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AULA 2 - Competência Interna, divisão da competência, determinação da competência 1

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - CCJ0035 
Semana Aula: 2 
Competência Interna: Competência da Justiça comum e especial. Critérios para a determinação da 
Competência. Competência em razão do valor e da matéria. Competência territorial e em razão da pessoa. 
Competência. Funcional 
Tema 
Competência Interna: Competência da Justiça comum e especial. Critérios para a determinação da 
Competência. Competência em razão do valor e da matéria. Competência territorial e em razão da pessoa. 
Competência funcional. 
Palavras-chave 
Competência. Justiça Comum Especializada. Critérios para a determinação da Competência. Modalidades. 
Objetivos 
- Identificar os limites de atuação do Poder Judiciário pelas regras constitucionais e infraconstitucionais de 
competência dos órgãos do art. 92 da CF/1988. 
- Reconhecer a competência da Justiça Comum e a competência das Justiças Especiais (trabalho, eleitoral e 
militar) a partir da análise da CRFB. 
- Compreender a fixação da competência pelo critério territorial (foro) encontrada no CPC e pelo critério 
objetivo, em razão da matéria, pessoa e valor, bem como a competência funcional, critério hierárquico. 
Estrutura de Conteúdo 
 
1. Competência Interna: 
2. Competência da Justiça comum e especial. 
3. Critérios para a determinação da Competência. 
Competência em razão do valor 
Competência em razão da matéria. 
Competência territorial Competência em razão da pessoa. 
Competência funcional. 
 
COMPETÊNCIA INTERNA – art. 42 do NCPC 
 
A jurisdição é exercida em todo território nacional. A competência é o critério de distribuição entre vários 
órgãos com atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. 
 
DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA 
 
São as atribuições jurisdicionais de cada órgão ou grupo de órgãos, estabelecidas pela Constituição Federal. 
Assim, em seu art. 92 estão elencados quais são os órgãos do Poder Judiciário, estabelecendo a distribuição 
da competência (STF, STJ, justiça comum e justiça especial). 
 
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
 
CONCEITO: São normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição. 
 
O poder judiciário é responsável por conhecer e julgar as causas de sua competência. Cabe salientar que o 
seu funcionamento se dá por meio de divisão em instâncias. 
 
A primeira instância (órgão de primeiro grau) é o órgão que analisará e julgará inicialmente a ação 
apresentada ao Poder Judiciário. As decisões proferidas pelos JUÍZES, desde recorríveis, estão sujeitas a 
recurso e, uma vez interposto o recurso, as decisões serão submetidas à apreciação da instância superior, 
composta por órgãos colegiados. Portanto, trata-se da garantia do duplo grau de jurisdição. 
 
Além dos recursos, cabe às instâncias superiores, em decorrência de sua competência originária, apreciar 
ações (competência em razão da matéria) ou dos cargos ocupados pelas partes envolvidas na demanda. 
 
 
A organização do Poder Judiciário está baseada na divisão da competência entre os vários órgãos que o 
compõe: 
 Varas Cíveis = Tribunais Justiça (TJ) 
 Justiça Estadual 
 art. 125, CF/88 Juizados Especiais Cíveis = Turmas 
recursais 
 Justiça Comum 
 Varas Cíveis = Tribunais Regionais 
Federais (TRF) 
 Justiça Federal 
 art. 109, CF/88 Juizados Especiais Cíveis = Turmas 
recursais 
Divisão da Justiça 
 Justiça Trabalhista - art.111, CF/88 
 Justiça Especial Justiça Eleitoral - art. 118 e SS, CF/88 
 Justiça Militar - art. 122, CF/88 
 
A competência da justiça especial é apurada de acordo com a matéria discutida em juízo (ratione materiae). 
Já a competência da justiça comum é supletiva, pois abrange todas as causas que não pertençam à justiça 
especial. 
 
JUSTIÇA COMUM 
 Ratione personae 
Justiça Federal 
 Ratione materiae 
 
A competência da justiça federal é apurada pela participação, no processo, como parte ou interveniente as 
pessoas jurídicas de direito público federal, as empresas públicas federais e suas autarquias (ratione 
personae) e/ou em razão da matéria (ratione materiae) de acordo com o art. 109, CF/88. 
 
Justiça Estadual – residual (supletiva) 
 
Assim, o que não for da competência da justiça especial nem da justiça federal, será atribuído, 
supletivamente, a justiça estadual. 
 
Juizados Especiais – tanto a justiça Federal (Lei nº 10.259/01) quanto a justiça Estadual (Lei nº 9,099/95), 
criarão seus respectivos Juizados Especiais e as turmas recursais – Art. 98, CF/88 
OBS. Juizado Especial Estadual da fazenda Pública – Lei nº 12.153, de 22/12/2009. 
 
CRITÉRIOS DETERMINANTES DA COMPETÊNCIA 
A competência é distribuída, doutrinariamente, utilizando-se 3 (três) critérios: 
1) critério objetivo; 
2) critério funcional; 
3) critério territorial. 
 
CRITÉRIO OBJETIVO (Competência em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão do valor da 
causa) 
 
É aquele que leva em consideração o juízo competente e não o foro competente. Assim, torna-se 
fundamental o conhecimento dos elementos da ação ou demanda (partes, pedido e causa de pedir). 
 
Competência em razão da matéria - determina-se a competência pela natureza da relação jurídica, 
definida pelo fato jurídico que lhe deu causa. Assim, a causa de pedir torna-se relevante para a identificação 
do juízo competente (cível, família, consumidor, penal e etc.). A regra de competência em razão da matéria é 
absoluta, não se admitindo prorrogação de competência nem a modificação pela vontade das partes; 
Competência em razão da pessoa – determina-se a competência levando-se em conta as partes envolvidas 
na demanda. Assim, havendo a participação de entes públicos (União, Estado, município e etc.) a 
competência será fixada com base em razão da pessoa (VARA DE FAZENDA PÚBLICA). Há casos de 
competência por prerrogativa do exercício de função (mandado de segurança contra ato do Presidente da 
República – Competência do STF – art. 102, I, d, CF/88). A regra de competência em razão da pessoa é 
absoluta, não se admitindo a prorrogação de competência nem a modificação pela vontade das partes; 
 
Competência em razão do valor da causa – determina-se a competência pelo valor atribuído à causa. O 
valor da causa é definido em consonância com o pedido. Assim, o art. 63, NCPC, admite a modificação da 
competência em razão do valor da causa. Portanto, trata-se de competência relativa. Assim, pode optar o 
sujeito em demandar no JEC ou não. 
 
OBS.: A competência do Juizado Especial Federal é absoluta (art. 3º, §3º, lei nº 10.259/01) e do Juizado 
Especial Estadual da Fazenda Pública é absoluta (art. 2º, §4º, Lei nº 12.153/09). 
OBS.: O juízo é absolutamente incompetente para conhecer das causas que ultrapassem o limite 
estabelecido. Assim, abaixo do limite imposto pela lei, a competência é relativa, mas acima do limite a 
incompetência é absoluta. 
 
CRITÉRIO FUNCIONAL 
 
A competência funcional é determinada com base na distribuição das funções que deverão ser exercidas em 
um mesmo processo pelo Poder Judiciário. O critério funcional é aquele que somente poderá ser auferido 
depois de formada a relação jurídica processual. A doutrina classifica de várias maneiras, a saber: 
 
a) pelas fases do processo – (cognição e execução/cumprimento de sentença); 
b) pelarelação entre a ação principal e ações incidentais – (Reconvenção); 
c) pelo grau de jurisdição ou hierárquica - (competência originária ou recursal/derivada); 
d) pelo objeto do juízo – a competência é verificada quando há dois órgãos diferentes participando da 
decisão – (incidente de arguição de inconstitucionalidade – art. 948 e 949, NCPC) – cláusula de reserva de 
plenário – Art. 97, CF/88. 
 
OBS.: A competência funcional também definida por competência horizontal (mesma instância) e vertical 
(instâncias diversas). 
 
CRITÉRIO TERRITORIAL 
 
A competência territorial é a regra que determina em que território a causa deverá ser proposta. Os órgãos 
jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais. É o critério de distribuição 
da competência em razão do lugar (ratione loci). Trata-se de competência, em regra, relativa, derrogável 
pela vontade das partes. 
 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL ABSOLUTA 
 
As regras de competência territorial submetem-se ao entendimento de que a incompetência territorial é 
considerada como m defeito que somente pode ser alegada pelo Réu no primeiro momento, sob pena de 
preclusão. No entanto, há regras de incompetência territorial, cujo descumprimento se submete ao regime 
jurídico da incompetência absoluta de acordo com o art. 47, §§ 1º e 2º, NCPC (Ações de direitos reais 
imobiliários). 
 
OBS.: A competência dos foros regionais é absoluta, pois sua instituição decorre de normas cogentes, 
visando melhor distribuição da justiça (principio do acesso a justiça). 
 
Comarca = Justiça estadual 
Seção Judiciária = justiça federal 
 
Foro – é o local onde o órgão jurisdicional exerce as suas funções – é a unidade territorial. Assim, verifica-
se, qual o foro competente. A competência do foro é regulado pelo CPC 
Juízo – matéria pertinente as normas de Organização Judiciária 
 
Foro competente = base territorial sobre a qual determinado órgão do Poder Judiciário exerce sua 
competência. (CPC) (comarca ou seção judiciária) 
Juízo competente = em razão da matéria-Unidades judiciárias integradas pelo juiz e seus auxiliares 
(CODJERJ) 
 
PRINCIPAIS REGRAS DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 
Foro competente (comum) 
 Ação fundada em direito real mobiliário – domicilio do réu; 
 Ação fundada em direito pessoal – domicilio do réu 
 réu com mais de um domicilio – qualquer um deles 
 réu com domicilio incerto – aonde for encontrado 
 réu ausente – último domicílio; 
 réu incapaz –domicilio do seu representante ou assistente 
Foro competente (especial) 
 Ação fundada em direito real imobiliário – da situação da coisa; 
 Ação de inventário, de partilha, de arrecadação e de cumprimento do testamento – último domicilio do 
de cujus; 
 Ação de divórcio, anulação de casamento, reconhecimento e/ou dissolução de união estável: 
a) do domicilio – de quem possui a guarda do filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal – se não possui filho incapaz; 
c) do domicílio do réu – se nenhuma das partes reside no antigo endereço do casal. 
 
 Ação de alimentos 
- domicilio ou residência do alimentando (credor de alimentos); 
 
 Ação fundada em direito do Idoso 
- da residência do idoso 
 
 Ação proposta pela união (autora) 
- seção judiciária do domicilio do Réu; 
 
 Ação em face da união (ré) 
a) na Seção judiciária: 
- do domicílio do autor; 
- onde ocorreu o ato ou fato; 
- da situação da coisa. 
 
 Ação proposta em face da pessoa jurídica (ré) 
a) do lugar em que achar 
- a sede; 
- agência ou sucursal; 
 
 Ação em face da sociedade ou associação sem personalidade jurídica 
- onde exerce suas atividades; 
- onde a obrigação deva ser satisfeita.

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