. Podemos, então, utilizar a expressão do módulo do ganho. 1 f0 = 2 . 3 -e = 1 600 Hz n: -10 .Q,1 -10 Para f = 50 Hz: jGanhoj= 10 = 10 = 031 ( 1600 )2 .J1 + 1024 ' 1+ -- 50 e, cm decibéis: IGanhol = 20 · log0,31 = -1 0,1 dB e vn lor é equiva leme ao obtido no gr.lfi o dn figura 7.74b. Para fina limr, o valor de ren.sáoé: V5 = 0 ,31 ·V.= 0 ,31 · 5 = 1,55 Vp Filtro passa-baixa de segunda ordem O filtro passa-baixa de segunda ordem (figura 7.75) usa dois capacitores e dois resistores para impor a frequência de corte. Para obter uma resposta mais pla- na possível, o ganho de malha fechada do amplificador não inversor deve ser aproxim~1dame11te 1J58. PonanLo, a relação en tre os resistores é: R2 = 0,58 · R1. Assim, a frequência de cone é determ inada por: 1 fcc:---- 2 -n: -R-C Por cmplo, R, = 1 kn, R2 = 0 ,58 k e C = 0 ,1 µ F, a frequen ia de ortc ser.!: 1 fc = 3 . -e ::; 1 600 Hz 2 -n -10 • O, 1-10 G:mhoCd8j 20 10 4 1 o · 20 -30 -SO 10 e O l µF +V" ~--..... --....... ~--., v. R, 0.58k R, 1 k - curvare-aJ - aproxlmaçáoportrechosdetetas 11111 f(Hd lk 1.6k (b) Figur 7.75 Filtro passa-baixa de 5eg1.1nda ordem: a) amuto e b) curva de resr=, 10k CAPITULO 7 El éT~ÔNICA 1 Figura 7.76 Nitro passa-alta de segunda ordem. a) circuito e b) curva de resposta. G>nho (dll 111 11 1 1 g ·10 ·111 ·30 , IO . ,o ,60 ,,o ·10 10 Filtro passa-alta de segunda ordem O filtro passa-alta de segunda ordem é obtido invertendo as posições de R e C no fi lt ro passa-ba ixa de seg unda Qrde,n da figura 7.75<1. A relaç.io entre os rc isrorcs é a mesma, ou ja, R2 = 0,58 · R,, e a írcqucn ia de cone cambérn é calcu lada por: 1 fc=---- 2 -n -R -C (a) R 1 k W N il rui - apro,11~ por tracbos d• ttt H f(l<>I (b) Observe no gcifico da figura 7.76a a at"11 u:ição de O dB/dec,,da abalxu da fre- quência de corte. Isso significa que, se a frequência diminuir 1 O vezes, o ganho será atenuado em 100 vezes. Por exemplo, se o sinal de entrada for senoidal e de frequência 700 Hz, o ganho valerá-10 dB ou 0,31. Se a frequência diminuir p:tra 70 Hz, o ganho sera de -50 dB óu 0.0031. Todos esses valores de ganJ10 foram obrido.s da curva de resposrn em frequência . 7.2.S Aplicações não lineares As aplicações não Bneares ocorrem pelo faro de o AO rer ganho muiro elevado e, consequentemente, qualquer diferença de tensão aplicada nos terminais de entrada é suficiente para levar a saída a saturar. Comparador de zero não inversor No circuito comparador de zero não inversor (figura 7.77a), a tensão é aplicada na enLrad a in versora> que é simu1Lanea.metue c01npa.rada con1 O V. A fi gu ra 7.776 mostra a curva de rra nsferencia pa m valo res de rensão de entrada maiores ou menores que O V. Observe que a saída satura positivamente se V. > O e negati- vameme se V0 < O. v, +V ... ;:---·Y· V r• [~ ' ----,-Vsat v. (a) (b) Outra característica desse circuito é a forma de onda na saída: se a entrada for senoidal, a saída erá uma onda quad rada em fose com a en id I e d m ma frequên ia (fi gura 7.78). V,IV) =7\J\• -0,5 -1.0 l•l +V 15 10 s V,(V) o -5 -V.., 10 15 1 1 6·. Figura 7.77 Comparador de zero não inversor· a) Cll"OJIIO e b) curvo de transferência. Figura 7.78 Formas de onda: a) entrada e b) saída • CAPITULO 7 El éT~ÔNICA 1 Figura 7.79 Comparador de zero rf'IVT!rsor: a) circuito e b) curva de u-ansferência Figura 7.80 Formas de ond.i: a) entrada e b) saída. Comparador de zero inversor No circuito comparador de zero inversor (7.79a), a tensão deve ser aplicada na entrada inve rsora, e a e11 t rada não inversora, conectada ao terra. A figura 7.79b apresenta a curva de transfertnda (Vs · VJ. otc que a salda satura negativa- mente se V. > O e positivamente se V.< O. V, -----... +v.., V -v .. (b) Outra característica desse circuito é a forma de onda na saída: se a entrada for senoidal, a saída será uma onda quadrada defasada de 180° em relação à entrada de mesnl3 ÍrNJ uê.ncia (figura 7.80). 1.0 0.5 V,(V) O.O -0..S -1.0 +v ... v,M o -V .. Comparador de zero inversor com histerese Os dois circuitos comparadores apresentados, por causa dos altíssimos ganhos, são su. ce r/vei ,1 ruídos para va lores de rensão de cm rada próximos a zero. e a tensão de cmrada estiver pass;indo por -,;cro (ou fixar-se cm O V) e aparecer um ruído de s.inal na entrada, a tensão da saída oscila rá entre +V,., e - V.,,. até que a amplitude de uma das entradas supere a amplitude do ruído. Para amenizar esse problema, aplica-se histerese para valores de tensão próximos a O V. A histerese, além de proteger a entrada do circuito contra ruídos, acelera a mudança de esta- do. Veja o circuito e a cun-a dtc tr.1nsfcrência na fi gura 7.81. V . v ... , Histerese - -o 1• v, o v, v. -~ o ·VUIII (a) (b) A 1ra11 siçiio de +V .. , para - V..,_ ocorre quando V0 > V, e a d - V ... para +v .... quando na entrada V3 < V2 . As tensões de limiar podem ser calculadas por: V _ _ R_,__ R, V , - R R vsatl+) CV2=-R + R . sat(- 1 1 + 2 1 2 Um exemplo de aplicação dessa configuração é no primeiro circuito de frequen- címetros digitais. A amplitude da histerese depende do nível de ruído do local em que o circuito está instalado: em locais com alto nível de ruído, o circuito requer histerese maior; em locai com bai1<0 nível do ruído, hisrerese menor. O valor da h isreréSC é defin ido como: H = V, - V2• Comparador de nível m Ltm ircuito omparador de nível , são aplicada, tt nsão (VJ cm uma d en• rradas e tensão de referén ia (V ,J na outra. A figura 7.82 mosrra um compa.rador de nível e s,ia curva de 1ra n fcrcncia. Figura 7.81 Comparador de zero ,m,er;or com histerese: a) o rcuito e b) curva de transferência, CAPITULO 7 EléT~ÔNICA 1 Figura 7.82 Comparador· de nível inversor: a) ci rcuito e b) cu rva de t ransferência. l v. -!- Figura 7,8) Em que situações esse circuito é utilizado? Em qualquer uma em que seja neces- sário comprovar se uma condição é verdadeira ou não. Por exemplo, queremos saber se a água de um reservatório atingiu determinado nível ou não. Se não a1 ingiu, a saída do comparndor mamém a bomba ligada.. Quando a água do rc crvarórío aringc o nível cs1 lmado, a aída do O alrcra e a bomba é ddi- gada. ore que, para essas condições, o nível máximo do rescrvatório deve ser associado à aplicação de tensão em uma das entradas e de tensão de referência na outra. O mesmo raciocínio vale para situações com outras grandezas; em vez de nível, a tensão pode estar associada a temperatura, posição etc. v. w. +v ... + ~ · v, v, V r Vª ·r -v. (a} (b) o d rcuim da ilgurn 7.8 . para quais va lores de R,, o LED acende? +lOV 9k 3 k Solução: Para que o LED acenda, a tensão na saída deve ser alta e, consequentemente, a tensão rla entrada náo invcrsom tem de ser maior que a tensão na cmradat inver- so ra. isco é:V = 2 k -10V = 4 V V_ R,· 10 + 2 k + 3 k R, + 9 Logo, pa ra q ue o LED acenda, V. > V. ou: Monoestável Um monoestável tem dois estados: um estável e um instável. O circuito muda do estado estável para o instável quando recebe uma ação externa (pulso). O circuito se mantém instável por um tempo determinado, que depende de um resistor e um capacitar. Depois desse tempo, o circuito volta automaticamente para o estado estável. Existem várias maneiras de construir um monoestável. A figura 7. 84 mostra um circuito monoestável com AO e as formas de onda obtidas na saída. Figura 7.84 R a) Grcurto monoestivel cisparado manualmente e b) formas de onda. D e R, (a) (b) CAPITULO 7 ELH RÔNICA 2 Figura 7.85 Monoestável de recuperação rápida.. O circuito monoestável inicia a operaçüo no esrado esrável, com a safda em +V,a, e o diodo D conduzindo com tcnsáo cm C, limitada em 0,7 V. Por me.io do d i- visor de rensão, pane da tensão de saída (~ · V,.J é rea limentada para a enrrada niío in versor-a qW1ndo f3 ·V,., > 0,7 V. essas condições, a saída permanece em +V .. ,, caracterizando o estado estável. ,1ando. a iona momcnrn <1camence a havc CH . um tcn o ncgallva é im- p 5tll n;i cmrnda não invcrwra, o asionando saiuraç:io ncg~tiva (-V .. J n.1 salda. essa condições, parte da rens:io realimenrnda segue parn a enunda não inver- sora, manrendo a saída em níve l baixo mesmo que a chave seja desacionada. A parrir d e insramc, o apaciror começa n se nrregar, reduzindo 1cnsão para -V ,.,1 (observe que o diodo corta). Quando a tensáo no capacitor atinge -~· V sai, a saída allfilenta para +V.., e o circui to rerorna ao esrado escivel. Apc :ir de e encontrar no ~cad csdvel , o circuiro não pennirc novo dispa ro, pois isso furia com que a duração do es tad o instável fosse menor. urro d ispa- ro pode ser aplicado apenas quando o circuito se recuperar totalmente (chave fechada momentaneamente). A dur3ça·o do estado in.rnível é dada por: T = R -C -ln - 1-, 1- p em que p = __&__ , que determina qual p31'Cela da sa ída é realimenrada para R, + R2 a entrada náo inve.[sora. A recuperação pode ser mais rápida se for feita com um resistor de valor bem menor que R (figura 7.85). R v. o, CI A, -Vª R, uando a aída muda p, m - V .. , e o cirw ico cnl'ra no e: rado in civcl. o e, pa- cicor passa a se carregar por R. uando o ci r uir recoma ao csrado esdvel, o capaci10r e carreg-.1 por R,oc, que cem va lor de resis1ên la muho rncn r que R. Astável O astável é um oscilador de onda quadrada que funciona por meio da carga de um capaciror. A fi gura 7.86 mostra o circu ico básico . ele, a saída oscila enrre +V .,,1 e - V,., quando as tensões de ent rada são comparadas entre si . A ren áo na entrada inversora é igual à tensão no capacitar e a tensão na ent rada náo inver- sora é uma parcela da tensão de saída . Se Vc =V_ > V. , a saída será-V, . ,; do contrário, +V,. ,. Considerando, por con veniênci a, que a saru ração positiva é .igual à negativa, então: O pedodo das oscilações é cal.culado por: v, +Vª cr) v, R,, ) R, lbl Figura 7.86 Aslável simétrico: a) cim.nto e b) formas de onda.. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.87 Astâvel assimétrico: a) ctrcuito e b) formas de onda. Como o circuito é simétrico, os 1empos alco (T ..J e baixo (T J são iguai ou seja: Quando é necessário que o tempo alto seja diferente do baixo, pode-se usar o circuito da figura 7.87. o, o, (ai (b) esse clrcuiro, quando a ida é alta, o diodo D, condu z e o apa icor p.issa a e carrega r por R4 (lO kO), dcn,rmina.ndo o tempo alto. Quando a saída é baixa, o diodo D, conduz e o capaciror passa a se carregar por R3, de,erminando o tempo baixo. Os tempos alto e baixo são calculados, respectivamente, por: Comparador de janela Esse circuito detecta quando o valor de uma tensão está compreendido entre dois limites (figura 7.88). Na prática, como a cada valor de tensão está associado o valor de uma variável física, o circuito pode ser usado para detectar um inter- valo de temperatura , de intensidade luminosa ou sonora etc. •v. val o, ,v I + rC •v 1k (a) 15 (b) As rcnsõcs de rc trcn ia V11, e V112 ão bridas d· div i ores de ,cnsâ . e a 1c11 o de cnrrada V0• de um divisor de ren o cm que uma da r síscén i. um n r que corwcnc a v,irb , o de um~ grandcz., fi l • em vari. ç. o de resi c!ncia. Figur-a 7.88 ComP3rador de Janela; a) circuito e b) curva de transferéncia. CAPITULO 7 ELHRÔNICA 2 Figura 7.89 Retificado.- de me,a onda: a)crcuito" b) formas de onda de entrada e sa ,da. Retificador de meia onda No ci rcui to da figura 7.88, pa ra V. < O, a saída do AO é positiva, polarizando o diodo 0 2 de maneira direta e o diodo 0 1 reversamenre. O Auxo da correme ê por R3 e o circuito opera orno um mpli6cador in vcrror de ganho R3 R1 A te nsão na saída desse circuito pode ser determinada por: V= - R3 •V s R2 • Analisando o circuito da figura 7.89a, é possível notar que, ma ntendo a entrada positiva, o diodo D2 corta e o d iodo D1 conduz, e a correnre ci rcula por R 2 • A tensão de .saída é obLida de R3 e do a nodo de 0 1, que está ligado 11. emrarui inve r- sorn, e, par rar ligada virrnalm~nrc ao rcr r., " s:,fda V, é nula. omo R3 = R1, a nmplirude da rens o de saída é a mesma da de enrradn . D, R, +v., R, R, 1 k t l k 1 k - º· V, r -V._ s:1:- (a) v, v, .. _, (b) Uma característica interessante desse circuito é que ele consegue retificar sinais com amplitude bem menores que 0,6 V. Isso porque a tensão de conduçáo do diodo é reduzida a 0,7V --, em que ~ é o gan ho em malha aberra. Av Retificador de onda completa Ex lscem vários circu ito que c.xccuram e funç:io , ma. va mos on idcrar o da figura 7.90, pois ele permite variar o ganho por R1• v, R, 1 k R 2k R 2k e D, D, R 2k D E -+V i + -V,. A 5gura 7.91a mosrra o circuico no semicido po irivo. Nessas condições. D1 conduz e 0 2 corra. A corrente, ao entrar em R ,, é colculod.a por: ~, e a tens~ no prlm iro resinar R, por: U1 = ( v.) · R ~ ~ O ponro D [em mes1no porencia l que o E1 e1 como não entra corrente por E, os pontos E e B rem mesmo pote11 cial. Além disso, por causa do cuno-circuiro vir- tual, o ponto B tem mesmo potencial que o A (terra). Assi m, U, = U2 • A corrente no pomo F é determinarui por V R .-..!.. , e a tensfo. por U3 = Vs = - · v •. R, R, R 2k Figura 7.90 Grcurto rctif icador de onda comple1a. v, F 4 CAPITULO 7 ELH RÔNICA 2 Figura 7.91 Retificador de onda com p letac a) serniciclo po5ltMJ e b) serruado nega tJvo. ~ ~ R, 1 k R, 1 k ~ R R, 2 k e R 2k R 2k Z-/ '-.__/ ~ u, u, • V +V ll D • 8 + .v. (a) R R R 2k e 2k ~ - - -V }!___ V V ....L. ---" . T R, R o, R., +Vª D + E V o, .v. (b) v, o semicido negativo (figura 7.91b), a corrente segue por R1• essas cond ições. D2 conduz e D, corra. Assim, passa a existir uma rorrenre circulando por 0 2• Consi lcrando que censiio no pomo E é V, a corremc em 0 2 é determinada por V/R. Portamo, a corrcme no ponto C é a diferença entre a corrcmc de entrada e a corrente em 0 2: v. _.'-'.'_ R, R Esse valor é o mesmo encontrado no ponto F; logo, a tensão na resistência ele realimentação vale: Assim, a censâo de saída é: V == V + (V. _.'-'.'_ )· R == ~ -V s R, R R," Podemos, enrêio, condwr que o módulo do ganho é o mesmo para entrada po- sitiva ou negativa. CAPITULO 7
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