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Lesão Celular reversível: degenerações Profa. Dra. Renata Rivanor Alterações Morfológicas nas Células Lesadas- reversível • Alterações bioquímicas Lesão primária • Degenerações Lesão secundária • Acúmulo de substâncias Alteração morfologia Tipos de Degenerações (1) Degeneração hidrópica/tumefação celular; (2) Degeneração gordurosa – esteatose e as lipidoses; (3) Degenerações por acúmulo de proteínas – hialina e mucoide (4) Degenerações por acúmulo de carboidratos- glicogênica 1. Degeneraçãohidrópica Lesões celulares com acúmulo de Água Atinge as células parenquimatosas: fígado, rins e coração; Alterações: ↑ do volume do órgão atingido, palidez, ↓do brilho Caracteriza se por alterações nas mitocôndrias e acúmulo de água no seu interior. Patogênese A degeneração ocorre pelo comprometimento da regulação do volume celular – basicamente controlado pela concentrações de Sódio (Na+) e potássio (K+) no citoplasma. 1. Degeneraçãohidrópica Etiologia Redução da produção de ATP • Hipóxia • Carência de substrato (glicose, aminoácidos, ác. graxos) • Destruição da ATPase • Inibidores da cadeia respiratória • Agentes que lesam a membrana mitocondrial Agressão da membrana celular • Agentes biológicos • Agentes químicos Hipertermia exógena ou endógena (febre)-↑ no consumo de ATP Retenção de Na+, acúmulo de água no citoplasma e expansão da célula Degeneração hidrópica - Macroscopia Coloração fica mais pálida- células↑ de vol e comprimem os capilares Degeneração Hidrópica do Fígado- Microscopicamente Pequenos vacúolos claros de água tumefeitos e claros redução de vilosidades Tratamento Introdução de soluções hipertônicas (manitol, glicose, sacarose) 2. Degeneração gordurosa Lesões celulares com acúmulo de lipídios Sinônimos: Esteatose Conceito Acúmulo anormal de lipídios no interior das células parenquimatosas. O fígado, órgão diretamente relacionado com o metabolismo de lipídios é o mais afetado. Consequências Quando a esteatose é grave e duradoura pode haver morte do hepatócito, com alteração funcional do órgão e progresso para cirrose hepática No fígado, ácidos graxos são utilizados para: (1) produção de colesterol e seus ésteres; (2) síntese de fosfolipídeos, esfingolipídeos ou glicerídeos; 3) geração de energia por meio da β- oxidação até acetil-CoA e da formação de corpos cetônicos. Patogênese e etiologia ↑ aporte de ácidos graxos por ingestão excessiva (fome, jejum) lipólise aumentada; Síntese de ácidos graxos a partir do excesso de acetil-CoA não oxidada no ciclo de Krebs; ↓ na utilização de triglicerídeos ou de ácidos graxos para a síntese de lipídeos complexos, por carência de fatores nitrogenados e de ATP (hipóxia); Desnutrição proteica: menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteínas; Distúrbios no transporte de lipoproteínas por alterações no citoesqueleto. Ingestão abusiva de etanol e síndrome metabólica são as causas mais comuns de esteatose hepática. Esteatose - Macroscopia Esteatose Degeneração Gordurosa Fígado Normal O etanol é a principal causa de esteatose hepática DEGENERAÇÃO GORDUROSA- LIPIDOSES ATEROSCLEROSE: - Acúmulo de COLESTEROL na camada íntima das artérias de médio e grande calibre. Células espumosas Complicações (calcificação, ulceração, hemorragia, trombose e aneurisma) obstrução vascular / infarto DEGENERAÇÃO GORDUROSA- LIPIDOSES ATEROSCLEROSE: Inflamatória lesão endotelial DEGENERAÇÃO GORDUROSA HIPERLIPIDEMIAS: - Xantomas: células esponjosas no tec. Conjuntivo subepitelial da pele e tendões 3. Degeneração hialina Lesões celulares com acúmulo de proteína Sinônimo: hialinose Conceito (hyálinos = vidro) Alteração da constituição físico-química dos elementos protéicos, resultando em acúmulo no interior do citoplasma, caracterizado à microscopia de luz, pela presença de material vítreo, amorfo, hialino (róseo), brilhante e róseo. Classificação Degenerações hialinas (DH) Extracelulares • DH propriamente dita (conjuntivo-vasculares) • Amiloidose- interstício e parede V • DH na deficiência de α-1-antitripsina • DH de Mallory • DH goticular Intracelulares • DH de Crooke • D. Cérea de Zenker • Corpúsculo de Russel • Corpúsculo de Councilman-Rocha Lima Degeneração hialina propriamente dita Conceito Depósito de proteínas no tecido conjuntivo fibroso e na parede dos vasos • Tecido fibroso Está relacionada com o processo de cicatrização, decorrente de processos inflamatórios – Quelóides Cicatriz recente: Vermelhas e tumefeitas – vasos sanguíneos, água e tecido conjuntivo jovem Cicatriz antiga: cor Branco – amarelado ou levemente vermelha, perde a tumefação Degeneração Hialina - Extracelular Degeneração Hialina propriamente dita Quelóide Cicatrização - Quelóide Cicatrização Cicatrização - Normal Corpúsculos de Mallory Degeneração Hialina - Intracelular Formado por aglomerados de proteínas do citoesqueleto que sofreram agressão por radicais livres hepatócitos de alcoólatras crônicos Corpúsculo de Russell (plasmócitos) Degeneração Hialina - Intracelular degeneração hialina de células musculares esqueléticas Endotoxinas bacterianas e de agressão por linfócitos T e macrófagos: desintegração de microfilamentos inflamações agudas ou crônicas GLICOGENOSE •São doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração. •O glicogênio é uma reserva de energia prontamente disponível que está presente no citoplasma. •Causa: Deficiência da enzimas que atua no processo de degradação de glicogênio em glicose. 4. Degeneração por acúmulo de carboidratos GLICOGENOSE GLICOGENOSE Principais Subgrupos de Glicogenoses forma hepática (doença de von Gierke), as células hepáticas armazenam glicogênio - ausência de glicose- 6-fosfatase hepática. formas miopáticas, incluindo a doença de McArdl-a carência de fosforilase muscular dá origem ao depósito nos músculos esqueléticos e cãibras depois do exercício. doença de Pompe – alfa-1,4-glicosidase, acúmulo de glicogênio no lissosomo e todos os órgãos são afetados, mas o acometimento cardíaco é predominante. Acúmulo de Glicogênio •Diabetes Mellitus – Com a falta do hormônio insulina, a glicose fica em alta concentração no sangue, mas com dificuldade para entrar na célula, isso faz com que a célula acumule glicogênio. •Doença de Niemann-Pick (fígado, baço, medula óssea linfonodos) - doença genética onde o indivíduo não produz as enzimas de degradação corretamente. •Gangliosidose juvenil (neurônios do SNC) -degeneração dos neurônios por doença genética que tem como característica o acúmulo de glicogênio no neurônio. Mecanismos de acúmulos intracelulares
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