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Desafio colaborativo Biossegurança

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Desafio colaborativo – Biossegurança
A biossegurança vai além dos profissionais de saúde
Em 05 de janeiro de 1995 foi criada a Lei 8.974/1995 e Decreto nº 1.752 surgindo a biossegurança e, vinculada a ela a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), órgão operante não só na área da saúde, mas também quando se faz referência ao meio ambiente e a biotecnologia. Só em 2005 houve a criação e aprovação da Lei nº 11.105/2005 de Biossegurança. Os EPIs são regulados pela Norma Regulamentadora NR-6 que está dentro da portaria nº. 3.214/78 de 08 de junho de 1978. 
A biossegurança é um conjunto de medidas necessárias para a proteção dos profissionais de diversas áreas da saúde e a preservação do meio ambiente. Aplica-se a biossegurança na busca por evitar e minimizar os riscos no ambiente de trabalho com atitudes muitas vezes bem simples, como o ato de lavar as mãos, que pela correria do cotidiano andou um pouco esquecido. Aplicar a biossegurança onde existe manipulação de agentes patógenos é imprescindível, a contaminação em laboratórios é um risco constante, os profissionais são expostos a agentes biológicos, químicos e físicos, o que ocorrendo contaminação pode trazer transtornos para os dois lados envolvidos, empresa e profissional. 
Os casos de contaminação cruzada em hospitais e clínicas muitas vezes demonstram despreparo dos profissionais envolvidos, acidentes que poderiam ser evitados caso tivessem aplicado a biossegurança com responsabilidade, e tivesse sido implantada a legislação da NR2. Os agentes biológicos são os maiores riscos ocupacionais na área da saúde, sendo fundamental o conhecimento sobre os conceitos básicos, saber quais os agentes infecciosos e microorganismos e quais maneiras podem ocorrer a contaminação. As classes dos agentes biológicos são quatro: classe de risco 1 - baixo risco individual e coletivo; classe de risco 2 - moderado risco individual e ilimitado para coletivo; classe de risco 3 - alto risco individual e moderado para o coletivo; classe de risco 4 - alto risco individual e coletivo. 
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são aqueles que sofreram alteração na sua estrutura pela engenharia genética, e os transgênicos são os organismos que sofreram alteração com introdução de um genes diferente em sua estrutura. Os termos OGM e transgênicos são constantemente confundidos pela maioria das pessoas que não veem diferença entre eles. O termo transgênicos e OGM têm sido motivo de acalorados debates em várias áreas científicas e ambientalistas, assim como também alguns consumidores vão na contramão dessas alterações, alertando sobre o fato de que ainda estão no escuro sobre quais consequências podem trazer a longo prazo. A legislação que rege o Sistema Nacional de Biossegurança de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) é a Lei nº 11.105/2005 aprovada em 24 de março de 2005.
Os questionamentos que rodeiam o uso de células troncos embrionárias para pesquisa e clonagem são bem extensos. Essas células são encontradas no embrião em 4 ou 5 dias após a fecundação e podem se transformar em qualquer célula do organismo humano. Os embriões congelados para fertilização que não foram usados e estão com os prazos legais vencidos serão descartados, e isso gera repercussão, visto que podem ser doados com consentimento dos genitores para uso na pesquisa científica, e essa repercussão se estende à criação de embriões para fins terapêuticos, e tudo isso graças aos avanços da engenharia genética. Mas até que ponto é natural a morte de embriões para tratamento de outros indivíduos com doenças incuráveis? Isso tem gerado debates entre alguns da comunidade científica, religiosa e outras áreas, que defendem ser isso uma violação à vida, impedir o seu curso normal, ainda que seja uma vida embrionária, é de uma falta de respeito moral com o ser humano. A Lei 11.105, em seu art. 5º rege esse assunto tão delicado e com um futuro ainda obscuro. 
Opinião própria:
A engenharia genética com seus recursos avançados tem condições de criar outros materiais para o tratamento de doenças incuráveis, sem a necessidade de gerar embriões destinados à matança, ainda que alguns tenham esses embriões como uma simples “colher” de material biológico, ali está criada uma vida, visto que a vida se inicia na concepção. Então, qual fundamento existe nesse ato: criar vidas, matá-las para conceder saúde e vida para outras vidas já existentes?
	Atualmente, há uma grande preocupação a respeito do ambiente de trabalho quanto à profissão de risco. Os cuidados a serem tomados para evitar os acidentes ocupacionais têm sido manifestado diante de várias epidemias e até pandemia, com todo cuidado para tentar proteger não só os profissionais, mas também a sociedade. O uso de máscaras e luvas apropriadas, jalecos, óculos de proteção, toucas, são denominados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), e juntamente com as orientações rigorosas sobre os riscos a que estão expostos, consegue-se prevenir e diminuir os acidentes. Os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) protegem o ambiente de trabalho e este deve estar dentro das normas estabelecidas pela ANVISA (Agência Nacional de |Vigilância Sanitária) segundo a classificação de risco, como: placas com sinalização sobre o risco e com clareza, controlar acesso, gerenciamento e descarte adequado de resíduos, cabine de segurança para coletas, autoclaves, descontaminação de qualquer material usado na sala, tomar banho e trocar de roupa ao entrar/sair do laboratório, entre outras.
Um assunto bastante relevante é sobre a necessidade dos profissionais que trabalham expostos a vários tipos de patógenos manterem a caderneta de vacinação em dia. Essa medida evita que o profissional seja contaminado com a Hepatite A, risco de tétano, e outras doenças que podem ser prevenidas com a vacinação, sem contar o risco de levar algum tipo de contaminação a outros locais, inclusive a sua família, e ainda com risco de morte, dependendo do tipo de patógeno e também do seu sistema imunológico. Com o aparato do EPI, é importantíssimo o uso correto e disciplinado, buscando incansavelmente o risco zero mesmo que seja impossível alcança-lo, mas já comprovado a sua baixa onde os profissionais se preocupam com o uso correto.
	
	
REFERÊNCIAS
BIOSSEGURANÇA: desvende os principais aspectos, normas e métodos. [S. l.], 15 mar. 2017. Disponível em: https://www.enfoquecapacitacao.com.br/blog/biosseguranca-curso-online. Acesso em: 22 abr. 2020;
SANTOS, H. P. A. dos; SANTOS, M. F. dos; ALMEIDA, T. C.; DIONELLO, A. F. M. Dionello; FERREIRA, L. P. A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO CLÍNICO DE BIOMEDICINA. [S. l.], 2019. Disponível em: http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/02/017_A-IMPORT%C3%82NCIA-DA-BIOSSEGURAN%C3%87A-NO-LABORAT%C3%93RIO-CL%C3%8DNICO-DE-BIOMEDICINA.pdf. Acesso em: 22 abr. 2020;
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Biossegurança em saúde. [S. l.], 2020. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/biosseguranca-saude.htm. Acesso em: 22 abr. 2020;
TEIXEIRA, Raquel Karine. SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Conceitos básicos de biossegurança para alunos do curso de Medicina Veterinária. [S. l.], 2018. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20181211152251.pdf. Acesso em: 22 abr. 2020.

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