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Brasil A Nova República

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PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
HISTÓRIA
Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, 
mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br
© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do 
detentor dos direitos autorais.
Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico
Disciplinas Autores 
Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales
 Márcio F. Santiago Calixto
 Rita de Fátima Bezerra
Literatura Fábio D’Ávila 
 Danton Pedro dos Santos
Matemática Feres Fares
 Haroldo Costa Silva Filho
 Jayme Andrade Neto
 Renato Caldas Madeira
 Rodrigo Piracicaba Costa
Física Cleber Ribeiro
 Marco Antonio Noronha
 Vitor M. Saquette
Química Edson Costa P. da Cruz
 Fernanda Barbosa
Biologia Fernando Pimentel
 Hélio Apostolo
 Rogério Fernandes
História Jefferson dos Santos da Silva 
 Marcelo Piccinini 
 Rafael F. de Menezes
 Rogério de Sousa Gonçalves
 Vanessa Silva
Geografia	 	 	 Duarte	A.	R.	Vieira
 Enilson F. Venâncio
 Felipe Silveira de Souza 
 Fernando Mousquer
I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — 
Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]
696 p.
ISBN: 978-85-387-0574-1
1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.
CDD 370.71
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A Nova 
República
Depois de 10 anos da proibição de passeatas 
ou comícios, no dia 10 de abril, cerca de um milhão 
de pessoas participaram de um comício-monstro na 
praça da Candelária, no centro do Rio, para clamar 
eleições diretas para a presidência da República. No 
dia 16 seguinte no vale do Anhangabaú, no centro de 
São Paulo, outro comício muito semelhante ao ocorri-
do no Rio se destacava na busca pelas “Diretas Já”, 
que movimentou o país entre 1984-1985.
Embora frustada, pois as eleições foram indire-
tas, a campanha das Diretas Já representava a espe-
rança de mudanças personificadas na figura de um 
novo presidente civil. O presidente eleito foi Tancredo 
Neves que um dia antes da posse prevista para 15 
de março, foi internado por causa de um tumor no 
intestino, sendo que no dia 21 de abril foi declarado 
morto. As ruas do Brasil devido a esta notícia foram 
novamente tomadas por multidões saudando, entre 
lágrimas e desmaios, o presidente que não foi, e mais 
ainda, o presidente que poderia ter sido.
O governo José Sarney 
(1985-1990)
José Sarney.
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co
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he
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o.
Neste período de transição, tornou-se presiden-
te o vice de Tancredo, José Sarney, que deu continui-
dade à redemocratização do Brasil e logo ao assumir 
o poder lançou uma série de emendas à Constituição, 
no dia 8 de maio de 1985, que estabeleceram:
Eleição direta do presidente que sucederia •
Sarney;
Eleição direta para prefeitos das capitais em •
15 de novembro de 1985;
Eleição direta para os municípios considera- •
dos de segurança nacional;
Eliminação da fidelidade partidária; •
Liberdade de criação de partidos (inclusive •
os comunistas);
Direito de representação política aos morado- •
res do Distrito Federal, com oito deputados e 
três senadores.
Em fevereiro de 1987, formou-se a Assembleia 
Constituinte para definir uma nova Constituição para 
o Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988. Entre 
as características de Constituição de 1988 estão:
proteção ao trabalhador • : abono de 33% quan-
do o trabalhador sair de férias; indenização 
de 40% do FGTS em caso de demissão; todo 
o trabalhador que recebia até dois salários 
mínimos mensais passaria a receber abono 
de um salário e as horas extras passaram 
a valer mais 50%; direito de greve irrestrito 
aos trabalhadores; jornada de trabalho de 
44 horas; a aposentadoria não poderá ser 
inferior a um salário mínimo e o aposentado 
passou a receber décimo terceiro salário; a 
licença-maternidade passou de 90 para 120 
dias; licença paternidade de 5 dias;
Dois turnos nas eleições para governadores •
e prefeitos de cidades com mais de 200 mil 
habitantes;
Voto facultativo entre os 16 e 18 anos; •
Redistribuição dos impostos em favor dos •
estados e municípios;
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Garantia por parte do Estado de benefícios e •
proteção às empresas nacionais;
Fim da censura ao rádio, televisão, cinema etc; •
Medidas de proteção ao meio ambiente; •
Mandato de 5 anos para presidente da Repú- •
blica, reduzido para 4 anos em 1995;
Medidas de proteção às minorias (0,2% de •
índios e 8,1% de negros).
Sarney estava longe de ser o presidente dos 
sonhos de todo brasileiro, e poderia ter passado des-
percebido ao longo de seu mandato se não tivesse 
provocado imensa mobilização nacional em torno de 
um pacote econômico, o chamado Plano Cruzado 
lançado em 28 de fevereiro, que em linhas gerais seria 
um Plano de Estabilização Econômica, projetado sob 
a liderança do Ministro da Fazenda Dílson Funaro com 
o objetivo de controlar a inflação no Brasil. Entre as 
medidas do Plano Cruzado estão:
Congelamento de preços por um ano; •
Imediato reajuste salarial e correções sala- •
riais sempre que a inflação atingir 20%;
Livre negociação entre patrões e emprega- •
dos, à época dos dissídios anuais;
Implantação de um novo padrão monetário, o •
cruzado, que teria o valor do cruzeiro menos 
três zeros;
Fim da correção monetária. •
Plano Cruzado: criação de José Sarney.
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r.
Fez-se necessário ressaltar o apelo feito pelo 
governo de que o próprio povo se comprometesse 
em fiscalizar a atuação do plano. Os “fiscais do Sar-
ney” eram os cidadãos que pretendiam conferir se 
os preços estavam de fato congelados, através da 
divulgação de tabelas com o valor máximo dos preços 
controlados pela Sunab (Superintendência Nacional 
de Abastecimento e Preços).
A
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es
co
n
he
ci
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o.
“Fiscais do Sarney”.
O resultado inicial do Plano Cruzado foi o con-
trole imediato da inflação e uma grande corrida pelo 
consumo, favorecida pelo congelamento dos preços e 
reajustes salariais. Porém, com o congelamento, mui-
tos produtores viram-se desestimulados a aumentar 
a produção, gerando um forte desabastecimento no 
Brasil e a cobrança do ágio (valor cobrado acima da 
tabela). Para superar tal problema, o governo estimu-
lou as importações, prejudicando a balança comercial 
e esgotando as reservas do país.
Esquema didático
Congelamento + Gatilho Salarial = Desabas-
tecimento = Ágio = Importação = Esgotamento 
das divisas.
Apesar de tantos problemas econômicos, o 
PMDB conseguiu ampla vitória nas eleições estadu-
ais marcadas para 1986. Com maior poder aquisitivo 
a população votou em seus candidatos. Logo após 
as eleições o PMDB lançou o Plano Cruzado II, que 
determinou:
Liberação de alguns produtos do congela- •
mento;
Elevação de 80% no preço dos automóveis; •
Aumento das tarifas de energia elétrica, te- •
lefone e correio;
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Aumento de impostos sobre o cigarro e •
bebidas.
Diante de tantos problemas econômicos aos 
quais o Brasil estava inserido, este plano também foi 
incapaz de controlar a inflação que disparou (cerca 
de 26% ao mês) determinando o pedido de mora-
tória (suspensão da dívida externa) brasileira em 
1987 e a demissão do ministro Dílson Funaro,que 
foi substituído por Luis Carlos Bresser Pereira. Em 
julho de 1987 foi lançado o Plano Bresser, que tinha 
como medidas:
Congelamento dos preços por dois meses; •
Aumento de tarifas e impostos; •
Extinção do gatilho salarial; •
Suspensão da moratória e renegociação da •
dívida externa com o FMI (Fundo Monetário 
Internacional).
O Plano Bresser também mostrou-se ineficaz no 
combate à inflação provocando o pedido de demissão 
de Bresser em dezembro de 1988. O novo ministro foi 
Maílson da Nóbrega que herdou um quadro caótico – 
a inflação total do ano de 1988 foi de 934%, agravando 
a crise de desemprego e o descontentamento da 
população. Em janeiro de 1989 foi decretado o Plano 
Verão, que tinha como medidas:
Criação do cruzado novo – o cruzado com •
corte de três zeros;
Corte de gastos do governo; •
Novo congelamento de preços. •
Apesar de todas estas tentativas, percebe-se 
a fragilidade econômica brasileira e o fracasso dos 
planos frente à mesma. Isto provocou um decréscimo 
na popularidade do governo, tanto pelo desastre fi-
nanceiro quanto pelos vários escândalos de desvios 
de dinheiro público no Maranhão (terra natal do pre-
sidente) através da construção de obras superfatu-
radas como a Ferrovia Norte-Sul, a Usina Siderúrgica 
do Maranhão e a Base Espacial de Alcântara. Este 
desgaste fez com que um grupo de políticos do PMDB 
(Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Mário Co-
vas, entre outros) resolvesse fundar um novo partido, 
o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
Em 1989 ocorreram novas eleições presidenciais 
e Fernando Collor de Mello apresentou sua candida-
tura pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional) de 
pouca expressividade. Ex-prefeito de Maceió e gover-
nador do Alagoas baseou sua campanha política na 
caça aos “marajás” (funcionários públicos acusados 
de corrupção), na independência em relação aos 
antigos grupos políticos e ao capital internacional e 
na promessa de reformas sociais, contando com forte 
apoio da mídia televisiva. Entre os outros candidatos 
destacaram-se Luiz Inácio Lula da Silva do PT, atra-
vés da coligação Frente Brasil Popular (PT, PC do B 
e PSB) e Leonel Brizola do (PDT). Fernando Collor foi 
vitorioso nos dois turnos.
Fernando Collor de Mello 
(1990-1992)
Fernando Collor de Mello era um jovem e promis-
sor candidato de tendência liberal que representou 
definitivamente a ruptura com o modelo econômi-
co desenvolvimentista inaugurado por JK. Este 
conseguiu o apoio da elite nacional e utilizou uma 
propaganda eleitoral baseada em campanha perso-
nalista, na qual se propunha a combater a corrup-
ção, atitude esta que lhe presenteou com o título de 
“Caçador de Marajás”. Destacava a necessidade de 
um líder jovem para que mudanças efetivas, capazes 
de conter a crise econômica na qual estava inserido 
o Brasil, fossem realmente realizadas. Para este fim 
propôs uma economia de cunho neoliberal, na qual 
o Estado restringe a sua atuação na economia e 
privatiza setores que era responsável até então. A 
entrada de capital externo nas empresas reduziria 
os gastos do governo e permitiria a modernização 
das empresas privatizadas, vítimas da estagnação 
econômica. O Estado concentraria investimentos nas 
necessidades sociais, ao invés de setores produtivos 
e de serviço – estes são os argumentos do “Estado- 
-mínimo” neoliberal. 
Promoveu-se a abertura dos mercados, graças 
à redução do protecionismo e fim dos subsídios, 
provocando falências nas indústrias nacionais pela 
entrada maciça de produtos importados em preços 
muito mais em conta. O argumento de Collor era a 
necessidade de entrada de tecnologia, que estimu-
laria o desenvolvimento da produção nacional.
A criação do Mercosul em 1991 é outra caracte-
rística do governo Collor e pretendia fazer do Brasil 
uma liderança econômica regional. Envolvendo Bra-
sil, Paraguai, Argentina e Uruguai, o Mercosul preten-
dia ampliar os mercados consumidores e promover 
uma maior capacidade de atração dos mercados 
externos, pois empresas se instalariam no Brasil não 
visando apenas o mercado interno brasileiro, mas 
sim, todo o mercado garantido pelo bloco. Entretanto, 
o Mercosul só entrou em vigor no governo Fernando 
Henrique Cardoso.
Logo no início de seu governo, Collor se apode-
rou de boa parte do dinheiro que estava depositado 
nos bancos e instituições financeiras, sob o discurso 
de um novo plano de combate à inflação, plano este 
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denominado Plano Collor. Lançado um dia após a 
posse do novo presidente sob a liderança da Ministra 
da Economia Zélia Cardoso de Mello, foi responsável 
por um grande choque econômico. A intenção era 
frear o consumo exagerado de produtos, causadores 
do desabastecimento e da inflação. O Plano Collor 
tinha como princípios básicos:
Extinção do cruzado novo e retorno do cru- •
zeiro;
Salários com reajuste prefixado no dia 15 de •
cada mês;
Congelamento de preços; •
Confisco dos depósitos da poupança e da •
conta corrente superiores a 50 mil cruzeiros. 
O dinheiro seria devolvido corrigido após 18 
meses em 12 parcelas;
Câmbio controlado pelo mercado e não pelo •
Banco Central;
Eliminação de todos os subsídios, excetos os •
da Zona Franca de Manaus;
Aumento do IPI (Imposto sobre os produtos •
industrializados);
Corte nos gastos públicos através de de- •
missão de funcionários e do programa de 
privatizações;
Estímulo à importação. •
Fernando Collor de Mello.
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Este plano econômico foi baixado por meio de 
Medidas Provisórias, instrumentos presidenciais 
que devem ser votados pelo Congresso em 30 dias, 
podendo ser reeditados em caso de não-apreciação. 
Entretanto, este plano econômico foi incapaz de 
conter a inflação, gerando profunda recessão econô-
mica e aumento substancial da falência de empresas 
e da taxa de desemprego no Brasil. Estes fatores 
determinaram a demissão da equipe econômica e a 
ascensão de Marcílio Marques Moreira ao Ministério 
da Economia, que por sua vez foi incapaz de superar 
os problemas mencionados.
Agravando ainda mais o cenário no qual estava 
inserido o governo Collor, vários foram os rumores 
que giravam em torno da corrupção neste governo. 
Surgiram acusações afirmando que a ministra Zélia 
avisara determinadas empresas da iminência do 
confisco, sendo que ela e o próprio presidente Collor 
dispunham de pouco dinheiro em caixa no dia da-
quela expropriação.
É necessário ainda destacar as denúncias de 
Pedro Collor, irmão de Collor, revelando detalhes 
da vida privada e a participação do presidente no 
chamado Esquema PC, envolvendo o tesoureiro da 
campanha de Fernando Collor à presidência, Paulo 
César Farias. De acordo com as denúncias, Paulo 
César Farias cobrava comissões para favorecer algu-
mas empresas em concorrências de obras públicas, 
comissões movimentadas por contas fantasmas e 
que custeavam as despesas de Fernando Collor de 
Mello e de sua mulher, Rosane. O esquema chegou 
a movimentar cerca de 260 milhões de dólares e a 
denúncia permitiu à imprensa e a uma Comissão 
Parlamentar de Inquérito (CPI) desvendar, mesmo 
que em parte, o esquema de propinas e desvio de 
verbas comandado por Paulo César Farias.
Depois de confirmado o envolvimento de pes-
soas muito ligadas ao presidente Fernando Collor 
no esquema de corrupção, como Rosane e Leda 
Collor (mãe do presidente), ficou bem claro que de 
alguma forma o presidente também teria lucrado 
com o esquema. No dia 1.o de setembro de 1992, os 
presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, 
Barbosa Lima Sobrinho e da Ordem dos Advogados 
do Brasil, Marcelo Lavenere, encaminharam à câmera 
o pedido de impeachment do presidente. Um mês 
depois a Câmara autorizou o Senado a julgá-lo o que 
lhe obrigou a deixar o cargo e aguardar a decisão. 
Paralelamente a este processo vários foram os estu-
dantes que foram às ruas, comos rostos pintados 
de verde e amarelo, exigir a derrubada de Collor, 
movimento conhecido como a “Marcha dos Caras 
Pintadas”. No dia 29 de dezembro, Collor apresentou 
o seu pedido de renúncia para evitar a cassação de 
seus direitos políticos por 8 anos. O pedido não foi 
aceito pelo Senado que deu continuidade ao processo 
de impeachment.
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Marcha dos Caras Pintadas.
O governo Itamar Franco 
(1992-1995)
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a.
Itamar Franco.
Após a renúncia do presidente Collor, quem as-
sumiu o poder foi Itamar Franco, seu vice-presidente, 
de biografia pouco conhecida, mas que governou com 
um grande respaldo dos partidos políticos, principal-
mente do PSDB.
A redução dos juros internacionais, determi-
nante para a redução da emissão de divisas para 
instituições internacionais de crédito, favoreceu o 
crescimento econômico, mesmo com a manutenção 
da inflação a níveis altos. Ao fim de seu governo, em 
28 de fevereiro de 1994, Itamar lançou o plano econô-
mico que foi um dos mais bem-sucedidos que já se 
havia desenvolvido no Brasil; é o famoso Plano Real 
que garantiu aos jovens conhecer um futuro sem as 
hiperinflações e acabou levando à presidência seu 
principal articulador, o então Ministro da Fazenda, 
Fernando Henrique Cardoso.
Entre as medidas do plano destacam-se:
Controle das contas do governo e redução •
do déficit público;
Criação da Unidade Real de Valor (URV), •
indexador que passaria a corrigir diaria-
mente preços, salários e serviços, como 
uma espécie de moeda;
Criação de uma nova moeda, em 1. • o de 
Julho de 1994, o real, equivalente ao valor 
de uma URV (2 750,00 cruzeiros reais);
Manutenção de um câmbio elevado, com •
um dólar equivalendo cerca de um real;
Intervenção do Banco Central para garan- •
tir o valor do real, em caso de ameaça de 
desvalorização;
Elevação das taxas de juros para controle •
da inflação e manutenção das reservas 
cambiais.
Ao controlar a inflação, o Plano Real determinou 
um aumento do consumo, principalmente a partir 
de vendas a prazo, o que causava preocupação no 
governo que temia novamente uma alta da inflação. 
Apesar disso, o Plano Real conseguiu estabilizar a 
economia brasileira no sentido de conter a inflação e 
a desvalorização da moeda. Estes fatores aliados ao 
temor que o ex-sindicalista Luís Inácio Lula da Silva 
continuava despertando nas elites brasileiras deter-
minou a eleição de Fernando Henrique Cardoso, então 
com 63 anos, à presidência em 2 de outubro de 1994, 
ao derrotar candidatos como Lula (PT), Leonel Brizola 
(PDT), Orestes Quércia (PMDB), entre outros.
Após as eleições, antes da posse de Fernando 
Henrique, o governo Itamar lançou um pacote an-
ticonsumo, contendo medidas como a limitação de 
três meses no parcelamento de compras; suspensão 
do consórcio de eletrodomésticos e eletroeletrônicos; 
recolhimento compulsório de 15% sobre empréstimos, 
redução para doze meses dos consórcios de auto-
móveis. Apesar do controle da inflação, as medidas 
anticonsumo do Plano Real e a alta taxa de juros es-
timularam a falência de muitas indústrias nacionais, 
além de altas taxas de desemprego no Brasil, fruto 
de um modelo econômico recessivo.
Durante o governo de Itamar Franco, conforme 
previsto na Constituição de 1988, com alto índice de 
abstenção, foi realizado em plebiscito para a escolha 
da forma e sistema de governo do Brasil. Vencendo a 
República, em oposição à Monarquia, e o Presiden-
cialismo, em oposição ao Parlamentarismo.
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O governo Fernando 
Henrique Cardoso 
(1995-2003)
O Plano Real lançou as bases definitivas da 
econômica brasileira. Os próximos governos atuaram 
de acordo com suas diretrizes colhendo frutos de 
seus pontos positivos, mas também mergulhando 
o Brasil numa gravíssima crise social que jogou os 
indicadores de desenvolvimento humano (IDH) a 
níveis extremamente baixos. Ao mesmo tempo, os 
índices de desigualdade social continuaram batendo 
recordes negativos, demonstrando que se a economia 
brasileira apresentou crescimento, este não foi para 
todos, dando continuidade ao histórico processo de 
exclusão social.
Com apoio do PFL, o PSDB lançou a candida-
tura de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que se 
aproveitando da estabilidade obtida com o Plano 
Real, derrotou o candidato Lula com 53,8% dos vo-
tos. Embora o Plano Real tenha conseguido manter 
a inflação sob controle, apresentou alguns efeitos 
negativos sobre a economia. A paridade cambial 
(R$1,00 = US$1,00) fez com que os produtos nacio-
nais elevassem seus preços em nível internacional, 
reduzindo as exportações. Por outro lado, os produtos 
importados apresentavam baixos preços ao entrar no 
mercado brasileiro, ampliando sua procura e sendo 
responsável por um déficit comercial que em 1993 
chegou à casa de 8 bilhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso.
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A
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Para cobrir esse déficit, o governo brasileiro 
elevou os juros, atraindo para o Brasil investidores 
internacionais. Porém, a elevação dos juros gerou 
uma retração do consumo e produção internos, es-
tagnando a economia brasileira e elevando os índices 
de desemprego.
Em paralelo, o estado recessivo, reduziu gastos 
em infraestrutura, de acordo com a lógica neoliberal, 
o que gerou a crise energética em 2001, o chamado 
“apagão”, devido à ausência de investimentos em 
produção de energia e linhas de transmissão, obri-
gando os consumidores domésticos e comerciais 
a reduzirem o consumo de energia elétrica. Crise 
típica do estado neoliberal que retrai investimentos 
nesse setor.
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Apagão, 2001.
A elevação dos juros, para que o estado arre-
gimentasse recursos para a sua considerável dívida 
interna e externa, foi responsável pela descapitaliza-
ção dos setores produtivos. Por outro lado, o setor fi-
nanceiro (bancos) colecionou crescimento de capital, 
oriundo dos juros pagos pelo setor produtivo e pelos 
consumidores. Para evitar a falência de empresas ou 
instituições privadas de forte cunho social, o governo 
assumiu os custos dessas empresas mediante pro-
gramas como o Proer (Programa de Reestruturação 
e Fortalecimento do Sistema Financeiro), que cobriu 
a quebra de bancos privados, gerando forte oposição 
da população brasileira.
O Mercosul
No dia 1.o de Janeiro de 1995, data do início do 
governo Fernando Henrique, Argentina, Uruguai, 
Brasil e Paraguai, deram início ao Mercosul (Mercado 
Comum do Sul), que já vinha sendo articulado desde 
1986 com a assinatura do Programa de Integração e 
Cooperação Econômica (Pice), assinado em julho de 
1986 entre os presidentes José Sarney e Raul Alfon-
sín, da Argentina. Em dezembro de 1994, a Cúpula 
de Ouro Preto completou as decisões da união adu-
aneira, marcada para o 1.o de janeiro próximo. 
Apesar dos números modestos em relação aos 
demais blocos como o Nafta e a União Europeia, o 
Mercosul agregava na época cerca de 200 milhões 
de habitantes, com um PIB de cerca de 1 trilhão de 
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dólares e cerca de 50% da produção industrial da 
América Latina.
A criação do Mercosul foi um indicador da pro-
posta de FHC de integrar o Brasil ao capitalismo in-
ternacional, a partir da atração de capitais estrangei-
ros – em 1995 o Brasil foi o 6.° receptor internacional 
de investimentos norte-americano e em 1999 o quarto 
a atrair investimentos de todo o globo. Esses capitais 
foram impulsionados pela derrubada de medidas 
protecionistas e foram acompanhados pela entrada 
das maiorestransacionais do planeta, além da fusão 
e aquisição de empresas de capital privado nacional. 
A privatização de estatais, foi impulsionada por meio 
dos leilões como o da Vale do Rio Doce e do Sistema 
Telebrás, além dos programas de demissão voluntária 
dos funcionários públicos.
Os problemas na área social
O desemprego, fruto dos anos de estagnação 
econômica, agravou ainda mais a questão social 
durante o governo FHC. Corte de gastos do esta-
do em setores como educação, saúde e habitação, 
deterioraram os serviços. Essa crise social também 
atingiu setores da classe média, que a partir do de-
semprego e da redução do poder de compra, passou 
a disputar postos de trabalho e habitação com as 
classes mais baixas.
Assim, tomaram corpo movimentos, como o 
MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) que 
reivindica maior atenção do governo em relação à 
reforma agrária, pela ocupação de terras considera-
das improdutivas. Ao mesmo tempo, os latifundiários 
organizaram-se na UDR (União Democrática Ruralis-
ta) para responder às invasões de maneira violenta 
por meio de milícias armadas que respondiam violen-
tamente às invasões, gerando milhares de mortos e 
feridos. Diante das reivindicações do MST, o governo 
FHC assentou mais de 250 mil famílias, num total de 
6 milhões de hectares.
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A
B
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Movimento Sem-Terra.
Outro sintoma dessa crise social foi o surgi-
mento do MTST (Movimento dos Trabalhadores 
Sem-Teto), mostrando que a miséria estava presente 
nos grandes centros urbanos. Outro fator social que 
se agravou foi o da concentração de renda, fazendo 
com que o Brasil liderasse o ranking das nações, 
superando países como Guiné-Bissau.
O quadro político
Em 1996, as preocupações políticas estavam 
voltadas para a possibilidade da reeleição de Fernan-
do Henrique, uma vez que a Constituição restringia 
a reeleição para os cargos de presidente, governa-
dor e prefeitos. Com o apoio da mídia, a coligação 
PSDB-PFL procurou convencer a população da ne-
cessidade da manutenção das diretrizes econômicas 
do governo, para evitar a saída de capitais, fruto de 
uma possível falta de credibilidade diante dos inves-
tidores internacionais, caso FHC não fosse reeleito. 
Após inúmeras negociações, o Congresso aprovou 
a emenda constitucional que garantia a reeleição. 
Diante desse forte apelo, FHC foi reeleito em primeiro 
turno com 53% dos votos, contra 31% de Lula.
Outra característica do governo FHC foi a “su-
premacia” do poder executivo, manifesta principal-
mente por inúmeras medidas provisórias (MPs). Este 
instrumento estava presente na constituição de 1988 
e permitia ao presidente decretar leis que devem ser 
aprovadas pelo Congresso em um prazo de 30 dias. 
Se essas leis não forem aprovadas, poderiam ser 
reeditadas, funcionado como verdadeiros decretos 
presidenciais. O excesso destas medidas foi respon-
sável pela consolidação do projeto governista, em 
detrimento do Congresso Nacional e da normalidade 
democrática, gerando inúmeros protestos.
Os abalos no Plano Real
Em outubro de 1997, Coreia do Sul, Tailândia e 
Indonésia, (os “tigres asiáticos”), economias emer-
gentes, como o Brasil, apresentaram dificuldades 
para pagar suas dívidas externas. O Brasil, com 
uma dívida externa de 236,9 bilhões, também gerou 
incerteza entre os investidores internacionais que 
passaram a retirar seus investimentos especulativos, 
movimento acentuado com o pedido de moratória da 
Rússia em agosto de 1998.
Em dezembro, o governo assinou um acordo 
com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que 
disponibilizou aos cofres nacionais um empréstimo 
de 41,5 bilhões de dólares em troca do compromisso 
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de estabilização das contas públicas, o que gerou 
um grande corte de gastos públicos. A crise foi 
agravada pelo pedido de moratória da dívida interna 
pelo governador Itamar Franco (então governador 
de Minas Gerais), ampliando a desconfiança dos 
especuladores internacionais. Consequência: o dólar 
superou a casa dos dois reais, ameaçando a estabi-
lidade da moeda.
Com altíssimas taxas de juros, o governo con-
seguiu contornar a situação de crise, controlando 
a inflação, apesar do agravamento da estagnação 
econômica, do desemprego, da falta de investimentos 
estatais na área social, entre outros fatores.
O agravamento das condições sociais, as incer-
tezas econômicas, a estagnação, o enriquecimento 
do setor financeiro em detrimento do setor produtivo, 
a elevação dos índices de pobreza e desemprego 
ampliaram o descontentamento da população. Este 
descontentamento associado à esperança popular 
em melhorias de vida, resultou na derrota do candi-
dato governista José Serra, para Luiz Inácio Lula da 
Silva, nas eleições presidenciais de 2002. 
O governo 
Luiz Inácio Lula da Silva
Em janeiro de 2003 assumiu a presidência do 
Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. Lula chegou ao Pla-
nalto após várias tentativas frustradas, depositário 
da esperança da maioria dos brasileiros de realizar 
reformas que pudessem fazer a economia brasileira 
voltar a crescer e a gerar empregos.
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Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula assumiu a presidência num momento mun-
dial bastante delicado: a Guerra do Iraque (2003). Essa 
guerra dividiu o mundo em torno da validade da ação 
norte-americana em prol da derrubada de Saddam 
Hussein, governante do Iraque. Lula defendeu posição 
contrária a intervenção, sinalizando, no lugar da guer-
ra, a necessidade de uma mobilização internacional 
contra a fome. Essa postura, somada ao fato de ser um 
presidente originário do movimento operário conferiu 
ao Brasil um grande destaque internacional.
Ao adotar a política econômica do governo an-
terior (principalmente em relação à taxa de juros, que 
apesar de uma sensível redução inicial, continuou 
em níveis elevados), Lula enfrentou críticas dentro 
do próprio PT, o que motivou a saída dos chamados 
radicais, como a senadora Heloísa Helena. Os indus-
triais também criticaram a postura, além da pesada 
carga tributária, alegando que apenas os bancos 
acumulavam lucros.
No Congresso, Lula enfrenta o problema da go-
vernabilidade, ou seja, a busca de uma base aliada 
capaz de aprovar medidas indispensáveis às preten-
sões governistas. Para obter esta base, o governo 
adotou uma prática presente em praticamente todos 
os governos anteriores – a distribuição de cargos de 
destaque. Por exercer essa prática, tão criticada pelo 
PT antes da eleição de Lula, o governo recebeu mais 
uma série de críticas.
Outra questão importante colocada no governo 
Lula é a necessidade de investimentos em infraes-
trutura, considerada “gargalo” do desenvolvimento 
brasileiro. O governo passou a defender a necessi-
dade de investimentos privados em infraestrutura, 
ou seja, o projeto conhecido como Parceria Público- 
-Privada (PPP).
(UERJ) 1. Manifesto contra a moda de se falar mal 
do Brasil
Sim, o Brasil tem problemas medonhos e não é um 
exemplo de desenvolvimento e justiça social, mas, com 
o perdão da má palavra, já ando de saco cheio desse 
negócio de tudo aqui ser o pior do mundo, ninguém 
aqui prestar e nada aqui funcionar e sermos culpados de 
tudo o que de ruim acontece na Terra. Saco cheiíssimo 
[sic.] de sair do Brasil e enfrentar ares de superioridade 
e desprezo por parte da gringalhada, todos nos olhando 
como traficantes de cocaína, assassinos de índios e crian-
ças, corruptos natos e mais uma vasta coleção de outras 
coisas, a depender do país e da plateia. (...) Chega desse 
negócio, eu não sou bandido, nós não somos bandidos, 
nós somos brasileiros, eles que vão se catar, enfurnados 
lá no frio escuro e triste deles.
(RIBEIRO, João Ubaldo. Veja, 31 mar. 1993.)
Em 1985, com o fim da ditadura militar, surge em segmentos 
da sociedade brasileira, a esperança de construçãode 
uma nova sociedade – a Nova República.
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Contudo, como é ilustrado pelo texto acima, antigos 
problemas persistem, contribuindo para alimentar uma 
determinada imagem negativa do Brasil.
Dentre os fatores abaixo, aqueles que indicam, 
respectivamente, mudança e permanência na ordem 
político-econômica, durante a Nova República, são:
supressão do direito de greve - centralização dos a) 
poderes no Executivo.
extensão do direito de voto aos analfabetos - pe-b) 
queno poder de compra dos salários.
elaboração de leis referentes ao meio ambiente - c) 
restrições à organização dos partidos políticos.
extensão dos direitos previdenciários aos trabalha-d) 
dores do campo - sobrevivência da legislação polí-
tica de exceção.
(UFMG) “Neste momento, estamos passando de um 2. 
estágio emocional para um estágio racional. Em fevereiro, 
a inflação - a inflação mais a correção monetária - estava 
nos conduzindo para uma situação na qual o Brasil seria 
um país absolutamente ingovernável. Naquela ocasião, 
fizemos o que achamos que deveria ter sido feito, sem 
levar em consideração os custos políticos das nossas 
decisões, e sim o bem do povo [...] Uma vez anunciada 
a reforma econômica, o que se viu foi uma extraordinária 
adesão popular. Não podíamos antever que a reação seria 
tão favorável. O povo tomou consciência da cidadania.”
(Trecho de entrevista concedida pelo, então, Presidente da República, 
José Sarney. Veja. n. 949, 12 nov. 1986.)
Nesse trecho, o entrevistado faz referência à reforma 
econômica conhecida como:
POLÍTICA DO “FEIJÃO COM ARROZ”, que previa a) 
uma redução da intervenção do Estado na econo-
mia, buscando deixar o mercado cumprir seu papel.
PLANO CRUZADO, que adotou medidas hetero-b) 
doxas - como o congelamento de preços e o gati-
lho salarial -, visando ao controle da inflação.
PLANO SALTE, que pretendeu estimular as taxas c) 
de crescimento da economia nacional por meio da 
decretação da moratória da dívida externa.
PLANO VERÃO, que combinou medidas ortodoxas d) 
e heterodoxas, com ênfase especial no controle dos 
salários dos trabalhadores.
(PUC-Campinas) Analise os textos.3. 
“Diante dos documentos internacionais que começam a 
expor a verdadeira situação do Brasil, depois das reformas 
neoliberais da Constituição e da economia, o único álibi que 
os responsáveis pelo resultado clamoroso podem invocar 
é que o ‘processo não está concluído’.”
(FREITAS, Janio de. Folha de S. Paulo. 19 set. 1999. Cad. 1. p. 5.)
“Nos anos 80 e 90, sob o paradigma neoliberal, diluiu-
se a ‘legitimidade’ dos projetos de desenvolvimento 
e debilitaram-se os Estados nacionais. Liberalização, 
desregulação e privatização passaram a constituir os 
pilares de uma suposta ‘nova ordem’ que promoveria a 
modernização e o progresso por força das virtudes da 
eficiência alocativa dos mercados de capitais”.
(COUTINHO, Luciano. Folha de S. Paulo, 
12 set. 1999. Cad. 2. p. 2.)
Os dois autores referem-se ao Projeto Neoliberal 
implantado no Brasil pelos últimos governos da Federação. 
A partir da análise dos textos, pode-se depreender que o 
Projeto Neoliberal, no Brasil:
acelerou o processo de distribuição de renda no país.a) 
fortaleceu o poder de intervenção do Estado na b) 
economia.
não alcançou ainda os objetivos pretendidos pelos c) 
seus idealizadores.
ultrapassou a fase de implantação do progresso e d) 
da modernização econômica.
alavancou o projeto de desenvolvimento industrial.e) 
(PUC-Campinas) Leia os textos.4. 
“A crise econômica recente no Brasil demonstra 
que qualquer país está ameaçado por turbulências 
informativas e movimentos especulativos nos mercados 
financeiros globais.”
(CASTELLS, Manuel. Folha de S. Paulo, 
23 mai. 1999. Cad. Mais, p. 5.)
(...) uma crise aguda da economia brasileira seria 
transmitida a toda a América Latina e provocaria 
uma catástrofe nos Estados Unidos, que destinam 
20% de suas exportações a essa região. A Europa, 
evidentemente, também não seria poupada por uma 
crise geral da economia. Foi menos o futuro do Brasil 
do que o medo de uma tal crise mundial que mobilizou 
uma ajuda internacional considerável para livrar o país 
dos apuros.”
(TOURAINE, Alain. Folha de S.Paulo. 
31 jan. 1999. Cad. Mais. p. 5.)
O Plano Real, adotado pelo Governo de Itamar Franco, 
em 1994, contribuiu para a eleição do Presidente 
Fernando Henrique Cardoso. No início de 1999, o 
Plano Real sofreu uma crise que fez cair os índices de 
popularidade do Presidente. De acordo com os textos, 
essa crise estava relacionada, principalmente:
à fuga de capitais ocorrida no final de 1998, que a) 
provocou uma redução nas divisas e a desvaloriza-
ção cambial.
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aos conflitos entre Brasil e Argentina, na definição b) 
das taxas alfandegárias para importação/exporta-
ção de alimentos.
aos baixos investimentos do Governo nas áreas so-c) 
ciais, especialmente na saúde, educação e moradia.
à falta de decisão política do Governo para enfren-d) 
tar os problemas decorrentes da baixa oferta de 
trabalho.
ao retorno do processo inflacionário com a conse-e) 
quente adoção da política de indexação da economia.
Solução: ` A
(UFPE) Durante o período dos governos militares (1964-5. 
1980) a inflação sofreu uma escalada vertiginosa. A partir 
do governo Sarney até o atual de FHC muitos planos 
econômicos foram propostos visando conter a inflação, 
a retomar o desenvolvimento.
Sobre os planos e suas características relacione as 
colunas a seguir:
1. Plano Cruzado
2. Plano Verão
3. Plano Collor
4. Plano Bresser
5. Plano Cruzado II
6. Plano Real
( ) retomada da negociação com FMI e suspensão da 
moratória; congelamento dos preços por apenas 
dois meses.
( ) liberação do congelamento de vários produtos e dis-
paro do gatilho salarial, compensador da inflação.
( ) corte de três (3) zeros do cruzado velho produziu 
o cruzado novo. Houve também congelamento de 
preços.
( ) bloqueio das cadernetas de poupança e de contas 
correntes no valor de aproximadamente 85 bilhões 
de dólares.
( ) controle de preços, desindexação da economia e 
reestruturação do câmbio.
( ) congelamento de preços, explosão de consumo, de-
sestímulo à poupança e declaração da moratória.
A sequência correta é:
4, 5, 2, 3, 6, 1a) 
4, 1, 3, 2, 5, 6b) 
1, 5, 3, 2, 4, 6c) 
5, 2, 6, 1, 4, 3d) 
3, 5, 4, 2, 1, 6e) 
Solução: ` A
(Mackenzie) Leia o texto:6. 
“Este Brasil onde aparentemente não cabem os 150 
milhões de habitantes das estatísticas demográficas 
é assim por descaso. Com a produção agrícola atual, 
poderia alimentar 300 milhões de pessoas. Nada, 
em sua economia, impede que sejam gerados 9 
milhões de empregos de emergência. Se a posse 
da terra fosse democratizada de maneira rápida e 
decidida, abriria lugar para 12 milhões de famílias. 
Se as coisas assim acontecessem, 32 milhões de 
pessoas que estão passando fome teriam comida, 
pelo menos comida (...)”
(SOUZA, Herbert de. Reflexões para o futuro - 
Veja “25 anos”.)
Nos últimos anos, importante campanha relacionada 
com o texto acima vem ocorrendo no Brasil, cuja 
denominação é:
Ação da Cidadania contra Fome e Miséria e pela a) 
Vida.
Campanha pela Reforma Agrária da Contag.b) 
Movimento de Geração de Emprego do Sebrae.c) 
Campanha de Aumento da Produção Agrícola.d) 
Frente Nacional pela Paz no Campo e na Cidade.e) 
Solução: ` A
(UERJ) O Governo Sarney acenou para o fim da inflação 1. 
através de uma política de controle de preços e salários 
que vigorou até as eleições de 1986 e frustrou a popu-
lação por não ter atingido o seu objetivo.
Essa política foi operacionalizada por meio do seguinte 
plano:
Dornelles.a) 
Cruzado.b) 
Bresser.c) 
Austral.d) 
Verão.e) 
(UFRJ) “Com 105votos a mais do que os 336 necessá-2. 
rios, a Câmara aprovou ontem o pedido de impeachment 
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do presidente Collor, mesmo após a conclusão da CPI 
sobre Paulo César Faria, o PC.
(...)
A votação foi acompanhada por multidões que ocuparam 
ruas e praças das principais cidades do país, festejando, 
voto a voto, o afastamento do Collor.”
(Jornal Do Brasil, 30 set. 1992. p. 1.)
O afastamento de Fernando Collor se deu entre outros 
motivos pela:
oposição externa à sua política econômica.a) 
inexistência de composição com a oposição.b) 
denúncia de corrupção no interior de seu governo.c) 
alta inflação, apesar do confisco da poupança.d) 
adoção pelo presidente de uma política neoliberal.e) 
(UERJ) “(...) Temos, no governo Collor, a distância entre 3. 
duas publicidades: uma publicidade favorável ao gover-
no, por ele suscitada e mesmo paga, que se expressava 
na encarnação da força física, melhor dizendo, de uma 
positividade que não remetia a nenhuma virtude moral ou 
política, mas se reduzia ao mero abuso da animalidade; 
e outra publicidade, que lhe foi fatal, quando o irmão 
veio a público denunciar o presidente enquanto pessoa 
pública, por corrupção, e enquanto pessoa privada, 
por atos ilegais, quer imorais, nem todos, porém, de 
relevância para a sociedade brasileira, como os que se 
referiam à sua vida sexual.”
(RIBEIRO, R. Janine. In: DAGNINO, Evelina (Org.). Anos 90: política 
e sociedade no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1994.)
Este texto apresenta algumas reflexões sobre a crise que 
desencadeou o impedimento do Presidente Fernando 
Collor de Mello.
A crítica política que apoia as preocupações do autor 
acerca daquele período pode ser traduzida por:
o predomínio da imagem pública é prejudicial à de-a) 
mocracia.
a propaganda positiva é fundamental na consolida-b) 
ção dos governos atuais.
a ênfase na pessoa privada decorre da fragilidade c) 
das instituições públicas.
a imagem pública fica prejudicada com a difusão d) 
dos meios de comunicação.
(UFF) Em julho em 1998 foi privatizado o conjunto de 4. 
empresas estatais brasileiras do sistema Telebrás, dando 
prosseguimento ao programa neoliberal do governo 
Fernando Henrique Cardoso.
Assinale a opção que melhor define “privatização”: 
aplicação de instrumento legal pelo Estado brasilei-a) 
ro no favorecimento de empresas estrangeiras em 
leilões das Bolsas de Valores.
apropriação do Estado pelo capital privado, nacio-b) 
nal ou estrangeiro.
processo de incorporação de novas empresas pri-c) 
vadas ao Estado-o mesmo que Estado-mínimo.
processo de organização de vendas das empresas d) 
estatais através de leilões nas Bolsas de Valores.
transferência do patrimônio público para o controle e) 
privado de setores empresariais, nacionais ou es-
trangeiros.
(Unirio) O retorno do Brasil ao regime democrático, na 5. 
década de 80, teve como um dos seus marcos mais 
significativos a(o):
vitória do movimento pela eleição direta para Presi-a) 
dente da República.
eleição de Fernando Collor pelo Colégio Eleitoral.b) 
eleição de Tancredo Neves com o apoio do último c) 
governo militar.
promulgação da nova Constituição, em 1988.d) 
movimento dos ‘caras pintadas’, a favor do e) impea-
chment de Fernando Collor.
(UERJ)6. 
Barracos
Gilberto Gil / Liminha
Nos barracos da cidade
ninguém mais tem ilusão
no poder da autoridade
de tomar a decisão
e o poder da autoridade
se pode não faz questão
se faz questão não consegue
enfrentar o tubarão
ôôô ôô gente estúpida
ôôô ôô gente hipócrita (...)
A música de Gilberto Gil é do ano de 1985. Ela representa 
uma certa desilusão dos segmentos mais pobres da 
população brasileira com o que se convencionou chamar 
de Nova República.
Esse sentimento pode ser relacionado com:
o fim do milagre econômico.a) 
a continuação da crise econômica.b) 
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a eleição indireta de Tancredo Neves.c) 
a manutenção das medidas de exceção.d) 
Texto para as próximas duas questões.
(UFRN) “Voltei nos braços do povo. A campanha 
subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos 
grupos nacionais (...) Quis criar a liberdade nacional na 
potencialização de nossas riquezas através da Petrobras; 
mal ela começa a funcionar, a onda de agitação se 
avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. 
Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem 
que o povo seja independente.”
Carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, em 24 
de agosto de 1954.
(DEL PRIORE, Mary et al. Documentos de história do Brasil: 
de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99.)
O Estado começou a ser transformado para tornar-se 
mais eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços 
de melhor qualidade à população. (...) Fui escolhido 
pelo povo (...). Para continuar a construir uma 
economia estável, moderna, aberta e competitiva. Para 
prosseguir com firmeza na privatização. Para apoiar os 
que produzem e geram empregos. E assim recolocar 
o país na trajetória de um crescimento sustentado, 
sustentável e com melhor distribuição de riquezas entre 
os brasileiros.
Discurso de posse do presidente Fernando Henrique 
Cardoso, em 2 de janeiro de 1999.
(CARDOSO, F. H. Por um Brasil Solidário. 
O Estado de S.Paulo, 2 jan. 1999.)
Os pronunciamentos de Getúlio Vargas e Fernando 7. 
Henrique Cardoso foram proferidos em momentos 
históricos diferentes. Contudo, os dois governantes têm 
em comum o fato de:
sentirem-se pressionados pelas forças democrá-a) 
ticas para adotarem um modelo político capaz de 
assegurar a estabilidade das instituições políticas.
obterem o apoio em massa dos trabalhadores para b) 
a implementação de suas respectivas políticas es-
tatais.
sofrerem campanhas contrárias às suas ações po-c) 
líticas, lideradas por movimentos nacionais com o 
apoio clandestino de grupos internacionais.
referirem-se ao apoio popular para legitimar suas d) 
ações, uma vez que chegaram ao poder através do 
voto direto.
A atuação do Estado no Brasil difere nos governos de 8. 
Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso (FHC), 
uma vez que:
para Vargas, ao Estado cabia explorar as riquezas a) 
nacionais, base para a construção de uma nação 
forte; para FHC, ao Estado cabe estimular os inves-
timentos privados, que inserem o país na economia 
internacional.
para Vargas, o Estado tinha a função de organizar b) 
os trabalhadores em sindicatos internacionais; para 
FHC, o Estado situa-se acima das classes sociais, 
estando assim impossibilitado de intervir nas ques-
tões trabalhistas.
Vargas concebia um Estado capaz de promover a c) 
aliança entre a burguesia nacional e a burguesia in-
ternacional; FHC concebe um Estado independen-
te em relação aos diferentes grupos econômicos.
Vargas estimulou a criação de empresas privadas d) 
com capital nacional em substituição às empresas 
públicas; FHC defende a privatização das empre-
sas estatais como meio de manter a estabilidade 
da economia.
(Unicamp) No corrente ano, os noticiários ocuparam-se 9. 
intensamente das CPIs organizadas em Brasília.
O que quer dizer CPI?a) 
Qual o papel das CPIs na relação entre o Legislativo b) 
e Executivo, em uma República?
(UFMG) Assinale a alternativa em que o contexto desta-10. 
cado está corretamente relacionado a uma manifestação 
cultural de resistência, de setores da sociedade brasileira, 
aos problemas vivenciados na época.
ERA VARGAS – Desfiles de escolas de samba com a) 
enredos que criticavam Getúlio e seus assessores.
GOVERNO JK – Telenovelas cujas tramas busca-b) 
vam explicitar os problemas econômicos e sociais 
gerados pela política desenvolvimentista.
GOVERNO FHC – Grupos de ‘rap’ com denúncias c) 
do racismo, da falta de oportunidades econômicas 
e da miséria que assolam as grandescidades.
GOVERNOS MILITARES – Pornochanchadas cine-d) 
matográficas com roteiros que desmoralizavam as 
Forças Armadas e o regime implantado em 1964.
(Fuvest) Desde 1990, os governos brasileiros vêm des-11. 
montando um modelo de Estado que se cristalizou no 
período varguista (1930-1945). Que principais mudan-
ças estão ocorrendo no que respeita à intervenção do 
Estado na economia e nas relações trabalhistas?
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(Unesp) Observe a charge e assinale a alternativa 12. 
correta.
As eleições indiretas acabaram com a injustiça contra 
os analfabetos: agora não são só eles que não votam. 
(Charge de Fortuna. Correio da Manhã, 17 abr. 1966, p. 6.)
O processo de fechamento político, iniciado duran-a) 
te o Estado Novo, atingiu seu auge na década de 
1960.
O Ato Institucional n.º 5 cassou o direito de voto b) 
não só dos analfabetos, como também dos demais 
brasileiros.
Durante o regime ditatorial dos militares, apesar c) 
da falta de participação política, houve significativo 
avanço na distribuição de renda.
A Constituição de 1988 assegurou, pela primeira d) 
vez na história brasileira, o direito de voto para os 
analfabetos.
A campanha pelas “Diretas Já”, com apoio popular e) 
e da imprensa, conseguiu restabelecer o voto dire-
to para presidente.
(Mackenzie) O desemprego nas áreas metropolitanas 13. 
cresce, impulsionado por uma selvagem política de 
redução de custos e de modernização tecnológica 
posta em prática especialmente no setor industrial. (...) 
A tendência ao crescimento do trabalho autônomo, 
precário, de remuneração incerta e baixa se acentua. 
(...) Em contrapartida assistimos à crescente imobili-
zação do Estado, dilapidado pelas altas taxas de juros, 
afogado em dívidas, incapaz de levar avante políticas de 
desenvolvimento ou políticas sociais.
(Fernando A. Novais e João M. Cardoso de Mello.)
Esse contexto histórico descreve a economia brasileira 
no período:
da década de 1970.a) 
da República Velha.b) 
do Estado Novo.c) 
da década de 1990.d) 
da década de 1920.e) 
(UFMG) Observe esta charge:14. 
POLÍTICO:
Você, agora, tem automóvel 
brasileiro, pra correr em 
estradas pavimentadas com 
asfalto brasileiro, com gasolina 
brasileira. Que mais quer?
JECA:
Um prato de feijão brasileiro, 
seu doutô.
(Folha de S.Paulo, 15 jun. 2002. p. A2.)
Nessa charge, faz-se referência:
ao alinhamento político do Governo Fernando Hen-a) 
rique Cardoso com os países da União Europeia, 
que, mediante diferentes mecanismos de pressão, 
determinam a política interna.
à frustração do Governo Fernando Henrique Car-b) 
doso, que, devido à ação dos cartolas internacio-
nais, não pôde capitalizar politicamente as vitórias 
do Brasil na Copa do Mundo.
à instabilidade da economia brasileira, economia c) 
que, devido ao alto grau de endividamento exter-
no, é permanentemente sujeita à ação dos grandes 
grupos de investidores internacionais.
à pressão dos grandes magnatas de consórcios d) 
econômicos brasileiros, que contratam lobistas para 
influenciar a política externa do Governo Fernando 
Henrique Cardoso.
(UERJ) O Brasil, no século XX, faz parte da realidade da 15. 
América do Sul pela semelhança de seus problemas. O con-
junto que se destaca por ser comum a todos os países é:
exportação de produtos industrializados para a a) 
Europa e Estados Unidos, importação de petróleo, 
intensa participação das massas nas decisões po-
líticas.
desenvolvimento industrial, multiplicação das pe-b) 
quenas e médias propriedades territoriais, grandes 
avanços na educação e na saúde.
média propriedade altamente produtiva, fomento c) 
à expansão industrial, estímulos a exportação de 
bens de capital, êxodo rural.
concentração da propriedade da terra, controle d) 
econômico das multinacionais, dívida externa ele-
vada, instabilidade política.
minifúndios improdutivos, grande incidência de e) 
analfabetismo, sufrágio universal, repúblicas parla-
mentaristas.
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(UERJ)16. 
Geração Coca-cola
Renato Russo
Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês nos empurraram
Com os enlatados dos USA, de 9 às 6.
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola.
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do jogo sujo
Não é assim que tem que ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis.
O título e a letra da canção expressam a insatisfação e a 
visão crítica de parte da juventude brasileira da década 
de 1980, em relação a padrões de comportamento 
dominantes na sociedade.
Dois problemas característicos da juventude dessa 
década, que estão identificados na letra e que melhor 
justificam o rótulo “Geração Coca-Cola”, são:
decadência moral - rígido controle social.a) 
pobreza econômica - limitações culturais.b) 
alienação cultural - insatisfação política.c) 
nacionalismo musical - falta de acesso à escola.d) 
(UFRJ) Desde o início dos anos 1990, o Brasil vem 1. 
experimentando os efeitos das políticas adotadas pelos 
Governos Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique 
Cardoso. As principais características deste modelo 
político, considerado por muitos como neoliberal, são:
o pleno emprego e o desenvolvimento econômico, a) 
com base nos investimentos estatais e nas parce-
rias com o setor financeiro.
o controle da inflação e da dívida pública, a partir b) 
da redução dos impostos, da negociação da dívida 
externa e da elevação salarial.
a redução da interferência do Estado na economia c) 
(Estado-mínimo), a abertura ao capital externo e às 
privatizações, além da redução de gastos do Esta-
do, através de reformas constitucionais.
os investimentos exclusivos na política de bem-estar d) 
social, expressos nos assentamentos dos Sem-Terra 
e na Ação da Cidadania Contra a Fome, privilegian-
do a redistribuição de renda e a permanência do 
homem no campo.
a valorização das organizações dos trabalhadores, e) 
visando construir parcerias na luta contra o de-
semprego.
(Cesgranrio) A movimentação causada pelo pedido de 2. 
impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello, 
no Congresso Nacional gerou uma acirrada discussão 
acerca dos três poderes nacionais. De acordo com a 
Constituição em vigor, assinale a opção correta.
O Congresso Nacional tem poder para cassar o a) 
mandato do Presidente da República nos casos de 
crimes comuns.
Somente o Supremo Tribunal Federal tem poderes b) 
para julgar o Presidente da República nos casos de 
crime de responsabilidade.
O Congresso Nacional deve julgar os crimes de c) 
responsabilidade do Presidente da República.
O Presidente da República tem o poder de dissol-d) 
ver o Congresso Nacional, toda vez que este tentar 
processá-lo.
O Supremo Tribunal Federal tem poderes para jul-e) 
gar o Congresso Nacional por crime de responsa-
bilidade, caso o Presidente da República seja ino-
centado.
(Unirio) A economia brasileira conheceu, na década 3. 
de 1986-1996, uma sucessão de crises e de planos de 
estabilização.
Assinale a opção que expressa uma afirmativa correta 
acerca desses planos econômicos.
Os planos de estabilização priorizaram o acerto das a) 
contas externas e o programa de privatização, rele-
gando a segundo plano o controle da inflação.
O Plano Cruzado, que promoveu a abertura da eco-b) 
nomia brasileira, favoreceu a retomada do desen-
volvimento financiado pela poupança externa.
O Plano Real, que instituiu a nova moeda brasileira, c) 
vem conseguindo índices de inflação baixos, mas 
não conseguiu reduzir o desemprego.Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, 
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As políticas de distribuição de renda e geração d) 
de empregos, adotadas pelos planos econômicos, 
contribuíram para a aceleração do processo infla-
cionário.
A redução da inflação e a retomada acelerada da e) 
produção têm sido financiadas pelos recursos do 
programa de privatização, implantada pelo atual 
governo.
(Cesgranrio) A economia brasileira, desde o final da 4. 
década de 1970, apresenta índices de inflação alta, 
redução do crescimento econômico e dificuldades com 
endividamento externo e interno que caracterizam os 
anos 80 como a chamada “década perdida”. Assinale 
a opção que expressa corretamente uma característica 
do período.
Os planos de estabilização (Cruzado, Bresser etc) a) 
eliminaram momentaneamente a inflação, mas seus 
resultados foram de curta duração.
A elevação da inflação brasileira está ligada à di-b) 
minuição da produção de alimentos, decorrente do 
direcionamento da produção agrícola para o mer-
cado externo.
O crescente endividamento brasileiro no exterior não c) 
repercutiu na economia interna, porque foi compen-
sado pelos investimentos estrangeiros no país.
A Constituição de 1988 agravou a crise brasileira, d) 
ao reduzir a carga de impostos e limitar os benefí-
cios trabalhistas e previdenciários.
A crise levou o governo a aumentar sua participa-e) 
ção na economia, criando estatais ou assumindo 
empresas privadas, com o objetivo de manter os 
níveis de crescimento.
(UFRJ) 5. 
O período de vinte anos de ditadura no Brasil foi marcado 
por inúmeras violações aos direitos individuais e sociais, 
mas registrou também iniciativas governamentais e 
não-govenamentais de proceder-se a restauração 
democrática. Independente dos objetivos que orientaram 
essas proposições, teve inicio timidamente, ainda no 
período autoritário, o processo da transição, concluído 
formalmente com a promulgação da Constituição atual, 
em 5 de outubro de 1988.
No entanto, as marcas da política econômica adotada no 
período encontram-se visíveis na sociedade brasileira.
Identifique dois fatos de ordem política que caracte-a) 
rizam a transição democrática no Brasil no período 
de 1979 a 1988, além daquele já citado mo texto.
Explique uma consequência, no plano social, da b) 
política econômica adotada no Brasil no período 
autoritário.
(Unicamp) “Democracia é a vontade da lei, que é plural 6. 
e igual para todos, e não a do príncipe que é impessoal 
e desigual para os favorecimentos e privilégios.”
(Ulysses Guimarães)
Retire a definição de democracia expressa no texto a) 
anterior.
Por que, segundo essa definição, a democracia dei-b) 
xa de existir nos regimes totalitários?
(UFES) QUINTILHÕES - Para calcular a inflação do 7. 
país desde 1829 até 1993 a Andima precisou utilizar 
um computador de grande porte (mainframe), com 
levada capacidade de cálculos matemáticos. A inflação 
brasileira não cabe nos computadores normais por 
falta de espaço para tantos números antes da vírgula. 
O número final calculado foi de exatamente 6 666 178 
625 954 199 552%
(O Estado de S.Paulo, 30 jun. 1995.)
Em 1.° de julho de 1994, durante o governo Itamar 
Franco, surgia no Brasil uma nova unidade monetária, 
num ambiente inflacionário, na tentativa de se estabilizar 
a economia.
Explique o contexto político no qual foi criado o Real.
(PUC-Campinas) 8. 
“Na relação Estado/mercado, o presidente opta I. 
pelo privilégio deste, fonte do dinamismo, da mo-
dernização, dos gastos racionais - o mercado como 
‘melhor alocador de recursos’, em contraposição ao 
Estado ineficiente, desperdiçador, irracional. Basta-
ria o Estado ser passado a limpo, para que a crise 
brasileira fosse superada, conduzida pela economia 
privada, livre das travas do Estado.”
“Não é uma estabilidade ancorada num desenvol-II. 
vimento econômico que, ao expressar a força de 
nossa economia, pudesse determinar a paridade 
com o dólar pela equiparação das duas economias. 
É um mecanismo basicamente financeiro, que se 
apoia na entrada maciça de capitais especulativos, 
pressionando o preço do dólar para baixo.”
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Os textos identificam, respectivamente, uma crítica à 
política.
intervencionista do presidente Ernesto Geisel e ao II a) 
Plano Nacional de Desenvolvimento.
autoritária do presidente João Batista Figueiredo e b) 
ao Plano Cruzado II.
liberal do presidente Fernando Collor de Mello e ao c) 
Plano Brasil Novo.
neoliberal do presidente Fernando Henrique Car-d) 
doso e ao Plano Real.
populista do presidente Itamar Franco e ao Plano e) 
Verão.
Com ladrão
Lavadeiras, honra, tradição
fronteiras, munição pesada.
(Chico Buarque)
Quais os elementos do cotidiano dos morros cario-a) 
cas que são reforçados por Chico Buarque?
Por que, ao falar dos morros cariocas, Chico Buar-b) 
que afirma que “cada ribanceira é uma nação”?
(UFBA) Na questão a seguir escreva nos parenteses a 11. 
soma dos itens corretos.
Entre as questões relevantes do Brasil atual, pode-se 
citar:
(01) A política de privatizações de empresas estatais, que 
tem mobilizado setores políticos e empresariais do 
país, objetivando conter o déficit público, aumentar 
a produtividade e reduzir os gastos com a máquina 
governamental.
(02) O neoliberalismo, adotado pelos governos brasi-
leiros nesta década de 90, que preconiza a inter-
venção e o controle do Estado na economia e nas 
atividades sindicais.
(04) A participação no Mercosul, que tem garantido ao 
Brasil a expansão do mercado de trabalho e a am-
pliação significativa da produção industrial.
(08) Os problemas enfrentados pelo setor agrícola, de-
correntes do acúmulo de dívidas com instituições 
bancárias, da política de juros altos e da elevação 
dos preços dos insumos, que ameaçam comprome-
ter as safras dos próximos anos.
(16) A crise no setor de saúde pública, responsável pelo 
precário atendimento às camadas populares, con-
trastando com os avanços verificados nos campos 
da medicina e da odontologia nacionais e compro-
vando que sua solução depende da adoção de me-
didas políticas adequadas.
(32) A elevação do contingente populacional sem ter-
ra, decorrente do empobrecimento generalizado, 
da concentração da propriedade da terra e da 
lentidão do Estado na aplicação de projetos de 
reforma agrária.
Soma ( )
(UFBA) Assinale as proposições corretas, some os núme-12. 
ros a elas associados e marque no espaço apropriado.
Um povo sempre acusado de abulia e de inaptidão para 
a vida pública ofereceu, ante a surpresa de observadores 
(Cesgranrio) A grave crise do sistema de saúde 9. 
refletida no noticiário da imprensa está relacionada 
à implantação do SUS (Sistema Unificado de Saú-
de), estabelecido pela Constituição de 1988, que 
preconiza:
a centralização do atendimento médico pelo a) 
Inamps (Instituto Nacional de Assistência Mé-
dica da Previdência Social), subordinado ao Mi-
nistério da Saúde.
a transferência da rede de atendimento aos Mu-b) 
nicípios e supletivamente aos Estados, cabendo 
à União o repasse das verbas.
a universalização do atendimento médico pela c) 
rede pública e privada, através dos Seguros de 
Saúde, controlados pelo governo.
a vinculação do atendimento médico ao sistema d) 
de seguridade social gerido pelo Ministério da 
Previdência Social.
a total descentralização do sistema com a trans-e) 
ferência aos Estados e Municípios de todas as 
suas etapas, desde a arrecadação das contri-
buições até a prestação dos serviços.
(Unicamp) 10. 
Rio de ladeiras
Civilização de encruzilhada
Cada ribanceira é uma nação.
À sua maneira
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locais e estrangeiros, o espetáculode seu próprio talento 
para se organizar e manifestar, com responsabilidade, 
energia e imaginação.
A tudo isso, congressistas cujos nomes publicamos 
nesta mesma página disseram não. Evitemos insultar 
a memória do passado e as gerações de amanhã 
chamando os congressistas: são representantes de si 
próprios, espectros de parlamentares, fiapos de homens 
públicos, fósseis da ditadura.
(Folha de S. Paulo apud PILETTI, p. 190.)
Da análise do texto e dos conhecimentos sobre as 
modificações políticas ocorridas no Brasil contemporâneo, 
pode-se afirmar:
(01) A movimentação popular referida no texto diz res-
peito à campanha pelas “Diretas Já”.
(02) Os parlamentares foram criticados pela Folha de S. 
Paulo porque apoiaram, em maioria, a emenda Dan-
te de Oliveira.
(04) As “Diretas Já” não foram aprovadas em 1984, por-
que a maioria dos deputados oposicionistas não 
compareceu à votação.
(08) A Constituição de 1967 estabelecia que o Presidente 
da República fosse eleito indiretamente por um colé-
gio eleitoral.
(16) Em 1984, o congresso que deveria escolher o pri-
meiro presidente civil, após vinte anos de ditadura 
militar, teve sua legitimidade contestada pelos de-
mocratas.
(32) Os congressistas referidos no texto como “espectros 
de parlamentares, fiapos de homens públicos, fós-
seis da ditadura” derrotaram o candidato da Aliança 
Democrática, em 1985.
Soma ( )
(Fuvest) Nos dias de hoje, a imprensa tem se referido 13. 
ao desmantelamento da Era Vargas. Comente o signifi-
cado dessa expressão no que diz respeito à legislação 
trabalhista.
(Unicamp) Segundo a imprensa especializada, existem 14. 
duas maneiras possíveis de se controlar a inflação: uma 
baseada no desenvolvimento e outra na recessão. O 
que propõe cada uma dessas “fórmulas” e qual delas é 
utilizada no Brasil hoje?
(UFMG) Carandiru, São Paulo, outubro de 1992. Can-15. 
delária, Rio de Janeiro, julho de 1993.
Cite duas características comuns a esses dois epi-a) 
sódios.
Discuta a reincidência de fatos como esses na his-b) 
tória do Brasil, tendo em vista os conceitos de ex-
clusão, autoritarismo e cidadania.
(UFRGS) A crítica feita através da charge refere-se 16. 
um aspecto da política econômica adotada pela admi-
nistração FHC.
(Imprensa, n.º 20, set. de 1997, p. 86.)
Leia as afirmações a seguir sobre a administração FHC.
A administração FHC tem privilegiado a abertura e I. 
a desnacionalização da economia do país, a privati-
zação do setor público e uma política de compres-
são dos salários do funcionalismo público federal.
O governo FHC nega ser um governo de perfil neo- II. 
liberal e justifica a política de desmantelamento do 
setor estatal com o discurso da necessidade de 
modernizar a economia brasileira como condição 
para inserir-se competitivamente no processo de 
globalização.
O sucesso do Plano Real e o processo de privati-III. 
zação da economia provocaram sensíveis melhorias 
sociais junto às massas dos excluídos do campo, 
esvaziando quase por completo a luta política dos 
movimentos sociais organizados no meio rural.
Quais estão corretas?
Apenas Ia) 
Apenas IIb) 
Apenas I e IIc) 
Apenas II e IIId) 
I, II e IIIe) 
(UFPR) Em 1994, Fernando Henrique Cardoso, então 17. 
candidato à Presidência da República, afirmava: 
“O grande desafio histórico que temos que enfrentar 
e resolver é justamente esse: redefinir um projeto 
de desenvolvimento que possa abrir para o Brasil a 
perspectiva de um futuro melhor – de uma qualidade de 
vida decente – para o conjunto da sociedade”.
(Mãos à obra Brasil. Proposta de Governo. Brasília, 1994. p. 9-11.)
Sobre o Brasil da última década do século XX, é correto 
afirmar:
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Juntamente com a Argentina, o Brasil tem demons- )(
trado sinais de afastamento comercial e diplomá-
tico do Mercado Comum Europeu e dos países 
asiáticos.
Graças às políticas econômicas protecionistas in- )(
seridas no Plano Real, não se verificou no Brasil, na 
década de 1990, a instalação de novas empresas 
transnacionais.
Na agricultura, a produção de grãos destinados à )(
exportação beneficiou-se de um modelo de explo-
ração empresarial baseado na grande propriedade, 
na utilização de maquinário moderno e na redução 
da mão-de-obra.
Apesar de um grande número de problemas, o Pla- )(
no Real conseguiu atingir uma de suas principais 
metas: manter o crescimento da economia nacional 
sem a necessidade de recorrer a financiamentos 
externos.
Desde o início do Plano Real, um dos principais )(
problemas enfrentados pela população brasileira é 
o desemprego, causado, em grande parte, pelo au-
mento da importação de bens de consumo e pela 
alta dos juros.
A partir de 1992, o Brasil passou a ser o país que, )(
dentre os integrantes do Mercosul, apresenta a 
maior renda per capita, em função do baixo índice 
de concentração de riqueza de sua economia.
Um dos principais programas do governo do presi- )(
dente Fernando Henrique Cardoso propõe a venda 
de empresas estatais para a iniciativa privada. As 
estatais já privatizadas integravam principalmente 
os setores siderúrgico, telefônico, elétrico e petro-
químico.
(Cesgranrio) A recente eleição revelou um relativo de-18. 
sinteresse dos eleitores pelo pleito proporcional (eleição 
para Deputados Federais e Estaduais), o que pode ser 
associado:
a alterações da legislação eleitoral, reduzindo a pro-a) 
paganda eleitoral nos meios de comunicação.
a sucessivos escândalos de corrupção, envolvendo b) 
políticos e o noticiário sobre falta de quorum para 
funcionamento do Congresso Nacional.
à realização de Revisão Constitucional, apesar da po-c) 
sição contrária da maioria do Congresso Nacional.
à extensão do direito de voto aos analfabetos e aos d) 
maiores de 16 anos, pela primeira vez.
à desvinculação de eleições proporcionais das elei-e) 
ções majoritárias (Governador e Senador).
(Fuvest) “Basta dizer que, desde Juscelino Kubits-19. 
chek, em 1 de janeiro de 2003, será a primeira vez 
que um presidente eleito [diretamente pelo povo] 
passará a faixa para outro presidente também eleito 
diretamente pelo povo.”
Artigo de Fernando Henrique Cardoso, publicado 
pelo jornal O Estado de S. Paulo, 6 out. 2002.
Com base no texto, é correta a afirmação de a) 
FHC? Justifique sua resposta.
Indique as características do sistema eleitoral no b) 
Brasil desde a Constituição de 1946 até hoje.
(Unicamp) Em 1993, o IBGE divulgou dados estatísticos 20. 
informando que o Brasil possui 32 milhões de miseráveis. 
Portanto, democrática na aparência, a sociedade brasilei-
ra é marcada, na verdade, por um “apartheid social”.
Explique a utilização do termo “a) apartheid social” 
para definir a sociedade brasileira atual.
Por que a ideia de “b) apartheid social” compromete 
os princípios da democracia?
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B1. 
C2. 
C3. 
E4. 
D5. 
B6. 
D7. 
A8. 
9. 
Comissão parlamentar de inquérito.a) 
Investigação das ações políticas de pessoas envol-b) 
vidas no estado, no governo ou no congresso.
C10. 
Os programas de privatizações das empresas estatais 11. 
iniciados no Governo Fernando Collor e continuado por 
Fernando Henrique Cardoso, aliados à abertura para as 
importações e para o capital especulativo, amparados 
pelos programas de estabilização da economia e com-
bate a inflação, refletem a adoção de um modelo econô-
mico neoliberal, cujos fundamentos prevê a redução da 
presença do Estado na economia. Quanto às relações 
trabalhistas, a flexibilização das leis, a livre negociação 
salarial entre patrões e empregados, a dexindexação 
dos salários e a reforma previdenciária, evidenciam a 
extinção do Estado do Bem-Estar Social.
D12. 
D13. 
C14. 
D15. 
C16. 
C1. 
C2. 
C3. 
A4. 
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5. 
Poderiam ser citados os seguintes fatos: anistia a) 
política, pluripartidarismo, eleições diretas para go-
vernadores e prefeitos, eleição de Tancredo Neves 
como presidente civil, Constituição de 1988.
No plano social, a política econômica dos governos b) 
militares (1964-1985) gerou uma enorme concen-
tração de renda nas mãos dos mais ricos, fruto de 
um processo de arrocho salarial que visava atrair 
capitais estrangeiros.
6. 
Democracia liberal-constitucional.a) 
Pois no regime autoritário o poder executivo acu-b) 
mula forças submetendo o legislativo.
No contexto da sucessão presidencial para neutralizar o 7. 
crescimento da candidatura do PT com o Lula.
D8. 
B9. 
10. 
Violência, trabalhadores, cidadania, costumes (cul-a) 
tura).
A identidade do conjunto da população como uma b) 
comunidade identificável. (Ex.: Morro da Man-
gueira etc.)
6111. 
2512. 
Relaciona-se ao fim do paternalismo e assistencialismo 13. 
da legislação, como a revisão da CLT, o fim da mediação 
governamental no conflito capital-trabalho e o fim do 
juiz classista.
Desenvolvimento - ativam o setor produtivo gerando 14. 
emprego e equilíbrios em produção e consumo.
Recessão – refrear o consumo evitando uma corrida 
desenfreada do mercado. Hoje, não há um modelo 
“puro”. Tende-se a evitar o consumo (Plano Real).
15. 
A execução e participação de policiais militares.a) 
No Brasil é comum vermos esses tipos de fatos b) 
onde a autoridade esta acima da lei e ela não serve 
para proteger o cidadão, que, pela pobreza, cor ou 
prisão torna-se um excluído de seus benefícios.
C16. 
F, F, V, F, V, F, V17. 
B18. 
19. 
Sim. A última vez em que esse episódio ocorreu foi a) 
quando Juscelino Kubitschek passou a faixa presi-
dencial à Jânio da Silva Quadros, em 31 de janeiro 
de 1961. O período entre 1961 e 2003 correspon-
de aos governos militares e de José Sarney, eleito 
indiretamente, ao impedimento de Fernando Collor 
e à reeleição de Fernando Henrique.
De 1946 a 1964, o presidente da República era b) 
eleito pelo voto direto dos cidadãos. De 1964 a 
1985, passou a ser eleito indiretamente por um 
Colégio Eleitoral, formado pelo Congresso Nacional 
e representantes dos Legislativos estaduais. A par-
tir de 1990, por força da Constituição de 1988, as 
eleições presidenciais voltaram a ser diretas. E, em 
1994, pela primeira vez na História Republicana do 
Brasil, o presidente da República pôde ser reeleito.
20. 
Segregação social da população brasileira miserá-a) 
vel dentro do quadro produtivo.
Pois não são respeitados os direitos humanos, cida-b) 
dania e democracia.
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